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Caldeirão da Bolsa

Bancos Portugueses Beira da Falência-BPP Falência Iminente..

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Açor3 » 27/12/2008 15:52

BPN
Quinta no Algarve serviu para milhões pagos em comissões
Por Felícia Cabrita
Oliveira e Costa exigiu que uma empresa do grupo BPN comprasse uma quinta em Loulé, de 70 hectares, por dois milhões de euros acima do preço pedido pelos proprietários, de forma a que fossem pagas comissões a elementos do banco.

A transação ocorreu em 2000: a Quinta do Morgadinho foi posta à venda por 15 milhões de euros e foi comprada pela Responsabilimo (empresa criada exclusivamente para este negócio pelos responsáveis do BPN) por 17 milhões.

A diferença constituiu «um overprice a retornar para terceiros», segundo a documentação sobre o negócio a que o SOL teve acesso. ‘Terceiros’ que, no caso, eram José Monteverde, director no BPN, Ricardo Oliveira, o advogado que representou diversas vezes o grupo, e, ao que tudo indica, o próprio Oliveira e Costa.
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por Açor3 » 27/12/2008 13:41

IAPMEI é principal accionista do fundo que detém 50% da TBZ


MARIA JOÃO ESPADINHA
Justiça. Empresa de gestão de marcas arrisca falência e tem processos em tribunal

Empresa da Sociedade Lusa de Negócios também é accionista

O IAPMEI (Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação) é o principal accionista do fundo que detém 50% do capital da TBZ, empresa de gestão de marcas desportivas e que arrisca falência. Este instituto, gerido pelo Estado, é responsável por 44% do fundo de capital de risco de dinamização e competitividade empresarial, que é gerido pelo Banco Efisa, e que por sua vez detém também 30% deste fundo.

A ligação da TBZ ao BPN não fica apenas pela instituição bancária, agora nacionalizada, já que a Pleiade, empresa da Sociedade Lusa de Negócios, é também accionista neste fundo, com 26%. No entanto, a empresa de licenciamento e merchandising não foi nacionalizada nem se tornou uma empresa pública, já que o fundo de capital de risco detém metade do capital da TBZ, mas sem direitos de voto. Os restantes 50% pertencem a João Barroqueiro, presidente do conselho de administração da empresa que, segundo o Público, está a ser investigado pelo Ministério Público num processo de insolvência dolosa.

Contactada pelo DN, a TBZ não faz qualquer comentário a esta questão. Mas o DN sabe que a empresa de gestão de marcas, que até há pouco tempo era responsável pelo merchandising dos três grandes - FC Porto, Benfica e Sporting - ainda não recebeu qualquer tipo de notificação deste processo. Assim como do arresto de bens que ocorreu há cerca de dois meses, depois de uma providência cautelar interposta pela China do Séc. XXI, fabricante de brindes.

Quanto ao futuro da TBZ, este é incerto, já que a Puma, empresa que fornece os equipamentos do Sporting, interpôs um reque- rimento para a declaração de falência da empresa de merchandising, processo sobre o qual a empresa também ainda não foi notificada.

Além destes processos, a TBZ enfrenta outras dificuldades. Depois da quebra dos contratos dos três grandes por incumprimentos, a empresa não consegue receber das centenas de clientes com quem ainda tem contratos activos, estimando-se que sejam vários os milhões de euros em mercadorias que tem para facturar. A falência pode ser o próximo passo para a TBZ, que tem cerca de 50 funcionários.
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por Pata-Hari » 27/12/2008 1:01

Mais um, por ser de capital garantido e rendimento conhecido, teoricamente dever-se-ia aplicar os 20% de retenção na fonte. Por outro lado, vi num documento que o rendimento poderia ser maior do que o que era falado. Nesse caso é natural que caia dentro da regra das mais valias, dado ser um investimento com risco.
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por charles » 27/12/2008 0:25

http://dn.sapo.pt/2005/09/19/suplemento ... ontra.html


Nesta data dizia-se o seguinte:

Segunda, 19 de Setembro de 2005
Edição Papel Director interino: João Morgado Fernandes




João Rendeiro prepara crédito contra a pobreza

Rendeiro foi convidado pela Clinton Global Initiative enquanto presidente da Fundação Luso-Brasileira

nmárcio alves candoso DN-Paulo Spranger

Cimeira Clinton. A Global Initiative é um projecto do ex-presidente dos EUA

O presidente da Fundação Luso- -Brasileira, João Rendeiro, propôs ao grupo de trabalho que coordena na Clinton Global Initiative que se crie um modelo de financiamento para que as pequenas empresas dos países mais pobres possam, no futuro, aceder a empréstimos de capital. Um dos esquemas prováveis de financimento terá como pano de fundo o exemplo já testado do microcrédito, uma ideia original do Prémio Nobel da Economia indiano Amar tya Sen, e que já deu alguns frutos em Portugal.

A Clinton Global Initiative é um projecto lançado pelo ex-presidente Bill Clinton que já conta com um fundo de 100 milhões de doláres, doados por Bill Clinton e pelo empresário escocês Tom Hunter.

João Rendeiro esteve em Nova Iorque (onde a conferência se realizou) para formar o grupo de trabalho que deverá avançar com o plano de acção para implementar a ideia, a qual, aliás, foi proposta pela própria instituição. Em declarações ao DN, João Rendeiro - ele próprio um homem do mundo do crédito, actualmente presidente do Banco Privado Português - disse que para além das questões sociais associadas, a pobreza "impossibilita que mais pessoas tenham acesso ao consumo". "A erradicação ou diminuição da pobreza levaria a um maior crescimento económico a nível mundial", diz o banqueiro.

João Rendeiro encara a iniciativa como "uma nova parceria entre os mais desenvolvidos e os que têm menos recursos". Por outro lado, chama a atenção para que "a saída de uma situação de pobreza é um dos caminhos para a paz e para o desenvolvimento". Sobre o tema que escolheu em representação da Fundação, João Rendeiro diz que a dificuldade de captação de capital sentida pelas pequenas empresas dos países pobres "é um dos problemas mais graves para que se possa sair de uma situação de pobreza". Por isso preparou um grupo de trabalho que tem por missão "determinar os mecanismos de financiamento" daqueles que possam vir a beneficiar com a iniciativa. Sobre o tema da pobreza, diz que "há um leque inúmero de possibilidades" para que seja minorada.

Nos três dias do encontro em Nova Iorque estiveram presentes personalidades como o presidente da JP Morgan ou da Coca Cola. chefes de Estado, entre os quais Jorge Sampaio, políticos, empresários, académicos e representantes de organizações não-governamentais. Entre os presentes contaram-se Jaques Chirac, Tony Blair, Kofi Annan, Condoleezza Rice, Al Gore, Rupert Murdoch, Jeffrey Sachs e George Soros.

A Clinton Global Initiative está centrada em quatro temas. Para além da pobreza, os restantes prendem-se com os problemas gerados pelas diferenças religiosas, as mudanças climáticas e a governação de sociedades e Estados


Não sei se ria se chore :|
Cumpt

só existe um lado do mercado, nem é o da subida nem o da descida, é o lado certo
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por mais_um » 27/12/2008 0:08

Boas!

Não conheço ninguém com depositos/produtos no BPP, no entanto as pessoas que estão a queixar-se, não terão recebido remunerações durantes anos mais elevados que os depositos a prazo? Se assim for e a situação chegar a tribunal vai ser interessante verificar o desenrolar do caso.

Já agora alguém sabe qual é a taxa de IRS que é aplicada a este tipo de produtos? Nos depositos é 20%, se nestes produtos for diferente, dificilmente conseguem que esses produtos sejam considerados DP.

Pelos poucos dados que tem vindo a publico, parece-me que vai ser uma batalha dificil, já que se o banco for impedido de utilizar o emprestimo (que se destina a pagar um emprestimo ao JP Morgan) então é que vai à falência e nesse caso, é que os clientes ficam a ver navios..... :(


Um abraço

Alexandre Santos
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por Pata-Hari » 26/12/2008 23:47

Isto bate exactamente certo com o que eu tinha ouvido dizer: os clientes terão sido aliciados verbalmente e em documentos informais para algo a que chamavam Depositos a Prazo mas assinavas documentos para uma gestão discricionária, que aplicava os montantes em dívida high yield (entre outras coisas, como acções preferenciais), mas cujo capital era garantido pelo banco (ou seja, com puro risco instituição). Em lugar algum os clientes assinavam que tinham subscrito um DP, pelo contrário, assinavam aplicações financeiras com capital garantido pelo banco.

Eu só vejo mesmo como via de tentativa de recuperação de montantes, o processar o banco por aliciar e induzir em erro os clientes, usando os documentos manuscritos pelos empregados do banco. O problema é que isto só pode ter alguma probabilidade de sucesso se o banco entretanto não se decidir declarar insolvente. Ou seja, nesse caso a garantia do banco valerá zero. E não tendo subscrito depósitos, não vejo como é que os clientes poderão apelar ao fundo de garantia dos depósitos.



Queixosos vão apresentar processos-crime contra instituição bancária
Advogado de clientes do BPP quer impedir o banco de utilizar 450 milhões de euros
26.12.2008 - 19h55
Por Lusa
Nelson Garrido (arquivo)

Segundo Luís Miguel Henriques, o banco vendia alguns dos seus produtos como depósitos a prazo
O advogado que representa a associação de clientes do Banco Privado Português (BPP) quer impedir a utilização pelo banco de 450 milhões de euros concedidos por seis instituições financeiras. Luís Miguel Henriques vai apresentar uma providência cautelar na segunda-feira para este efeito.

O advogado queria reunir-se até hoje com a administração do banco, mas soube através dos advogados do BPP que a administração só terá disponibilidade para uma reunião a 06 de Janeiro. Assim, Luís Miguel Henrique decidiu avançar segunda-feira com a providência cautelar, como estava inicialmente previsto.

O advogado dos clientes pretendia apresentar na reunião uma série de documentos de troca de correspondência entre gestores de conta e clientes do banco que, no seu entender, mostram que o próprio banco vendia alguns dos seus produtos como depósitos a prazo.

Nos documentos, a que a Lusa teve acesso, o produto financeiro Private Investment High Yeald era descrito por uma das gestoras de conta, numa nota escrita à mão, como um "depósito a prazo a 12 meses".

Noutras cartas que foram enviadas por outro gestor de conta a um segundo cliente, ao lado das siglas do mesmo produto aparecia escrito à mão "DP a 12 meses", "DP a 6 meses", e "DP a 3 meses", com as respectivas taxas de juro. "Na gíria bancária, DP significa depósito a prazo. Era isto que estavam a vender às pessoas", afirmou Luís Miguel Henrique.

Na providência cautelar, que vai dar entrada nos tribunais na segunda-feira, o advogado vai incluir esta documentação para tentar provar que estes clientes, alguns com “75 e 80 anos, nunca optariam por um produto que não fosse 100 por cento garantido".

Luís Miguel Henrique é advogado da sociedade “MHG e associados”, e representa um grupo de 122 clientes do BPP. O advogado reiterou que até ao final do ano, destes 122 clientes, "entre 15 a 20" vão avançar com processos-crime contra o BPP.

O representante dos clientes acrescentou que tem vindo a pedir acesso ao balanço de 24 de Novembro do BPP que, alegadamente, fundamenta a não devolução imediata do dinheiro a todos os depositantes.


http://economia.publico.clix.pt/noticia ... idCanal=57

Já agora, alguém tem conhecimento de que algum cliente tenha conseguido tirar de lá dinheiro?
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por Zenith » 26/12/2008 13:45

Pata-Hari Escreveu:
Francamente tenho sérias dúvidas que os clientes consigam provar o que quer que seja. Tenho a perfeita noção de que a maioria dos clientes (não digo que não hajam excepções) tinha a perfeita noção de que o risco era acrescido e que não seria um puro depósito a prazo o que tinham subscrito. Tenho sérias dúvidas que no extracto de conta aparecesse a palavra depósito a prazo.

Já o mesmo não acho que se aplique aos processos movidos pelos accionistas do BPN ao BP que correctamente questionarão a actuação do BP, embora ache que, naturalmente e com sempre neste país, nada acontecerá.


Também não acredito. Só depois dos big ones (Balsemão, Machete, Vaz Guedes e outros) para cuja salvação foi feito o empréstimo da CGD recuperarem o deles, é que se vai pensar nos médios, mas aí já não vai haver sobras. Eles comem tudo como diz a canção do Z. Afonso.
 
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por mais_um » 26/12/2008 12:44

Tojo Escreveu:Alguem me confirma o seguinte: tenho um amigo de infancia, construtor civil que meteu toda a fortuna no BPP através de uma taxa garantida que afinal, sabe-se agora que não eram DP.

Disse-me ontem que o BPP já meteu o artigo 140 que se refere a insolvencia ou seja, falencia. Claro que os clientes não vão receber nada, pq ao que parece, na parte de trás dos contratos que faziam a pensar que era um DP, afinal tinha umas letrinhas pequeninas a autorizar o investimento em veiculos.

Isto corresponde à verdade??? É que essa pessoa está em estado de choque, são cerca de 500 mil euros

Obrigado


Boas!

"artigo 140
1 - Quando uma instituição de crédito se encontre impossibilitada de cumprir as suas
obrigações, ou em risco de o ficar, o órgão de administração ou de fiscalização deve
comunicar imediatamente o facto ao Banco de Portugal"

O artigo 140 não é falência ou insolvência, se assim fosse todos os depositantes(depositos à ordem e a prazo) teriam no limite 100 mil euros garantidos pelo fundo de garantia.

Se o banco falir e o deposito referido por ti é um deposito a prazo, ele tem direito ao fundo de garantia, no valor de 100 mil euros. Se é um produto que não é deposito a prazo ou à ordem , não recebe nada.

Se o banco não falir e o deposito for um deposito a prazo, ele tem o dinheiro todo, se não é um deposito a prazo, tem o dinheiro em função das condições do produto que subscreveu. No caso do BPP parece-me que é esta a situação. Isto não invalida que ele se sinta enganado e mova um processo judicial contra o BPP. Se ganha ou não isso já e outra história e no caso de ganhar se ainda há dinheiro para ele ser indemnizado é mais outra história.

Um abraço,

Alexandre Santos
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por Tojo » 26/12/2008 0:44

Alguem me confirma o seguinte: tenho um amigo de infancia, construtor civil que meteu toda a fortuna no BPP através de uma taxa garantida que afinal, sabe-se agora que não eram DP.

Disse-me ontem que o BPP já meteu o artigo 140 que se refere a insolvencia ou seja, falencia. Claro que os clientes não vão receber nada, pq ao que parece, na parte de trás dos contratos que faziam a pensar que era um DP, afinal tinha umas letrinhas pequeninas a autorizar o investimento em veiculos.

Isto corresponde à verdade??? É que essa pessoa está em estado de choque, são cerca de 500 mil euros

Obrigado
 
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por Pata-Hari » 24/12/2008 11:20

É engraçado porque isto demonstra que a DMIF não veio alterar nada e que os deveres de prestação de informação aos clientes não vieram alterar nada do ponto vista prático. Neste caso, até acredito que venha a funcionar contra os clientes que, ao invés de darem um ok telefónico a uma operação, assinaram documentos a aceitar as condições constantes. Será dificil argumentar que não sabiam o que tinham subscrito tendo assinado as fichas técnicas de subscrição de aplicações financeiras.

Esses documentos de subscrição do suposto DP tinham dados mais que suficientes para saberem que não se tratava de um depósito a prazo (aliás, os gestores de conta aos dizerem que é quase um depósito a prazo, estão a dizer que NÂO é um depósito a prazo).

Francamente tenho sérias dúvidas que os clientes consigam provar o que quer que seja. Tenho a perfeita noção de que a maioria dos clientes (não digo que não hajam excepções) tinha a perfeita noção de que o risco era acrescido e que não seria um puro depósito a prazo o que tinham subscrito. Tenho sérias dúvidas que no extracto de conta aparecesse a palavra depósito a prazo.

Já o mesmo não acho que se aplique aos processos movidos pelos accionistas do BPN ao BP que correctamente questionarão a actuação do BP, embora ache que, naturalmente e com sempre neste país, nada acontecerá.
Editado pela última vez por Pata-Hari em 26/12/2008 8:53, num total de 3 vezes.
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por Açor3 » 24/12/2008 9:22

"Isto é igual a um depósito a prazo"


CARLOS RODRIGUES LIMA
Processo. Clientes imputam cinco crimes ao ex-presidente do BPP, João Rendeiro

A história dos queixosos é sempre a mesma: o que à partida seria um mero depósito a prazo, transformou-se num produto financeiro que os mesmo não subscreveram. Conclusão, o dinheiro que tinham depositado no BPP (Banco Privado Português) esfumou-se. Luís Miguel Henrique, advogado que representa alguns clientes, apresentou uma queixa crime contra a anterior administração e quatro gestores de conta, acusando-os da prática de cinco crimes: burla qualificada, abuso de confiança, infidelidade, manipulação de mercado. O advogado recorreu ainda a um decreto de 1984 para levantar ainda uma acusação pelo crime de "destruição de bens próprios com relevante interesse para a economia nacional".

Numa das queixas entregues no Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), a que o DN teve acesso, um cliente refere ter participado numa reunião, em Setembro deste ano, na qual um administrador, Paulo Guichard, e gestores de conta garantiram que, apesar "das dificuldades do sistema financeiro", o BPP era um "banco sólido que até tinha excesso de liquidez, em virtude de ser um banco que não concedia empréstimos". "O mesmo discurso de saúde financeira foi transmitido já em Novembro (2008)", descreve o mesmo queixoso, identificando Vasco Costa como um responsável do BPP que lhe transmitiu estar o banco a emprestar 300 milhões de euros a outras entidades bancárias.

A ambiguidade, segundo os queixosos, parecia ser a prática corrente. Ou seja, os clientes que tinham feito depósitos a prazo começaram a estranhar o aparecimento nos extractos de algumas siglas, como PIAP. Uma delas questionou a gestora de conta. Esta terá respondido: "Não se preocupe, não está a ver aqui capital garantido?". A explicação seria sempre a mesma: "Isto é igual a um depósito a prazo".

E terá sido pela garantia de juros altos e capital garantido que vários clientes acabaram por transferir poupanças de outros bancos para o BPP. Um destes casos é Jorge Jesus, treinador do Sp. Braga. O técnico concentrou todas as suas poupanças no Banco até há pouco tempo liderado por João Rendeiro. Já tentou o resgate do dinheiro, mas até agora não teve sucesso. É um dos clientes que decidiu avançar com uma queixa-crime, procurando , através da Justiça, resgatar os montantes depositados.

Noutro caso, um cliente que afirma ter feito, juntamente com mãe, um depósito a prazo, acaba por descobrir que o dinheiro depositado teria sido utilizado belo banco para investimentos em aplicações. Decidiu, então, a 25 de Novembro protestar através de um carta. Na missiva diz-se "chocado e perplexo" ao saber que "apesar de não me ter vinculado à vossa aplicação LIP, no respectivo extracto que me foi apresentado na reunião, a tinham 'alavancado' de forma escandalosa". "Mais confuso fiquei ao constatar que no referido extracto existiam obrigações que se tinham depreciado consideravelmente desde o final de Outubro em mais de 50%"

A ambiguidade da linguagem bancária poderá fazer com que os processos se eternizem nos tribunais: por um lado, o banco e os gestores sempre poderão garantir que os clientes foram bem informados dos produtos e do risco. Ao Ministério Público e aos depositantes competirá demonstrar o contrário. A queixa está no mesmo departamento do MP, o DCIAP, que investiga o caso BPN e a Operação Furacão.
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por Açor3 » 24/12/2008 9:19

24 Dezembro 2008 - 00h30

Banca - novas acusações poderão dar entrada em breve
DCIAP investiga queixas contra Rendeiro
O ex-presidente do Banco Privado Português (BPP), João Rendeiro, é acusado pelos clientes de quatro crimes; burla agravada, abuso de confiança, destruição de bem próprio com elevado interesse nacional e manipulação de mercado. A queixa deu entrada esta semana no Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) liderado pela procuradora-geral adjunta Cândida Almeida.


Para além de João Rendeiro, são acusados dois administradores, Paulo Guinchard e Salvador Fezas Vital, responsáveis pela concepção e pela venda dos produtos financeiros vendidos com capital garantido e com uma taxa mínima garantida de remuneração.

Mas até ao final do ano a instituição poderá ver-se a braços com vinte processos-crime.

O advogado que representa a Associação de Defesa dos Clientes do BPP, Luís Miguel Henrique, acompanhado por dois clientes da instituição, esteve ontem ao fim do dia reunido com o vice-governador do Banco de Portugal (BdP) para reclamar o acesso ao balanço da instituição que, alegadamente, fundamenta a não-devolução imediata do dinheiro a todos os depositantes, bem como para solicitar ajuda no sentido de chegar à fala com a administração do BPP. "Há grande falta de comunicação", admitiu no final do encontro.

Segundo Luís Miguel Henriques, para já o BdP emitiu uma resposta "evasiva" mas o advogado está confiante de que este encontro vai surtir efeito. Enquanto não chega uma resposta mais esclarecedora, o responsável garante que o trabalho de campo continuará em marcha. "Estamos a recolher informações e documentos por todo o País", adianta, seguro de que até ao final do ano se possa contabilizar "entre 15 a 20 processos-crime" contra a instituição.

CARTAS DA PGR IGNORAM BPN

As cartas enviadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Banco de Portugal a propósito do Banco Insular nunca fazem menção ao Banco Português de Negócios (BPN) ou estabelecem qualquer relação entre as duas instituições. Segundo documentos a que o CM teve acesso, a primeira carta da PGR que fala do Banco Insular data de 2004 e questiona a entidade de supervisão sobre a existência e registo do banco cabo-verdiano em território nacional.

A resposta da instituição liderada por Vítor Constâncio é que "não existe nenhum Banco Insular registado em Portugal". Nesse documento não se fala do BPN e do seu relacionamento com a instituição financeira de Cabo Verde.

Três anos após esta primeira carta (em Junho de 2007), a Procuradoria escreve de novo ao Banco de Portugal, pedindo desta vez a identificação de transacções – "empréstimos a particulares e empresas residentes em Portugal" – feitas pelo Banco Insular, "instituição com sede em Cabo Verde". "Para melhor delimitar a fiscalização em causa", o Banco de Portugal pediu à PGR para saber "qual o âmbito da investigação" em curso. A resposta da PGR é a mesma. Face a esta situação, o Banco de Portugal reafirma que não tem conhecimento de quaisquer transacções.

É em Outubro de 2007, durante uma auditoria à Banca, que a instituição de Vítor Constâncio identifica duas operações onde participa o Insular. Estas operações, onde é identificada a ligação com o BPN, são comunicadas à PGR em Janeiro de 2008.

INVESTIGAÇÃO

O Departamento de Investigação e Acção Penal (DCIAP) vai investigar as quatro queixas entregues e os documentos que as suportam. O processo deverá ficar a cargo do procurador Vítor Magalhães, um magistrado com grande experiência ao nível da criminalidade económica e financeira. As restantes queixas que deverão entrar até ao final do ano vão ser apensas àquelas que já foram entregues durante esta semana.

NÚMEROS

100

Já ultrapassa a centena os clientes reunidos em associação contra o Banco Privado.

450 milhões de euros foi o valor injectado no BPP no âmbito das garantias concedidas pelo Estado.

30 milhões de euros é o valor que o BPP cedeu em dividendos aos accionistas nos últimos três anos.

APLICAÇÃO GARANTIDA

Aos clientes que desejavam aplicações seguras, sem risco do dinheiro investido, o Banco Privado confirmava que o capital estava garantido. O banco prometia uma remuneração mínima de 5,25%, que podia chegar aos 5,75%, mas o novo presidente do BPP já escreveu aos clientes a dizer que a falta de liquidez impede o pagamento da totalidade do capital investido.

JORGE JESUS À ESPERA DA INVESTIGAÇÃO

Jorge Jesus escusou-se a mais comentários no dia de ontem, após a queixa-crime que moveu contra o Banco Privado Português (BPP), banco do qual é cliente e onde tem as economias de parte da carreira. "Não vou fazer mais comentários. Há uma queixa-crime e agora vou aguardar. Já estou em Braga a trabalhar e não vou confundir as coisas", limitou-se a dizer o treinador dos arsenalistas em declarações ao Correio da Manhã.

Jorge Jesus esteve em Lisboa na segunda-feira a tentar inteirar-se da situação financeira do banco de que é cliente e do que se passa com os seus depósitos. Moveu uma queixa-crime e aguarda desenvolvimentos.

CRIMES

BURLA QUALIFICADA

Quem quer obter para si um enriquecimento ilegítimo, por meio de erro ou engano sobre factos que astuciosamente provoca e com isso cause prejuízo patrimonial.

PENA

Quando o prejuízo for de valor consideravelmente elevado e a vítima ficar em difícil situação económica, a pena de prisão pode ir até cinco anos ou multa até 600 dias.

DESTRUIÇÃO DE BEM PRÓPRIO

Trata-se de um crime que não está tipificado no Código Penal e que se encontra consagrado no Artigo 32 do Decreto-lei 28/84 (com várias actualizações em legislação avulsa).

PENA

Se o bem destruído tem implicações ao nível do "interessa nacional" a pena aplicada pode ser a de prisão até ao máximo de dois anos.

ABUSO DE CONFIANÇA

Visa castigar quem, ilegitimamente, se apropriar de uma coisa móvel que lhe tenha sido entregue, por empréstimo. O castigo é agravado em função da profissão.

PENA

Se o agente tiver recebido a coisa em depósito imposto por lei em razão do ofício é punido com pena de prisão entre um e oito anos.

MANIPULAÇÃO DE MERCADO

Trata-se de um crime que castiga quem divulgue informações falsas, incompletas, exageradas ou tendenciosas e realize operações de natureza fictícia.

PENA

Quem tiver conhecimento do crime e não ponha imediatamente termo à sua prática é punido com prisão até dois anos ou multa até 240 dias.

PORMENORES

TRÊS MESES

O Banco de Portugal deu uma folga de três meses ao BPP no que se refere ao cumprimento das obrigações anteriormente contraídas no âmbito da gestão de patrimónios.

CARTA DE DIA 24

O BPP enviou no dia 24 de Novembro uma carta ao Banco de Portugal anunciando que estava numa situação de grave desiquilíbrio financeiro.

PLANO DE RECUPERAÇÃO

O BPP tem de apresentar, dentro de três meses, um plano de recuperação e saneamento, sob pena de retirada da garantia prestada pelo Estado.

Janete Frazão/Miguel Alexandre Ganhão
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por Açor3 » 23/12/2008 17:09

Querem conhecer balanço do banco
Clientes do BPP recebidos hoje pelo vice-governador do BdP
Os representantes de clientes do Banco Privado Português (BPP) reunidos em associação vão hoje ao Banco de Portugal reclamar que lhes seja mostrado o balanço da instituição que, alegadamente, fundamenta a não devolução imediata do dinheiro a todos os depositantes.

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Jornal de Negócios com Lusa


Os representantes de clientes do Banco Privado Português (BPP) reunidos em associação vão hoje ao Banco de Portugal reclamar que lhes seja mostrado o balanço da instituição que, alegadamente, fundamenta a não devolução imediata do dinheiro a todos os depositantes.

"Ou há balanço ou não há balanço à data de 24 de Novembro (...) e publicado está apenas o balanço até 30 de Setembro", disse à agência Lusa o advogado Luís Miguel Henrique, da sociedade MHG Associados, que defende os clientes do Privado reunidos na associação.

O BPP emitiu há dias um comunicado em que anunciava que tinha iniciado os pagamentos a clientes que reclamam as suas aplicações, mas que estes obedeciam a regras ditadas pela situação difícil do banco e pelo facto do dinheiro disponível [liquidez] vir do empréstimo feito por outros bancos com a garantia do Estado.

"Foi publicamente reconhecida pelo Banco Privado Português a existência de dificuldades de liquidez, que levaram (...) a solicitar apoio às autoridades", refere a nota do banco, prosseguindo que "foi anunciada a concessão de um empréstimo [por várias instituições de crédito nacionais] com garantia do Estado, que permitiu o reforço de fundos de liquidez no valor de quatrocentos e cinquenta milhões de euros".

Esse empréstimo, de acordo com o contrato de crédito assinado, "destina-se a fazer face exclusivamente às responsabilidades do passivo registadas no balanço do Banco Privado à data de 24 de Novembro de 2008, data em que o Banco Privado notificou o Banco de Portugal", explicou o BPP.

A dúvida está "no que está dentro desse balanço", sublinha o representante dos clientes, que vai questionar o Banco de Portugal sobre o tema.

Contactado o banco central, este escusa-se a adiantar informações sobre esta questão e até sobre a reunião desta tarde, que surge por solicitação da associação de clientes do BPP, que já anteriormente foi recebida pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

"Vamos ser recebidos no final da tarde pelo vice-governador do Banco de Portugal", adiantou Luis Miguel Henrique, que esta manhã prosseguiu no Porto reuniões individuais com clientes do Privado associados no movimento que representa para "informar e esclarecer sobre as medidas a tomar na defesa dos seus direitos e património pessoal".

Luís Miguel Henrique revelou ainda que os casos de queixas estão a multiplicar-se e hoje entrou mais uma no Departamento de Investigação e Acção Penal.

Insiste que os clientes do BPP reunidos nesta associação, que já ultrapassam uma centena, se queixam de terem sido "ludibriados", já que "á maioria destas pessoas foram `vendidos` depósitos a prazo que na realidade não existem, são outro tipo de aplicações".

Pediram também reuniões, sem resposta até agora, à administração do Banco Privado Português e ao Secretário de Estado do Tesouro e Finanças.
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por Açor3 » 23/12/2008 11:21

BPP cancela investimentos em publicidade para 2009
A primeira edição de Janeiro do semanário "Expresso" não terá, pela primeira vez nos últimos 10 anos, a publicidade do Banco Privado Português (BPP) nas páginas iniciais da "Revista Única".

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Adriano Nobre
anobre@mediafin.pt


A primeira edição de Janeiro do semanário "Expresso" não terá, pela primeira vez nos últimos 10 anos, a publicidade do Banco Privado Português (BPP) nas páginas iniciais da "Revista Única".

A nova administração do banco decidiu cancelar todo o investimento em publicidade para 2009, medida que levou à suspensão da campanha que a BBDO Portugal desenvolvia exclusivamente para as páginas do "Expresso" desde 1999.

A decisão foi tomada na sequência dos graves problemas financeiros que chegaram a colocar em causa a viabilidade do banco anteriormente liderado por João Rendeiro. "O que podemos dizer é que as campanhas para 2009 foram canceladas. A única acção que tínhamos neste momento era a do 'Expresso', que será suspensa a partir da próxima semana", adiantou ao Negócios fonte do departamento de marketing do BPP.

Uma informação confirmada pela directora comercial do jornal, Maria João Peixe Dias, que lamenta a perda de "um cliente importante". "Mas não podemos dizer que foi uma surpresa", refere, numa alusão aos recentes problemas que envolveram o BPP. "Já havia um acordo para a renovação do contrato anual, mas a agência BBDO informou-nos da decisão de cancelamento", explica a directora comercial do "Expresso", que mantém a expectativa de poder voltar a contar com esta campanha nas páginas do jornal. "Foi-nos dito que pode regressar numa segunda fase. Mas, por agora, decidiram não assumir um compromisso de longo prazo".

Estratégia que, diz, está a sentir-se junto de muitos anunciantes que "estão a abandonar o contrato anual de publicidade em detrimento do investimento pontual". Uma solução que lhes dá a vantagem de "não ter um compromisso anual", mas que "retira capacidade negocial para descontos em investimentos mais prolongados". "É um reflexo da conjuntura", reconhece.

No caso da campanha do BPP, a directora comercial garante que a longevidade da parceria não assegurava ao banco um tratamento especial. "Era um contrato normal, com descontos como os negociados com outros clientes". Nos preços de tabela agora praticados pela "Revista Única", a página dupla usada pelo BPP apresenta um custo de 14.500 euros por edição.

A campanha "O Livro" foi criada pela agência BBDO, em 1999, e tinha por mote a publicação de textos sobre dinheiro. Durante os últimos 10 anos, a campanha contou com textos escritos por personalidades como Miguel Esteves Cardoso, Manuel Alegre, Agustina Bessa Luís ou Mia Couto. Os convites eram feitos pela BBDO e a escrita dos textos era livre. Em 2001, a revista "Campaign" considerou esta campanha de imprensa como uma das 10 melhores do mundo.
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por Açor3 » 23/12/2008 9:56

Sócio da consultora dos CTT passou a gestor do grupo BPN


CARLOS RODRIGUES LIMA
Caso CTT. Auto Aliança aconselhou negócio com Rentilusa, empresa do grupo BPN/SLN

Um ano após o negócio, Paulo Silveira foi presidente da administração da Rentilusa

Um dos sócios da empresa de consultadoria que aconselhou à anterior administração dos CTT o negócio com a Rentilusa, para a renovação da frota automóvel, foi nomeado, um ano depois dos factos, presidente do conselho de administração desta empresa do grupo BPN/SLN que ficou com o contrato.

A actuação da empresa de consultadoria, a AutoAliança, foi alvo de reparos pela Inspecção Geral da Obras Públicas (IGOP), que analisou o negócio de aquisição de viaturas adjudicado pela anterior administração de Carlos Horta e Costa à Rentilusa. Um negócio que, segundo uma auditoria, ficou dois milhões de euros mais caros pela opção feita. Em Janeiro de 2005, apesar de vários pareceres internos, a anterior administração adjudicou o contrato à Rentilusa. O caso, tal como o DN avançou ontem, está a ser investigado pela Polícia Judiciária, no âmbito de um inquérito que tem como temas centrais a venda de dois prédios (um em Coimbra, outro em Lisboa) à empresa TramCrone.

A decisão de adjudicar o contrato de renovação a frota automóvel à Rentilusa foi tomada com base num estudo apresentado pela empresa AutoAliança que pertencia a Paulo Silveira e João Vicente (que o DN não conseguiu localizar para obter uma reacção). Esta empresa, de acordo com a IGOP, foi constituída a 20 de Janeiro de 2005, precisamente um dia depois dos CTT terem decidido avançar para a renovação da frota. Em Fevereiro daquele ano, o contrato foi assinado.

Uma consulta feita pelo DN à base de dados da Conservatória do Registo Comercial de Lisboa mostrou, entretanto, que a 15 de Março de 2006, Paulo Silveira assumiu o lugar de presidente da administração da Rentilusa. E abandonou o cargo de gerente da AutoAliança em Agosto daquele ano.

Tal como o DN revelou ontem, o anterior conselho de administração dos CTT optaram pela Rentilusa ao arrepio de pareceres internos. Uns que consideravam a opção pelo AOV (Aluguer Operacional de Viaturas) mais dispendiosa do que a gestão directa da frota. Outros, não consideravam a proposta da Rentilusa como a mais vantajosa para a empresa. Certo é que, após parecer da AutoAliança, a administração rubricou o contrato, representando um custo para a empresa de 17,783 milhões de euros. Mais dois milhões do que a proposta apresentada pela Leaseplan, a segunda concorrente.

Em resposta ao inquérito da IGOP, os antigos administradores Carlos Horta e Costa, Luís Fragoso e Manuel Baptista justificaram a contratação da AutoAliança (uma empresa cujo pacto social nada refere quanto a gestão de frotas, mas sim ao comércio de produtos informáticos). Afirmaram que a consultora "não pode seriamente ser posta em causa quando são reconhecidas no meio a reputação e o currículo dos seus sócios". E que a opção pela Rentilusa se deveu face à "mais completa oferta" em termos de serviços e à cobertura geográfica da mesma.
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por Açor3 » 23/12/2008 9:41

Mais de cem clientes contra o BPP


ANA SUSPIRO
Banca. Entre 100 e 120 clientes do Banco Privado não conseguem reaver os seus fundos e poderão juntar-se às primeiras queixas-crime que ontem terão sido entregues no DCIAP contra a anterior gestão do BPP, que era liderada por João Rendeiro

As primeiras queixas-crime foram ontem apresentadas

O DCIAP (Departamento Central de Investigação e Acção Penal) recebeu ontem as primeiras quatro a cinco queixas de clientes do Banco Privado Português (BPP) que não conseguem reaver o dinheiro entregue ao banco para depósitos, revelou ontem Luís Miguel Henriques aos jornalistas. O advogado, que fala em nome de dezenas de clientes do BPP, admite que o número de queixosos poderá ultrapassar os 100 a 120.

O primeiro queixoso a dar a cara é o treinador do Sporting de Braga. Ontem Jorge Jesus tentou, sem sucesso obter esclarecimentos sobre a a sua conta junto da administração do BPP, agora liderada por Adão da Fonseca (escolhida pelo Banco de Portugal e pelas cinco instituições que concederam um empréstimo de 450 milhões de euros).

As primeiras queixas-crimes a avançar são por burla qualificada, infidelidade e manipulação de mercado. Tês ex-administradores do banco, em particular o ex-presidente, João Rendeiro, são os visados. Na mira estão os "que inventavam os produtos financeiros, mas também quem os vendia de forma enganosa", adianta Luís Miguel Henrique. Um dos principais objectivos é o de que os montantes reclamados sejam contabilizados no balanço do banco. Actualmente, há suspeita de que estão fora do balanço contabilístico da instituição, pelo que não são prioridade nos reembolsos que o BPP está a fazer, graças à liquidez injectada por outros bancos com um aval do Estado.

Com base nos clientes que já o contactaram, Luís Miguel Henriques admite que o número total de queixosos aumente substancialmente.

Os valores em causa estão entre 40 milhões a 45 milhões de euros, o que a dividir por mais de 100 clientes não dá grandes fortunas, argumenta. As contas mais baixas são de cem mil euros e as mais altas são inferiores a quatro ou cinco milhões de euros, menos de 10% do empréstimo obtido pelo banco. Muitos dos queixosos asseguram que os fundos foram entregues ao BPP para depósitos à ordem e não para aplicações em produtos financeiro que se vieram a revelar de alto risco. Noutros casos, diz o advogado, Luís Miguel Henriques, terá havido aplicações feitas ou renovadas sem as autorizações expressas dos clientes. A administração do Banco Privado não prestou esclarecimento até ao fecho da edição.
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por Açor3 » 22/12/2008 10:17

PJ investiga ligações entre ex-CTT e BPN


CARLOS RODRIGUES LIMA
PAULO SPRANGER - ARQUIVO DN
Suspeita. A anterior gestão, liderada por Carlos Horta e Costa, atribuiu a uma empresa do grupo BPN/SLN a renovação da frota automóvel, apesar dos pareceres negativos internos. Inspecção mencionou suspeitas de "contactos priveligiados"

PJ investiga ligações entre ex-CTT e BPN

A anterior administração do CTT ajudicou a uma empresa do Grupo BPN/SLN um contrato de fornecimento e manutenção de viaturas ao arrepio de vários pareceres internos. A decisão foi alicerçada num estudo feito por uma empresa, a AutoAliança, que foi constituída no dia seguinte à decisão do conselho de administração dos CTT de abrir o procedimento para a aquisição dos carros. Ainda por cima, o pacto social da AutoAliança refere como objecto da sociedade a "formação, consultadoria e prestação de serviços na área da informática" e nada sobre gestão de frotas.

Este é um dos casos que está a ser investigado pela Polícia Judiciária no âmbito de um inquérito a vários actos de gestão da anterior administração, liderada por Carlos Horta e Costa que, juntamente com Luís Gra- goso e Manuel Baptista, já foi constituído arguido no processo. O núcleo central do caso diz respeito à venda de um prédio dos CTT, em Coimbra, cujo negócio terá levado ao pagamento de comissões na ordem dos milhares de euros.

No que toca à aquisição de carros, em regime de AOV (Aluguer Operacional de Viaturas), as suspeitas sobre todo o procedimento foram levantadas por uma auditoria da Inspecção-Geral das Obras Públicas (IGOP). O documento, a que o DN teve acesso, refere mesmo que existem indícios de "contactos privilegiados" entre a anterior administração dos CTT e o grupo BPN/SLN a quem pertencia a empresa responsável pelo fornecimento de viaturas, a Rentilusa.

Apesar de vários pareceres internos que se opunham, em primeiro lugar, à decisão de avançar para o regime AOV, e depois para o contrato com a Rentilusa, o anterior conselho de administração decidiu avançar na mesma. O estudo apresentado pela consultora AutoAliança (contratada, segundo a IGOP, directamente pelo ex-gestor Manuel Baptista) foi fundamental. Esta empresa só foi constituída a 25 de Janeiro de 2005, "precisamente no dia seguinte ao da de- liberação do Conselho de Administração que determinou o lançamento do procedimento em causa", refere a IGOP. Uma análise ao CD apresentada pela consultora sobre o processo, a inspecção descobriu m- anipulação de ficheiros: já após ter dado entrada nos CTT, o ficheiro com a proposta da Rentilusa terá sido trabalhado. Verificou-se que "os valores alterados eram inferiores aos da proposta original, tanto em suporte de papel como no CD". Segundo as "propriedades" dos documentos, as alterações ocorreram em computadores dos CTT e em máquinas da Banif Rent, em que, segundo a Segurança Social, trabalhava Paulo Silveira, um dos sócios da AutoAliança. Em resposta ao inquérito da IGOP, os três administradores recusaram liminarmente ter cometido qualquer ilegalidade, dizendo mesmo que a AutoAliança tinha "reputação" e curriculum.|
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por Açor3 » 21/12/2008 21:39

Sociedade Lusa de Negócios
Accionistas aprovam anulação de aumento de capital

Os accionistas da Sociedade Lusa de Negócios (SLN), reunidos em Assembleia-Geral, aprovaram hoje a anulação do aumento de capital que tinha sido decidido antes da nacionalização do Banco Português de Negócios (BPN).

Fonte oficial do grupo informou que a proposta de anulação do aumento de capital foi aprovada por 93,49 por cento, dos votos presentes. Votaram contra 5,63 por cento e abstiveram-se 0,88 por cento.

A SLN Valor, principal accionista da SLN, apresentou um aditamento à sua proposta de anulação do aumento de capital, no que diz respeito à devolução dos cem milhões de euros que os accionistas já avançaram.

De acordo com a proposta, os cem milhões de euros vão ser transformados numa emissão obrigacionista, com um prazo máximo de sete anos.

Isto significa que os investidores desta primeira tranche do aumento de capital (cem milhões dos trezentos milhões de euros) passarão a ser titulares desta emissão e serão reembolsados do valor investido até um máximo de sete anos, com direito a juros.

Os accionistas da SLN tinham anteriormente votado o plano estratégico, apresentado pela administração liderada por Miguel Cadilhe.

Entre os vários pontos que estão a ser votados nesta Assembleia-Geral, consta a deliberação sobre "a interposição de acções judiciais contra os membros dos órgãos sociais que exerceram funções em data anterior a 20 de Junho de 2008, relativamente aos quais tenham ou venham a ser detectadas irregularidades, para efeitos da sua eventual responsabilização por danos causados à Sociedade, emergentes dessas irregularidades".


Lusa
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por Açor3 » 21/12/2008 16:42

21 Dezembro 2008 - 00h30

Algarve: Unidade hoteleira localizada em zona nobre da Quinta do Lago
Hotel do BPN fechado sob pretexto de obras
O grupo proprietário do Hotel Monte da Quinta Suites, que pertence ao Banco Português de Negócios, fechou a unidade hoteleira, alegadamente, para realizar obras numa altura em que tinha poucas reservas em carteira. A empresa nega qualquer relação com a crise no BPN e considera normal a reduzida procura daquele hotel nesta época do ano.


"O Hotel Monte da Quinta Suites está encerrado temporariamente para obras de melhoria", garantiu ao CM Isadora Justo, assistente de Marketing do empreendimento. O hotel de quatro estrelas está localizado numa zona nobre da luxuosa Quinta do Lago, no concelho de Loulé. Isadora Justo alega que não há tradição de festas de Passagem-de-Ano na Quinta do Lago, pelo que considera "normal" o encerramento nesta altura, até por "não haver reservas que justificassem o funcionamento".

O facto de o hotel estar integrado no universo – actualmente conturbado – do BPN suscitou a dúvida sobre uma eventual relação com a crise financeira do banco que foi nacionalizado pelo Governo.

A possível relação foi frontalmente desmentida pela assistente de Marketing da unidade hoteleira. Em causa, garante, estão apenas "obras de beneficiação", para cuja realização o hotel foi encerrado, aproveitando uma época de pouca procura.

Segundo o CM apurou, a unidade deverá reabrir no dia 31 de Janeiro. O Monte da Quinta Resort, empreendimento próximo com 178 moradias e propriedade do mesmo grupo, continua a funcionar.

PORMENORES

SUITES

O Hotel Monte da Quinta Suites tem 132 suites, com um, dois ou três quartos, luxuosamente decoradas. Os preços variam entre os 120 e os 850 euros/noite.

MORADIAS

O Monte da Quinta tem também na mesma zona um resort com 178 moradias de tipologia T2 a V5. Aqui os preços podem variar entre os 150 e os 950 euros/dia.

GOLFE

O Monte da Quinta realizou este ano o seu primeiro torneio de golfe de beneficência, para ajudar os jardins--escola carenciados de Loulé.

Teixeira Marques com A.P. e P.M.
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por Açor3 » 21/12/2008 16:37

Opinião: O caso do BPN e os casos da supervisão bancária
03.11.2008 - 13h01 Paulo Ferreira
Há que não confundir as causas: a nacionalização do BPN não é filha nem enteada da crise financeira internacional. Esta pode ter acelerado o desfecho surpreendente que ontem conhecemos, mas os graves problemas do banco são antigos e têm origem muito diferente.

Numa altura em que as intervenções estatais de emergência no sector financeiro se tornaram habituais, esta distinção é importante e foi sublinhada ontem pelo ministro das Finanças e pelo governador do Banco de Portugal.

Primeiro porque estabelecer uma ligação errada entre os problemas bancários globais e o caso BPN pode criar alarmismo sobre a uma contaminação da crise a Portugal a uma escala que não é verdadeira; e depois porque, pairando sobre este caso graves suspeitas criminais, não se deve varrer isso para debaixo do tapete da crise financeira internacional. Esta começa a ter costas demasiado largas para servir de justificação também para casos deste perfil e para, como tudo indica, mais uma clamorosa "distracção" da supervisão do Banco de Portugal.

O caso BPN é um escândalo financeiro de uma dimensão e com contornos ímpares no Portugal democrático: é a primeira vez que o Estado é obrigado a tomar conta de uma instituição deste calibre por problemas criados por práticas deliberadas de alegados crimes. É de um caso de polícia que se trata.

Há vários anos que o BPN era comentado nos corredores do poder político e financeiro. E razões para isso não faltavam: as relações financeiras pouco transparentes entre accionistas e o banco; a opacidade permanente da lista de accionistas; o "despedimento" sucessivo de três empresas de auditoria externa que, no início da década, cumpriam o dever de colocar públicas reservas às contas do banco; a permanência em funções de um auditor, a BDO, que não fez qualquer alerta relevante às contas nos últimos anos; a elevada rotatividade de elementos do Conselho de Administração; e, como uma "cereja em cima do bolo", a proximidade com ex-governantes como Dias Loureiro, Daniel Sanches, Amílcar Theias ou Arlindo de Carvalho, além, obviamente, do próprio Oliveira e Costa, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais do PSD.

Durante anos se comentou tudo isto e mais casos concretos de alegadas operações iregulares. As poucas notícias que foram publicadas sobre o banco - matérias complexas onde, em regra, ninguém dá a cara e muito menos há provas documentais que as suportem - eram desmentidas pela instituição. Do banco central, que tem essencialmente a tarefa da supervisão, ouvia-se o habitual comentário: "O Banco de Portugal não comenta assuntos relacionados com a supervisão."

Nos últimos meses, os acontecimentos precipitaram-se: Oliveira e Costa, que em tempos foi quadro da supervisão do Banco de Portugal, começou a ser contestado internamente e foi forçado a sair; começaram a surgir públicas denúncias internas de irregularidades e foram feitas queixas às autoridades judiciais; Abdul Vakil assumiu a liderança num período de transição até aparecer Miguel Cadilhe, com a ingrata tarefa de tentar salvar o grupo. Ontem soube-se que era tarde demais e que as práticas eram mais graves do que se pensava.

Chegados ao ponto ontem descrito, a nacionalização compulsiva do banco é, provavelmente, a solução que melhor protege os depositantes e o sistema financeiro numa conjuntura particularmente adversa. Se é a menos onerosa para os contribuintes e a que penaliza devidamente os accionistas é o que saberemos daqui a algum tempo.

Mas como se deixou chegar a este ponto uma instituição que está há anos sob suspeita? Além da imputação de todas as responsabilidades, civis ou criminais, aos responsáveis directos, esta é a pergunta que tem que ser feita.

O governador do Banco de Portugal tentou ontem justificar a actuação da instituição que dirige, mas dela sobraram ainda mais dúvidas. Depois de em 2002 e 2003 ter detectado irregularidades e falhas na informação prestada pelo BPN, o banco central passou, estranhamente, a confiar nos relatórios que a própria instituição lhe fazia chegar. E durante os cinco anos seguintes nada fez o Banco de Portugal acordar da sonolência, até que as denúncias internas tornaram o caso demasiado grave para até o supervisor perceber que tinha que ver o que se passava.

Foi assim no BCP. Repete-se agora no caso, muito mais grave, no BPN. Provavelmente, a próxima auditoria do sistema financeiro devia ser feita ao funcionamento e à cultura de supervisão do Banco de Portugal.
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por Capitão Nemo » 20/12/2008 20:15

BPP

João Rendeiro enfrenta queixa-crime por burla

O ex-presidente do Banco Privado Português vai ser alvo de uma queixa-crime por alegada burla qualificada, infidelidade e manipulação de mercado. A participação será entregue no DIAP por clientes do banco

Paulo Guichard, administrador executivo, e Paulo Conceição Lopes, director coordenador com o pelouro de criação de produtos, serão também visados pela participação que será entregue no Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa pelo advogado Luís Miguel Henrique (MHC & Associados) – representante de mais de 60 clientes do BPP.

Ao que o SOL apurou, os clientes do BPP subscritores da participação ao Ministério Público auto-descrevem-se como cidadãos comuns que, após um aliciamento agressivo dos comerciais do BPP, decidiram transferir as suas economias de bancos como o BCP ou o BPN para a instituição então liderada por João Rendeiro. Muitos deles continuam com as suas contas congeladas, apesar das inúmeras tentativas de resgaste do capital investido efectuadas após as primeiras notícias da crise do BPP.


Fonte Sol http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Econom ... _id=120786
Cumprimentos,

Cap. Nemo
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por Capitão Nemo » 20/12/2008 15:29

É preciso ter uma lata... Quer dizer a culpa dos problemas do BPP são do mau momento dos mercados :roll:

Pergunto e quando estava tudo bem no tempo do bull market quando era fácil ganhar dinheiro, a culpa era dos mercados também?!...

Então para que são precisos e o que andam a fazer os administradores e os profissionais que trabalham no Banco?

Conselho de administração da Privado Holding demite-se

"Não me sinto culpado pela situação do BPP", diz João Rendeiro

O conselho de administração da Privado Holding, empresa que controla o Banco Privado Português (BPP), demitiu-se hoje no decorrer da Assembleia Geral. João Rendeiro, fundador do banco, diz que não se sente culpado pela situação da instituição e afiançou que acredita na viabilidade do BPP.

João Rendeiro, fundador do Banco Privado Português, acredita na viabilidade da instituição
"O conselho de administração da Privada Holding apresentou renúncia aos cargos no decorrer da Assembleia Geral de accionistas. A AG decorreu de forma serena e manifestei a minha total confiança à administração do BPP que está a levar a cabo esta difícil missão de garantir que as poupanças dos clientes estão asseguradas", afirmou João Rendeiro à saída da reunião magna de accionistas.

O banqueiro espera que as poupanças dos clientes sejam asseguradas.

"Não me sinto culpado - não há lugar a culpa - mas de uma situação complicado nos mercados financeiros", defendeu quando questionado sobre a sua responsabilidade em relação à actual situação do BPP.

Rendeiro, questionado sobre a hipótese de Miguel Júdice o poder vir a substituir na Privado Holding, afirmou: "Seria uma possibilidade fantástica". O banqueiro, recorde-se, foi afastado da presidência BPP, mas ainda se mantinha à frente da holding.

A AG de accionistas da Privado Holding, que controla o BPP, terminou sem a tomada de qualquer decisão, tendo sido retirados os pontos em discussão, incluindo o aumento de capital. Em breve será marcada uma nova reunião. A AG terminou por volta das 14h30.


Fonte Expresso http://clix.expresso.pt/gen.pl?p=storie ... ies/482557
Cumprimentos,

Cap. Nemo
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por Açor3 » 20/12/2008 12:10

BPP
João Rendeiro Enfrenta queixa-crime por burla
Por Luís Rosa
O ex-presidente do Banco Privado Português vai ser alvo de uma queixa-crime por alegada burla qualificada, infidelidade e manipulação de mercado. A participação será entregue no DIAP por clientes do banco.

Paulo Guichard, administrador executivo, e Paulo Conceição Lopes, director coordenador com o pelouro de criação de produtos, serão também visados pela participação que será entregue no Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa pelo advogado Luís Miguel Henrique (MHC & Associados) – representante de mais de 60 clientes do BPP.

Ao que o SOL apurou, os clientes do BPP subscritores da participação ao Ministério Público auto-descrevem-se como cidadãos comuns que, após um aliciamento agressivo dos comerciais do BPP, decidiram transferir as suas economias de bancos como o BCP ou o BPN para a instituição então liderada por João Rendeiro. Muitos deles continuam com as suas contas congeladas, apesar das inúmeras tentativas de resgaste do capital investido efectuadas após as primeiras notícias da crise do BPP
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por Açor3 » 20/12/2008 10:31

O Procurador, que foi hoje ouvido pela Comissão Parlamentar de Orçamento e Finanças, afirmou aos deputados que o Banco de Portugal respondeu posteriormente que não tinha qualquer registo do Banco Insular de Cabo Verde.

O pedido de informação em causa, que foi enviado pelo Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), teve lugar no âmbito de uma investigação a uma empresa portuguesa, que o Procurador não identificou e que na altura tinha negócios com o Banco Insular.

Em causa estavam dúvidas a respeito com um negócio de venda de terrenos num processo que estava a correr no DCIAP e que não estava relacionado com o BPN, adiantou Pinto Monteiro. Estas declarações vão ao encontro da notícia avançada pela Lusa a 10 de Novembro, que dava conta de que o Ministério Público investigou negócios do Insular com empresas portuguesas, em 2004 e 2005, no âmbito de uma investigação por suspeita de branqueamento de capitais.

Durante anos, o Banco Insular de Cabo Verde foi controlado de forma clandestina pelo Banco Português de Negócios, sendo utilizado para ocultar das autoridades várias centenas de milhões de euros em perdas e imparidades com operações de crédito.

Segundo afirmou recentemente o Governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, o supervisor apenas teve conhecimento de ligações entre o BPN e o Insular em 2007, sendo que o banco apenas reconheceu controlar a instituição cabo-verdiana em Junho de 2008, já após a saída do anterior presidente, José de Oliveira e Costa, que actualmente se encontra detido em prisão preventiva por suspeitas de burla e branqueamento de capitais, entre outros crimes.

Na mesma ocasião, Vítor Constâncio garantiu ainda que o Banco de Portugal nunca recebeu informações do Ministério Público a respeito do Banco Insular. A descoberta destas imparidades e o reconhecimento, por parte do BPN, de que o Insular era por si controlado, levaram ao colapso do banco e à sua recente nacionalização.

Lusa/SOL
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por Açor3 » 20/12/2008 10:26

Caso BPN
Oliveira e Costa foi hoje interrogado
José Oliveira e Costa esteve hoje a ser ouvido pelo grupo de procuradores que investigam a Operação Furacão e o caso BPN. O ex-administrador foi confrontado com factos novos e poderá brevemente ser enviado para casa por razões de saúde.
O antigo homem forte do Banco Português de Negócios que se encontra em prisão preventiva foi hoje interrogado pela equipa de procuradores da Operação Furacão e do Caso BPN. No interrogatório, foi confrontado com factos novos, obtidos já após o interrogatório que antecedeu a sua prisão preventiva, a 21 de Novembro.



Oliveira e Costa foi também ouvido pelo procurador-coordenador da investigação, Rosário Teixeira, nas instalações do Departamento Central de Investigação e Acção Penal, no centro de Lisboa, onde o SOL o fotografou, cerca das 13h.


Para breve poderá estar a alteração da medida de coação de prisão preventiva aplicada ao arguido. A doença oncológica de que sofre poderá motivar um pedido para ficar em detenção domiciliária. O seu advogado ou o Ministério Público terão porém de o requer ao juiz do processo e este de validar a decisão.


Oliveira e Costa está indiciado por crimes de burla qualificada, abuso de confiança agravado, fraude fiscal, infidelidade, aquisição ilícita de acções, falsificação e branqueamento de capitais, enquanto administrador do BPN.


O perigo de fuga e perturbação da investigação levou ao decretamento da prisão preventiva, após um dia de interrogatório judicial.



SOL
Editado pela última vez por Açor3 em 20/12/2008 10:34, num total de 1 vez.
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