Como o nosso Grande Eça de Queirós já sabia.
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_urbanista_ Escreveu:Mares Escreveu:Mares Escreveu:Ministra da Agricultura, dos mares (esta é a minha ) , etc... no Herman (RTP1)
Gostei da participação da Assunção no Herman.
Ela consegue passar um ar jovial à agricultura, como sendo um ministério "engraçado" e "giro".
Não usarem gravatas no ministério dela foi outra medida que achei muito importante.
E num sinal de esperança, a ministra sugere que o povo português "olhe para o mar".
Por isso mesmo, acredito que seja este o "caminho".
O comportamento dela só revela a sua ignorância relativamente ao que ministra...Mas ok é tudo muito giro
Eu até que acho "giro"...
Ela é nova... o que contrasta com a idade média dos nossos agricutores.
Ela é profa. universitária....o que contrasta com o nível escolar dos nossos agricultores.
Então por aqui até poderá haver aí um "choque", o que poderá gerar mais-valias.
Infelizmente, o passado já deu o exemplo de que a formação académica na área levou o país ao endividamento excessívo, à destruição da produção nacional e ao empobrecimento.
Pode ser que desta vez seja diferente....
Mas para isso, terá de o provar competências, com medidas concretas.
(Haverá muitos jovens agricultores, com formação académica na área, que também poderíam ser ministros. Mas não são os ministros que cuidam das produções agrícolas...).
- A ganância dos outros poderá gerar-lhe lucros.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
Mares Escreveu:Mares Escreveu:Ministra da Agricultura, dos mares (esta é a minha ) , etc... no Herman (RTP1)
Gostei da participação da Assunção no Herman.
Ela consegue passar um ar jovial à agricultura, como sendo um ministério "engraçado" e "giro".
Não usarem gravatas no ministério dela foi outra medida que achei muito importante.
E num sinal de esperança, a ministra sugere que o povo português "olhe para o mar".
Por isso mesmo, acredito que seja este o "caminho".
O comportamento dela só revela a sua ignorância relativamente ao que ministra...Mas ok é tudo muito giro
Não sabia que Eça de Queiroz era agricultor
Bem, é só para agradecer ao Elias a correcção do texto, repondo a veracidade do mesmo. Neste caso, não foi critico mas realmente, sendo a internet um mundo fantástico e enorme de informação, também é um foco de adulterações e manipulações para os mais variados fins.
Por isso, um dos princípios fundamentais é questionarmos sempre o que lemos. Não numa lógica negativa, note-se (e, repito, não foi o caso deste tópico e da sua pertinência).
Bem, é só para agradecer ao Elias a correcção do texto, repondo a veracidade do mesmo. Neste caso, não foi critico mas realmente, sendo a internet um mundo fantástico e enorme de informação, também é um foco de adulterações e manipulações para os mais variados fins.
Por isso, um dos princípios fundamentais é questionarmos sempre o que lemos. Não numa lógica negativa, note-se (e, repito, não foi o caso deste tópico e da sua pertinência).
- Mensagens: 115
- Registado: 19/2/2007 21:50
finveste Escreveu:Mares Escreveu:
Não usarem gravatas no ministério dela foi outra medida que achei muito importante.
Aumentou imenso a produção de nabos.
Até achei uma boa ideia. Agora não precisa de fazer disso "uma medida" do seu ministério. Tem gente trabalhadora com gravata ou sem gravata...
Tal como o PM viajar de económica. Também achei uma boa atitude, mas anunciar isso como uma "medida para poupar"...
Finalmente, o min. da economia revela que "desliga a luz quando deixa o gabinete". Faz muito bem, mas isso não é propriamente "uma medida" para a economia portuguêsa.
Quanto às verdadeiras "medidas", tentam seguír um roteiro já pré-definido (tem a cábula deixada pelo Teixeira dos Santos e mesmo assim...).
O anterior anunciou o lado "bom das medidas" e as outras medidas ninguém as consegue dizer. Estes só sabem dizer que "o próximo ano vai ser difícil".
Espera-se bastante mais de quem tem cargos governativos.
Vamos aguardar...
- A ganância dos outros poderá gerar-lhe lucros.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
Mares Escreveu:Mares Escreveu:Ministra da Agricultura, dos mares (esta é a minha ) , etc... no Herman (RTP1)
Não usarem gravatas no ministério dela foi outra medida que achei muito importante.
andar a fazer a vindima ou apanhar a azeitona de gravata, não devia ser giro
E num sinal de esperança, a ministra sugere que o povo português "olhe para o mar".
eu penso que a srª ministra trocou uma palavra na frase
ficando assim:
E num sinal de esperança, a ministra sugere que o povo português "se atire para o mar"
Por isso mesmo, acredito que seja este o "caminho".
assim estou de acordo
.
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Mares Escreveu:Ministra da Agricultura, dos mares (esta é a minha ) , etc... no Herman (RTP1)
Gostei da participação da Assunção no Herman.
Ela consegue passar um ar jovial à agricultura, como sendo um ministério "engraçado" e "giro".
Não usarem gravatas no ministério dela foi outra medida que achei muito importante.
E num sinal de esperança, a ministra sugere que o povo português "olhe para o mar".
Por isso mesmo, acredito que seja este o "caminho".
- A ganância dos outros poderá gerar-lhe lucros.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
Re: Como o nosso Grande Eça de Queirós já sabia.
regresso do profeta Escreveu:1872 2011
1872 Portugal e a Grécia 2011
!!! … 139 anos depois … !!!
Eça de Queirós escreveu em 1872
"Nós estamos num estado comparável apenas à Grécia: a mesma pobreza, a mesma indignidade política, a mesma trapalhada económica, a mesmo baixeza de carácter, a mesma decadência de espírito. Nos livros estrangeiros, nas revistas quando se fala num país caótico e que pela sua decadência progressiva, poderá vir a ser riscado do mapa da Europa, citam-se em paralelo, a Grécia e Portugal"
(in As Farpas)
1872 … !!! Verdadeiramente impressionante !!! …2011
A citação está adulterada, como aliás muita da informação que circula na net. Este NÃO É o estilo de Eça de Queirós.
A citação correcta é a que está no texto anexo.
A fonte é esta: http://books.google.pt/books?id=D9lfO__ ... &q&f=false
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Como o nosso Grande Eça de Queirós já sabia.
1872 2011
1872 Portugal e a Grécia 2011
!!! … 139 anos depois … !!!
Eça de Queirós escreveu em 1872
"Nós estamos num estado comparável apenas à Grécia: a mesma pobreza, a mesma indignidade política, a mesma trapalhada económica, a mesmo baixeza de carácter, a mesma decadência de espírito. Nos livros estrangeiros, nas revistas quando se fala num país caótico e que pela sua decadência progressiva, poderá vir a ser riscado do mapa da Europa, citam-se em paralelo, a Grécia e Portugal"
(in As Farpas)
1872 … !!! Verdadeiramente impressionante !!! …2011
“Que fazer? Que esperar? Portugal tem atravessado crises igualmente más: - mas nelas nunca nos faltaram nem homens de valor e carácter, nem dinheiro ou crédito. Hoje crédito não temos, dinheiro também não - pelo menos o Estado não tem: - e homens não os há, ou os raros que há são postos na sombra pela política. De sorte que esta crise me parece a pior - e sem cura.” Eça de Queirós, in “Correspondência” (1891)
Eça de Queirós sempre actual “Em Portugal não há ciência de governar nem há ciência de organizar oposição. Falta igualmente a aptidão, e o engenho, e o bom senso, e a moralidade, nestes dois factos que constituem o movimento político das nações. A ciência de governar é neste país uma habilidade, uma rotina de acaso, diversamente influenciada pela paixão, pela inveja, pela intriga, pela vaidade, pela frivolidade e pelo interesse. A política é uma arma, em todos os pontos revolta pelas vontades contraditórias; ali dominam as más paixões; ali luta-se pela avidez do ganho ou pelo gozo da vaidade; ali há a postergação dos princípios e o desprezo dos sentimentos; ali há a abdicação de tudo o que o homem tem na alma de nobre, de generoso, de grande, de racional e de justo; em volta daquela arena enxameiam os aventureiros inteligentes, os grandes vaidosos, os especuladores ásperos; há a tristeza e a miséria; dentro há a corrupção, o patrono, o privilégio. A refrega é dura; combate-se, atraiçoa-se, brada-se, foge-se, destrói-se, corrompe-se. Todos os desperdícios, todas as violências, todas as indignidades se entrechocam ali com dor e com raiva. À escalada sobem todos os homens inteligentes, nervosos, ambiciosos (...) todos querem penetrar na arena, ambiciosos dos espectáculos cortesãos, ávidos de consideração e de dinheiro, insaciáveis dos gozos da vaidade.” Eça de Queiroz, in 'Distrito de Évora” (1867)
somos um povo sem poderes iniciadores, bons para ser tutelados … “ “Diz-se geralmente que, em Portugal, o público tem ideia de que o Governo deve fazer tudo, pensar em tudo, iniciar tudo: tira-se daqui a conclusão que somos um povo sem poderes iniciadores, bons para ser tutelados, indignos de uma larga liberdade, e inaptos para a independência. A nossa pobreza relativa é atribuída a este hábito político e social de depender para tudo do Governo, e de volver constantemente as mãos e os olhos para ele como para uma Providência sempre presente.” In “Citações e Pensamentos” de Eça de Queirós».
José Maria de Eça de Queirós
Povoa de Varzim - 25 de Novembro de 1845
Dá que pensar.Cumprimentos.
1872 Portugal e a Grécia 2011
!!! … 139 anos depois … !!!
Eça de Queirós escreveu em 1872
"Nós estamos num estado comparável apenas à Grécia: a mesma pobreza, a mesma indignidade política, a mesma trapalhada económica, a mesmo baixeza de carácter, a mesma decadência de espírito. Nos livros estrangeiros, nas revistas quando se fala num país caótico e que pela sua decadência progressiva, poderá vir a ser riscado do mapa da Europa, citam-se em paralelo, a Grécia e Portugal"
(in As Farpas)
1872 … !!! Verdadeiramente impressionante !!! …2011
“Que fazer? Que esperar? Portugal tem atravessado crises igualmente más: - mas nelas nunca nos faltaram nem homens de valor e carácter, nem dinheiro ou crédito. Hoje crédito não temos, dinheiro também não - pelo menos o Estado não tem: - e homens não os há, ou os raros que há são postos na sombra pela política. De sorte que esta crise me parece a pior - e sem cura.” Eça de Queirós, in “Correspondência” (1891)
Eça de Queirós sempre actual “Em Portugal não há ciência de governar nem há ciência de organizar oposição. Falta igualmente a aptidão, e o engenho, e o bom senso, e a moralidade, nestes dois factos que constituem o movimento político das nações. A ciência de governar é neste país uma habilidade, uma rotina de acaso, diversamente influenciada pela paixão, pela inveja, pela intriga, pela vaidade, pela frivolidade e pelo interesse. A política é uma arma, em todos os pontos revolta pelas vontades contraditórias; ali dominam as más paixões; ali luta-se pela avidez do ganho ou pelo gozo da vaidade; ali há a postergação dos princípios e o desprezo dos sentimentos; ali há a abdicação de tudo o que o homem tem na alma de nobre, de generoso, de grande, de racional e de justo; em volta daquela arena enxameiam os aventureiros inteligentes, os grandes vaidosos, os especuladores ásperos; há a tristeza e a miséria; dentro há a corrupção, o patrono, o privilégio. A refrega é dura; combate-se, atraiçoa-se, brada-se, foge-se, destrói-se, corrompe-se. Todos os desperdícios, todas as violências, todas as indignidades se entrechocam ali com dor e com raiva. À escalada sobem todos os homens inteligentes, nervosos, ambiciosos (...) todos querem penetrar na arena, ambiciosos dos espectáculos cortesãos, ávidos de consideração e de dinheiro, insaciáveis dos gozos da vaidade.” Eça de Queiroz, in 'Distrito de Évora” (1867)
somos um povo sem poderes iniciadores, bons para ser tutelados … “ “Diz-se geralmente que, em Portugal, o público tem ideia de que o Governo deve fazer tudo, pensar em tudo, iniciar tudo: tira-se daqui a conclusão que somos um povo sem poderes iniciadores, bons para ser tutelados, indignos de uma larga liberdade, e inaptos para a independência. A nossa pobreza relativa é atribuída a este hábito político e social de depender para tudo do Governo, e de volver constantemente as mãos e os olhos para ele como para uma Providência sempre presente.” In “Citações e Pensamentos” de Eça de Queirós».
José Maria de Eça de Queirós
Povoa de Varzim - 25 de Novembro de 1845
Dá que pensar.Cumprimentos.
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