Economistas denunciam agências de "rating" por cri
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Atomez Escreveu:Processos desses já foram levantados nos States (há por lá tanto advogado desesperadamente procurando casos...) e não adiantam nada.
Essas empresas estão muito bem protegidas contratualmente, aquilo que emitem são apenas "opiniões" e ninguém é obrigado a segui-las. O que acontece a quem usa as suas opiniões não é nada com eles.
Caveat emptor.
Claro, aqui os politicos também enterram o País por dezenas de anos, mas também não é nada com eles.
Um gerente de uma pequena empresa tem uma divida ao Estado ou seg. social ainda acaba preso.
O esquema esta sempre bem montado para um dos lados.
Advogados nos EUA a procura de grandes casos existem aos montes. Imagina o que era ganhar a uma destas agência, era coisa para centenas de milhões de dolars.
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"
Lion_Heart
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lagosta Escreveu:Pois, sendo cá, quando chegar a tribunal, Portugal, banca e empresas Publicas já são AAA+ outra vez
Lá para 2035
Sugestões de trading, análises técnicas, estratégias e ideias http://sobe-e-desce.blogspot.com/
http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
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Atomez Escreveu:Processos desses já foram levantados nos States (há por lá tanto advogado desesperadamente procurando casos...) e não adiantam nada.
Essas empresas estão muito bem protegidas contratualmente, aquilo que emitem são apenas "opiniões" e ninguém é obrigado a segui-las. O que acontece a quem usa as suas opiniões não é nada com eles.
Caveat emptor.
Deixam de ser só opiniões quando os clientes lucram com isso, que por consequência vai dar lucro à agência.
Mas também quem faz subir os juros são os especuladores que veêm os ratings, não são as agências. É verdade que há manipulação do mercado nsisto tudo, antes da notícia sair já há muita gente que sabe a notícia e que já se está a posicionar no mercado. Isto acontece em muitas situações, mas a diferença disto acontecer no forex e obrigações é que nas obrigações isso pode levar um país à falência.
First rule of central banking: When the ship starts to sink, central bankers must bail like hell.
Processos desses já foram levantados nos States (há por lá tanto advogado desesperadamente procurando casos...) e não adiantam nada.
Essas empresas estão muito bem protegidas contratualmente, aquilo que emitem são apenas "opiniões" e ninguém é obrigado a segui-las. O que acontece a quem usa as suas opiniões não é nada com eles.
Caveat emptor.
Essas empresas estão muito bem protegidas contratualmente, aquilo que emitem são apenas "opiniões" e ninguém é obrigado a segui-las. O que acontece a quem usa as suas opiniões não é nada com eles.
Caveat emptor.
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
Niccolò Machiavelli
http://www.facebook.com/atomez
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Lion_Heart Escreveu:Até parece interessante, enganaram-se foi o País onde entregar isso, deveria ser nos EUA.
Enganaram-se pela lentidão da justiça ou pela jurisdição?
Pela jurisdição não me parece que se tenham enganado. Aliás em Espanha já fizeram coisa semelhante. O problema é provar má fé e possivelmente conflito de interesses. Mas parece que o processo está alinhado nesse sentido.
Agora pode perguntar-se qual o efeito prático de uma possível condenação em Portugal. Bem, excluindo a questão comercial - seria difícil voltar a fazer relatórios de rating em Portugal sem cumprir um possível sentença - parece-me que alguma condenação mais eficaz teria que contar com o apoio da justiça americana.
Mas se começar a haver processos desta natureza é natural que o domínio destas três agências comece a perder dimensão. Que apareça concorrência.
Pedro Carriço
Economistas denunciam agências de "rating" por cri
Economistas denunciam agências de "rating" por crime de manipulação de mercado
07 Abril 2011 | 16:52
Manuel Esteves - mesteves@negocios.pt
Filomena Lança - filomenalanca@negocios.pt
Denúncia subscrita por José Reis, Manuel Brandão Alves, Manuela Silva e José Manuel Pureza será entregue na Procuradoria Geral da República na próxima semana.
“Neste momento, as três mais importantes agências de notação financeira (...) noticiam e divulgam, diariamente, classificações de ‘rating’ que, com manifesto exagero e sem bases rigorosamente objectivas, penalizam os interesses portugueses, estimulando uma subida constante dos juros da dívida soberana”. Daqui decorrem “comportamentos presumivelmente criminais”, indiciadores, nomeadamente, do crime de manipulação do mercado.
O alerta vem de três economistas - José Reis e José Manuel Pureza, da Universidade de Coimbra, e Manuela Silva e Manuel Brandão, do ISEG – que vão apresentar uma denúncia ao Procurador-geral da República (PGR), Pinto Monteiro, no início da próxima semana. Os alvos são a Moody’s, a Fitch e a Standard and Poor’s.
O documento, a que o Negócios teve acesso, sustenta que “a actuação destas agências de notação financeira tem configurado violações ao dever de apresentação objectiva e imparcial de recomendações de investimento a que estão obrigadas”. E enuncia alguns exemplos, entre as várias descidas de ‘rating’ dos últimos tempos, em que “a actuação destas agências de notação financeira tem configurado violações ao dever de apresentação objectiva e imparcial de recomendações de investimento a que estão obrigadas”.
O objectivo da denúncia, explica José Reis em declarações ao Negócios, é alertar o PGR. Afinal ”há que ter em conta que se as taxas de juro não são justas, mas sim influenciadas, daqui decorre um poderoso mecanismo de transferência de recursos dos cidadãos nacionais para investidores internacionais”.
Sendo que, lembra o economista, pelo menos duas das agências de ‘rating’ em causa são detidas por um mesmo fundo de investimento. E, prossegue a denúncia, “não pode permitir-se que ajam de forma a alterar o preço dos juros, direccionando o mercado para situações em que elas próprias ou os seus clientes tenham interesse e retirem benefícios”.
Os economistas consideram que há “um conflito de interesses na actividade destas agências de notação financeira, em particular quando baixam os ratings a estes países [Portugal, Espanha, Grécia ou Irlanda, entre outros], fazendo aumentar os juros das suas dívidas e influenciando a evolução de um mercado em que actuam os fundos financeiros que são seus proprietários”.
Em Espanha e nos Estados Unidos foram também já desencadeados processos semelhantes, mas ainda não há qualquer decisão judicial transitada em julgado. A actuação das agências de ‘rating’ tem sido, aliás, alvo de várias polémicas, tendo o próprio FMI alertado já para o facto de que “estas agências usam e abusam do poder que têm”
Ainda que sublinhando que, feita a denúncia, os procedimentos que eventualmente venham a desenvolver-se cabem à PGR, José Reis não exclui a possibilidade de ser pedido um “ressarcimento de danos” às três agências de ‘rating’.
Recebida a denúncia, Pinto Monteiro decidirá se há ou não matéria de facto que justifique a abertura de um inquérito.
In Negocios
07 Abril 2011 | 16:52
Manuel Esteves - mesteves@negocios.pt
Filomena Lança - filomenalanca@negocios.pt
Denúncia subscrita por José Reis, Manuel Brandão Alves, Manuela Silva e José Manuel Pureza será entregue na Procuradoria Geral da República na próxima semana.
“Neste momento, as três mais importantes agências de notação financeira (...) noticiam e divulgam, diariamente, classificações de ‘rating’ que, com manifesto exagero e sem bases rigorosamente objectivas, penalizam os interesses portugueses, estimulando uma subida constante dos juros da dívida soberana”. Daqui decorrem “comportamentos presumivelmente criminais”, indiciadores, nomeadamente, do crime de manipulação do mercado.
O alerta vem de três economistas - José Reis e José Manuel Pureza, da Universidade de Coimbra, e Manuela Silva e Manuel Brandão, do ISEG – que vão apresentar uma denúncia ao Procurador-geral da República (PGR), Pinto Monteiro, no início da próxima semana. Os alvos são a Moody’s, a Fitch e a Standard and Poor’s.
O documento, a que o Negócios teve acesso, sustenta que “a actuação destas agências de notação financeira tem configurado violações ao dever de apresentação objectiva e imparcial de recomendações de investimento a que estão obrigadas”. E enuncia alguns exemplos, entre as várias descidas de ‘rating’ dos últimos tempos, em que “a actuação destas agências de notação financeira tem configurado violações ao dever de apresentação objectiva e imparcial de recomendações de investimento a que estão obrigadas”.
O objectivo da denúncia, explica José Reis em declarações ao Negócios, é alertar o PGR. Afinal ”há que ter em conta que se as taxas de juro não são justas, mas sim influenciadas, daqui decorre um poderoso mecanismo de transferência de recursos dos cidadãos nacionais para investidores internacionais”.
Sendo que, lembra o economista, pelo menos duas das agências de ‘rating’ em causa são detidas por um mesmo fundo de investimento. E, prossegue a denúncia, “não pode permitir-se que ajam de forma a alterar o preço dos juros, direccionando o mercado para situações em que elas próprias ou os seus clientes tenham interesse e retirem benefícios”.
Os economistas consideram que há “um conflito de interesses na actividade destas agências de notação financeira, em particular quando baixam os ratings a estes países [Portugal, Espanha, Grécia ou Irlanda, entre outros], fazendo aumentar os juros das suas dívidas e influenciando a evolução de um mercado em que actuam os fundos financeiros que são seus proprietários”.
Em Espanha e nos Estados Unidos foram também já desencadeados processos semelhantes, mas ainda não há qualquer decisão judicial transitada em julgado. A actuação das agências de ‘rating’ tem sido, aliás, alvo de várias polémicas, tendo o próprio FMI alertado já para o facto de que “estas agências usam e abusam do poder que têm”
Ainda que sublinhando que, feita a denúncia, os procedimentos que eventualmente venham a desenvolver-se cabem à PGR, José Reis não exclui a possibilidade de ser pedido um “ressarcimento de danos” às três agências de ‘rating’.
Recebida a denúncia, Pinto Monteiro decidirá se há ou não matéria de facto que justifique a abertura de um inquérito.
In Negocios
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"
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