Outros sites Medialivre
Caldeirão da Bolsa

Bancos Portugueses Beira da Falência-BPP Falência Iminente..

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Açor3 » 20/1/2009 18:12

Antigo director do Banco de Portugal no Parlamento
Crise financeira forçou nacionalização do BPN
2009/01/20 16:57Lara FerinAAAA
Falta de confiança nos mercados pode ter travado recuperado da instituição
O antigo director do Departamento de Supervisão do Banco de Portugal (BdP), Carlos Santos, acredita que foi a crise financeira a forçar a nacionalização do Banco Português de Negócios (BPN).

«Creio que se não fosse a crise financeira, a situação do BPN tinha a possibilidade de ser resolvida na iniciativa privada», disse o responsável esta tarde no Parlamento no âmbito dos esclarecimentos à nacionalização do BPN.

Carlos Santos, que foi director do BdP desde meados da década de 90 até Dezembro do ano passado, quando assumiu as funções de administrador provisório do Banco Privado Português, acredita ainda que a falta de confiança nos mercados poderá ter travado a recuperação da instituição.
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 3639
Registado: 13/6/2004 20:52
Localização: Lisboa

por CerealKiler » 20/1/2009 11:37

Lá para o ano 2050 teremos qualquer resposta,... do tio, culpados mas prescritos
 
Mensagens: 824
Registado: 1/4/2008 17:29
Localização: Aveiro

por Açor3 » 20/1/2009 9:39

João Cotrim de Figueiredo
"Há que questionar toda a missão e natureza do BPP"
João Cotrim de Figueiredo, futuro presidente executivo da Privado Holding, assume como uma das suas missões recuperar a reputação do Banco Privado Português (BPP). Para minorar os danos da imagem, é necessário questionar toda a natureza e missão do banco, diz, ao Negócios, o novo CEO da "holding".

--------------------------------------------------------------------------------

Lucia Crespo
lcrespo@mediafin.pt


João Cotrim de Figueiredo, futuro presidente executivo da Privado Holding, assume como uma das suas missões recuperar a reputação do Banco Privado Português (BPP). Para minorar os danos da imagem, é necessário questionar toda a natureza e missão do banco, diz, ao Negócios, o novo CEO da "holding".

"Acredito que posso ser útil no projecto de refundação do banco. É preciso questionar toda a sua natureza e missão, até para minorar os danos da sua imagem", afirma João Cotrim de Figueiredo. "Mas não vamos deitar fora todo o passado. Vamos, sim, recuperá-lo", ressalta, à margem de uma conferência de imprensa da Jason Associates, consultora onde o futuro CEO da Privado Holding assumiu recentemente funções de "advisor".
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 3639
Registado: 13/6/2004 20:52
Localização: Lisboa

por Açor3 » 20/1/2009 9:27

Empresa que controla Banco Privado está falida com prejuízos acima dos 247 milhões


20/01/2009


A Privado Holding, accionista que controla a totalidade do capital do Banco Privado Português (BPP), encontra-se falida e à data em que o seu ex-presidente executivo, João Rendeiro, pediu ajuda ao Banco de Portugal (BdP), os prejuízos ascendiam a 247 milhões de euros.

Segundo noticia hoje o jornal “Público”, o auditor externo contratado pela gestão provisória liderada por Adão da Fonseca, para apreciar as contas do BPP e da sociedade que o controla, já concluiu que a Privado Holding está em situação de falência técnica.

De acordo com o relatório citado pelo jornal, os capitais próprios da holding eram negativos em mais de 15 milhões de euros e a companhia apresentava prejuízos de 247 milhões de euros (o capital social é de 150 milhões de euros).
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 3639
Registado: 13/6/2004 20:52
Localização: Lisboa

por Açor3 » 19/1/2009 21:44

Quarta audição realizada no âmbito do caso
BPN: Comissão Parlamentar vai ouvir Carlos Santos 3ª feira
2009/01/19 20:23Redacção / MDAAAA
Responsável pela supervisão bancária do Banco de Portugal na Assembleia
A Comissão de Inquérito à situação que levou à Nacionalização do Banco Português de Negócios (BPN) vai ouvir na terça-feira Carlos Santos, um dos responsáveis pela supervisão bancária do Banco de Portugal, refere a agência Lusa.

Segundo a página de Internet da Comissão, Carlos Santos vai ser ouvido pelos deputados às 16 horas, naquela que será a quarta audição realizada por este orgão parlamentar que investiga a situação que levou à nacionalização do BPN e a forma como a supervisão lidou com as alegadas irregularidades praticadas pela anterior administração do banco, liderada por José de Oliveira e Costa.

Até agora, a comissão recebeu Oliveira e Costa (que se manteve em silêncio, invocando o estatuto de arguido), bem como os seus sucessores Abdool Vakil e Miguel Cadilhe.

Antes da audição de Carlos Santos, os deputados vão apreciar os requerimentos apresentados pelo PCP, Bloco de Esquerda e CDS-PP para que sejam ouvidas várias outras personalidades ligadas ao caso.
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 3639
Registado: 13/6/2004 20:52
Localização: Lisboa

por Açor3 » 18/1/2009 12:07

Opinião: O caso do BPN e os casos da supervisão bancária
03.11.2008 - 13h01 Paulo Ferreira
Há que não confundir as causas: a nacionalização do BPN não é filha nem enteada da crise financeira internacional. Esta pode ter acelerado o desfecho surpreendente que ontem conhecemos, mas os graves problemas do banco são antigos e têm origem muito diferente.

Numa altura em que as intervenções estatais de emergência no sector financeiro se tornaram habituais, esta distinção é importante e foi sublinhada ontem pelo ministro das Finanças e pelo governador do Banco de Portugal.

Primeiro porque estabelecer uma ligação errada entre os problemas bancários globais e o caso BPN pode criar alarmismo sobre a uma contaminação da crise a Portugal a uma escala que não é verdadeira; e depois porque, pairando sobre este caso graves suspeitas criminais, não se deve varrer isso para debaixo do tapete da crise financeira internacional. Esta começa a ter costas demasiado largas para servir de justificação também para casos deste perfil e para, como tudo indica, mais uma clamorosa "distracção" da supervisão do Banco de Portugal.

O caso BPN é um escândalo financeiro de uma dimensão e com contornos ímpares no Portugal democrático: é a primeira vez que o Estado é obrigado a tomar conta de uma instituição deste calibre por problemas criados por práticas deliberadas de alegados crimes. É de um caso de polícia que se trata.

Há vários anos que o BPN era comentado nos corredores do poder político e financeiro. E razões para isso não faltavam: as relações financeiras pouco transparentes entre accionistas e o banco; a opacidade permanente da lista de accionistas; o "despedimento" sucessivo de três empresas de auditoria externa que, no início da década, cumpriam o dever de colocar públicas reservas às contas do banco; a permanência em funções de um auditor, a BDO, que não fez qualquer alerta relevante às contas nos últimos anos; a elevada rotatividade de elementos do Conselho de Administração; e, como uma "cereja em cima do bolo", a proximidade com ex-governantes como Dias Loureiro, Daniel Sanches, Amílcar Theias ou Arlindo de Carvalho, além, obviamente, do próprio Oliveira e Costa, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais do PSD.

Durante anos se comentou tudo isto e mais casos concretos de alegadas operações iregulares. As poucas notícias que foram publicadas sobre o banco - matérias complexas onde, em regra, ninguém dá a cara e muito menos há provas documentais que as suportem - eram desmentidas pela instituição. Do banco central, que tem essencialmente a tarefa da supervisão, ouvia-se o habitual comentário: "O Banco de Portugal não comenta assuntos relacionados com a supervisão."

Nos últimos meses, os acontecimentos precipitaram-se: Oliveira e Costa, que em tempos foi quadro da supervisão do Banco de Portugal, começou a ser contestado internamente e foi forçado a sair; começaram a surgir públicas denúncias internas de irregularidades e foram feitas queixas às autoridades judiciais; Abdul Vakil assumiu a liderança num período de transição até aparecer Miguel Cadilhe, com a ingrata tarefa de tentar salvar o grupo. Ontem soube-se que era tarde demais e que as práticas eram mais graves do que se pensava.

Chegados ao ponto ontem descrito, a nacionalização compulsiva do banco é, provavelmente, a solução que melhor protege os depositantes e o sistema financeiro numa conjuntura particularmente adversa. Se é a menos onerosa para os contribuintes e a que penaliza devidamente os accionistas é o que saberemos daqui a algum tempo.

Mas como se deixou chegar a este ponto uma instituição que está há anos sob suspeita? Além da imputação de todas as responsabilidades, civis ou criminais, aos responsáveis directos, esta é a pergunta que tem que ser feita.

O governador do Banco de Portugal tentou ontem justificar a actuação da instituição que dirige, mas dela sobraram ainda mais dúvidas. Depois de em 2002 e 2003 ter detectado irregularidades e falhas na informação prestada pelo BPN, o banco central passou, estranhamente, a confiar nos relatórios que a própria instituição lhe fazia chegar. E durante os cinco anos seguintes nada fez o Banco de Portugal acordar da sonolência, até que as denúncias internas tornaram o caso demasiado grave para até o supervisor perceber que tinha que ver o que se passava.

Foi assim no BCP. Repete-se agora no caso, muito mais grave, no BPN. Provavelmente, a próxima auditoria do sistema financeiro devia ser feita ao funcionamento e à cultura de supervisão do Banco de Portugal.
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 3639
Registado: 13/6/2004 20:52
Localização: Lisboa

por Pata-Hari » 18/1/2009 1:22

Infelizmente, parece ser prática comum de alguns gestores de património e bancos "inventar" preços para os activos que têm em carteira...
Avatar do Utilizador
Administrador Fórum
 
Mensagens: 20972
Registado: 25/10/2002 17:02
Localização: Lisboa

por Açor3 » 18/1/2009 0:12

Auditoria aponta para perdas maiores
‘Buraco’ do BPN sobe a 1,3 mil milhões
Por Luís Rosa
Uma nova auditoria da consultora Deloitte, entregue na passada semana à administração de Francisco Bandeira, revela que o ‘buraco’ do BPN subiu dos 700 milhões indicados por Miguel Cadilhe para 1,3 mil milhões de euros.

Esta quase duplicação é explicada pelos consultores com os activos sobreavaliados (bens que eram comprados acima do valor real de mercado), as perdas financeiras de empresas participadas do BPN, devido à queda das bolsas mundiais, e a forte desvalorização dos mercados imobiliários, que provocou uma diminuição abrupta do valor dos fundos institucionais do banco.
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 3639
Registado: 13/6/2004 20:52
Localização: Lisboa

por Açor3 » 16/1/2009 22:15

Abdool Vakil mantém interesse no banco Efisa
Abdool Vakil mantém o interesse no banco Efisa, disse ao Negócios o ex-presidente do BPN à saída da comissão parlamentar de inquérito. "O Efisa é o meu bébé".

--------------------------------------------------------------------------------

Maria João Gago
mjgago@mediafin.pt


Abdool Vakil mantém o interesse no banco Efisa, disse ao Negócios o ex-presidente do BPN à saída da comissão parlamentar de inquérito. “O Efisa é o meu bébé”, disse.

"Continuo interessado no banco Efisa", disse Vakil avançando que o "Efisa é o meu bébé mas depende das condições".

O responsável que antecedeu a Miguel Cadilhe como presidente interino do BPN disse hoje que apresentou uma proposta pelo banco Efisa mas que Cadilhe nun deu uma reposta.

"Não voltei a falar com ninguém desde que apresentei a proposta a Cadilhe", disse.
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 3639
Registado: 13/6/2004 20:52
Localização: Lisboa

por Açor3 » 16/1/2009 22:11

Auditoria da Deloitte revela novos dados
Buraco financeiro do BPN é quase o dobro do estimado
2009/01/16 20:55Redacção / PGMAAAA
700 milhões tinham sido já denunciados por Miguel Cadilhe

O buraco financeiro do Banco Português de Negócios (BPN) é afinal muito superior do que se pensava. De acordo com uma nova auditoria da Deloitte, pode ascender aos 1.300 milhões de euros.

De acordo com as contas da auditora, citadas pelo «Sol», e entregues na passada semana à administração de Francisco Bandeira, estão em falta muito mais do que os 700 milhões de euros indicados por Miguel Cadilhe.

A quase duplicação do buraco financeiro é explicada pelo facto de alguns activos estarem sobreavaliados, ou seja, que tinham sido comprados por valores superiores ao seu valor real de mercado.

A auditora aponta ainda as perdas financeiras de participadas do BPN causadas pela queda das bolsas mundiais e a forte desvalorização dos mercados imobiliários, que levaram à desvalorização dos fundos institucionais do banco.
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 3639
Registado: 13/6/2004 20:52
Localização: Lisboa

por Açor3 » 16/1/2009 20:36

Empresas do grupo não eram reconhecidas
Dona do BPN avisou accionistas de irregularidades
2009/01/16 19:24Redacção / PGMAAAA
Créditos eram dados a veículos offshore do grupo para financiar actividade própria

A Sociedade Lusa de Negócios (SLN) alertou os seus accionistas entre Março e Junho de 2008 que o grupo estava a atribuir créditos a veículos offshore cujo dono efectivo era a própria SLN, «como forma de financiamento de actividades do grupo».

A informação consta de um documento interno do grupo que detinha o banco Português de Negócios (BPN) com que o CDS-PP confrontou o ex-presidente do banco, Abdool Vakil, na comissão parlamentar de inquérito, onde está a ser ouvido, e a que a Lusa teve acesso.

Constâncio pediu informações 157 vezes
Insular já era reconhecido como problema

O documento, que Vakil disse ter mandado fazer e apresentado aos accionistas, apresenta vários problemas, entre eles «Compromissos Extra Patrimoniais não assumidos». E aqui, aponta que foram identificados «créditos a veículos offshore cujo dono efectivo é o Grupo SLN como forma de financiamento de actividades do grupo» bem como «garantias bancárias não carregadas no sistema».

Vakil disse que o documento em questão foi discutido pelo Conselho Superior da SLN e foi apresentado aos accionistas antes de sair de funções, em Junho de 2008.

O documento interno aponta como um problema que a EREI, a Jespersen, a Abnerka, a Verida (OPI 92) e a All Gold sejam «sucessivamente indicados como pertencentes a terceiros quando de facto são do Grupo SLN».

O mesmo documento interno identifica que o BPN tinha «insuficiências de provisões» de 70 milhões de euros e que o «BPN Cayman e BPN IFI» tinham «insuficiências de provisões de 80 milhões de euros».
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 3639
Registado: 13/6/2004 20:52
Localização: Lisboa

por Açor3 » 16/1/2009 19:16

Abdool Vakil
"Em Março não havia certezas de que o Insular era do grupo"
O ex-presidente do BPN, Abdool Vakil disse hoje que "em Março não havia certezas de que o Insular era do grupo".

--------------------------------------------------------------------------------

Maria João Soares
mjsoares@mediafin.pt


O ex-presidente do BPN, Abdool Vakil disse hoje que “em Março não havia certezas de que o Insular era do grupo”.

O deputado do CDS-PP, Nuno Melo, questionou hoje Vakil sobre a informação prestada ao Banco de Portugal sobre as operações entre o BPN e o banco Insular.

“Em Março de 2008, num documento que distribuiu aos acionistas, falava no banco Insular, que tinha 585 milhões de euros em depósitos do BPN e onde havia operações fora de balanço e em que sugeria a venda do banco”, disse Nuno Melo, na comissão parlamentar de inquérito ao BPN.

O CDS quer saber porque é que Vakil não falou nisso mais cedo ao BdP, por exemplo, na carta que enviou a 15 de Maio à instituição.

Vakil respondeu que foi “inibido de tomar quaisquer medidas extraordinárias mas fiz um trabalho de pesquisa e apresentei informação relevante aos accionistas”.

O responsável acrescentou que “não havia certezas em Março de que o Insular era do grupo” e que "não podia vender o que não era nosso".
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 3639
Registado: 13/6/2004 20:52
Localização: Lisboa

por Açor3 » 16/1/2009 18:37

Abdool Vakil
Banco de Portugal ameaçava BPN com sanções devido a falta de informação
O Banco de Portugal ameaçava impossibilitar o BPN de angariar depósitos ou fazer operações de crédito devido à falta de informação fornecida pelo banco, revelou hoje Abdool Vakil.

--------------------------------------------------------------------------------

Maria João Gago
mjgago@mediafin.pt


O Banco de Portugal ameaçava impossibilitar o BPN de angariar depósitos ou fazer operações de crédito devido à falta de informação fornecida pelo banco, revelou hoje Abdool Vakil.

“E Março fui ao Banco de Portugal dizer que queria entrar numa nova página nas relações”, disse Abdool Vakil depois de ter sido questionado pelo deputado do PSD, Hugo Velosa, sobre desde quando é que o Banco de Portugal estava a pedir informações referentes a 157 factos e se a anterior administração já tinha tomado medidas para resolver a difícil relação dificil entre o banco central e o BPN.

O ex-presidente do BPN disse que “sei que a tal crispação [entre o BPN e o BdP] começou a acontecer desde 2007, cerca de um ano antes de eu entrar, mas admito que tivesse havido perguntas do BdP por responder de antes disso”.

"Tive muita dificuldade em obter informação, pelo que o BdP ameaçava com sanções, como a impossibilidade de angariar depositos ou de fazer operações de crédito”, disse Vakil explicando que respondeu a 60 pedidos da instituição liderada por Vítor Constâncio durante o seu mandato, que durou quatro meses.
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 3639
Registado: 13/6/2004 20:52
Localização: Lisboa

por Açor3 » 16/1/2009 18:00

Abdool Vakil
"Há anos que o Insular tinha relações com o BPN, mas não sei desde quando"
Há anos que o Insular tinha relações com o BPN, mas não sei desde quando , disse hoje Abdool Vakil na comissão parlamentar de inquérito ao caso BPN.

--------------------------------------------------------------------------------

Maria João Gago
mjgago@mediafin.pt


Abdool Vakil diz que a sua actuação levou à detecção de relações comerciais entre o BPN e o Banco Insular, o que logo comunicou aos supervisores e aos accionistas.

Antes da Assembleia Geral que elegeu a equipa de Cadilhe, "prestei informação relevante a actualizada ao conselho superior e à AG, sobre a seriedade da situação", disse hoje na comissão parlamentar de inquérito ao caso BPN acrescentando que fez algumas sugestões de resolução dos problemas encontrados à nova gestão.

O responsável, que assumiu funções como presidente interino do BPN antes de Miguel Cadilhe ter sido nomeado disse que o caso do Insular foi paradigmático quanto às dificuldades de se perceber o que se passava.
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 3639
Registado: 13/6/2004 20:52
Localização: Lisboa

por Açor3 » 16/1/2009 17:41

Caso BPN
Vakil diz que respondeu a 120 pedidos do Banco de Portugal
Abdool Vakil disse hoje na Comissão Parlamentar de Inquérito ao caso BPN que respondeu a 120 pedidos do Banco de Portugal no período em que exerceu funções como presidente interino do banco.

--------------------------------------------------------------------------------

Maria João Gago
mjgago@mediafin.pt


Abdool Vakil disse hoje na Comissão Parlamentar de Inquérito ao caso BPN que respondeu a 120 pedidos do Banco de Portugal no período em que exerceu funções como presidente interino do banco.

Abdool Vakil, que esteve à frente do BPN antes de Miguel Cadilhe, começou a audição na Assembleia da República com uma declaração inicial sobre as suas funções e experiência no grupo BPN, dizendo que sempre concentrou as suas funções executivas no Banco Efisa.

O responsável avançou que, em Fevereiro de 2008, havia 157 pedidos do Banco de Portugal pendentes de resposta e que, durante a sua liderança, respondeu a 120 pedidos e recebeu mais de 100 novos pedidos da instituição liderada por Vítor Constâncio.
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 3639
Registado: 13/6/2004 20:52
Localização: Lisboa

por Açor3 » 16/1/2009 15:40

BPN

Banco de Portugal só comenta acusações de Cadilhe «em sede própria»
Hoje às 12:54
O Banco de Portugal recusou-se, esta sexta-feira, a comentar as declarações de Miguel Cadilhe na comissão de inquérito ao BPN, na qual acusou o regulador de falhas graves na supervisão. O Banco de Portugal remete, deste modo, explicações para «a sede própria», a comissão parlamentar.
Contactada esta manhã pela agência Lusa, fonte oficial do Banco de Portugal afirmou que «o banco não tem nada a comentar» em relação às declarações do presidente do conselho de administração da SLN, Niguel Cadilhe, na comissão parlamentar de inquérito à nacionalização do BPN.

«Qualquer comentário que o Banco tenha a fazer fá-lo-á na sede própria, neste caso concreto, e como tem sido habitual no passado, na comissão parlamentar», adiantou a mesma fonte.

«É aí que o Banco tem ido dar explicações, noutras matérias e noutros contextos. O Governador [do Banco de Portugal, Vítor Constâncio] já lá foi e tem sempre dado resposta às que perguntas que lhe são feitas» pelos deputados, acrescentou.

O presidente do grupo SLN, Miguel Cadilhe, considerou esta quinta-feira no Parlamento que se o Banco de Portugal (BdP)tivesse feito o que devia, os actuais problemas do BPN não teriam acontecido.

Miguel Cadilhe revelou ainda que «ao contrário do que disseram o BdP e o Governo, as imparidades [perdas, de 750 milhões de euros] foram descobertas pelas auditorias» mandadas fazer pela sua administração.

Entretanto, os deputados que integram a comissão parlamentar de inquérito à nacionalização do BPN já manifestaram intenção de ouvir o governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 3639
Registado: 13/6/2004 20:52
Localização: Lisboa

por Açor3 » 16/1/2009 10:27

Alterar tamanho de letra
Pedro Elias / Jornal de Negócios

Cadilhe diz que as auditorias ao BPN revelaram 94 offshores16 Janeiro 2009 - 00h30

Banca: Cadilhe critica falta de supervisão do Banco de Portugal
400 milhões em perdas no BPN
Os maiores prejuízos do grupo Sociedade Lusa de Negócios (SLN), num total de quase 400 milhões de euros, estão no Banco Português de Negócios (BPN), no BPN Imofundos, no Banco Efisa e na seguradora Real Vida, revelou ontem Miguel Cadilhe.


O antigo presidente do nacionalizado BPN foi ontem ao Parlamento explicar perante a Comissão de Inquérito à supervisão bancária na instituição, por que continua a ser contra a decisão de nacionalização. 'A primeira vez que se estava a levantar as imparidades, que se estava a chamar as pessoas às suas responsabilidades, que se estava a travar as práticas ilícitas. Quanto tudo isto estava a acontecer, vem o Governo e lança a bomba atómica', afirmou Cadilhe, que acusa o ministro das Finanças de provocar um 'curto-circuito' com a decisão.

Miguel Cadilhe, que criticou por diversas vezes o Banco de Portugal (BdP), referiu que considerava mais sensato que o Governo tivesse ouvido um consultor independente antes de decidir a nacionalização e não exclusivamente o Banco de Portugal. No seu entender, esta consulta era importante porque o BdP sabia na altura das críticas que a administração do BPN fez: nomeadamente falha grave da supervisão.

Sobre a proposta apresentada ao Governo para evitar a nacionalização, o antigo ministro das Finanças garante que sua solução remunerava o capital público e a ' nacionalização é que se pendura no dinheiro dos contribuintes'.

ABDOOL VAKIL OUVIDO HOJE

Abdool Vakil é o próximo a ser ouvido na Comissão de Inquérito Parlamentar sobre a situação que levou à nacionalização do BPN e supervisão bancária inerente. O presidente do banco Efisa e que assumiu a presidência interina do grupo SLN/BPN, em Fevereiro do ano passado durante a transição de Oliveira e Costa para Miguel Cadilhe, vai explicar hoje aos deputados o que apurou sobre ilícitos. Recorde-se que Abdool Vakil informou o Banco de Portugal sobre os indícios de ilícitos praticados pela anterior administração. A comissão presidida por Maria de Belém vai ouvir outros responsáveis mas o PS recusou a ida do ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, do presidente do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, e do actual presidente da administração do BPN, Francisco Bandeira ao Parlamento.

SAIBA MAIS

BANCO INSULAR

Miguel Cadilhe explicou que a sua administração não quis assumir a titularidade do Banco Insular de Cabo Verde por existirem dúvidas jurídicas a este respeito.

2

Houve dois contactos entre Cadilhe e o governador do Banco de Portugal antes da tomada de posse da sua administração do BPN.

200

Anos é, segundo o PS, o tempo que um deputado teria de trabalhar para ter uma reforma no valor que recebe Cadilhe. O responsável respondeu apenas que não é 'um benemérito ou mártir'.

LABICER

O antigo ministro das Finanças garante que não teve qualquer envolvimento na decisão de dar apoios à empresa cerâmica
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 3639
Registado: 13/6/2004 20:52
Localização: Lisboa

por Bocciardi » 16/1/2009 9:44

Açor3 Escreveu:Finanças
Governador tinha poderes para intervir
Cadilhe diz que BdP deveria ter evitado a sua entrada no BPN
2009/01/15 22:37Lara FerinAAAA
Auditoria era solução
Miguel Cadilhe disse esta quinta-feira, em audição no Parlamento, que o Governador do Banco de Portugal (BdP), Vítor Constâncio, poderia ter evitado a sua entrada no Banco Português de Negócios (BPN).

«O BdP tinha o dever de evitar que uma nova administração entrasse no BPN», alertou.

Conforme referiu Cadilhe, «o governador, sabendo muito mais do que nós, esperava que tivesse tido o gesto de me chamar e de me dar uma palavra sobre o modo como o grupo estava e os problemas que eu iria encontrar».

O responsável adiantou mesmo que Vítor Constâncio «tinha condições e poderes para intervir, mandando fazer uma auditoria, designando o auditor e substituindo a administração, no todo ou em parte».


Coitadinho, o nome dele parece que ficou manchado e o governador do BdP não o avisou... Sniff sniff...

Pelo menos tem o PPR de 10 milhões de euros para gozar...

Na vida o factor risco tem de ser assumido sempre, com certeza que ele sabia que as coisas estavão muito mal, daí ter negociado o tal PPR milionário, correcto?!?!? Agora foge às responsabilidades...

Sem grandes comentários, mais...

Um abraço
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 531
Registado: 17/1/2008 17:15
Localização: Aveiro

por Açor3 » 16/1/2009 9:37

É absolutamente fundamental nesta crise que se ataque as offshores»
João Cravinho diz que esta prática permite toda a espécie de malfeitorias

O presidente do Banco Europeu para a Reconstrução e Desenvolvimento, João Cravinho, defendeu que a regulação do sistema financeiro mundial terá de incluir um «ataque» ao «problema dos offshores», baseados, no seu entender, numa «prática de malfeitores», refere a Lusa.

Durante um debate promovido quinta-feira à noite pelo clube de reflexão político A Linha, no Centro Cultural de Cascais, Cravinho afirmou que o recurso a «offshores» tem sido o elemento fundamental da crise financeira, em todos os seus aspectos, e de todos os «escândalos» dos últimos anos.

«Temos o caso BCP, o caso BPN, em todos esses casos percebemos que os offshores estão no centro. É absolutamente fundamental nesta crise que se ataque o problema dos offshores, porque a sua razão de existir é o segredo que permite toda a espécie de malfeitorias. Não há outra razão», afirmou João Cravinho.

Segundo o presidente do Banco Europeu para a Reconstrução e Desenvolvimento o incumprimento deste desafio tornará todas as outras medidas reguladoras «coxas».

Para o antigo ministro, o executivo de José Sócrates tem capacidade de intervir sobre a matéria, não só devido à cooperação internacional, mas também por existir em Portugal, nomeadamente na ilha da Madeira, um «centro financeiro com vigência aprazada».

«O Governo português terá aqui uma palavra a dizer, não só sobre a Madeira, mas sobretudo sobre o regime internacional. O próprio Governo tem material extremamente importante - em breve através do caso Furacão, do caso BPN - demonstrativo da bondade dos offshores», ironizou.

Sublinhando que a fuga aos impostos concretizada através desta estratégia representa anualmente 40 por cento do défice dos Estados Unidos, João Cravinho alertou para a necessidade do presidente norte-americano manter a mesma linha de pensamento que tinha enquanto senador: «Se Obama não mudar, haverá uma revolução no controlo dos offshores».
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 3639
Registado: 13/6/2004 20:52
Localização: Lisboa

por Açor3 » 16/1/2009 0:54

Finanças
Governador tinha poderes para intervir
Cadilhe diz que BdP deveria ter evitado a sua entrada no BPN
2009/01/15 22:37Lara FerinAAAA
Auditoria era solução
Miguel Cadilhe disse esta quinta-feira, em audição no Parlamento, que o Governador do Banco de Portugal (BdP), Vítor Constâncio, poderia ter evitado a sua entrada no Banco Português de Negócios (BPN).

«O BdP tinha o dever de evitar que uma nova administração entrasse no BPN», alertou.

Conforme referiu Cadilhe, «o governador, sabendo muito mais do que nós, esperava que tivesse tido o gesto de me chamar e de me dar uma palavra sobre o modo como o grupo estava e os problemas que eu iria encontrar».

O responsável adiantou mesmo que Vítor Constâncio «tinha condições e poderes para intervir, mandando fazer uma auditoria, designando o auditor e substituindo a administração, no todo ou em parte».
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 3639
Registado: 13/6/2004 20:52
Localização: Lisboa

por Açor3 » 15/1/2009 20:47

Montepio tem meios para comprar negócio de retalho do BPN
O Montepio Geral tem meios próprios e interesse em comprar o negócio de retalho do Banco Português de Negócios (BPN) e considera essa possível solução positiva para a instituição e para o país, disse hoje o seu presidente.

--------------------------------------------------------------------------------

Jornal de Negócios com Lusa


O Montepio Geral tem meios próprios e interesse em comprar o negócio de retalho do Banco Português de Negócios (BPN) e considera essa possível solução positiva para a instituição e para o país, disse hoje o seu presidente.

Tomás Correia, presidente do Montepio Geral, disse à agência Lusa que ainda não teve nenhum contacto negocial mas reafirma que a instituição "olhará com grande empenho qualquer solução que se venha a colocar".

Sendo o retalho a sua área de actuação, a rede de mais de 200 balcões do BPN e algum outro negócio associado é o que desperta o interesse do Montepio.

Além de mostrar interesse, a associação mutualista tem meios próprios, ou seja "disponibilidade financeira, sem recurso a empréstimo" para concretizar o negócio e vê vários aspectos positivos nesta solução, se o cenário da venda for a opção adoptada.

"Manter os postos de trabalho" é uma das razões apontadas por Tomás Correia, que diz ser uma questão de interesse nacional sobretudo neste momento.

O responsável salienta que o negócio seria positivo para o Montepio sobretudo pela complementaridade da rede de agências e também para o sistema financeiro nacional.

Esta quarta-feira foi entregue ao Ministério das Finanças, como a Lusa noticiou, o plano de reestruturação do BPN que pode passar, segundo fontes bancárias, pela venda das dependências ao Montepio e dos serviços centrais ao banco espanhol Sabadell.

O Banco Sabadell, obteve em Fevereiro do ano passado a autorização para abrir uma sucursal em Lisboa, iniciando assim a sua actividade directa em Portugal, um mercado que considera estratégico.
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 3639
Registado: 13/6/2004 20:52
Localização: Lisboa

por Nyk » 15/1/2009 20:15

"Houve falha grave e demorada do Banco de Portugal"
Miguel Cadilhe afirmou hoje que recusou por diversas vezes o convite para liderar o BPN mas a supervisão do Banco de Portugal deu-lhe confiança para aceitar o desafio. Agora diz que "houve falha grave e demorada do BdP".

--------------------------------------------------------------------------------

Maria João Gago
mjgago@mediafin.pt


Miguel Cadilhe afirmou hoje que recusou por diversas vezes o convite para liderar o BPN mas a supervisão do Banco de Portugal deu-lhe confiança para aceitar o desafio. Agora diz que “houve falha grave e demorada do BdP”.

“Recusei diversas vezes o convite que me foi feito” para liderar o BPN, revelou Cadilhe na comissão parlamentar de inquérito à nacionalização do banco, afirmando que “exigi uma auditoria externa e independente”

"Por mais mirabolante que seja o convite, pensámos, está lá a supervisão do BdP que é razão de alguma confiança", disse Cadilhe afirmando que é por isso que “digo que houve falha grave e demorada do BdP”.

"Houve falha de muitos lados, dos órgãos de fiscalização e de administração”, acrescentou. “Se o crescimento [do BPN] foi mirabolante durante anos, então como é que o Banco de Portugal não fez nada?”, questionou.


Cadilhe disse ainda que a maioria dos accionistas do banco “acreditava que o seu dinheiro estava bem aplicado”
"A incerteza dos acontecimentos,é sempre mais difícil de suportar do que o próprio acontecimento" Jean-Baptista Massilion.
"Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida"Johann Goethe
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 12115
Registado: 2/9/2005 12:45

por Açor3 » 15/1/2009 20:15

Cadilhe sobre a remuneração no BPN
"Só um benemérito ou um mártir, que não sou, aceitaria o convite"
Miguel Cadilhe disse hoje na comissão parlamentar de inquérito que não tem nenhum interesse relacionado com o facto de ser contra a nacionalização do Banco Português de Negócios, negando também a existência de um PPR. Revelou que substituiu a reforma vitalícia no BCP por rendimentos futuros equivalentes.

--------------------------------------------------------------------------------

Maria João Gago
mjgago@mediafin.pt


Miguel Cadilhe disse hoje na comissão parlamentar de inquérito que não tem nenhum interesse relacionado com o facto de ser contra a nacionalização do Banco Português de Negócios, negando também a existência de um PPR. Revelou que substituiu a reforma vitalícia no BCP por rendimentos futuros equivalentes.

O antigo ministro das Finanças, , na comissão parlamentar de inquérito ao BPN, disse esta tarde aos deputados que substituiu a reforma vitalícia no Banco Comercial Português por rendimentos futuros equivalentes.

Caso contrário, “só um benemérito ou um mártir, que não sou, aceitaria o convite” para liderar o BPN, adiantou Cadilhe.

Cadilhe estava a responder às questões do PS, que questionou o gestor sobre a remuneração do antigo líder do banco, colocando em causa a sua oposição à nacionalização decidida pelo Governo.


O deputado Ricardo Rodrigues questionou Cadilhe se este tinha um plano poupança reforma de 12 ou 15 milhões de euros e se ganhava 70 mil euros por mês. “Um deputado teria que trabalhar 200 anos para ter uma reforma desse valor”, adiantou Ricardo Rodrigues.

Sobre o seu salário, disse que correspondia à média dos salários dos administradores de bancos cotados.

O anterior presidente do BPN esclareceu ainda que a auditoria ao banco foi da sua única e exclusiva responsabilidade, alegando que “não sabia” que a situação era tão grave.

“Sabia que havia problemas sérios mas não da situação patrimonial e financeira. Nem da incidência e do carácter sistemático de práticas ilícitas e negócios ruinosos sem que isso tivesse, a seu tempo, sido travado por quem tinha dever de o fazer”, acrescentou.

O antigo líder do BPN adiantou que as imparidades no banco eram de 750 milhões incluindo o Banco Insular. Adiantou que “não conseguimos assumir, sem riscos jurídicos, a titularidade do Insular. Formalmente, o Insular é detido por pessoas singulares.

“O insular correu mal, se tivesse corrido bem tenho duvidas que os seus accionistas viessem a atribuir a titularidade do banco ao BPN”, adiantou.
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 3639
Registado: 13/6/2004 20:52
Localização: Lisboa

por Açor3 » 15/1/2009 20:13

Cadilhe diz que a sua proposta remunerava o capital público
"A nacionalização é que se pendura no dinheiro dos contribuintes"
Miguel Cadilhe voltou hoje a explicar o porquê de ser contra a nacionalização do Banco Português de Negócios, afirmando que esta vai penalizar os contribuintes, ao contrário da sua proposta, que até remunerava o capital público.

--------------------------------------------------------------------------------

Maria João Gago
mjgago@mediafin.pt


Miguel Cadilhe voltou hoje a explicar o porquê de ser contra a nacionalização do Banco Português de Negócios, afirmando que esta vai penalizar os contribuintes, ao contrário da sua proposta, que até remunerava o capital público.

“A primeira vez que se estava a levantar as imparidades, que se estava a chamar as pessoas às suas responsabilidades, que se estavam a travar as práticas ilícitas. Quanto tudo isto estava a acontecer, vem o Governo e lança a bomba atómica”,afirmou Cadilhe, na comissão parlamentar de inquérito, hoje no Parlamento.

O mesmo responsável revelou que todas as propostas feitas pelo Governo eram de nacionalização, através da compra do BPN pela CGD ou da operação harmónio em que o Estado ficaria com a maioria do capital.

Cadilhe diz que o Governo devia ter ouvido consultor independente antes de decidir a nacionalização, mas só ouviu o Banco de Portugal. Cadilhe diz que esta consulta era importante porque o BdP já sabia que a administração do BPN achava que tinha havido falha grave da supervisão.

"A nacionalização foi uma operação com fundamento político. Seria sempre uma decisão política. Mas há decisões políticas com fundamento económico e financeiro, que não vejo ter havido na nacionalização do BPN".

"Não vimos fundamento económico para a nossa proposta ser rejeitada. O ministro das Finanças disse que a nossa proposta se pendurava no dinheiro dos contribuintes, mas ela remunerava o capital público. A nacionalização é que se pendura no dinheiro dos contribuintes”, adiantou
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 3639
Registado: 13/6/2004 20:52
Localização: Lisboa

por Açor3 » 15/1/2009 20:03

BPN: Cadilhe acusa Banco de Portugal de fechar olhos perante irregularidades
18h20m

Lisboa, 15 Jan (Lusa) - O antigo presidente do BPN, Miguel Cadilhe, criticou hoje no Parlamento o Banco de Portugal pela forma como lidou com as alegadas irregularidades praticadas pela antiga administração da instituição.

"[Quando assumi funções] Não sabia da situação do banco. Sabia que havia problemas sérios, mas não sabia da sua situação patrimonial e financeira, nem da densidade, do grau de incidência, do carácter sistemático de práticas evasivas, de negócios ruinosos, sem que contra as expectativas normais, um tal estado continuado e auto-alimentado de situações irregulares e de casos danosos sem que isso a seu tempo tivesse sido detectado e travado por quem tinha deveres de o fazer", afirmou Miguel Cadilhe.

O antigo presidente do BPN, que liderou o banco durante quatro meses (entre Julho e Novembro de 2008), está neste momento a ser ouvido pela Comissão Parlamentar de Inquérito à Nacionalização da instituição.

FAL/NVI

Lusa/Fim
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 3639
Registado: 13/6/2004 20:52
Localização: Lisboa

AnteriorPróximo

Quem está ligado:
Utilizadores a ver este Fórum: Akinfiev, Bing [Bot], farami, Garfield, Google Adsense [Bot], LMMV, m-m, malakas, maturidade, PAULOJOAO, Phil2014, rs521, zulu404 e 107 visitantes