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Caldeirão da Bolsa

GALP/combustiveis - Desmontando o mito (analise semanal)

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: Gasolina vs Gasóleo

por Elias » 16/7/2009 7:39

pedrosilvagodinho Escreveu:E já agora, será possível o preço do gasóleo ultrapassar o da gasolina, como aconteceu o ano passado em Espanha?

Obrigado!


Em Portugal é praticamente impossível isso acontecer, uma vez que o ISP do gasóleo é muito inferior (cerca de 25 cêntimos?) ao da gasolina.

Em Espanha o valor do ISP é muito próximo para ambos os produtos.
 
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Gasolina vs Gasóleo

por PedroSilvaGodinho » 16/7/2009 0:47

Desculpem meter-me na conversa mas tenho uma dúvida:
a fórmula para cálculo do preço final da gasolina e gasóleo é a mesma?
E já agora, será possível o preço do gasóleo ultrapassar o da gasolina, como aconteceu o ano passado em Espanha?

Obrigado!
 
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por GRFinance » 13/7/2009 14:26

Com as devidas desculpas, não li as 72 páginas deste tópico por isso mesmo. Por ser demasiado extenso, o que acaba por dificultar a procura de informação. Aliás, desconhecia que o MarcoAntonio ao longo dessas páginas e a partir de determinada altura, antecipava as alterações no preço final dos combustiveis para os dias seguintes, com base no estudo que ele fez. E isso acho muito válido e uma contribuição enorme no fórum.

MarcoAntonio, os calculos que fiz são mesmo básicos do ponto de vista matematico. As taxas de variação só se calculam de uma maneira. Foi isso que me limitei a fazer. Quanto às devidas conclusões, já é outra conversa e agradeço a explicação que deste, assim como a do Elias. Tenho de concordar que foi um lapso da minha parte não ter entendido isso.

Quanto ao estudo propriamente dito, terei todo o gosto em debruçar-me sobre ele com olhos de ver mas quando tiver de férias. Já o facto de estar aqui a comentar, tira-me algum do tempo que preciso dedicar profissionalmente razão pela qual também nunca me registei mais cedo no forum.

Só para terminar: eu percebo que não faz sentido estar a discutir coisas que já foram debatidas e esclarecidas vezes sem conta. Mas então, quando algum user novo passar por aqui e tiver alguma duvida ou iniciar um discurso que já foi esclarecido tantas vezes, julgo ser melhor dizer que esse assunto está na página X deste tópico ao invés de se limitar simplesmente a responder que o assunto em causa já foi falado, pois como disse atrás num post de 72 páginas, é complicado e demora imenso tempo procurar a resposta às nossas dúvidas/reservas. Para isso, quem aqui participa e conhece os cantos da casa, pode dar uma ajuda/dica fundamental que evita discussoes repetidas.
 
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por tonirai » 13/7/2009 14:13

GRFinance Escreveu:Como é que basta que se mantenham inalterados, se ainda há uma margem de 28% face à descida do brent de 54%? Mesmo tendo em conta que o encarecimento do cambio eur/usd tenha sido de 12,5% durante o periodo em causa, restam 15,5%. Se o preço final não desceu na mesma ordem que o brent, porque há outros factores a concorrerem para o PVP, não significa então que estes factores encareceram?

Vê o exemplo do Elias acima, e deixo-te mais um que já utilizei antes:

Mais uma vez, imagina que o Brent passa amanhã a ser de borla;
- Significa que o Brent baixou 100%;

No entanto, o preço mínimo que pagarias na bomba seria nessa altura de 0.432€ (deixando de fora os custo de refinagem, armazenamento, transporte, distribuição, senão seria maior);
- Ora passar de 1.04€ (hoje) para 0.432€ (amanhã)... é uma queda de 58%.

No entanto, esses outros factores (só impostos, neste caso) não encareceram... mantiveram-se iguais entre hoje e amanhã (variação de 0%).

É preciso cuidado a analisar os números... variações percentuais são diferentes de variações absolutas.
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por dvck » 13/7/2009 14:02

Elias Escreveu:
GRFinance Escreveu:Como é que basta que se mantenham inalterados, se ainda há uma margem de 28% face à descida do brent de 54%? Mesmo tendo em conta que o encarecimento do cambio eur/usd tenha sido de 12,5% durante o periodo em causa, restam 15,5%. Se o preço final não desceu na mesma ordem que o brent, porque há outros factores a concorrerem para o PVP, não significa então que estes factores encareceram?


Não, não significa. O Marco Antonio já respondeu parcialmente, mas deixo aqui um exemplo muito simples:

Imagina que o preço final do gasóleo se calcula da seguinte forma: PVP = Impostos + Preço Brent e que a dada altura os impostos pesam 50% no preço. Imagina que o gasóleo está a 1,20 - os impostos contribuem com 60 cêntimos e o brent contribui com 60 cêntimos para o preço final (aqui vamos admitir que a segunda parcela é exactamente proporcional ao preço do barril, embora sabendo que na prática há outras parcelas FIXAS que impedem que isso aconteça e nem sequer estou a entrar em conta com o câmbio).

Passam uns meses e o barril de brent cai 50%. A componente do brent no preço final (que admitimos ser proporcional) caiu de 60 centimos para 30 centimos. Quanto à componente dos impostos é feita de ISP (que se mantém estável) e de IVA (que cai em 20% da queda de 30 cêntimos da segunda parcela, ou seja, cai 6 cêntimos).

Os impostos são agora de 54 cêntimos e a parcela do brent é de 30 cêntimos. O preço final é de 84 cêntimos.

Contas feitas, o preço do barril caiu 50%, mas o preço final caiu apenas 30% (36 cêntimos), ou seja bastante menos que o preço do brent e contudo AMBAS AS PARCELAS QUE COMPÕEM O PREÇO FINAL (BRENT + IMPOSTOS) CAÍRAM.

Este exemplo serve para demonstrar aquilo que o Marco António já referiu: com base apenas em percentagens, não podes retirar conclusões matematicamente válidas.


O Elias tem razão. Se fizermos as contas por alto, uma subida de 100% no Brent vai implicar uma subida dos combustíveis muito inferior a 100% (na ordem dos 30-40%). O inverso também se aplica.
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por Elias » 13/7/2009 13:38

GRFinance Escreveu:Como é que basta que se mantenham inalterados, se ainda há uma margem de 28% face à descida do brent de 54%? Mesmo tendo em conta que o encarecimento do cambio eur/usd tenha sido de 12,5% durante o periodo em causa, restam 15,5%. Se o preço final não desceu na mesma ordem que o brent, porque há outros factores a concorrerem para o PVP, não significa então que estes factores encareceram?


Não, não significa. O Marco Antonio já respondeu parcialmente, mas deixo aqui um exemplo muito simples:

Imagina que o preço final do gasóleo se calcula da seguinte forma: PVP = Impostos + Preço Brent e que a dada altura os impostos pesam 50% no preço. Imagina que o gasóleo está a 1,20 - os impostos contribuem com 60 cêntimos e o brent contribui com 60 cêntimos para o preço final (aqui vamos admitir que a segunda parcela é exactamente proporcional ao preço do barril, embora sabendo que na prática há outras parcelas FIXAS que impedem que isso aconteça e nem sequer estou a entrar em conta com o câmbio).

Passam uns meses e o barril de brent cai 50%. A componente do brent no preço final (que admitimos ser proporcional) caiu de 60 centimos para 30 centimos. Quanto à componente dos impostos é feita de ISP (que se mantém estável) e de IVA (que cai em 20% da queda de 30 cêntimos da segunda parcela, ou seja, cai 6 cêntimos).

Os impostos são agora de 54 cêntimos e a parcela do brent é de 30 cêntimos. O preço final é de 84 cêntimos.

Contas feitas, o preço do barril caiu 50%, mas o preço final caiu apenas 30% (36 cêntimos), ou seja bastante menos que o preço do brent e contudo AMBAS AS PARCELAS QUE COMPÕEM O PREÇO FINAL (BRENT + IMPOSTOS) CAÍRAM.

Este exemplo serve para demonstrar aquilo que o Marco António já referiu: com base apenas em percentagens, não podes retirar conclusões matematicamente válidas.
 
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por pedrom » 13/7/2009 13:27

Já agora penso que quarta feira haverá descida na ordem dos 2 centimos, quem quiser aproveitar não é muito mas dá quase 1 litro a mais!!!
De que vale a pena correr quando estamos na estrada errada?
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por MarcoAntonio » 13/7/2009 13:18

GRFinance Escreveu:MarcoAntonio, os calculos não os apresentei porque são basicos e claros, são taxas de variação baseadas nos valores que estão uns posts mais atrás, fornecidos pelo Elias e pelo Semitela.


Não, não são assim tão básicos ou claros. Se fossem, terias colocado os valores e mostrado claramente como tinham variado (e não uma conclusão matemática vaga e que até pode estar totalmente errada).

O teu exercício baseado em percentagens é incompleto e matematicamente não permite retirar uma conclusão como a que retiras (o que te posso mostrar facilmente, caso aches mesmo necessário, recorrendo a exemplos númericos). Esta é claro, uma questão de domínio da matemática envolvida...


GRFinance Escreveu:Não leves a mal, mas tenho as minhas reservas face à análise e conclusões.


Não levo nada a mal. Antes pelo contrário convido-te a fazeres a tua análise para depois comparares com a minha.

Claro está que primeiro terás de largar raciocínios e análises erradas como já duas pessoas tiveram o cuidado de te apontar (eu e o elias). Começa antes a pegar nos verdadeiros valores dos impostos, dos refinados, dos cambios e estima então como variaram realmente e em valor absoluto os tais factores que sobram de forma adequada (margem bruta que terá de cobrir os custos de transporte, armazenagem, etc e de onde ainda sobrará o lucro líquido).



Não só percebo que tenhas dúvidas como te convido e insisto que o faças pela tua mão. Mas com exercícios matematicamente correctos e com significado.

Percentagens são valores meramente relativos. Na ausência de valores absolutos e da descriminação de uma formula concreta, não significam nada. Podem até significar exactamente o oposto "do que parece"...

Curiosamente é a segunda vez que escrevo em tempo de férias acerca de percentagens.


GRFinance Escreveu: É um facto que não investigo sobre o tema, visto não me interessar como tu te interessas e por isso apresentaste a análise.


Sim, ficou logo evidente pela tua sequência de posts pelo que não tive problemas em aponta-lo e até tinha a "esperança" que não ficasses ofendido com a minha observação. Na verdade, a questão é que estás a levantar questões que já foram respondidas inúmeras vezes no tópico portanto estou-te a espicaçar para leres mais sobre o tema e investigares para não estares a repetir dúvidas mil vezes esclarecidas ou colocar hipoteses que todos os que estão informados sobre o tema (independentemente do que acham no final) estão fartos de saber, como por exemplo o facto do atraso também ter existido na subida. Não é propriamente coisa para se estar a discutir nesta altura do campeonato, se é que me faço entender (é antes questão de ler e investigar um pouco mais sobre o assunto). Senão a discussão está absurda e permanentemente a voltar à estaca zero....


GRFinance Escreveu:Até lá abstenho-me de fazer qualquer comentario sobre o assunto, dado que já percebi ter ferido susceptibilidades.


GFR, não se trata de susceptibilidades (apesar deste ser um daqueles temas que exalta facilmente as pessoas, tudo o que toca no bolso tende a ter essa particularidade). Trata-se de como expliquei atrás da utilidade e sentido do tópico. Simplesmente não faz sentido ficar a discutir coisas que já foram discutidas e esclarecidas n vezes e cuja informação até se encontra facilmente, desde que se procure.

E concordes ou não com o que eu digo neste tópico (é possível que nesta altura ainda nem saibas bem o que é que realmente eu tenho estado a dizer) uma coisa hás-de verificar: aqui fazem-se análises cuidadas, com detalhes, indicando as fontes, etc. Isto permite que qualquer pessoa que aqui chegue possa fazer a sua própria análise, ir procurar a informação por si, verificar os dados, etc. Repara por exemplo no fim do primeiro post com extensa informação sobre as fontes. E ao longo do tópico há muitos quotes de notícias e comentários nos média, links para o extenso relatório da AdC, etc, etc.

GRFinance Escreveu:Mas tb percebo que o tempo dedicado a esta análise foi certamente bastante e ver aqui comentarios ou opinioes não fundamentadas, acaba por ser frustrante.


Ora aí está. Sem dúvida que este teu comentário revela uma grande sensatez da tua parte e que entendes o que é que realmente está em causa...


GRFinance Escreveu:Certamente que as 72 páginas que leva este topico não é porque todos os users investigaram a fundo a questão e o debate se alonga.


Por isso e porque a análise não foi uma análise pontual mas contínua. A partir de certa altura passei inclusivamente a antecipar os preços para a semana seguinte, no que vários daqueles que acompanhavam o tópico encontraram bastante utilidade e - se percorreres para trás o tópico verificarás - onde as minhas previsões se mostraram genericamente bastante correctas.

Isso permitiu que os utilizadores "gerissem" melhor o depósito em função do que era esperado ocorrer aos preços nos dias mais próximos, pois claro...

Portanto, o tópico prolongou-se por várias razões e eu espero continuar a acompanhar o tema embora nem sempre com a mesma atenção pois tb não creio que ele mereça sempre o mesmo grau de atenção.
Editado pela última vez por MarcoAntonio em 13/7/2009 13:34, num total de 2 vezes.
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por GRFinance » 13/7/2009 12:53

MarcoAntonio, os calculos não os apresentei porque são basicos e claros, são taxas de variação baseadas nos valores que estão uns posts mais atrás, fornecidos pelo Elias e pelo Semitela.

Não leves a mal, mas tenho as minhas reservas face à análise e conclusões. É um facto que não investigo sobre o tema, visto não me interessar como tu te interessas e por isso apresentaste a análise. Mas hei-de ler com atenção redobrada, concerteza.

Até lá abstenho-me de fazer qualquer comentario sobre o assunto, dado que já percebi ter ferido susceptibilidades. No entanto, quero deixar claro que a capacidade de encaixe perante reservas, duvidas, desconhecimento do assunto porque não se investigou é importante para debater qualquer assunto sem quezílias. Mas tb percebo que o tempo dedicado a esta análise foi certamente bastante e ver aqui comentarios ou opinioes não fundamentadas, acaba por ser frustrante. Mas num fórum, é assim que as coisas funcionam, quem apresenta análises está sempre sujeito a este tipo de situações. Certamente que as 72 páginas que leva este topico não é porque todos os users investigaram a fundo a questão e o debate se alonga.
 
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por @RIC@ » 13/7/2009 12:24

Marco,

Só uma observação a fazer:

EXPECTACULAR!! :clap:


Parabéns.

Abraço,

Ricardo
 
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por MarcoAntonio » 13/7/2009 12:20

GRFinance Escreveu:MarcoAntonio, ao contrário da declaraçao feita pela Galp quanto ao atraso na actualização do preço final face às cotaçoes do brent aquando da descida que implicou, segundo a Galp, um aumento do lucro, não vi nem me lembro de ter visto a mesma comunicação da empresa quanto ao facto de terem atrasado as actualizações do preço final aquando das subidas que implicasse um não aumento do lucro, por exemplo. Foi nesse sentido que disse e acho que faria mais sentido, na optica da Galp, devido à imagem tão desgastada na opiniao publica por causa dos aumentos constantes e da desinformação acerca do assunto, ter dito isso. Mas atenção. Uma coisa é comunicar isso outra coisa é tu chegares a essa conclusão pela análise que fizeste. Sao coisas diferentes.


GFR, fico com a impressão que não lês (e também que não investigas sobre o tema): essa informação (sobejamente conhecida) está em notícias, está em declarações da GALP, está nos relatórios da Autoridade da Concorrência, está em análises aos resultados da GALP... e também fica logo evidente em qualquer análise à evolução dos preços, confirmando o que toda a gente diz sobre a questão.

Já agora, sobre a tua questão sobre percentagens dirigida ao Elias e já que estou com a mão na massa: não, não significa.

Por acaso subiram, mas não pelo que disseste que está matematicamente incorrecto. Por mera referência a percentagens e sem se apresentar valores absolutos nenhuns e sem apresentar formulas e respectivos calculos não se pode concluir coisa nenhuma, logo a tua conclusão está incorrecta, matematicamente falado. Podiam muito bem ter mantido ou até baixado e em percentagem os resultados serem aqueles (depende da formula e dos valores absolutos, percentagens só por si permitem-te concluir... zero!).

Mas também essa análise foi aqui efectuada, com detalhe e recurso a dados credíveis e publicamente disponíveis. Basta recuares algumas páginas e tens essa análise com estimativas recentes e que percorrem mais de dois anos de preços. A maior parte da subida explica-se pela inflacção, contudo.


Deixo o mais recente, actualizado a 22 de Abril último:

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Editado pela última vez por MarcoAntonio em 13/7/2009 12:27, num total de 1 vez.
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por mais_um » 13/7/2009 12:12

GRFinance Escreveu:Mais_um, porque decidiste ir morar a 100km de Lisboa? Gostava de saber a razão por que muitas pessoas preferem ir para os arredores mais ou menos longínquos do local de trabalho.


Boas!

Primeiro porque precisava de trocar de casa devido à família estar a aumentar, a escolha do local teve a ver com facto da minha mulher trabalhar a 70 km de Lisboa, eu considerar que o preço das casas em Lisboa é exagerado (com o dinheiro que gastei a fazer a casa, comprava um T3 em 2ª mão em Benfica), gostar de viver ao pé do mar, ter melhor qualidade de vida, ter familiares perto, desde de pequeno sempre fui habituado a passar os fins de semana fora do rebuliço de Lisboa, assim também é um 2 em 1 já que ao fim de semana é como se fosse uma casa de campo.

Mas penso que os meus motivos não são os “habituais”, pelo aquilo que conheço a maior parte das vezes prende-se com motivos económicos, se eu quisesse ter uma situação idêntica, o local mais próximo que conseguiria seria na zona de Cascais ou Praia das Maças/Colares e nesse caso julgo que nem 1 milhão de euros seria suficiente para ter o terreno e casa que possuo e o tempo que gastaria para ir trabalhar não seria muito diferente do actual.


Assim a escolha que eu tive que fazer foi entre viver num apartamento em Lisboa, a 5 minutos do trabalho e a minha mulher a uma hora, ter acesso aos eventos culturais mas não ter ninguém a quem deixar os miúdos e aos fins de semana ir para fora ou viver numa moradia no campo junto ao mar, a 1h30 do trabalho e a minha mulher a 15 minutos, ter alguém com quem deixar os miúdos e poder ir aos eventos culturais em Lisboa mesmo que por vezes fique num hotel.

Um abraço,

Alexandre Santos
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
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por GRFinance » 13/7/2009 12:01

MarcoAntonio, ao contrário da declaraçao feita pela Galp quanto ao atraso na actualização do preço final face às cotaçoes do brent aquando da descida que implicou, segundo a Galp, um aumento do lucro, não vi nem me lembro de ter visto a mesma comunicação da empresa quanto ao facto de terem atrasado as actualizações do preço final aquando das subidas que implicasse um não aumento do lucro, por exemplo. Foi nesse sentido que disse e acho que faria mais sentido, na optica da Galp, devido à imagem tão desgastada na opiniao publica por causa dos aumentos constantes e da desinformação acerca do assunto, ter dito isso. Mas atenção. Uma coisa é comunicar isso outra coisa é tu chegares a essa conclusão pela análise que fizeste. Sao coisas diferentes.
 
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por GRFinance » 13/7/2009 11:52

Como é que basta que se mantenham inalterados, se ainda há uma margem de 28% face à descida do brent de 54%? Mesmo tendo em conta que o encarecimento do cambio eur/usd tenha sido de 12,5% durante o periodo em causa, restam 15,5%. Se o preço final não desceu na mesma ordem que o brent, porque há outros factores a concorrerem para o PVP, não significa então que estes factores encareceram?

Eu acredito que haja politicos sérios. Não gosto de colocar tudo no mesmo saco porque corro seriamente o risco de estar a ser injusto a quem se esforça. E acredito mesmo nisso, que haja quem seja sério na profissão de politico. Lá porque a generalidade não seja, infelizmente, assim, não quer dizer que se use esse motivo para argumentar que eles não falam verdade. Senão, nunca seriam julgados pelo que prometem e anunciam e pelo que efectivamente fazem. Por muito que minta, a sina de um politico acaba por ser influenciada por essa relação. E o outro argumento do "só acredita quem quer", resvala para um putativo modo de estar da sociedade portuguesa que se baseia no comodismo e exigência baixa. Por isso é que acabamos por aceitar este tipo de discurso dos politicos como se nada fosse.

Então não conheço? E tu também. Lembras-te do tempo do Netpac? O que havia nessa altura não era um monopolio da PT? Não foi, posteriormente, permitido o acesso ao mercado de outras operadoras na rede internet? Esoterica, entre outras. O meu Netpac foi à vida, porque era mais caro que o da concorrência. Passado uns tempos, já era ao mesmo preço da concorrência. A questão passa muito pelas condições do mercado na altura em que é feita a liberalização. Se já há empresas e o preço é fixado governamentalmente. Ou se ha um monopolio e o mercado passa a ser livre e concorrencial. No primeiro caso não conheço consequências a nivel de preço mais baixo, mas se calhar até existem. Já no segundo caso, fica o exemplo para ilustrar que a consequência é mesmo essa.

Quanto à parte dos lucros, não concordo contigo. Bem, a verdade é que as empresas petroliferas actuam no mercado para beneficiar os accionistas e aqui há interesses claramente antagonicos com os dos consumidores. No entanto, rezam as boas regras de gestão que não devem ser apenas os accionistas os alvos preferenciais das empresas. No global há uma série de stackholders que devem ser considerados, uns mais do que outros, em função do corebusiness e objectivo de cada empresa. Mas relegar os consumidores para segundo plano não é, claramente, uma estratégia operacional aceitável. E isso só acontece neste mercado dadas as condições e interesses muito particulares das petrolíferas. Num outro mercado, por exemplo, das telecoms, essa estratégia de beneficiar apenas os accionistas era um suicidio. Por exemplo. Por isso, quando falas na generalidade das empresas que estão no mercado para beneficiar os accionistas e não os consumidores, discordo totalmente de ti. Tens N casos em que isso não se passa e ainda bem que assim é.

No que toca à ultima questão, já te respondi logo no primeiro comentario a seguir a teres perguntado.
 
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por MarcoAntonio » 13/7/2009 11:51

GFR, o atraso existiu nas subidas e por sinal era até maior durante a maior parte da subida (até ao fim de 2007).

Onde e como se pode encontrar essa informação: notícias nos Média sobre o assunto; análises aos resultados da GALP; declarações nos Média por parte da GALP; relatórios da AdC; no primeiro post deste tópico; pela análise cuidada à evolução dos preços nos postos.


Depois voltarei ao tema, agora estou de férias e não me quero embrenhar no tópico. Mas numa passagem breve pelo forum é um pouco difícil ficar calado pois nesta altura do campeonato falar de um eventual não atraso durante as subidas...
:wink:

É virtualmente impossível investigar minimamente sobre o tema e não chocar rapidamente com essa informação.

Para esse e muitos outros esclarecimentos elementares basta ler o primeiro post do tópico...
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por Elias » 13/7/2009 11:32

GRFinance Escreveu:Elias, o preço final não é explicado apenas pela cotação do brent. Se o brent cai 54% e o preço do diesel desce apenas metade, ie, 26% significa que as restantes compoenentes que concorrem para o preço final não deixaram que este atingisse a mesma amplitude na queda. Portanto, deverão ter subido.


Podem não ter subido de todo. Basta que se mantenham inalteradas.

GRFinance Escreveu:se bem me lembro, uma das razões levantadas para justificar a liberalização do preço foi precisamente que isso iria permitir baixar o custo na bomba devido à concorrência entre as petrolíferas que era naturalmente inexistente quando os preços estavam fixados pelo governo.


Claro que foi, mas só acredita quem quer.
Desde quando os políticos falam verdade?

GRFinance Escreveu:Por outro lado, não conheço muitos casos em que a liberalização é feita para permitir um aumento dos preços.


E conheces algum em que a liberalização é feita para permitir uma descida dos preços?

GRFinance Escreveu:Agora, se na prática as coisas revelam o contrário, e de facto revelam, então acho mal e discordo completamente que se use o argumento da diminuição do preço por causa do aumento da concorrência para justificar as liberalizaçoes de mercado.


Claro, mas também nunca me viste escrever que concordava com o uso desse argumento.
Como te disse acima, só acredita quem quer.

GRFinance Escreveu:Mas tipica e historicamente, tambem as petroliferas são das empresas que mais lucros consolidados geram ao longo do tempo. Aliás, a partir do momento em que a Galp admite publicamente que 200 milhoes de euros dos lucros totais que teve recentemente se deveram ao atraso na actualização das descidas do preço final em relação à cotaçao do brent, significa várias coisas. A primeira, para mim, que este atraso prejudica os consumidores em beneficio da empresa.


Não digo que não. Mas é preciso ter em conta que as empresas estão a operar no mercado para beneficiar os seus accionistas e não os consumidores. Acho que não há qualquer dúvida acerca disso.

Dito isto volto à minha pergunta inicial e à qual ainda não respondeste: se fosses CEO da GALP, que preço fixavas hoje para a gasolina ou para o diesel?
 
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por GRFinance » 13/7/2009 10:54

Elias, o preço final não é explicado apenas pela cotação do brent. Se o brent cai 54% e o preço do diesel desce apenas metade, ie, 26% significa que as restantes compoenentes que concorrem para o preço final não deixaram que este atingisse a mesma amplitude na queda. Portanto, deverão ter subido.

Eu julgo que era interessante saber que peso tem as outras componentes que concorrem para o preço final, já que a subida/descida do preço final não resulta apenas da cotação do brent, o que ajudaria a perceber melhor essas variações do preço final.

Elias, se bem me lembro, uma das razões levantadas para justificar a liberalização do preço foi precisamente que isso iria permitir baixar o custo na bomba devido à concorrência entre as petrolíferas que era naturalmente inexistente quando os preços estavam fixados pelo governo. A subida que se seguiu apos a liberalização até deu polemica na altura, precisamente pelo contrasenso face a essa razão invocada na altura pelo governo. Por outro lado, não conheço muitos casos em que a liberalização é feita para permitir um aumento dos preços. Pelo menos, não na teoria económica pura. Agora, se na prática as coisas revelam o contrário, e de facto revelam, então acho mal e discordo completamente que se use o argumento da diminuição do preço por causa do aumento da concorrência para justificar as liberalizaçoes de mercado.

Quanto aos impostos, claro que sim. Nunca me ouviste dizer que o Estado não tem responsabilidade. Claro que o Estado beneficia enormemente com os combustiveis, pela carga fisca que lhes são aplicadas. Claro que o Estado tem responsabilidade na maneira como anunciou a liberalização, sob a égide da diminuição dos preços. Mas tipica e historicamente, tambem as petroliferas são das empresas que mais lucros consolidados geram ao longo do tempo. Aliás, a partir do momento em que a Galp admite publicamente que 200 milhoes de euros dos lucros totais que teve recentemente se deveram ao atraso na actualização das descidas do preço final em relação à cotaçao do brent, significa várias coisas. A primeira, para mim, que este atraso prejudica os consumidores em beneficio da empresa. E segundo, não sabendo se essa tactica tb foi aplicada aquando das subidas, seria interessante averiguar esse facto e o impacto que teve no mercado (a Galp nunca disse publicamente que o fez nessa altura, pelo que na ausencia de informaçao e tendo em conta que informou aquando das descidas, parto do principio que nao foi aplicada a mesma tactica).
 
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por Elias » 13/7/2009 10:09

GRFinance Escreveu:Os impostos não variaram. É ceteris paribus. As componentes que fazem o preço, tirando impostos, variaram. Uma delas foi a cotação do brent que desceu 54%. As outras componentes foram encarecidas de tal forma que o preço do diesel, na bomba, apenas pôde descer 26%. Numa altura de crise, essas componentes subiram. Antes do pico, subiram também.


GRFinance, vamos mais devagar. Em que te baseias para escrever que as outras componentes foram encarecidas?

GRFinance Escreveu:Então, quero saber o peso que têm as componentes e as subidas que cada um sofreu.


Pessoalmente não sei nem me parece muito relevante.

GRFinance Escreveu:A verdade é que a liberalização dos preços, serviu para tudo menos para descer os preços.


Mas era suposto a liberalização fazer baixar os preços? :roll:

GRFinance Escreveu:Dantes, com preços fixos, as petroliferas em PT tinham lucros chorudos. Agora, têm lucros chorudos a rir.


Quem tem lucros chorudos neste negócio todo é o Estado, que arrecada 70% do valor de venda do preço da gasolina. Mas o pessoal prefere apontar as baterias às gasolineiras...
 
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por tonirai » 13/7/2009 2:52

GRFinance Escreveu:tonirai, pelo que vejo, o post de abertura foi editado pela última vez em meados de 12/2008.

dados mais actuais, não há? se não houver, julgo que seria interessante averiguar a extensão de 2009.

Sim, foi a última edição, e vejo que contém gráficos com dados até fim de Outubro (alguns, Novembro);

Mas isso foi para actualizar a ideia geral, porque os dados continuaram a ser analisados e debatidos depois disso, ao longo do tópico.

Dá uma vista de olhos talvez na última dezena de páginas, para ver se encontras o que pretendes;

Eventualmente, quando o Marco regressar, talvez arranje disponibilidade para fazer umas actualizações - é verdade que o tópico foi perdendo fulgor, talvez por falta de disponibilidade dele (isto dá muito trabalho), mas principalmente porque as questões levantavam-se mais e causavam mais polémica na altura em que os combustíveis aumentavam constantemente, o que foi diminuindo com o abaixamento dos preços.
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por GRFinance » 13/7/2009 2:26

tonirai, pelo que vejo, o post de abertura foi editado pela última vez em meados de 12/2008.

dados mais actuais, não há? se não houver, julgo que seria interessante averiguar a extensão de 2009.
 
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por tonirai » 13/7/2009 2:15

PS:
GRFinance, bem me parecia que reconhecia o teu nick de algum lado... tivemos há tempos uma troca de ideias interessante no tópico "questões de iniciação" :wink:
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por tonirai » 13/7/2009 2:10

Pronto pronto, já passou, deixem lá isso.

Há que ver os 2 lados da história:

De um lado estão aqueles que, como eu, o Crómio, ou o Elias, acompanharam a evolução deste tópico, sabendo o que implicam esses cálculos, sabendo onde está resumida grande parte da informação, etc;

Do outro estão aqueles que têm um conceito (errado, ou incompleto) na cabeça, verificam pela primeira vez que há aqui um tópico sobre isso, e desatam a fazer questões (muitos até "atacam" logo com supostas verdades absolutas).

Há que compreender a reticência que nós temos em debater outra vez o assunto (após dezenas de debates); assim como a reticência de quem chega, em acreditar que lendo o tópico (ou pelo menos o primeiro post), poderá esclarecer todas (ou quase) as suas dúvidas.

O que interessa é verificar se um "recém-chegado" conseguiu debater o assunto e/ou ouvir as recomendações de leitura de mente aberta - e quando tal acontece, e tal trouxe mais algum esclarecimento, já valeu a pena.

Abraço.
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por GRFinance » 13/7/2009 1:54

Crómio, perante a minha acidez o tonirai teve uma postura correcta que foi argumentar as minhas dúvidas e os números (tal como o Elias).

Presumo que seja uma postura manifestamente diferente da que tu apresentaste, que não contribuiste nada para o debate.

Foi por isso que, antes de ter metido aqui numeros para a discussão, pedi desculpa se isto já tinha sido debatido. Tu limitaste-te literalmente a glosar. E nem preciso de ter verificado com agrado a postura do tonirai e do Elias, para achar que não tiveste propriamente feliz. Ponto, para mim.
 
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por Crómio » 13/7/2009 1:46

GRFinance Escreveu:Crómio, posso assegurar que a tua contribuição neste caso foi igual a zero. Com comentários como o ultimo que fizeste, mais vale não dizer nada e deixar quem tenha paciência e vontade debater os numeros. Coisa que tu não fizeste nem tiveste. Entretanto li o post de abertura porque antes de ti, já o tonirai tinha sugerido isso.


Pelas tuas questões, depois da recomendação do tonirai à leitura do primeiro post (à qual tu respondeste com a mesma acidez), se leste o primeiro post, não se notou...

Mas deixo o espaço para quem tenha mais paciência :roll:
There are two kinds of investors: those who don't know where the market is headed, and those who don't know that they don't know.

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por GRFinance » 13/7/2009 1:31

Crómio, posso assegurar que a tua contribuição neste caso foi igual a zero. Com comentários como o ultimo que fizeste, mais vale não dizer nada e deixar quem tenha paciência e vontade debater os numeros. Coisa que tu não fizeste nem tiveste. Entretanto li o post de abertura porque antes de ti, já o tonirai tinha sugerido isso.
 
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