Off-topic: A minha geração
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Não é playback!! é mesmo uma geração que canta...
Nasci em Dezembro de 1974, nove meses depois de Abril de 74.
Sou por isso fruto de um sonho, de amor e liberdade.
Cresci a ouvir os vinis de Zeca Afonso que o meu pai guardava religiosamente desde os tempos da guerra, quando estava em Moçambique.
Não existindo computador, ainda aprendi a fazer a caligrafia "bem feitinha" numa folha de duas linhas. Cheguei a levar palmadas da professora por dar um simples erro de ortografia, ou por a letra estar torta!!
, só porque saía das sagradas linhas.
Lembro que comprava a revista "super som" que trazia as pautas e os acordes das últimas canções de sucesso, assim, dava para aprender a tocar viola cantando.
O meu primeiro PC foi um TIMEX 2068 com cartidge, grande avanço
onde comecei a programar por livre iniciativa em basic. Assim nasceu o gosto pela programação, pela informática, pelos jogos (Pacman, bomb jack, comandos,
)
Gostava de desmontar os electrodomésticos, para ver como eram feitos por dentro, porque até isso era uma novidade, nascendo aí o bichinho pela engenharia electrónica, curso que viria mais tarde a tirar na faculdade.
Tudo era uma descoberta, tudo era de uma simplicidade e de uma pureza, uma busca constante da perfeição.
Sendo filho de um sonho de liberdade e de ideais tão nobres, recuso-me a deixar de sonhar, a deixar de cantar, a deixar de descobrir, a deixar de criar. Se isto choca a monotonia, com toda a humildade, eu também sou filho da esperança.
Abraço
Não é playback!! é mesmo uma geração que canta...
Nasci em Dezembro de 1974, nove meses depois de Abril de 74.
Sou por isso fruto de um sonho, de amor e liberdade.
Cresci a ouvir os vinis de Zeca Afonso que o meu pai guardava religiosamente desde os tempos da guerra, quando estava em Moçambique.
Não existindo computador, ainda aprendi a fazer a caligrafia "bem feitinha" numa folha de duas linhas. Cheguei a levar palmadas da professora por dar um simples erro de ortografia, ou por a letra estar torta!!

Lembro que comprava a revista "super som" que trazia as pautas e os acordes das últimas canções de sucesso, assim, dava para aprender a tocar viola cantando.
O meu primeiro PC foi um TIMEX 2068 com cartidge, grande avanço


Gostava de desmontar os electrodomésticos, para ver como eram feitos por dentro, porque até isso era uma novidade, nascendo aí o bichinho pela engenharia electrónica, curso que viria mais tarde a tirar na faculdade.
Tudo era uma descoberta, tudo era de uma simplicidade e de uma pureza, uma busca constante da perfeição.
Sendo filho de um sonho de liberdade e de ideais tão nobres, recuso-me a deixar de sonhar, a deixar de cantar, a deixar de descobrir, a deixar de criar. Se isto choca a monotonia, com toda a humildade, eu também sou filho da esperança.
Abraço
minos Escreveu:Pois é deveras estranho (ou não!). Por norma é quando as pessoas (da geração anterior) chegam para aí aos 50 que começam a ter saudades da infância, mas nós aos 20/30 já estávamos com saudades da nossa infância. Provavelmente não deve ser muito bom. Talvez porque o nosso Mundo mudou tão rapidamente em tão poucos anos que fomos arrancados do nosso refúgio temporal, e do nosso zx spectrum muito abruptamente...
Cumprimentos,
Minos
Penso que uma das razões porque isso ocorre é mencionada no próprio documentário: somos de uma geração de património colectivo muito identificável. Todos assistiamos às mesmas coisas (só havia um ou dois canais) e tinhamos as mesmas coisas e que note-se, foi a primeira - em Portugal - a tê-lo em liberdade. Porque a geração anterior também assistia toda ao Festival da Canção. O clima cultural e político era porém outro (o que lhes dá uma noção de nostalgia algo diferente, também abordada no documentário: era a nostalgia do "no nosso tempo é que era, as coisas custavam e davamos valor às coisas"). Já a geração seguinte esteve e está a viver uma multiplicidade de valores tal que se torna mais difícil auto-identificar-se. Existem "demasiadas coisas" e mudam "demasiado depressa"...
Editado pela última vez por MarcoAntonio em 11/10/2010 19:45, num total de 1 vez.
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Pois é deveras estranho (ou não!). Por norma é quando as pessoas (da geração anterior) chegam para aí aos 50 que começam a ter saudades da infância, mas nós aos 20/30 já estávamos com saudades da nossa infância. Provavelmente não deve ser muito bom. Talvez porque o nosso Mundo mudou tão rapidamente em tão poucos anos que fomos arrancados do nosso refúgio temporal, e do nosso zx spectrum muito abruptamente...
Cumprimentos,
Minos
Cumprimentos,
Minos
É um documento muito interessante. Interessará particularmente a nós, ao dessa geração. Um pouco aos da anterior se a quiserem compreender melhor... aos da seguinte, presumo que dirá muito pouco (talvez mais tarde se quiserem entender melhor a geração anterior).
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Off-topic: A minha geração
Quem acompanha há muitos anos o Caldeirão sabe que é raro eu criar um off-topic. Não porque ache que a vida é só Bolsa (bem pelo contrário!) mas porque acho que isso merece uma certa contenção.
O facto de abrir hoje este off-topic mostra bem o quão gostei disto. Este é um documentário sobre uma geração. Eu diria que quem nasceu entre 1970 e 1985 decerto ficará apaixonado pelo que vai ver. A nossa vida parece que está ali.
Quando tiverem uma hora, vejam as duas partes do documentário. Vale muito, muito a pena.
http://www.icicom.up.pt/~ava/bravoditadura.html
Um abraço,
Ulisses
O facto de abrir hoje este off-topic mostra bem o quão gostei disto. Este é um documentário sobre uma geração. Eu diria que quem nasceu entre 1970 e 1985 decerto ficará apaixonado pelo que vai ver. A nossa vida parece que está ali.
Quando tiverem uma hora, vejam as duas partes do documentário. Vale muito, muito a pena.
http://www.icicom.up.pt/~ava/bravoditadura.html
Um abraço,
Ulisses
Editado pela última vez por Ulisses Pereira em 12/10/2010 0:31, num total de 1 vez.