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Caldeirão da Bolsa

Bancos Portugueses Beira da Falência-BPP Falência Iminente..

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Açor3 » 19/12/2008 17:12

Planos Poupança Reforma 2008-12-19 13:00
BPN começa a comercializar produtos da CGD
O Banco Português de Negócios (BPN), que foi nacionalizado e está sob gestão da Caixa Geral de Depósitos (CGD), começou a vender dois produtos do banco público, num sinal de cada vez maior ligação entre as instituições.

Tiago Freire

Segundo um comunicado do BPN, o banco começou, a 9 de Dezembro, a comercializar dois Planos Poupança Reforma (PPR) da Companhia de Seguros Fidelidade Mundial, que pertence ao grupo CGD. Estarão disponíveis, para os clientes do BPN, o Levexpert PPR e o PPR Capital Mais, para subscrição até final do ano. Esta é mais uma forma de angariar recursos de clientes e aproveitar os benefícios fiscais que os PPR garantem, levando a uma maior procura por estes produtos nos períodos de final de ano.

Recorde-se que, depois da nacionalização, o BPN está a ser gerido por uma equipa da CGD, liderada por Francisco Bandeira, vice-presidente do banco
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por Açor3 » 19/12/2008 17:11

PGR no Parlamento 2008-12-19 15:47
Caso BPN tem quatro processos no Ministério Público
Pinto Monteiro disse hoje que estão a decorrer quatro processos no Ministério Público sobre o caso BPN. Dois inserem-se na Operação Furacão e os restantes resultaram de uma queixa apresentada pelo Banco de Portugal a 29 de Agosto e das buscas às instalações do BPN, que contaram com a colaboração de Miguel Cadilhe, o último presidente do BPN antes da nacionalização.

Sandra Almeida Simões
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por Açor3 » 19/12/2008 11:08

SLN concentra-se na Saúde e no Petróleo
Plano estratégico de Cadilhe foi ontem aprovado em AG. Aumento de capital da “Operação Cabaz” será transformado num empréstimo obrigacionista a sete anos.

Sandra Almeida Simões

Miguel Cadilhe recebeu ontem novo voto de confiança dos accionistas da Sociedade Lusa de Negócios (SLN). As opções estratégicas do grupo pós nacionalização do BPN foram aprovadas em assembleia-geral. As áreas de saúde e o petróleo serão a partir de agora os principais focos de actuação da holding, outrora um “império” que tinha na banca - através do BPN - o seu principal activo.

As opções estratégicas representavam o ponto nove, e último, da ordem de trabalhos da Assembleia-geral. No entanto, este acabou por ser o primeiro ponto debatido, em resultado de um requerimento interposto pela SLN Valor, detentora de 31% do capital social da SLN SGPS.

O antigo ministro das Finanças fez o diagnóstico do grupo e avançou com propostas estratégicas para o grupo. Uma apresentação que suscitou várias dúvidas aos accionistas e que acabou por estar em discussão durante mais de duas horas. O presidente da SLN enumerou as áreas consideradas estratégicas para o grupo e os sectores a alienar, incluindo pequenas unidades a fechar. O Grupo Português de Saúde mantém-se, assim, como uma das principais apostas da holding. “A saúde é uma das áreas com mais massa crítica e que se acredita que origine grande rentabilidade”, afirmou fonte da SLN.

Por outro lado, é também a nível internacional que recai outra das prioridades da SLN. Aqui, a empresa ACR, concessão e exploração petrolífera em Angola, ganha forte destaque. “Acredita-se no potencial de exploração de petróleo em Angola. Iniciou-se recentemente a exploração, pelo que não faz sentido alienar”, justificou a mesma fonte.

Sem grandes novidades face ao já anteriormente anunciado por Cadilhe, o plano ontem apresentado aos accionistas prevê a venda de “pequenas unidades que estejam a pesar nas contas do grupo”. Mantém-se igualmente o processo de alienação da CNE Cimentos, tal como as empresas de vinhos e novas tecnologias, que já está a decorrer.


Operação Cabaz transformada em empréstimo obrigacionista
Por volta das 20 horas iniciou-se a discussão em torno validade e susbsistência das deliberações do conselho de administração de 30 de Junho, 4 de Julho e 12 de Agosto, relativas ao aumento de capital e à venda de acções próprias, a que se designou Operação Cabaz.

Mais de seis horas depois do ínicio dos trabalhos, a anulação da Operação Cabaz foi aprovada com 93,49% dos votos do capital social representado. No entanto, a proposta inicial da SLN Valor sofreu um aditamento no que se refere à devolução da tranche de 100 milhões de euros já injectada pelos accionistas na holding. “A devolução será efectuada mediante a transformação dos 100 milhões num empréstimo obrigacionista, com um prazo máximo de sete anos, com condições, tal como a taxa de juro anual, ainda a definir”.

Para além disso, em consequência da aprovação da anulação da Operação Cabaz, os accionistas que participaram foram desonerados da obrigação de realização do remanescente do capital social subscrito e do preço de aquisições das acções próprias. Recorde-se que o aumento de capital, no valor de 300 milhões de euros, deveriam ocorrer em três tranches iguais, pelo que com a resolução de ontem evita-se que os accionistas tenham de investir os restantes 200 milhões de euros. A transformação em empréstimo obrigacionista foi, assim, uma solução encontrada para ressarcir os investidores, até porque neste momento a holding não teria recursos financeiros para efectuar a devolução imediata dos montantes investidos pelos accionistas.

À data em que o aumento de capital foi aprovado, Miguel Cadilhe ignorava “pura e simplesmente a real situação da sociedade por não dispor, nem ter ao seu alcance informação correcta, nem sendo possível conceber ou imaginar que houvesse uma tal monstruosa incidência de imparidades”.

À hora de fecho desta edição, tudo corria de feiçao ao presidente da SLN, com os dois pontos votados a serem aprovados. Isto apesar de algum desconforto e sentimento de desconfiança por parte dos accionista, sobretudo, os mais pequenos. Ainda com cinco pontos por votar, as atenções recaim na interposição de accções judiciais contra os membros dos orgãos sociais que exerceram funções em data anterior a 20 de Junho, o ponto número oito. As expectativas indicam que também esta deliberação reúna consenso por parte dos accionistas.


Os principais pontos polémicos da AG

1 - Processos contra administradores
Um dos últimos pontos da AG da SLN dizia respeito à interposição de acções judiciais contra as antigas administrações de Oliveira Costa e Abdool Vakil, que exerceram funções antes da actual administração liderada por Miguel Cadilhe.

2 - Opções pós-nacionalização do BPN
O último ponto da AG da SLN incidia sobre as opções estratégicas a serem tomadas pelo Grupo SLN após a nacionalização do BPN, proposta pelo Governo no passado dia 2 de Novembro, naquela que foi a primeira nacionalização desde o 25 de Abril.

3 - Anulação da ‘Operação Cabaz’
Estava prevista a anulação do aumento de capital e a venda de acções próprias - ‘Operação Cabaz’ - mas um aditamento da SLN Valor alterou esta proposta, tendo sido aprovada a realização de um empréstimo obrigacionista com o prazo de sete anos.
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por Açor3 » 19/12/2008 10:29

Finanças
Futuro incerto depois da nacionalização do BPN
Cadilhe: «Queremos relançar o grupo depois do terramoto»
2008/12/19 00:32Rui Pedro VieiraAAAA
Administrador da SLN diz que tempos são difíceis para todos os grupos empresariais
O presidente do Conselho de Administração da Sociedade Lusa de Negócios (SLN) disse esta quinta-feira, à saída da Assembleia-Geral do grupo, que o objectivo é agora recuperar as forças e relançar a empresa.

«O nosso grande objectivo é relançar o grupo depois do terramoto que foi a nacionalização (do BPN)», disse Miguel Cadilhe aos jornalistas.

Como tal, considera positiva a união do grupo nas decisões tomadas na Assembleia-Geral (AG) e que contemplam não só a suspensão do aumento de capital de 300 milhões de euros, mas também seguir com processos contra ex-administradores que tenham cometido irregularidades e a aprovação do plano estratégico para os próximos três anos, ou seja de 2009 a 2011.

«Precisamos de vender activos para reduzir passivos», disse Cadilhe a propósito da referida estratégia, que passa por alienar ou encerrar negócios que pesam nas contas e manter outros que possam trazer mais rentabilidade, como é o caso da Saúde. A solução é, de acordo com Cadilhe, «vender tudo o que encontre comprador».

Tempos são incertos

Sobre o elevado passivo da instituição, o administrador considera que é importante «digeri-lo» e «procurar dar a volta e ganhar asas».

Apesar disso, Miguel Cadilhe alerta para o facto dos próximos tempos serem «difíceis» e «adversos», algo que não afecta apenas a SLN: «Os tempos estão incertos para toda a gente, para todos os grupos empresariais», reconheceu.
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por Açor3 » 19/12/2008 10:26

Ricardo Almeida
19 Dezembro 2008 - 00h30

Fábrica
Novo buraco de 55 milhões no BPN
A nacionalização do BPN traduziu-se também na nacionalização indirecta da Labicer, uma empresa de cerâmica do Grupo BPN sediada perto de Aveiro. Com um investimento de 55,2 milhões de euros, a fábrica foi considerada Projecto de Interesse Nacional (PIN) em 2005 e teve um apoio público de 9,16 milhões
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por Açor3 » 18/12/2008 21:30

Accionistas da SLN aprovam orientações estratégicas
Os accionistas da Sociedade Lusa de Negócios (SLN) aprovaram hoje as orientações estratégicas da companhia que controlavam o Banco Português de Negócios e que passam pela concentração no negócio de saúde e alienação dos restantes negócios.

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Maria João Gago
mjgago@mediafin.pt


Os accionistas da Sociedade Lusa de Negócios (SLN) aprovaram hoje as orientações estratégicas da companhia que controlavam o Banco Português de Negócios e que passam pela concentração no negócio de saúde e alienação dos restantes negócios.

Na assembleia geral que decorre hoje, foi apenas aprovado o primeiro ponto da ordem de trabalhos, que diz respeito às orientações estratégicas da SLN.

Este ponto foi aprovado com os votos favoráveis de 99,2% do capital presente.

Deste modo, depois da nacionalização do BPN, a SLN vai concentrar-se no negócio da saúde - encontrando um parceiro estratégico para o Grupo Português de Saúde - e irá vender a generalidade das restantes empresas do universo SLN.

Ainda na AG de hoje, os accionistas da SLN devem aprovar a proposta de anulação do aumento de capital e da venda de acções próprias realizadas no Verão. O objectivo desta deliberação é permitir que os accionistas da SLN recuperem os 100 milhões de euros que injectaram na "holding" e evitar que tenham que investir os restantes 200 milhões que deveriam ser entregues em duas tranches posteriores.

A anulação do aumento de capital do grupo liderado por Miguel Cadilhe é proposta pela SLN Valor, que tem 31% do capital. Se a maioria dos accionistas aprovar esta medida, os investidores ficarão credores da SLN, uma vez que, neste momento, a sociedade não dispõe de recursos financeiros para devolver aqueles fundos. Até porque a quase totalidade dos recursos foi aplicada num aumento de capital do Banco Português de Negócios (BPN), no valor de 80 milhões de euros, e que, pelo menos no imediato, não é possível recuperar, porque a instituição foi nacionalizada.

A própria proposta da SLN Valor admite que o reembolso do dinheiro seja feito de forma "diferida", tendo em conta a real situação da "holding". Recorde-se que o grupo tem em curso um programa de alienação de activos, pelo que a devolução dos recursos injectados pelos accionistas poderá ser feita à medida que se forem concretizando aqueles negócios.
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por Açor3 » 18/12/2008 21:14

Finanças
Verba refere-se a dinheiro desconhecido do grupo
Auditoria a contas da SLN detecta perdas de 950 milhões
2008/12/18 19:41Rui Pedro VieiraAAAA
Ponto da AG propõe interposição de acções judiciais contra ex-administradores
As auditorias mandadas realizar às contas da Sociedade Lusa de Negócios (SLN) detectaram perdas de mais de 950 milhões de euros.

Segundo informação facultada aos accionistas, para a Assembleia-geral que decorre esta quinta-feira em Lisboa, «na sequência das auditorias mandadas realizar, foram detectadas imparidades e perdas, em base consolidada, de valor superior a 950 milhões de euros».

O mesmo documento adianta que as referidas imparidades «eram desconhecidas da Sociedade por as operações e os factos de onde emergem terem sido ou ocultados ou não devidamente relevados nas suas contas».

O assunto é adiantado no ponto 8 da ordem de trabalhos que, depois de um requerimento, passou para o final. Este tópico refere-se à apreciação geral da administração e fiscalização da sociedade, incluindo deliberar sobre a interposição de acções judiciais contra membros dos órgãos sociais em funções antes de 20 de Junho deste ano.

A AG encontra-se ainda a discutir o ponto que remete para a estratégia do grupo na fase pós-nacionalização do BPN, que era inicialmente o ponto 9 e que passou para primeiro ponto.
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por Açor3 » 18/12/2008 15:08

Camilo Lourenço
A CGD, a "factura" BPN e o PREC
camilolourenco@gmail.com
O Governo vai aumentar o capital social da Caixa Geral de Depósitos em mil milhões de euros. A decisão só surpreende os incautos dada a dimensão dos prejuízos do BPN, que devem ficar bem acima dos 700 milhões avançados inicialmente pelo ministro das Finanças.


O Governo vai aumentar o capital social da Caixa Geral de Depósitos em mil milhões de euros. A decisão só surpreende os incautos dada a dimensão dos prejuízos do BPN, que devem ficar bem acima dos 700 milhões avançados inicialmente pelo ministro das Finanças. Como a CGD é do Estado, os mil milhões vão sair dos cofres do Tesouro (provavelmente à custa da emissão de dívida pública). Com a inevitável degradação do "rating" da República portuguesa. Isto é, os contribuintes vão pagar mais cara a dívida que o Estado emite. Mais: dada a "influência" do Governo na CGD (Teixeira dos Santos reconheceu que o Executivo está a usar a instituição para pressionar os outros bancos...), é provável que em 2009 a Caixa precise de mais umas centenas de milhões de euros...

Como se tudo isto não bastasse, o Governo (se lá estivesse outro, faria a mesma coisa) ainda "chantageia" os bancos, instando-os a concederem crédito à economia sob pena de ficarem sem os 20 mil milhões de euros em garantias do Estado. Um disparate (se o fizesse, os bancos portugueses ficariam sem crédito no exterior...) típico dos tempos do PREC, quando os Governos influenciavam os conselhos de crédito dos bancos. Ora, aqui está uma razão para que os bancos privados recusem aumentos de capital subscritos pelo Estado: imagine-se o que era se a banca começasse a tomar decisões em função dos interesses do partido no poder... Haja decoro!
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por Açor3 » 18/12/2008 10:00

Governo diz não ter motivos para temer posição da SLN no SIRESP
O Governo parece descansado sobre a presença da Sociedade Lusa de Negócios (SLN) na gestão da rede de comunicações das forças de segurança. Dizendo-se atento ao cumprimento das medidas de implementação do SIRESP - Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal, o Governo não procurou, até ao momento, substituir a SLN no capital da rede.

Alexandra Machado
amachado@mediafin.pt

O Governo parece descansado sobre a presença da Sociedade Lusa de Negócios (SLN) na gestão da rede de comunicações das forças de segurança. Dizendo-se atento ao cumprimento das medidas de implementação do SIRESP - Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal, o Governo não procurou, até ao momento, substituir a SLN no capital da rede.

A SLN detém 33% do SIRESP directamente e mais 9,55% através da Datacomp. O que faz da SLN a maior accionista da empresa que gere as comunicações das forças de segurança. A PT é a segunda maior, com 30,55%, a Motorola tem 14,9% e a Esegur tem 12%.

A SLN não incluiu o SIRESP na lista de alienações que pretende realizar para capitalizar o grupo, agora que já não tem o BPN. No entanto, hoje vai decorrer a assembleia geral da SLN, onde se irão discutir as opções estratégicas para o grupo liderado por Miguel Cadilhe, entre as quais o programa de vendas, o tal que não incluiu o SIRESP.
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por Pata-Hari » 18/12/2008 9:25

"Há o risco de termos sido burlados." E adianta: "Se o banco não aplicou o dinheiro num depósito, é o banco que tem de assumir o risco."
. Mas é exactamente esta a questão. O banco assumiu o risco. E falhou.
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por Açor3 » 18/12/2008 9:23

Reunião: Associação que defende depositantes foi recebida pela CMVM
Clientes comparam BPP a caso Madoff
Os aforradores do Banco Privado Português (BPP) que investiram em depósitos a prazo receiam ter sido burlados. Ontem, após a reunião com a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, a Associação de Defesa dos Clientes do BPP comparou os investimentos do banco que era liderado por João Rendeiro ao esquema piramidal usado nos casos Dona Branca e Madoff.


"Façam um estudo comparativo dos negócios do Madoff, da Dona Branca e do BPP e vejam se não foi isso que se passou aqui", denunciou Miguel Henrique, advogado da associação.

Confrontando com a hipótese de as aplicações a prazo terem sido convertidas noutros produtos, o representante é claro: "A esmagadora maioria dos clientes pensou que lhes estavam a ser vendidos depósitos." Segundo o advogado, os cerca de 60 clientes que compõem o grupo não são exemplo de grandes fortunas. "Das dezenas de clientes que represento ainda não totalizei nem um milhão, nem dois dos muitos milhões de que se fala." Ainda assim, diz, "os 450 milhões [concedidos ao BPP] não estão preparados para responder aos depósitos [existentes]".

Ao CM, um antigo supervisor de soldadura que esteve mais de 40 anos no estrangeiro confessou ter investido todas as poupanças no BPP. "A minha única sobrevivência são os juros que recebo", explicou, adiantando que recebia "dois a três mil euros de três em três meses". Segundo o emigrante, "nunca foi dada aos clientes qualquer informação fidedigna". Garantindo que o produto que subscreveu era um depósito a prazo, o silêncio da instituição gera os piores receios: "Há o risco de termos sido burlados." E adianta: "Se o banco não aplicou o dinheiro num depósito, é o banco que tem de assumir o risco."

Um advogado com aplicações "conservadoras" afirma que "há um verdadeiro blackout na instituição". Os contactos, diz, são feitos exclusivamente com os gestores de conta, que dão informações "contraditórias". "Em determinada altura aconselharam o resgate e uma semana depois já garantiam que a aplicação era estável." No seu entender, a aplicação do dinheiros dos pequenos aforradores num esquema piramidal "é um hipótese".

NOTAS

ASSEMBLEIA

A Associação de Defesa dos Clientes do BPP reúne-se hoje para decidir quanto à hipótese de estar presente na assembleia geral de accionistas, que decorre amanhã.

SÓ ACCIONISTAS

Na reunião apenas podem participar accionistas do banco, por isso a associação terá de encontrar um investidor disponível para representar o grupo.

200 MILHÕES

Vários clientes do BPP ainda não conseguiram resgatar os depósitos. Dos 450 milhões de euros disponibilizados ao BPP, o banco já terá utilizado 200 milhões para cobrir os resgates. Mas o advogado da associação garante: "Não tenho um único cliente que já tenha recebido o dinheiro."

DEPÓSITOS

O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, diz que "o que motivou a intervenção no BPP não foi assegurar que o banco fosse um player relevante na concessão de crédito na economia", mas "assegurar os depósitos de mais de 160 mil portugueses".

Diana Ramos/Sofia Piçarra
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por Açor3 » 18/12/2008 9:20

Informação consta do caso BPN
Luís Filipe Vieira comprou acções da SLN
2008/12/18 07:54Redacção / MDAAAA
Negócio favorável ao actual presidente do Benfica
A Euroamer, gigante imobiliária que antes de falir era gerida por Artur Albarran, vendeu 4.913.438 acções da Sociedade Lusa de Negócios (SLN) à Inland, de Luís Filipe Vieira, por oito milhões de euros, diz o «Correio da Manhã».

O negócio de 7 de Junho de 2001 terá sido favorável ao actual presidente do Benfica uma vez que, nem seis meses antes, a mesma Euroamer tinha vendido também 4.913.438 de acções da SLN a uma outra empresa, mas neste caso por 11,8 milhões de euros.

De acordo com o mesmo jornal, toda a informação sobre estas duas transacções, sabe consta dos processos do Banco Português de Negócios, detido pela SLN, em investigação no Ministério Público.
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por Açor3 » 18/12/2008 9:18

Banca
Accionistas da SLN avaliam processo contra Banco de Portugal
Os accionistas da Sociedade Lusa de Negócios (SLN) estão a equacionar a possibilidade de avançarem com um processo judicial contra o Banco de Portugal (BdP) por ausência de actuação da supervisão no banco Português de Negócios (BPN).

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Maria João Gago
mjgago@mediafin.pt


Os accionistas da Sociedade Lusa de Negócios (SLN) estão a equacionar a possibilidade de avançarem com um processo judicial contra o Banco de Portugal (BdP) por ausência de actuação da supervisão no banco Português de Negócios (BPN).

Em causa está o facto de, durante anos, administrações lideradas por José de Oliveira Costa terem cometido diversas irregularidades que resultaram em perdas superiores a 700 milhões de euros e que, perante o agravamento da crise financeira, levaram o Estado a nacionalizar a instituição financeira.

Fontes dos investidores da SLN, que detinha a totalidade do BPN até à nacionalização do banco, adiantaram ao Negócios que já existe consenso relativamente à intenção de processar o BdP. No entanto, ainda não foi tomada qualquer decisão formal nesse sentido, quer por accionistas quer por qualquer órgão da "holding" liderada por Miguel Cadilhe.
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por Açor3 » 17/12/2008 22:24

BPN

PS vai pedir levantamento do sigilo sempre que o considerar necessário
Hoje às 20:38
O PS vai pedir o levantamento do sigilo em relação a personalidades que invoquem essa figura no âmbito da comissão parlamentar de inquérito ao caso BPN, admitindo ainda investigar eventuais fugas de informação após reuniões à porta fechada.


Ricardo Rodrigues diz que o PS vai pedir o levantamento do sigilo sempre que o considerar necessárioRicardo Rodrigues afirma que o PS admite investigar eventuais fugas de informação

Ao contrário do que aconteceu na comissão de inquérito ao BCP, desta vez, o PS vai pedir, sempre que considerar que se justifica, o levantamento dos segredos, anunciou Ricardo Rodrigues, explicando que esta medida visa fazer com que as pessoas que vierem a ser ouvidas falem sem constrangimentos.

«Independentemente das pessoas que são solicitadas a virem aqui poderem invocar segredos», a intenção do PS é de, «sempre que se justifique», requerer «o levantamento desse segredo», explicou o deputado socialista.

Assim sendo, nesses casos, as reuniões da comissão de inquérito ao BPN vão acontecer à porta fechada, assumindo os deputados o compromisso de honra de não passar informações aos jornalistas.

«Sempre que algum órgão de comunicação social, verificado que aqui se disse uma coisa que está em segredo de justiça, o divulgar, nós requeremos a identificação do autor dessa comunicação», afirmou Ricardo Rodrigues.

O socialista justificou que «essa matéria é muito importante para o PS», porque o partido quer «levar muito a sério os trabalhos» da comissão parlamentar de inquérito ao caso BPN.

Na opinião da presidente da comissão, Maria de Belém Roseira, trata-se de uma questão de honra, de compromisso e de honorabilidade do próprio Parlamento, daí, ter apelado aos deputados para que respeitem o sigilo.

A posição do PS surgiu no decorrer da primeira reunião de trabalhos da comissão de inquérito ao BPN, que tomou posse na terça-feira.

Na reunião, que se realizou após o plenário, ficou definido que os dois vice-presidentes da comissão são José Pedro Aguiar Branco, pelo PSD, e Honório Novo, pelo PCP.

Não ficou ainda definido a data da próxima reunião, admitindo-se porém que possa ocorrer ainda este ano.
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por carrancho » 17/12/2008 14:13

MarcoAntonio Escreveu:
Finanças
Faltam ajudas no sector industrial
Belmiro: «Se caíssem dois ou três bancos não se notava»

2008/12/12 18:41Sara MarquesAAAA

Empresário diz que medidas do Conselho de Ministros vão continuar a proteger a banca

Belmiro de Azevedo criticou esta sexta-feira, no Porto, a preocupação por salvar o sistema financeiro: «Não sei porque é que agora toda a gente concorda que a maior prioridade é salvar o sistema financeiro. Mas para que é que serve um sistema financeiro muito eficiente, se a actividade económica não funciona?»


Ora cá está. Isto está muito dentro do que eu tenho defendido...

Só faz sentido estar a alimentar e a "remendar" os buracos da Banca na medida em que esta for ajudar a economia.

Porque se é para tapar os buracos e não deixar os Bancos falir (como objectivo único/exclusivo) não faz sentido e é uma total idiotice. Mais valia aplicar o mesmo dinheiro na economia que produz, nas empresas!

Enfiar o dinheiro nos Bancos se estes não o redistribuirem de seguida pelos que mais necessitam para continuar a produzir, não serve de nada. É como enfia-lo num buraco, proteger uns (a Banca) e deixar os restantes à sua sorte, completamente desprotegidos.

Sim, neste contexto, mais valia deixar falir quem tinha de falir e que os Bancos estivessem sujeitos à mesma lei de mercado que estão a sujeitar o resto da economia.


«Mas o sistema financeiro sem actividade económica é uma bola que anda no ar e não serve para nada», adiantou.


Ora nem mais!

Para que serve ajudar/proteger a banca se o resto das empresas começar a falir ou desatar a despedir pessoas por não ter liquidez ou por não ter que produzir (por falta de consumo)?

Não serve para nada. Foi apenas um buraco onde se enfiou milhares de milhões que podiam ter ido para outro lado!...


Governo pode retirar garantias se banca não conceder crédito às empresas (act.)


17/12/2008


O ministro das Finanças salientou hoje que as garantias dadas aos bancos têm que ter impacto real na economia, sob pena de serem retiradas. “Em última instância, em caso extremo, se o aval dos bancos não se traduzir em crédito à economia, devemos questionar se no futuro vale a pena o Estado continuar com este esforço”, afirmou Teixeira dos Santos hoje de manhã na Comissão de Economia e Finanças, no Parlamento.

O Ministro sublinhou ainda que “o Estado terá de velar pelo cumprimento dos pressupostos da garantia, como está na portaria”.

Ontem, Teixeira dos Santos já tinha afirmado que, no limite, o Governo pode vir a retirar as garantias que deu à banca se as instituições não fizerem chegar o crédito às empresas.

Questionado pelos jornalistas à saída de um jantar organizado pelo Clube do Chiado, em Lisboa, sobre a possibilidade de o Estado vir a retirar as garantias que deu à banca no âmbito da actual crise financeira, Fernando Teixeira dos Santos disse que esse "poderá ser um cenário extremo".

"Havendo incumprimento das condições da garantia", esse é um cenário que se poderá verificar, clarificou o ministro.

O governo disponibilizou em Novembro um pacote de 20 mil milhões de euros de garantias à banca, para as instituições conseguirem obter mais facilmente financiamento no exterior e, assim, continuarem a fazer escoar o financiamento para as empresas e para as famílias.

Na segunda-feira, o primeiro-ministro e o ministro das Finanças já tinham feito um apelo à banca para que esta emprestasse mais dinheiro às empresas, de forma a reabilitar a economia portuguesa, numa altura em que se multiplicam as queixas de que, apesar das linhas de crédito abertas, o financiamento continua a não chegar às empresas.

"Temos que exigir aos bancos, com base nas garantias", que emprestem dinheiro às empresas, acrescentou hoje Teixeira dos Santos, notando que é preciso "recordar-lhes que obtiveram garantias para concederem crédito".

Quanto à possibilidade da Caixa Geral de Depósitos vir a servir como braço do Estado para fazer chegar o crédito às empresas, o ministro das Finanças admitiu que o executivo está a "usá-la para fazer" pressão sobre o mercado.

"A Caixa é uma instituição que está presente no mercado mas tem consciência das suas responsabilidades; é solidária com o Governo em assegurar o financiamento às empresas", disse Teixeira dos Santos.

"Quando tudo corria bem [no sistema financeiro], os bancos fidelizavam os seus clientes; será que os bancos não têm [agora] também que ser fiéis aos seus clientes?"., questionou o governante.



Finalmente... Isto não podemos ser todos a ajudar quem criou o problema para só se salvarem eles!!!
Abraço,
Carrancho
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por mais_um » 17/12/2008 13:54

Boas!

Para quem não sabe, uma comissão parlamentar de inquérito, tem a mesma constituição (proporção) que o parlamento, assim a maioria dos membros desta comissão são do PS, logo não esperem milagres, independentemente do currículo dos seus membros.

Julguem por vós…

PS:
Maria de Belém Roseira Licenciatura em Direito
Afonso Candal Frequencia do 5º Ano do Curso de Economia
Marques Júnior Licenciatura em Ciências Militares
Helena Terra Licenciatura em DIREITO
Mota Andrade Licenciatura em Engenharia Civil
Ricardo Rodrigues Licenciado em DIREITO
Sónia Sanfona Licenciatura em Direito
Leonor Coutinho Licenciatura em Matemática e Pós-Graduação em Finanças e Gestão do Imobiliário
Jorge Seguro Sanches Licenciatura em Direito

PSD:
Aguiar Branco Licenciado em Direito
Hugo Velosa Licenciatura em Direito
Miguel Macedo Licenciatura em Direito
Almeida Henriques Licenciatura em Direito

CDS:
Nuno Melo Licenciatura em Direito

PCP:
Honório Novo Licenciatura em Engenharia Electrotécnica

BE:
João Semedo Licenciatura em Medicina

Verdes:
Heloísa Apolónia Licenciatura em Direito

Quando há uma maioria no parlamento, as comissões de inquérito nunca chegam a conclusões contra essa maioria, seja do PS, seja do PSD. Quando não há maioria, as conclusões são normalmente contra o governo, desde que isso sirva os interesses da oposição.

Assim a única utilidade das comissões parlamentares de inquérito é manter os holofotes sobre determinado tema, nada mais do que isso, tudo o resto é show off.

Deixo aqui os links sobre as comissões que podem ter interesse para este fórum:

http://www.parlamento.pt/sites/com/XLeg ... fault.aspx

http://www.parlamento.pt/sites/com/XLeg ... fault.aspx


Um abraço

Alexandre Santos
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por MasterGuardian » 17/12/2008 12:37

Isto vem tudo de encontro ao que tenho vindo a afirmar faz tempo: "Temos politicos retóricos a gertir este pais, e não gestores com provas dadas."

É triste este facto, as os governos são eleitos pela sua arte de persuasão, poder de influência,etc

Basicamente e decididamente: Não estão as pessoas certas no lugar certo, e assistimos ao que temos neste país. A máfia está instalada.
 
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por CerealKiler » 17/12/2008 12:22

Açor3 Escreveu:Boas

Essa senhora a que se refere é licenciada em Direito por Coimbra.Disso de que fala deve perceber tanto como de saúde quando foi Ministra.Os «Boys» do PS tem que andar entretidos com alguma coisa.Isto só revela a importância que a Assembleia deu ao tema.

Boas Festas


estão a prepara "uma grande montanha" de noticias, factos, argumentação,... para depois sair um "rato"...vamos ver ainda é preso o motorista.LOL
 
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por Açor3 » 17/12/2008 12:18

Boas

Essa senhora a que se refere é licenciada em Direito por Coimbra.Disso de que fala deve perceber tanto como de saúde quando foi Ministra.Os «Boys» do PS tem que andar entretidos com alguma coisa.Isto só revela a importância que a Assembleia deu ao tema.

Boas Festas
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por CerealKiler » 17/12/2008 12:12

Desculpem lá e aqui a ignorância, mas essa presidente da comissão para análise do BPN, não foi ministra da Saúde, ..

quer dizer, qual a formação académica para o tacho dessa senhora?

será que ela vai "tratar da saúde" aos implicados no escândalo, ou é mais "cosmética" para um caso futuro arquivado ?
 
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por Açor3 » 17/12/2008 11:58

Pedro Santos Guerreiro
A Dona Banca
psg@mediafin.pt

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Os homens são mesmo todos iguais: gananciosos e ingénuos. Do pobretanas que pede crédito à Dona Branca aos maiores banqueiros mundiais que investiam no Madoff, há um deslumbramento comum que os faz entregarem-se às mãos dos vigaristas: a promessa de dinheiro fácil. E o BPN e o BPP também são para aqui chamados.


Os homens são mesmo todos iguais: gananciosos e ingénuos. Do pobretanas que pede crédito à Dona Branca aos maiores banqueiros mundiais que investiam no Madoff, há um deslumbramento comum que os faz entregarem-se às mãos dos vigaristas: a promessa de dinheiro fácil. E o BPN e o BPP também são para aqui chamados. Inventado há cem anos por um imigrante italiano nos Estados Unidos, um finório chamado Charles Ponzi, o esquema piramidal garante remunerações elevadas a quem lá investir, que são pagas com a entrada de novos membros: o juro do primeiro membro é pago com o capital da entrada do segundo membro, o deste pelo terceiro, este pelo quarto e assim eternamente até ao rebentamento da "bolha". Tanto na Dona Branca como com Bernard Madoff, foi preciso décadas para que ela estoirasse.

Outras prodigiosas pirâmides continuam operacionais e repletas de "investidores" que juram não correr risco algum, porque negoceiam cosméticos, selos ou dietas da treta que servem de pretexto tangível para o negócio intangível de criar coisa nenhuma.

Quando perguntaram a Madoff que activos tinha, nada tinha. Ele, que foi denunciado pelos filhos, tinha uma imagem à prova de bala. Os gestores das empresas, incluindo a Fairfield Sentry, gozavam de alta reputação no sistema financeiro.

Vítor Constâncio tem carradas de razão: a fraude não se detecta, os reguladores são os cegos desta terra em que quem tem olho é rei. Como pôde o temível regulador das bolsas americanas, a SEC, ser assim incompetente? Como é que um gigante fluxo financeiro que nada comprava ou vendia passou décadas com distinção nos relatórios dos auditores?

Há uma lição básica de finanças que se aprende nas universidades de Economia ou nos corredores do metropolitano: em mercados em concorrência, a rendibilidade das empresas converge para uma taxa de retorno próxima da inflação mais um pequeno "spread" - se for superior, outros operadores entram no mercado até esmagarem o lucro económico, que tende para zero. Nos corredores do metropolitano, a formulação é mais fácil: quando a esmola é grande, o pobre desconfia. O rico é que não.

Que banco andou anos a oferecer depósitos a prazo e aplicações de baixo risco com taxas muito acima da concorrência? O BPN. E que banco prometia rentabilidades tão elevadas que atraiu grandes investidores e, por exemplo, caixas agrícolas? O BPP.

Mas há uma diferença: o grupo Santander, que tem grande exposição ao Madoff, transferiu o prejuízo para os clientes que tinham investido nesses fundos, alegando que eles tinham um nível de alto risco que era conhecido pelos clientes. No BPP, para salvar as caixas agrícolas salvou-se o próprio banco, assim salvando gente de mais e isentando de responsabilidades os gestores das caixas que correram riscos nessa decisão. E mesmo no BPN, a nacionalização garantiu aos depositantes as taxas anormalmente altas que haviam sido prometidas, lucros excessivos suportados pelos contribuintes.

Não tinha de ser assim. Por mais cruel que a opção do Santander seja, se for verdade que os clientes estavam informados dos riscos, é compreensível que assumam as perdas. No BPP, é injustificável que se protejam todos os investidores. No BPN, o Estado podia (e devia) ter garantido aos depositantes apenas uma remuneração média de mercado, não as super-taxas oferecidas durante anos como se fossem saldos fora de época.

Não há alquimias, potes no fim de arco-íris ou Midas que tornem chumbo em ouro. Crianças e adultos, ricos e pobres: o Pai Natal não existe. Quer apostar o seu dinheiro nisso?
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qualquer dia quem não for arguído não é bom pai de família

por mcarvalho » 17/12/2008 9:51

Cinco antigos administradores dos CTT constituídos arguidos


17/12/2008


Cinco antigos elementos da administração dos CTT foram constituídos arguidos pela Polícia Judiciária no âmbito da investigação a actos de gestão por si praticados.

Segundo o “Diário de Notícias”, no centro do processo está a venda de dois prédios, um em Lisboa, o segundo em Coimbra, a empresas ligadas à TCN/Portugal, cujos antigos administradores também foram constituídos arguidos. Em causa estão crimes de gestão danosa, infidelidade e corrupção passiva.

Nas últimas semanas, elementos da Unidade Nacional contra a Corrupção da PJ lançaram uma vasta operação de buscas pelas residências de antigos administradores e por outras pessoas que se suspeita estarem ligadas ao negócio. Após as incursões, os antigos administradores Carlos Horta e Costa, Manuel Baptista, Luís Centeno, Gonçalo Leónidas e Vera Patrício Gouveia foram constituídos arguidos.
 
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por mcarvalho » 17/12/2008 9:50

Dias Loureiro ganhou 7,1 milhões no BPN


17/12/2008


Dias Loureiro vendeu as suas acções da Sociedade Lusa de Negócios (SLN) ao grupo Banco Português de Negócios (BPN), principal activo da SLN, por 7,14 milhões de euros, em 2002, ano em que deixou de ser administrador executivo da SLN.

De acordo com o “Correio da Manhã”, o valor do negócio consta na declaração de rendimentos entregue pelo ex-ministro no Tribunal Constitucional, em 28 de Maio de 2002, como início da actividade de deputado do PSD.
 
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por Flying Turtle » 16/12/2008 17:18

Açor3 Escreveu:"O que considero absolutamente essencial é, além de se apurar responsabilidades políticas, saber se o tecido legislativo que regula estas relações [económicas e financeiras] é eficaz, adequado ou se deve merecer alterações", acrescentou Maria de Belém Roseira, à margem da cerimónia.


Adivinha-se já o resultado - se algum chegar a existir sequer - quanto à actuação do BdP :evil:

FT
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por Açor3 » 16/12/2008 16:12

Comissão de inquérito do caso BPN tem 90 dias para apresentar conclusões
A comissão eventual de inquérito ao caso BPN, que hoje tomou posse, vai ter 90 dias para concluir a sua missão e um "trabalho espinhoso pela frente", declarou hoje a presidente, Maria de Belém Roseira, durante a tomada de posse.

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Jornal de Negócios com Lusa


A comissão eventual de inquérito ao caso BPN, que hoje tomou posse, vai ter 90 dias para concluir a sua missão e um "trabalho espinhoso pela frente", declarou hoje a presidente, Maria de Belém Roseira, durante a tomada de posse.

"O trabalho é espinhoso porque o objecto desta comissão é muito abrangente e, se é muito abrangente, vamos ter que trabalhar de uma maneira muito capaz", afirmou durante a tomada de posse, citada pela Lusa.

"O que considero absolutamente essencial é, além de se apurar responsabilidades políticas, saber se o tecido legislativo que regula estas relações [económicas e financeiras] é eficaz, adequado ou se deve merecer alterações", acrescentou Maria de Belém Roseira, à margem da cerimónia.

No discurso inicial, o presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, referiu que a comissão terá 90 dias para concluir os trabalhos e que os deputados que a integram vão poder trabalhar durante os fins-de-semana e férias.

A comissão vai ter 17 elementos efectivos e oito suplentes.

O calendário de trabalhos vai ser definido numa reunião que a presidente da comissão agendou para quarta-feira, após o plenário.
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