Jerónimo Martins - Tópico Geral
PT_Trader Escreveu:pdcarrico Escreveu:Dados do relatório de contas:
Custos com salários:
545 927 milhares de euros
Nº de funcionários
57 066
Salário médio = valor global / nº de funcionários /14=
683 euros.
Neste valor médio de 683 euros naturalmente pesam TODOS os salários de todos os funcionários (incluindo o do administrador-delegado).
Achas assim muito?
Essas contas estão MUITO mal feitas.
Não te esqueças que isto é um negócio onde há muitos part-times, por isso uma média simples nunca funciona...
Edit: aí também deve estar incluído os salários na Polónia, e não falo ideia o que se paga por lá; os custos com administradores por vezes são colocados à parte, numa rubrica de custos com órgãos sociais
Isso é do conselho de administração. O administrador-delegado tem uma função executiva e faz parte da folha salarial normal.
De qualquer maneira só coloquei com a intenção de dizer que existem alguns salários bem mais altos que distorcem o valor médio do que ganham os caixas e pessoal de supermercado.
O salário mínimo na Polónia é de facto mais baixo que em Portugal mas é pouca a diferença, creio que lá fica perto dos 400 euros.
Não é preciso fazer muitas contas para se concluir que uma boa parte dos trabalhadores ganha um valor muito próximo do salário mínimo. Ou seja não dá para pagar menos que isso.
Pedro Carriço
pdcarrico Escreveu:Dados do relatório de contas:
Custos com salários:
545 927 milhares de euros
Nº de funcionários
57 066
Salário médio = valor global / nº de funcionários /14=
683 euros.
Neste valor médio de 683 euros naturalmente pesam TODOS os salários de todos os funcionários (incluindo o do administrador-delegado).
Achas assim muito?
Essas contas estão MUITO mal feitas.
Não te esqueças que isto é um negócio onde há muitos part-times, por isso uma média simples nunca funciona...
Edit: aí também deve estar incluído os salários na Polónia, e não falo ideia o que se paga por lá; os custos com administradores por vezes são colocados à parte, numa rubrica de custos com órgãos sociais
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Dados do relatório de contas:
Custos com salários:
545 927 milhares de euros
Nº de funcionários
61 061
Salário médio = valor global / nº de funcionários /14=
638 euros.
Neste valor médio de 638 euros naturalmente pesam TODOS os salários de todos os funcionários (incluindo o do administrador-delegado).
Achas assim muito?
Custos com salários:
545 927 milhares de euros
Nº de funcionários
61 061
Salário médio = valor global / nº de funcionários /14=
638 euros.
Neste valor médio de 638 euros naturalmente pesam TODOS os salários de todos os funcionários (incluindo o do administrador-delegado).
Achas assim muito?
Editado pela última vez por pdcarrico em 10/1/2012 19:17, num total de 1 vez.
Pedro Carriço
CMVM
Polónia continua a representar mais de metade das vendas da JM
Alberto Teixeira
10/01/12 17:26
As vendas preliminares da Jerónimo Martins subiram 13,2% para 9.838 milhões de euros em 2011, em linha com os 9.818 milhões de euros projectados pela ‘poll' da Reuters.
"O desempenho de vendas no ano reflecte o forte crescimento like-for life (lfl) do Grupo (+7,8%), com a excelente contribuição da Biedronka (+13,4%) e o bom desempenho dos negócios em Portugal", refere a retalhista nacional em comunicado enviado ao mercado.
Segundo o documento, as vendas não foram superiores devido à desvalorização do zloty polaco. "Excluindo o efeito negativo da taxa de câmbio, as vendas do Grupo atingiram 10,0 mil milhões de euros, um crescimento de 15,3%", diz a Jerónimo Martins.
A retalhista nacional destaca a consolidação da sua actividade na Polónia, onde detém a Biedronka, que representa 58,8% da totalidade de vendas. De resto, as vendas na Polónia subiram 20,4% para 5,8 mil milhões de euros.
"O ano de 2011 foi também o ano da consolidação da notável capacidade de expansão da Biedronka, com a abertura de 239 novas localizações, terminando o ano com um total de 1.873 lojas, em linha com o objectivo de atingir 3.000 lojas em 2015", indica a Jerónimo Martins.
Em Portugal, continua a retalhista liderada por Alexandre Soares dos Santos, "o Pingo Doce continuou a dar sinais de notável resiliência numa envolvente macroeconómica negativa, registando um crescimento de 4,2% das vendas". Já as vendas do Recheio registaram no ano um crescimento de 4,9%
Na sessão de hoje, os títulos da Jerónimo Martins cederam 1,18% para 13,02 euros.
Os resultados anuais da Jerónimo Martins são apresentados no dia 7 de Março.
http://economico.sapo.pt/noticias/polon ... 35553.html
Polónia continua a representar mais de metade das vendas da JM
Alberto Teixeira
10/01/12 17:26
As vendas preliminares da Jerónimo Martins subiram 13,2% para 9.838 milhões de euros em 2011, em linha com os 9.818 milhões de euros projectados pela ‘poll' da Reuters.
"O desempenho de vendas no ano reflecte o forte crescimento like-for life (lfl) do Grupo (+7,8%), com a excelente contribuição da Biedronka (+13,4%) e o bom desempenho dos negócios em Portugal", refere a retalhista nacional em comunicado enviado ao mercado.
Segundo o documento, as vendas não foram superiores devido à desvalorização do zloty polaco. "Excluindo o efeito negativo da taxa de câmbio, as vendas do Grupo atingiram 10,0 mil milhões de euros, um crescimento de 15,3%", diz a Jerónimo Martins.
A retalhista nacional destaca a consolidação da sua actividade na Polónia, onde detém a Biedronka, que representa 58,8% da totalidade de vendas. De resto, as vendas na Polónia subiram 20,4% para 5,8 mil milhões de euros.
"O ano de 2011 foi também o ano da consolidação da notável capacidade de expansão da Biedronka, com a abertura de 239 novas localizações, terminando o ano com um total de 1.873 lojas, em linha com o objectivo de atingir 3.000 lojas em 2015", indica a Jerónimo Martins.
Em Portugal, continua a retalhista liderada por Alexandre Soares dos Santos, "o Pingo Doce continuou a dar sinais de notável resiliência numa envolvente macroeconómica negativa, registando um crescimento de 4,2% das vendas". Já as vendas do Recheio registaram no ano um crescimento de 4,9%
Na sessão de hoje, os títulos da Jerónimo Martins cederam 1,18% para 13,02 euros.
Os resultados anuais da Jerónimo Martins são apresentados no dia 7 de Março.
http://economico.sapo.pt/noticias/polon ... 35553.html
"Only one thing conviced me when i was wrong and that is to lose money. And i am only right when i make money" - Jesse Livermore
Jornal de Negocios: O grupo de distribuição Jerónimo Martins encerrou 2011 com vendas líquidas de 9,8 mil milhões de euros, de acordo com os dados preliminares hoje avançados ao mercado, o que corresponde um aumento de 13,2%.
Em comunicado, a administração da companhia defende que “excluindo o efeito negativo da taxa de câmbio, as vendas do grupo atingiriam 10 mil milhões de euros, um crescimento de 15,3%” face ao ano de 2010.
A rede polaca Biedronka foi responsável por vendas de 5,78 mil milhões de euros, a que corresponde 58,8% do total consolidado pelo grupo português. Cresceu 20,4% em euros (e 24,2% em moeda local) no ano passado.
O retalho em Portugal Continental, concentrado na cadeia Pingo Doce, gerou vendas líquidas de 3,15 mil milhões de euros, mais 5,3% do que no exercício de 2010. Na Madeira, onde a JM detém 15 lojas, a operação retalhista teve vendas de 162 milhões de euros, mais 14,4% do em 2010, ano em que a actividade foi afectada pelo encerramento das duas principais duas lojas Pingo Doce na Região Autónoma, na sequência dos desastres naturais de Fevereiro daquele ano.
Na área do comércio grossista, onde a JM opera através da cadeia Recheio, as vendas terão crescido 4,9%, para 756 milhões de euros.
Em comentário final, a administração da JM reafirma o “potencial de crescimento da Biedronka” como “primeiro plano das prioridades estratégicas, como motor do crescimento da Jerónimo Martins”.
Porque será que perante estas noticias, o titulo fechou a cair depois de ter estado subir durante o resto do dia?
Em comunicado, a administração da companhia defende que “excluindo o efeito negativo da taxa de câmbio, as vendas do grupo atingiriam 10 mil milhões de euros, um crescimento de 15,3%” face ao ano de 2010.
A rede polaca Biedronka foi responsável por vendas de 5,78 mil milhões de euros, a que corresponde 58,8% do total consolidado pelo grupo português. Cresceu 20,4% em euros (e 24,2% em moeda local) no ano passado.
O retalho em Portugal Continental, concentrado na cadeia Pingo Doce, gerou vendas líquidas de 3,15 mil milhões de euros, mais 5,3% do que no exercício de 2010. Na Madeira, onde a JM detém 15 lojas, a operação retalhista teve vendas de 162 milhões de euros, mais 14,4% do em 2010, ano em que a actividade foi afectada pelo encerramento das duas principais duas lojas Pingo Doce na Região Autónoma, na sequência dos desastres naturais de Fevereiro daquele ano.
Na área do comércio grossista, onde a JM opera através da cadeia Recheio, as vendas terão crescido 4,9%, para 756 milhões de euros.
Em comentário final, a administração da JM reafirma o “potencial de crescimento da Biedronka” como “primeiro plano das prioridades estratégicas, como motor do crescimento da Jerónimo Martins”.
Porque será que perante estas noticias, o titulo fechou a cair depois de ter estado subir durante o resto do dia?
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- Registado: 27/9/2010 17:20
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pdcarrico Escreveu:FerroPT Escreveu:Até posso concordar com alguns dos teus argumentos, não concordo é com a forma geral com que se tem abordado este assunto. É tudo a a tentar bater na Jerónimo e Martins quando este é uma das melhores empresas portuguesas que paga salários acima da média do sector, que respeita os seus compromissos com todos os seus stakeholders. Os teus argumentos não justificam um boicote só isso que quero que percebas...
Eu não ia responder mas o teu post mudou-me a ideia..
Tu sabes quanto recebem os colaboradores do Pingo Doce? Eu conheço quem trabalhe lá e conheço quem já tenha visto o seu contrato não ser renovado por ter estado um período de baixa (baixa de curta duração - menos de dois meses - e com certeza te digo que não era fraudulenta).
Não vou dizer que a Sonae é o paraíso, mas como se diz na terra onde agora vivo - não forces a barra. A JM não é a empresa de sonho para os caixas e para o pessoal das lojas.FerroPT Escreveu:Em relação à tua situação apenas tracei um paralelismo e traçando de novo, a JM não tem solução se não se expandir, neste mundo globalizado ou se cresce ou se é engolido. Sem a ida para a Holanda a obtenção de capitais alheios a custos mais competitivos iria ser bastante mais complicado.
O teu paralelismo é abusivo, desonesto e falacioso. Aliás para o nosso PM, pessoas como eu emigrarem constitui-se um problema a menos, empresa como a holding familiar Francisco Soares dos Santos emigrarem constitui-se um problema a mais.
Aliás se de facto tiveres lido a argumentação neste e nos outros tópicos, podes verificar que na minha opinião, esta deslocalização não significa bulhufas no melhor acesso ao crédito. Podes acreditar no contrário, mas para mim estás apenas a pensar pela cabeça dos outros (neste caso estás a admitir que tudo o que o ASS diz, é por ser verdade - na verdade o que ele diz, é porque tem interesse em o dizer).FerroPT Escreveu:Quanto ao voltares para cá, da mesma forma que tu não voltas porque não tens condições, o ASS tirou de cá a holding porque também não tem condições para a ter cá... ou melhor, ter até tem, mas são piores... da mesma forma acontecia se tu voltasses... ter condições tinhas, só que viverias pior e tu não queres isso porque és um ser racional assim como o ASS.
Em jeito de conclusão quero apenas dizer que o ASS se não fosse patriótico já tinha tirado a holding daqui há muito mais tempo... mas aguentou e aguentou e aguentou... agora foi a gota de água. E como já disse aqui ele já tinha avisado que isto iria acontecer caso não lhe dessem estabilidade fiscal. Depois quero ressalvar que o ASS já fez mais pelo país do que todos nós juntos. Já pagou mais impostos do que todos nós juntos. Já criou mais empregos em Portugal do que o número de utilizadores deste fórum. Mas cometeu um grave pecado, tornou-se rico... e tornar-se rico em Portugal é considerado por muitos como terrorismo.
É evidente que não leste o que eu e outros escreveram. Não dirias o que estás a dizer agora, porque toda essa argumentação já está lá nos posts passados.
Nem sei porque raio estou eu a escrever, quando notoriamente não faz sentido debater com alguém que pegou o fim da discussão e quer voltar a trazer à baila críticas já perfeitamente devolvidas.
Na verdade não tenho assim tanto interesse no que tu pensas, como aliás também não deves ter no que eu penso.
Até à próxima!
Estás com azar... eu já trabalhei como promotor em várias lojas do pingo doce e do antigo feira nova, antes de acabar o meu curso, portanto acho que conheço mais empregados do que tu e falava com eles sobre as condições da loja, se eram bem pagos, se eram bem tratados, se as gerentes eram de loja os tratavam bem... Todos me falaram bem da loja. Perguntei a um deles se o que eu tinha ouvido sobre o bónus salarial no final do ano era verdade. E ele disse-me que sim, que estava contente que ali recebia mais nos outros sítios, que estava contente com o seu trabalho. Claro que não recebe um salário milionário, mas comparado com os trabalhos que tinha antes considerava-se muito bem pago e tratado.
Depois também trabalhei como promotor no continente e na worten. E acredita que a diferença é abismal, os funcionários não podiam ir à casa de banho durante o horário de trabalho, se iam eram chamados à atenção e punidos, medidas de segurança abusivas, do género revistarem os empregados à saída da loja. Trabalhadores tratados quase como criminosos.
Não vou acrescentar mais nada em relação ao resto porque a tua opinião é extremista e irracional, não queres ver a realidade que nós vemos de perto problema teu. Só te quero demonstrar que não conheces a realidade... Isso dos trabalhadores não serem renovados por tarem de baixa é sempre relativa, se calhar estavam de baixa... mas se calhar também eram maus funcionários ao mesmo tempo... Porque há maus funcionários que por serem maus funcionários não vêem os seu contratos a serem renovados. Correcto ? Ou engano-me ?
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FerroPT Escreveu:Até posso concordar com alguns dos teus argumentos, não concordo é com a forma geral com que se tem abordado este assunto. É tudo a a tentar bater na Jerónimo e Martins quando este é uma das melhores empresas portuguesas que paga salários acima da média do sector, que respeita os seus compromissos com todos os seus stakeholders. Os teus argumentos não justificam um boicote só isso que quero que percebas...
Eu não ia responder mas o teu post mudou-me a ideia..
Tu sabes quanto recebem os colaboradores do Pingo Doce? Eu conheço quem trabalhe lá e conheço quem já tenha visto o seu contrato não ser renovado por ter estado um período de baixa (baixa de curta duração - menos de dois meses - e com certeza te digo que não era fraudulenta).
Não vou dizer que a Sonae é o paraíso, mas como se diz na terra onde agora vivo - não forces a barra. A JM não é a empresa de sonho para os caixas e para o pessoal das lojas.
FerroPT Escreveu:Em relação à tua situação apenas tracei um paralelismo e traçando de novo, a JM não tem solução se não se expandir, neste mundo globalizado ou se cresce ou se é engolido. Sem a ida para a Holanda a obtenção de capitais alheios a custos mais competitivos iria ser bastante mais complicado.
O teu paralelismo é abusivo, desonesto e falacioso. Aliás para o nosso PM, pessoas como eu emigrarem constitui-se um problema a menos, empresa como a holding familiar Francisco Soares dos Santos emigrarem constitui-se um problema a mais.
Aliás se de facto tiveres lido a argumentação neste e nos outros tópicos, podes verificar que na minha opinião, esta deslocalização não significa bulhufas no melhor acesso ao crédito. Podes acreditar no contrário, mas para mim estás apenas a pensar pela cabeça dos outros (neste caso estás a admitir que tudo o que o ASS diz, é por ser verdade - na verdade o que ele diz, é porque tem interesse em o dizer).
FerroPT Escreveu:Quanto ao voltares para cá, da mesma forma que tu não voltas porque não tens condições, o ASS tirou de cá a holding porque também não tem condições para a ter cá... ou melhor, ter até tem, mas são piores... da mesma forma acontecia se tu voltasses... ter condições tinhas, só que viverias pior e tu não queres isso porque és um ser racional assim como o ASS.
Em jeito de conclusão quero apenas dizer que o ASS se não fosse patriótico já tinha tirado a holding daqui há muito mais tempo... mas aguentou e aguentou e aguentou... agora foi a gota de água. E como já disse aqui ele já tinha avisado que isto iria acontecer caso não lhe dessem estabilidade fiscal. Depois quero ressalvar que o ASS já fez mais pelo país do que todos nós juntos. Já pagou mais impostos do que todos nós juntos. Já criou mais empregos em Portugal do que o número de utilizadores deste fórum. Mas cometeu um grave pecado, tornou-se rico... e tornar-se rico em Portugal é considerado por muitos como terrorismo.
É evidente que não leste o que eu e outros escreveram. Não dirias o que estás a dizer agora, porque toda essa argumentação já está lá nos posts passados.
Nem sei porque raio estou eu a escrever, quando notoriamente não faz sentido debater com alguém que pegou o fim da discussão e quer voltar a trazer à baila críticas já perfeitamente devolvidas.
Na verdade não tenho assim tanto interesse no que tu pensas, como aliás também não deves ter no que eu penso.
Até à próxima!
Pedro Carriço
db7 Escreveu:FerroPT Escreveu:pdcarrico Escreveu:AutoMech Escreveu:Exacto Pedro, eu só fiz esse comentário porque a maioria das pessoas que decidiram boicotar o PD (e não quer dizer que realmente o façam) pensam que vão dar um grande rombo na empresa.
Não será certamente o caso do Carrancho, do Marco António e de outras pessoas informadas, mas a maioria do zé pagode que decidiu boicotar o PD fá-lo convencido que até pode levar a JM à falência. Pura ingenuidade, como é óbvio.
Desconfio que toda a gente tem noção de que o boicote não terá efeitos financeiros pesados, mas apesar disso pode fazê-lo.
É a mesma coisa do que decidir comprar produto nacional. Uma decisão individual não muda a balança comercial, mas na mesma uma pessoa pode fazê-lo quanto mais não seja para estar de bem com a própria consciência e agir coerentemente com o que se defende.
Eu, como sabes, não vivo em Portugal, mas boicotaria o PD se vivesse. Apesar disso não tenho dúvidas que o ASS não estaria nem um pouco importado com o meu boicote.
Desta vez vou ter de me alongar porque esta discussão continua e ainda não percebo porquê.
Não percebo uma coisa... tu pelos vistos, fizeste o mesmo que o ASS abandonaste o país em busca de melhores condições (presumo eu) e foste pagar impostos noutro país e de certeza que ninguém em Portugal deixou de ser teu amigo por causa disso, nem a tua família de renegou, nem te retiraram a nacionalidade. Por outro lado queres que o mesmo comportamento que tu tiveste seja punido com um boicote ao PD. Depois pergunto-te boicota-mos o PD e vamos comprar onde ? No continente ? grupo sonae ?(tb na holanda), ou vamos às mercearias pagar o dobro do preço pelas coisas para não nos sobrar dinheiro ao fim do mês. Neste momento acho que para um português ir ao PD é inevitável, porque é simplesmente o supermercado mais próxima e mais barato de maioria das pessoas... podes eventualmente gastar mais tempo ou mais dinheiro ou eventualmente mais tempo e mais dinheiro para te dirigires a outro sítio. Para além disto tudo boicotar o Pingo doce é um disparate pois não há nenhuma razão lógica para o fazer. E o que me espanta é que facilmente as pessoas deixam-se manipular desta maneira pela comunicação social e pelos políticos, ouvem um desgraçado qualquer de um comentador dizer meia dúzias de alarvidades e vão todos atrás da cantiga do bandido. Se isto fosse razão para boicotar o pingo doce, não podias abastecer gasolina na galp, usar a electricidade da edp, ter televisão por cabo, internet ou telefone (MEO e PT), não podias ter conta nos bancos e tinhas de andar a fazer desvios gigantes para não passar numa autoestrada da brisa. Acreditas que exista alguém em Portugal que consiga fazer tudo isto sem a sua vida tornar-se num pesadelo gigante ?
Desculpa mas comparar uma pessoa individual com um grupo como a JM é no mínimo ridículo.
Em relação ao boicote, obviamente que cada um esta no direito de fazer o que entende, no entanto parece-me injusto porque como é sabido a concorrência fez exatamente o mesmo.
A JM foi infeliz no timing que escolheu para se descolar para os países baixos.
Não é ridículo, é um exercício mental. A única forma de poder por as pessoas comuns e normais na pele do ASS. Porque a holding é o que dá alimento à família toda dele assim como os empregos de pessoas individuais dão alimento às suas famílias. Maior parte dos familiares dele trabalham na JM... aquela empresa para além de ser o ganha pão de toda a família é ainda o trabalho de uma vida...
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pdcarrico Escreveu:FerroPT Escreveu:Desta vez vou ter de me alongar porque esta discussão continua e ainda não percebo porquê.
Não percebo uma coisa... tu pelos vistos, fizeste o mesmo que o ASS abandonaste o país em busca de melhores condições (presumo eu) e foste pagar impostos noutro país e de certeza que ninguém em Portugal deixou de ser teu amigo por causa disso, nem a tua família de renegou, nem te retiraram a nacionalidade. Por outro lado queres que o mesmo comportamento que tu tiveste seja punido com um boicote ao PD. Depois pergunto-te boicota-mos o PD e vamos comprar onde ? No continente ? grupo sonae ?(tb na holanda), ou vamos às mercearias pagar o dobro do preço pelas coisas para não nos sobrar dinheiro ao fim do mês. Neste momento acho que para um português ir ao PD é inevitável, porque é simplesmente o supermercado mais próxima e mais barato de maioria das pessoas... podes eventualmente gastar mais tempo ou mais dinheiro ou eventualmente mais tempo e mais dinheiro para te dirigires a outro sítio. Para além disto tudo boicotar o Pingo doce é um disparate pois não há nenhuma razão lógica para o fazer. E o que me espanta é que facilmente as pessoas deixam-se manipular desta maneira pela comunicação social e pelos políticos, ouvem um desgraçado qualquer de um comentador dizer meia dúzias de alarvidades e vão todos atrás da cantiga do bandido. Se isto fosse razão para boicotar o pingo doce, não podias abastecer gasolina na galp, usar a electricidade da edp, ter televisão por cabo, internet ou telefone (MEO e PT), não podias ter conta nos bancos e tinhas de andar a fazer desvios gigantes para não passar numa autoestrada da brisa. Acreditas que exista alguém em Portugal que consiga fazer tudo isto sem a sua vida tornar-se num pesadelo gigante ?
Desculpa lá, mas já escrevi o suficiente para justificar o que defendo. Isso não tem que ver com o facto de estar emigrado nem tem que ver com o facto de outras empresas terem emigrado o seu capital. Se realmente quiseres saber o que eu penso podes ir lá atrás e ler (neste no outro tópico). Se não quiseres, estás no teu direito. Eu é que não me vou repetir. Para além do mais, já nem discutia os méritos do boicote, mas sim o que entendo serem os efeitos do boicote.
Só para conste, já pensei por várias vezes voltar a Portugal. Mas infelizmente não tenho alternativa de sustento (contrariamente ao caso da JM). Se souberes de uma boa alternativa de empregabilidade para mim e para a minha mulher, terei todo o prazer em mandar-te o meu CV (e o dela). Acho que não preciso de ser mais claro!
Eu já li os teus argumentos todos, já não é a primeira vez que falamos sobre isto...
Até posso concordar com alguns dos teus argumentos, não concordo é com a forma geral com que se tem abordado este assunto. É tudo a a tentar bater na Jerónimo e Martins quando este é uma das melhores empresas portuguesas que paga salários acima da média do sector, que respeita os seus compromissos com todos os seus stakeholders. Os teus argumentos não justificam um boicote só isso que quero que percebas...
Em relação à tua situação apenas tracei um paralelismo e traçando de novo, a JM não tem solução se não se expandir, neste mundo globalizado ou se cresce ou se é engolido. Sem a ida para a Holanda a obtenção de capitais alheios a custos mais competitivos iria ser bastante mais complicado.
Quanto ao voltares para cá, da mesma forma que tu não voltas porque não tens condições, o ASS tirou de cá a holding porque também não tem condições para a ter cá... ou melhor, ter até tem, mas são piores... da mesma forma acontecia se tu voltasses... ter condições tinhas, só que viverias pior e tu não queres isso porque és um ser racional assim como o ASS.
Em jeito de conclusão quero apenas dizer que o ASS se não fosse patriótico já tinha tirado a holding daqui há muito mais tempo... mas aguentou e aguentou e aguentou... agora foi a gota de água. E como já disse aqui ele já tinha avisado que isto iria acontecer caso não lhe dessem estabilidade fiscal. Depois quero ressalvar que o ASS já fez mais pelo país do que todos nós juntos. Já pagou mais impostos do que todos nós juntos. Já criou mais empregos em Portugal do que o número de utilizadores deste fórum. Mas cometeu um grave pecado, tornou-se rico... e tornar-se rico em Portugal é considerado por muitos como terrorismo.
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FerroPT Escreveu:pdcarrico Escreveu:AutoMech Escreveu:Exacto Pedro, eu só fiz esse comentário porque a maioria das pessoas que decidiram boicotar o PD (e não quer dizer que realmente o façam) pensam que vão dar um grande rombo na empresa.
Não será certamente o caso do Carrancho, do Marco António e de outras pessoas informadas, mas a maioria do zé pagode que decidiu boicotar o PD fá-lo convencido que até pode levar a JM à falência. Pura ingenuidade, como é óbvio.
Desconfio que toda a gente tem noção de que o boicote não terá efeitos financeiros pesados, mas apesar disso pode fazê-lo.
É a mesma coisa do que decidir comprar produto nacional. Uma decisão individual não muda a balança comercial, mas na mesma uma pessoa pode fazê-lo quanto mais não seja para estar de bem com a própria consciência e agir coerentemente com o que se defende.
Eu, como sabes, não vivo em Portugal, mas boicotaria o PD se vivesse. Apesar disso não tenho dúvidas que o ASS não estaria nem um pouco importado com o meu boicote.
Desta vez vou ter de me alongar porque esta discussão continua e ainda não percebo porquê.
Não percebo uma coisa... tu pelos vistos, fizeste o mesmo que o ASS abandonaste o país em busca de melhores condições (presumo eu) e foste pagar impostos noutro país e de certeza que ninguém em Portugal deixou de ser teu amigo por causa disso, nem a tua família de renegou, nem te retiraram a nacionalidade. Por outro lado queres que o mesmo comportamento que tu tiveste seja punido com um boicote ao PD. Depois pergunto-te boicota-mos o PD e vamos comprar onde ? No continente ? grupo sonae ?(tb na holanda), ou vamos às mercearias pagar o dobro do preço pelas coisas para não nos sobrar dinheiro ao fim do mês. Neste momento acho que para um português ir ao PD é inevitável, porque é simplesmente o supermercado mais próxima e mais barato de maioria das pessoas... podes eventualmente gastar mais tempo ou mais dinheiro ou eventualmente mais tempo e mais dinheiro para te dirigires a outro sítio. Para além disto tudo boicotar o Pingo doce é um disparate pois não há nenhuma razão lógica para o fazer. E o que me espanta é que facilmente as pessoas deixam-se manipular desta maneira pela comunicação social e pelos políticos, ouvem um desgraçado qualquer de um comentador dizer meia dúzias de alarvidades e vão todos atrás da cantiga do bandido. Se isto fosse razão para boicotar o pingo doce, não podias abastecer gasolina na galp, usar a electricidade da edp, ter televisão por cabo, internet ou telefone (MEO e PT), não podias ter conta nos bancos e tinhas de andar a fazer desvios gigantes para não passar numa autoestrada da brisa. Acreditas que exista alguém em Portugal que consiga fazer tudo isto sem a sua vida tornar-se num pesadelo gigante ?
Desculpa mas comparar uma pessoa individual com um grupo como a JM é no mínimo ridículo.
Em relação ao boicote, obviamente que cada um esta no direito de fazer o que entende, no entanto parece-me injusto porque como é sabido a concorrência fez exatamente o mesmo.
A JM foi infeliz no timing que escolheu para se descolar para os países baixos.
FerroPT Escreveu:Desta vez vou ter de me alongar porque esta discussão continua e ainda não percebo porquê.
Não percebo uma coisa... tu pelos vistos, fizeste o mesmo que o ASS abandonaste o país em busca de melhores condições (presumo eu) e foste pagar impostos noutro país e de certeza que ninguém em Portugal deixou de ser teu amigo por causa disso, nem a tua família de renegou, nem te retiraram a nacionalidade. Por outro lado queres que o mesmo comportamento que tu tiveste seja punido com um boicote ao PD. Depois pergunto-te boicota-mos o PD e vamos comprar onde ? No continente ? grupo sonae ?(tb na holanda), ou vamos às mercearias pagar o dobro do preço pelas coisas para não nos sobrar dinheiro ao fim do mês. Neste momento acho que para um português ir ao PD é inevitável, porque é simplesmente o supermercado mais próxima e mais barato de maioria das pessoas... podes eventualmente gastar mais tempo ou mais dinheiro ou eventualmente mais tempo e mais dinheiro para te dirigires a outro sítio. Para além disto tudo boicotar o Pingo doce é um disparate pois não há nenhuma razão lógica para o fazer. E o que me espanta é que facilmente as pessoas deixam-se manipular desta maneira pela comunicação social e pelos políticos, ouvem um desgraçado qualquer de um comentador dizer meia dúzias de alarvidades e vão todos atrás da cantiga do bandido. Se isto fosse razão para boicotar o pingo doce, não podias abastecer gasolina na galp, usar a electricidade da edp, ter televisão por cabo, internet ou telefone (MEO e PT), não podias ter conta nos bancos e tinhas de andar a fazer desvios gigantes para não passar numa autoestrada da brisa. Acreditas que exista alguém em Portugal que consiga fazer tudo isto sem a sua vida tornar-se num pesadelo gigante ?
Desculpa lá, mas já escrevi o suficiente para justificar o que defendo. Isso não tem que ver com o facto de estar emigrado nem tem que ver com o facto de outras empresas terem emigrado o seu capital. Se realmente quiseres saber o que eu penso podes ir lá atrás e ler (neste no outro tópico). Se não quiseres, estás no teu direito. Eu é que não me vou repetir. Para além do mais, já nem discutia os méritos do boicote, mas sim o que entendo serem os efeitos do boicote.
Só para conste, já pensei por várias vezes voltar a Portugal. Mas infelizmente não tenho alternativa de sustento (contrariamente ao caso da JM). Se souberes de uma boa alternativa de empregabilidade para mim e para a minha mulher, terei todo o prazer em mandar-te o meu CV (e o dela). Acho que não preciso de ser mais claro!
Pedro Carriço
pdcarrico Escreveu:AutoMech Escreveu:Exacto Pedro, eu só fiz esse comentário porque a maioria das pessoas que decidiram boicotar o PD (e não quer dizer que realmente o façam) pensam que vão dar um grande rombo na empresa.
Não será certamente o caso do Carrancho, do Marco António e de outras pessoas informadas, mas a maioria do zé pagode que decidiu boicotar o PD fá-lo convencido que até pode levar a JM à falência. Pura ingenuidade, como é óbvio.
Desconfio que toda a gente tem noção de que o boicote não terá efeitos financeiros pesados, mas apesar disso pode fazê-lo.
É a mesma coisa do que decidir comprar produto nacional. Uma decisão individual não muda a balança comercial, mas na mesma uma pessoa pode fazê-lo quanto mais não seja para estar de bem com a própria consciência e agir coerentemente com o que se defende.
Eu, como sabes, não vivo em Portugal, mas boicotaria o PD se vivesse. Apesar disso não tenho dúvidas que o ASS não estaria nem um pouco importado com o meu boicote.
Desta vez vou ter de me alongar porque esta discussão continua e ainda não percebo porquê.
Não percebo uma coisa... tu pelos vistos, fizeste o mesmo que o ASS abandonaste o país em busca de melhores condições (presumo eu) e foste pagar impostos noutro país e de certeza que ninguém em Portugal deixou de ser teu amigo por causa disso, nem a tua família de renegou, nem te retiraram a nacionalidade. Por outro lado queres que o mesmo comportamento que tu tiveste seja punido com um boicote ao PD. Depois pergunto-te boicota-mos o PD e vamos comprar onde ? No continente ? grupo sonae ?(tb na holanda), ou vamos às mercearias pagar o dobro do preço pelas coisas para não nos sobrar dinheiro ao fim do mês. Neste momento acho que para um português ir ao PD é inevitável, porque é simplesmente o supermercado mais próxima e mais barato de maioria das pessoas... podes eventualmente gastar mais tempo ou mais dinheiro ou eventualmente mais tempo e mais dinheiro para te dirigires a outro sítio. Para além disto tudo boicotar o Pingo doce é um disparate pois não há nenhuma razão lógica para o fazer. E o que me espanta é que facilmente as pessoas deixam-se manipular desta maneira pela comunicação social e pelos políticos, ouvem um desgraçado qualquer de um comentador dizer meia dúzias de alarvidades e vão todos atrás da cantiga do bandido. Se isto fosse razão para boicotar o pingo doce, não podias abastecer gasolina na galp, usar a electricidade da edp, ter televisão por cabo, internet ou telefone (MEO e PT), não podias ter conta nos bancos e tinhas de andar a fazer desvios gigantes para não passar numa autoestrada da brisa. Acreditas que exista alguém em Portugal que consiga fazer tudo isto sem a sua vida tornar-se num pesadelo gigante ?
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pdcarrico Escreveu:Desconfio que toda a gente tem noção de que o boicote não terá efeitos financeiros pesados, mas apesar disso pode fazê-lo.
Hummmm.... nem sei se a maioria das pessoas clientes do PD saberá que a JM está na Polónia e menos ainda o peso das duas operações.

Até aqui no Caldeirão, com pessoas mais informadas, foi uma enorme confusão sobre o que realmente se passou, a propósito da mudança da sede.
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AutoMech Escreveu:Exacto Pedro, eu só fiz esse comentário porque a maioria das pessoas que decidiram boicotar o PD (e não quer dizer que realmente o façam) pensam que vão dar um grande rombo na empresa.
Não será certamente o caso do Carrancho, do Marco António e de outras pessoas informadas, mas a maioria do zé pagode que decidiu boicotar o PD fá-lo convencido que até pode levar a JM à falência. Pura ingenuidade, como é óbvio.
Desconfio que toda a gente tem noção de que o boicote não terá efeitos financeiros pesados, mas apesar disso pode fazê-lo.
É a mesma coisa do que decidir comprar produto nacional. Uma decisão individual não muda a balança comercial, mas na mesma uma pessoa pode fazê-lo quanto mais não seja para estar de bem com a própria consciência e agir coerentemente com o que se defende.
Eu, como sabes, não vivo em Portugal, mas boicotaria o PD se vivesse. Apesar disso não tenho dúvidas que o ASS não estaria nem um pouco importado com o meu boicote.
Pedro Carriço
Exacto Pedro, eu só fiz esse comentário porque a maioria das pessoas que decidiram boicotar o PD (e não quer dizer que realmente o façam) pensam que vão dar um grande rombo na empresa.
Não será certamente o caso do Carrancho, do Marco António e de outras pessoas informadas, mas a maioria do zé pagode que decidiu boicotar o PD fá-lo convencido que até pode levar a JM à falência. Pura ingenuidade, como é óbvio.
Não será certamente o caso do Carrancho, do Marco António e de outras pessoas informadas, mas a maioria do zé pagode que decidiu boicotar o PD fá-lo convencido que até pode levar a JM à falência. Pura ingenuidade, como é óbvio.
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AutoMech Escreveu:
Voltando à Jerónimo Martins, apesar da polémica a cotação soma e segue. Parece-me que está em máximos do último mês. Ninguém melhor do que o mercado para avaliar a situação, acima do ruído do dia a dia. Quais boicotes, qual quê.
Caro Auto,
Sabes que na avaliação da JM que a aproxime do actual valor de mercado, é a Biedronka responsável por 90% do valor do equity da empresa. Isso apesar de as operações em Portugal ainda representarem uns 40% em termos de volume e ebidta.
Ou seja para as acções sofrerem era preciso que houvesse um boicote na Polónia.
Além disso, na minha interpretação, esta deslocalização até pode beneficiar a cotação. A minha justificação para a holding familiar ter migrado tem que ver com uma hipotética isenção fiscal numa mais valia futura ... se por exemplo o senhor decide vender o grupo JM ao wallmart, ou ao Pão de Açucar, ao Carrefour ... não seria nunca agora, mas admitindo que essa é uma hipótese futura, e admitindo que a compra dos 56% de controlo obrigaria a uma OPA sobre o restante capital, então abre-se a possibilidade de uma valorização nesse cenário.
É apenas uma possibilidade, não sei naturalmente se alguém da família a cogitou. Mas o facto é que os investidores adoram empresas que podem ser compradas.
Pedro Carriço
db7 Escreveu:Vendo as coisas por esse lado então nunca há cunhas. Eu não sou nada a favor de cunhas na função publica e em parte nenhuma, mas agora estas a ser injusto para a função publica. Então se o tio tem uma prima formada em determinada área que num dado momento é necessária não a pode sugerir?? Isso já consideras cunha? E se fores sugerido para um privado onde percebes um pouco da matéria já não cunha porque conheces a pessoa e te da garantias?
Não me preocupa que uma empresa privada adjudique um trabalho à gráfica do amigo, mesmo sendo mais caro, mas já não aceito que no público seja feito o mesmo.
Portanto, sim, faço a distinção entre público e privado. Mas não vou perder tempo a convencer ninguém. Foi só um aparte num tópico que deve ser da Jerónimo Martins.

No man is rich enough to buy back his past - Oscar Wilde
Digam o que disserem, Portugal ( e não só...) é um país de cunhas. Principalmente neste tempos de elevado desemprego. E digo por situações que presenciei.
Já cheguei a ir a entrevistas onde me perguntam se sei fazer 50 coisas diferentes! Se só sei fazer 49 já não sirvo para o lugar. No meu lugar fica o "fulano" primo de um vizinho do patrão.... E falando com pessoas que trabalham com ele (pessoas com quem nem tenho amizade) confessam que das 50 coisas que deveria saber, só sabe 1...
E não é so no privado! Na FP é igual.
Já vi concursos onde a avaliação do curriculo dava uma grande nota a uma pessoa e depois na entrevista essa pessoa tinha uma nota baixa ficando com uma nota final média, do gênero 15 valores... E a pessoa que ficava com o emprego conseguir ter uma entrevista fantástica,tipo sei lá... 20 valores, ficando com uma nota final de 15,5 valores...
É o país que temos, "não olhes para o que eu faço, ouve o que eu digo..."
Já cheguei a ir a entrevistas onde me perguntam se sei fazer 50 coisas diferentes! Se só sei fazer 49 já não sirvo para o lugar. No meu lugar fica o "fulano" primo de um vizinho do patrão.... E falando com pessoas que trabalham com ele (pessoas com quem nem tenho amizade) confessam que das 50 coisas que deveria saber, só sabe 1...
E não é so no privado! Na FP é igual.
Já vi concursos onde a avaliação do curriculo dava uma grande nota a uma pessoa e depois na entrevista essa pessoa tinha uma nota baixa ficando com uma nota final média, do gênero 15 valores... E a pessoa que ficava com o emprego conseguir ter uma entrevista fantástica,tipo sei lá... 20 valores, ficando com uma nota final de 15,5 valores...
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AutoMech Escreveu:Pata-Hari Escreveu:E eu adiciono que tenho uma experiência parecida. Já tive (vários) chefes que foram eles próprios a recomendarem-me para empregos melhores ou diferentes e outros que me sugeriram sem mesmo eu ter pedido ou sabido (chama-se a isso cunha?),
Isso na minha opinião não é cunha, nem pouco mais ou menos. É simplesmente ir buscar alguém com quem já trabalhámos e em quem temos confiança em termos profissionais para uma determinada posição. Eu já fiz isso várias vezes e também já me fizeram umas quantas. Para quê perder tempo e dinheiro a recrutar, quando conhecemos a pessoa que precisamos e que nos dá garantias ?
O problema está, sim, no lugar na Camara Municipal, na direcção regional de não-sei-quê ou no director do centro de emprego que é ocupado pelo primo da mulher do presidente ou pelo tipo da concelhia do partido Y e que não percebe nada do assunto para o qual foi 'recrutado'.
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Vendo as coisas por esse lado então nunca há cunhas. Eu não sou nada a favor de cunhas na função publica e em parte nenhuma, mas agora estas a ser injusto para a função publica. Então se o tio tem uma prima formada em determinada área que num dado momento é necessária não a pode sugerir?? Isso já consideras cunha? E se fores sugerido para um privado onde percebes um pouco da matéria já não cunha porque conheces a pessoa e te da garantias?
Portugal é o país das cunhas, privado e publico.
Pata-Hari Escreveu:E eu adiciono que tenho uma experiência parecida. Já tive (vários) chefes que foram eles próprios a recomendarem-me para empregos melhores ou diferentes e outros que me sugeriram sem mesmo eu ter pedido ou sabido (chama-se a isso cunha?),
Isso na minha opinião não é cunha, nem pouco mais ou menos. É simplesmente ir buscar alguém com quem já trabalhámos e em quem temos confiança em termos profissionais para uma determinada posição. Eu já fiz isso várias vezes e também já me fizeram umas quantas. Para quê perder tempo e dinheiro a recrutar, quando conhecemos a pessoa que precisamos e que nos dá garantias ?
O problema está, sim, no lugar na Camara Municipal, na direcção regional de não-sei-quê ou no director do centro de emprego que é ocupado pelo primo da mulher do presidente ou pelo tipo da concelhia do partido Y e que não percebe nada do assunto para o qual foi 'recrutado'.
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Voltando à Jerónimo Martins, apesar da polémica a cotação soma e segue. Parece-me que está em máximos do último mês. Ninguém melhor do que o mercado para avaliar a situação, acima do ruído do dia a dia. Quais boicotes, qual quê.
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Re: Para Fooman e A-330...
A-330 Escreveu:O grande problema é que a esmagadora maioria das pessoas é acomodada e pouco competitiva.
Se 2 trabalhadores, 1 preguiçoso e 1 esforçado, recebem o mesmo,
o 1o é mais esperto que o 2o, com menos investimento consegue igual retorno!
Competidor inadaptado às regras, não se conforma e vai competir para o estrangeiro

E eu adiciono que tenho uma experiência parecida. Já tive (vários) chefes que foram eles próprios a recomendarem-me para empregos melhores ou diferentes e outros que me sugeriram sem mesmo eu ter pedido ou sabido (chama-se a isso cunha?), tive oferta de emprego antes de me formar (que aliás aceitei) da parte de um professor que era presidente de uma empresa, tive outras ofertas que me apareceram sem que as procurasse, tive head hunters que me ligaram. Tenho mil e uma histórias diferentes de muitas oportunidades diferentes, umas que aproveitei, outras que não aproveitei.
Re: Para Fooman e A-330...
Elias Escreveu:A-330 Escreveu:Vivemos em mundo democrático,onde todos tem chances de chegar ao topo.É verdade que uns largam para essa corrida na frente, mas com esforço e talento todos podem chegar.
Assim como há herdeiros ricos que nada mais fazem do que queimar dinheiro e acabam pobres , também há pobres talentosos que acabam ricos.
Agora , há que entender que neste mundo há menos gente com dons e talentos do que gente normal e são esses que entram para a história e ficam conhecidos.Porque são menos. Se fossem muitos,era apenas mais um.
Há um empresário no Brasil que começou a vida nas obras , estudava à noite , e depois de voltar para o alojamento que dividia com os outros colegas das obras e para não os acordar ia para a casa de banho estudar.Todos partiram da mesma linha , só um virou empresário.
É assim.O esforço compensa.Não nos tornamos todos ricos , mas seguramente em melhor situação do que se não tivéssemos feito nada.Uns esperam acontecer, outros fazem acontecer.
A330
A-330,
Isso é assim em teoria.
Na prática, as coisas são bastante diferentes. Portugal é um país onde o que mais conta para ter sucesso não é o talento ou o mérito mas sim o chamado "capital social".
Quem conhece as pessoas certas nos lugares certos, tem muito mais hipóteses de obter um tratamento de favor e de subir na hierarquia do que aqueles que, ainda que tecnicamente competentes, não tenham os contactos certos.
O tratamento de favor, o compadrio e, claro, a corrupção, são factores que minam totalmente a chamada igualdade de oportunidades e promovem a mediocridade.
Elias , discordo.
A minha própria história de vida é uma prova disso. No começo da carreira não tinha cunhas ,penei , e hoje tenho cunha de uns e sou cunha para outros.Resumindo ,fiz amizades.Não é preciso sabujar , basta ser correto,boa pessoa , ajudar e quando vc precisa as ajudas aparecem.
Cunhas há em todo o lugar. Você mesmo não meteria uma cunha por um filho? Eu sim.Nem é preciso tanto.Já levei o nome de amigos várias vezes lá acima.E já cheguei para uma entrevista e vi o meu Cv em cima da mesa do chefe , sem que tenha sido eu que o entreguei. A vida é assim.
Estou no meu oitavo em emprego e em pelo menos metade deles não tive ajuda nenhuma.O que significa que não é fator primordial.
Vc referiu "Portugal é um país onde o que mais conta...". Eu falei de indivíduos.E em um mundo globalizado , os indivíduos que fazem acontecer não se restringem a um único país.Isso é para quem espera acontecer.Se em um país as oportunidades não aparecem ,vai-se à procura delas onde elas estão.
O grande problema é que a esmagadora maioria das pessoas é acomodada e pouco competitiva.
A330
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Re: Para Fooman e A-330...
A-330 Escreveu:Vivemos em mundo democrático,onde todos tem chances de chegar ao topo.É verdade que uns largam para essa corrida na frente, mas com esforço e talento todos podem chegar.
Assim como há herdeiros ricos que nada mais fazem do que queimar dinheiro e acabam pobres , também há pobres talentosos que acabam ricos.
Agora , há que entender que neste mundo há menos gente com dons e talentos do que gente normal e são esses que entram para a história e ficam conhecidos.Porque são menos. Se fossem muitos,era apenas mais um.
Há um empresário no Brasil que começou a vida nas obras , estudava à noite , e depois de voltar para o alojamento que dividia com os outros colegas das obras e para não os acordar ia para a casa de banho estudar.Todos partiram da mesma linha , só um virou empresário.
É assim.O esforço compensa.Não nos tornamos todos ricos , mas seguramente em melhor situação do que se não tivéssemos feito nada.Uns esperam acontecer, outros fazem acontecer.
A330
A-330,
Isso é assim em teoria.
Na prática, as coisas são bastante diferentes. Portugal é um país onde o que mais conta para ter sucesso não é o talento ou o mérito mas sim o chamado "capital social".
Quem conhece as pessoas certas nos lugares certos, tem muito mais hipóteses de obter um tratamento de favor e de subir na hierarquia do que aqueles que, ainda que tecnicamente competentes, não tenham os contactos certos.
O tratamento de favor, o compadrio e, claro, a corrupção, são factores que minam totalmente a chamada igualdade de oportunidades e promovem a mediocridade.
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