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Caldeirão da Bolsa

Resolver Portugal em pequenos passos

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Elias » 1/3/2010 23:28

mais_um Escreveu:Em Peniche, limite 50 km, eu ia a +/-60km, vi o radar, olhei para o conta km e pensei, isto está dentro da tolerancia, 7 meses depois aparecia a conta, 60€, infracção ligeira, ia a 64km, descontando depois o erro maximo do radar deu 58 ou 59, já não me lembro.

A8, em obras, estava um sinal de 100, depois um de 80 e depois o radar.. :evil: , ia a +/-100, deduzindo o erro maximo do radar, deu 90 e muitos,paguei 60€, infracção ligeira


Bem, de facto as infracções ligeiras são ignoradas na maioria das vezes, mas de facto à luz da lei elas existem e são puníveis. A parte boa é que apenas dão multa, não dão cadastro ("pontos") nem sanção acessória.

mais_um Escreveu:Já agora, a tolerancia também existe em Espanha mas não sei se está instituida na lei ou não, o que interessa é o que está na lei, é isso que deve ser usado como termo de comparação.


Em Espanh não sei, mas na Suíça posso dizer-te que a tolerância que eles aplicam é de 5 km/h (fonte: um amigo meu que está lá radicado há dez anos). Ah, e na Suíça o limite legal é de 80 nas estradas e de 110 nas auto-estradas. Foi justamente quando estive na Suíça, em Outubro do ano passado (fui de carro até lá) que consegui fazer 1100 km com um só depósito. Porque seria? :P

mais_um Escreveu:Quando os radares de lisboa começaram a funcionar, não havia tolerancia, eras multado, nem que fosse por 1 km a mais, agora não sei como está.


Pois, ao princípio começaram com essa abordagem da tolerância zero, mas rapidamente chegaram à conclusão de que não conseguiam processar aquelas multas todas e suponho que actualmente fecham os olhos às infracções ligeiras. Posso dizer-te que, por imples distracção, já passei várias vezes por esses radares em infracção ligeira e nunca chegou cá nada 8-)
 
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por mais_um » 1/3/2010 23:23

Woodhare Escreveu:
mais_um Escreveu:
Woodhare Escreveu:

A iniciativa privada está mais do que vocacionada para explorar os interesses culturais dos turistas. E os grandes divulgadores da nossa cultura tanto quanto sei não vivem essencialmente de subsídios nem sei se alguma vez os receberam. Quanto à cultura o subsídio sempre foi um entrave à competitividade. A grande maioria das obras de arte nunca foram subsidiadas. Os grandes compositores clássicos tinham de andar de "porta em porta" a vender as suas obras e eram movidos pela necessidade; o Bach, Wagner ou Verdi não eram diferentes do Michael Jackson ou da Madona nos seus objectivos e motivos. Essa ideia do intelectual incompreendido a produzir obras geniais com subsídio garantido pelo Estado é uma falácia.


Por acaso estás equivocado, quer o Bach, quer o Wagner foram subsidiados. Ao longo da história, a maior parte dos grandes artistas sempre foram subsidiados, Miguel Angelo, Leonardo da Vinci, Luis de Camões, Mozart, Beethoven, etc...

Normalmente eram contratados pelos reis, rainhas e imperadores para trabalharem na corte ou tinham como mecenas, grande familias da nobreza.


Penso que subsidiados não é o termo certo já que implicava venderem algo a alguém que gostava do seu trabalho. A lógica parece-me um pouco diferente da dos subsídios. Além disso e para todos os efeitos tratava-se de clientes privados.


Enfim, não me parece muito diferente, nos tempos actuais receber dinheiro do Estado para fazer um filme ou uma peça de teatro ou antigamente receber dinheiro de um rei,rainha ou imperador para fazer uma ópera ou uma sinfonia....inclusive alguns desses classicos morreram pobres e a sua obra só foi reconhecida depois de mortos.
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por mais_um » 1/3/2010 23:09

Elias Escreveu:
mais_um Escreveu:Não é bem assim, a tolerancia é dada em função de factores que nao tem a ver com segurança, mas sim com a logistica da multas.
Eu já fui multado 2 vezes dentro da suposta tolerancia, uma dentro de Peniche e outra na A8.

Por lei podes ser multado a partir do momento que excedas o limite maximo. Agora a atribuiçao de "tolerancia" tem a ver com os agentes da autoridade.


Podes concretizar a que velocidade circulavas em cada um dos casos e qual a velocidade máxima permitida no local?


Em Peniche, limite 50 km, eu ia a +/-60km, vi o radar, olhei para o conta km e pensei, isto está dentro da tolerancia, 7 meses depois aparecia a conta, 60€, infracção ligeira, ia a 64km, descontando depois o erro maximo do radar deu 58 ou 59, já não me lembro.

A8, em obras, estava um sinal de 100, depois um de 80 e depois o radar.. :evil: , ia a +/-100, deduzindo o erro maximo do radar, deu 90 e muitos,paguei 60€, infracção ligeira

Já agora, a tolerancia também existe em Espanha mas não sei se está instituida na lei ou não, o que interessa é o que está na lei, é isso que deve ser usado como termo de comparação.

Quando os radares de lisboa começaram a funcionar, não havia tolerancia, eras multado, nem que fosse por 1 km a mais, agora não sei como está.
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por Woodhare » 1/3/2010 18:57

mais_um Escreveu:
Woodhare Escreveu:

Tudo o que sejam questões de ambiente e ordenamento do território deviam ser legisladas localmente, pelas câmaras, pois dizem respeito à comunidade local. Na prática é simples, se a autarquia quer proibir que se corte um carvalho centenário e for aprovada uma lei nesse sentido pelo município onde o carvalho se situa, o carvalho não pode ser cortado, se houver um projecto de construção conforme com a legislação local é aprovado e construído.


Isso já é assim à muito tempo, desde que existe os PDM, são as autarquias que fazem a gestão do seu território, com algumas (poucas) limitações mas a grande responsabilidade é local. E basta passear por esse país fora para ver a desgraça que tem sido essa gestão estar a cargo dos politicos locais.


Mesmo assim ainda existem limitações em questões ambientais ou não?

Eu gosto de ver casas de todas as idades e cores diferentes, com azulejos variados, lado a lado. Se uma pessoa gosta de azulejos azuis e o vizinho do lado gosta de azulejos vermelho não vejo qual é o mal. Seria enfadonho ver as casas todas iguais.

Seja como for se as receitas de um simples imposto libertou o potencial criativo dos autarcas imaginem se tivessem autonomia fiscal e pudessem reter grande parte das receitas, o desenvolvimento económico que não haveria. Acabava-se com a desertificação do interior.
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por Elias » 1/3/2010 18:51

mais_um Escreveu:Não é bem assim, a tolerancia é dada em função de factores que nao tem a ver com segurança, mas sim com a logistica da multas.
Eu já fui multado 2 vezes dentro da suposta tolerancia, uma dentro de Peniche e outra na A8.

Por lei podes ser multado a partir do momento que excedas o limite maximo. Agora a atribuiçao de "tolerancia" tem a ver com os agentes da autoridade.


Podes concretizar a que velocidade circulavas em cada um dos casos e qual a velocidade máxima permitida no local?
 
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por Woodhare » 1/3/2010 18:37

mais_um Escreveu:
Woodhare Escreveu:

A iniciativa privada está mais do que vocacionada para explorar os interesses culturais dos turistas. E os grandes divulgadores da nossa cultura tanto quanto sei não vivem essencialmente de subsídios nem sei se alguma vez os receberam. Quanto à cultura o subsídio sempre foi um entrave à competitividade. A grande maioria das obras de arte nunca foram subsidiadas. Os grandes compositores clássicos tinham de andar de "porta em porta" a vender as suas obras e eram movidos pela necessidade; o Bach, Wagner ou Verdi não eram diferentes do Michael Jackson ou da Madona nos seus objectivos e motivos. Essa ideia do intelectual incompreendido a produzir obras geniais com subsídio garantido pelo Estado é uma falácia.


Por acaso estás equivocado, quer o Bach, quer o Wagner foram subsidiados. Ao longo da história, a maior parte dos grandes artistas sempre foram subsidiados, Miguel Angelo, Leonardo da Vinci, Luis de Camões, Mozart, Beethoven, etc...

Normalmente eram contratados pelos reis, rainhas e imperadores para trabalharem na corte ou tinham como mecenas, grande familias da nobreza.


Penso que subsidiados não é o termo certo já que implicava venderem algo a alguém que gostava do seu trabalho. A lógica parece-me um pouco diferente da dos subsídios. Além disso e para todos os efeitos tratava-se de clientes privados.
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por mais_um » 1/3/2010 18:26

Elias Escreveu:
mais_um Escreveu:Os limites de velocidade, em Portugal, em auto-estrada são muito baixos. Mito! Portugal tem limites na média europeia e superiores aos países com taxas de sinistralidades mais baixas na Europa, como sejam a Suécia e Reino Unido (Link Wikipedia).


Em Portugal o limite de velocidade nas auto-estradas é de 150 km/h (correspondente a 120 km/h + 30 km/h de tolerência). É assim há anos e que eu saiba ninguém é multado por circular a 135 ou 140 km/h numa zona de 120.


Não é bem assim, a tolerancia é dada em função de factores que nao tem a ver com segurança, mas sim com a logistica da multas.
Eu já fui multado 2 vezes dentro da suposta tolerancia, uma dentro de Peniche e outra na A8.

Por lei podes ser multado a partir do momento que excedas o limite maximo. Agora a atribuiçao de "tolerancia" tem a ver com os agentes da autoridade.
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por Elias » 1/3/2010 18:14

mais_um Escreveu:Os limites de velocidade, em Portugal, em auto-estrada são muito baixos. Mito! Portugal tem limites na média europeia e superiores aos países com taxas de sinistralidades mais baixas na Europa, como sejam a Suécia e Reino Unido (Link Wikipedia).


Em Portugal o limite de velocidade nas auto-estradas é de 150 km/h (correspondente a 120 km/h + 30 km/h de tolerência). É assim há anos e que eu saiba ninguém é multado por circular a 135 ou 140 km/h numa zona de 120.
 
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por Elias » 1/3/2010 18:10

mais_um Escreveu:O excesso de velocidade e a velocidade excessiva são responsáveis por cerca de um terço dos acidentes que envolvem vítimas mortais.


Sempre achei piada a esta distinção :lol:
 
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por mais_um » 1/3/2010 18:04

Elias Escreveu:
Woodhare Escreveu:
Elias Escreveu:
Woodhare Escreveu:Problema para os outros condutores.


Hum... e já agora nas estradas nacionais, qual o limite que defendes? E com que tolerância?



80 com tolerância de 10 e 40/60 com tolerancia de 10 nas curvas, conforme as curvas.


genericamente concordo contigo, desde que houvesse mão de ferro relativamente aos excessos.

no caso das auto-estradas o limite de 180 parece-me um pouco exagerado, embora concorde de pode ser aumentado dos actuais 120, por exemplo para 140 com 10 de tolerancia, mas apenas em algumas auto-estradas (convém referir que na Alemanha algumas auto-estradas ou troços estão sujeitos a velocidade máxima).

Pessoalmente só aplicaria os limites mais elevados em auto-estradas com 3 faixas (excepto em troços suburbanos isentos de portagem onde a densidade de tráfego é muito elevada), e sempre acompanhada de uma apertada fiscalização para garantir que os lentos andavam mais à direita, coisa que actualmente não acontece. Aliás os lentos na faixa do meio são um perigo para a circulação.


A malta gosta mesmo de opinar... :lol: :lol: :lol:

Os limites de velocidade não existem só porque alguém acordou mal disposto e decidiu:

"vou lixar a malta que gosta de andar depressa, aproveito e encho os cofres do Estado...."

:mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:

Efeito da Velocidade
Nos mais de 100 acidentes já investigados aprofundadamente pelo Núcleo de Investigação de Acidentes do IDMEC/IST, a velocidade surge como principal factor nos acidentes com vítimas mortais ou feridos graves, em particular em acidentes envolvendo jovens, motociclos ou peões.

O excesso de velocidade e a velocidade excessiva são responsáveis por cerca de um terço dos acidentes que envolvem vítimas mortais. (Fonte: ESTC) Link.

A velocidade é uma das principais causas de acidentes rodoviários em todo o mundo. (Fonte Relatório das Nações Unidas 2004: World report on road traffic injury prevention 2 MB).

Tal como os alcoolímetros permitem determinar o grau de alcoolémia dos condutores, a Reconstituição de acidentes permite determinar a velocidade dos veículos envolvidos nos acidentes.

Quando a velocidade duplica, as distâncias de travagem quadruplicam, a violência do impacto quadruplica e a probabilidade de sofrer acidentes graves ou fatais aumenta entre 8 e 16 vezes.

A probabilidade de sobrevivência de um peão, passa de 90% se for atropelado a 30 km/h para 0% se for atropelado a 80 km/h (Link).

Quando a velocidade aumenta o campo visual diminui. A este efeito também chamado efeito de túnel apresenta sérios riscos em particular em ambiente urbano ou em estrada nacional, em que o condutor deixa de conseguir visualizar outros veículos ou pessoas que se aproximem. Por exemplo tipicamente o ângulo de visão passa de 100 graus a 40 km/h a 30 graus a 130 km/h. (Links sobre o assunto França, Suiça).

Factos
Por cada 5 km/h de aumento de velocidade duplica o risco de acidente (Fonte: Universidade de Adelaide) Link

O risco de acidente ao circular a 80 km/h em vias urbanas, é equivalente a circular com 2.1 g/l de álcool no sangue. (Fonte: Universidade de Adelaide) Link

Cada 5 km/h acima do limite correspondem em termos de risco de acidentes a 0.5 g/l de taxa de alcoolémia (Fonte: Universidade de Adelaide) Link

A relação entre velocidade e acidentes é clara e é sintetizada nesta revisão bibliográfica do Departamento de Transportes dos Estados Unidos (Link).

Se um condutor a 100 km/h detectar um obstáculo, reagir e travar ficando junto ao obstáculo, a 120 km/h colidirá com o obstáculo a uma velocidade entre 70 e 80 km/h que poderá ter consequências fatais (Link).


Mitos
Existe a ideia de que, na Alemanha não existem limites de velocidade. Trata-se de um mito, a Alemanha é um dos países mais restritivos em termos de velocidades. São comuns as zonas residenciais com limites de 30 km/h e nas Auto-estradas apenas cerca de 1/3 não tem limite permanente, mas têm uma velocidade recomendada que é de 130 km/h. E existe responsabilidade dos condutores quando a velocidade recomendada não é respeitada: Se um condutor se envolver num acidente a uma velocidade acima da recomendada, este terá sempre de pagar uma parte dos danos, mesmo que não tenha qualquer responsabilidade no acidente "However, if you exceed the advisory limit and are involved in an accident, you could be responsible for some of the damage costs even if you are not at fault" (Mais informação neste Link)

É senso comum que a única maneira de ser "apanhado" em excesso de velocidade é por um radar. É um mito. Na realidade existe outra forma que se chama Reconstituição de acidentes (Link).

Os limites de velocidade, em Portugal, em auto-estrada são muito baixos. Mito! Portugal tem limites na média europeia e superiores aos países com taxas de sinistralidades mais baixas na Europa, como sejam a Suécia e Reino Unido (Link Wikipedia).

Qualquer carro com um bom sistema de travagem, bate qualquer carro mais antigo em termos de distância de travagem. Mais um mito! Um pequeno aumento de velocidade pode anular a superior eficiência de travagem ou a superior eficiência dos pneus. Exemplo: Um Fiat Uno a 120 km/h necessita de uma menor distância para se imobilizar que um Ferrari Enzo a 150 km/h (Ficheiro Power Point 107 kb).

Se a velocidade aumentar, mesmo que ligeiramente, isso não tem qualquer consequência em caso de acidente. Mito ! Um pequeno aumento de velocidade, pode ter consequências fatais. Por exemplo, se dois veículos estiverem lado a lado, numa auto-estrada e a estrada estiver cortada, de tal modo que um carro utilitário seguindo a 120 km/h se consegue imobilizar, um desportivo a 150 km/h chocará com o obstáculo a ???? (Descubra você mesmo!) (Link Ficheiro Power Point 230 kb; Filme da Prevenção Rodoviária Australiana MPeg 5.2 MB nacional)

Durante a noite pode-se andar mais depressa, por existe menos trânsito. Mito ! Durante a noite as condições de visibilidade são reduzidas e portanto deve-se andar mais devagar. Os acidentes em Portugal, à noite têm uma gravidade muito superior aos acidentes ocorridos de dia. Nalguns países, como por exemplo, Alemanha ou Áustria, existem vias em que os limites de velocidade à noite são mais baixos do que de dia.

Em Itália o limite de velocidade nas auto-estradas é de 150 km/h. Mito ! Em Itália o limite de velocidade nas auto-estradas é de 130 km/h com piso seco e de 110 km/h com chuva (Wikipedia). Nos anos de 2002/2003 o assunto foi discutido em Itália para vias com três faixas de rodagem, mas nunca foi implementado (link).

Na Áustria o limite de velocidade nas auto-estradas é de 160 km/h. Mito ! A Áustria possui um troço experimental de 12 km de comprimento, com limites de velocidade variáveis, onde a velocidade máxima pode atingir 160 km/h. A regra geral vigente na Áustria é de 130 km/h e não existe qualquer intenção de a alterar. A "regra" dos 160 km/h destinou-se a avaliar o comportamento dos condutores (Link).

Em Portugal existe caça à multa e as autoridades só se preocupam com o excesso de velocidade. Mito! Nos relatórios do projecto Sarte 3 - 2004 (link) mostra-se que Portugal é o país dos 23 incluídos no estudo em que menos condutores foram multados por excesso de velocidade, nos últimos três anos anteriores ao estudo. Mas em contrapartida, em relação ao álcool, Portugal está acima da média, em termos de condutores penalizados. (Relatório 1ª parte, 2ª parte). Resumo em Português

Andar mais depressa diminui a sonolência e aumenta a atenção na condução. Mito ! Aumentando a velocidade, o cérebro é obrigado a processar muito mais informação para o mesmo espaço de tempo, aumentando a fadiga e reduzindo-se a atenção aos perigos. (link França)

http://www.dem.ist.utl.pt/acidentes/seg ... dade.shtml
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por Elias » 1/3/2010 17:51

Woodhare Escreveu:
Elias Escreveu:
Woodhare Escreveu:Problema para os outros condutores.


Hum... e já agora nas estradas nacionais, qual o limite que defendes? E com que tolerância?



80 com tolerância de 10 e 40/60 com tolerancia de 10 nas curvas, conforme as curvas.


genericamente concordo contigo, desde que houvesse mão de ferro relativamente aos excessos.

no caso das auto-estradas o limite de 180 parece-me um pouco exagerado, embora concorde de pode ser aumentado dos actuais 120, por exemplo para 140 com 10 de tolerancia, mas apenas em algumas auto-estradas (convém referir que na Alemanha algumas auto-estradas ou troços estão sujeitos a velocidade máxima).

Pessoalmente só aplicaria os limites mais elevados em auto-estradas com 3 faixas (excepto em troços suburbanos isentos de portagem onde a densidade de tráfego é muito elevada), e sempre acompanhada de uma apertada fiscalização para garantir que os lentos andavam mais à direita, coisa que actualmente não acontece. Aliás os lentos na faixa do meio são um perigo para a circulação.
 
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por mais_um » 1/3/2010 17:51

Woodhare Escreveu:

A iniciativa privada está mais do que vocacionada para explorar os interesses culturais dos turistas. E os grandes divulgadores da nossa cultura tanto quanto sei não vivem essencialmente de subsídios nem sei se alguma vez os receberam. Quanto à cultura o subsídio sempre foi um entrave à competitividade. A grande maioria das obras de arte nunca foram subsidiadas. Os grandes compositores clássicos tinham de andar de "porta em porta" a vender as suas obras e eram movidos pela necessidade; o Bach, Wagner ou Verdi não eram diferentes do Michael Jackson ou da Madona nos seus objectivos e motivos. Essa ideia do intelectual incompreendido a produzir obras geniais com subsídio garantido pelo Estado é uma falácia.


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por atomez » 1/3/2010 17:47

Devagar não se vai longe
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
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por ja vou » 1/3/2010 17:37

Woodhare Escreveu:
Elias Escreveu:
Woodhare Escreveu:Problema para os outros condutores.


Hum... e já agora nas estradas nacionais, qual o limite que defendes? E com que tolerância?



80 com tolerância de 10 e 40/60 com tolerancia de 10 nas curvas, conforme as curvas.


Outra boa ideia era acabar com as passadeiras.
Como nas grandes cidades o tipico "piloto portugues" gosta pouco de perder tempo com essas coisas mais valia acabar com elas e ainda se poupava na tinta.
 
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por Woodhare » 1/3/2010 17:23

Elias Escreveu:
Woodhare Escreveu:Problema para os outros condutores.


Hum... e já agora nas estradas nacionais, qual o limite que defendes? E com que tolerância?



80 com tolerância de 10 e 40/60 com tolerancia de 10 nas curvas, conforme as curvas.
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por Elias » 1/3/2010 12:29

Woodhare Escreveu:Problema para os outros condutores.


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por Elias » 1/3/2010 12:27

Lion_Heart Escreveu:Como é possivel deixarem um prédio histórico ao lado de um com azulejos, depois um verde , um azul, um envidraçado e por ai fora?


Pela simples razão de que por cá o prédio histórico não é valorizado.
 
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por Lion_Heart » 1/3/2010 7:19

mais_um Escreveu:
Elias Escreveu:
mais_um Escreveu:E basta passear por esse país fora para ver a desgraça que tem sido essa gestão estar a cargo dos politicos locais.


Caro Alexandre, o problema não reside apenas no facto de a gestão estar a cargo dos políticos locais, mas sim na enorme fonte de receita que as licenças de construção representam para as autarquias...


Correcto, é verdade que o IMT é uma grande fonte de receitas ( e não as licenças de construção em si) mas não é por isso que deve permitir barbaridades como passar licenças para construir em leito de cheia, nas margens dos rios, etc... Consegues à mesma IMT se permitires construção em locais apropriados, com volumetria adequada, etc

O problema é o compadrio entre autarcas e construtores, que em terrenos que anteriormente não era possivel construir, quando mudam de mãos já passa a ser possivel construir, possibilitando lucros elevadissimos aos construtores (e não à autarquia, já que esta tanto recebe o IMT se o edifico for bem cosntruido ou não)


Isso do IMT e do compadrio mais corrupção entre as camaras e os contrutores dava pano para mais mangas que a história do Socrates.

Mas o mais aberrante a meu ver e a completa falta de enquadramento , arquitectura e traço historico que assisto quando viajo por este País.

Como é possivel deixarem um prédio histórico ao lado de um com azulejos, depois um verde , um azul, um envidraçado e por ai fora?

E uma total aberração , e uma palhaçada. Não existe o minimo enquadramento.

Depois criam anexos onde não é (era) permitido e etc.

As nossas cidades são horriveis em comparações com as de outros Países e os centros hist´ricos estão a desaparecer. Só por ca
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por mais_um » 1/3/2010 1:57

Elias Escreveu:
mais_um Escreveu:E basta passear por esse país fora para ver a desgraça que tem sido essa gestão estar a cargo dos politicos locais.


Caro Alexandre, o problema não reside apenas no facto de a gestão estar a cargo dos políticos locais, mas sim na enorme fonte de receita que as licenças de construção representam para as autarquias...


Correcto, é verdade que o IMT é uma grande fonte de receitas ( e não as licenças de construção em si) mas não é por isso que deve permitir barbaridades como passar licenças para construir em leito de cheia, nas margens dos rios, etc... Consegues à mesma IMT se permitires construção em locais apropriados, com volumetria adequada, etc

O problema é o compadrio entre autarcas e construtores, que em terrenos que anteriormente não era possivel construir, quando mudam de mãos já passa a ser possivel construir, possibilitando lucros elevadissimos aos construtores (e não à autarquia, já que esta tanto recebe o IMT se o edifico for bem cosntruido ou não)
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por Elias » 1/3/2010 1:26

mais_um Escreveu:E basta passear por esse país fora para ver a desgraça que tem sido essa gestão estar a cargo dos politicos locais.


Caro Alexandre, o problema não reside apenas no facto de a gestão estar a cargo dos políticos locais, mas sim na enorme fonte de receita que as licenças de construção representam para as autarquias...
 
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por mais_um » 1/3/2010 0:54

Woodhare Escreveu:

Tudo o que sejam questões de ambiente e ordenamento do território deviam ser legisladas localmente, pelas câmaras, pois dizem respeito à comunidade local. Na prática é simples, se a autarquia quer proibir que se corte um carvalho centenário e for aprovada uma lei nesse sentido pelo município onde o carvalho se situa, o carvalho não pode ser cortado, se houver um projecto de construção conforme com a legislação local é aprovado e construído.


Isso já é assim à muito tempo, desde que existe os PDM, são as autarquias que fazem a gestão do seu território, com algumas (poucas) limitações mas a grande responsabilidade é local. E basta passear por esse país fora para ver a desgraça que tem sido essa gestão estar a cargo dos politicos locais.
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por Woodhare » 28/2/2010 15:33

Problema para os outros condutores.
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por Elias » 27/2/2010 1:20

Woodhare Escreveu:Eu estava a brincar mas para ser sincero não sei se há algum problema em permitir esse limite; mas sim o objectivo era esse limite. Desculpa não ter respondido antes.


Não há problema.

Quanto ao limite, e à questão de ser ou não um problema, a questão para mim é esta: um problema para quem?
 
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por Woodhare » 27/2/2010 1:07

Eu estava a brincar mas para ser sincero não sei se há algum problema em permitir esse limite; mas sim o objectivo era esse limite. Desculpa não ter respondido antes.
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por Elias » 27/2/2010 0:31

Woodhare não respondeste à minha questão de ontem às 21h44: "Basicamente estás a defender que se possa circular a 180 km/h. É isso?"
 
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