Na bolsa, como na vida, tolos (patos) são os outros - II
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CapitaoTrovao,
obrigada!
Que honra!!!
fico muito feliz!
Beijinhos,
Susana
Que honra!!!














Beijinhos,
Susana
IRC
Olá Capitão!
Lembra-me bem do IRC do canal #bolsa e de trocar algumas prosas contigo...
Não ia lá muito, usava o nick pausan mas lembra-me bem de ti e de todos os que falas! entretanto tive um probelma no meu PC e acabei por nunca mais instalar o programa, nem sei se ainda existe esse canal ou se é frequentado??!!
É interessante a tua reflexão até porque muitos de nós nos revemos nela...
Estou ansioso por ler o próximo capítulo
1 abraço
Lembra-me bem do IRC do canal #bolsa e de trocar algumas prosas contigo...
Não ia lá muito, usava o nick pausan mas lembra-me bem de ti e de todos os que falas! entretanto tive um probelma no meu PC e acabei por nunca mais instalar o programa, nem sei se ainda existe esse canal ou se é frequentado??!!
É interessante a tua reflexão até porque muitos de nós nos revemos nela...
Estou ansioso por ler o próximo capítulo
1 abraço
Que venha o resto da história, estou curioso para ver como acaba.
De uma forma ou de outra penso que quase todos acabam por entrar no mundo da bolsa por um amigo que lhe meteu o "bichinho", no inicio uns iludem-se mais do que os outros, no entanto, com o passar dos anos quase todos acabam por cair na realidade e o "bichinho" fica mais pequenino e mais certinho.
Cumprimentos
De uma forma ou de outra penso que quase todos acabam por entrar no mundo da bolsa por um amigo que lhe meteu o "bichinho", no inicio uns iludem-se mais do que os outros, no entanto, com o passar dos anos quase todos acabam por cair na realidade e o "bichinho" fica mais pequenino e mais certinho.
Cumprimentos
"Os simples conselhos, recomendações ou informações não responsabilizam quem os dá, ainda que haja negligência da sua parte" (Art. 485º do Código Civil)
Na bolsa, como na vida, tolos (patos) são os outros - II
NA BOLSA, COMO NA VIDA, TOLOS (PATOS) SÃO OS OUTROS - II Parte
À memória do meu velho amigo Cipriano Martins, que esteve presente na minha aproximação decisiva aos mercados de capitais.
Dedico ainda estes apontamentos a todos os companheiros de especulação.
Um agradecimento especial à minha amiga e conterrânea Su, que com o seu comentário me incentiva a esta publicação.
Por último (the last, but not the least) a quantos com o seu "feed-back" me estimulam a continuar.
Como me tornei um “tolo” (ou “pato”) de sucesso
Não resisto a abrir este capítulo com uma referência, à maneira de simples homenagem, à relação de amizade que tinha com o Cipriano. Afinal ele constitui a mais remota razão da minha ligação aos mercados.
Um mero acaso (o destino tem dessas coisas) o coloca no meu caminho. Ele procurou-me a propósito dum livro, que eu havia escrito e publicado, dedicado a sistemas de apostas (apostas mútuas – totobola).
O Cipriano era uma pessoa fascinada pelos meandros do jogo. Um pouco como todos nós, penso eu (e por mim respondo). Atraiçoa-me agora a memória relativamente ao modo como o “manual do totalista único” chegou às mãos do Cipriano. O facto é que foi a propósito disso que nos conhecemos.
Não deixamos mais de ser amigos. Ele era o típico exemplar do gordo bem-disposto. Não recordo uma única vez que nos abordássemos sem uma boa gargalhada resultante duma anedota que o seu excelente humor valorizava.
Cúmplices de longa data, como tal nos mantivemos ao longo dos anos.
A última vez que o vi, ele vestia um ar tão profundamente triste quão apreensivo. Deixou-me preocupado a ausência do humor que lhe era característico.
Registei, e ainda hoje guardo, esse momento em que se me dirigiu: “Meu amigo... Estou muito esquecido. Vejo as pessoas, consigo identificá-las como alguém que conheço, mas de forma alguma consigo lembrar-me do nome nem tão pouco donde e como as conheço...”
Os desenvolvimentos após esse encontro precipitam-se num cenário profundamente triste e que propositadamente omitirei.
Que fique, ao meu Amigo, por singela que seja, esta minha homenagem!
Como, por certo, se recordam do capítulo anterior, o resultado positivo obtido na minha primeira abordagem aos mercados de risco (constituído por uns magros patacos) deixou-me enfunado.
Bem cá dentro de mim, ainda que de forma embrionária, ficava registada a minha indiscutível condição de “trader” de sucesso (“tolo” ou “pato”, reconheço hoje).
Os contactos com o Cipriano, um jogador apaixonado que exercia esse deleite nos mercados, aliados à imagem do meu passado de “sucesso” iam fazendo crescer dentro de mim uma forte vontade de regressar.
E isso vem, de facto, a acontecer em Outubro de 1999, no início da mais recente “bolha especulativa”. Olhando hoje o gráfico dessa época, rapidamente concluo que poderia ter feito uma entrada de mestre. Tenho, todavia, muitas reservas quanto ao que me aconteceria com o forte “tombo” que se lhe seguiu.
Hoje acho que o mercado me quis dar essa grande lição!
Iniciei nessa altura, e por conta própria, um estágio de reingresso, negociando sobretudo com “blue chips”.
Os mercados começam a aquecer. Sucedem-se privatizações. Novas empresas são admitidas a cotação. Os bancos facilitam o recurso ao crédito para essas operações.
Cada vez mais convencido me sentia pelo respeito com que me tratavam os bancos. Era um investidor muito activo.
Envergonho-me hoje do descarado à-vontade com que me pronunciava sobre os mercados e as suas tendências, debitando teorias que só um “tolo” sabe enunciar.
A bolsa desce à praça pública. Toda a comunicação social sobre ela fala. É o que eu chamo de um autêntico toque a rebate: a hora de recrutar os “patos” para a chacina.
Surge, entre outras, a subscrição da “santa” PTM (PT Multimédia). Respondi à chamada, como é obvio. E uma vez mais, fiel meus princípios segundo os quais me regia no mercado, vendi PTM no dia que foi submetida a cotação. Porque “tudo o que sobe, também desce” e, afinal, “mais vale um pássaro na mão...”.
Ganhei um dinheiro do outro mundo (imaginem... com a ninharia de acções que foram atribuídas...)!
Esses pequenos sucessos só fazem mal aos “tolos”. Refinam-lhes as teorias com base nas quais negoceiam, porque as justificam. É seu apanágio sobrevalorizar parcos ganhos, subestimando grandes prejuízos.
Obviamente não fiz excepção.
Como “pato” que se preza, estava cheio de tantas certezas concernentes aos negocios em bolsa quantas as minhas dúvidas de hoje.
Na escola tarimbeira da sinuosidade dos mercados, tinha a certeza que “tudo o que sobe desce”, tal como acreditava que o inverso era verdadeiro.
Ia justificando alguns prejuízos com a máxima do “não se pode ganhar sempre”. Da mesma forma minimizava lucros com a não menos sacramental “mais vale um pássaro na mão...”.
Devo deixar aqui claro que as referências menos abonatórias à minha postura no mercado não pretendem ser um exercício de autoflagelação de conotação masoquista.
É, de resto, com muita diversão que revejo essas páginas do passado tirando as devidas lições para o presente e futuro.
Depressa a euforia se apodera dos mercados.
Na ânsia de encontrar argumentos para potenciar o meu florescente negócio, descubro no IRC o canal #bolsa.
Ainda hoje retenho na memória os nicks do panoramix (Ulisses), hangseng, carpe, LionHeart, GoldiLocks, TheDuke, James27, Titsa, maquinista, nunofaustino, Dalila, DayTrader, Psi, entre muitos outros. Que me desculpem eventuais erros de grafia e as omissões, para não me tornar exaustivo (e sempre faz melhor ao ego justificar assim do que com falhas de memória).
Por realizar ficou o encontro do #bolsa, inicialmente aprazado para Outubro de 2000, a ter lugar algures nestas ilhas atlânticas (com muitas probabilidades de se realizar nesta ilha de S. Miguel) e que o fim da “bolha especulativa” 1999/2000 frustrou.
Do canal #bolsa vieram, para além das amizades, as primeiras ideias de que o estudo dos mercados não era tão de lana caprina como imaginava.
Fiquei a saber da existência da análise na sua vertente técnica (AT), já que a conhecia apenas na vertente fundamental.
Todavia antes de lhe reconhecer a devida importância (refiro-me, naturalmente, à AT), as minhas decisões nos mercados começam a ser tomadas com base na tão vulgar quão corrente “análise dical”. Esta fundamenta-se na interessante teoria de que se vão escutando as “bocas” do mundo. Estabelece-se um painel de opinião e, baseados num critério que nós próprios estabelecemos acerca da maior ou menos eminência das suas dicas, opera-se segundo um critério de média. E... aí vai disto: compra N acções XPTO.
Até aqui tudo batia muito certinho. Cada vez mais e melhor “dominava” o conhecimento dos mercados – pensava eu.
Próximo capítulo: Rota de colisão
À memória do meu velho amigo Cipriano Martins, que esteve presente na minha aproximação decisiva aos mercados de capitais.
Dedico ainda estes apontamentos a todos os companheiros de especulação.
Um agradecimento especial à minha amiga e conterrânea Su, que com o seu comentário me incentiva a esta publicação.
Por último (the last, but not the least) a quantos com o seu "feed-back" me estimulam a continuar.
Como me tornei um “tolo” (ou “pato”) de sucesso
Não resisto a abrir este capítulo com uma referência, à maneira de simples homenagem, à relação de amizade que tinha com o Cipriano. Afinal ele constitui a mais remota razão da minha ligação aos mercados.
Um mero acaso (o destino tem dessas coisas) o coloca no meu caminho. Ele procurou-me a propósito dum livro, que eu havia escrito e publicado, dedicado a sistemas de apostas (apostas mútuas – totobola).
O Cipriano era uma pessoa fascinada pelos meandros do jogo. Um pouco como todos nós, penso eu (e por mim respondo). Atraiçoa-me agora a memória relativamente ao modo como o “manual do totalista único” chegou às mãos do Cipriano. O facto é que foi a propósito disso que nos conhecemos.
Não deixamos mais de ser amigos. Ele era o típico exemplar do gordo bem-disposto. Não recordo uma única vez que nos abordássemos sem uma boa gargalhada resultante duma anedota que o seu excelente humor valorizava.
Cúmplices de longa data, como tal nos mantivemos ao longo dos anos.
A última vez que o vi, ele vestia um ar tão profundamente triste quão apreensivo. Deixou-me preocupado a ausência do humor que lhe era característico.
Registei, e ainda hoje guardo, esse momento em que se me dirigiu: “Meu amigo... Estou muito esquecido. Vejo as pessoas, consigo identificá-las como alguém que conheço, mas de forma alguma consigo lembrar-me do nome nem tão pouco donde e como as conheço...”
Os desenvolvimentos após esse encontro precipitam-se num cenário profundamente triste e que propositadamente omitirei.
Que fique, ao meu Amigo, por singela que seja, esta minha homenagem!
Como, por certo, se recordam do capítulo anterior, o resultado positivo obtido na minha primeira abordagem aos mercados de risco (constituído por uns magros patacos) deixou-me enfunado.
Bem cá dentro de mim, ainda que de forma embrionária, ficava registada a minha indiscutível condição de “trader” de sucesso (“tolo” ou “pato”, reconheço hoje).
Os contactos com o Cipriano, um jogador apaixonado que exercia esse deleite nos mercados, aliados à imagem do meu passado de “sucesso” iam fazendo crescer dentro de mim uma forte vontade de regressar.
E isso vem, de facto, a acontecer em Outubro de 1999, no início da mais recente “bolha especulativa”. Olhando hoje o gráfico dessa época, rapidamente concluo que poderia ter feito uma entrada de mestre. Tenho, todavia, muitas reservas quanto ao que me aconteceria com o forte “tombo” que se lhe seguiu.
Hoje acho que o mercado me quis dar essa grande lição!
Iniciei nessa altura, e por conta própria, um estágio de reingresso, negociando sobretudo com “blue chips”.
Os mercados começam a aquecer. Sucedem-se privatizações. Novas empresas são admitidas a cotação. Os bancos facilitam o recurso ao crédito para essas operações.
Cada vez mais convencido me sentia pelo respeito com que me tratavam os bancos. Era um investidor muito activo.
Envergonho-me hoje do descarado à-vontade com que me pronunciava sobre os mercados e as suas tendências, debitando teorias que só um “tolo” sabe enunciar.
A bolsa desce à praça pública. Toda a comunicação social sobre ela fala. É o que eu chamo de um autêntico toque a rebate: a hora de recrutar os “patos” para a chacina.
Surge, entre outras, a subscrição da “santa” PTM (PT Multimédia). Respondi à chamada, como é obvio. E uma vez mais, fiel meus princípios segundo os quais me regia no mercado, vendi PTM no dia que foi submetida a cotação. Porque “tudo o que sobe, também desce” e, afinal, “mais vale um pássaro na mão...”.
Ganhei um dinheiro do outro mundo (imaginem... com a ninharia de acções que foram atribuídas...)!
Esses pequenos sucessos só fazem mal aos “tolos”. Refinam-lhes as teorias com base nas quais negoceiam, porque as justificam. É seu apanágio sobrevalorizar parcos ganhos, subestimando grandes prejuízos.
Obviamente não fiz excepção.
Como “pato” que se preza, estava cheio de tantas certezas concernentes aos negocios em bolsa quantas as minhas dúvidas de hoje.
Na escola tarimbeira da sinuosidade dos mercados, tinha a certeza que “tudo o que sobe desce”, tal como acreditava que o inverso era verdadeiro.
Ia justificando alguns prejuízos com a máxima do “não se pode ganhar sempre”. Da mesma forma minimizava lucros com a não menos sacramental “mais vale um pássaro na mão...”.
Devo deixar aqui claro que as referências menos abonatórias à minha postura no mercado não pretendem ser um exercício de autoflagelação de conotação masoquista.
É, de resto, com muita diversão que revejo essas páginas do passado tirando as devidas lições para o presente e futuro.
Depressa a euforia se apodera dos mercados.
Na ânsia de encontrar argumentos para potenciar o meu florescente negócio, descubro no IRC o canal #bolsa.
Ainda hoje retenho na memória os nicks do panoramix (Ulisses), hangseng, carpe, LionHeart, GoldiLocks, TheDuke, James27, Titsa, maquinista, nunofaustino, Dalila, DayTrader, Psi, entre muitos outros. Que me desculpem eventuais erros de grafia e as omissões, para não me tornar exaustivo (e sempre faz melhor ao ego justificar assim do que com falhas de memória).
Por realizar ficou o encontro do #bolsa, inicialmente aprazado para Outubro de 2000, a ter lugar algures nestas ilhas atlânticas (com muitas probabilidades de se realizar nesta ilha de S. Miguel) e que o fim da “bolha especulativa” 1999/2000 frustrou.
Do canal #bolsa vieram, para além das amizades, as primeiras ideias de que o estudo dos mercados não era tão de lana caprina como imaginava.
Fiquei a saber da existência da análise na sua vertente técnica (AT), já que a conhecia apenas na vertente fundamental.
Todavia antes de lhe reconhecer a devida importância (refiro-me, naturalmente, à AT), as minhas decisões nos mercados começam a ser tomadas com base na tão vulgar quão corrente “análise dical”. Esta fundamenta-se na interessante teoria de que se vão escutando as “bocas” do mundo. Estabelece-se um painel de opinião e, baseados num critério que nós próprios estabelecemos acerca da maior ou menos eminência das suas dicas, opera-se segundo um critério de média. E... aí vai disto: compra N acções XPTO.
Até aqui tudo batia muito certinho. Cada vez mais e melhor “dominava” o conhecimento dos mercados – pensava eu.
Próximo capítulo: Rota de colisão
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