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Caldeirão da Bolsa

Bancos Portugueses Beira da Falência-BPP Falência Iminente..

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Última Hora...

por Açor3 » 20/11/2008 17:45

Operação Furacão
Oliveira e Costa constituído arguido
Por Felícia Cabrita
José Oliveira e Costa, antigo administrador do BPN, foi hoje constituído arguido, após o Ministério Público (MP), a Inspecção Tributária e a Guarda Fiscal terem realizado uma série de buscas a várias das suas residências, soube o SOL
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por Açor3 » 20/11/2008 16:11

Problemas na banca resultam de falta de controlo das sociedades
2008/11/20 14:19Redacção / MDAAAA
«Os controlos societários não funcionam», defende
O presidente da Comissão dos Mercados de Valores Mobiliários(CMVM), Carlos Tavares, disse esta quinta-feira que os problemas no BPN e no BCP foram devidos «à falta de controlo do governo das sociedades», escreve a agência «Lusa».

Carlos Tavares, que abordou o tema «informação financeira e mercado de capitais» no XII Congresso de Contabilidade e Auditoria que decorre na Universidade de Aveiro, ao responder a questões do público, defendeu que «os problemas no BCP e BPN teriam seguramente sido evitados se houvesse regulamentação sobre a governação das sociedades».

«Os controlos societários não funcionam e não há administradores independentes Os administradores não executivos vão às sociedades uma vez por mês e não questionam as decisões», disse.

Segundo Carlos Tavares, «os accionistas também não pedem habitualmente explicações nas assembleias-gerais» e «há a prática indesejável das instituições financiarem a compra de capital, o que deixa os accionistas numa situação de dependência».

Sobre o caso do BPN, Carlos Tavares não quis entrar em detalhes, limitando-se apenas a justificar: «não posso e não devo».

Comentando a crise internacional, o presidente da CMVM referiu que houve uma expansão da economia financeira sem tradução na economia real, nomeadamente com liquidez abundante e baixas taxas de juro.
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por Açor3 » 20/11/2008 14:14

Santos Silva diz que intervenção no BPN foi acertada
O presidente do BPI, Artur Santos Silva, classificou hoje de "acertada" e "necessária" a intervenção do governo no Banco Português de Negócios (BPN).

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Jornal de Negócios com Lusa


O presidente do BPI, Artur Santos Silva, classificou hoje de “acertada” e “necessária” a intervenção do governo no Banco Português de Negócios (BPN).

Referindo-se à decisão do Executivo de nacionalizar o BPN, Santos Silva disse que essa “foi uma medida acertada”, notando que “era necessária uma solução”, dado “o peso importante” do BPN no sector financeiro português.

O mesmo responsável referiu, em declarações aos jornalistas à margem do II Encontro da Rede PME Inovação COTEC, que era “fundamental transmitir confiança” no sistema, para que as pessoas se sentissem “protegidas”.

O Governo português anunciou no início de Novembro a nacionalização do BPN na sequência de perdas não declaradas no valor de 700 milhões de euros e da impossibilidade de cumprimento dos rácios de capital obrigatórios por lei.

A Cotec Portugal - associação empresarial para a inovação - foi constituída em Abril de 2003, por iniciativa do Presidente da República Jorge Sampaio, com vista a contribuir para o aumento da competitividade das empresas portuguesas através do desenvolvimento e difusão de uma cultura e prática de inovação.

Elogiando a autoridade de supervisão do sistema financeiro português, Santos Silva disse, contudo, que “em situações em que há fraudes, não é possível chegar lá”.

“A intervenção [decidida pelas autoridades] é muito positiva”, afirmou, mas isso não impede que se aprenda “com situações mais críticas”. A título de exemplo, Santos Silva recordou o que se passou com o Banesto em Espanha.
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por Açor3 » 20/11/2008 9:17

Antigos accionistas do BPN avaliam acção contra Estado por causa de indemnização
Os accionistas da Sociedade Lusa de Negócios (SLN) vão decidir em breve sobre a possível acção contra o Estado por causa dos critérios de fixação da indemnização destinada a compensar os investidores pela nacionalização do Banco Português de Negócios (BPN).

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Maria João Gago
mjgago@mediafin.pt


Os accionistas da Sociedade Lusa de Negócios (SLN) vão decidir em breve sobre a possível acção contra o Estado por causa dos critérios de fixação da indemnização destinada a compensar os investidores pela nacionalização do Banco Português de Negócios (BPN).

Ao que o Negócios apurou, é cada vez mais forte a probabilidade de os antigos proprietários do BPN processarem o Estado por considerarem inconstitucional aquele ponto da lei das nacionalizações.
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por Açor3 » 20/11/2008 1:04

Finanças
Presidente do Banco Privado Português
Rendeiro: «Sistema financeiro português está em dificuldades»

Responsável diz que banca nacional está, de facto, a ser afectada pela crise global
O presidente do Banco Privado Português (BPP), João Rendeiro, considera que o sistema financeiro português está, na sua generalidade, em dificuldades.

Em entrevista à «SIC Notícias», o presidente do primeiro banco português a admitir que precisa de ajuda, mostrou-se mais pessimista que a maioria dos seus homólogos, ao admitir que os bancos nacionais estão, de facto, em dificuldades «na medida que o sistema financeiro internacional também está».

Embora não comente as declarações ligeiramente mais «optimistas» dos outros responsáveis do sector-alguns ainda a ponderar se recorrerão ou não às ajudas do Estado-, João Rendeiro lembra que «basta ir até Lomdres ou até Nova Iorque, dois grandes centros financeiros, para se sentir o clima que se vive».

«É talvez a maior crise dos últimos 70 anos», afirmou o presidente do BPP, acrescentando que, se se evita dizer que o sistema nacional está também mal, «não estamos a entender o que se passa».

«A nível global esta é uma situação delicada», afirmou
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por Açor3 » 19/11/2008 20:40

BE pede demissão de Dias Loureiro de conselheiro de Estado

O Bloco de Esquerda pediu a demissão do conselheiro de Estado Manuel Dias Loureiro na sequência da divulgação de noticias que apontam a participação do antigo administrador da sociedade proprietária do BPN num negócio ocultado às autoridades.
«A ser verdade tal facto», Dias Loureiro «devia demitir-se de conselheiro de Estado», disse o líder bloquista, Francisco Louçã, esta quarta-feira, durante uma discussão sobre a audição parlamentar do ex-administrador da Sociedade Lusa de Negócios.

A audição de Dias Loureiro, bem como de outros antigos responsáveis do banco, foram chumbadas pelo PS, esta quarta-feira, com base no argumento de que existe uma investigação judicial em curso sobre o caso BPN.
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por Açor3 » 19/11/2008 20:40

BE pede demissão de Dias Loureiro de conselheiro de Estado

O Bloco de Esquerda pediu a demissão do conselheiro de Estado Manuel Dias Loureiro na sequência da divulgação de noticias que apontam a participação do antigo administrador da sociedade proprietária do BPN num negócio ocultado às autoridades.
«A ser verdade tal facto», Dias Loureiro «devia demitir-se de conselheiro de Estado», disse o líder bloquista, Francisco Louçã, esta quarta-feira, durante uma discussão sobre a audição parlamentar do ex-administrador da Sociedade Lusa de Negócios.

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por Açor3 » 19/11/2008 20:39

BE pede demissão de Dias Loureiro de conselheiro de Estado

O Bloco de Esquerda pediu a demissão do conselheiro de Estado Manuel Dias Loureiro na sequência da divulgação de noticias que apontam a participação do antigo administrador da sociedade proprietária do BPN num negócio ocultado às autoridades.
«A ser verdade tal facto», Dias Loureiro «devia demitir-se de conselheiro de Estado», disse o líder bloquista, Francisco Louçã, esta quarta-feira, durante uma discussão sobre a audição parlamentar do ex-administrador da Sociedade Lusa de Negócios.

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por Açor3 » 19/11/2008 20:38

Depois de irregularidades encontradas
BPN: CDS-PP entrega pedido de constituição de comissão de inquérito
2008/11/19 19:07Redacção / SPPAAAA
«Queremos que se saiba tudo» diz Nuno Melo
O CDS-PP vai entregar quinta-feira uma proposta de constituição de uma comissão de inquérito parlamentar no âmbito das irregularidades encontradas no Banco Português de Negócios (BPN) e que levaram à nacionalização do banco.

«Queremos que se saiba tudo», afirmou esta quarta-feira o deputado do CDS-PP, Nuno Melo, no Parlamento, onde o PS chumbou os requerimentos do Bloco de Esquerda e do PCP, que pediam a audição dos ex-responsáveis pela gestão do BPN, entre eles, Dias Loureiro, que, por carta, se disponibilizou a ir à Assembleia da República.

«Caberá à maioria socialista não inviabilizar a comissão de inquérito» sobre o BPN, afirmou Nuno Melo, aos jornalistas, à saída do debate, avançou a «Lusa».

Na reunião da comissão de Orçamento e Finanças, o deputado do CDS-PP pediu que o PS se pronunciasse sobre o sentido de voto para a constituição da comissão de inquérito, o que não aconteceu.

Ainda antes, o deputado do PS, Vítor Batista, tinha voltado a defender que as «explicações têm que ser dadas nos locais de investigação» e não no Parlamento, que «funciona num quadro de responsabilização política».

O deputado socialista levantou dúvidas sobre o que ganhou o Parlamento com a comissão de inquérito às entidades reguladoras, defendendo que «agora acontecia exactamente» o mesmo.

Dos partidos da oposição chegaram várias críticas ao PS.

Francisco Louça, do Bloco de Esquerda, considerou que esta posição do PS é um «abuso de poder contra a democracia» e questionou os socialistas sobre «o que querem tapar?».

O deputado disse ainda «estranhar» que o PS acuse a líder do PSD, Manuela Ferreira Leite, de um silêncio cúmplice em relação ao BPN e inviabilize agora a audição dos ex-gestores do BPN.
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por Açor3 » 19/11/2008 10:13

Novas regras societárias do BPN aprovadas em Dezembro
Os novos estatutos do Banco Português de Negócios, que irão adaptar as regras societárias da instituição ao facto desta ter passado a ser uma sociedade de capitais exclusivamente públicos, têm de ser aprovados pelo Governo até 12 de Dezembro próximo.


Maria João Gago
mjgago@mediafin.pt


Os novos estatutos do Banco Português de Negócios, que irão adaptar as regras societárias da instituição ao facto desta ter passado a ser uma sociedade de capitais exclusivamente públicos, têm de ser aprovados pelo Governo até 12 de Dezembro próximo.

Neste momento, a administração liderada por Francisco Bandeira tem já em curso o projecto de elaboração dos estatutos, missão que lhe foi entregue pela Direcção-Geral do Tesouro, novo accionista único do BPN.

De acordo com a lei das nacionalizações, os novos estatutos do banco têm que ser aprovados "no prazo de 30 dias" após a transformação da sociedade em empresa maioritária ou totalmente pública. As regras societárias terão de ser objecto de um decreto-lei específico, à semelhança do que acontece, por exemplo, com os estatutos da Caixa Geral de Depósitos
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por Açor3 » 19/11/2008 9:13

Sociedade Lusa de Negócios 2008-11-19 00:05
Dona do BPN tem buraco de 200 milhões
As contas da SLN registam uma insuficiência que ficará fora do plano de saneamento do BPN.

Lígia Simões

Os accionistas da Sociedade Lusa de Negócios (SLN) têm motivos para estar mais preocupados. Depois do “buraco” no BPN, que obrigou o Governo a intervir, também a ‘holding’, antiga proprietária do banco está em maus lençóis. As auditorias extraordinárias, em curso, dão conta de um volume de imparidades (activos avaliados acima do seu real valor) superior a 200 milhões de euros no sector não financeiro do grupo SLN, revelou ao Diário Económico fonte do grupo.

Contas feitas, o “buraco” financeiro da SLN SGPS está avaliado, até ao momento, em mil milhões de euros, com o BPN a somar imparidades superiores a 750 milhões de euros, de acordo com os resultados dos relatórios elaborados pelas auditoras Deloitte e da Mazars.

O volume de imparidades acumuladas na SLN, segundo a mesma fonte, resulta de um conjunto de operações duvidosas que se reflectem, por exemplo, na “sobrevalorização de activos e contabilizações incorrectas” na ‘holding’ que detém centenas de empresas e emprega mais de seis mil pessoas, em diversos sectores de actividade, como a indústria agro-alimentar, a indústria cimenteira, o imobiliário e o turismo. Com um “buraco” de 200 milhões, os accionistas do grupo poderam ser chamados à viabilização da SLN, ‘holding’ de negócios que vê ser-lhe amputada, com a nacionalização do BPN, uma parte vital – a área financeira.

Estes novos dados reforçam o tom ao alerta de Cadilhe, deixado na conferência de imprensa em que reagiu à decisão de passar o BPN para a esfera do Estado: “Com a nacionalização, o Governo veio criar ou agravar problemas no seio do grupo SLN”, lembrando que o grupo emprega 6.500 pessoas e que apenas um terço corresponde ao banco.

Fonte do grupo avançou que “serão apresentadas em breve propostas aos accionistas” da SLN – que têm também participações no BPN - para solucionar as perdas de 200 milhões. Recorde-se que o ex-presidente do BPN, Miguel Cadilhe, tem reiteradamente realçado que foi através de auditorias extraordinárias mandadas fazer pela administração por si liderada que o volume de imparidades do BPN foi verdadeiramente determinado, e não pela acção inspectiva do Banco de Portugal. O trabalho dos auditores revelou agora também a real situação financeira de toda a área não financeira do grupo SLN.

Dezassete dias depois do anúncio da nacionalização do BPN, as imparidades do grupo SLN - na sua antiga forma - somam mil milhões de euros. Números que reforçam a visão de Cadilhe sobre os erros passados. Este responsável já tinha afirmado que ficou surpreendido pela sua “dimensão, a densidade e reincidência continuada”. E é face a este cenário que se antecipa agora uma cooperação entre a velha e a nova administração do BPN liderada por Francisco Bandeira. O objectivo é uma uma maior coordenação e conjugação de esforços para garantir a “optimização” da SLN e do BPN, entidades que têm vivido em conjunto e têm dependido uma da outra.


Plano Cadilhe não foi avaliado por auditor
Miguel Cadilhe considerou a nacionalização do BPN desproporcionada, acusação rejeitada por Teixeira dos Santos.

O Ministro das Finanças defendeu a opção tomada pelo Governo com o argumento de que os cofres do Estado não saem mais onerados.

Fonte do Grupo SLN volta a reafirmar que a proposta de Cadilhe - reforço dos capitais do BPN em 600 milhões de euros, traduzidos em acções preferenciais sem direito de voto, remuneradas - “exigia menos capitais públicos”. O ministro das Finanças garantiu, por sua vez, que a proposta do então presidente do BPN conduziria a um encargo para os contribuintes. Justificações que, segundo a mesma fonte, não foram fundamentadas, pois “nem sequer foi contratada uma auditora internacional para avaliar o plano de Cadilhe, tal como é feito em operações de aquisição no sistema financeiro”.
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por Açor3 » 19/11/2008 9:06

SLN precisa já de 150 milhões para sobreviver


PEDRO FERREIRA ESTEVES
RUI COUTINHO-ARQUIVO DN
Crise. A perda do BPN provocou uma grave situação financeira nas empresas da Sociedade Lusa de Negócios, dadas as necessidades de liquidez imediata. A ameaça de uma espiral de execuções de dívida põe em causa 4500 postos de trabalho e pode provocar um "buraco" de 500 milhões no BPN
O presidente da Sociedade Lusa de Negócios (SLN) foi claro na reacção à nacionalização do BPN, o "braço financeiro" de um grupo que conta com cerca de duas centenas de empresas ou negócios. "Esta decisão do Governo vai criar ou alargar os problemas no seio do SLN", disse Miguel Cadilhe no passado dia 3. E, de facto, desde então, a situação agravou-se e ameaça atingir contornos graves, não sendo de excluir uma situação de quebra total das actividades.

O DN soube junto de fonte do grupo que existem 150 milhões de euros de necessidades de liquidez até ao princípio de 2009 só para assegurar a continuidade das operações. Em causa estão linhas de crédito que precisam de ser refinanciadas e despesas com salários ou fornecedores, vitais para o funcionamento das empresas mais debilitadas. O receio dentro da SLN é que os processos de venda de activos em curso, sobretudo os mais desejados - saúde e seguros (ver textos nestas págs.) -, não fiquem concluídos antes do relançamento de alguns créditos de curto prazo, situação que ameaça 4500 postos de trabalho.

"Existe uma ameaça iminente para a totalidade do grupo. Assim que as primeiras linhas de crédito caiam, é possível que todos os bancos executem os seus créditos, deixando o grupo em situação de ruptura até ao final do ano", admitiu ao DN uma fonte da SLN. Uma das situações mais preocupantes é a da Adicais-Investimentos Imobiliários, que tem um financiamento em papel comercial a terminar no final do mês. "Se a Adicais não conseguir pagar, a situação precipita-se".

Dependência SLN-BPN

A SLN está dependente das decisões que a actual gestão do BPN, assumida pelo administrador da CGD, Francisco Bandeira, tome sobre as linhas de crédito que o grupo tem no banco. Segundo soube o DN, o "bolo" de empréstimos do BPN chega aos 500 milhões de euros, a maior parte dos 800 milhões do endividamento total da SLN. A ideia que corre dentro do grupo é que a nova gestão do BPN "endureceu" a negociação destas linhas, gerando uma grande "incógnita" quanto ao futuro destes financiamentos.

Fonte oficial da nova gestão do banco disse ao DN que "o BPN ainda não cortou qualquer financiamento ou crédito a empresas do grupo SLN". No entanto, apurou o DN junto de fonte do SLN, os spreads de algumas operações em curso já foram aumentados para valores próximos do que é praticado normalmente no mercado, já que alguns tinham taxas muito baixas. Por outro lado, a nova gestão do BPN não tem dado indicações de que vá renovar facilmente os créditos. Sem dinheiro dos accionistas (o aumento de capital foi suspenso), várias despesas correntes estão em risco.

A ameaça para a saúde das empresas da SLN prende-se com o facto de estarem formadas com capitais próprios insuficientes, muito alavancadas em dívida (ver pág. ao lado).

Ameaça para o BPN

Mas uma eventual ruptura da SLN também não é desejável para o BPN. É que além dos 500 milhões de euros que podiam "desaparecer" das contas do banco - exigindo injecções adicionais do dinheiro do Tesouro -, há várias actividades da SLN que têm um impacto importante no banco. E que podem até ser parte das soluções para os problemas do BPN.

Entre as principais, está a Netpay, a rede de pagamentos automáticos concorrente à da Unicre. Embora tenha sido um dos activos nacionalizados, as máquinas são de uma empresa da SLN que permite ao BPN receber, por dia, três milhões de euros. Se as máquinas pararem, o banco deixa de contar com esta importante injecção de liquidez. Por outro lado, as contas e créditos dos trabalhadores da SLN estão no BPN. Numa situação de ruptura entre as sociedades, representaria uma perda importante de clientes para o banco. | com A.S.
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por rk0r794 » 18/11/2008 23:15

Afinal, compreende-se porque a operação furacão não avançava no tempo do Sr. Dias Loureiro.
O presidente Cavaco Silva deve demitir este senhor de conselheiro de estado.
 
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por Rockerduck » 18/11/2008 23:11

Dias Loureiro participou pelo Grupo BPN na compra de empresas que foi ocultada das autoridades

http://economia.publico.clix.pt/noticia ... idCanal=57

Dias Loureiro participou pelo Grupo BPN na compra de empresas que foi ocultada das autoridades
18.11.2008 - 21h44
Por Cristina Ferreira
A operação de aquisição de duas sociedades com sede em Porto Rico pela Sociedade Lusa de Negócios (SLN), em 2001 e 2002, numa transacção ocultada das autoridades e não reflectida nas contas do grupo, foi liderada por José Oliveira e Costa, antigo líder do Grupo SLN/Banco Português de Negócios (BPN), e por Manuel Dias Loureiro – na altura administrador executivo do mesmo grupo. A operação envolveu duas empresas tecnológicas, contas em offshore e um investimento de mais de 56 milhões de euros por parte da SLN.

Oliveira e Costa e Dias Loureiro foram os gestores que se deslocarem a Porto Rico para tratar do negócio de compra de 75 por cento da NewTechnologies, em Dezembro de 2001, e de uma posição 25 por cento na Biometrics Imagineerin, um mês depois.

As duas empresas estão registadas naquele paraíso fiscal, que é território norte-americano. A SLN adquiriu a Biometrics, empresa que se encontrava falida, e a NewTechnologies, esta sem qualquer actividade. As duas tinham ainda ligações à Tracy Beatle, gerente da sociedade inglesa Dual Commerce & Servisses, e a Neelai Patel, secretária desta sociedade.

A Dual Commerce controla a sociedade brasileira Fuentes Participações, para onde foram enviadas por sociedades do universo SLN, designadamente, o Banco Insular e o BPN Cayman (ver PÚBLICO do passado sábado), verbas superiores a 30 milhões de euros. A Dual Commerce é, por sua vez, detida por sociedades trust (gestão de fortunas) com sede no paraíso fiscal de Gibraltar.

Contactado pelo PÚBLICO, Dias Loureiro recusou comentar o seu envolvimento, assim como a sua presença na SLN e no BPN. Mas garantiu que “está disponível para prestar todos os esclarecimentos que as autoridades entenderem necessários sobre a sua actividade no grupo SLN/BPN.”
"Opportunity is missed by most people because it is dressed in overalls and looks like work." Thomas Edison
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por Açor3 » 18/11/2008 9:25

Cadilhe exige que ex-gestores da SLN paguem prejuízos causados ao grupo
Os accionistas da Sociedade Lusa de Negócios (SLN), "holding" que até à semana passada controlava a totalidade do capital do Banco Português de Negócios, vão reclamar judicialmente o pagamento de indemnizações por parte dos antigos administradores da SLN e do BPN que tenham participado em actividades irregulares.

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Maria João Gago
mjgago@mediafin.pt


Os accionistas da Sociedade Lusa de Negócios (SLN), "holding" que até à semana passada controlava a totalidade do capital do Banco Português de Negócios, vão reclamar judicialmente o pagamento de indemnizações por parte dos antigos administradores da SLN e do BPN que tenham participado em actividades irregulares.

Entre os visados deverá estar o antigo presidente das duas sociedades, José de Oliveira Costa. Em causa poderão estar perdas superiores a 700 milhões de euros, tendo em conta os prejuízos que estavam concentrados no banco, levando à sua nacionalização e consequente retirada do universo SLN.

A decisão de avançar para tribunal será tomada na assembleia geral (AG) desta sociedade que ontem foi convocada para 18 de Dezembro e na qual deverá ser votada o pedido de nulidade do aumento de capital da SLN.
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por Açor3 » 17/11/2008 22:06

Assembleia República

BE insiste na audição de Dias Loureiro no Parlamento
Hoje às 18:51
O Bloco de Esquerda pediu, esta segunda-feira, a audição do ex-ministro Dias Loureiro na comissão de Orçamento e Finanças sobre "a evolução do BPN" no caso Banco Português de Negócios.


Francisco Louçã, do BE, acusa o PS de criar uma «espécie de muro de silêncio»

O pedido foi feito por Francisco Louçã, numa carta enviada ao presidente da comissão de orçamento e finanças, Jorge Neto, depois de, no início do mês, o PS ter chumbado um pedido dos bloquistas a solicitar a audição de vários ex-gestores (entre eles Dias Loureiro) e de Miguel Cadilhe.

«Os sinais são muito preocupantes, porque o PS já fez saber que recusaria», mesmo que «Dias Loureiro insista e que o BE e outros partidos votem a favor dessa audição, como já votaram», disse, entretanto, Francisco Louçã, acusando o PS de criar uma «espécie de muro de silêncio».

No entanto, continuou o líder do Bloco de Esquerda, neste caso existe «um dever de responsabilidade».

«Se o Parlamento decidiu a nacionalização» do BPN e «se há o risco do dinheiro dos impostos portugueses pagar uma parte deste prejuízo, temos de perguntar a quem mandou no BPN onde está o dinheiro e o que aconteceu com os negócios que fracassaram», acrescentou.

Dias Loureiro, administrador-executivo da Sociedade Lusa de Negócios, detentora do BPN, entre Dezembro de 2001 e Setembro 2002 e administrador não-executivo até 2005, enviou uma carta ao Parlamento em que pede para ser ouvido no âmbito das irregularidades detectadas naquele banco.
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por mfsr1980 » 17/11/2008 20:22

Pelo andar da carruagem, estou a sentir que o BCP também precisará de ser nacionalizado!
Não é um pequeno banco? Será que não é?
 
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por Açor3 » 17/11/2008 12:10

Autarca de Aljustrel reivindica uma nacionalização da mina idêntica ao BPN
O presidente do município de Aljustrel, José Godinho, reivindicou a nacionalização da empresa concessionária da mina local, através de "uma participação decisiva por parte do Estado", à semelhança do que se verificou no BPN.


Questionado pela agência Lusa sobre se a "participação decisiva" do Estado seria a nacionalização da mina de Aljustrel, o autarca, lembrando que a concessionária, a Pirites Alentejanas (PA), "já foi uma empresa de capitais nacionais", defendeu "uma iniciativa do mesmo género que se verificou relativamente ao BPN" (Banco Português de Negócios).

"Impõe-se que o Estado assuma uma responsabilidade mais directa na exploração dos recursos naturais do país, neste caso concreto de Aljustrel, a favor da economia nacional", disse.

José Godinho defendeu a nacionalização da PA "se não se concretizar nenhuma das negociações que se diz estarem em curso", numa alusão ao anúncio feito quinta-feira à noite pelo ministro da Economia.

Manuel Pinho afirmou que um grupo internacional de investidores estará "muito interessado" em comprar as minas de Aljustrel e já terá apresentado "uma proposta séria" ao Governo.

Segundo o autarca, o Governo "tem o dever político e moral de se empenhar na busca e concretização de uma solução o mais rápido possível" para a mina de Aljustrel continuar a laborar.

Para justificar esta posição, José Godinho lembrou que o primeiro-ministro José Sócrates quando participou, há seis meses, na cerimónia que marcou o arranque simbólico da retoma da produção comercial na mina "criou expectativas muito grandes" na comunidade de Aljustrel que "agora se sente defraudada".

"Isto é razão para reivindicarmos uma medida de excepção", vincou.

A Lundin Mining, que detém a Somincor (da mina de Neves-Corvo) e a Pirites Alentejanas (mina de Aljustrel), suspendeu quinta-feira a extracção e produção de zinco nos dois complexos mineiros, localizados no distrito de Beja.

Durante a suspensão, devido à baixa cotação do zinco no mercado e que vai manter-se até que "haja uma recuperação dos preços", a mina de Aljustrel ficará com a produção parada e em situação de manutenção das instalações.
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por Açor3 » 17/11/2008 11:07

Real Vida e Efisa deverão ser primeiros activos a vender pelo BPN
A Real Vida Seguros e o Banco Efisa deverão ser os primeiros activos a vender no âmbito da reestruturação do BPN que a nova administração, liderada por Francisco Bandeira, tem em curso.

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Maria João Gago
mjgago@mediafin.pt


A Real Vida Seguros e o Banco Efisa deverão ser os primeiros activos a vender no âmbito da reestruturação do BPN que a nova administração, liderada por Francisco Bandeira, tem em curso.

"Há áreas do BPN que eventualmente, pela sua natureza, são distintas do negócio estratégico e, portanto, são mais susceptíveis de ser avaliadas as hipóteses da sua alienação, nomeadamente a Real Vida e o banco de investimento", adiantou o gestor, à margem do seminário "Financiamentos da economia: oportunidades e parcerias no contexto actual", realizado sexta-feira, em Lisboa.
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por Açor3 » 17/11/2008 10:07

Banca
SLN garante que vai pagar dívida colocada em clientes do BPN
A Sociedade Lusa de Negócios (SLN), que até à semana passada detinha a totalidade do Banco Português de Negócios (BPN), compromete-se a reembolsar os títulos de dívida - obrigações ou papel comercial - colocados junto de clientes da instituição financeira.

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Maria João Gago
mjgago@mediafin.pt


A Sociedade Lusa de Negócios (SLN), que até à semana passada detinha a totalidade do Banco Português de Negócios (BPN), compromete-se a reembolsar os títulos de dívida - obrigações ou papel comercial - colocados junto de clientes da instituição financeira.

Assim, a primeira emissão a vencer após a nacionalização do BPN, com reembolso agendado para esta quarta-feira, será paga na data prevista.

A garantia de pagamento foi dada na sexta-feira pela administração da SLN, liderada por Miguel Cadilhe, à nova equipa de gestão do BPN, presidida por Francisco Bandeira, através de um comunicado cujo conteúdo foi dado a conhecer aos clientes do banco através da rede de agências.

Nesta missiva, a que o Negócios teve acesso, a SLN afirma que irá reembolsar os titulares de obrigações e papel comercial emitidos pela "holding" ou por empresas do grupo. Afastada está a possibilidade de aqueles títulos de dívida serem pagos antecipadamente.
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por Açor3 » 16/11/2008 10:52

BPN: PS recusa ouvir Dias Loureiro no Parlamento


ANA SÁ LOPES
Parlamento. O pedido de Dias Loureiro para ser ouvido na Assembleia da República no âmbito do escândalo BPN não terá o voto favorável dos socialistas. A direcção do PS considera que, sendo o assunto do domínio da investigação criminal, o Parlamento não deve ouvir o conselheiro de Estado

O pedido do conselheiro de Estado para ser ouvido vai ser chumbado

O PS não vai aceitar que Manuel Dias Loureiro preste esclarecimentos no Parlamento sobre a sua ligação com o BPN, como é vontade do conselheiro de Estado, soube o DN junto de fonte da direcção. Para os socialistas, o caso do Banco Português de Negócios está a ser objecto de investigação criminal e nada justifica que a Assembleia da República (uma vez que não tem nenhuma comissão de inquérito parlamentar sobre esta matéria) venha a ser palco de qualquer intervenção nesta matéria.

Na semana passada, Dias Loureiro escreveu ao presidente da Assembleia da República a pedir para ser recebido pelos deputados, para prestar depoimento sobre a sua passagem pela administração da Sociedade Lusa de Negócios, na sequência do rebentar do escândalo BPN e consequente nacionalização. Jaime Gama enviou o pedido para a Comissão de Orçamento e Finanças, que agora o irá votar.

Mas os socialistas não entendem que o Parlamento seja a sede indicada para a defesa de Dias Loureiro, uma vez que há um processo judicial a decorrer. O destino do pedido do conselheiro de Estado será idêntico ao do requerimento do Bloco de Esquerda, que também pediu para ouvir Miguel Cadilhe e os antigos responsáveis do Banco Português de Negócios: o chumbo.

A única declaração pública de Dias Loureiro - um dos ministros mais influentes durantes os governos de Cavaco Silva - desde que foi conhecido o escândalo foi a de que desconhecia os problemas do BPN. "Não sei de nada sobre a nacionalização do Banco Português de Negócios, nem nunca tive conhecimento de problemas relacionados com o BPN", disse no dia 3 deste mês à Lusa. "Não me posso pronunciar sobre a nacionalização, porque tudo o que sei é o que leio nos jornais", acrescentou.

Dias Loureiro foi até Setembro de 2002 administrador executivo da Sociedade Lusa de Negócios, a holding que controlava o BPN. Posteriormente, até Dezembro de 2005, passou a administrador não executivo.

Na sexta-feira passada, o Presidente da República foi interrogado por jornalistas sobre o caso BPN. "Não posso fazer qualquer afirmação sobre um assunto que não conheço suficientemente. Não vejo sequer razão até para me ser feita essa pergunta", afirmou Cavaco, questionado sobre se mantinha a confiança em Dias Loureiro como conselheiro de Estado.

O ex-administrador do BPN foi um dos pilares políticos do actual PR, tanto no partido como no Governo. Cavaco começou por entregar a Dias Loureiro a gestão do PSD (nomeou-o secretário-geral) mas depois chamou-o para o Governo, onde foi ministro dos Assuntos Parlamentares entre 1989 e 1991. Depois de 1991, ocupou a pasta da Administração Interna. Foi, igualmente, um dos principais estrategas das duas campanhas de Cavaco Silva à Presidência da República. Na última, que elegeu Cavaco Silva Presidente, Dias Loureiro foi também o autor do hino de campanha."Fazer Portugal Maior é romper a bruma, abrir o dia, é rasgar o medo... é fazer melhor", rezava o refrão.
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por Expat » 15/11/2008 19:03

O que eu nao entendo ainda nesta historia toda e quando e que se vai agir criminalmente contra os gestores que levaram o BPN a esta situacao.
Tem-se falado de tudo, mas agir judicialmente contra estas pessoas ainda nao ouvi nada.
Sera que teremos mais um exemplo do pior de Portugal ?
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por Celsius-reloaded » 15/11/2008 15:32

Açor3 Escreveu:Cavaco sem razões para questionar o seu lugar no Conselho de Estado
Dias Loureiro pede para ser ouvido no Parlamento sobre caso BPN
14.11.2008 - 19h55
Por Lusa
Luís Ramos (arquivo)

O responsável é ex-administrador da "holding" que controla o banco
O ex-ministro da Administração Interna, Manuel Dias Loureiro, enviou uma carta à Assembleia da República, onde pede para ser ouvido no âmbito das irregularidades detectadas no Banco Português de Negócios (BPN).O pedido foi dirigido ao presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, que o encaminhou para a comissão parlamentar de Orçamento e Finanças, que agora terá de o apreciar, confirmou o presidente desta comissão, Jorge Neto.

Dias Loureiro foi administrador-executivo da Sociedade Lusa de Negócios, detentora do BPN, entre Dezembro de 2001 e Setembro 2002 e administrador não-executivo até 2005. Recentemente, o PS chumbou um pedido do Bloco de Esquerda, onde solicitava a audição de vários ex-gestores (entre eles Dias Loureiro) e de Miguel Cadilhe, o presidente à data da nacionalização do banco.

O Presidente da República, Cavaco Silva, afirmou hoje que não vê razões para se questionar a continuação no Conselho de Estado de Dias Loureiro. "Não posso fazer qualquer afirmação sobre um assunto que não conheço suficientemente. Não vejo sequer razão até para me ser feita essa pergunta", afirmou Cavaco Silva depois de ter sido questionado sobre se mantém a confiança em Dias Loureiro como conselheiro de Estado por o seu nome aparecer associado ao caso BPN.

Operações clandestinas

A 3 de Novembro, dias depois da nacionalização do BPN, o antigo ministro e ex-secretário-geral do PSD garantiu desconhecer quaisquer irregularidades que tenham sido cometidas pela anterior gestão do banco. "Não sei de nada sobre a nacionalização do Banco Português de Negócios, nem nunca tive conhecimento de problemas relacionados com o BPN", garantiu ex-administrador da “holding” que controla o BPN.

Segundo o governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, a anterior gestão do BPN, liderada por Oliveira e Costa, fez "um conjunto vasto de operações clandestinas que não estavam registadas em nenhuma entidade do grupo" envolvendo "centenas de milhões de euros". Estas operações levaram a perdas de cerca de 700 milhões de euros, as quais, associadas à crise financeira internacional, conduziram a uma situação de falência iminente do banco, pelo que o Governo anunciou a sua nacionalização. Dias Loureiro chegou a ser um dos rostos mais visíveis do grupo SLN/BPN, durante a gestão de Oliveira e Costa.

O Conselho de Estado é o órgão político de consulta do Presidente da República e é composto pelo presidente da Assembleia da República, primeiro-ministro, presidente do Tribunal Constitucional, provedor de Justiça, e pelos presidentes dos Governos Regionais.

O órgão inclui, ainda, os antigos Presidentes da República eleitos na vigência da Constituição que não tenham sido destituídos do cargo, cinco cidadãos designados pelo Presidente da República pelo período correspondente à duração do seu mandato e cinco cidadãos eleitos pela Assembleia da República, de harmonia com o princípio da representação proporcional, pelo período correspondente à duração da legislatura.


Mas se ele disse que de nada sabia, agora passou a saber de algo para pedir para ser ouvido?

É que só é ouvido quem sabe alguma coisa...
The market gives; The market takes.
 
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por Açor3 » 15/11/2008 10:53

Operação de financiamento de 100 milhões foi subscrita por clientes do banco
Constâncio autorizou SLN Valor a financiar-se junto dos clientes do BPN
13.11.2008 - 09h22
Por Cristina Ferreira
O Banco de Portugal (BdP) autorizou em Julho deste ano accionistas do Grupo Banco Português de Negócios (BPN) a endividarem-se em 100 milhões de euros junto dos clientes do banco, através de títulos de dívida de curto prazo.

A decisão da autoridade de supervisão decorreu três meses antes da nacionalização do banco e quando já era do seu conhecimento que este se encontrava insolvente, com uma insuficiência de 800 milhões de euros. O BdP já veio dizer, no entanto, que nessa fase ainda estava à procura de uma solução para o BPN.

Ao avançar com a emissão de 100 milhões de euros de Papel Comercial (títulos de dívida com prazo até um ano), a Sociedade Lusa de Negócios (SLN) Valor teve como finalidade financiar a parte que lhe era exigida no aumento de capital previsto no programa de recapitalização da instituição bancária, então liderada por Miguel Cadilhe. Ou seja: em vez de colocarem dinheiro seu no aumento de capital do BPN, os accionistas da SLN Valor recorriam aos depositantes do banco para se financiar. Esta sociedade detém como único activo uma posição de 31 por cento na SLN holding, que por sua vez domina a totalidade do BPN.

Quem comprou os títulos de dívida emitidos pela SLN Valor, que tem como um dos principais accionistas o ex-presidente José Oliveira e Costa, vê, assim, o seu investimento ficar comprometido. Isto porque, com a nacionalização do BPN, a sociedade emitente deixa de ter qualquer activo, para além de um depósito superior a 20 milhões de euros. Esta verba resulta precisamente do dinheiro pedido aos clientes do BPN e que tinha como destino os futuros aumentos de capital necessários para capitalizar o banco.

Toda esta operação foi organizada e montada pelo banco Efisa (detido pelo BPN e liderado por Abdool Vakil, que pertenceu à equipa de Oliveira e Costa) a pedido da SLN Valor e foi colocada junto da rede de balcões do BPN (com 216 agências) entre 28 de Julho e quatro de Agosto de 2008.

De acordo com o prospecto de emissão, para avançar com a operação de levantamento de fundos a SLN Valor recebeu as autorizações necessárias do Banco de Portugal, liderado por Vítor Constâncio.

Perante esta operação, o Banco de Portugal remeteu o PÚBLICO para as explicações dadas por Vítor Constâncio na terça-feira à noite na comissão parlamentar de Orçamento e Finanças (ver textos nestas páginas).

Aumento de capital

O aumento de capital que o BPN pretendia fazer estava previsto decorrer em três fases, totalizando 300 milhões de euros, mas apenas foi concretizada a primeira, realizado em Agosto e que só foi possível com a emissão de dívida da SLN Valor. As restantes duas fases deixaram de fazer sentido face à nacionalização do banco, decretada três meses depois de concluída a operação de financiamento.

O que é a SLN Valor

Com um capital social de 172,2 milhões de euros, a SLN Valor é controlada por um grupo de investidores, com 61,7 por cento do capital e onde estão Manuel Neves dos Santos, Adelino Silva, Joaquim Coimbra, Almiro Jesus, Joaquim Abreu, Fernando Cordeiro, José Oliveira e Costa, António Cavaco, Avelino Mota Francisco, Alberto Queiroga Figueiredo e Manuel Sousa Veríssimo.

É neste quadro que, nos últimos dias, os clientes do BPN que subscreveram a emissão do Papel Comercial SLN Valor, e que na sua esmagadora maioria são depositantes do banco (não accionistas), têm estado a

solicitar explicações sobre a valorização futura das suas aplicações, pois o cenário mais provável é que enfrentem perdas totais. Só no final do prazo, de um ano, se verá se a SLN Valor tem dinheiro para reembolsar os subscritores. Em Junho o BPN possuía 224 mil clientes. O título foi colocado junto dos clientes do BPN como se fosse um depósito de curto prazo, a um ano, com um valor mínimo de subscrição de 50 mil euros, não havendo limite máximo de aquisição.

Alguns dos subscritores da emissão de Papel Comercial SLN Valor que já se têm dirigido aos balcões do BPN alegam não terem sido devidamente esclarecidos sobre a operação e contestam que esta tenha sido aprovada pelo Banco de Portugal dado o quadro de instabilidade e insolvência da instituição.
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por Açor3 » 15/11/2008 10:52

Operação feita através do Banco Insular
BPN vendeu ao desbarato empresa onde investiu milhões
14.11.2008 - 09h16
Por Cristina Ferreira
O BPN encaixou, em 2006, 5,5 milhões de euros com a venda de uma empresa brasileira onde durante anos injectou 230,6 milhões de euros, através do banco "off-shore" Insular.

De acordo com os dados do Banco Central do Brasil (BCB), entre Novembro de 2003 e Outubro de 2006 o Banco Insular enviou 230,6 milhões de euros para a Ergi Empreendimentos, uma promotora imobiliária detida pelo BPN e por outros investidores portugueses e brasileiros.

Segundo as mesmas fontes, a Ergi - anteriormente denominada Chamonix - foi vendida em Dezembro de 2006 ao grupo brasileiro WTorre, por 385 milhões de reais (135 milhões de euros, ao câmbio da altura), sendo que, deste montante, o Banco Português de Negócios recebeu 5,5 milhões de euros, de acordo com o Relatório e Contas do Grupo BPN.

A Lusa tentou apurar junto de uma porta-voz do BPN a quanto ascendiam as participações dos diferentes investidores na Ergi e sobre o que sucedeu à dívida contraída pela promotora junto do Insular, mas a referida fonte oficial não quis comentar.

Ao todo, ocorreram 47 remessas de dinheiro entre o Insular e a Ergi, sendo que as últimas tiveram lugar dois meses antes da venda à WTorre. Em Outubro de 2006, o Banco Insular realizou doze transferências de dinheiro, com um valor total de 92,5 milhões de dólares norte-americanos (72,4 milhões de euros, ao câmbio de então).

Entre 2002 e 2008, o BPN controlou o Banco Insular de Cabo Verde através de sociedades off-shore. Em meados de 2008, já após a saída de José de Oliveira e Costa da presidência do banco, o BPN reconheceu perante o Banco de Portugal que era o verdadeiro dono do Insular.

Segundo o governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, o Insular era utilizado para ocultar perdas que, se fossem incluídas no balanço do BPN, provocariam o seu colapso. A descoberta destas perdas, que, em conjunto com outras detectadas num balcão virtual, representam mais de 700 milhões de euros, levou à decisão de nacionalizar o BPN, na semana passada.

A Lusa analisou os movimentos em documentos do Banco Central do Brasil, que estão disponíveis para consulta pública, apurando que entre Novembro de 2003 e Dezembro de 2007 o Banco Insular realizou 53 remessas de dinheiro para empresas brasileiras do universo da Sociedade Lusa de Negócios, num total de 108,2 milhões de euros e de 164 milhões de dólares - um total de 239,8 milhões de euros.
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