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Caldeirão da Bolsa

"Temos de ir buscar o FMI"

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por fatimafaria » 7/10/2010 9:48

Elias Escreveu:
AutoMech Escreveu:Colocaria a questão no "Onde se quer investir".


Precisamente.

Se isto fosse como na Suíça já se tinha feito um referendo (ou uma data deles) a perguntar à população onde queria gastar o dinheiro - esse tipo de consultas é frequente nesse país, nomeadamente a nível local. Assim toda a gente pode opinar e depois não há grande margem para se dizer que o dinheiro está a ser mal gasto.
Não digo que não tenhas razão, mas tambem nãp me conveceste.

Quanto aos referendo a ideia é boa, mas para isso teria de se referenciar todas as decisões governamentais, então para isso eu pergunto: Para quê governo? só para assinar a papelada.
 
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por Elias » 7/10/2010 9:36

AutoMech Escreveu:Colocaria a questão no "Onde se quer investir".


Precisamente.

Se isto fosse como na Suíça já se tinha feito um referendo (ou uma data deles) a perguntar à população onde queria gastar o dinheiro - esse tipo de consultas é frequente nesse país, nomeadamente a nível local. Assim toda a gente pode opinar e depois não há grande margem para se dizer que o dinheiro está a ser mal gasto.
 
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por Automech » 7/10/2010 9:28

Elias Escreveu:Assim, em termos de custos penso que a decisão mais importante não passa por manter ou extinguir o M. Cultura para sim por decidir até que ponto se quer investir em cultura - isto é que é importante em termos orçamentais.


Eu concordo contigo e com o Marco sobre o montante: é mais do que aceitável.

Colocaria a questão no "Onde se quer investir".
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por Elias » 7/10/2010 9:25

fafite Escreveu:
Elias Escreveu:
fafite Escreveu:Investir em cultura vale a pena, o que eu digo é que para fazer isso não temos necessidade de ter um ministério próprio.


Achas portanto que se os serviços que actualmente se encontram englobados no ministério da cultura forem transferidos para outro ministério isso traz alguma vantagem em termos orçamentais?
Até me demonstrare o contrario acho sim.


Bem, eu tenho muitas dúvidas.

Claro que se pode argumentar que se poupa o salário de um ministro e do respectivo motorista, mas o mais relevante são os vários milhares de funcionários de estão afectos aos serviços da cultura e que, mesmo sendo transferidos para outro ministério, continuarão a representar uma despesa. Peguemos, por exemplo, no já citado mosteiro da Batalha. O custo de manter o mosteiro a funcionar (funcionários da bilheteira, loja, vigilância, limpeza) é o mesmo independentemente de os funcionários pertencerem ao M. Cultura, ao M. das Obras Públicas ou a outro qualquer. O mesmo se aplica a qualquer outro monumento.

Assim, em termos de custos penso que a decisão mais importante não passa por manter ou extinguir o M. Cultura para sim por decidir até que ponto se quer investir em cultura - isto é que é importante em termos orçamentais.
 
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por fatimafaria » 7/10/2010 9:22

Elias Escreveu:
fafite Escreveu:Investir em cultura vale a pena, o que eu digo é que para fazer isso não temos necessidade de ter um ministério próprio.


Achas portanto que se os serviços que actualmente se encontram englobados no ministério da cultura forem transferidos para outro ministério isso traz alguma vantagem em termos orçamentais?
Até me demonstrare o contrario acho sim.
 
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por Automech » 7/10/2010 9:19

MarcoAntonio Escreveu:
AutoMech Escreveu:Até arrisco a dizer que MO é uma marca que ajuda a não vender, tal é a conotação negativa que existe dos filmes dele. Sim, admito que talvez se tenha tornado chique dizer mal dos filmes dele (eu pelo menos digo-o convictamente, mas admito que possa ser um básico em matéria de filmes)


Hmm, eu arrisco a dizer que se isso acontece cá dentro, lá fora ocorre o oposto (deve ser o realizador de cinema português mais conhecido e não o é por maus motivos).


Sem dúvida nenhuma Marco. Eu diria que é um mix entre os prémios que tem ganho em Cannes e o facto de ser insólito alguém chegar aos 100 anos, com a jovialidade e energia que ele demonstra.

Embora para mim os prémios em Cannes (e outros), apesar do prestigio, não justificam tão elevado investimento do estado, mas isso é outra questão.
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por MarcoAntonio » 7/10/2010 9:07

AutoMech Escreveu:Depende do que considerarmos por publico cinéfilo. Se aqueles que vão ao cinema, se os tais que eu considero que vivem no 'circuito'.

Os cinco filmes mais visto em Portugal nos últimos 6 anos foram o Crime do Padre Amaro, Filme da Treta, Call Girl, Corrupção e Amália.

No site www.cinema2000.pt, que tem comentários dos supostos 'críticos', apenas o Call girl não apanhou nota baixa.

Não sei se são os mesmos tipos do Expresso, mas não raras vezes vejo também lá filmes, que eu considero bons, classificados como maus ou suficientes.

Para não falar na linguagem usada por eles que é algo que a mim me deixa nervoso, mas isso não acrescenta nada à discussão. :wink:


Ah, estavas a referir-te ao mercado nacional.

Bom, o mercado nacional é muito pequeno, com meia duzia de críticos por profissão se tanto. Eu estava a pensar em mercados maiores (se olhares por exemplo para os críticos americanos, o cenário é bem diferente: pega no rotten tomatoes por exemplo ou no meta-critics e compara as opiniões dos críticos com o das audiências... não é assim tão diferente).

AutoMech Escreveu:Até arrisco a dizer que MO é uma marca que ajuda a não vender, tal é a conotação negativa que existe dos filmes dele. Sim, admito que talvez se tenha tornado chique dizer mal dos filmes dele (eu pelo menos digo-o convictamente, mas admito que possa ser um básico em matéria de filmes)


Hmm, eu arrisco a dizer que se isso acontece cá dentro, lá fora ocorre o oposto (deve ser o realizador de cinema português mais conhecido e não o é por maus motivos).
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por Elias » 7/10/2010 9:01

fafite Escreveu:Investir em cultura vale a pena, o que eu digo é que para fazer isso não temos necessidade de ter um ministério próprio.


Achas portanto que se os serviços que actualmente se encontram englobados no ministério da cultura forem transferidos para outro ministério isso traz alguma vantagem em termos orçamentais?
 
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por Automech » 7/10/2010 9:01

Mais um ficheiro...
Anexos
filmes mais vistos 2004_2010.PDF
(224.98 KiB) Transferido 106 Vezes
Filmes MO ate 2003.PDF
(542.3 KiB) Transferido 335 Vezes
Editado pela última vez por Automech em 7/10/2010 9:01, num total de 1 vez.
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por Automech » 7/10/2010 9:00

MarcoAntonio Escreveu:
Olha que eu acho que estás equivocado. Sem ser um graaaande fã do Manoel de Oliveira, não creio de todo que estejas a traçar um bom quadro: os filmes dele são reconhecidos como bons por grande parte do público cinéfilo e têm audiência.


Depende do que considerarmos por publico cinéfilo. Se aqueles que vão ao cinema, se os tais que eu considero que vivem no 'circuito'.

Os cinco filmes mais visto em Portugal nos últimos 6 anos foram o Crime do Padre Amaro, Filme da Treta, Call Girl, Corrupção e Amália.

No site www.cinema2000.pt, que tem comentários dos supostos 'críticos', apenas o Call girl não apanhou nota baixa.

Não sei se são os mesmos tipos do Expresso, mas não raras vezes vejo também lá filmes, que eu considero bons, classificados como maus ou suficientes.

Para não falar na linguagem usada por eles que é algo que a mim me deixa nervoso, mas isso não acrescenta nada à discussão. :wink:

MarcoAntonio Escreveu:Vale Abrãao e Non ou Vã Gloria de Mandar são filmes que são bem mais as pessoas que gostam do que as que não gostam (apesar das piadas fáceis aos filmes de adormecer em virtude do estilo cinematográfico deles). E estou-me a lembrar de mais uma série deles (olha, por exemplo, A Caixa lembro-me que teve um sucesso comercial razoável e nem é das maiores bandeiras dele).


Em anexo estão os 50 filmes nacionais mais vistos em Portugal nos últimos 6 anos. Nem um filme do Manuel de Oliveira lá aparece, o que acaba por ser expressivo.

Até arrisco a dizer que MO é uma marca que ajuda a não vender, tal é a conotação negativa que existe dos filmes dele. Sim, admito que talvez se tenha tornado chique dizer mal dos filmes dele (eu pelo menos digo-o convictamente, mas admito que possa ser um básico em matéria de filmes)

De resto podemos ver noutro ficheiro que anexo as audiências do MO de 1963 a 2003. Neste período os filmes mais vistos foram o Non e a Va Gloria de mandar com 69.000 espectadores e o Vale Abraão e o Convento com 38 e 35 mil espectadores.

Eu diria que são audiências muito pobres para o maior realizador Português, como é aclamado.

MarcoAntonio Escreveu:Bem, vamos lá ver (isto foi um apanhado rápido dos relatórios de 2004 a 2009, 6 anos portanto) e o que encontrei (apoios à produção, porque também há apoios à distribuição e promoção, os quais não vão propriamente para o filme):

Belle Toujours - 650.000
Espelho Mágico - 650.000
Cristovão Colombo - 550.000
Singularidades de uma Rapariga Loira - 150.000


Podemos acrescentar "O estranho caso de Angélica" ao qual foi concedido 700.000 euros e que penso estar em produção.

Não encontro mais dados para trás.

Mas em matéria de espectadores podemos ver outro ficheiro com os espectadores de longas metragens de 2004 a 2008.

No que toca a filmes do Manuel de Oliveira:

O Quinto Império -> 8.267 espectadores
Cristóvão Colombo - O Enigma -> 5.379
Belle Toujours -> 4.168
Espelho mágico -> 2.657

Portanto, o estado português pagou, por exemplo, 650.000 euros por um filme (espelho mágico) que teve 2.657 espectadores e 550.000 euros por outro que teve 5.379 espectadores (Cristóvão Colombo). Só para citar dois.


MarcoAntonio Escreveu:Dito isto, não consigo formar uma opinião sobre se o valor é demasiado elevado ou não. Trata-se de um nicho de mercado, cinema pouco (ou nada) comercial. A produção elevada e o prestígio internacional, bem como o reconhecimento pelo trabalho dele são factores a ter em linha de conta. Se isso está a fazer com que outros trabalhos que mereciam apoio (ou mereciam mais) e desta forma não o recebem, confesso que não faço a mínima ideia (embora tenha de confessar que supunha que os valores dos apoios por filme fossem menores).


Eu vou-te dar a minha opinião Marco. Acho os valores em causa demasiado elevados em face dos espectadores. Não sou daqueles que acha que os nichos devem ser desprezados mas, com todo o respeito pelas 2.657 pessoas que foram ver o Espelho mágico eu, enquanto contribuinte, preferia que o meu dinheiro tivesse sido aplicado noutras coisas, dentro da cultura.

E dou exemplos concretos. Por esse país fora existem instituições que se debatem com enormes dificuldades em termos financeiros. Estou a lembrar-me de coisas tão variadas como grupos de ballets, bandas, grupos de teatro amador, ranchos folclóricos, etc.

Instituições que movimentam dezenas e dezenas de pessoas, muitas delas jovens e crianças. E aí eu acho o que o dinheiro é muito mais útil, até porque entretêm igual número de famílias, muitas vezes animam a comunidade local com espectáculos e, mais importante que tudo, desvia jovens de outras coisas bem mais nefastas.

Há instituições destas a nível local para quem 1.000 euros a mais por ano faz uma diferença enorme (as pessoas nem lhes passa pela cabeça a carolice que vai por aí). E um filme do MO dava para apoiar, por exemplo, 650 destas instituições por ano.

Nada de pessoal contra o MO. Apenas centrei a discussão nele por ser o realizador mais conhecido e não ser acusado de cobardia, ao ir buscar um daqueles de quem ninguém ouvi falar e que seria muito mais fácil de 'crucificar'.
Anexos
Longas metragens.PDF
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por fatimafaria » 7/10/2010 8:55

Elias Escreveu:
fafite Escreveu:Elias se leste os meus posts anteriores repara que eu disse que para mim cultura é toda a história que envolve o património, não propriamente a sua conservação (obras).


Totalmente de acordo!

Agora a questão essencial para mim é esta: vale a pena investir na valorização desse património ou não? E em caso afirmativo qual a entidade que deve ser responsável por isso?
Sim claro que vale. Não vamos deixar cair o mosteiro da batalha ou outro qualquer monumento nacional por falta de investimento na sua conservação. Nesta parte para mim mais uma vez digo devia de ser da responsabilidade do ministério das obras publicas.

Quanto á cultura em si. Os historial as visitas acompanhadas, os panfletos etc... investimento? sim! mas num ministério, que como já disse pode englobar esta vertente e que como já foi dito pode ser qualquer um dos já apontados Educação/cultura ou Cultura/Turismo.

Investir em cultura vale a pena, o que eu digo é que para fazer isso não temos necessidade de ter um ministério próprio.
 
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por Elias » 7/10/2010 8:43

fafite Escreveu:Elias se leste os meus posts anteriores repara que eu disse que para mim cultura é toda a história que envolve o património, não propriamente a sua conservação (obras).


Totalmente de acordo!

Agora a questão essencial para mim é esta: vale a pena investir na valorização desse património ou não? E em caso afirmativo qual a entidade que deve ser responsável por isso?
 
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por fatimafaria » 7/10/2010 8:42

Elias Escreveu:
migluso Escreveu:
Elias Escreveu:
Peguemos num exemplo: o mosteiro da Batalha. O que achas que um engenheiro pode fazer por aquele edifício?


Boa noite Elias,

Para além de ter sido um eng. ou arq., quer se chamassem ou não assim, a projectar e a construir o edifício?

Se o edifício tiver uma ruptura num pilar central, quero ver o historiador a resolver o problema! :roll:


De acordo.

Mas e relativamente à elaboração da documentação a dar aos visitantes, também achas que devem ser os engenheiros a tratar disso?

Penso que é importante ter em conta que quando falamos de monumentos e património edificado não estamos apenas a falar de conservação! Estamos a falar também - e porque não dizer, sobretudo! - da sua valorização junto do público. E isso não me parece, de todo, que possa ser o Ministerio das Obras Públicas a fazer. Aliás, se não houvesse interesse em promover esses imóveis como bens de interesse cultural, qual seria a utilidade ou o objectivo de os recuperar?


Elias se leste os meus posts anteriores repara que eu disse que para mim cultura é toda a história que envolve o património, não propriamente a sua conservação (obras).

Marco: Não tenho nenhuma pavor especial ao ministério da cultura, e não tenho de modo algum a ideia de que se não deva dinimizar a mesma.Mas, acho que no contesto actual de redimenção das despesas do estado (de todos nós) o ministério da cultura poderia muito bem ser absorvido por outro, eu dei o exemplo educação e cultura, mas tambem apoio o exemplo que deste cultura e turismo, o que acho é que tal como dizes os portugueses nem são muito apreciadores de museus e afins, o facto de termos um ministério destes apesasr do seu baixo orçamento (em relação a outros)não se justifica. Não se esqueçam nunca que: grão a grão enche a galinha o papo.
 
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por MarcoAntonio » 7/10/2010 2:53

Bem, vamos lá ver (isto foi um apanhado rápido dos relatórios de 2004 a 2009, 6 anos portanto) e o que encontrei (apoios à produção, porque também há apoios à distribuição e promoção, os quais não vão propriamente para o filme):

Belle Toujours - 650.000
Espelho Mágico - 650.000
Cristovão Colombo - 550.000
Singularidades de uma Rapariga Loira - 150.000

Que foram as 4 longas metragens que encontrei nos relatorios nestes 6 anos. Isto assim dá uma média de 300 e tal mil euros por ano (acresce mais um pouco se quisermos somar os outros apoios, indo talvez para os 400 mil / ano, talvez mais). Este período apanha também "O Quinto Império" mas a produção e o concurso foi em anos anteriores aos de cima. Se recuarmos mais um pouco no tempo, ele tem uma média de uma longa metragem por ano mas dos outros anos também não encontrei os relatórios numa primeira pesquisa.


Já agora, como mencionei o Coisa Ruim atrás, por acaso estava ao lado do Manoel de Oliveira num dos relatórios e tinha recebido o mesmo valor. Portanto, um filme mais comercial e a estrear-se numa área pouco experimentada do cinema português recebeu afinal 650.000, a mesma coisa que o Manoel de Oliveira.


Dito isto, não consigo formar uma opinião sobre se o valor é demasiado elevado ou não. Trata-se de um nicho de mercado, cinema pouco (ou nada) comercial. A produção elevada e o prestígio internacional, bem como o reconhecimento pelo trabalho dele são factores a ter em linha de conta. Se isso está a fazer com que outros trabalhos que mereciam apoio (ou mereciam mais) e desta forma não o recebem, confesso que não faço a mínima ideia (embora tenha de confessar que supunha que os valores dos apoios por filme fossem menores).
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
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3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por MarcoAntonio » 7/10/2010 2:31

AutoMech Escreveu:O problema na cultura é que, ao contrário de outras áreas, existe uma grande dose de subjectividade em relação ao que tem qualidade ou não.

Qual o critério para dizer se um filme do Manuel de Oliveira é bom ?

Os críticos de cinema ? Bem, esses avaliam negativamente muitos exitos de bilheteira, o que equivale a dizerem que a generalidade das pessoas não sabe o que é bom em termos de cinema (e já agora, o que é que é bom ?)


Hmmm... os críticos de cinema estão muito mais de acordo com a opinião das audiências do que em desacordo. Tu estás meramente a sublinhar e/ou subvalorizar as diferenças em detrimento do grau de sintonia que existe (e provavelmente a olhar para universo algo restritos de críticos e opiniões isoladas/individuais de críticos que não reflectem necessariamente a opinião dos críticos como um todo).

E convém distinguir ainda distinguir exitos de bilheteira com a apreciação do público: numa estranha forma de masoquismo, o público mostra não apreciar filmes que tiveram audiências razoáveis ou mesmo altas. As pessoas foram ver em massa mas na hora de dizer se gostaram ou não... dizem que não gostaram (não te esqueças que quem entra numa sala de cinema ainda não sabe se vai gostar do filme ou não).

Portanto, parte do exito de bilheteira não deriva da qualidade mas de outros factores (essencialmente, factores de marketing que levam as pessoas a comprar o bilhete como quem são os actores ou o realizador, a promoção feita ao filme noutros meios ou o trailer que pode dar uma imagem favorecida do filme como um todo).



AutoMech Escreveu:Apesar do 'reduzido' montante encaminhado para cinema, eu acho que por exemplo não é uma boa gestão de dinheiros conceder praticamente todos os anos 700 mil euros ao Manuel de Oliveira. Penso que o trabalho que ele pode gerar a fazer os filmes e os eventuais prémios em Cannes não justificam tal montante, sobretudo olhando para as paupérrimas assistências que sistematicamente se verificam nos filmes dele.


Olha que eu acho que estás equivocado. Sem ser um graaaande fã do Manoel de Oliveira, não creio de todo que estejas a traçar um bom quadro: os filmes dele são reconhecidos como bons por grande parte do público cinéfilo e têm audiência. Vale Abrãao e Non ou Vã Gloria de Mandar são filmes que são bem mais as pessoas que gostam do que as que não gostam (apesar das piadas fáceis aos filmes de adormecer em virtude do estilo cinematográfico deles). E estou-me a lembrar de mais uma série deles (olha, por exemplo, A Caixa lembro-me que teve um sucesso comercial razoável e nem é das maiores bandeiras dele).

Mas não discuto que eventualmente ele receba uma verba que esteja totalmente justificada (até porque confesso que não sei bem os valores que ele e outros recebem). Esses 700 mil são dados anuais confirmados?

É que pelo que sei, entre Longas Metragens, Curtas Metragens, Cinema de Animação e Documentários, são apoiadas umas largas dezenas de projectos (com um montante total qq coisa acima dos 10 milhões de euros). Eu lembro-me por exemplo do "escandalo" com o filme do João César Monteiro, que se não me falha a memória recebeu 150 mil euros. Enfim, tenho de confirmar essa história dos 700 mil ao manoel de oliveira (até porque os filmes dele não me parece particularmente caros de produzir).
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
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por Automech » 7/10/2010 2:13

MarcoAntonio Escreveu:
O que estás a criar, quando patrocinas a cultura, é condições para que um universo maior de pessoas possa investir o seu tempo na Cultura, o que conduz a melhores condições para produzir - dentro desse universo - mais e melhor cultura.

Não significa contudo necessariamente que tudo o que patrocinas é bom ou saia melhor (pelo que sei, existem critérios e não é qualquer coisa subsidiada, penso que é apenas uns 10% do que vai a concurso, pelo menos por uns dados por onde já passei os olhos). E também dou de barato que há / pode haver má gestão desses dinheiros. Mas, como já disse, para mim é essa gestão e não o investimento em si. A minha opinião é que o Estado deve continuar a investir dinheiro na Cultura (e acho que não investe nenhuma extravagância).



O problema na cultura é que, ao contrário de outras áreas, existe uma grande dose de subjectividade em relação ao que tem qualidade ou não.

Qual o critério para dizer se um filme do Manuel de Oliveira é bom ?

Os críticos de cinema ? Bem, esses avaliam negativamente muitos exitos de bilheteira, o que equivale a dizerem que a generalidade das pessoas não sabe o que é bom em termos de cinema (e já agora, o que é que é bom ?)

Serão os prémios em Cannes ? Bom, continuamos com o mesmo problema. Um universo restrito de críticos e avaliadores, provavelmente fechados num mundo próprio e apreciadores do tipo de filmes do MO.

Apesar do 'reduzido' montante encaminhado para cinema, eu acho que por exemplo não é uma boa gestão de dinheiros conceder praticamente todos os anos 700 mil euros ao Manuel de Oliveira. Penso que o trabalho que ele pode gerar a fazer os filmes e os eventuais prémios em Cannes não justificam tal montante, sobretudo olhando para as paupérrimas assistências que sistematicamente se verificam nos filmes dele. E nunca consegui encontrar valores, mas duvido que as exportações sejam relevantes.
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por Elias » 7/10/2010 0:33

migluso Escreveu:
Elias Escreveu:
De acordo.

Mas e relativamente à elaboração da documentação a dar aos visitantes, também achas que devem ser os engenheiros a tratar disso?


Na minha opinião deve ser uma pessoa competente e qualificada para a função.


Certo mas não respondeste à segunda parte do meu post...
 
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por migluso » 7/10/2010 0:08

Elias Escreveu:
De acordo.

Mas e relativamente à elaboração da documentação a dar aos visitantes, também achas que devem ser os engenheiros a tratar disso?


Na minha opinião deve ser uma pessoa competente e qualificada para a função.
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por Elias » 6/10/2010 23:53

migluso Escreveu:
Elias Escreveu:
Peguemos num exemplo: o mosteiro da Batalha. O que achas que um engenheiro pode fazer por aquele edifício?


Boa noite Elias,

Para além de ter sido um eng. ou arq., quer se chamassem ou não assim, a projectar e a construir o edifício?

Se o edifício tiver uma ruptura num pilar central, quero ver o historiador a resolver o problema! :roll:


De acordo.

Mas e relativamente à elaboração da documentação a dar aos visitantes, também achas que devem ser os engenheiros a tratar disso?

Penso que é importante ter em conta que quando falamos de monumentos e património edificado não estamos apenas a falar de conservação! Estamos a falar também - e porque não dizer, sobretudo! - da sua valorização junto do público. E isso não me parece, de todo, que possa ser o Ministerio das Obras Públicas a fazer. Aliás, se não houvesse interesse em promover esses imóveis como bens de interesse cultural, qual seria a utilidade ou o objectivo de os recuperar?
 
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por MarcoAntonio » 6/10/2010 23:52

Já agora, para nos situarmos, radiohead e eu já tinha colocado este valor noutro tópico: o investimento do Estado no Ministério da Cultura representa cerca de 0.1% do PIB nacional do qual só cerca de metade é para apoio às artes (o restante é apoio diverso ao património).

São valores que eu considero "miseráveis" que estão (no total) mais do que justificados pelo valor da Cultura em si. Quanto à gestão, já disse aqui e no outro tópico, acredito que possa ser melhor gerido...
Editado pela última vez por MarcoAntonio em 6/10/2010 23:53, num total de 1 vez.
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por migluso » 6/10/2010 23:47

Elias Escreveu:
Peguemos num exemplo: o mosteiro da Batalha. O que achas que um engenheiro pode fazer por aquele edifício?


Boa noite Elias,

Para além de ter sido um eng. ou arq., quer se chamassem ou não assim, a projectar e a construir o edifício?

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por MarcoAntonio » 6/10/2010 23:35

radiohead Escreveu:Do que os agricultores do segundo e terceiro-mundo se queixam é desse proteccionismo.

(...)

eu apenas referi a Cultura. E o que digo também não é bem para serem descartados, mas sim para não serem subsidiados, o que ainda tem alguma diferença.


Vamos lá ver, para nos situarmos: tu entendes, por exemplo, que o Atletismo deve ser apoiado? Ou que não deve existir qualquer apoio ao Atletismo?


radiohead Escreveu:Quais os maiores vultos da Cultura portuguesa? Camões e Pessoa?


Só falaste de uma área das artes (ainda por cima, uma área que eu creio que ainda hoje continua a não ter apoios ou se tem, devem ser muito pouco expressivos) e só mencionaste dois nomes. Eça, Miguel Torga, Saramago também são vultos...

Felizmente, muito felizmente, a cultura portuguesa não começa em Camões nem acaba em Pessoa!

Nem se esgota nas Letras.



radiohead Escreveu:O ponto é, não está provado que ao deitares dinheiro em cima da Cultura ela se eleve particularmente,


O que estás a criar, quando patrocinas a cultura, é condições para que um universo maior de pessoas possa investir o seu tempo na Cultura, o que conduz a melhores condições para produzir - dentro desse universo - mais e melhor cultura.

Não significa contudo necessariamente que tudo o que patrocinas é bom ou saia melhor (pelo que sei, existem critérios e não é qualquer coisa subsidiada, penso que é apenas uns 10% do que vai a concurso, pelo menos por uns dados por onde já passei os olhos). E também dou de barato que há / pode haver má gestão desses dinheiros. Mas, como já disse, para mim é essa gestão e não o investimento em si. A minha opinião é que o Estado deve continuar a investir dinheiro na Cultura (e acho que não investe nenhuma extravagância).


radiohead Escreveu:Se houver ai boa cultura tuga, ela acaba por aparecer naturalmente.


Alguma, sim, claro. Outra perde-se nos obstáculos das dificuldades económicas e não se chega a realizar ou realiza-se em mais fracas condições...

Já agora, a expressão artistica que eu suponho que te estás aludir (quando falas da música, por exemplo) eu também creio que não é objecto de apoios. A menos que te estejas a referir a outras coisas mas aí convém precisar. Queres dar exemplos de lixo patrocinado pelo Ministério da Cultura para nos situarmos?

É que estás para aí a misturar Literatura Clássica (que não teve apoios e quando a literatura contemporanea também não tem) com o que eu suponho ser expressão artística popular (como música pimba e outras expressões pop) que provavelmente também não têm grandes apoios.

Talvez olhando para um relatório de contas discriminado do Ministério da Cultura em mais detalhe possamos verificar se algumas das críticas que aqui se estão a colocar têm razão de ser...

Sem isso, não sei se não será um pouco atirar para o ar e acertar nos alvos errados, digo eu.
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por Elias » 6/10/2010 23:26

fafite Escreveu:Não vejo qual o problema o ministério das obras públicas podia muito bem tratar da conservação e requalificação destes edificios. Não são os engenheiros que tratam disso? Não estou a ver qual o problema.


Depende! Se quiseres fazer requalificações como as que foram feitas no castelo de Castro Marim, em que as paredes são cimentadas, então sim, pode ser feita por engenheiros ou quiçá por pedreiros.

Se o teu objectivo for preservar a identidade histórica, então talvez os engenheiros não sejam as pessoas indicadas para o assunto.

(disclaimer: sou engenheiro de formação)

fafite Escreveu:è que posso por exectamente a pergunta ao contrário. O que é que cultura tem haver com projectos arquitetónicos e de conservação de edificios?


Peguemos num exemplo: o mosteiro da Batalha. O que achas que um engenheiro pode fazer por aquele edifício?
 
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por radiohead » 6/10/2010 23:09

MarcoAntonio Escreveu:Mas alguém falou em isolamento?

Se eu falei em alguma coisa foi precisamente no oposto. Isto não é um exagero mas a completa e extravagante desvirtuação do que eu escrevi. Precisamente por vivermos numa sociedade aberta (não reparaste na referência a não sermos a China e a União Soviética do antigamente) é que devemos promover a nossa cultura, dentro de certos limites. Aqui e lá fora. E continuar a receber a deles, como já fazemos!


Se estás a subsidiar uma indústria está a protegê-la do exterior, repara o que acontece com a PAC. Do que os agricultores do segundo e terceiro-mundo se queixam é desse proteccionismo.

MarcoAntonio Escreveu:A tua noção é de que determinados sectores "não são precisos" ou são "descartáveis" se não forem eficientes. A que mais coisas aplicas isso para além da Cultura? À Saúde e ao Ensino? À Justiça? Vamos fechar todas essas coisas de cada vez que se verificam que geram prejuízo? Para ti são desnecessárias/descartáveis a partir do momento que não são economicamente eficazes de forma directa?

E os efeitos indirectos? Como e quando os medes?


Vamos lá a ver, isso já é quase uma discussão sobre as funções do Estado, eu apenas referi a Cultura. E o que digo também não é bem para serem descartados, mas sim para não serem subsidiados, o que ainda tem alguma diferença. Quais os maiores vultos da Cultura portuguesa? Camões e Pessoa? pois bem, os dois levaram uma vida errante, tiveram outras profissões, sofreram na pele as agruras da vida e não foi por não serem subsidiados que nos deixaram de legar a sua obra! (embora o primeiro penso que tenha recebido uma tença depois de escrever os Lusíadas, Pessoa editou pouquíssimo e teve várias profissões como marketeer. Não consta que tivesse sido subsidiado).

O ponto é, não está provado que ao deitares dinheiro em cima da Cultura ela se eleve particularmente, podes estar a gerar, não Artistas (que precisam de rasgo, de insubmissão) na verdadeira acepção, mas sim funcionários e burocratas.

MarcoAntonio Escreveu:Bom, eu não disse estritamente que havia um problema em ver ou ouvir cultura estrangeira. Se disse alguma coisa foi que era um problema só consumirmos cultura estrangeira. Um problema que podemos dividir em dois:

> Económico (potencia importações);

E? Já reparaste no Japão? Importa muitíssimo, mas concentra os seus recursos na produção a daquilo que sabem fazer, e exportam-no com grande mais-valia. Penso que a balança comercial japonesa será altamente positiva.

MarcoAntonio Escreveu:
> Cultural (perda de identidade que tem efeitos indirectos vários).

Se houver ai boa cultura tuga, ela acaba por aparecer naturalmente. E mais vale aparecer boa cultura, e nós realmente apreciarmos, do que o Estado estar quase a definir os gostos que se devem ter e dessa forma contribuir para a má imagem da cultura tuga.

ps: sei que há bom cinema internacional, pelo menos o brasileiro, indiano não conheço, e para a música a mesma coisa. E claro, haverá algum, pouco, bom cinema e música portuguesa.

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por MarcoAntonio » 6/10/2010 22:34

fafite Escreveu:è que posso por exectamente a pergunta ao contrário. O que é que cultura tem haver com projectos arquitetónicos e de conservação de edificios?


A cultura tem tudo a ver com a definição, gestão, conservação e preservação de edificios e outros imóveis enquanto património.

Tu porventura vais questionar um arquitecto/engenheiro que património merece ser preservado, qual é o património histórico relevante? Que aspectos desse património são mais significativos e merecem ser realçados, por exemplo?

Só se ele for muito mais do que um arquitecto/engenheiro (se calhar é porque é historiador também, por exemplo).

O Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações trata da gestão e planeamento de infraestruturas contemporaneas (e provavelmente participa na requalificação/restauração de património histórico... mas não do seu planeamento). Ora, são coisas bastante diferentes planear que pontes devemos construir ou reconstruir e que museus ou mosteiros ou monumentos pré-históricos é que merecem ser restaurados e que gestão deve ser feita desses esforços.



Por exemplo, se se trata de construir uma estrada de acesso a um monumento de difícil acesso, isso é matéria para o Ministério das Obras Públicas!

Como disse, o Ministério preocupa-se com infraestruturas. O património em si não é infraestrutura: quem vai dizer que aquilo "é um monumento" e que devia estar ao acesso da população já não é certamente esse Ministério que vai fazer. Poderia ser um Ministério da Cultura... um Ministério do Turismo ou um Ministério do Património Histórico e Cultural (se existissem).
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