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Caldeirão da Bolsa

Orçamento de Estado de 2012

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por MarcoAntonio » 16/10/2011 22:07

Mares Escreveu:Existíu uma redução no universo de trabalhadores, mas existe um correspondente aumento no de aposentados (que também são beneficiários).


Não é "correspondente": a redução do universo de trabalhadores é uma coisa, a transferência de trabalhadores activos para aposentados é outra.

Actualmente e no âmbito da reforma da ADSE, cada vez menos trabalhadores do Estado são integrados na ADSE.

Quanto ao número de beneficiários, que vinha a escalar - e em grande parte é por isso que as despesas subiam em flecha - vai acabar por inflectir e começar a baixar...
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FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por Mares » 16/10/2011 21:55

MarcoAntonio Escreveu:
Mares Escreveu:É a primeira vez que observa-se uma variação tão brusca nos gastos (-40% em apenas 1 ano).

Alguém sabe os motivos para uma redução tão brusca dos gastos?


A redução do universo de trabalhadores que é abrangido pela ADSE e a alteração dos benefícios (comparticipações, etc).

Salvo erro, os descontos também aumentaram (o que não contribui para a redução da despesa).


A despesa por beneficiário caíu de 698 euros (2009) para 419 euros (2010). O número de beneficiários manteve-se praticamente constante (~1,35 milhão).

Existíu uma redução no universo de trabalhadores, mas existe um correspondente aumento no de aposentados (que também são beneficiários).

Uma alteração que ocorreu foi passarem a contribuír com 1,5%, nos 13º e 14º mêses, para a ADSE
( http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/notic ... s223434647 )

Poderá têr sído uma redução voluntária da utilização dos serviços por força da crise... mas mesmo assim é muito forte essa variação..... :roll:
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por MarcoAntonio » 16/10/2011 21:29

Mares Escreveu:É a primeira vez que observa-se uma variação tão brusca nos gastos (-40% em apenas 1 ano).

Alguém sabe os motivos para uma redução tão brusca dos gastos?


A redução do universo de trabalhadores que é abrangido pela ADSE e a alteração dos benefícios (comparticipações, etc).

Salvo erro, os descontos também aumentaram (o que não contribui para a redução da despesa).
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por Mares » 16/10/2011 21:25

Nem tudo são más noticias.

Consultando os dados da Pordata, observei que os gastos totais da ADSE (Sistema de saúde dos FP´s) têve uma forte redução dos gastos totais entre 2009 e 2010 de -375 milhões de euros.

É a primeira vez que observa-se uma variação tão brusca nos gastos (-40% em apenas 1 ano).

Alguém sabe os motivos para uma redução tão brusca dos gastos?
Anexos
ADSE_despesa_total_2010_a.png
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Re: Mistificação colossal

por migluso » 16/10/2011 19:45

MarcoAntonio Escreveu:
migluso Escreveu:Nas áreas da educação, saúde e segurança social. O resto é residual.



Entre 2006 e 2011:

Educação: 7.346 -> 7.711
Saúde: 8.871 -> 9.035

P.Sociais: 28.235 -> 37.820
Desp.Pess: 21.207 -> 19.271



Saúde e Educação juntas sobem 0.5 mil milhões (onde há que descontar ainda a inflação).

O total das prestações sociais sobe 9.5 mil milhões de euros.

As despesas com pessoal recuaram 1.9 mil milhões de euros.


Dito de outra forma: ajustados à inflação ou crescimento do PIB, Saúde e Educação não cresceram nada. As despesas com pessoal reduziram-se ainda mais. As prestações sociais continuaram a subir muito.


Agora, olhemos para as medidas desta semana: a "novidade" foi um corte brutal que inclui trabalhadores com salários logo a partir do salário mínimo e onde um trabalhador com 800 e tal euros vai levar um corte de 14%!

Em relação ao memorandum da troika, deixaram cair o corte que lá estava e os igualava aos trabalhadores no activo (o tal corte para pensões acima dos 1500 euros que os trabalhadores já levaram).


Agora, voltemos a olhar para os números de cima que eu coloquei.


Em 2006 já as contas estavam em níveis insustentáveis.

Mas sim, tens razão, a questão das pensões é central na resolução do problema.

EDIT - Reduzir as pensões não deixa de ser austeridade, assim como reduzir ou retirar benefícios sociais.
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Re: Mistificação colossal

por MarcoAntonio » 16/10/2011 19:36

migluso Escreveu:Nas áreas da educação, saúde e segurança social. O resto é residual.



Entre 2006 e 2011, em milhões de euros:

Educação: 7 346 -> 7 711
Saúde: 8 871 -> 9 035

P.Sociais: 28 235 -> 37 820
Desp.Pess: 21 207 -> 19 271



Saúde e Educação juntas sobem 0.5 mil milhões (onde há que descontar ainda a inflação).

O total das prestações sociais sobe 9.5 mil milhões de euros.

As despesas com pessoal recuaram 1.9 mil milhões de euros.


Dito de outra forma: ajustados à inflação ou crescimento do PIB, Saúde e Educação não cresceram nada; as despesas com pessoal reduziram-se ainda mais; as prestações sociais continuaram a subir muito.



Agora, olhemos para as medidas desta semana: a "novidade" foi um corte brutal que inclui trabalhadores com salários logo a partir do salário mínimo e onde um trabalhador com 800 e tal euros vai levar um corte de 14%!

Em relação ao memorandum da troika, deixaram cair o corte que lá estava e os igualava aos trabalhadores no activo (o tal corte para pensões acima dos 1500 euros que os trabalhadores já levaram).



Agora, voltemos a olhar para os números de cima que eu coloquei.
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2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
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Re: Mistificação colossal

por migluso » 16/10/2011 19:16

MarcoAntonio Escreveu:Números analisados pela rama não me diz nadica de nada...


O que eu quero saber não é o grosso da despesa mas como cresceu cada parcela: onde e em que é que cresceu. Afinal, países com uma despesa pública em função do PIB maior do que a nossa e que estão imensamente melhor do que nós também existem.


Nas áreas da educação, saúde e segurança social. O resto é residual.

As despesas com pessoal do Estado em Portugal pesam mais 2 pontos percentuais do que a média dos 27 na despesa total.

Há 10 anos as despesas do Estado com pessoal pesavam mais 10 pontos percentuais do que a média dos 27 na despesa total. Em 2000 as despesas com pessoal pesavam na despesa total 33% em Portugal contra 23% na UE27, agora a situação é 24% em Portugal contra 22% na UE27.
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por 1_Mac_3 » 16/10/2011 19:04

cesar1967 Escreveu:Mac,
Eu sou trabalhador por conta de outrém à 21 anos. Tenho a felicidade de nunca ter faltado um dia (por doença, nem por outra qualquer situação...). Gozo as férias (que estendo de um ano para o outro), mas nestes 21 anos acho que deixei por gozar mais de 100 dias... Tenho várias regalias... Não tenho horário, pois tenho isenção de horário (pelo que entro muitas vezes às 07.30 / 08.00 h e saio às 19.00 / 19.30 / 20.00 h...)... O que quero afirmar é que a minha entidade patronal tudo o que me paga - directa ou indirectamente - é por vias legais... Ou seja, não fujo um cêntimo aos rendimentos de usufruo / declaro... Um cêntimo, seja de ordenado, subsídios, prémios, incentivos, etc...
Portanto, não posso estar contente com o que fizeram aos FP's e eles também declaram tudo o que recebm, estou certo...
Pelo menos alguns!!!
Não podes, nem deves, generalizar!!!


Eu sou funcionário público e trabalho 48H por semana incluindo fim de semanas e feriados tais como no natal e fim de anos, á 8 anos, e não recebo nenhuma hora extraordinária...
Eu só queria dizer que o dono do café, do restaurante, o canalizador, o reparador de maquinas, o empreiteiro, o construtor, o mecânico e muitos mais... não declaram o que realmente ganham e muitos deles só declaram o ordenado mínimo e são esses, que são aos milhares pelo país, que criam riqueza para eles próprios e fugindo assim aos impostos. É certo não há o habito de pedir factura e não há o habito de denunciar este tipo de situações como se faz em alguns países, mas tem que ser o governo a fiscalizar este tipo de evasão fiscal e não ir sempre aos bolsos dos mesmos, os que declaram tudo.
Isto já é assim desde, pelo menos, a ultima vinda do FMI em 83.
Um abraço
 
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Re: Mistificação colossal

por MarcoAntonio » 16/10/2011 18:42

migluso Escreveu:
Isto não sugere nada, nem eu vou debater.

Eu constato que a despesa corrente do Estado subiu todos os anos. Há 10 anos que o problema das contas públicas foi detectado. Até agora nada se fez no sentido de reduzir a despesa absoluta ou sequer em % do PIB.

Resultado: ajuda externa ou bancarrota.



Números analisados pela rama não me diz nadica de nada...


O que eu quero saber não é o grosso da despesa mas como cresceu cada parcela: onde e em que é que cresceu. Afinal, países com uma despesa pública em função do PIB maior do que a nossa e que estão imensamente melhor do que nós também existem.
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
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Re: Mistificação colossal

por migluso » 16/10/2011 18:29

MarcoAntonio Escreveu:
migluso Escreveu:O intelecto do quem pensa que há outra solução trouxe-nos até aqui.


Ui, isso não está nada bem!

Para além disto sugerir que há apenas duas formas possíveis, o que nos trouxe aqui foi não só o intelecto de quem pensa de uma determinada forma, entre paletes delas possíveis, e um conjunto de condições externas a esse intelecto!


Isto não sugere nada, nem eu vou debater.

Eu constato que a despesa corrente do Estado subiu todos os anos. Há 10 anos que o problema das contas públicas foi detectado. Até agora nada se fez no sentido de reduzir a despesa absoluta ou sequer em % do PIB.

Resultado: ajuda externa ou bancarrota.
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Re: Mistificação colossal

por MiamiBlue » 16/10/2011 18:23

migluso Escreveu:
LTCM Escreveu:Eles não impõem a austeridade por serem maus, eles impõem a austeridade porque o intelecto não dá para mais. E nesse aspecto, infelizmente, não estão sós. :wink:


O intelecto do quem pensa que há outra solução trouxe-nos até aqui.


O intelecto que quem pensa a economia é uma fórmula matemática, que medidas cegas resolvem algo, vai levar-nos para o fundo.

Nem com o caso da Grécia aprendem..
 
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Re: Mistificação colossal

por MarcoAntonio » 16/10/2011 18:22

migluso Escreveu:O intelecto do quem pensa que há outra solução trouxe-nos até aqui.


Ui, isso não está nada bem!

Para além disto sugerir que há apenas duas formas possíveis, o que nos trouxe aqui foi não só o intelecto de quem pensa de uma determinada forma, entre paletes delas possíveis, e um conjunto de condições externas a esse intelecto!
Editado pela última vez por MarcoAntonio em 16/10/2011 18:24, num total de 1 vez.
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Re: Mistificação colossal

por migluso » 16/10/2011 18:17

LTCM Escreveu:Eles não impõem a austeridade por serem maus, eles impõem a austeridade porque o intelecto não dá para mais. E nesse aspecto, infelizmente, não estão sós. :wink:


O intelecto do quem pensa que há outra solução trouxe-nos até aqui.
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por cesar1967 » 16/10/2011 18:07

Mac,
Eu sou trabalhador por conta de outrém à 21 anos. Tenho a felicidade de nunca ter faltado um dia (por doença, nem por outra qualquer situação...). Gozo as férias (que estendo de um ano para o outro), mas nestes 21 anos acho que deixei por gozar mais de 100 dias... Tenho várias regalias... Não tenho horário, pois tenho isenção de horário (pelo que entro muitas vezes às 07.30 / 08.00 h e saio às 19.00 / 19.30 / 20.00 h...)... O que quero afirmar é que a minha entidade patronal tudo o que me paga - directa ou indirectamente - é por vias legais... Ou seja, não fujo um cêntimo aos rendimentos de usufruo / declaro... Um cêntimo, seja de ordenado, subsídios, prémios, incentivos, etc...
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Re: Mistificação colossal

por LTCM » 16/10/2011 16:46

Sr_SNiper Escreveu:
Quico Escreveu:
LTCM Escreveu:As mistificações que o actual Governo tem feito para impor a brutal austeridade em curso.


Claro que são mistificações! Eles impõem austeridade porque têm prazer nisso; fazem isto porque são maus... MAUS!!! :twisted:


Onde é que está o botão LIKE??


Eles não impõem a austeridade por serem maus, eles impõem a austeridade porque o intelecto não dá para mais. E nesse aspecto, infelizmente, não estão sós. :wink:
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***
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por MiamiBlue » 16/10/2011 16:00

Sempre pensei que o actual Governo ia tomar as medidas estruturais necessárias melhorar o funcionamento das entidades públicas.

Essas medidas implicam despedimentos, reorganização dos serviços, etc..

Contudo, o que verifico é que a incompetência desta coligação PSD/CDS é exactamente igual à dos anteriores governos.

Na altura da decisão, toma-se a medida fácil e cega que somente traz uma aparente mais -valia a curto prazo mas nada mais de altera.

Cortar 2 salários à FP/Reformados vai somente retirar poder de compra a uma parte significativa da população, vai afundar a economia, a qualidade de serviços vai continuar a definar e nada de estrutural se vai alterar.

Para cortar 2 salários não precisamos de economistas, governos ou dirigentes, basta um miudo de 15 anos para o fazer..

O Natal está à porta, o corte no consumo vai ser brutal (obviamente tem que diminuir mas à bruta??), a restauração com o IVA a 23%, por isso imaginem o desemprego que se vai instalar no comércio e restauração. E depois do comércio vem as fábricas.. Quantso milhares de pessoas estamos a falar??

Daqui a 6 meses, provavelmente vamos estar muito piores que hoje e por isso, quer seja público ou privado TODOS vamos sofrer na pele uma falta gritante de estratégia e inteligência que só nos vai tornar cada uma Grécia II..
 
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por mapaman » 16/10/2011 15:51

O privado tambem vai levar o corte nos subsidios pela simples razão de que a maioria dos patrões está com a corda na garganta e isso pode significar a diferença entre a falencia e o continuar com a porta aberta.

PPC só não o disse porque assim obriga os patrões a fazer o que lhes compete.

A declaração de quinta à noite ficará na história como um dos maiores erros politicos deste País,pois um Governo de direita consegue fazer em 20 min o que o Partido Comunista e as centrais sindicais ainda não conseguiram: trazer para a rua o cidadão comum,aquele que jamais pensou que um dia estaria a gritar palavras de ordem em São bento.

No dia em que o PCP e sindicatos meterem 100 mil em frente à Assembleia o final não vai ser feliz e nesse dia este governo vai perceber que as verdadeiras fortunas não podem continuar fora do esforço que pedem a todos os outros,que os deputados são muitos e fazem muito pouco.

No Continente são 230 e nas regiões autónomas são cerca de 50 deputados em cada uma para uma população a rondar os 250k .Fora a "entourage" de acessores,secretárias e demais funcionários partidários.

A reforma Autárquica parece que vai ficar por um corajoso corte de 15% no nº de vereadores.Deviam era cortar 15% no nº de Camaras mas ai era mexer com os barões e com a principal base de apoio do PSD e nesta altura é complicado.

Tirando o nosso primeiro,Vitor Gaspar,Paulo Macedo,Nuno Crato e o Paulinho dos aviões,todo o restante elenco governativo é um gritante "verbo de encher".

Parece-me que são poucos para fazer muito,mas isso só o tempo o dirá.
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por MarcoAntonio » 16/10/2011 15:38

cesar1967 Escreveu:Vai tomar um café, forte, em chávena escaldada... e depois reescreve o que acabaste de... escrever!!!???


Tuga thumb rule: empurrar sempre a discussão para o quintal do vizinho!

:lol:
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por alexandre7ias » 16/10/2011 15:37

Agricultura: espanhóis 'esmagam' portugueses

Apesar das condições climatéricas adversas Espanha aumentou de 18,6 (em 2010) para 20,7 milhões de toneladas (em 2011) a produção de cereais. Portugal bateu um recorde, mas pela negativa. Não foi além das 180 mil toneladas.

VÍTOR ANDRADE (WWW.EXPRESSO.PT)

As condições climatéricas são praticamente as mesmas do lado de cá e do lado de lá da fronteira. Apesar disso, Espanha conseguiu aumentar a sua produção cerealífera na campanha 2010/2011 de 18,6 milhões de toneladas (2009/2010) para 20,7 milhões de toneladas, segundo dados oficiais agora divulgados.

Portugal, por seu lado, conseguiu um feito histórico, mas pela negativa. Produziu apenas 180 mil toneladas de cereais, depois de ter rondado as 600 mil em 2010 e as 800 mil em 2009.

Estes dados até poderiam ser pouco precupantes se não estivéssemos a falar de um bem que está na base de toda a cadeia alimentar.

Pouca gente sabe mas, Portugal, em cada ano, precisa mais ou menos de 4 milhões de toneladas para se alimentar.

Portugueses não querem ser agricultores

O ano agrícola que agora termina não foi muito favorável em termos climáticos, com muitas chuvas fora de época e algumas em falta quando mais eram precisas, mas, a verdade, é que os agricultores estão a baixar os braços.

Os portugueses não querem ser agricultores e muitos dos que são, estão sempre à espera de uma oportunidade para mudar de vida. Não gostam de trabalhar a terra.

Os dados divulgados no passado mês de maio pelo Instituto Nacional de Estatística mostram quem em 2009 a população agrícola familiar - formada pelo produtor agrícola e pelos membros do seu agregado doméstico, quer trabalhem ou não na exploração - totalizava cerca de 793 mil indivíduos, aproximadamente 7% da população residente, mas menos 36% da população agrícola familiar recenseada há dez anos atrás.

O abandono da terra é um facto. Por muito difícil que seja lidar com esta realidade, a verdade é que os números não deixam margem para dúvidas: as últimas estimativas oficiais apontam para a existência de dois milhões de hectares de parcelas de território abandonadas ou semi-abandonadas em todo o país.

Espanha criou 21.900 empregos na agricultura

Mas se aqui é assim, ali ao lado, em Espanha, passa-se precisamente o contrário. As pessoas estão a voltar à terra. O desemprego em Espanha continua a aumentar, mas na agricultura está a diminuir.

No último trimestre de 2010 o desemprego na agricultura caiu 10%, face ao trimestre anterior, segundo os dados revelados pelo Instituto de Estatítica espanhol.

O sector agrícola contraria assim todos os outros, em Espanha, tendo criado 21.900 empregos durante todo o ano de 2009. A ocupação de solos para a agricultura cresceu 2,8% face a 2009.

Só nos útimos três meses de 2010 foram gerados mais de 5.050 empregos o que se taduz num crescimento de 6,7% face ao trimestre anterior.

Em Portugal o cenário é este: Nno primeiro trimestre do ano passado trabalhavam 560 mil pessoas no sector, no trimestre seguinte já só eram 541 mil e no final de setembro ainda menos - 539 mil.

2011-10-15 22:03:39
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por 1_Mac_3 » 16/10/2011 15:34

cesar1967 Escreveu:Mac...
"... Toda a gente sabe que no privado uma grande maior parte (muitos milhares) nunca declara o real vencimento e mais, milhares deles até declaram o ordenado mínimo. O Funcionário público declara tudo e mais algum, mas é a Função pública que paga, mais uma vez, a factura...."
Vai tomar um café, forte, em chávena escaldada... e depois reescreve o que acabaste de... escrever!!!???


Não acrescentaste nada de útil ao fórum...
 
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por cesar1967 » 16/10/2011 15:29

Mac...
"... Toda a gente sabe que no privado uma grande maior parte (muitos milhares) nunca declara o real vencimento e mais, milhares deles até declaram o ordenado mínimo. O Funcionário público declara tudo e mais algum, mas é a Função pública que paga, mais uma vez, a factura...."
Vai tomar um café, forte, em chávena escaldada... e depois reescreve o que acabaste de... escrever!!!???
 
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por Zeb_PT » 16/10/2011 14:53

Mac123 Escreveu:Toda a gente sabe que no privado uma grande maior parte (muitos milhares) nunca declara o real vencimento e mais, milhares deles até declaram o ordenado mínimo.


Como? Uma grande maior parte?

A grandíssima maior parte é trabalhador por conta de outrem!

Obviamente que conhecemos situaçoes fora desta maior parte, mas quantos fornecedores de serviços ao publico tambem nao o recebem?

Se há fuga o que se tem de fazer é tornar essa fuga menos atractiva! Mais arriscada.

Para mim vejo isto como na bolsa, em funçao do risco as pessoas optam. Por exemplo, nos belos dos arrendamentos compensa a fraude versus o risco que se esta a incorrer nao so por a probabilidade de serem apanhados ser baixa mas tambem pelas penas, na eventualidade de ser um dos apanhados, serem misaraveis. So sera preciso aumentar a fiscalizacao (falsos clientes por exemplo) e auamnetar as penas.
Se o argumento for que os tribunais nao funcionam, melhoram-se e criam-se penas que nao caducam como prisao efectiva.

Basicamente, torna-se o risco muito maior!
http://marketapprentice.wordpress.com

Para muito errar e muito mais aprender!

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Nota: As análises apresentadas constituem artigos de opinião do autor, não devendo ser entendidos como recomendações de compra e venda ou aconselhamento financeiro.
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por 1_Mac_3 » 16/10/2011 13:28

Toda a gente sabe que no privado uma grande maior parte (muitos milhares) nunca declara o real vencimento e mais, milhares deles até declaram o ordenado mínimo. O Funcionário público declara tudo e mais algum, mas é a Função pública que paga, mais uma vez, a factura.
Daí a média da função pública em relação ao privado, aliado aos salários luxuosos de muitas pessoas colocadas nas instituições públicas (gestores, assessores e muitos mais), ser mais alta. Mas o funcionário público ganha mais e estão a mais... enfim.
Só daí dá para ver a visão que este governo e muitos aqui no caldeirão.
Nesta perspectiva diria que o privado adaptou-se bem á realidade...
É mais fácil apontar o dedo ao funcionário público e tirar os ordenados.
Um abraço

mfsr1980 Escreveu:
artista Escreveu:Eu até concordo com o que escreves, o único problema é que parece que esse é o único problema do país, foi apenas o sector público que criou a dívida do país, o sector privado não tem culpa nenhuma! :roll: :roll:

O "iluminado" disse hoje que os funcionários públicos ganham 10 a 15% acima do privado, ainda vai dizer que não o disse, ou dar uma interpretação diferente ao que disse, querem apostar?! Onde é que ele tem estudos que fundamentem o que disse? não tem...


Caro Artista,
O problema é mesmo do sector público porque no sector privado há muito que se adaptou à nova realidade, a precariedade é uma evidência quer através de uma forte redução do número de trabalhadores quer através de contratos de curto prazo ou recibos verdes.
O sector público vejo-o como um iceberg. Há uma parte visivel que parece reduzida nos seus funcionários e contida nos seus gastos e depois uma parte invisivel que aparece reflectida nas contas do Estado com um gasto aterrador.

Abraço mfsr1980
 
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por artista_ » 16/10/2011 12:11

mfsr1980 Escreveu:
artista Escreveu:Eu até concordo com o que escreves, o único problema é que parece que esse é o único problema do país, foi apenas o sector público que criou a dívida do país, o sector privado não tem culpa nenhuma! :roll: :roll:

O "iluminado" disse hoje que os funcionários públicos ganham 10 a 15% acima do privado, ainda vai dizer que não o disse, ou dar uma interpretação diferente ao que disse, querem apostar?! Onde é que ele tem estudos que fundamentem o que disse? não tem...


Caro Artista,
O problema é mesmo do sector público porque no sector privado há muito que se adaptou à nova realidade, a precariedade é uma evidência quer através de uma forte redução do número de trabalhadores quer através de contratos de curto prazo ou recibos verdes.
O sector público vejo-o como um iceberg. Há uma parte visivel que parece reduzida nos seus funcionários e contida nos seus gastos e depois uma parte invisivel que aparece reflectida nas contas do Estado com um gasto aterrador.


Estás a falar de que sector privado? Não deve ser o mesmo que eu conheço... estás a falar do BPN? Ou mesmo de toda a banca?! Eu conheço dezenas de bancários, todos com formação inferior à minha e com situações bem mais favoráveis do que eu tenho desde há 17 anos a trabalhar para o estado... há precariedade no privado? há sim, muita, mas no público também há e convém não olharem para o lado do privado que vos interessa...

A realidade é que o país está todo mal e quem pensa que por trabalhar no privado se livrou destas medidas estará provavelmente enganado, de uma forma ou de outra elas vão chegar à grande maioria dos privados, a uns de uma forma ainda pior, porque provavelmente vão perder os empregos...

Eu sinceramente acho que haveria formas bem mais justas e menos recessivas de poupar o mesmo. Em primeiro lugar acho que todos deveriam contribuir por isso teria sido melhor encontrar uma forma de todos contribuirem, públicos, privados, e sobretudo os pensionistas que tiveram condições de reforma que os actuais jamais terão e, incompreensivelmente, não tiveram qualquer corte no ano passado quando se cortou 5% na função pública. Depois acho que seria sempre melhor não retirar os subsídios e reduzir directamente os salários, penso que perder os subsídios fará com que o consumo baixe mais do que se o corte fosse feito todos os meses...
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por mfsr1980 » 16/10/2011 11:30

artista Escreveu:Eu até concordo com o que escreves, o único problema é que parece que esse é o único problema do país, foi apenas o sector público que criou a dívida do país, o sector privado não tem culpa nenhuma! :roll: :roll:

O "iluminado" disse hoje que os funcionários públicos ganham 10 a 15% acima do privado, ainda vai dizer que não o disse, ou dar uma interpretação diferente ao que disse, querem apostar?! Onde é que ele tem estudos que fundamentem o que disse? não tem...


Caro Artista,
O problema é mesmo do sector público porque no sector privado há muito que se adaptou à nova realidade, a precariedade é uma evidência quer através de uma forte redução do número de trabalhadores quer através de contratos de curto prazo ou recibos verdes.
O sector público vejo-o como um iceberg. Há uma parte visivel que parece reduzida nos seus funcionários e contida nos seus gastos e depois uma parte invisivel que aparece reflectida nas contas do Estado com um gasto aterrador.

Abraço mfsr1980
 
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