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Caldeirão da Bolsa

Debate Veículos eléctricos: Tecnologia e Economia

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Dwer » 28/5/2008 21:07

uly Escreveu:Boas,
Queria só deixar aqui um aparte que acho que o MarcoAntónio já referenciou.

O problema de fundo é uma crise energética. A longo do último século os combustíveis fósseis foram o catalisador da evolução. Nunca na história da humanidade tinha havido tanta energia disponível e agora está a começar (ênfase no começar) a ficar mais escassa.

Vamos supor que alguém, por um rasgo de genialidade, conseguia resolver o problema das baterias para os automóveis. E que seria extremamente barato levando a que esses modelos fossem um sucesso sem igual.

A partir daí teríamos dois problemas gigantescos!
O do fornecimento de energia eléctrica para os abastecer (abastecer uma bateria com enorme capacidade em pouco tempo, acreditem, deve provocar um pico de "consumo" do outro mundo...) e o da distribuição dessa energia eléctrica.

O problema do fornecimento advém do facto que grande parte da energia eléctrica vem de combustíveis fósseis. E, infelizmente, as energias renováveis não conseguem ser uma alternativa que consiga igualar essa produção. (até pq, por exemplo, os painéis solares são construídos através de matérias que se esgotam.. e com um aumento na produção vai levar a que haja uma escalada no preço dessas matérias, que já está a acontecer!) O nuclear talvez seja a única solução viável... Que também coloca o problema do armazenamento dos resíduos, mas ainda assim esta é, para mim, a energia do futuro. Ok, construindo centrais nucleares poderíamos resolver o assunto. Não é assim tão fácil, barato e simples.

O da distribuição também não seria pêra doce.. O esquema de transporte de energia está bastante debilitado e é antigo. E isto acontece em todo o mundo!! Os USA no dias mais quentes e mais frios, estão muitas vezes à beira do colapso da rede Lembrem-se de um apagão que houve na Europa só porque se desligou uma linha de muita alta tensão, algures perto de Itália, para um navio poder passar. Ou seja, o sistema não aguenta sobrecargas enormes.
Com essas baterias, terias a rede eléctrica em sobre carga permanente. Bastaria teres um dia de inverno bem frio, em que há picos de consumo enormes para que, juntamente com todas essas baterias a serem carregadas, o sistema entrar em colapso! E depois, para o voltar a ligar não é simplesmente voltar a ligar o botão. Para não falar dos custos que estão envolvidos na indústria sempre que há falhas de energia!
Substituir/ renovar a rede mundial de fornecimento de energia eléctrica não é, nada mas mesmo nadinha simples! (basta lembrarem-se do último caso que houve em Portugal de uns moradores da zona de Lx que o tribunal impugnou a construção de uma linha de muita alta tensão)

Temos de arranjar alternativas, é verdade. Mas o problema real, que é que pela primeira vez na história da humanidade estamos perante um transição que é de diminuição da energia disponível, é que tem de ser debatido.


Já não me lembro onde li isto. Há uma proposta muito interessante para atenuar os picos diurnos e as sobrecargas na rede, partindo do princípio que as baterias seriam de muito alta capacidade.

Ligar a frota eléctrica à rede quando os carros estão estacionados. Nessa altura seriam fornecedores de energia. Não só se evitava os picos e sobrecargas, como a rede melhorava globalmente. Para além disso, como as baterias seriam carregadas durante a noite, também se aproveitava a energia gerada nesse período, que presentemente é desperdiçada. A frota eléctrica seria um factor de estabilização da rede ao invés de ser um factor perturbador. Curioso.
Abraço,
Dwer

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por MarcoAntonio » 28/5/2008 21:00

Já agora e como se tem falado do potencial energético que os combustíveis fósseis lançaram no mundo e que foram o catalizador da evolução mundial desde os finais do século XIX, vale a pena atentar no potencial nuclear:

http://en.wikipedia.org/wiki/Nuclear_power

As opposed to current light water reactors which use uranium-235 (0.7% of all natural uranium), fast breeder reactors use uranium-238 (99.3% of all natural uranium). It has been estimated that there is up to five billion years’ worth of uranium-238 for use in these power plants.[33]
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por MarcoAntonio » 28/5/2008 20:55

Já agora, sobre a Energia Nuclear, acredito (como já defendi aqui diversas vezes neste forum) que é a Energia do Futuro.

Quando utilizada em larga escala (face ao actual, que já diga-se já é utilizada numa escala bem significativa) creio que a questão dos resíduos acabará por passar pelo lançamento dos mesmos para o Espaço ou, eventualmente, evolução na tecnologia utilizada que reduza significativamente a produção de desperdícios radioactivos.

Um mundo que cresce ao ritmo do nosso, tanto a nível populacional como (principalmente) nas necessidades energéticas, apesar de ser também defensor da utilização das energias renováveis (eólica, solar, etc) na medida do possível, a verdade é que não acredito que alguma vez passem de uma fonte marginal (que deve ser aproveitada contudo, repito).
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por MarcoAntonio » 28/5/2008 20:43

Sim, já tinha abordado esse tema e referi-me a isso como a necessidade de uma revolução energética.

Excelente post o teu e muito pertinente, já agora, Uly.
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por Dwer » 28/5/2008 20:31

Panizzi Escreveu:Ah e só mais uma coisa , os carros da GM na altura 95 ou 96 levavam dos 0 aos 100 km/h cerca de 9 segundos.

Imagine se tivessem continuado a apostar.


Não sei se já aqui foi dito isto: a potência total do motor eléctrico está permanentemente disponivel. Assim que se carrega no acelerador (interruptor?;)) a potência total é transmitida às rodas. No motor de combustão interna não. Depende das rotações do motor. A potência máxima só é atingida a determinada rotação.
O binário de um motor eléctrico é uma coisa incrível. Não tem comparação com qualquer outro tipo de motor.
As costas ficam coladinhas ao banco.
Abraço,
Dwer

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por uly » 28/5/2008 20:28

Boas,
Queria só deixar aqui um aparte que acho que o MarcoAntónio já referenciou.

O problema de fundo é uma crise energética. A longo do último século os combustíveis fósseis foram o catalisador da evolução. Nunca na história da humanidade tinha havido tanta energia disponível e agora está a começar (ênfase no começar) a ficar mais escassa.

Vamos supor que alguém, por um rasgo de genialidade, conseguia resolver o problema das baterias para os automóveis. E que seria extremamente barato levando a que esses modelos fossem um sucesso sem igual.

A partir daí teríamos dois problemas gigantescos!
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O problema do fornecimento advém do facto que grande parte da energia eléctrica vem de combustíveis fósseis. E, infelizmente, as energias renováveis não conseguem ser uma alternativa que consiga igualar essa produção. (até pq, por exemplo, os painéis solares são construídos através de matérias que se esgotam.. e com um aumento na produção vai levar a que haja uma escalada no preço dessas matérias, que já está a acontecer!) O nuclear talvez seja a única solução viável... Que também coloca o problema do armazenamento dos resíduos, mas ainda assim esta é, para mim, a energia do futuro. Ok, construindo centrais nucleares poderíamos resolver o assunto. Não é assim tão fácil, barato e simples.

O da distribuição também não seria pêra doce.. O esquema de transporte de energia está bastante debilitado e é antigo. E isto acontece em todo o mundo!! Os USA no dias mais quentes e mais frios, estão muitas vezes à beira do colapso da rede Lembrem-se de um apagão que houve na Europa só porque se desligou uma linha de muita alta tensão, algures perto de Itália, para um navio poder passar. Ou seja, o sistema não aguenta sobrecargas enormes.
Com essas baterias, terias a rede eléctrica em sobre carga permanente. Bastaria teres um dia de inverno bem frio, em que há picos de consumo enormes para que, juntamente com todas essas baterias a serem carregadas, o sistema entrar em colapso! E depois, para o voltar a ligar não é simplesmente voltar a ligar o botão. Para não falar dos custos que estão envolvidos na indústria sempre que há falhas de energia!
Substituir/ renovar a rede mundial de fornecimento de energia eléctrica não é, nada mas mesmo nadinha simples! (basta lembrarem-se do último caso que houve em Portugal de uns moradores da zona de Lx que o tribunal impugnou a construção de uma linha de muita alta tensão)

Temos de arranjar alternativas, é verdade. Mas o problema real, que é que pela primeira vez na história da humanidade estamos perante um transição que é de diminuição da energia disponível, é que tem de ser debatido.
 
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por Quico » 28/5/2008 20:05

JAM Escreveu:Notem uma coisa interessante, os projectos eléctricos pararam mas surgiram os hibridos, mas os hibridos andam a combustivel fossil... Os fosseis surgem sempre no meio, quando não surgem... puff!! acaba-se.


Caro JAM:

Mais uma vez as tuas queridas teorias da conspiração... :roll:

Então e a energia eléctrica que tens em casa nas tomadas vem de onde? Nasce pura e límpida da natureza?! (Não me venhas com eólicas - que nessa área trabalho eu - nem com hídricas, por favor!)

É só comigo, ou tens tendência para ir ignorando os argumentos que te apresentam? Já falei sobre esse aspecto uns posts atrás! Depois não queres que eu te chame o "sempre em pé" das discussões! Por mais que te expliquem, voltas ao mesmo passado um bocado ... e o pessoal cansa-se... e no fim o que te interessa é que passas aquela imagem do gajo que ficou com a razão! Valha-me Deus! :roll:
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por Panizzi » 28/5/2008 19:53

JAM , parece que a malta dos Ralis foi ultrapassada pelos Engenheiros , que se pode fazer ?

Resta dizer , fiquem com as bicicletas que nós vamos de carro. :lol:

Gostei desta troca de opiniões nada como falar com quem efectivamente sabe do que fala.

Obrigado especial ao MarcoAntonio pela paciência e partilha de sabedoria. :wink:
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por MarcoAntonio » 28/5/2008 19:41

Bzi, continua-se a misturar alhos com bugalhos e a evolução dos computadores continua a ser dada como exemplo.

A evolução ao nível da electrónica tem o seu ritmo, um ritmo que se tem mantido estável ao longo de uns 50 anos e que é conhecida pela Lei de Moore (Moore's Law).

Em termos sucintos, o poder de processamento tem crescido de forma exponencial e duplica sensivelmente de dois em dois anos (um crescimento de cerca de 40% ao ano!).

Outras áreas da electrónica têm seguido regras idênticas, por exemplo a capacidade de armazenamento (como discos rígidos e etc) tem progredido de uma forma semelhante.

Mas não se pode pegar nisto e extrapolar para o resto. Tecnologias diferentes, realidades diferentes. Por exemplo, já foi aqui citado várias vezes: um motor eléctrico praticamente não evolui. Não tem espaço para evoluir, não há muito mais para inventar quando algo transforma a energia que lhe fornecemos em trabalho útil numa percentagem perto de 100%...

Já os motores de combustão interna têm evoluído bastante (e de forma notória). Basta ver a potência típica de um Diesel em 1980 ou 1990 e a de um actual com a mesma cilindrada e consumos semelhantes.

Uma diferença muito grande só entre motores elétricos e motores de combustão interna. Realidades bem diferentes. Então se passarmos para a electrónica estamos a um mundo de distância.

E insiste-se tanto nisto quando, ao nível das baterías, a evolução tem sido bem evidente. Não se dá ao ritmo da electrónica porque não se consegue, porque não dá. E não porque as cabeças pensantes deste mundo só pensem em computadores ou telemóveis e não pensem em carros porque... computadores e telemóveis até usam baterías e precisam delas para trabalhar.

Portanto, a evolução nessa área existe, tem sido intensiva e é a possível. É a que se consegue...

Na electrónica, nomeadamente no armazenamente de informação digital e na capacidade de processamente é possível uma evolução a um ritmo mais elevado mas é completamente inadequado querer comparar as duas evoluções e dizer que podería ser semelhante.

Já agora, em termos globais, o mundo cresce em termos grosseiros (em termos económicos, de cultura/informação/sabedoria) tanto quanto sei a um ritmo de 3% ao ano ou algo parecido. Já agora, porque é que nós não evoluímos ao ritmo dos computadores também?

Porque não se consegue, é isto que nós humanos damos.

E as baterias (actuais) dão o que se consegue com a tecnologia actual fruto de intensiva evolução.
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por Sei lá » 28/5/2008 19:39

Em relação á evolução dos motores já fiquei esclarecido.

Em relação à evolução das baterias, os proximos 3 ou 4 anos irão mostrar-nos o que se poderia ter evoluido se existisse verdadeiro interesse em 2002. E é claro que agora estaríamos bem mais à frente e se calhar com o petróleo as estes preços seria a rampa de lançamento para um modelo comercialmente viável, poderia ser o VW Carocha da electricidade :mrgreen: Assim andam os américos a fazer contas à gasolina... ou então andam a pé.

Notem uma coisa interessante, os projectos eléctricos pararam mas surgiram os hibridos, mas os hibridos andam a combustivel fossil... Os fosseis surgem sempre no meio, quando não surgem... puff!! acaba-se.

Investem-se milhões em desenvolvimento e milhões em testes, pois bem a GM tinha testes de borla e não os quis. A GM tinha publico interessado no carro, e sabemos que nos EUA quando as modas pegam o que não falta (ou faltava) é dinheiro para aderir a elas. No entanto abdicaram de tudo, o que logicamente levanta muitas duvidas que os mais liberais dizem logo que são teorias da conspiração.

E vou jantar :mrgreen:
O mercado cega... nem uma ida a Cuba resolve. Cuba?!? :shock: Phone-ix!! Eles são socialistas pá!!!!
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por Bzidroglio » 28/5/2008 19:16

Não se esqueçam que não existem automóveis a 100,00 €, mas os chineses já produzem a um custo muito simpático.
Os intermediários e os impostos lançados sobre as viaturas é que são os culpados pelos preços elevados.
Os mais cotas lembram-se quanto custava um IBM PC (processador 8088): 700/800 contos.
Depois apareceram uns senhores chamados Amstrad com PC's técnicamente mais evoluídos (processador 8086) a vender por 126 cts.
Duvido que se fosse totalmente fabricado no Ocidente pudesse ter esses preços. Mas na altura foi possível sonhar, e hoje V.Exas. :mrgreen: vão teclar a dizer que sou doido e que não tenho razão possivelmente num PC ainda mais barato! :roll: :roll:

Então porque não seria possível produzir baterias auto a preços módicos ? humm humm hummm (LFV dixit :mrgreen: )
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por Panizzi » 28/5/2008 19:08

Esclarecido :)
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por MarcoAntonio » 28/5/2008 18:54

Panizzi Escreveu:Ah e só mais uma coisa , os carros da GM na altura 95 ou 96 levavam dos 0 aos 100 km/h cerca de 9 segundos.

Imagine se tivessem continuado a apostar.


Isto também já está mais do que discutido. Os motores eléctricos praticamente não evoluem, não há espaço para evolução dado que o rendimento de um motor eléctrico já está perto dos 100% (muito diferente do que ocorre num motor de combustão interna).

Para melhor performance precisas de um motor eléctrico mais potente o que por sua vez vai precisar de uma capacidade de energia proporcionalmente maior.

Portanto, a questão está sempre na capacidade e tempo de carga das baterias.

Em 95 tal como agora, essas performances são normais num automóvel eléctrico. O problema não está aí (quer dizer, há um efeito relativamente marginal que é isto: o peso das baterias diminui e portanto para o mesmo motor, como a massa total do veículo é menor, o consumo baixa, as performances aumentam e a autonomia aumenta).

Mas penso que já ficou clara a diferença nas respectivas evoluções, dão-se em áreas diferentes conforme já deixei bem claro no post dirigido ao JAM.


O óbice não é o motor eléctrico, não é aí que existia no passado e existe hoje problema de concorrência com o motor de combustão interna.
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por Quico » 28/5/2008 18:48

Panizzi Escreveu:Ah e só mais uma coisa , os carros da GM na altura 95 ou 96 levavam dos 0 aos 100 km/h cerca de 9 segundos.

Imagine se tivessem continua a apostar.


E já na altura não haveria problemas em levar em 1 segundo ou até menos. Esse aspecto tem a ver com potência do motor eléctrico e motores eléctricos com muitos kiloWatt ou GigaWatt (ou seja, muitos milhares de cavalos) já se fabricam há muitos anos. Só que potência é energia debitada (neste caso consumida) por unidade de tempo. E se ela for gasta assim... lá estamos outra vez na autonomia e na capacidade das baterias.
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por MarcoAntonio » 28/5/2008 18:46

JAM Escreveu:Não diminui com o tempo, mas diminui com a evolução tecnológica. Já reparaste que necessitas de muito menos combustivel para fazer andar um automóvel agora quando comparado com há 10 anos. E sabias que o peso dos automóveis tem vindo a aumentar muito?

Como expliocas? Evolução dos motores.





Nos motores de combustão interna!

Não te podes esquecer que o rendimento de um motor de combustão interna é da ordem dos 20~30% enquanto que o de um motor eléctrico mais ou menos equivalente em potência é da ordem dos 80~90%.

A energia necessária para mover a massa não diminui com o tempo. Como o Atomez referiu, a natureza é o que é...

Agora, os motores de combustão interna são muito perdulários e há grande espaço para melhoría (que tem ocorrido). O mesmo não se pode dizer dos motores eléctricos que actualmente já andam pelos 90% de eficácia.

Não se pode baralhar tudo e extrapolar para o mesmo tipo de evolução nos eléctricos.


Se nos automóveis de combustão interna se mantém um depósito igual e melhora-se o motor, nos eléctricos o motor mantém-se semelhante e o que é preciso melhorar é o depósito (ou seja, as baterías). Em capacidade e tempo de carga!

E essa evolução está a acontecer também.


JAM Escreveu:Posso estar a dizer uma barbaride, mas os motores a electricidade também podem evoluir, não tento como os processadores, mas também podem evoluir.


:wink:

Já está respondido atrás.
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por Panizzi » 28/5/2008 18:45

Pois , é como lhe digo não posso nem quero contrariar quem tem formação e capacidades para opinar sobre isso , limito-me só a apresentar factos que ocorreram no passado.
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por curvedair » 28/5/2008 18:45

JAM Escreveu:Não diminui com o tempo, mas diminui com a evolução tecnológica. Já reparaste que necessitas de muito menos combustivel para fazer andar um automóvel agora quando comparado com há 10 anos. E sabias que o peso dos automóveis tem vindo a aumentar muito?



JAM, para se fazer uma afirmação dessas é preciso apresentar factos concretos e com uns exemplos, para se saber do que se está a falar.

O estado de desenvolvimento dos motores de combustão interna é completo. Tecnologicamente todos os aspectos estão compreendidos e dominados, já há muito tempo.
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por atomez » 28/5/2008 18:43

Panizzi Escreveu:Que argumentos você me pode apresentar que me digam que , com INVESTIMENTO , TECNOLOGIA E VONTADE , isso não seria possível ? Uma fórmula , um facto concreto , que diga isso é impossivel mesmo que possam descobrir inúmeros elementos ?

Porque são coisas fundamentalmente diferentes.

Vou tentar dar-te uma explicação simples de escrever mas muito complicada de entender.

É assim - no 1º caso (dispositivos electrónicos) trata-se de movimentar electrões. Ou melhor, cargas eléctricas. No 2º caso (automóveis) trata-se de movimentar átomos e moléculas, ou seja, matéria.

Tenho pena mas não tenho tempo nem disponibilidade para explicar com mais detalhe ainda por cima num forum como este.

É natural que para ti o que disse acima não faça sentido. Mas pelo menos revelas que tens curiosidade pelas coisas e vontade de as entender. Tenho a certeza que se te dedicasses a estudar estas matérias chegavas lá sem grande dificuldade.
Editado pela última vez por atomez em 28/5/2008 18:46, num total de 1 vez.
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por Panizzi » 28/5/2008 18:42

Ah e só mais uma coisa , os carros da GM na altura 95 ou 96 levavam dos 0 aos 100 km/h cerca de 9 segundos.

Imagine se tivessem continuado a apostar.
Editado pela última vez por Panizzi em 28/5/2008 18:43, num total de 1 vez.
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por MarcoAntonio » 28/5/2008 18:40

Panizzi Escreveu:Pergunto eu , como as pessoas que descobriram os chips para os telemóveis ? Pois , antes disso toda a gente achava impossivel que hoje houvessem telemóveis fáceis de recarregar , com esta autonomia , dimensão e por ai fora.


Quem é que achava impossível?

Para quem tem acompanhado a evolução tecnológica da electrónica nos últimos 40 anos, a evolução dos telemóveis é tudo menos estranha e há mais de 10 anos atrás (quando tive o meu primeiro telemóvel que foi um AEG) eu achava tudo menos impossível eu passado uns 10 anos ter um telemóvel mais pequeno, com bateria mais durável.

Quem ao certo achava impossível?

Mas voltemos ao que interessa: essa tecnologia está a ser utilizada nos automóveis. Quer ao nível da evolução electrónica (computadores de bordo, gestão electrónica de motores, etc) quer ao nível da evolução das baterias.

A mesma deu-se e reflectiu-se nos automóveis (quer eléctricos quer de combustão interna).

Obviamente ninguém quer automóveis em miniatura portanto eles continuam do mesmo tamanho, sensivelmente. Mas lá porque a evolução não é visível no tamanho, não quer dizer que não exista...


Panizzi Escreveu:Porque não poderia ser também assim nos automóveis ?


Não é podería.

É "é". É assim nos automóveis. Os automóveis têm estado tudo menos estagnados no tempo (incluindo os eléctricos e muito particularmente os mais viáveis híbridos).

Aliás os híbridos são um belo exemplo de que as marcas estão tudo menos fechadas a soluções eléctricas na medida em que elas forem viáveis. Ainda agora a Toyota vendeu a utilização da tecnologia híbrida do seu Prius à Nissan para que esta a possa utilizar também.

Os híbridos como o Civic e o Prius (para não falar de outros exemplos) usam tecnologia muita avançada, quer electrónica quer na gestão do carregamento das baterias, etc.
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por Quico » 28/5/2008 18:39

Há aqui 2 coisas que os defensores do "milagre dos automóveis eléctricos*" estão a negligenciar:

- A questão das baterias (peso e velocidade de carregamento) é mesmo um problema. Tanto é assim que pondera-se passar-se para condensadores de elevada capacidade que, com o auxilio da nanotecnologia, poderiam chegar a ter uma "área de acumulação" de muitos hectares metida num volume relativamente diminuto. Teriam também a vantagem de poder carregar quase instantaneamente. Mas a investigação ainda continua. E não pensem que são os grandes interesses que a impedem; pelo contrário, investem. Acreditem que quando lhes cheira a bom negócio movem rapidamente os seus investimentos para a nova, potencial "mina" (Esta possibilidade é muitas vezes escamoteada pelos defensores das teorias da conspiração :wink: ). Não são parvos.

- Não dá para comparar esta hitória com telemóveis. Como disse o Atomez, os ganhos nos telemóveis foram feitos sobretudo do lado dos processadores: hoje processam muito mais dados com menos energia. Agora um automóvel com uma tonelada a deslocar-se a 100km/h precisa hoje a mesma energia cinética de há um século. Mais precisamente 1/2mv^2= 386kJ (kiloJoule).

Abraço.

* Chamo-lhe assim porque todos acreditamos que automóveis eléctricos são viáveis. Só que não fazem milagres.
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por Sei lá » 28/5/2008 18:35

Atomez Escreveu:Mas a quantidade de energia necessária para deslocar pessoas e coisas não diminui com o tempo. A natureza é como é e não há volta a dar-lhe.


Não diminui com o tempo, mas diminui com a evolução tecnológica. Já reparaste que necessitas de muito menos combustivel para fazer andar um automóvel agora quando comparado com há 10 anos. E sabias que o peso dos automóveis tem vindo a aumentar muito?

Como expliocas? Evolução dos motores.

Posso estar a dizer uma barbaride, mas os motores a electricidade também podem evoluir, não tento como os processadores, mas também podem evoluir.

O que eu quero dizer é que se em 2002 tivesses continuado a trabalhar nestes projectos, agora estarias muito mais avançado do que estás. Se calhar a GM tinha agora um argumento para se impor no mercado e resolver os problemas financeiros deles, não?
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por Panizzi » 28/5/2008 18:30

MarcoAntonio Escreveu:
Panizzi Escreveu:Agora não podemos negar os carros que a General Motors produziu , com uma boa aceitação no público , tendo inclusive a não renovação dos contractos de aluguer gerado grandes manifestações.

O que é facto é que os carros foram todos recolhidos e destruídos !

Depois veio a Nissan , produziu mais alguns semelhantes(parecidos com os Smart) , teve boa aceitação principalmente junto de empresas para movimentar os seus empregados na cidade , empresas essas que quiseram posteriormente renovar os contractos , mas mais uma vez os carros foram recolhidos ... e destruídos !

A Toyota lançou também um Rav4 parecido , não sei como acabou , se continua a produzir , se parou , sei que também gerou grande confusão.

Você vai-me dizer que as empresas se recusaram a produzir por causa dos custos que isso envolvia , mas eu pergunto-lhe , porque é que nem esperaram pelo retorno desse investimento ? Acho que ficaram a perder muito mais quando os destruiram.


Eu custa-me estar a discutir algo sobre o qual não tenho detalhes e tu obviamente também não tens (senão, não fazias perguntas, colocavas os factos, os cálculos, as perspectivas económicas, etc).

Por isso, a discussão fica aqui numa de pura especulação e racionalização.

Porque é que destruiram? Possivelmente porque não viam retorno do investimento e é óbvio (para mim) que te estás a esquecer de determinadas coisas. Um carro não é uma coisa que um fabricante vende e encaixou dinheiro. É preciso ter uma rede de suporte, há preocupações com a imagem de marca, etc...

Não é vender, encaixar o $ e acabou.

Porque é que os destruiram, perguntas tu.

Porque provavelmente para eles foi a melhor solução, respondo-te eu.


Certamente não foi por serem estúpidos ou sádicos.


Mas como digo, estamos aqui a falar de algo sobre o que temos muito poucos detalhes, eu pelo menos tenho muito poucos.




Panizzi Escreveu:Você falou das viagens , do "ah não posso , tá a carregar" , mas isso seriam questões nos dias de hoje facilmente resolvidas. Recarregamentos rápidos , não tão rápidos como meter a gasolina lá para dentro , mas certamente bem mais reais do que a mensagem que tentou passar.


Continuamos com retórica. Realmente a falar (e a escrever) resolve-se tudo...

Explica-me lá então como é que se carrega rapidamente (em minutos) a energia eléctrica necessária para as baterias suportarem dezenas ou centenas de kilómetros.

É que se tu consegues fazer isso, rapidamente te tornas uma das pessoas mais consideradas em todo o mundo e não deixes o mundo a sofrer com tecnologia obsoleta.


A energia eléctrica não é nada que esteja por explorar. E baterias eléctricas já são inclusivamente utilizadas para locomução...



Panizzi Escreveu:É como os telemóveis , lembro-me bem daquelas autênticos comandos de televisão que duravam horas e horas para carregar e depois duravam menos de um dia.


Mas tu queres comparar um telemóvel com um automóvel de mais de uma tonelada?

E quem te disse que não existiu nenhuma evolução nos automóveis. Os números que eu tenho dado de autonomía e tempo de carga é já fruto de evolução (eu lembro-me vagamente de nos primeiros exemplos que vi já há muitos anos a autonomia ser de 100 e tal kilometros).


Panizzi Escreveu:Hoje chego á ficha , meto o telemóvel a carregar , menos de 1 hora tenho bateria para 4,5 dias.(Isto é apenas como termo de comparação para perceber que tudo se consegue se houver investimento,tecnologia e principalmente vontade).


Pannizi, o Tesla usa basicamente o mesmo tipo de tecnologia do teu telemóvel.

As baterias dele são de lítio com as dos actuais telemóveis. E o resultado desta tecnologia moderna intensamente explorada é este: um brinquedo que pesa 450Kg, que mesmo assim precisa de 3,5 horas para carregar e que faz uns 300Km. E que custa $100.000...

Agora, transporta isto para um carro normal (utilitário/familiar) que pesará mais de uma tonelada.

Isto é já o resultado de evolução.


Eu como disse entrar nos campos mais técnicos para mim é mais complicado continuar a discutir.

Não tenho nem conhecimentos nem inteligência suficientes para isso.

Sei de coisas porque para além de ter passado por essas fases no passado , comeco agora a pesquisar e a perguntar como fui tão menino para não perceber na altura o porquê daquelas manifestações , discussões e por ai fora.

Não queria comparar as baterias necessárias para movimentar um automóvel á que é preciso para ligar um telemóvel.

Tem piada em dizer que seria respeitado e tudo mais caso encontrasse essas tais baterias para os automóveis , fáceis de recarregar e por ai fora.

Pergunto eu , como as pessoas que descobriram os chips para os telemóveis ? Pois , antes disso toda a gente achava impossivel que hoje houvessem telemóveis fáceis de recarregar , com esta autonomia , dimensão e por ai fora.

Porque não poderia ser também assim nos automóveis ?

Que argumentos você me pode apresentar que me digam que , com INVESTIMENTO , TECNOLOGIA E VONTADE , isso não seria possível ? Uma fórmula , um facto concreto , que diga isso é impossivel mesmo que possam descobrir inúmeros elementos ?

Eu não digo que poderiamos prescindir do petróleo no mundo actual , mas garanto que poderiamos ter uma dependência do mesmo , muito mas muito menor.

Percebo igualmente que lhe custe a discutir com alguém tão leigo como eu e não é obrigado a responder a esta leiguice.

Ah e já agora , nós somos sempre estúpidos , enquanto não conseguirmos prevêr com 100% de certeza o amanhã.
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por curvedair » 28/5/2008 18:22

MarcoAntonio Escreveu:As pessoas não são estúpidas, o mundo não é estúpido. Os grandes cérebros não andam distraídos e os grandes interesses não estão limitados às grandes petrolíferas (também existem "grandes eléctricas").

A realidade é que ao longo destes mais de 100 anos, na prática os automóveis eléctricos têm sido categoricamente batidos pelos de combustão interna...


Historicamente, no início da utilização dos veículos automóveis, existiam bastantes movidos por motor eléctrico, chegaram mesmo a ser uma alternativa aos outros veículos.

No entanto, a partir de certa altura, conseguiu-se desenvolver e aperfeiçoar do motor de combustão interna que suplantou a partir daí, sempre e inequívocamente qualquer outra maneira ou processo de movimentar um veículo automóvel(desde do burro até ao motor nuclear).


Por muito que fira a sensibilidades de alguns, a quantidade de energia que se consegue armazenar e disponibilizar de um depósito com combustivel é mesmo muito grande e de custo muito baixo (sim! Mesmo com o barril a 135 dólares ou mesmo a 250 dólares). E mesmo com perdas inerente do motor de combustão (da ordem dos 80%).
O motor de combustão interna permite uma utilização continua e intensiva durante centenas de quilómetros, debitando sempre toda a potência solicitada, até à última gota de combustível.

Um motor eléctrico movido por baterias, não chega nem por perto a este tipo de utilização e desempenho.
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por MarcoAntonio » 28/5/2008 18:15

Panizzi Escreveu:Agora não podemos negar os carros que a General Motors produziu , com uma boa aceitação no público , tendo inclusive a não renovação dos contractos de aluguer gerado grandes manifestações.

O que é facto é que os carros foram todos recolhidos e destruídos !

Depois veio a Nissan , produziu mais alguns semelhantes(parecidos com os Smart) , teve boa aceitação principalmente junto de empresas para movimentar os seus empregados na cidade , empresas essas que quiseram posteriormente renovar os contractos , mas mais uma vez os carros foram recolhidos ... e destruídos !

A Toyota lançou também um Rav4 parecido , não sei como acabou , se continua a produzir , se parou , sei que também gerou grande confusão.

Você vai-me dizer que as empresas se recusaram a produzir por causa dos custos que isso envolvia , mas eu pergunto-lhe , porque é que nem esperaram pelo retorno desse investimento ? Acho que ficaram a perder muito mais quando os destruiram.


Eu custa-me estar a discutir algo sobre o qual não tenho detalhes e tu obviamente também não tens (senão, não fazias perguntas, colocavas os factos, os cálculos, as perspectivas económicas, etc).

Por isso, a discussão fica aqui numa de pura especulação e racionalização.

Porque é que destruiram? Possivelmente porque não viam retorno do investimento e é óbvio (para mim) que te estás a esquecer de determinadas coisas. Um carro não é uma coisa que um fabricante vende e encaixou dinheiro. É preciso ter uma rede de suporte, há preocupações com a imagem de marca, etc...

Não é vender, encaixar o $ e acabou.

Porque é que os destruiram, perguntas tu.

Porque provavelmente para eles foi a melhor solução, respondo-te eu.


Certamente não foi por serem estúpidos ou sádicos.


Mas como digo, estamos aqui a falar de algo sobre o que temos muito poucos detalhes, eu pelo menos tenho muito poucos.




Panizzi Escreveu:Você falou das viagens , do "ah não posso , tá a carregar" , mas isso seriam questões nos dias de hoje facilmente resolvidas. Recarregamentos rápidos , não tão rápidos como meter a gasolina lá para dentro , mas certamente bem mais reais do que a mensagem que tentou passar.


Continuamos com retórica. Realmente a falar (e a escrever) resolve-se tudo...

Explica-me lá então como é que se carrega rapidamente (em minutos) a energia eléctrica necessária para as baterias suportarem dezenas ou centenas de kilómetros.

É que se tu consegues fazer isso, rapidamente te tornas uma das pessoas mais consideradas em todo o mundo e não deixes o mundo a sofrer com tecnologia obsoleta.


A energia eléctrica não é nada que esteja por explorar. E baterias eléctricas já são inclusivamente utilizadas para locumoção...



Panizzi Escreveu:É como os telemóveis , lembro-me bem daquelas autênticos comandos de televisão que duravam horas e horas para carregar e depois duravam menos de um dia.


Mas tu queres comparar um telemóvel com um automóvel de mais de uma tonelada?

E quem te disse que não existiu nenhuma evolução nos automóveis. Os números que eu tenho dado de autonomía e tempo de carga é já fruto de evolução (eu lembro-me vagamente de nos primeiros exemplos que vi já há muitos anos a autonomia ser de 100 e tal kilometros).


Panizzi Escreveu:Hoje chego á ficha , meto o telemóvel a carregar , menos de 1 hora tenho bateria para 4,5 dias.(Isto é apenas como termo de comparação para perceber que tudo se consegue se houver investimento,tecnologia e principalmente vontade).


Pannizi, o Tesla usa basicamente o mesmo tipo de tecnologia do teu telemóvel.

As baterias dele são de lítio com as dos actuais telemóveis. E o resultado desta tecnologia moderna intensamente explorada é este: um brinquedo que pesa 450Kg, que mesmo assim precisa de 3,5 horas para carregar e que faz uns 300Km. E que custa $100.000...

Agora, transporta isto para um carro normal (utilitário/familiar) que pesará mais de uma tonelada.

Isto é já o resultado de evolução.
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FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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