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Caldeirão da Bolsa

Artigo de Pedro Caldeira : Esta Bolsa não existe !

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: resp.

por JCS » 13/11/2003 12:10

Guzziman Escreveu:O BCP passa largos minutos sem negociar, a sonae sgps hoje por ex: fez meia duzia de trocos, a impresa 40.000 papeis, enfim, fica díficil negociar
Guzziman


Não se pode ir tembém a extremos de dizer que não se negoceia e dar ordens de compra 10% abaixo da cotação, apregoando que não se fazem negócios.É como propôr €150.000 pela compra de um imóvel de €300.000...

Que tal aumentarem o preço da compra? Talvez seja convidativo para muitos venderem e se veja os volumes dispararem... A mim parece-me mais que quem tem não vende ao actual preço.

Mas há excepções e sempre posso estar enganado :wink: 8-)

Cumprimentos

JCS
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por Visitante » 12/11/2003 21:48

Meus caros, a memória tem por costume ser curta.
O Sr. Pedro foi rei da bolsa portuguesa durante uns anos, 80% ou mais dos negócios eram feitos pela sua correctora.
Éra o tempo em que todos os que tinham amigos ganhavam balurdios na bolsa, aí é que se jogava nos insides forte e feio. Depois vieram as vacas magras e toca a dar de frosque.
No seu regresso o Sr Pedro veio desarmado, escreveu (?) muita coisa que me deixou :-O. Depois, tal como muitos outros, meteu o dito entre as pernas e sumiu...
JN
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Então é assim!

por Visitante » 12/11/2003 17:48

Vivemos a agonia da pobreza, em que a máxima é poupar, cortar tudo o que se possa evitar, mesmo que para isso se desperdissem fundos porque obrigam a uma comparticipação demasiado elevada, deixa-se para amanhã aquilo que era inevitável fazer hoje, murmurando para dentro, naquela crença de fé de que alguma coisa há-de acontecer, não sabemos o quê, mas continuamos a acreditar. Era altura de reagir, deixarmos de nos lamentar, parafraseando o Eng. Belmiro de Azevedo em resposta a uma questão;" eu não quero quem sabe, quero quem tenha ideias..." do topo à base, é preciso aplicar ideias, sendo que é na mudança de atitude governativa que tudo começa.
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resp.

por Guzziman » 10/11/2003 23:38

O artigo já é velho ?
Se assim é, pior ainda o cenário, pois demonstra que não temos nem arte nem engenho para acordar.

Se recente, revela a realidade, porque cada vez menos se consegue negociar.

O BCP passa largos minutos sem negociar, a sonae sgps hoje por ex: fez meia duzia de trocos, a impresa 40.000 papeis, enfim, fica díficil negociar.

Quanto aos investimentos sectoriais, vamos esquecer isso ok ?

É que nem dentro de 10 anos o teremos.

Na verdade, teria mais lógica, em termos de corretagem, os bancos e corretoras da nossa praça disponibilizarem as praças europeias por exemplo a preço igual ao da nossa praça.

Ou escolherem uma além da nossa, a Londrina, ou o DAX, ou aqui a nossa vizinha.

Na verdade, às 8 da manhã e ainda com os olhos vidrados às vezes penso estar a sonhar, qd vejo o BCP abrir com 1378 papeis como esta manhã ... é que são 450 contos !!!

A abertura de um BCP às 8 horas faz-se com um negócio de 450 contos !!!

às 8h05 metade das acçoes cotadas ainda não transaccionou...

Isto é um sinal de quê ?
AH, esqueci de referir, que é unanime, estamos em período BULL!!!

Guzziman
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por djovarius » 10/11/2003 22:04

Pois... é um artigo que, infelizmente, é ainda actual !!!

A melhor parte é aquela que diz que do volume diário de 20 milhões, ou coisa assim, é quase tudo feito com os mesmos 2 ou 3 que rolam ao longo do dia !!!

O que faltou dizer: que um dia qualquer, voltará uma euforia a Portugal ao estilo 1987 ou 1999 e aí entra o povo todo, o volume aumenta, o PSI aumenta 300% ou 400% num ano e o pessoal queima-se outra vez...

A história repete-se. Pode levar uns anos, mas...

dj
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por ze-to » 10/11/2003 21:57

nao s epode fingir que nao é verdade né
 
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por ze-to » 10/11/2003 20:03

talvez fosse um maquinista hehehe
 
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Pedro Caldeira

por cctrader » 10/11/2003 19:36

Falta tb dizer que não era o Pedro Caldeira que escrevia estes artigos...

Ele só dava o nome...
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por ze-to » 10/11/2003 17:10

pois ma smesmo assim ta mais que atual
lol
 
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????

por info » 10/11/2003 17:09

Artigo com barbas.... Poderá ser actual em algumas coisitas... Mas....
info
 

Uma Questão de Data

por Gonanto » 10/11/2003 17:08

Faltou pôr a data porque esse artigo já tem uns anos!!!

Mantêm-se actual? Em parte, sim.

A Telecel, a Modelo/Continente e o Ministro da Educação da altura já passaram à história.



Gonanto
 
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por ze-to » 10/11/2003 17:00

grande pedro caldeira
concordo com tudo o que disse
é verdade só verdade
obrigado pedro caldeira parabens
 
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Artigo de Pedro Caldeira : Esta Bolsa não existe !

por El » 10/11/2003 16:45

Retirado de www.onbolsa.com

Visto que agora, em Portugal, é tudo «então é assim», e não há pessoa ou bicho que não use a maldita expressão, posta em moda vá-se lá a saber por quem, no Big Brother, nos Acorrentados, ou no Master Plan, alinhemos no magote.
Então é assim:

A bolsa nacional está, agora sim, moribunda, melhor está já mais morta que viva.

Está, como dizia um amigo meu, às portas da morte e parece dizer:
- É pá. Se me vejo morta nem acredito.

Já há uns meses atrás o Dr. António Borges soltou o aviso; depois veio o Dr. Balsemão dizer que se estava «borrifando» para o comportamento das acções da sua Impresa, quando a cotação destas estava a preço de saldo e não sei quantas vezes abaixo do preço da respectiva IPO; depois ainda veio o Eng. Belmiro dizer, à sua maneira, que lhe interessava nada a Bolsa de Lisboa e o mercado de capitais deste nosso querido país; depois ainda veio, ainda há poucos dias, o Eng. Jardim Gonçalves dizer que Portugal já não era atractivo e se tinha que mexer no sistema fiscal.

Por fim, o poder mudou de mãos em Portugal, e eis que até o déficit público é agora reconhecidamente escandaloso e há que suspender tudo e todos os investimentos até ver.

Ora, como sem investimento público, as obras param, os investimentos param, e o país pára, como raio querem que a bolsa não pare?

Não é a expectativa o fluxo sanguíneo de uma Bolsa?
Não é a expectativa de lucro que faz esta viver?
Não é a perspectiva de desenvolvimento, que faz na Bolsa antecipar a especulação e renascer o interesse?


Será que num país onde a própria Ministra das Finanças diz que a confirmarem-se os receios de tamanho déficit , a situação é «fatal», pode subsistir uma Bolsa? Isto é, um mercado, onde o produto que se vende e compra é apenas uma expectativa de melhores dias, para empresas e cidadãos?
Então é assim: não pode.

Ela, a pobre Bolsa de Lisboa, agora Euronext Lisboa, já pouco tinha para oferecer; agora que lhe resta?
Então é assim: nada.

A principal indústria deste país é o Turismo.
Então é assim: quantas empresas estão cotadas neste ramo? Nenhuma.

Mas também temos a agricultura.
Quantas estão cotadas de entre as empresas que se dedicam a tão nobre actividade? Nenhuma.
Mas produzimos vinho.
Pois sim; mas está a Sogrape cotada? Está a JP? Está o Esporão? A Noval? A Ferreirinha? A Dª. Antónia? A Raposeira? O Licor Beirão?
Então e café?
Onde está a Delta e o Nabeiro?


E a água?
Água temos. Mas onde pára a Luso? E a Vimeiro? E a Castelo? E a Fastio?

Mas temos indústria.
Temos?
E quantas cotadas? Duas!!!
Temos duas cimenteiras, cujo volume de transacções quanto é? 100.000 euros por dia?
Pescas? Zero.
Construção naval? Mesmo que só traineiras, chatas...zero.
Construção? Zero.
Siderurgia? Um enorme ZERO.
Indústrias ligadas ao ambiente? Onde estão? Zero.
Componentes automóveis? Zero.
Aeronáuticas? Zero.
Defesa? Zero.
Petrolífera? Zero.
Cervejeiras? Zero.
Têxteis? Zero.
Cabos eléctricos, fibra óptica, cabos submarinos, elevadores, electrodomésticos, máquinas de costura, frigoríficos, fornos, microondas, aspiradores, máquinas de lavar louça, de lavar roupa, roupa, ar condicionado, telefones, telemóveis, máquinas de calcular, computadores, software, preservativos, roupa, sapatos, cuecas, meias, máscaras de carnaval, copos e garrafas, livros, gravuras, fotografias, relógios, despertadores, miniaturas, imitações, carteiras, malas, porta moedas, aparelhos de televisão, rádios, óculos, binóculos, telescópios, lentes, tripés, ...zero, zero, zero...
Mandem-me mais para a lista... que me vai faltando a memória.

Temos bancos... temos.
Temos três cotados e mais duas banquetas, e mesmo assim, com estatutos blindados.
Seguradoras? Tínhamos, mas já não temos.
Factoring? Oops. Já não temos.
Gestoras? Nada.
Distribuição...ah! Temos duas. Até ver.

E dizem-me agora alguns: - mas temos 20 no PSI.
Pois temos. Mas vão lá vê-las e depois falamos.
Temos a EDP, a Brisa, a PT e a filha, a Telecel, a Sonae.com, a Portucel, até ver, e ainda temos a Novabase, a Pararede, e a SAG...mas, não brinquem comigo.

Então é assim: Esta bolsa não existe.

Já existiu, e o actual Ministro da Educação até escreveu um maravilhoso livro sobre a sua história, mas dela pouco ou nada resta.
Existe o Presidente da dita, o edifício, o sistema informático, os corretores, os operadores, a CMVM; existem os comentadores, os analistas, os índices, mas a bolsa não existe.
Quando se visita uma corretora estão lá os aparelhos, os Bloombergs, os Metastocks, os telefones, mas são a fingir. Nos ecrãs, estão as cotações, os volumes, os valores que mais sobem e os que mais descem, mas são a fingir.

Os volumes sempre me intrigaram, mas percebo agora. Não que sejam grandes, pois os vinte milhões de contos de média por sessão são cerca de um quinto do que faz só a Telefónica espanhola num dia, mas sempre são alguma coisa, e agora percebo. São afinal dois ou três milhões, sempre os mesmos, a rodarem num frenesim de roda de roleta que pára às 16 e 30 de cada dia no 9 encarnado ou no 17 preto para apurar o sortudo do dia.

Os que perdem na sessão de hoje, lançam-se precipitadamente nas mãos do primeiro agiota que lhes facilite mais alguma massa para a sonhada recuperação do amanhã.

Existem mesmo alguns produtos financeiros como os warrants, os futuros, etc., que permitem aos mais desesperados o tudo por tudo já amanhã, mas, também eles, são a fingir.

Lembram-se de um artigo que aqui deixei, com o título «Mas afinal o que é a Bolsa?». Pois segundo esse critério, o que temos não é uma bolsa. É um Casino.

Ah! Esquecia-me de uma coisa. Sempre quero ver o que vai acontecer quando alguém se lembrar de auditar as contas «auditadas» das cotadas... tipo Enron ou BBVA. Estão a ver o que quero dizer, não estão?
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