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Caldeirão da Bolsa

Resolver Portugal em pequenos passos

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por rollingsnowball » 25/2/2010 20:31

N. Escreveu:Eu proponho diminuir os impostos a quem mais trouxer dinheiro para Portugal:

Exemplo:

Ano 0 - Indivíduo gera recursos para entrada de dinheiro em Portugal (exportação, domicialiação de rendimentos, venda em sites de leilões, o que quiserem...), paga a taxa mínima de impostos sobre a diferença entre o dinheiro que trouxe para Portugal e aquele que levou de Portugal para fora

Objectivo: Atrair investidores e fortunas, que estão a ver cada vez mais os paraísos fiscais a desaparecer.

não consegui perceber a 100% a ideia..ou seja..de que tipo de actividade falamos? de uma actividade que deixa parte dos rendimentos cá (ou seja, que produz valor cá) ou de uma actividade que importa bens no valor X e vende cá com lucro, exportanto os rendimentos e criando um numero reduzido de postos de trabalho.. porque se a primeira (uma fabrica automovel por exemplo) pode criar riqueza para o país, a segunda (uma loja dos chineses por exemplo, sem ofensa) funciona como aumento das importações com impacto positivo minimo no país

ps: não sei colocar links portanto coloco na mensagem inicial a data e hora da tua/sua mensagem
 
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por rollingsnowball » 25/2/2010 20:26

MarcoAntonio Escreveu:
sky_above_you Escreveu:
MarcoAntonio Escreveu:Nota que as exportações e importações quase se equilibram (pelo que podes entender como que os portugueses adquirindo "os veículos" que produzem).

a questão como disse atrás é que discordo desse ponto de vista... exportações e importações quase atingirem o equilibrio não é o mesmo que dizer que os portugueses adquirem o que produzem... ou seja, não é por consumirmos menos que reduzimos as exportações mas sem duvida que é por aí que reduzimos as importações..


Estás a centrar-te num ponto que me parece praticamente totalmente irrelevante.

O que é que interessa se nos especializamos em produzir leite e tomates e trocamos o excedente por arroz e batatas?

Tu sugeres que estavamos melhor a comer só tomates e a beber só leite, deixando de importar arroz e batatas porque são produzidos pelos outros. Ou ainda, eventualmente, a reduzir o que consumimos até ao limite da sobrevivência e simplesmente deixar de importar batatas e arroz e continuar a exportar leite e tomates excedentários.

Como já disse atrás, acho a tua abordagem extremamente redutora e deficitária. Sem ser um especialista em economia estou longe de acreditar/aceitar que a economia funciona como sugeres e que as medidas que sugeres não tenham uma série de desvantagens e efeitos directos e indirectos que estás a ignorar.

mais uma vez não falei em deixar de importar... e acrescento que não estamos a falar em batatas e arroz versus cenouras...a verdade é que embora pudesse ser benefico fazer essa poupança a verdade é que o impacto negativo era demasiado elevado..ou seja, se não custa praticamente nada aguentar mais 3 anos com um carro a verdade é que custa MUITO não poder comer este alimento essencial ou aquele alimento essencial com qa frequencia desejada... voltando à primeira frase do topico: o objectivo é serem medidas simples e pouco custosas com um impacto positivo bastante superior ao esforço que implicam (se não estaria apenas a fazer como quem diz aumente-se os impostos ou reduza-se os salarios indiscriminadamente)
 
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por rollingsnowball » 25/2/2010 20:21

MarcoAntonio Escreveu:A questão das marcas é acessória e pouco relevante. Um dos teus argumentos é que o sector automóvel fazia sair (muito) dinheiro do país. Não faz!... A balança comercial neste sector está praticamente equilibrada.

Nós produzimos determinadas marcas, a maior parte é para exportação. Podes considerar para todos os efeitos que o excedente trocamos pelos veículos (marcas) que queremos adquirir.

Repara que atrás argumentaste que a diferença é que nos Estados Unidos consomem os veículos por eles produzidos. Isso não é uma diferença mas uma semelhança pois em Portugal passa-se essencialmente o mesmo. A questão das marcas é acessória...


Depois sugeres que poderiamos continuar a exportar mas deixar de importar. Vais-me desculpar mas eu acho isto uma forma extremamente redutora de ver o problema, na verdade acho que este é o maior problema de todo este teu exercício: a forma demasiado isolada e linear com que abordas as questões, como se estas não tivessem efeitos indirectos na economia como um todo mas apenas aqueles efeitos que estás a considerar.

A maior parte de nós aquire veículos porque necessita deles (no contexto económico em que vivemos). A maior parte de nós adquire veículos para substituir outros veículos mais antigos (porquê? com frequência porque consomem mais, porque param mais tempo nas oficinas, etc).

Eu acho curioso estares a endereçar um sector que é tão importante em portugal (cerca de 15% do PIB) e onde somos grandes exportadores. Talvez pelo facto de não termos nenhum marca nacional (já tivemos os UMM) e pelo facto dos veículos não virem com o selo atrás a dizer "made in portugal" penso que as pessoas por vezes tendem a esquecer o quão importante e o quanto Portugal aposta no sector automóvel (como produtor) tendendo a ver apenas o lado consumidor.

Se começares a olhar para outros sectores vais provavelmente encontrar outros em que praticamente só consumimos/importamos sem produzir nada. Eu creio que o sector automóvel está muito longe de ser o mais crítico...

De qq das formas, o importante é a balança comercial como um todo (entre importações e exportações) e os efeitos na productividade e competitividade.

Seriamos mais competitivos e produtivos se parassemos de adquirir veículos modernos e nos limitassemos a produzi-los e vendê-los aos outros? Assim de repente estou muito pouco convencido disso...

em relação aos 1ºs paragrafos concordo em parte (vim para este forum para aprender e discutir e melhorar ideias, e a verdade é que o sector automovel é só um exemplo)..no entanto eu não falei em marcas mas em tipo de veiculos e não considero de modo algum acessorio que veiculos importados sejam de marcas com consumos superiores (aqueles a evitar)

quanto ao facto de endereçar um sector tão importante para o PIB, como disse, foi apenas um exemplo que considerei relativamente simples de melhorar..de qualquer modo não há sectores que não possam ser melhorados

quanto a adquirir veiculos por necessitar: discordo em parte..claro que todos temos que trocar de veiculo eventualmente... a questão é se a generalidade de nós não poderia manter o veiculo por mais 3/4/5 anos sem grande diferença

Acrescento que eu não falei em extinguir a renovação do parque automovel mas em torna-la mais lenta. Como disse no paragrafo anterior 3/4/5 anos não fariam uma diferença tão grande assim...e com isto estou a responder à parte dos efeitos indirectos que me pareceu a mais relevante:

Quais os efeitos de deixar de adquirir veículos novos no parque nacional e suas consequências directas e indirectas? Como afectaria a nossa productividade e competitividade? Como afectaria e como reagiria a industria automóvel no espaço europeu?

Não falei em deixar de adquirir veiculos novos mas em reduzir o ritmo de renovação por via do aumento de impostos... tal como a medida da redução das velocidade (que faz sentido por a velocidade de menor consumo ser os 80 a 100km/h e por o aumento a partir dai ser exponencial) teria algum impacto na productividade..a questão é que o impacto seria, no meu ponto de vista, largamente suplantado pela melhoria na balança externa (e consequentemente na disponibilidade de €€ para outras áreas)
 
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por johncq » 25/2/2010 20:16

Na Dinamarca e Noruega os impostos sobre veículos são substancialmente e pornograficamente elevados ... mas eles não possuem tantos Km's de estradas e autoestradas "per capita" como nós. Os impostos directos sobre o alcool e o tabaco.. e certas actividades têm taxas elevadissimas ... mas também não produzem tanto vinho como nós.

Nos países com industria e menor terciário a taxa de Iva encontra-se entre os 23% e os 25%.

As comparações não são fáceis e não se pode adaptar o formato já determinado para uma economia, mas pode-se aprender a copiar a adaptar medidas já existentes. Afinal, não é nisso em que também somos mestres ?
 
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por N. » 25/2/2010 20:06

Eu proponho diminuir os impostos a quem mais trouxer dinheiro para Portugal:

Exemplo:

Ano 0 - Indivíduo gera recursos para entrada de dinheiro em Portugal (exportação, domicialiação de rendimentos, venda em sites de leilões, o que quiserem...), paga a taxa mínima de impostos sobre a diferença entre o dinheiro que trouxe para Portugal e aquele que levou de Portugal para fora

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por MarcoAntonio » 25/2/2010 20:05

sky_above_you Escreveu:
MarcoAntonio Escreveu:Nota que as exportações e importações quase se equilibram (pelo que podes entender como que os portugueses adquirindo "os veículos" que produzem).

a questão como disse atrás é que discordo desse ponto de vista... exportações e importações quase atingirem o equilibrio não é o mesmo que dizer que os portugueses adquirem o que produzem... ou seja, não é por consumirmos menos que reduzimos as exportações mas sem duvida que é por aí que reduzimos as importações..


Estás a centrar-te num ponto que me parece praticamente totalmente irrelevante.

O que é que interessa se nos especializamos em produzir leite e tomates e trocamos o excedente por arroz e batatas?

Tu sugeres que estavamos melhor a comer só tomates e a beber só leite, deixando de importar arroz e batatas porque são produzidos pelos outros. Ou ainda, eventualmente, a reduzir o que consumimos até ao limite da sobrevivência e simplesmente deixar de importar batatas e arroz e continuar a exportar leite e tomates excedentários.

Como já disse atrás, acho a tua abordagem extremamente redutora e deficitária. Sem ser um especialista em economia estou longe de acreditar/aceitar que a economia funciona como sugeres e que as medidas que sugeres não tenham uma série de desvantagens e efeitos directos e indirectos que estás a ignorar.
Editado pela última vez por MarcoAntonio em 25/2/2010 20:06, num total de 1 vez.
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por MarcoAntonio » 25/2/2010 20:01

sky_above_you Escreveu:sem duvida..a questão é que o facto de consumirmos menos não impede que continuemos a exportar..acho que nisso todos concordamos... para além de que os automoveis de maior consumo são, em geral, aqueles que importamos...


A questão das marcas é acessória e pouco relevante. Um dos teus argumentos é que o sector automóvel fazia sair (muito) dinheiro do país. Não faz!... A balança comercial neste sector está praticamente equilibrada.

Nós produzimos determinadas marcas, a maior parte é para exportação. Podes considerar para todos os efeitos que o excedente trocamos pelos veículos (marcas) que queremos adquirir.

Repara que atrás argumentaste que a diferença é que nos Estados Unidos consomem os veículos por eles produzidos. Isso não é uma diferença mas uma semelhança pois em Portugal passa-se essencialmente o mesmo. A questão das marcas é acessória...


Depois sugeres que poderiamos continuar a exportar mas deixar de importar. Vais-me desculpar mas eu acho isto uma forma extremamente redutora de ver o problema, na verdade acho que este é o maior problema de todo este teu exercício: a forma demasiado isolada e linear com que abordas as questões, como se estas não tivessem efeitos indirectos na economia como um todo mas apenas aqueles efeitos que estás a considerar.

Quais os efeitos de deixar de adquirir veículos novos no parque nacional e suas consequências directas e indirectas? Como afectaria a nossa productividade e competitividade? Como afectaria e como reagiria a industria automóvel no espaço europeu?

A maior parte de nós aquire veículos porque necessita deles (no contexto económico em que vivemos). A maior parte de nós adquire veículos para substituir outros veículos mais antigos (porquê? com frequência porque consomem mais, porque param mais tempo nas oficinas, etc).

Eu acho curioso estares a endereçar um sector que é tão importante em portugal (cerca de 15% do PIB) e onde somos grandes exportadores. Talvez pelo facto de não termos nenhum marca nacional (já tivemos os UMM) e pelo facto dos veículos não virem com o selo atrás a dizer "made in portugal" penso que as pessoas por vezes tendem a esquecer o quão importante e o quanto Portugal aposta no sector automóvel (como produtor) tendendo a ver apenas o lado consumidor.

Se começares a olhar para outros sectores vais provavelmente encontrar outros em que praticamente só consumimos/importamos sem produzir nada. Eu creio que o sector automóvel está muito longe de ser o mais crítico...

De qq das formas, o importante é a balança comercial como um todo (entre importações e exportações) e os efeitos na productividade e competitividade.

Seriamos mais competitivos e produtivos se parassemos de adquirir veículos modernos e nos limitassemos a produzi-los e vendê-los aos outros? Assim de repente estou muito pouco convencido disso...
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por Elias » 25/2/2010 19:57

sky_above_you Escreveu:essas autoestradas incluem as SCUTS?..é que sendo assim devo frequentar uma SCUT muito perigosa (A44).


sim, suponho que inclui, de qualquer forma, e sem pôr sequer em dúvida que a A44 seja perigosa, não podes comparar uma via que conheces com vias que não conheces ou não frequentas... foi por isso que apresentei os números.
 
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por rollingsnowball » 25/2/2010 19:51

[quote="Lion_Heart
Bem, mas aqui o amigo esta com um grande problema pois a maioria dos bens neste País é importado, desde o mcdonalds a zara até ao ferrari.
Portanto ja sabe que o dinheiro entra e sai rapidinho (talvez por isso mesmo e que nos emprestam).

Depois não e por ser mais caro que os tugas deixam de comprar , leva é a que se endividem mais .

Sabe ao que leva os impostos altos , a que os espertos comprem la fora e ai é que o Estado ganha 0.

E dou exmplos, aqui em Braga n pessoas andam de , mercedes, porsche e etc em carros com matricula espanhola , porque sera? Dantes era matricula de gibraltar. Na fronteira em Espanha as filas para as bombas e gas são de 90% de Portugueses. Até aos super e hiper eles vão.

Porque? iva mais baixo e ipp muito mais baixo.[/quote]

claro que a generalidade do que se consome é importado..e por isso apresentei ideias para reduzir importações..não é sustentavel manter um ´defice externo indefinidamente..chega a um ponto que terá que estourar..o ideal é melhorar onde se pode e idealmente com medidas simples e fáceis de suportar...

discordo também com o 2º paragrafo: sendo mais caro o consumo diminui..é certo... alguns endividar-se-ão, a maioria reduzirá o consumo ou procurará produtos mais baratos (ou seja, produtos com menos impostos e mais eficientes em termos de consumo)..

com o 3º paragrafo concordo, já por isso sugeri que se fosse legal se alterasse para imposto sobre a colocação de matricula (isto porque julgo ser ilegal circular a longo prazo com matricula estrangeira, mesmo que comunitaria)

com o 4º paragrafo: são uma minoria..e a verdade é que em relação ao ISP não mencionei qualquer aumento
 
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por rollingsnowball » 25/2/2010 19:44

MarcoAntonio Escreveu:Nota que as exportações e importações quase se equilibram (pelo que podes entender como que os portugueses adquirindo "os veículos" que produzem).

a questão como disse atrás é que discordo desse ponto de vista... exportações e importações quase atingirem o equilibrio não é o mesmo que dizer que os portugueses adquirem o que produzem... ou seja, não é por consumirmos menos que reduzimos as exportações mas sem duvida que é por aí que reduzimos as importações..
 
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por rollingsnowball » 25/2/2010 19:41

Elias Escreveu:
sky_above_you Escreveu:se é ou não nas auto estradas que se verificam mais acidentes só posso dizer que em cada 5 vezes (estou a dizer a olho mas percebe-se à frente o que quero dizer) que entro numa auto-estrada/SCUT encontro um acidente aparatoso/grave, habitualmente nas zonas mais velozes... acidentes aparatosos noutras estradas é raro encontrar..aliás..não me consigo lembrar de nenhum que tenha encontrado...


os acidentes nas auto-estradas representam apenas 6% do total de acidentes com vítimas. Sim, leste bem: SEIS POR CENTO.

Fonte (páginas 15 e 16)

essas autoestradas incluem as SCUTS?..é que sendo assim devo frequentar uma SCUT muito perigosa (A44)..de qualquer modo repito que o objectivo primário não era reduzir a sinistralidade mas reduzir as importações de combustiveis
 
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por rollingsnowball » 25/2/2010 19:38

MarcoAntonio Escreveu:
sky_above_you Escreveu:Em relação à primeira parte... discordo que incentivar o consumo de bens importados seja um tão grande estimulo à economia...a verdade é que por cada bem importado uma pequena parte fica no país (impostos+margem do revendedor) e a maior parte desaparece do país imediatamente não estimulando portanto a economia nacional e pelo contrario aumentando o endividamento externo...


Os veículos que (individualmente) compramos são na maior parte dos casos importados mas essa não será também a melhor forma de endereçar a questão. O sector automóvel é na realidade um dos nossos principais sectores exportadores...

Temos enormes investimentos e unidade fabris de produção de veículos automóveis e componentes (para exportar)!


sem duvida..a questão é que o facto de consumirmos menos não impede que continuemos a exportar..acho que nisso todos concordamos... para além de que os automoveis de maior consumo são, em geral, aqueles que importamos...
 
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por rollingsnowball » 25/2/2010 19:36

new-killer-star Escreveu:Bem eu falo da educação.
Acabar com as provas de recuperação, os alunos dificeis devem chumbar por faltas e ser retirados da turma e frequentarem aulas de apoio individualizado e frequentar instituições e empresas onde possam estar ocupados e por fim fazerem uma prova global onde podem passar ou não.


Acabar com as aulas de 90 minutos passar a 75 minutos menos nas aulas práticas.

hoje fico por aqui.

não percebi o que se entende aqui por alunos dificeis..concordo no entanto que se deve evitar que alunos mal comportados prejudiquem outros e concordo que pegar nesses alunos e prepara-los de um modo mais prático poderia beneficiar a sua educação enquanto evitava que prejudicassem a dos outros
 
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por rollingsnowball » 25/2/2010 19:33

MarcoAntonio Escreveu:Antes de mais, bem-vindo!

A segunda medida teria também uma série de desvantagens: mais dificuldades num sector que já vive problemas (mais stands a fechar portas, mais pessoas no desemprego); o envelhecimento e empobrecimento do parque automóvel com consequências indirectas na taxa e gravidade de acidentes, com consequências directas no aumento dos custos de manutenção (que por sua vez teria consequências indirectas na productividade).

Os veículos que referes nem sempre são realmente grandes gastadores (especialmente os diesel).

Sería bem mais eficaz se o imposto fosse feito de raíz a penalizar os consumos. Ora, um imposto a penalizar a cilindrada na compra de veículos novos não o faz de forma eficaz: a relação entre cilindrada e consumo não é linear e além disso, se um veículo seja qual for a sua cilindrada e consumo ao ser adquirido vai substituir outro que consome mais (seja qual for a sua cilindrada) então está a contribuir para a redução do consumo.

Nos Estados Unidos, por exemplo, foi promovida no ano passado durante um par de meses a renovação do parque automóvel (incentivada a compra via redução de imposto - precisamente o oposto do que estás a sugerir) e as estatísticas comparativas entre os veículos renovados e os seus substitutos sugerem que se verificará uma redução dos consumos com essa medida (eu na altura analisei aqui esses dados com algum detalhe). Sendo que a redução do consumo não é a única vantagem como também na altura sublinhei e como já atrás aflorei.

quanto à parte que sublinhei era evidentemente essa a minha intenção... não terei sido suficientemente explicito..

quanto À renovação da frota automovel nos EUA:

a diferença entre nós e os estados unidos é que eles produzem a maioria dos veiculos consumidos e portanto ao estimularem a renovação da frota automovel estimulam a procura interna e não as importações... a outra diferença é que a frota automovel deles até há bem pouco tempo era bastante menos eficiente do que a nossa (quem não conhece as banheiras americanas)..

quanto à parte inicial: evidentemente que traria mais dificuldades a stands automoveis..em compensação traria beneficios às empresas de reparação...um pelo outro retira-se uma empresa coloca-se outra... no final o balanço para o país é uma redução enorme nas importações... quanto à taxa e gravidade de acidentes eu proprio referi na mensagem inicial essa desvantagem (julgo não me ter esquecido), no entanto considero que o aumento estaria longe de ser o suficiente para compensar os benenficios e tendo eu na primeira parte da mensagem apresentado uma medida que poderia reduzir a sinistralidade ficaria alguma neutralidade na sinistralidade (ou mesmo redução)

quanto ao bem vindo: obrigado :)[/u]
 
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por Lion_Heart » 25/2/2010 19:33

sky_above_you Escreveu:Em relação à primeira parte... discordo que incentivar o consumo de bens importados seja um tão grande estimulo à economia...a verdade é que por cada bem importado uma pequena parte fica no país (impostos+margem do revendedor) e a maior parte desaparece do país imediatamente não estimulando portanto a economia nacional e pelo contrario aumentando o endividamento externo...

discordo também que o consumo seja o mesmo independentemente do preço: um mais alto preço em impostos tem 2 efeitos: reduz o consumo de um bem importado e superfluo e ao mesmo tempo aumenta a percentagem que fica no país... o máximo que se pode argumentar é que dinheiro que vai para o estado é dinheiro mal aplicado mas a verdade é que estamos todos a ver o que o défice do estado está a fazer À nossa economia

concordo que o consumo de combustivel aumente com a diminuição da renovação mas considero que este aumento nunca pagaria o dinheiro que sairia automaticamente do país... se complementarmos que o aumento de impostos seria preferencial para automoveis de alto consumo então conclui-se que talvez se acabasse a poluir menos por termos uma maior proporção de veiculos pouco poluentes

Lion_Heart Escreveu:
Isso dos 110kmh também é comico pois não creio ser nas autoestradas que se verificam mais acidentes.
Alias o limite deveria ser 140kmh um valor muito mais acertado com as condiçoes e qualidades dos veiculos existentes hoje em dia.

a ideia não era reduzir os acidentes mas sim o consumo de combustiveis... se é ou não nas auto estradas que se verificam mais acidentes só posso dizer que em cada 5 vezes (estou a dizer a olho mas percebe-se à frente o que quero dizer) que entro numa auto-estrada/SCUT encontro um acidente aparatoso/grave, habitualmente nas zonas mais velozes... acidentes aparatosos noutras estradas é raro encontrar..aliás..não me consigo lembrar de nenhum que tenha encontrado...


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por MarcoAntonio » 25/2/2010 19:27

Nota que as exportações e importações quase se equilibram (pelo que podes entender como que os portugueses adquirindo "os veículos" que produzem).
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
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por Elias » 25/2/2010 19:26

sky_above_you Escreveu:se é ou não nas auto estradas que se verificam mais acidentes só posso dizer que em cada 5 vezes (estou a dizer a olho mas percebe-se à frente o que quero dizer) que entro numa auto-estrada/SCUT encontro um acidente aparatoso/grave, habitualmente nas zonas mais velozes... acidentes aparatosos noutras estradas é raro encontrar..aliás..não me consigo lembrar de nenhum que tenha encontrado...


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Fonte (páginas 15 e 16)
 
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por MarcoAntonio » 25/2/2010 19:25

Já agora aqui um resumo:

O Sector Automóvel em Portugal é um dos mais dinâmicos e inovadores da economia nacional.

Saiba porquê:

Representa um universo de 33 mil empresas;

Representa 2,7% do total do emprego em Portugal e um total de 138mil postos de trabalho directos;

Atinge um volume de negócios de 24 mil milhões de euros( 15% do PIB);

A produção de veículos automóveis e seus componentes constitui um dos principais sectores exportadores em Portugal, representando em 2008, 14,4% do total de produtos exportados. A taxa de cobertura das importações pelas exportações de veículos automóveis completos, em valor, atingiu em 2008, os 92,7%;

As receitas fiscais geradas pela venda e circulação automóvel em Portugal ascendem a 6,5 mil milhões de euros, ou seja, a cerca de 4% do PIB e a 20% do total das receitas fiscais.


http://www.acap.pt/index.php?template_id=477&MIT=36493
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por MarcoAntonio » 25/2/2010 19:22

sky_above_you Escreveu:Em relação à primeira parte... discordo que incentivar o consumo de bens importados seja um tão grande estimulo à economia...a verdade é que por cada bem importado uma pequena parte fica no país (impostos+margem do revendedor) e a maior parte desaparece do país imediatamente não estimulando portanto a economia nacional e pelo contrario aumentando o endividamento externo...


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por rollingsnowball » 25/2/2010 19:13

Em relação à primeira parte... discordo que incentivar o consumo de bens importados seja um tão grande estimulo à economia...a verdade é que por cada bem importado uma pequena parte fica no país (impostos+margem do revendedor) e a maior parte desaparece do país imediatamente não estimulando portanto a economia nacional e pelo contrario aumentando o endividamento externo...

discordo também que o consumo seja o mesmo independentemente do preço: um mais alto preço em impostos tem 2 efeitos: reduz o consumo de um bem importado e superfluo e ao mesmo tempo aumenta a percentagem que fica no país... o máximo que se pode argumentar é que dinheiro que vai para o estado é dinheiro mal aplicado mas a verdade é que estamos todos a ver o que o défice do estado está a fazer À nossa economia

concordo que o consumo de combustivel aumente com a diminuição da renovação mas considero que este aumento nunca pagaria o dinheiro que sairia automaticamente do país... se complementarmos que o aumento de impostos seria preferencial para automoveis de alto consumo então conclui-se que talvez se acabasse a poluir menos por termos uma maior proporção de veiculos pouco poluentes

Lion_Heart Escreveu:
Isso dos 110kmh também é comico pois não creio ser nas autoestradas que se verificam mais acidentes.
Alias o limite deveria ser 140kmh um valor muito mais acertado com as condiçoes e qualidades dos veiculos existentes hoje em dia.

a ideia não era reduzir os acidentes mas sim o consumo de combustiveis... se é ou não nas auto estradas que se verificam mais acidentes só posso dizer que em cada 5 vezes (estou a dizer a olho mas percebe-se à frente o que quero dizer) que entro numa auto-estrada/SCUT encontro um acidente aparatoso/grave, habitualmente nas zonas mais velozes... acidentes aparatosos noutras estradas é raro encontrar..aliás..não me consigo lembrar de nenhum que tenha encontrado...
 
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por Elias » 25/2/2010 19:06

Lion_Heart Escreveu:
Elias Escreveu:
Lion_Heart Escreveu:Alias o limite deveria ser 140kmh um valor muito mais acertado com as condiçoes e qualidades dos veiculos existentes hoje em dia.


Lion, na hipótese de ser aplicado esse limite, qual a tolerância que defenderias?


Tolerancia max de 5kmh e nao mais!


Ou seja defendes que se possa circular a 145 km/h sem ser multado é isso?

actualmente tens um limite de 120 km/h com uma tolerância de 30 km/h na prática tens um limite de 150 km/h.
 
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por Lion_Heart » 25/2/2010 19:05

Elias Escreveu:
Lion_Heart Escreveu:Alias o limite deveria ser 140kmh um valor muito mais acertado com as condiçoes e qualidades dos veiculos existentes hoje em dia.


Lion, na hipótese de ser aplicado esse limite, qual a tolerância que defenderias?


Tolerancia max de 5kmh e nao mais!
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por new-killer-star » 25/2/2010 19:04

Bem eu falo da educação.
Acabar com as provas de recuperação, os alunos dificeis devem chumbar por faltas e ser retirados da turma e frequentarem aulas de apoio individualizado e frequentar instituições e empresas onde possam estar ocupados e por fim fazerem uma prova global onde podem passar ou não.


Acabar com as aulas de 90 minutos passar a 75 minutos menos nas aulas práticas.

hoje fico por aqui.
 
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por MarcoAntonio » 25/2/2010 19:01

Antes de mais, bem-vindo!

A segunda medida teria também uma série de desvantagens: mais dificuldades num sector que já vive problemas (mais stands a fechar portas, mais pessoas no desemprego); o envelhecimento e empobrecimento do parque automóvel com consequências indirectas na taxa e gravidade de acidentes, com consequências directas no aumento dos custos de manutenção (que por sua vez teria consequências indirectas na productividade).

Os veículos que referes nem sempre são realmente grandes gastadores (especialmente os diesel).

Sería bem mais eficaz se o imposto fosse feito de raíz a penalizar os consumos. Ora, um imposto a penalizar a cilindrada na compra de veículos novos não o faz de forma eficaz: a relação entre cilindrada e consumo não é linear e além disso, se um veículo seja qual for a sua cilindrada e consumo ao ser adquirido vai substituir outro que consome mais (seja qual for a sua cilindrada) então está a contribuir para a redução do consumo.

Nos Estados Unidos, por exemplo, foi promovida no ano passado durante um par de meses a renovação do parque automóvel (incentivada a compra via redução de imposto - precisamente o oposto do que estás a sugerir) e as estatísticas comparativas entre os veículos renovados e os seus substitutos sugerem que se verificará uma redução dos consumos com essa medida (eu na altura analisei aqui esses dados com algum detalhe). Sendo que a redução do consumo não é a única vantagem como também na altura sublinhei e como já atrás aflorei.
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FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por Elias » 25/2/2010 19:01

Lion_Heart Escreveu:Alias o limite deveria ser 140kmh um valor muito mais acertado com as condiçoes e qualidades dos veiculos existentes hoje em dia.


Lion, na hipótese de ser aplicado esse limite, qual a tolerância que defenderias?
 
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