Fundos para arrendamento habitacional
03 Fevereiro 2009 - 00h30
Banca: Fundo começa com 30 milhões de euros
Caixa arrenda casas que foram penhoradas
A Caixa Geral de Depósitos vai colocar imóveis no mercado de arrendamento "ainda este mês", revelou ontem ao Correio da Manhã o director financeiro da instituição. Trata-se de casas que se encontravam vazias, no âmbito da recuperação de créditos, e que agora revertem para o Fundo de Arrendamento, explicou Paulo Sousa.
O levantamento ainda não está concluído, mas, de acordo com Paulo Sousa, deverá chegar "às centenas de imóveis" que serão transferidos para o Caixa Arrendamento, criado com um capital inicial de 30 milhões de euros.
A CGD foi o primeiro banco a aproveitar este regime especial criado pelo Governo para, sobretudo, aliviar os encargos financeiros das famílias em dificuldades devido à subida das taxas de juro. No entanto, nesta primeira fase, o fundo disponibiliza apenas imóveis já detidos pelo banco.
Entretanto, a tendência de subida inverteu-se – as taxas Euribor atingiam ontem níveis de Maio de 2004 – mas a CGD continua a receber muitos pedidos de esclarecimento. "Continua a ser uma solução sobretudo para os contratos mais antigos", afirma Paulo Sousa, recordando que nesta modalidade os clientes não pagam impostos e taxas. Mas os interessados terão também de avaliar todas as implicações de optar por trocar uma prestação alta por uma renda mais baixa. É que, se não conseguirem suportar as rendas durante três meses seguidos, perdem o direito à opção de compra. Ou seja, podem ser despejados e perderem a hipótese de recuperar a habitação.
In CM Online
A minha interpretação:
Andam a brincar com o povo! Começo a estar um bocado cansado disto, com sinceridade. Que esta medida iria servir para a CGD fazer um spin-off da actividade hipotecária de risco, já eu tinha percebido. Agora, passar para a carteira do fundo, que tem enormes benefícios fiscais, imóveis que estão parados e não têm escoamento por qualquer outra via... já me parece demais!
E já agora, gostaria de saber porque valor foram passados para o Fundo! Gerou mais-valia no Banco? Foi passado a valor de mercado? Passou-se o ónus para o fundo, isso sim! Daqui a 20 anos, logo se vê...
Estou para ver qual a taxa de sucesso destes arrendamentos nos próximos 2 anos...
Banca: Fundo começa com 30 milhões de euros
Caixa arrenda casas que foram penhoradas
A Caixa Geral de Depósitos vai colocar imóveis no mercado de arrendamento "ainda este mês", revelou ontem ao Correio da Manhã o director financeiro da instituição. Trata-se de casas que se encontravam vazias, no âmbito da recuperação de créditos, e que agora revertem para o Fundo de Arrendamento, explicou Paulo Sousa.
O levantamento ainda não está concluído, mas, de acordo com Paulo Sousa, deverá chegar "às centenas de imóveis" que serão transferidos para o Caixa Arrendamento, criado com um capital inicial de 30 milhões de euros.
A CGD foi o primeiro banco a aproveitar este regime especial criado pelo Governo para, sobretudo, aliviar os encargos financeiros das famílias em dificuldades devido à subida das taxas de juro. No entanto, nesta primeira fase, o fundo disponibiliza apenas imóveis já detidos pelo banco.
Entretanto, a tendência de subida inverteu-se – as taxas Euribor atingiam ontem níveis de Maio de 2004 – mas a CGD continua a receber muitos pedidos de esclarecimento. "Continua a ser uma solução sobretudo para os contratos mais antigos", afirma Paulo Sousa, recordando que nesta modalidade os clientes não pagam impostos e taxas. Mas os interessados terão também de avaliar todas as implicações de optar por trocar uma prestação alta por uma renda mais baixa. É que, se não conseguirem suportar as rendas durante três meses seguidos, perdem o direito à opção de compra. Ou seja, podem ser despejados e perderem a hipótese de recuperar a habitação.
In CM Online
A minha interpretação:
Andam a brincar com o povo! Começo a estar um bocado cansado disto, com sinceridade. Que esta medida iria servir para a CGD fazer um spin-off da actividade hipotecária de risco, já eu tinha percebido. Agora, passar para a carteira do fundo, que tem enormes benefícios fiscais, imóveis que estão parados e não têm escoamento por qualquer outra via... já me parece demais!
E já agora, gostaria de saber porque valor foram passados para o Fundo! Gerou mais-valia no Banco? Foi passado a valor de mercado? Passou-se o ónus para o fundo, isso sim! Daqui a 20 anos, logo se vê...
Estou para ver qual a taxa de sucesso destes arrendamentos nos próximos 2 anos...
Quase sem comentários. ----- A montanha pariu um rato
Jornal de negócios. Hoje
Fundo de arrendamento habitacional
Proprietários pagam custos da venda caso desistam dos imóveis
Os proprietários que vendam a sua casa a um fundo de investimento imobiliário para arrendamento habitacional (FIIAH) e optem por não exercer a opção de recompra do imóvel no final do contrato de arrendamento, serão obrigados a suportar todos os custos em que o fundo incorra para a venda do imóvel a terceiros, além de perderem a isenção de imposto sobre as mais-valias.
Fundo de arrendamento habitacional
Proprietários pagam custos da venda caso desistam dos imóveis
Os proprietários que vendam a sua casa a um fundo de investimento imobiliário para arrendamento habitacional (FIIAH) e optem por não exercer a opção de recompra do imóvel no final do contrato de arrendamento, serão obrigados a suportar todos os custos em que o fundo incorra para a venda do imóvel a terceiros, além de perderem a isenção de imposto sobre as mais-valias.
Penso logo invisto. Será que penso?
Re: E agora?
pedrom Escreveu:goncalonr Escreveu:As taxas a baixarem e nunca mais ninguém falou sobre este assunto...
E agora? Ainda fará sentido? (pelo menos da forma como foi apresentado)
Também já tinha pensado no suposto esquecimento disto, mas como ninguém sabe muito bem como isto vai funcionar talvez interesse que não se fale muito.....
Desde que os bancos não fiquem prejudicados com este assunto é que interessa ao teixeira!!!!![]()
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Pois é... na altura era muito importante, esses salafrários da Euribor a roubarem toda a gente e o Governo com uma medida fantástica a ajudar os mais necessitados.
Agora... tudo caladinho, já ninguém protesta com a Euribor, nunca mais ninguém voltou a falar dos FIIAH... como será que vai ser?!
Re: E agora?
goncalonr Escreveu:As taxas a baixarem e nunca mais ninguém falou sobre este assunto...
E agora? Ainda fará sentido? (pelo menos da forma como foi apresentado)
Também já tinha pensado no suposto esquecimento disto, mas como ninguém sabe muito bem como isto vai funcionar talvez interesse que não se fale muito.....
Desde que os bancos não fiquem prejudicados com este assunto é que interessa ao teixeira!!!!



De que vale a pena correr quando estamos na estrada errada?
E agora?
As taxas a baixarem e nunca mais ninguém falou sobre este assunto...
E agora? Ainda fará sentido? (pelo menos da forma como foi apresentado)
E agora? Ainda fará sentido? (pelo menos da forma como foi apresentado)
Se tudo o que se diz vier a ser realidade, temo que isto não seja mais que uma ferramente para os bancos fazerem um spin-off da sua actividade de real estate mortgage. Depois, dispersam capital em bolsa e cá vai disto outra vez...
Assim não me parece que vá resultar. Ou se fazem negócios a valores de mercado com yields também de mercado para atrair investidores, ou então se é para tirar má dívida do balanço dos bancos... ou existe algum banco que não queira ter uma boa dívida no seu balanço?
Assim não me parece que vá resultar. Ou se fazem negócios a valores de mercado com yields também de mercado para atrair investidores, ou então se é para tirar má dívida do balanço dos bancos... ou existe algum banco que não queira ter uma boa dívida no seu balanço?
Fundo de arrendamento pode dar origem crise no imobiliário
2008/10/23 12:27Sónia Peres PintoAAAA
Responsável alerta para situações em que os portugueses têm dívidas superiores ao valor da casa
A solução do Governo de criar um fundo de arrendamento imobiliário não agrada ao presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal, José Eduardo Macedo. Em declarações à Agência Financeira (AF) o responsável diz que é uma «solução fantasmagórica» , na qual não acredita e alerta para o risco de poder vir a criar uma verdadeira crise no sector.
«Não acredito em soluções fantasmagóricas. Não acredito que haja um fundo que vá dar mais dinheiro por uma casa do que esta realmente vale», salienta o mesmo.
De acordo com o responsável, «se houver entidades, quer bancos ou fundos imobiliários que comprem bens imóveis por um valor mais caro do que valem, mais tarde ou mais cedo vão ter um reverso da medalha» . «Irá existir um saco azul para isso?», questionou.
«Sabemos o que aconteceu nos Estados Unidos com o subprime: foi fazer hipotecas sobre hipotecas, valorizar o património acima do valor real do mercado», revela José Eduardo Macedo AF.
De acordo com o presidente da APEMIP, actualmente há muitos portugueses em incumprimento e com dívidas superiores ao valor da casa. «Ninguém vai entregar um porco para receber um chouriço».
CGD é braço do Governo
Quanto ao fundo de arrendamento avançado pela Caixa Geral de Depósitos (CGD), José Eduardo Macedo alerta que o banco «é o braço do Governo para o imobiliário, uma vez que o Estado é o seu único accionista e naturalmente tem uma posição privilegiada nesta matéria».
Recorde-se que, em conferência de imprensa, o responsável desta área na CGD, disse que as famílias que aderirem ao Fundo de Investimento Imobiliário de Arrendamento Habitacional (FIIAH) pagarão de renda um valor que é sempre inferior em pelo menos 20%, ao encargo mensal que têm com o crédito à habitação
2008/10/23 12:27Sónia Peres PintoAAAA
Responsável alerta para situações em que os portugueses têm dívidas superiores ao valor da casa
A solução do Governo de criar um fundo de arrendamento imobiliário não agrada ao presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal, José Eduardo Macedo. Em declarações à Agência Financeira (AF) o responsável diz que é uma «solução fantasmagórica» , na qual não acredita e alerta para o risco de poder vir a criar uma verdadeira crise no sector.
«Não acredito em soluções fantasmagóricas. Não acredito que haja um fundo que vá dar mais dinheiro por uma casa do que esta realmente vale», salienta o mesmo.
De acordo com o responsável, «se houver entidades, quer bancos ou fundos imobiliários que comprem bens imóveis por um valor mais caro do que valem, mais tarde ou mais cedo vão ter um reverso da medalha» . «Irá existir um saco azul para isso?», questionou.
«Sabemos o que aconteceu nos Estados Unidos com o subprime: foi fazer hipotecas sobre hipotecas, valorizar o património acima do valor real do mercado», revela José Eduardo Macedo AF.
De acordo com o presidente da APEMIP, actualmente há muitos portugueses em incumprimento e com dívidas superiores ao valor da casa. «Ninguém vai entregar um porco para receber um chouriço».
CGD é braço do Governo
Quanto ao fundo de arrendamento avançado pela Caixa Geral de Depósitos (CGD), José Eduardo Macedo alerta que o banco «é o braço do Governo para o imobiliário, uma vez que o Estado é o seu único accionista e naturalmente tem uma posição privilegiada nesta matéria».
Recorde-se que, em conferência de imprensa, o responsável desta área na CGD, disse que as famílias que aderirem ao Fundo de Investimento Imobiliário de Arrendamento Habitacional (FIIAH) pagarão de renda um valor que é sempre inferior em pelo menos 20%, ao encargo mensal que têm com o crédito à habitação
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
Entretanto as taxas continuam a aproximar-se das taxas de ref.
Será que haverá coragem de reduziz mais 0,25 ?
(Sara Antunes
saraantunes@mediafin.pt
As taxas Euribor mantêm a tendência de queda, pelo décimo dia consecutivo. Estas taxas começam a aproximar-se mais dos juros praticados pelo Banco Central Europeu (BCE). A Euribor a seis e a três meses já se encontram abaixo dos 5%, e em mínimos de Junho.
A Euribor a seis meses desceu hoje para os 4,992%. Esta é a primeira vez, desde 5 de Junho, que esta taxa negoceia abaixo dos 5%. A Euribor a três meses também cedeu para os 4,921% e a taxa a 12 meses desceu para os 5,060%.)
Será que haverá coragem de reduziz mais 0,25 ?
(Sara Antunes
saraantunes@mediafin.pt
As taxas Euribor mantêm a tendência de queda, pelo décimo dia consecutivo. Estas taxas começam a aproximar-se mais dos juros praticados pelo Banco Central Europeu (BCE). A Euribor a seis e a três meses já se encontram abaixo dos 5%, e em mínimos de Junho.
A Euribor a seis meses desceu hoje para os 4,992%. Esta é a primeira vez, desde 5 de Junho, que esta taxa negoceia abaixo dos 5%. A Euribor a três meses também cedeu para os 4,921% e a taxa a 12 meses desceu para os 5,060%.)
Penso logo invisto. Será que penso?
logout Escreveu:level42_pt Escreveu:Quem é que paga os 23 000€ da dif. ao BES ???karlitos Escreveu:E, segundo admitiu o responsável pela Direcção de Financiamento Imobiliário (DFI) do banco público, Paulo Sousa, [...] segundo a avaliação feita neste momento ao imóvel, fica demonstrado que o mesmo se desvalorizou entretanto e vale agora menos do que os 100 mil euros em dívida, por exemplo, apenas 80 mil euros. Ora, nestes casos, «o Fundo poderá adquirir o imóvel pelo valor de mercado (80 mil euros) e o banco assumirá o diferencial (20 mil euros) como prejuízo. Isso está devidamente provisionado», explicou o responsável da CGD.
Parece que a tradução é: "A CGD vai assumir 20% das dívidas dos emprestimos."
Se isto for verdade. Sim pq ainda não existe regulamentação. Acham que a banca privada estará interessada no negócio???
A mim parece-me que a montanha irá parir um rato a partir de 01/01/2009.
Estou mesmo a ver uma fila interminavel de devedores em imcuprimento a querer entregar as casas........... e aí ........ o funil vai funcionar.... ou será que Querem arruinar a CGD ???
Penso logo invisto. Será que penso?
Re: Que tal esperar?
nonola Escreveu:Sendo este um fórum frequentado por pessoas que, ultimamente têm esperado, pacientemente, pelas subidas das Bolsas, não será melhor esperar para ver o desenrolar do fundo ? A malta anda todas a fazer perguntas à má-fé, partindo do principio que o Fundo vai ser um fiasco! Cada coisa a seu tempo! O mercado ditará as regras...
Casos conhecidos bem recentes com arrendamento na CML, fazem com que as pessoas nem sequer duvidem, já têm a certeza!!!!

Ainda custa a crer que as rendas praticadas pela CML sejam verdadeiras......
De que vale a pena correr quando estamos na estrada errada?
Re: Que tal esperar?
nonola Escreveu:Sendo este um fórum frequentado por pessoas que, ultimamente têm esperado, pacientemente, pelas subidas das Bolsas, não será melhor esperar para ver o desenrolar do fundo ? A malta anda todas a fazer perguntas à má-fé, partindo do principio que o Fundo vai ser um fiasco! Cada coisa a seu tempo! O mercado ditará as regras...
Se assim fosse eu estava tranquilo. O problema é quando são os políticos a ditar as regras...
Pegue num papel e escreva: "Eu estava aflito, não conseguia pagar a prestação de 500 euros ao banco. Mas agora vendi a minha casa a um fundo e tudo se resolveu: eu e o banco estamos radiantes por nos vermos livres um do outro, pago menos 100 euros por mês e os donos do fundo garantem que ainda vão lucrar."
Agora releia o que escreveu e pergunte-se: "Acredito?"
Jornal de Negócios (hoje)
""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""
Até me apetece recolocar a questão que ninguem comentou.
Vamos imaginar uma cena:
Uma casa com hipoteca a favor do BES cujo empréstimo inicial foi de 100 000€.
5 anos depois o valor da divida é de 98 000€, o valor da casa é de 75 000€.
A CGD compra pelo valor de mercado, seja os 75 000€.
Quem é que paga os 23 000€ da dif. ao BES ???
E quando o cliente voltar a poder comprar de novo a casa?? compra ao preço de mercado ou ao preço que vendeu???
Agora releia o que escreveu e pergunte-se: "Acredito?"
Jornal de Negócios (hoje)
""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""
Até me apetece recolocar a questão que ninguem comentou.
Vamos imaginar uma cena:
Uma casa com hipoteca a favor do BES cujo empréstimo inicial foi de 100 000€.
5 anos depois o valor da divida é de 98 000€, o valor da casa é de 75 000€.
A CGD compra pelo valor de mercado, seja os 75 000€.
Quem é que paga os 23 000€ da dif. ao BES ???
E quando o cliente voltar a poder comprar de novo a casa?? compra ao preço de mercado ou ao preço que vendeu???

Penso logo invisto. Será que penso?
Que tal esperar?
Sendo este um fórum frequentado por pessoas que, ultimamente têm esperado, pacientemente, pelas subidas das Bolsas, não será melhor esperar para ver o desenrolar do fundo ? A malta anda todas a fazer perguntas à má-fé, partindo do principio que o Fundo vai ser um fiasco! Cada coisa a seu tempo! O mercado ditará as regras...
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Nahoot Escreveu:Para além da questão do karlitos ainda me está a escapar a parte em que dizem:E admite que o mesmo pode vir a ser cotado em bolsa.
Eu não percebo nada disto mas não foi num esquema semelhante que começou a história dos produtos tóxicos e do subprime?
Ainda mais agora dizem abertamente que o valor das casas pode baixar (wow!! que escândalo). Quem é que vai querer investir numa coisa destas?
Parece-me que este caso é claramente diferente. Já o disse aqui no Fórum, isto não é mais que um veículo pass-trough, fiscalmente transparente, semelhante aos REITS. Na prática, é um REIT Residencial que nada tem a ver com Fannies, Freddies e outros que tantos.
Como veículo fiscalmente transparente que é, faz sentido ser cotado.
As minhas questões - cada vez maiores, à medida que o véu se vai destapando - são outras:
- Inicialmente, este fundo era para distressed mortgages ou em vias de default, o que lhe quiserem chamar. Ontem já ouvi o Secretário de Estado a dizer que era para toda a gente. Como assim?! Pode repetir? Então esta não era uma medida social? Se é apenas uma medida fiscal/financeira - ou seja, criar um veículo fiscalmente transparente para investir no mercado de arrendamento habitacional e com isso dinamizar este mercado - para quê tanto alarido?
- Ou bem que é um mecanismo social, ou não!
- Se é um mecanismo social, há que prever o facto do valor de venda do imóvel ser inferior ao valor da hipoteca. Quem fica com o prejuízo?
- Se é um mecanismo puramente financeiro, como é que isso funciona? O mercado livre lida mal com este tipo de coisas - é só ver como está a reagir a bailouts e outros que tais...
- E a opção de recompra? Como funciona? Regras?
- E quais são as yields a contratar? Fixas durante toda a vida do fundo?
- E já agora, é um fundo fechado ou aberto? É que se for fechado, acho que tem de ter um prazo. E qual é esse prazo? E quando terminar o prazo, como ficam os imóveis? Vendidos ao mercado? E se ninguém os comprar, quem fica com eles?
Enfim, estas e muitas outras questões ficam no ar. Acho que talvez o Governo se tenha precipitado numa medida que é boa e necessária mas que foi pouco maturada.
Boas,
Será possivel entregar(vender) um imóvel a este fundo
da CGD ou outro sem opção de recompra?
Existem muitas situações de proprietários com interesse em fazer um "upgrade",mas como não vendem tambem não compram,logo,é negócio para o banco/fundo ou não?
Será possivel estes fundos terem parcerias com redes imobiliárias para vender casas nestas situações?
cumps
Será possivel entregar(vender) um imóvel a este fundo
da CGD ou outro sem opção de recompra?
Existem muitas situações de proprietários com interesse em fazer um "upgrade",mas como não vendem tambem não compram,logo,é negócio para o banco/fundo ou não?
Será possivel estes fundos terem parcerias com redes imobiliárias para vender casas nestas situações?
cumps
logout Escreveu:Até que ponto é que esta medida não pretenderá inverter a tendencia de desvalorização dos imoveis que se tem vindo a desenhar, garantido um limite mínimo do preço?
A intenção não é nem é possivel ser essa, simplesmente não têm euros que lhes permita fazer isso. E mesmo que tivessem o investimento não compensa.
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Antes de tudo, venho por este meio comunicar que não sou membro do governo (até porque não usei caps no G)
1º - Esta pode ser a melhor (senão a única) medida que o governo inseriu no OE2009.
2º - Estar a comparar os créditos nos states (a Fennie e o Fredie
) com os créditos no nosso país é não conhecer a difereça entre a concessão de crédito no nosso país e os US of A (não são coisas comparáveis).
3º - É possivel adquirir um imóvel para rendimento, arrendá-lo (por um valor inferior ao que a pessoa paga ao banco) e ainda ganhar dinheiro.
BN e Cumprimentos

1º - Esta pode ser a melhor (senão a única) medida que o governo inseriu no OE2009.
2º - Estar a comparar os créditos nos states (a Fennie e o Fredie

3º - É possivel adquirir um imóvel para rendimento, arrendá-lo (por um valor inferior ao que a pessoa paga ao banco) e ainda ganhar dinheiro.
BN e Cumprimentos
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- Registado: 29/11/2007 3:30
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Quem não se sobreendividou foi burro
Compraste uma casa carissima e agora não podes pagar a renda? Não há problema. Vendes a casa ao fundo imobiliário (ainda não percebi por quanto mas presumo que seja pelo preço que a compraste). O fundo fica com os activos inflacionados que ninguém queria comprar. Tu pagas menos 20% nas prestações e ainda ficas isento de mais-valias. Pelos serviços prestados à pátria, o fundo fica isento de IRC, IMT e IMI. Ainda não percebi o que é que vai fazer com o stock de casas que vai acumular mas isso é uma questão para os futuros governantes (e contribuintes) resolverem.
Grande negócio! Onde é que me dirijo?
(...)
ADENDA: É claro que para controlar estes “monstros” será preciso criar uma nova burocracia (ou expandir uma existente). Perspectiva-se a criação de uma razoável quantidade de jobs for the boys.
Extraído de "O Insurgente".
"People want to be told what to do so badly that they'll listen to anyone." - Don Draper, Mad Men
ponto25 Escreveu:Esta ideia do fundo imobiliário, embora possa ser muito bem intencionada, parece altamente arriscada. Como já foi dito no forum, faz logo lembrar uma bola de neve ou a formação de um monstro que deturpa o funcionamento normal do mercado.
A única coisa que me deixa mais tranquilo é que provavelmente esta ideia não vai arrancar como esperado. Alguns bancos, nomeadamente o Deutsche Bank já estão a prever a descida da taxa de juro até 1,5% em 2009. Se assim for, como é normal em cenário de recessão e deflação, pouca gente passará de mutuário para arrendatário.
Esta ideia do fundo imobiliário, embora possa ser muito bem intencionada, parece altamente arriscada. Como já foi dito no forum, faz logo lembrar uma bola de neve ou a formação de um monstro que deturpa o funcionamento normal do mercado.
A única coisa que me deixa mais tranquilo é que provavelmente esta ideia não vai arrancar como esperado. Alguns bancos, nomeadamente o Deutsche Bank já estão a prever a descida da taxa de juro até 1,5% em 2009. Se assim for, como é normal em cenário de recessão e deflação, pouca gente passará de mutuário para arrendatário.
A única coisa que me deixa mais tranquilo é que provavelmente esta ideia não vai arrancar como esperado. Alguns bancos, nomeadamente o Deutsche Bank já estão a prever a descida da taxa de juro até 1,5% em 2009. Se assim for, como é normal em cenário de recessão e deflação, pouca gente passará de mutuário para arrendatário.
Habitação: Valor de compra e rentabilidade vão determinar renda dos novos fundos para arrendamento - CGD
21 de Outubro de 2008, 14:00
Lisboa, 21 Out (Lusa) - A renda dos imóveis que vão estar a ser geridos pelo novo fundo de investimento dependerá do valor de aquisição pago pelo fundo e da rentabilidade distribuída aos seus investidores, disse hoje um responsável da CGD.
Na conferência de imprensa em que o Grupo CGD assumiu publicamente o compromisso de entrar no mercado dos novos fundos de investimento imobiliário para arrendamento habitacional (FIIAH), Paulo Sousa, director de Financiamento Imobiliário da CGD, disse que os factores determinantes para a fixação da renda são o valor de aquisição pelo fundo e a rentabilidade que proporcione aos detentores das unidades de participação.
A proposta de Orçamento do Estado para 2009 cria a figura dos FIIAH, os quais permitem que um proprietário venda o imóvel ao fundo, podendo depois arrendá-lo e mantendo em aberto a possibilidade de o voltar a comprar mais tarde.
O Orçamento define um regime fiscal favorável para estes fundos, entre as quais se conta a dedução à colecta das rendas em sede de IRS, a isenção de IMI para os imóveis que fiquem na carteira do fundo e isenção de IMT nas compras desses imóveis.
Paulo Sousa admitiu ainda que "é uma possibilidade" que o novo fundo venha a ser cotado em bolsa.
Admitindo que a opção permitida pelo fundo terá um custo, Paulo Sousa disse que o "preço da opção ainda não está determinado". A portaria que será publicada pelo governo deverá regulamentar mais condições dessa opção, acrescentou o mesmo responsável, tais como as condições de exercício e o momento em que o custo dessa opção será pago.
Questionado sobre a rentabilidade que estes FIIAH podem vir a proporcionar aos seus detentores, o responsável da CGD disse não poder anunciá-la, uma vez que falta ainda regulamentação que complete o seu enquadramento legal.
No entanto, acrescentou que "se o enquadramento fiscal é favorável, a yield [rentabilidade do fundo] será melhorada pela extinção de custos".
Quanto à comissão de gestão que o fundo pode vir a cobrar, Paulo Sousa disse "não estar determinado o seu valor", mas admitiu que pode vir a existir: "a comissão de gestão faz parte das comissões que pode ser cobrada", referiu.
A proposta do Orçamento do Estado isenta de taxa de subscrição pela Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), mas é omissa em relação à comissão de gestão.
IRE
Lusa/Fim
21 de Outubro de 2008, 14:00
Lisboa, 21 Out (Lusa) - A renda dos imóveis que vão estar a ser geridos pelo novo fundo de investimento dependerá do valor de aquisição pago pelo fundo e da rentabilidade distribuída aos seus investidores, disse hoje um responsável da CGD.
Na conferência de imprensa em que o Grupo CGD assumiu publicamente o compromisso de entrar no mercado dos novos fundos de investimento imobiliário para arrendamento habitacional (FIIAH), Paulo Sousa, director de Financiamento Imobiliário da CGD, disse que os factores determinantes para a fixação da renda são o valor de aquisição pelo fundo e a rentabilidade que proporcione aos detentores das unidades de participação.
A proposta de Orçamento do Estado para 2009 cria a figura dos FIIAH, os quais permitem que um proprietário venda o imóvel ao fundo, podendo depois arrendá-lo e mantendo em aberto a possibilidade de o voltar a comprar mais tarde.
O Orçamento define um regime fiscal favorável para estes fundos, entre as quais se conta a dedução à colecta das rendas em sede de IRS, a isenção de IMI para os imóveis que fiquem na carteira do fundo e isenção de IMT nas compras desses imóveis.
Paulo Sousa admitiu ainda que "é uma possibilidade" que o novo fundo venha a ser cotado em bolsa.
Admitindo que a opção permitida pelo fundo terá um custo, Paulo Sousa disse que o "preço da opção ainda não está determinado". A portaria que será publicada pelo governo deverá regulamentar mais condições dessa opção, acrescentou o mesmo responsável, tais como as condições de exercício e o momento em que o custo dessa opção será pago.
Questionado sobre a rentabilidade que estes FIIAH podem vir a proporcionar aos seus detentores, o responsável da CGD disse não poder anunciá-la, uma vez que falta ainda regulamentação que complete o seu enquadramento legal.
No entanto, acrescentou que "se o enquadramento fiscal é favorável, a yield [rentabilidade do fundo] será melhorada pela extinção de custos".
Quanto à comissão de gestão que o fundo pode vir a cobrar, Paulo Sousa disse "não estar determinado o seu valor", mas admitiu que pode vir a existir: "a comissão de gestão faz parte das comissões que pode ser cobrada", referiu.
A proposta do Orçamento do Estado isenta de taxa de subscrição pela Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), mas é omissa em relação à comissão de gestão.
IRE
Lusa/Fim
"Não há ventos favoráveis para o barco que não conhece o rumo" Séneca
Vamos imaginar uma cena:
Uma casa com hipoteca a favor do BES cujo empréstimo inicial foi de 100 000€. 5 anos depois o valor da divida é de 98 000€, o valor da casa é de 75 000€. A CGD compra pelo valor de mercado, seja os 75 000€. Quem é que paga os 23 000€ da dif. ao BES ??? E quando o cliente voltar a poder comprar de novo a casa?? compra ao preço de mercado ou ao preço que vendeu???
Uma casa com hipoteca a favor do BES cujo empréstimo inicial foi de 100 000€. 5 anos depois o valor da divida é de 98 000€, o valor da casa é de 75 000€. A CGD compra pelo valor de mercado, seja os 75 000€. Quem é que paga os 23 000€ da dif. ao BES ??? E quando o cliente voltar a poder comprar de novo a casa?? compra ao preço de mercado ou ao preço que vendeu???
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