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Caldeirão da Bolsa

Obrigações II

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Elias » 23/8/2012 23:57

ig25191 Escreveu:Viva Malta,

Podem por favor esclarecer-me uma situação:
o que leva uma entidade/pessoa a comprar "neste momento" obrigações do FCPORTO 09/12 com cupão 6%, e reembolso a 18-12-2012 a 100,85%?????

Pergunto isto porque no dia 21/08 foram transaccionadas obrigações a este valor!!!!

Não consigo perceber o racional...
se alguém me poder explicar, agradecia!

Obrigado!


Iliteracia financeira...
 
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por ig25191 » 23/8/2012 23:51

PairOfJacks Escreveu:Fanatismo futebolístico



Mas para isso compram acções, não obrigações...
é que realmente não consigo perceber estas "jogadas" :oops:
 
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por PairOfJacks » 23/8/2012 23:43

Fanatismo futebolístico
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por ig25191 » 23/8/2012 23:39

Viva Malta,

Podem por favor esclarecer-me uma situação:
o que leva uma entidade/pessoa a comprar "neste momento" obrigações do FCPORTO 09/12 com cupão 6%, e reembolso a 18-12-2012 a 100,85%?????

Pergunto isto porque no dia 21/08 foram transaccionadas obrigações a este valor!!!!

Não consigo perceber o racional...
se alguém me poder explicar, agradecia!

Obrigado!
 
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por Eldred » 23/8/2012 17:03

ruicarlov Escreveu:Confesso que também não percebo essas contas.
Se o que está em jogo é mesmo o reinvestimento dos juros, então isso serão outras contas que não a TANB média.
Muitos depósitos a prazo só pagam no final do prazo, mas a TANB continua a ser a mesma. É claro que num depósito onde haja por exemplo um pagamento anual de juros, a rentabilidade é superior, mas daí a dizer que a rentabilidade de um depósito que paga no final é inferior à apresentada não faz muito sentido para mim.


Tudo isso tem a ver com a definição de taxa de juro.
Imagina que há alguém que te pede emprestado 100 para um periodo de 2 anos e na opção de pagamento A te paga 10 (10% do emprestimo) no final do 1º ano e depois 110 (10 de juros mais capital) no final do 2º ano. De acordo com tudo o que é pratica comum tens uma rentabilidade anualizada de 10%.
Agora imagina uma alternativa B para o pagamento. Emprestas agora 100 e a outra pessoa paga-te 120 daqui a dois anos. A rentabilidade sobre dois anos é claramente 20%. Qual a rentabilidade anualizada? se dividires 20% pelo nº de anos ficas com 10% que é exactamente a rentabilidade de A. Se as rentabilidades anualizadas fossem iguais era indiferente optar pela modalidade de pagamento A ou B, enquanto na realidade qq pessoa vê que a A é mais favorável já que ao fim de um ano já recebeu algum. Isso significa que calcular a rentabilidade anualidade dividindo a rentabilidade total pelo nº de anos não é o procedimento mais adequado.
Quanto é que deverias pedir para um pagamento no final de 2 anos para não ficares prejudicado relativamente à alternativa A? Se pensares fazer que na alternativa A quando receberes os primeiros 10 vais fazer um DP e souberes que daqui a um ano estão a 5% significa que no final dos 2 anos vais ter 110+10,5=120,5, ou seja na opção B não deves pedir menos de 20,5% a dois anos. Podes no entanto ter outros planos: daqui a um ano coincide com aniversário da namorada vais ter de comprar um jóia no valor de 10 e se os não tiveres vais ter de fazer um crédito pessoal a 15% que te vai custar em juros 1,5. Nesse caso deverias pedir 21,5% a dois anos para não ficares prejudicado com alternativa B. Havendo inúmeras hipoteses que variam de pessoa para pessoa uma definição que se pretenda universal não pode estar dependente de casos pessoais. Por isso no cálculo da rentabilidade de uma aplicação, considera-se sempre que os rendimentos são reinvestidos à mesma taxa (i.e. à taxa que se pretende determinar).
Neste caso reinvestindo os 10 a a10% dà 11, no final do segundo ano tens 110+110=121 ou seja 21% em 2 anos corresponde a uma taxa anualizada de 10%. Se pedires 120 estás na realidade a praticar uma taxa de 9,54%.

No caso dos CT a 5 anos se aplicares 1000 recebes (brutos)
9,5; 9,5; 9,5; 9,5; 302+1000
Os juros totais são 340 que representam 34% do capital investido mas dividindo simplemente por 5 sobrestima a rentabilidade real. Uma taxa anualizada de 6,8% com pagamentos constantes corresponderia à sequencia de recebimentos
68; 68; 68; 68; 68+1000 que é claramente mais favorável que a sequencia de recebimentos real, portanto a taxa anualizada efectiva tem de ser inferior a 6,8%.
O valor exacto é determinar a taxa de juro r que se os 9,5 forem capitalizados em cada ano a essa taxa, é equivalente a uma sequência de pagamentos fixos
r; r; r; r; r+1000
Isso não tem uma formula fechada mas pode ser feito no Excel com a função IRR, e neste caso dá 6,13% (brutos)

PS Se os juros forem baixos e o nº de anos for também baixo, dividir o total de juros pelo nº de anos é aceitável já que o erro vai ser muito pequeno. No caso que estamos a tratar o erro ainda não é muito grande mas já se nota.
 
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por AlexG » 23/8/2012 15:32

Sim.
É diferente receber sempre os juros ao longo dos anos ou recebê-los apenas no final do período. No caso dos CT é ainda um pouco diferente: os juros recebidos no final de cada ano nos primeiros cinco anos são, para subscrições feitas este mês, de 0,95%. No final de 5 anos eles "acertam" as contas para que a taxa recebida seja de 6,8% ao ano.

Cito o que o IGCP diz no seu site sobre os juros dos CT:
"O IGCP determinará no antepenúltimo dia útil do mês as taxas a vigorar para as subscrições a ocorrer no mês seguinte

A distribuição de juros processa-se da seguinte forma:

i) Do 1º até ao 5º ano procede-se ao pagamento de juros anuais, tendo como referência a taxa dos BT ou Euribor a 12 meses praticadas à data de subscrição.

ii) No 5º ano procede-se ao pagamento da componente de juros correspondente à diferença entre a remuneração dos BT ou Euribor a 12 meses e das OT a 5 anos, por forma a garantir uma remuneração tendo como referência a destas OT durante o respetivo período de aplicação (diferencial de juros).

iii) Do 5º ao 9.º ano procede-se ao pagamento anual dos juros correspondentes, tendo como referência a taxa da OT a 5 anos garantida na data de subscrição.

iv) No 10º ano procede-se ao pagamento da componente de juros correspondente à diferença entre a remuneração da OT a 5 anos e da OT a 10 anos, por forma a garantir uma remuneração tendo como referência a destas OT durante o respetivo período de aplicação (diferencial de juros)."


Concretizando:
Este mês os juros são 0,95%, 6,8% e 7,1% em cada um dos períodos referidos.
Se comprares hoje 1000 Euros de CT receberás no dia 23 de Agosto de 2013, de 2014, de 2015 e de 2016 7,1250 Euros correspondentes ao juro de mil Euros a 0,95% (9,5 Euros) menos o IRS de 25% (9,5*0,25=2.375).
No dia 23 de Agosto de 2017 recebes na tua conta 226,52 Euros que corresponde a 1000 Euros a 6,8% durante 5 anos, menos o que já recebeste ao longo destes 5 anos, menos o IRS, ou seja, 1000*0,068*5*(1-0,25) - 4*7,125 = 226,52 Euros.
No total recebeste efetivamente 6,8% (ilíquidos), mas a maior parte no final do período, em 23 de Agosto de 2017. Seria diferente se tivesses recebido o mesmo ao longo dos anos. Poderias aplicar os juros recebidos e no final dos 5 anos terias mais dinheiro. É desta diferença que estamos a falar.[/i]
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por ruicarlov » 23/8/2012 15:09

Confesso que também não percebo essas contas.
Se o que está em jogo é mesmo o reinvestimento dos juros, então isso serão outras contas que não a TANB média.
Muitos depósitos a prazo só pagam no final do prazo, mas a TANB continua a ser a mesma. É claro que num depósito onde haja por exemplo um pagamento anual de juros, a rentabilidade é superior, mas daí a dizer que a rentabilidade de um depósito que paga no final é inferior à apresentada não faz muito sentido para mim.
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por majomo » 23/8/2012 14:03

Eldred Escreveu:
majomo Escreveu:
Eldred Escreveu:A meu ver as OTs e CTs tem algumas semelhanças e diferenças.

Nas semelhanças, colocaria o risco básico. Ambos são emitidos pela rep portuguesa e por isso em ultima analise o risco é o da solvência de Portugal. Se diferenças houver acho que são favoráveis aos CTS. No caso das OTs se houver incumprimento ou reestruturação, vais haver perda de capital. No caso dos CTs é uma decisão politica. O governo pode decidir que numa restruturação dado os CTs serem divida publica se aplicam as mesmas medidas que ás OTs ou optar por medidas mais favoráveis por ser um tipo de dívida destinada à poupança de por pequenos aforradores. Será uma decisão politica mas a não ser que governo seja um pau mandado do capital (e se assim for passarei a votar á esquerda) nunca terá um tratamento mais penalizador que as OTs.
Já agora alguém sabe o que se passou na Grécia com o equivalente a certificados de aforro e CTs (se existirem por lá).

Nas diferenças vejo essencialmente

A taxa de juro. Neste momento os CTs dão a 5 anos 6% (os 6,8% são na realidade 6 se fizermos as contas correctamente) enquanto as OTs estão a 8% . Esse diferencial de 2% pode ser considerado o preço a pagar pelo facto de (depois de excluirmos o risco básico de solvenvia de portugal que é semelhante para os dois), nos CTs o capital estar sempre garantido (e á excepção dos primeiros 6 meses) enquanto que nas OTs está sujeito á cotação do momento.

A natureza não especulativa. pelo facto de serem nominais os CTs não podem ser transaccionados. Logo só tem interesse para um investidor que os adquira com intenção de os manter até á maturidade (pelo menos 5 anos) e não tenha pretenda fazer um acompanhamento dinâmico do mercado para explorar flutuações e maximizar retornos (embora mesmo para quem acompanhe o mercado pode fazer sentido ter alguma % em CTs para ter o capital garantido).

Acho que a razão fundamental para se optar entre OTs ou CTs tem como sempre a ver com perfil do investidor.
Se uma pessoa só puder optar entre OT ou CT, então se considerar que ter sempre (excepto nos primeiros 6 meses) o capital garantido vale um prémio de 2% na rentabilidade deve optar por CTs. Se for alguém que tenho estofo (e rede de segurança) para suportar flutuações e ainda por cima tiver disponibilidade, gosto e talento para especular no mercado deve optar por OTs.

PS Já agora para terminar. Eu pessoalmente se para a totalidade do meu capital apenas tivesse a opção entre CTs e OTs (e exclusivas) optaria pelos CTs. Mas como não tenho essa limitação tenho alguma coisa em cada uma delas.


Esses 6% em lugar de 6,8% vem do facto dos juros serem pagos ao fim dos 5 anos?

Ada vem da distribução deles ao ao longo de 5 ans.
Nos 5 anos para um investimento de 100 tens a sequências de cash flows (se levantares no final dos 5 anos)
-100; 0,95;0,95;0,95;0,95;130,2 .calculando a taxa de rentabilidade usado o metodo dos cash-flows (funçã0 IRR no Excel). isso acontece porque os juros estão concentrados no fim (se recenesses a totalidade dos juros no final daria 6,03%).
para 10 anos obtem-se 6,6%


Há uma situação que ainda não entendi...
Nessa fórmula, os tais 6,03 e não os 6,8% TANB é devido ao facto dos juros nos primeiros anos não serem pagos na totalidade, logo não são reinvestidos?
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por Eldred » 23/8/2012 13:16

AlexG Escreveu:
Eldred Escreveu:A meu ver as OTs e CTs tem algumas semelhanças e diferenças.

Nas semelhanças, colocaria o risco básico. Ambos são emitidos pela rep portuguesa e por isso em ultima analise o risco é o da solvência de Portugal. Se diferenças houver acho que são favoráveis aos CTS. No caso das OTs se houver incumprimento ou reestruturação, vais haver perda de capital. No caso dos CTs é uma decisão politica. O governo pode decidir que numa restruturação dado os CTs serem divida publica se aplicam as mesmas medidas que ás OTs ou optar por medidas mais favoráveis por ser um tipo de dívida destinada à poupança de por pequenos aforradores. Será uma decisão politica mas a não ser que governo seja um pau mandado do capital (e se assim for passarei a votar á esquerda) nunca terá um tratamento mais penalizador que as OTs.
Já agora alguém sabe o que se passou na Grécia com o equivalente a certificados de aforro e CTs (se existirem por lá).

Nas diferenças vejo essencialmente

A taxa de juro. Neste momento os CTs dão a 5 anos 6% (os 6,8% são na realidade 6 se fizermos as contas correctamente) enquanto as OTs estão a 8% . Esse diferencial de 2% pode ser considerado o preço a pagar pelo facto de (depois de excluirmos o risco básico de solvenvia de portugal que é semelhante para os dois), nos CTs o capital estar sempre garantido (e á excepção dos primeiros 6 meses) enquanto que nas OTs está sujeito á cotação do momento.

A natureza não especulativa. pelo facto de serem nominais os CTs não podem ser transaccionados. Logo só tem interesse para um investidor que os adquira com intenção de os manter até á maturidade (pelo menos 5 anos) e não tenha pretenda fazer um acompanhamento dinâmico do mercado para explorar flutuações e maximizar retornos (embora mesmo para quem acompanhe o mercado pode fazer sentido ter alguma % em CTs para ter o capital garantido).

Acho que a razão fundamental para se optar entre OTs ou CTs tem como sempre a ver com perfil do investidor.
Se uma pessoa só puder optar entre OT ou CT, então se considerar que ter sempre (excepto nos primeiros 6 meses) o capital garantido vale um prémio de 2% na rentabilidade deve optar por CTs. Se for alguém que tenho estofo (e rede de segurança) para suportar flutuações e ainda por cima tiver disponibilidade, gosto e talento para especular no mercado deve optar por OTs.

PS Já agora para terminar. Eu pessoalmente se para a totalidade do meu capital apenas tivesse a opção entre CTs e OTs (e exclusivas) optaria pelos CTs. Mas como não tenho essa limitação tenho alguma coisa em cada uma delas.




Concordo com o Eldred na análise que ele faz entre OT e CT.

Achei muito oportuna a referência aos 6% ao ano nos CT a 5 anos! Rigor acima de tudo! É assim que se fazem e que se comparam os (bons) investimentos.

Esta referência obrigou-me a calcular a TIR para os meus CT, agora com um pouco mais de um ano. A TIR a que cheguei foi de 6,21 a 6,25% @ 5 anos e de 6,65 a 6,68% @ 10 anos (taxas nos primeiros anos entre 1,7% e 2,1%). Deveria ter calculado estes valores quando fiz os investimentos mas como sou distraído, para não dizer tótó, não o fiz.

Julgo que o Eldred se refere a TIR quando fala em IRR (ver o outro post do Eldred). O meu Excel é em português e o dele deve ser em Inglês. É assim?

Este cálculo foi para mim uma outra descoberta: as imensas fórmulas financeiras que o Excel já tem! Mais uma vez porque sou distraído (desta vez tótó assumido!), passei umas horitas a fazer folhas de cálculo que agora faço em minutos! Fica aqui o aviso à navegação: se explorarem o Excel devidamente podem poupar muito tempo e ter muito maior fiabilidade nos vossos cálculos.

Julgo acertada a ideia de repartir o investimento entre CT e OT, tal como o Eldred fez. Eu não o fiz, concentrei tudo em CT. Mexer agora nos CT isso não. Estou muito seriamente a pensar desviar parte dos DP para OT, mesmo sabendo que o risco do investimento é praticamente igual, ou pelo menos está altamente correlacionado. Mas é exatamente este fato que me faz pensar duas vezes, a enorme correlação de risco. Eu tenho-o agora por baixo, mas o seguro morreu de velho e por os ovos todos, ou grande parte, na mesma cesta não é recomendação que se dê a ninguém.


A IRR é a taxa interna de retorno. O meu Excel está em inglês mas tinha ideia que nome das funções não mudava.
 
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por AlexG » 23/8/2012 13:01

Eldred Escreveu:A meu ver as OTs e CTs tem algumas semelhanças e diferenças.

Nas semelhanças, colocaria o risco básico. Ambos são emitidos pela rep portuguesa e por isso em ultima analise o risco é o da solvência de Portugal. Se diferenças houver acho que são favoráveis aos CTS. No caso das OTs se houver incumprimento ou reestruturação, vais haver perda de capital. No caso dos CTs é uma decisão politica. O governo pode decidir que numa restruturação dado os CTs serem divida publica se aplicam as mesmas medidas que ás OTs ou optar por medidas mais favoráveis por ser um tipo de dívida destinada à poupança de por pequenos aforradores. Será uma decisão politica mas a não ser que governo seja um pau mandado do capital (e se assim for passarei a votar á esquerda) nunca terá um tratamento mais penalizador que as OTs.
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Nas diferenças vejo essencialmente

A taxa de juro. Neste momento os CTs dão a 5 anos 6% (os 6,8% são na realidade 6 se fizermos as contas correctamente) enquanto as OTs estão a 8% . Esse diferencial de 2% pode ser considerado o preço a pagar pelo facto de (depois de excluirmos o risco básico de solvenvia de portugal que é semelhante para os dois), nos CTs o capital estar sempre garantido (e á excepção dos primeiros 6 meses) enquanto que nas OTs está sujeito á cotação do momento.

A natureza não especulativa. pelo facto de serem nominais os CTs não podem ser transaccionados. Logo só tem interesse para um investidor que os adquira com intenção de os manter até á maturidade (pelo menos 5 anos) e não tenha pretenda fazer um acompanhamento dinâmico do mercado para explorar flutuações e maximizar retornos (embora mesmo para quem acompanhe o mercado pode fazer sentido ter alguma % em CTs para ter o capital garantido).

Acho que a razão fundamental para se optar entre OTs ou CTs tem como sempre a ver com perfil do investidor.
Se uma pessoa só puder optar entre OT ou CT, então se considerar que ter sempre (excepto nos primeiros 6 meses) o capital garantido vale um prémio de 2% na rentabilidade deve optar por CTs. Se for alguém que tenho estofo (e rede de segurança) para suportar flutuações e ainda por cima tiver disponibilidade, gosto e talento para especular no mercado deve optar por OTs.

PS Já agora para terminar. Eu pessoalmente se para a totalidade do meu capital apenas tivesse a opção entre CTs e OTs (e exclusivas) optaria pelos CTs. Mas como não tenho essa limitação tenho alguma coisa em cada uma delas.




Concordo com o Eldred na análise que ele faz entre OT e CT.

Achei muito oportuna a referência aos 6% ao ano nos CT a 5 anos! Rigor acima de tudo! É assim que se fazem e que se comparam os (bons) investimentos.

Esta referência obrigou-me a calcular a TIR para os meus CT, agora com um pouco mais de um ano. A TIR a que cheguei foi de 6,21 a 6,25% @ 5 anos e de 6,65 a 6,68% @ 10 anos (taxas nos primeiros anos entre 1,7% e 2,1%). Deveria ter calculado estes valores quando fiz os investimentos mas como sou distraído, para não dizer tótó, não o fiz.

Julgo que o Eldred se refere a TIR quando fala em IRR (ver o outro post do Eldred). O meu Excel é em português e o dele deve ser em Inglês. É assim?

Este cálculo foi para mim uma outra descoberta: as imensas fórmulas financeiras que o Excel já tem! Mais uma vez porque sou distraído (desta vez tótó assumido!), passei umas horitas a fazer folhas de cálculo que agora faço em minutos! Fica aqui o aviso à navegação: se explorarem o Excel devidamente podem poupar muito tempo e ter muito maior fiabilidade nos vossos cálculos.

Julgo acertada a ideia de repartir o investimento entre CT e OT, tal como o Eldred fez. Eu não o fiz, concentrei tudo em CT. Mexer agora nos CT isso não. Estou muito seriamente a pensar desviar parte dos DP para OT, mesmo sabendo que o risco do investimento é praticamente igual, ou pelo menos está altamente correlacionado. Mas é exatamente este fato que me faz pensar duas vezes, a enorme correlação de risco. Eu tenho-o agora por baixo, mas o seguro morreu de velho e por os ovos todos, ou grande parte, na mesma cesta não é recomendação que se dê a ninguém.
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por Figueiraa1 » 23/8/2012 9:11

Elias Escreveu:não há um tópico sobre os CT?


Sempre atento Elias :mrgreen:

http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocio ... hp?t=74577
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por Eldred » 23/8/2012 3:17

majomo Escreveu:
Eldred Escreveu:A meu ver as OTs e CTs tem algumas semelhanças e diferenças.

Nas semelhanças, colocaria o risco básico. Ambos são emitidos pela rep portuguesa e por isso em ultima analise o risco é o da solvência de Portugal. Se diferenças houver acho que são favoráveis aos CTS. No caso das OTs se houver incumprimento ou reestruturação, vais haver perda de capital. No caso dos CTs é uma decisão politica. O governo pode decidir que numa restruturação dado os CTs serem divida publica se aplicam as mesmas medidas que ás OTs ou optar por medidas mais favoráveis por ser um tipo de dívida destinada à poupança de por pequenos aforradores. Será uma decisão politica mas a não ser que governo seja um pau mandado do capital (e se assim for passarei a votar á esquerda) nunca terá um tratamento mais penalizador que as OTs.
Já agora alguém sabe o que se passou na Grécia com o equivalente a certificados de aforro e CTs (se existirem por lá).

Nas diferenças vejo essencialmente

A taxa de juro. Neste momento os CTs dão a 5 anos 6% (os 6,8% são na realidade 6 se fizermos as contas correctamente) enquanto as OTs estão a 8% . Esse diferencial de 2% pode ser considerado o preço a pagar pelo facto de (depois de excluirmos o risco básico de solvenvia de portugal que é semelhante para os dois), nos CTs o capital estar sempre garantido (e á excepção dos primeiros 6 meses) enquanto que nas OTs está sujeito á cotação do momento.

A natureza não especulativa. pelo facto de serem nominais os CTs não podem ser transaccionados. Logo só tem interesse para um investidor que os adquira com intenção de os manter até á maturidade (pelo menos 5 anos) e não tenha pretenda fazer um acompanhamento dinâmico do mercado para explorar flutuações e maximizar retornos (embora mesmo para quem acompanhe o mercado pode fazer sentido ter alguma % em CTs para ter o capital garantido).

Acho que a razão fundamental para se optar entre OTs ou CTs tem como sempre a ver com perfil do investidor.
Se uma pessoa só puder optar entre OT ou CT, então se considerar que ter sempre (excepto nos primeiros 6 meses) o capital garantido vale um prémio de 2% na rentabilidade deve optar por CTs. Se for alguém que tenho estofo (e rede de segurança) para suportar flutuações e ainda por cima tiver disponibilidade, gosto e talento para especular no mercado deve optar por OTs.

PS Já agora para terminar. Eu pessoalmente se para a totalidade do meu capital apenas tivesse a opção entre CTs e OTs (e exclusivas) optaria pelos CTs. Mas como não tenho essa limitação tenho alguma coisa em cada uma delas.


Esses 6% em lugar de 6,8% vem do facto dos juros serem pagos ao fim dos 5 anos?

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Nos 5 anos para um investimento de 100 tens a sequências de cash flows (se levantares no final dos 5 anos)
-100; 0,95;0,95;0,95;0,95;130,2 .calculando a taxa de rentabilidade usado o metodo dos cash-flows (funçã0 IRR no Excel). isso acontece porque os juros estão concentrados no fim (se recenesses a totalidade dos juros no final daria 6,03%).
para 10 anos obtem-se 6,6%
 
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por majomo » 22/8/2012 23:24

Eldred Escreveu:A meu ver as OTs e CTs tem algumas semelhanças e diferenças.

Nas semelhanças, colocaria o risco básico. Ambos são emitidos pela rep portuguesa e por isso em ultima analise o risco é o da solvência de Portugal. Se diferenças houver acho que são favoráveis aos CTS. No caso das OTs se houver incumprimento ou reestruturação, vais haver perda de capital. No caso dos CTs é uma decisão politica. O governo pode decidir que numa restruturação dado os CTs serem divida publica se aplicam as mesmas medidas que ás OTs ou optar por medidas mais favoráveis por ser um tipo de dívida destinada à poupança de por pequenos aforradores. Será uma decisão politica mas a não ser que governo seja um pau mandado do capital (e se assim for passarei a votar á esquerda) nunca terá um tratamento mais penalizador que as OTs.
Já agora alguém sabe o que se passou na Grécia com o equivalente a certificados de aforro e CTs (se existirem por lá).

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A taxa de juro. Neste momento os CTs dão a 5 anos 6% (os 6,8% são na realidade 6 se fizermos as contas correctamente) enquanto as OTs estão a 8% . Esse diferencial de 2% pode ser considerado o preço a pagar pelo facto de (depois de excluirmos o risco básico de solvenvia de portugal que é semelhante para os dois), nos CTs o capital estar sempre garantido (e á excepção dos primeiros 6 meses) enquanto que nas OTs está sujeito á cotação do momento.

A natureza não especulativa. pelo facto de serem nominais os CTs não podem ser transaccionados. Logo só tem interesse para um investidor que os adquira com intenção de os manter até á maturidade (pelo menos 5 anos) e não tenha pretenda fazer um acompanhamento dinâmico do mercado para explorar flutuações e maximizar retornos (embora mesmo para quem acompanhe o mercado pode fazer sentido ter alguma % em CTs para ter o capital garantido).

Acho que a razão fundamental para se optar entre OTs ou CTs tem como sempre a ver com perfil do investidor.
Se uma pessoa só puder optar entre OT ou CT, então se considerar que ter sempre (excepto nos primeiros 6 meses) o capital garantido vale um prémio de 2% na rentabilidade deve optar por CTs. Se for alguém que tenho estofo (e rede de segurança) para suportar flutuações e ainda por cima tiver disponibilidade, gosto e talento para especular no mercado deve optar por OTs.

PS Já agora para terminar. Eu pessoalmente se para a totalidade do meu capital apenas tivesse a opção entre CTs e OTs (e exclusivas) optaria pelos CTs. Mas como não tenho essa limitação tenho alguma coisa em cada uma delas.


Esses 6% em lugar de 6,8% vem do facto dos juros serem pagos ao fim dos 5 anos?
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por mais_um » 22/8/2012 23:06

Eldred e AlexG,

Os vossos comentários são bastante interessantes e espelham o que eu penso sobre o assunto (CT e OT).

Tudo depende do perfil/situação do investidor.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
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por Elias » 22/8/2012 21:58

não há um tópico sobre os CT?
 
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por mais_um » 22/8/2012 21:52

AlexG Escreveu:Fico contente com a discussão que surgiu com o meu post.


Eu também! :wink:

Por acaso andava para voltar ao tema, (fui um dos impulsionadores dos CT,leia-se discussão no fórum.) E neste momento tendo em conta a valorização das OT, podem ser interessantes para o perfil de alguns investidores.
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Re: Certificados do Tesouro e outros

por mais_um » 22/8/2012 20:38

Sr_SNiper Escreveu:
São opiniões, e gosto de ler particularmente as que são diferentes das minhas, eu também não dou conselhos de investimento a ninguém, pois quase nem nem para mim sei.
E aproveito para dizer que gosto de ler particularmente as tuas opiniões neste tópico de obrigações, e valorizo-as muito.
Um abraço


É reciproco.

:wink:
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por Eldred » 22/8/2012 19:38

santasnoites Escreveu:parabens aos membros pelas excelentes intervenções, onde posso consultar as CTs? e dá para fazer uma simulação?
é que os meus pais ainda tem nos certificados de aforro mas são ainda dos primeiros e gostaria então transferir para as CTs. o dinheiro que pelos vistos já perderam em juros.
obrigado


No site do IGCP https://aforronet.igcp.pt/Iimf.AforroNe ... acoes.aspx[/url]
 
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por santasnoites » 22/8/2012 19:26

parabens aos membros pelas excelentes intervenções, onde posso consultar as CTs? e dá para fazer uma simulação?
é que os meus pais ainda tem nos certificados de aforro mas são ainda dos primeiros e gostaria então transferir para as CTs. o dinheiro que pelos vistos já perderam em juros.
obrigado
 
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por Eldred » 22/8/2012 18:48

A meu ver as OTs e CTs tem algumas semelhanças e diferenças.

Nas semelhanças, colocaria o risco básico. Ambos são emitidos pela rep portuguesa e por isso em ultima analise o risco é o da solvência de Portugal. Se diferenças houver acho que são favoráveis aos CTS. No caso das OTs se houver incumprimento ou reestruturação, vais haver perda de capital. No caso dos CTs é uma decisão politica. O governo pode decidir que numa restruturação dado os CTs serem divida publica se aplicam as mesmas medidas que ás OTs ou optar por medidas mais favoráveis por ser um tipo de dívida destinada à poupança de por pequenos aforradores. Será uma decisão politica mas a não ser que governo seja um pau mandado do capital (e se assim for passarei a votar á esquerda) nunca terá um tratamento mais penalizador que as OTs.
Já agora alguém sabe o que se passou na Grécia com o equivalente a certificados de aforro e CTs (se existirem por lá).

Nas diferenças vejo essencialmente

A taxa de juro. Neste momento os CTs dão a 5 anos 6% (os 6,8% são na realidade 6 se fizermos as contas correctamente) enquanto as OTs estão a 8% . Esse diferencial de 2% pode ser considerado o preço a pagar pelo facto de (depois de excluirmos o risco básico de solvenvia de portugal que é semelhante para os dois), nos CTs o capital estar sempre garantido (e á excepção dos primeiros 6 meses) enquanto que nas OTs está sujeito á cotação do momento.

A natureza não especulativa. pelo facto de serem nominais os CTs não podem ser transaccionados. Logo só tem interesse para um investidor que os adquira com intenção de os manter até á maturidade (pelo menos 5 anos) e não tenha pretenda fazer um acompanhamento dinâmico do mercado para explorar flutuações e maximizar retornos (embora mesmo para quem acompanhe o mercado pode fazer sentido ter alguma % em CTs para ter o capital garantido).

Acho que a razão fundamental para se optar entre OTs ou CTs tem como sempre a ver com perfil do investidor.
Se uma pessoa só puder optar entre OT ou CT, então se considerar que ter sempre (excepto nos primeiros 6 meses) o capital garantido vale um prémio de 2% na rentabilidade deve optar por CTs. Se for alguém que tenho estofo (e rede de segurança) para suportar flutuações e ainda por cima tiver disponibilidade, gosto e talento para especular no mercado deve optar por OTs.

PS Já agora para terminar. Eu pessoalmente se para a totalidade do meu capital apenas tivesse a opção entre CTs e OTs (e exclusivas) optaria pelos CTs. Mas como não tenho essa limitação tenho alguma coisa em cada uma delas.
Editado pela última vez por Eldred em 22/8/2012 19:39, num total de 1 vez.
 
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por AlexG » 22/8/2012 18:24

Fico contente com a discussão que surgiu com o meu post.

Julgo que o que é importante é investir com conhecimento, e eu aumentei o meu com as vossas respostas.
Normalmente risco e resultado são variáveis dependentes. Determinadas as variáveis só há que maximizá-las com o produto adequado.

Alguns exemplos:
1 - O melhor investimento possível: jogar no euromilhões, num dia de jackpot, e ser o único totalista. A taxa de juro é enormíssima, podendo multiplicar a nossa aposta de 2 euros em mais de 100 milhões em poucas horas. O problema é que o risco do capital é total. A probabilidade de acertar é também muito pequena, cerca de 1 em cada 116 milhões.

2 - No lado oposto está o DP. Taxas de juros de 3 ou 4% ao ano. O risco pode ser muito, muito baixo se houver algum cuidado. Não considero por o dinheiro debaixo do colchão porque isso não é investimento.

3 - No meio há uma enormidade de possibilidades para todos os gostos e feitios, prazos e rentabilidades.

O que ficou claro para mim é que há um preço a pagar pela disponibilidade do dinheiro.
Assim, investir em CT tem um retorno interessante, do meu ponto de vista tem um risco desprezável (há alguém que discorde?), mas implica que o dinheiro lá fique durante pelo menos 5 anos.
As OT podem ter um retorno ainda melhor, uma liquidez diária mas têm um risco maior se não as pretendermos levar até à sua maturidade.

Nota final: Nestes últimos dias as PGB 4.100 15/04/37 subiram de uma forma fantástica! Mas também as outras OT portuguesas me parecem um excelente investimento para quem quer aplicar as suas economias e de seis em seis meses colher um rendimento muito interessante. Sem grandes sobressaltos ...
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Re: Certificados do Tesouro e outros

por Sr_SNiper » 22/8/2012 17:36

mais_um Escreveu:
Sr_SNiper Escreveu:Eu tive CT´s durante 6 meses, nesse tempo estudei os prós e contras OT´s vs CT´s e, pessoalmente, não vejo muitas vantagens, para não dizer nenhuma, nos CT´s em relação às OT´s, depois saquei o guito todo dos CT´s e investi em OT´s, vês alguma coisa de errado no que disse atrás?

De errado não vejo nada, só que não tenho a mesma opinião. OT e CT não são a mesma coisa (tem características diferentes), e aparentemente estás a valorizar bastante a YTM em função das outras diferenças.
Sr_SNiper Escreveu:Ficar com o guito 5 anos é muita coisa, num instrumento, com um risco muito parecido ( talvez igual, ninguém sabe) que as OT´s, e nas OT´s podes ir saltando de OT em OT se tal for vantajoso aumentando assim a rendibilidade.

Hum… não te enganes, com as OT podes ficar com menos capital do que investiste, com os CT isso não acontece. Isto tem um preço que se reflecte na rentabilidade do produto.
Eu já tive OT com desvalorização em relação ao preço que comprei (-15%), se precisasse naquele momento do capital perdia dinheiro, com os CT não.
E em relação ao tempo que estás investido, considerando as OT que tens, corres o risco de ficar mais que os 5 anos para ter a rentabilidade que esperas.
Sr_SNiper Escreveu:Agora parece-me sensato ir com a tendencia, se a tendência é de subida, então não vou fazer conjeturas complexas de bancas rotas para amanhã.
Um abraço

Não tenha nada contra, eu tenho OT e CT, (não dou conselhos de investimentos a ninguém), mas tem a ver com o perfil financeiro/necessidades de cada um. Para os meus objectivos e parâmetros, obrigações neste momento só até 2/3 anos máximo.


Um abraço


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Re: Certificados do Tesouro e outros

por mais_um » 22/8/2012 15:45

Sr_SNiper Escreveu:Eu tive CT´s durante 6 meses, nesse tempo estudei os prós e contras OT´s vs CT´s e, pessoalmente, não vejo muitas vantagens, para não dizer nenhuma, nos CT´s em relação às OT´s, depois saquei o guito todo dos CT´s e investi em OT´s, vês alguma coisa de errado no que disse atrás?

De errado não vejo nada, só que não tenho a mesma opinião. OT e CT não são a mesma coisa (tem características diferentes), e aparentemente estás a valorizar bastante a YTM em função das outras diferenças.
Sr_SNiper Escreveu:Ficar com o guito 5 anos é muita coisa, num instrumento, com um risco muito parecido ( talvez igual, ninguém sabe) que as OT´s, e nas OT´s podes ir saltando de OT em OT se tal for vantajoso aumentando assim a rendibilidade.

Hum… não te enganes, com as OT podes ficar com menos capital do que investiste, com os CT isso não acontece. Isto tem um preço que se reflecte na rentabilidade do produto.
Eu já tive OT com desvalorização em relação ao preço que comprei (-15%), se precisasse naquele momento do capital perdia dinheiro, com os CT não.
E em relação ao tempo que estás investido, considerando as OT que tens, corres o risco de ficar mais que os 5 anos para ter a rentabilidade que esperas.
Sr_SNiper Escreveu:Agora parece-me sensato ir com a tendencia, se a tendência é de subida, então não vou fazer conjeturas complexas de bancas rotas para amanhã.
Um abraço

Não tenha nada contra, eu tenho OT e CT, (não dou conselhos de investimentos a ninguém), mas tem a ver com o perfil financeiro/necessidades de cada um. Para os meus objectivos e parâmetros, obrigações neste momento só até 2/3 anos máximo.


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Re: Certificados do Tesouro e outros

por Sr_SNiper » 22/8/2012 15:23

mais_um Escreveu:
Sr_SNiper Escreveu:Tu próprio o disseste, capital bloqueado 6 meses, se quiseres vender antes de 5 anos dá uma remuneração ridícula, ou seja tens o dinheiro empatado 5 anos.
Se comprares as OT´s, tens juros diários, muito superiores pois tens o juros sobre o valor facial, mas tu compras-te muito a baixo do par. Além disso vais ganhando a sua valorização (se valorizar) tens uma liquidez diária e não a 5 anos como as CT´s.
As comissões no BEST não são más, são horrorosas, péssimas mesmo, e tens comissão de guarda de títulos.
Eu pago 0,2% na compra e 0,2% na venda ( contra os 0,75% e 0,75%) não pago manutenção e pago 1% sobre o cupão, sem valor mínimo, se comprares 100euros pagas 20 cêntimos de comissão
As Espanholas na GB eles só transacionam 50K.

Eu já tive várias obrigações e podes ver nas páginas anteriores, nunca tive nenhuma rendibilidade liquida de comissões e impostos inferior a 5,85%

Eu vejo aqui https://www.boerse-stuttgart.de/rd/en/f ... utoffhere=


Boas!

Andas muito euforico com as obrigações! :mrgreen:

Tens algum plano para o caso de a cotação cair e ficarem a valer menos 10 ou 15% em relação ao valor de aquisição?

Um abraço,

Alex

Não é eufórico nem é deprimido, não venho dizer que ganhei milhões, nem venho dizer que comprei a 0,5 e agora estão a 0,09, apenas partilho a minha experiência ( pouca) e o meu modo de ver as coisas.
Eu tive CT´s durante 6 meses, nesse tempo estudei os prós e contras OT´s vs CT´s e, pessoalmente, não vejo muitas vantagens, para não dizer nenhuma, nos CT´s em relação às OT´s, depois saquei o guito todo dos CT´s e investi em OT´s, vês alguma coisa de errado no que disse atrás?
Ficar com o guito 5 anos é muita coisa, num instrumento, com um risco muito parecido ( talvez igual, ninguém sabe) que as OT´s, e nas OT´s podes ir saltando de OT em OT se tal for vantajoso aumentando assim a rendibilidade.

Tenho sempre um plano B, quer seja obrigações, ou outro ativo qualquer, e reforçar perdas foi uma coisa que nunca fiz, e não me parece que o vá fazer.

Agora parece-me sensato ir com a tendencia, se a tendência é de subida, então não vou fazer conjeturas complexas de bancas rotas para amanhã.

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por eagleman » 22/8/2012 15:21

O que é que acham destas obrigações?

https://www.boerse-stuttgart.de/en/fact ... l=0WRB.STU

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