A Crise Financeira, o Crash e os Baby Boomers.
Comentário semanal:
Mas que semana!
O Fed (de NY) a ajudar na compra do Bear Stearns pelo JP Morgan Chase – coisa sem precedentes no horizonte de que me recordo – e o Fed (FOMC), com dois importantes membros a votarem contra, a baixar brutalmente a taxa directora. Curiosamente, como o Mercado esperava ainda mais, o USD até valorizou face ao EUR e outras divisas.
Depois foi a queda no Petróleo, em parte pela valorização do Dólar, e mais abrupta nos Metais Preciosos e nas Commodities em geral.
Tenho referido que contava com uma correcção forte nas commodities, e estava a preparar um plano para isso, mas não a esperava tão cedo e tão abrangente.
Por ser tão abrangente escolhi Puts sobre 2 ETFs – um de commodities agrícolas – Market Vectors Global Agribusiness ETF (MOO) – e outro que é um cabaz mixto -- PowerShares DB Commodity Index Tracking Fund (DBC).
Também 2 empresas (não tive tempo para mais), uma ligada à agricultura, por ser fornecedor importante dos adubos – Potash Corp. of Saskatchewan (POT) – e outra de metais, esta mais por ter múltiplos terríveis e um gráfico que fez acima de $9 em Fevereiro e não pára de cair, já hoje veio a menos de $5 no intraday -- North American Palladium (PAL).
Atenção: são trades de curto prazo (daí as datas de entrega serem mais curtas do que as minhas habituais em opções) pois não me parece que seja uma tendência de longo prazo – apesar de tudo a Chindia continua a crescer…
De notar que mantenho e reforcei os Puts, porque os Indicadores da Fogueiro’s Toolbox continuam negativos, (hoje o NYLOW registou 111 novos mínimos de 52 semanas no NYSE) mas mantenho a precaução de ter mais de 40% em liquidez.
A propósito de liquidez: o Mercado está nas sidelines, ou seja muito liquido – estima-se em 25% – o que pode inverter os meus Indicadores de um momento para o outro.
Espero que eles avisem atempadamente, como de costume – mas sempre lembrando que não têm 100% de acertos, simplesmente porque Indicadores a acertar 100% é coisa que não existe…
Finalmente (e depois do Bear Stearns, um major se comparado com os Northern Rock e Countrywide) pode dizer-se que aquilo que parecia um problema de liquidez é afinal um problema de solvência.
Disclaimer: Este comentário é a minha opinião e nunca uma recomendação de compra ou venda. As compras e as vendas são da responsabilidade do Investidor, bem como os lucros ou as perdas resultantes. O Autor pode ter, e provavelmente tem, posições nos títulos referidos. Em caso de dúvida, deverá o Investidor procurar um intermediário financeiro, a SEC, a Euronext, ou a CMVM
Mas que semana!
O Fed (de NY) a ajudar na compra do Bear Stearns pelo JP Morgan Chase – coisa sem precedentes no horizonte de que me recordo – e o Fed (FOMC), com dois importantes membros a votarem contra, a baixar brutalmente a taxa directora. Curiosamente, como o Mercado esperava ainda mais, o USD até valorizou face ao EUR e outras divisas.
Depois foi a queda no Petróleo, em parte pela valorização do Dólar, e mais abrupta nos Metais Preciosos e nas Commodities em geral.
Tenho referido que contava com uma correcção forte nas commodities, e estava a preparar um plano para isso, mas não a esperava tão cedo e tão abrangente.
Por ser tão abrangente escolhi Puts sobre 2 ETFs – um de commodities agrícolas – Market Vectors Global Agribusiness ETF (MOO) – e outro que é um cabaz mixto -- PowerShares DB Commodity Index Tracking Fund (DBC).
Também 2 empresas (não tive tempo para mais), uma ligada à agricultura, por ser fornecedor importante dos adubos – Potash Corp. of Saskatchewan (POT) – e outra de metais, esta mais por ter múltiplos terríveis e um gráfico que fez acima de $9 em Fevereiro e não pára de cair, já hoje veio a menos de $5 no intraday -- North American Palladium (PAL).
Atenção: são trades de curto prazo (daí as datas de entrega serem mais curtas do que as minhas habituais em opções) pois não me parece que seja uma tendência de longo prazo – apesar de tudo a Chindia continua a crescer…
De notar que mantenho e reforcei os Puts, porque os Indicadores da Fogueiro’s Toolbox continuam negativos, (hoje o NYLOW registou 111 novos mínimos de 52 semanas no NYSE) mas mantenho a precaução de ter mais de 40% em liquidez.
A propósito de liquidez: o Mercado está nas sidelines, ou seja muito liquido – estima-se em 25% – o que pode inverter os meus Indicadores de um momento para o outro.
Espero que eles avisem atempadamente, como de costume – mas sempre lembrando que não têm 100% de acertos, simplesmente porque Indicadores a acertar 100% é coisa que não existe…
Finalmente (e depois do Bear Stearns, um major se comparado com os Northern Rock e Countrywide) pode dizer-se que aquilo que parecia um problema de liquidez é afinal um problema de solvência.
Disclaimer: Este comentário é a minha opinião e nunca uma recomendação de compra ou venda. As compras e as vendas são da responsabilidade do Investidor, bem como os lucros ou as perdas resultantes. O Autor pode ter, e provavelmente tem, posições nos títulos referidos. Em caso de dúvida, deverá o Investidor procurar um intermediário financeiro, a SEC, a Euronext, ou a CMVM
Uma análise realista e actual sobre o Mercado Imobiliário nos EEUU:
A Close Look at Housing
by Louis Navellier
A Close Look at Housing
by Louis Navellier
Obviously, the first choice of the banking industry is to help delinquent homeowners by refinancing their loan at a lower rate. However, if homeowners seek independent sources to refinance their mortgages, they all too often discover that they cannot refinance the entire amount of their mortgage due to falling home values. For example, a homeowner with mortgage based on 80% of their home’s value could suddenly discover that they are in a negative equity situation due to plunging home values. As a result, a homeowner could abandon their home (if they do not mind destroying their credit rating) and subsequently allow the bank to repossess the property, especially if the homeowner has the ability to move to another nicer home that they can rent or buy for significantly less money.
This is the conundrum that the banking industry is now in at the present time. Even though most mortgages have been bundled and sold around the globe, Fed Chairman Bernanke is encouraging banks that still hold mortgages, especially those big jumbo mortgages common to many California and other expensive properties, to bite the bullet and accept a principal reduction on their non-performing and delinquent mortgages. As of the end of the fourth quarter of 2007, 5.82% of all mortgages were delinquent, with fixed and adjustable subprime mortgages running at a 14% and 20% delinquency rate, respectively. Only 1.5% and 5.3% of these fixed and adjustable subprime mortgages are in foreclosure, so clearly there is plenty of potential for possible workouts or principal reductions as Fed Chairman Bernanke suggested that the banking industry accept principal reductions on delinquent and other troubled loans.
The truth of the matter is that the banking industry and the housing market remain in disarray. In my suburban neighborhood in Reno, prices are down at approximately 40% from their peak, and my southeastern Florida neighborhood is suffering similar declines, and auctions from foreclosures and estate sales (to pay taxes after someone dies) are becoming more common. Although I happen to own homes in two of the worst real estate markets in the U.S., clearly until the excess inventory of homes dissipates, the banking industry will remains in distress for possibly the next five to six quarters.
The S&P/Case-Shiller home price index declined 8.9% in the fourth quarter compared with a year ago, which represents the largest quarterly drop in the 20-year history of this index. Goldman Sachs estimates home prices ultimately will fall by 20% to 25% from the peak of the housing boom, while Merrill Lynch’s chief economist Dave Rosenberg says they could fall even further.
And the news doesn’t get any better. The Commerce Department recently announced that new home sales continue to decline and hit a 12-year low of 588,000, which was below economists’ consensus estimate of 600,000. The median prices of new homes has fallen 15.1% in the past 12 months and has been falling at a faster pace in recent months. Even worse, the inventory of new unsold homes has risen to 9.9 months at the current sales pace, which is the worst since October 1981.
There is a catastrophic collapse in housing prices now under way, and the bottom is nowhere in sight now that inventories are at a 27-year high. In fact, new home sales are now down 58% from their peak in mid-2005! The only hope I see on the horizon is that the housing component in the Consumer Price Index (CPI), namely Owners Equivalent Rent, which makes up approximately 40% of the CPI will help to keep inflation down, so the Fed can hopefully justify cutting key interest rates when food and energy prices are soaring.
In fact, the Fed reported that due to falling home prices, homeowner equity has fallen to only 49.6% of existing home values as of the second quarter of 2007, which is the lowest level since 1945. Economists expect this figure to drop even further as declining home prices eat into the value of most Americans’ single largest asset. Moody’s economy.com website estimates that 8.8 million homeowners, or about 10.3% of all homes, will have zero or negative equity by the end of the month. Even more disturbing, about 13.8 million households or 15.9%, will be "upside down" if prices fall 20% from their peak nationally.
The only hope for the housing industry is that the Fed will continue to slash key interest rates so homeowners can refinance at lower rates and stimulate slow housing sales. But as I will discuss in our new April issue, the Fed is reaching the end of its rope. Its aggressive interest rate cuts are inadvertedly suppressing the value of the U.S. dollar, which in turn is fueling commodity inflation as rising crude oil and food prices have clearly demonstrated.
With the gloomy U.S. mortgage market helping to sink the global financial system, the U.S. dollar continues to make new all-time lows against the euro. In the past six years, the U.S. dollar has fallen more than 40% versus the euro and more than 20% against a broader basket of currencies. The weak U.S. dollar complicates the Fed’s job, and that’s becoming increasingly evident. I still believe the Fed will be cutting interest rates at its Tuesday meeting and then again in April. The stakes have gotten higher, but I believe they’re up for the challenge.

As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
Niccolò Machiavelli
http://www.facebook.com/atomez
Niccolò Machiavelli
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Olá a todos
Como sempre este tópico tem algo para estimular a mente
Aqui vão os meus pensamentos:
Quanto a questão da bolha nas commodities, tenho pensado muito nisso. Acho que é uma forte possibilidade. Não sou trader pra shortar "comboios" lançados como o ouro ou a prata (o gráfico semanal é brutal). Como o Fogueiro referenciou o ouro é quase um caso a parte, devido as "razões" geopolíticas e como "hard asset" de refúgio.
O crude então é um animal muito especulativo e altamente volátil. A minha carteira não tem "estofo" pra shortar o crude e ainda por cima acho que seria errado tomar uma iniciativa deste tipo neste momento.
Um dos activos que talvez esteja bem "esticado" seria o trigo, mas mais uma vez não me atrai shortar um activo tão bull.
A commodity que sinceramente acho que fará mais lógica shortar será o cobre. Não quer dizer que o vá fazer, mas gosto deste tipo de "exercício mental". Alguns indicadores parecem querer indicar falta de força dos bulls. A adicionar a isto acho que será um activo que pode se ressentir no caso de uma recessão nos States e um abrandamento (por arrasto) na China (pós jogos Olímpicos) e Índia.
Enfim..... hipóteses
Quanto a questão da recessão:
Eu pelos indicadores que vejo acho que a coisa não será assim tão "leve" e transborda para além duma mera crise financeira. Vejo indicadores a referenciarem dados como sendo os piores dos últimos 15 a 20 anos. Será que quando valores tão maus (por exemplo na área do emprego) forem "transmitidos" para a área do consumo (algo que demora o seu tempo) os resultados das empresas não irão piorar? (o debate já tão referenciado sobre os bons PERs do momento, refúgio de tantos bulls...)
Mas eu tenho que concordar com o Branco na questão dos fatores deflacionários. É algo que muita gente nem sequer para para pensar.... Acho que este quadro de inflação mais ou menos controlada nos países desenvolvidos tem muito a dever a diminuição dos custos de produção, pelos fatores mais que conhecidos da deslocalização (entre outros, como a otimização nos processos de produção e transporte/logística). O que acontecerá quando estes povos gradualmente forem deixando de fazer o papel de "burros de carga".
Aqui tenho que discordar do colega Atomez pois não acho que a curto/médio prazo os africanos possam "substituir" os asiáticos neste campo. A instabilidade política/corrupção, a formação académica, a predisposição dos governos para investir, e os próprios factores culturais fazem com que, na minha modesta opinião, os países africanos não sejam o sustituto ideal para o papel exercido pelos asiáticos neste momento (quanto ao tema de serem "alvo" para deslocalizações).
Como o Branco refere, eu também acho que será necessário um grande avanço tecnológico para compormos a coisa e assim pintarmos um quadro otimista a longo prazo. E pra mim a área chave e fulcral é a área energética. Todo o nosso sistema está baseado num forte consumo energético.
Do meu ponto de vista nesta área não bastam pequenas evoluções. Elas podem ajudar mas nunca serão a solução. Qual será a solução? Fusão a frio? Não faço a mínima ideia, mas terá que ser uma tecnologia/fonte com potencial de fornecimento enorme, pois a demanda energética assim o exige. E não falo só de transportes, falo na manutenção de situações diárias que todos tomamos como certas, como o tratamento/fornecimento de água, a maioria dos métodos de produção industriais, iluminação, aquecimento/climatização de ambientes e acima de tudo a agricultura.
Assim sendo, quando o Fogueiro diz:
Eu sinceramente espero que tenhas razão
. Eu não estou assim tão confiante, mas pro bem dos nossos filhos e netos espero que tenhas razão 
Mas quando dizes:
Nesta parte tenho que concordar com o colega cook. Aqui teremos que contar seriamente com o factor climático, que muito sinceramente (e com muita preocupação da minha parte) acho que está a ser totalmente menosprezado. As ações estão a ser lentas e desconexas. Não está a ser tomada uma política forte e coordenada para a redução de CO2 e metano como foi feito na década de 80 para os CFCs. Por terem sido tomadas medidas a tempo, conseguimos resolver um problema que seria muito sério.
Conseguiremos fazer o mesmo novamente? Eu vejo a situação num ponto crítico e vejo os ventos de mudança mais para brisa fraquinha do que o vendaval que seria necessário. O mínimo necessário para retardar o processo até o aparecimento da nova vaga energética seria um uso racional da energia por parte dos consumidores. Tal está muito, mesmo muito longe da realidade. Vive-se num tempo de "novo-riquismo" do quero, posso e mando em que a maioria não que racionalizar o consumo energético, na maioria dos casos por puros atos de preguiça.
Para evitar então estes impactos nefastos no clima, que provocarão sem dúvidas impáctos nos recursos hídricos/alimentares, a tal revolução energética terá que ser rápida, abundante e (para mim a parte mais difícil, uma verdadeira "pedra no sapato") deverá ter um valor de produção de CO2 negativo.
Conseguiremos?
Espero que sim... Seria um salto de gigante pra nossa civilização
Espero ainda andar por cá pra ver tal coisa
Continuemos com o debate
Bom domingo pra todos, que bem merecemos, depois destes últimos tempos conturbados nos mercados.
Um abraço a todos

Como sempre este tópico tem algo para estimular a mente

Aqui vão os meus pensamentos:

O crude então é um animal muito especulativo e altamente volátil. A minha carteira não tem "estofo" pra shortar o crude e ainda por cima acho que seria errado tomar uma iniciativa deste tipo neste momento.
Um dos activos que talvez esteja bem "esticado" seria o trigo, mas mais uma vez não me atrai shortar um activo tão bull.
A commodity que sinceramente acho que fará mais lógica shortar será o cobre. Não quer dizer que o vá fazer, mas gosto deste tipo de "exercício mental". Alguns indicadores parecem querer indicar falta de força dos bulls. A adicionar a isto acho que será um activo que pode se ressentir no caso de uma recessão nos States e um abrandamento (por arrasto) na China (pós jogos Olímpicos) e Índia.
Enfim..... hipóteses


BrancO Escreveu:
Sou um tipo suspeito porque eu nem sequer acredito que estamos em recessão. Acho que estamos numa crise financeira que poderá levar a uma recessão e a uma eventual crise monetária (razão pela qual o ouro upa, upa) mas os resultados das empresas não me deixaram assim tão desiludido (tirando a banca) para achar que as coisas estão assim tão mal, principalmente se olharmos para fora dos EUA.
Eu pelos indicadores que vejo acho que a coisa não será assim tão "leve" e transborda para além duma mera crise financeira. Vejo indicadores a referenciarem dados como sendo os piores dos últimos 15 a 20 anos. Será que quando valores tão maus (por exemplo na área do emprego) forem "transmitidos" para a área do consumo (algo que demora o seu tempo) os resultados das empresas não irão piorar? (o debate já tão referenciado sobre os bons PERs do momento, refúgio de tantos bulls...)
Mas eu tenho que concordar com o Branco na questão dos fatores deflacionários. É algo que muita gente nem sequer para para pensar.... Acho que este quadro de inflação mais ou menos controlada nos países desenvolvidos tem muito a dever a diminuição dos custos de produção, pelos fatores mais que conhecidos da deslocalização (entre outros, como a otimização nos processos de produção e transporte/logística). O que acontecerá quando estes povos gradualmente forem deixando de fazer o papel de "burros de carga".
Aqui tenho que discordar do colega Atomez pois não acho que a curto/médio prazo os africanos possam "substituir" os asiáticos neste campo. A instabilidade política/corrupção, a formação académica, a predisposição dos governos para investir, e os próprios factores culturais fazem com que, na minha modesta opinião, os países africanos não sejam o sustituto ideal para o papel exercido pelos asiáticos neste momento (quanto ao tema de serem "alvo" para deslocalizações).
Como o Branco refere, eu também acho que será necessário um grande avanço tecnológico para compormos a coisa e assim pintarmos um quadro otimista a longo prazo. E pra mim a área chave e fulcral é a área energética. Todo o nosso sistema está baseado num forte consumo energético.
Do meu ponto de vista nesta área não bastam pequenas evoluções. Elas podem ajudar mas nunca serão a solução. Qual será a solução? Fusão a frio? Não faço a mínima ideia, mas terá que ser uma tecnologia/fonte com potencial de fornecimento enorme, pois a demanda energética assim o exige. E não falo só de transportes, falo na manutenção de situações diárias que todos tomamos como certas, como o tratamento/fornecimento de água, a maioria dos métodos de produção industriais, iluminação, aquecimento/climatização de ambientes e acima de tudo a agricultura.
Assim sendo, quando o Fogueiro diz:
Fogueiro Escreveu:
Sou um grande optimista e confiante na capacidade humana para superar todas as dificuldades.
Eu sinceramente espero que tenhas razão


Mas quando dizes:
Fogueiro Escreveu:
Quanto à produtividade, ela irá continuar a aumentar, não só graças à TI mas também na alimentação, com novas gerações de transgénicos e com outras tecnologias que simplesmente ainda não foram inventadas. Cada hectare de solo arável irá produzir cada vez mais, acompanhando as necessidades crescentes da população mundial. E áreas de deserto irão sendo reconvertidas, como já se faz no Médio Oriente, e produzirão alimentos ...
Nesta parte tenho que concordar com o colega cook. Aqui teremos que contar seriamente com o factor climático, que muito sinceramente (e com muita preocupação da minha parte) acho que está a ser totalmente menosprezado. As ações estão a ser lentas e desconexas. Não está a ser tomada uma política forte e coordenada para a redução de CO2 e metano como foi feito na década de 80 para os CFCs. Por terem sido tomadas medidas a tempo, conseguimos resolver um problema que seria muito sério.
Conseguiremos fazer o mesmo novamente? Eu vejo a situação num ponto crítico e vejo os ventos de mudança mais para brisa fraquinha do que o vendaval que seria necessário. O mínimo necessário para retardar o processo até o aparecimento da nova vaga energética seria um uso racional da energia por parte dos consumidores. Tal está muito, mesmo muito longe da realidade. Vive-se num tempo de "novo-riquismo" do quero, posso e mando em que a maioria não que racionalizar o consumo energético, na maioria dos casos por puros atos de preguiça.
Para evitar então estes impactos nefastos no clima, que provocarão sem dúvidas impáctos nos recursos hídricos/alimentares, a tal revolução energética terá que ser rápida, abundante e (para mim a parte mais difícil, uma verdadeira "pedra no sapato") deverá ter um valor de produção de CO2 negativo.
Conseguiremos?
Espero que sim... Seria um salto de gigante pra nossa civilização



Continuemos com o debate

Bom domingo pra todos, que bem merecemos, depois destes últimos tempos conturbados nos mercados.
Um abraço a todos

"A grandeza de um homem não está em nunca cair, mas sim em levantar-se sempre após todas as quedas." --- Confucius
"Pague a bondade com bondade, mas o mal com a justiça" --- Confucius
"Experiência e humildade são excelentes veículos para percorrer a via em direcção ao sucesso" --- Thunder o filósofo de meia-tigela
"Pague a bondade com bondade, mas o mal com a justiça" --- Confucius
"Experiência e humildade são excelentes veículos para percorrer a via em direcção ao sucesso" --- Thunder o filósofo de meia-tigela
E áreas de deserto irão sendo reconvertidas, como já se faz no Médio Oriente, e produzirão alimentos.
O jantar fez-te bem, e deu-te um optimismo que não sei se não será exagerado. É que actualmente o que se passa, é que a desertificação é um dos maiores problemas ambientais que existem, e estima-se que a área afectada pela desertificação seja já igual à da Europa.
O aumento da população, exige mais recursos e apesar do aumento populacional, o aumento na produção agrícola tem conseguido acompanhar esse aumento. No entanto, há alguns obstáculos a que esse aumento na produção continue. Quase toda a área disponível para agricultura, cerca de 1,5 mil milhões de hectares, está já a ser utilizada. A área disponível per capita, tem vindo a diminuir, passando dos 1,7 para 1 hectare em 2005. Para muitas culturas, aparentemente, atingiu-se o máximo da produção possível recorrendo aos fertilizantes. Outra limitação virá das alterações climáticas. Devido ao aquecimento global, as culturas de cereais terão tendência para se deslocarem mais para Norte, onde os solos não são tão favoráveis ao seu cultivo. Também relacionado com as alterações climáticas e a espectável diminuição da precipitação em determinadas zonas, e com os aumentos das necessidades para consumo e para irrigação, está a questão de saber se há água suficiente para irrigar muitas das culturas actualmente existentes.
Os relatórios das NU sobre estes assuntos, são assustadores, e altamente preocupantes. Aliás, basta ver que estes assuntos estão cada vez mais presentes nas agendas políticas, e há um consenso quase generalizado que a posição actual é insustentável e algo tem que ser feito. Os avanços e recuos, fazem parte do jogo negocial...
cumps
Regressado de um óptimo jantar no António Padeiro seguido do concerto de jazz, também muito bom, da Stacey Kent, em Alcobaça, aqui ficam algumas reflexões sobre os posts do Branc0 e do Atomez.
Sou um grande optimista e confiante na capacidade humana para superar todas as dificuldades.
Sim, acredito que os mais de 100 milhões de consumidores que estão a ser acrescentados por ano vão salvar a economia mundial.
Pela 1ª vez na história todos os países do mundo (com poucas excepções como a Coreia do Norte e o Zimbabwe) estão a crescer – e uma recessão nos EEUU não creio que vá demorar muito.
Depois da limpeza necessária nos desvarios das engenharias financeiras criadas para encher os bolsos de alguns, via performance fees disparatadas, e que irão arrastar os empregadores que as permitiram e até incentivaram, os Mercados Financeiros irão recuperar, pois a liquidez (que agora falta e levará alguns operadores à falência) não é uma questão de dinheiro mas sim de confiança. Logo que esta volte, o dinheiro aparece, só precisa de ter confiança onde investir.
Aliás é disso (falta de confiança) que padece a África: para além do referido pelo Branc0, o maior problema é a corrupção.
Mesmo nos países africanos que tiveram eleições mais ou menos livres após as independências, os que ganharam o poder pela via democrática rapidamente se apoderaram dele eliminando a democracia que os elegeu, matando os opositores ou forçando-os à fuga e ao exílio.
As potências colonizadoras pensaram que podiam transpor, tout court, os seus modelos sociais e de governação para territórios cujas fronteiras coloniais não tiveram em conta as nações (chamadas de tribos) com tradições de poder enraizadas em torno dos seus Régulos, Sobas, etc (conforme se aplique).
Recentemente o presidente de Angola comprou um avião que parece ser o mais luxuoso e caro de todos os chefes de Estado do Mundo.
Perguntei a um amigo angolano o que pensaria o povo, que passa fome. Respondeu-me com toda a naturalidade e convicção: o povo tem orgulho que o seu Presidente tenha o melhor avião, tal com sempre teve orgulho que o seu Soba tivesse a maior casa e mais cabras que todos os restantes Sobas das outras tribos. Eu fiz a guerra de Angola (1962-64), convivi muito com as populações locais, e acho que o meu amigo angolano tem razão.
Quanto à produtividade, ela irá continuar a aumentar, não só graças à TI mas também na alimentação, com novas gerações de transgénicos e com outras tecnologias que simplesmente ainda não foram inventadas. Cada hectare de solo arável irá produzir cada vez mais, acompanhando as necessidades crescentes da população mundial. E áreas de deserto irão sendo reconvertidas, como já se faz no Médio Oriente, e produzirão alimentos. A energia necessária para a des-salinização da água do mar para regar os desertos será eólica, das ondas, das marés, solar, do hidrogénio, nuclear – ou qualquer outra que nem desconfiamos que venha a existir.
Como bem diz o Atomez, o ritmo de inovação e crescimento vai sempre acelerar. A rapidez na pesquisa de informação (de que o Google é um exemplo recente mas que nos faz já economizar imenso tempo) e a sua divulgação em todo o Mundo faz-se a uma velocidade que um navegador quinhentista juraria que nunca iria acontecer.
Para acabar, que isto já vai longo, repito uma frase que escrevi em Agosto passado no 1º post deste tópico:
Estamos num ciclo de expansão no qual participam, pela primeira vez, quase todos os países do Mundo.
Durante esta expansão teremos recessões, como mandam as leis económicas, mas estas leis terão de adaptar-se à globalização do Sec XXI – não podem aplicar-se, tout court, a um Mercado que acrescentou 70 % de players àquele que as viu nascer.
…
Sou um grande optimista e confiante na capacidade humana para superar todas as dificuldades.
Sim, acredito que os mais de 100 milhões de consumidores que estão a ser acrescentados por ano vão salvar a economia mundial.
Pela 1ª vez na história todos os países do mundo (com poucas excepções como a Coreia do Norte e o Zimbabwe) estão a crescer – e uma recessão nos EEUU não creio que vá demorar muito.
Depois da limpeza necessária nos desvarios das engenharias financeiras criadas para encher os bolsos de alguns, via performance fees disparatadas, e que irão arrastar os empregadores que as permitiram e até incentivaram, os Mercados Financeiros irão recuperar, pois a liquidez (que agora falta e levará alguns operadores à falência) não é uma questão de dinheiro mas sim de confiança. Logo que esta volte, o dinheiro aparece, só precisa de ter confiança onde investir.
Aliás é disso (falta de confiança) que padece a África: para além do referido pelo Branc0, o maior problema é a corrupção.
Mesmo nos países africanos que tiveram eleições mais ou menos livres após as independências, os que ganharam o poder pela via democrática rapidamente se apoderaram dele eliminando a democracia que os elegeu, matando os opositores ou forçando-os à fuga e ao exílio.
As potências colonizadoras pensaram que podiam transpor, tout court, os seus modelos sociais e de governação para territórios cujas fronteiras coloniais não tiveram em conta as nações (chamadas de tribos) com tradições de poder enraizadas em torno dos seus Régulos, Sobas, etc (conforme se aplique).
Recentemente o presidente de Angola comprou um avião que parece ser o mais luxuoso e caro de todos os chefes de Estado do Mundo.
Perguntei a um amigo angolano o que pensaria o povo, que passa fome. Respondeu-me com toda a naturalidade e convicção: o povo tem orgulho que o seu Presidente tenha o melhor avião, tal com sempre teve orgulho que o seu Soba tivesse a maior casa e mais cabras que todos os restantes Sobas das outras tribos. Eu fiz a guerra de Angola (1962-64), convivi muito com as populações locais, e acho que o meu amigo angolano tem razão.
Quanto à produtividade, ela irá continuar a aumentar, não só graças à TI mas também na alimentação, com novas gerações de transgénicos e com outras tecnologias que simplesmente ainda não foram inventadas. Cada hectare de solo arável irá produzir cada vez mais, acompanhando as necessidades crescentes da população mundial. E áreas de deserto irão sendo reconvertidas, como já se faz no Médio Oriente, e produzirão alimentos. A energia necessária para a des-salinização da água do mar para regar os desertos será eólica, das ondas, das marés, solar, do hidrogénio, nuclear – ou qualquer outra que nem desconfiamos que venha a existir.
Como bem diz o Atomez, o ritmo de inovação e crescimento vai sempre acelerar. A rapidez na pesquisa de informação (de que o Google é um exemplo recente mas que nos faz já economizar imenso tempo) e a sua divulgação em todo o Mundo faz-se a uma velocidade que um navegador quinhentista juraria que nunca iria acontecer.
Para acabar, que isto já vai longo, repito uma frase que escrevi em Agosto passado no 1º post deste tópico:
Estamos num ciclo de expansão no qual participam, pela primeira vez, quase todos os países do Mundo.
Durante esta expansão teremos recessões, como mandam as leis económicas, mas estas leis terão de adaptar-se à globalização do Sec XXI – não podem aplicar-se, tout court, a um Mercado que acrescentou 70 % de players àquele que as viu nascer.
…
Oi Atomez,
Vejo por onde queres ir mas em relação às tecnologias que falas ainda estão muito longe da massificação. Se bem que acredito, como tu, que os meus netos viverão melhor do que eu (que vivo bastante melhor que os meus avós) estava a pensar em termos mais curtos. A questão seria mais do género:
1) Já dominamos a tecnologia existente ao ponto de esgotarmos o seu potencial a nível de crescimento de produtivade
2) Quanto tempo demorará um novo breaktrough (nomeadamente nas áreas que mencionas mas potencialmente também noutras que nem ainda sonhamos)
Mais que o petróleo interessa-me também bastante os bens de primeiro consumo (i.e. comidas e bebidas).
Quanto à mão de obra africana pensei nela, mas a questão fundamental a esse continente é a "qualidade" das pessoas que lá estão e a qualidade das infraestruturas presentes (ou a falta delas). É difícil para mim imaginar o Zimbabwe como uma powerhouse na produção de software
Vejo por onde queres ir mas em relação às tecnologias que falas ainda estão muito longe da massificação. Se bem que acredito, como tu, que os meus netos viverão melhor do que eu (que vivo bastante melhor que os meus avós) estava a pensar em termos mais curtos. A questão seria mais do género:
1) Já dominamos a tecnologia existente ao ponto de esgotarmos o seu potencial a nível de crescimento de produtivade
2) Quanto tempo demorará um novo breaktrough (nomeadamente nas áreas que mencionas mas potencialmente também noutras que nem ainda sonhamos)
Mais que o petróleo interessa-me também bastante os bens de primeiro consumo (i.e. comidas e bebidas).
Quanto à mão de obra africana pensei nela, mas a questão fundamental a esse continente é a "qualidade" das pessoas que lá estão e a qualidade das infraestruturas presentes (ou a falta delas). É difícil para mim imaginar o Zimbabwe como uma powerhouse na produção de software

Be Galt. Wear the message!
The market does not beat them. They beat themselves, because though they have brains they cannot sit tight. - Jesse Livermore
The market does not beat them. They beat themselves, because though they have brains they cannot sit tight. - Jesse Livermore
Branc0 Escreveu:1. Temos ainda capacidade para aumentos de produtividade como aqueles que assistimos durante a década de 90?
2. Existe ainda mais mão de obra barata por explorar? Os chineses não vão querer aumentos?
3. Acabou a força deflacionária e espera-nos um novo pesadelo [i]à la Nixon[i] com racionamento de bens?
A pergunta não era para mim, mas como nada me impede de dar a mimha opinião aqui vai.
1. Por parte das TI, sem dúvida. A produtividade, em especial na área dos serviços (que são 80% das economisa desenvolvidas) vai crescer a ritmos ainda maiores que até aqui. As novas techs -- bio e nano -- vão trazer niveis nunca vistos de desenvolvimento.
2. Quando a mão de obra chinesa começar a encarecer ainda há zonas sub-desenvolvidas com enormes populações que irão entrar no mercado global - Vietname, India e depois disso ainda a África, esse continente eternamente adiado.
3. Não. Pelas razões acima e ainda mais pela crise da escassez do petróleo (à la Nixon). Essa crise é uma enorme oportunidade de desenvolvimento de fontes de energia e tecnologias alternativas que vão compensar economicamente o declinio do petróleo. É que neste momento as tecnologias básicas já existem e estão maduras, o que é preciso é um gigantesco investimento para as tornar viáveis para uso comum e a escassez do petróleo vai justificar esse investimento.
É claro que no meio disto há sectores inteiros que vão entrar em declínio e até desaparecer, mas vão ser mais que compensados por outros novos e mais rentáveis.
O ritmo de inovação e crescimento nos próximos 100 anos vai ser ainda maior que o dos últimos 100 anos. Pensem nisso. Vejam como era há 100 anos, o que se evoluiu até agora, e depois imaginem uma evolução ainda maior para os próximos 100.
Just my 2 cents.
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
Niccolò Machiavelli
http://www.facebook.com/atomez
Niccolò Machiavelli
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Oi Fogueiro,
Presumo pelo que disseste em cima que não acreditas no decoupling da Asia e da America do Sul? Haverá mais bocas a alimentar hoje no mundo (e com dinheiro para comprar pão) do que no século XX ?
Sou um tipo suspeito porque eu nem sequer acredito que estamos em recessão. Acho que estamos numa crise financeira que poderá levar a uma recessão e a uma eventual crise monetária (razão pela qual o ouro upa, upa) mas os resultados das empresas não me deixaram assim tão desiludido (tirando a banca) para achar que as coisas estão assim tão mal, principalmente se olharmos para fora dos EUA.
Não haverá aqui procura suficiente do resto do mundo para suportar este mercado?
Não sei se leste o livro de Greenspan A era da turbulência onde ele fala que a razão pela qual ele pode baixar tanto as taxas foram as forças da globalização que criaram uma força deflaccionária na economia durante anos nunca vista. Esta pressão deflaccionária estaria, supostamente, relacionada com os aumentos de produtividade que as TI's permitem mas também pela recém-chegada de milhares de novos trabalhadores aos mundo económicos (vindos da Asia, Europa ex-sovietica e América do Sul) que fizeram com que os custos de produção baixassem.
Temos ainda capacidade para aumentos de produtividade como aqueles que assistimos durante a década de 90?
Existe ainda mais mão de obra barata por explorar? Os chineses não vão querer aumentos?
Acabou a força deflacionária e espera-nos um novo pesadelo [i]à la Nixon[i] com racionamento de bens?
Não estou à espera que tenhas resposta para isto tudo, a mim são apenas divagações que tenho ao fim de semana das opiniões que vou lendo na internet e de livros que vou apanhando por aí
Mas em termos de investimentos a escolha é obvia se realmente formos a caminho de um novo pesadelo económico. Gostaria muito de ouvir a tua opinião sobre estes temas se é que te debruças sobre eles quando os cavalos dormem
Presumo pelo que disseste em cima que não acreditas no decoupling da Asia e da America do Sul? Haverá mais bocas a alimentar hoje no mundo (e com dinheiro para comprar pão) do que no século XX ?
Sou um tipo suspeito porque eu nem sequer acredito que estamos em recessão. Acho que estamos numa crise financeira que poderá levar a uma recessão e a uma eventual crise monetária (razão pela qual o ouro upa, upa) mas os resultados das empresas não me deixaram assim tão desiludido (tirando a banca) para achar que as coisas estão assim tão mal, principalmente se olharmos para fora dos EUA.
Não haverá aqui procura suficiente do resto do mundo para suportar este mercado?
Não sei se leste o livro de Greenspan A era da turbulência onde ele fala que a razão pela qual ele pode baixar tanto as taxas foram as forças da globalização que criaram uma força deflaccionária na economia durante anos nunca vista. Esta pressão deflaccionária estaria, supostamente, relacionada com os aumentos de produtividade que as TI's permitem mas também pela recém-chegada de milhares de novos trabalhadores aos mundo económicos (vindos da Asia, Europa ex-sovietica e América do Sul) que fizeram com que os custos de produção baixassem.
Temos ainda capacidade para aumentos de produtividade como aqueles que assistimos durante a década de 90?
Existe ainda mais mão de obra barata por explorar? Os chineses não vão querer aumentos?
Acabou a força deflacionária e espera-nos um novo pesadelo [i]à la Nixon[i] com racionamento de bens?
Não estou à espera que tenhas resposta para isto tudo, a mim são apenas divagações que tenho ao fim de semana das opiniões que vou lendo na internet e de livros que vou apanhando por aí

Mas em termos de investimentos a escolha é obvia se realmente formos a caminho de um novo pesadelo económico. Gostaria muito de ouvir a tua opinião sobre estes temas se é que te debruças sobre eles quando os cavalos dormem

Be Galt. Wear the message!
The market does not beat them. They beat themselves, because though they have brains they cannot sit tight. - Jesse Livermore
The market does not beat them. They beat themselves, because though they have brains they cannot sit tight. - Jesse Livermore
Sulla Escreveu:Saudações
Parabens Fogueiro pelo trimestre.
Parece que o ouro já atingiu o objectivo que referi. Agora a pergunta é até aonde?
Queria perguntar-te sobre ETC de Paris. Aquilo há de tudo, ouro a gado, soja e por aí. Será esta uma potencial boa altura para fazer uma carteirinha desses produtos? Tenho alguma experiencia com ETF Powershares DB que tambem poderao (agricola, ouro e comodities) constituir uma boa carteira.
Pergunto isto pois parece-me que estamos próximos dum ponto de viragem. O mercado está perto do final de ciclo técnico sobre vários pontos de vista. Temos a coincidir a reunião da FED na próxima semana e parece-me que os dias de glória dos short e ultrashort ETF estão para acabar pelo menos no curto prazo.
Neste momento ando em repouso de investimento e mantenho apenas algumas empresas de ouro, tipo yamana, goldcorp e mais algumas, para despejar em breve, acho eu. Peço desculpa por tanta pergunta.
Obrigado
Ouro -- mantenho posições em AUY, BVN e outras que estão apenas cotadas em Vancouver e Toronto, mas já tomei alguns lucros.
Outras commodities:
No dia 8 escrevi:
As commodities, com o trigo, o milho, etc à cabeça, estão em modo bolha, etanol oblige...
O tipo que pela primeira vez usou o termo "bolha" aplicado à evolução dos preços (não me lembro agora do nome) definiu-a como sendo uma situação em que estes estão ao dobro da sua tendência de longo prazo.
O meu próximo movimento será aproveitar a queda, excepto no ouro e petróleo que, porque dependem de razões geo-politicas, nunca tomo posições curtas (puts ou ETFs que fazem o inverso).
Todavia, ainda é cedo para tal.
O Índice DJ Transportations (TRAN) costuma ser um premonitor, visto que as commodities são grandes "clientes" dos transportes.
A continuação da subida de algumas, com o Índice dos Transportes a cair, pode significar que já há uma quebra nas quantidades dos físicos, continuando os especuladores a puxar os preços dos futuros (isso está a ser claro no crude, com puxadas próximo da hora de fecho do NYMEX).
Todavia o Ouro pertence a outro mundo. Faz-me lembrar aqueles que, milionários e obcecados, construíram inúteis abrigos atómicos na década de 60. Por isso o ouro (tal como o crude) está demasiado dependente de factores geo-políticos, para se poder prever qualquer cenário futuro.
Daí que excluo o ouro e o crude das posições curtas que tenciono vir a tomar em commodities.
Abaixo o gráfico do TRAN:
- Anexos
-
- MM25 semanas - amarela
MM50 semanas - azul
MM200 semanas - vermelha
Possível suporte: Ago 2006 e Jan 2008 - Índice Transportes - 14.3.2008.png (15.19 KiB) Visualizado 10285 vezes
Patego Escreveu:Fogueiro, antes de mais os meus sinceros parabéns pela semana fenomenal que teve.![]()
Não sei se estava a acompanhar pré mercado da BSC pelas 13h, aquando da notícia saída, os próprios indíces mundiais subiram todos nessa altura, a BSC disparou para +10%.
Realmente esta foi uma semana de muitos sucessos e muitos fracassos, muitos ganhos e muitas percas, foi tudo extremado!
Não sei se viu isto.
Who Traded 55,000 Bear $30 Puts Tuesday?
de 0,15 , para 6 dolares!! incrivel +3750%. Embora só tenha subido +1120% devido a ter ontem fechado a 0,50.
http://www.thestreet.com/_yahoo/newsana ... &cm_ite=NA
BSC Mar 2008 30.0000 put(OPR: BVDOF.X)
Last Trade: 6.10
Trade Time: 3:59PM ET
Change: 5.60 (1120.00%)
Prev Close: 0.50
Open: 3.60
Bid: 5.90
Ask: 6.30
Day's Range: 0.45 - 9.40
Contract Range: N/A - N/A
Volume: 47,712
Open Interest:
Os meus Puts eram para Julho, inicialmente todos com stike a $75 e no principio da semana fiz um cash and roll de parte deles para o strike de $50 também para Julho.
Esta estratégia permite tomar lucros e investi-los em strike mais alavancado, com maior potencial de ganho.
Ontem vendi os remanescentes de $75 com lucros entre 540% e 572% e vendi ainda 1/3 dos $50 com lucro de 317% pois a posição em BSC tinha ultrapassado a exposição máxima sobre o valor total da carteira.
Como só estava a acompanhar os Puts para Julho, não vi essa operação para Março. De facto foi um tiro em cheio!
Só um institucional que tenha custos de transacção praticamente de zero, ou seja, ele próprio um operador, compra 55.000 Puts tão out of money para 1 semana de validade...
...
Saudações
Parabens Fogueiro pelo trimestre.
Parece que o ouro já atingiu o objectivo que referi. Agora a pergunta é até aonde?
Queria perguntar-te sobre ETC de Paris. Aquilo há de tudo, ouro a gado, soja e por aí. Será esta uma potencial boa altura para fazer uma carteirinha desses produtos? Tenho alguma experiencia com ETF Powershares DB que tambem poderao (agricola, ouro e comodities) constituir uma boa carteira.
Pergunto isto pois parece-me que estamos próximos dum ponto de viragem. O mercado está perto do final de ciclo técnico sobre vários pontos de vista. Temos a coincidir a reunião da FED na próxima semana e parece-me que os dias de glória dos short e ultrashort ETF estão para acabar pelo menos no curto prazo.
Neste momento ando em repouso de investimento e mantenho apenas algumas empresas de ouro, tipo yamana, goldcorp e mais algumas, para despejar em breve, acho eu. Peço desculpa por tanta pergunta.
Obrigado
Parabens Fogueiro pelo trimestre.
Parece que o ouro já atingiu o objectivo que referi. Agora a pergunta é até aonde?
Queria perguntar-te sobre ETC de Paris. Aquilo há de tudo, ouro a gado, soja e por aí. Será esta uma potencial boa altura para fazer uma carteirinha desses produtos? Tenho alguma experiencia com ETF Powershares DB que tambem poderao (agricola, ouro e comodities) constituir uma boa carteira.
Pergunto isto pois parece-me que estamos próximos dum ponto de viragem. O mercado está perto do final de ciclo técnico sobre vários pontos de vista. Temos a coincidir a reunião da FED na próxima semana e parece-me que os dias de glória dos short e ultrashort ETF estão para acabar pelo menos no curto prazo.
Neste momento ando em repouso de investimento e mantenho apenas algumas empresas de ouro, tipo yamana, goldcorp e mais algumas, para despejar em breve, acho eu. Peço desculpa por tanta pergunta.
Obrigado
"Na dúvida, mais vale perder uma oportunidade de ganhar do que ganhar a oportunidade de perder" - SVLLA
Fogueiro, antes de mais os meus sinceros parabéns pela semana fenomenal que teve.
Não sei se estava a acompanhar pré mercado da BSC pelas 13h, aquando da notícia saída, os próprios indíces mundiais subiram todos nessa altura, a BSC disparou para +10%.
Realmente esta foi uma semana de muitos sucessos e muitos fracassos, muitos ganhos e muitas percas, foi tudo extremado!
Não sei se viu isto.
Who Traded 55,000 Bear $30 Puts Tuesday?
de 0,15 , para 6 dolares!! incrivel +3750%. Embora só tenha subido +1120% devido a ter ontem fechado a 0,50.
http://www.thestreet.com/_yahoo/newsana ... &cm_ite=NA
BSC Mar 2008 30.0000 put(OPR: BVDOF.X)
Last Trade: 6.10
Trade Time: 3:59PM ET
Change: 5.60 (1120.00%)
Prev Close: 0.50
Open: 3.60
Bid: 5.90
Ask: 6.30
Day's Range: 0.45 - 9.40
Contract Range: N/A - N/A
Volume: 47,712
Open Interest:

Não sei se estava a acompanhar pré mercado da BSC pelas 13h, aquando da notícia saída, os próprios indíces mundiais subiram todos nessa altura, a BSC disparou para +10%.
Realmente esta foi uma semana de muitos sucessos e muitos fracassos, muitos ganhos e muitas percas, foi tudo extremado!
Não sei se viu isto.
Who Traded 55,000 Bear $30 Puts Tuesday?
de 0,15 , para 6 dolares!! incrivel +3750%. Embora só tenha subido +1120% devido a ter ontem fechado a 0,50.
http://www.thestreet.com/_yahoo/newsana ... &cm_ite=NA
BSC Mar 2008 30.0000 put(OPR: BVDOF.X)
Last Trade: 6.10
Trade Time: 3:59PM ET
Change: 5.60 (1120.00%)
Prev Close: 0.50
Open: 3.60
Bid: 5.90
Ask: 6.30
Day's Range: 0.45 - 9.40
Contract Range: N/A - N/A
Volume: 47,712
Open Interest:
Bem visto e melhor executado, Fog!
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
Niccolò Machiavelli
http://www.facebook.com/atomez
Niccolò Machiavelli
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Comentário Semanal
Foi uma das melhores semanas de sempre para a Carteira NY, graças à aposta nas quedas, nomeadamente do Sector Financeiro, com a Bear Stearns como estrela!
Aliás, depois de um começo fraco, está agora a ser um 1º trimestre promissor: ainda falta meio Março e o ganho já ultrapassou os 18% (o melhor trimestre de sempre teve uma valorização de +-30 %, se a memória não me atraiçoa).
Também foi a semana com a maior subida diária dos Mercados de NY dos últimos 5 anos, o que enganou muita gente.
Talvez não soubessem que dos 10 dias de maiores subidas dos 3 principais Índices (DJ, S&P e Nasdaq), 9 ocorreram em Bear Markets, segundo as estatísticas da ChangeWave Alliance. Provavelmente passarão a referir 10 das 11 maiores…
Mas quem estava ao corrente, como eu, pensou: há 90% de probabilidades de que a tendência principal negativa continue.
Pelo menos foi isso que assumi, com a preciosa ajuda do Indicador de 2” que, nas últimas 7 sessões nunca teve leituras inferiores a 40 (aliás foram sempre acima de 100). Os restantes Indicadores da Fogueiro’s Toolbox, limitaram-se a confirmar.
Perante esta situação caótica em Wall Street, o Fed bem tenta evitar a recessão, mas, como diz o Jim Rogers, sai muito mais caro evitar uma recessão do que deixá-la vir limpar o lixo e permitir um novo crescimento económico sustentado, a partir de bases sólidas.
...
Foi uma das melhores semanas de sempre para a Carteira NY, graças à aposta nas quedas, nomeadamente do Sector Financeiro, com a Bear Stearns como estrela!
Aliás, depois de um começo fraco, está agora a ser um 1º trimestre promissor: ainda falta meio Março e o ganho já ultrapassou os 18% (o melhor trimestre de sempre teve uma valorização de +-30 %, se a memória não me atraiçoa).
Também foi a semana com a maior subida diária dos Mercados de NY dos últimos 5 anos, o que enganou muita gente.
Talvez não soubessem que dos 10 dias de maiores subidas dos 3 principais Índices (DJ, S&P e Nasdaq), 9 ocorreram em Bear Markets, segundo as estatísticas da ChangeWave Alliance. Provavelmente passarão a referir 10 das 11 maiores…
Mas quem estava ao corrente, como eu, pensou: há 90% de probabilidades de que a tendência principal negativa continue.
Pelo menos foi isso que assumi, com a preciosa ajuda do Indicador de 2” que, nas últimas 7 sessões nunca teve leituras inferiores a 40 (aliás foram sempre acima de 100). Os restantes Indicadores da Fogueiro’s Toolbox, limitaram-se a confirmar.
Perante esta situação caótica em Wall Street, o Fed bem tenta evitar a recessão, mas, como diz o Jim Rogers, sai muito mais caro evitar uma recessão do que deixá-la vir limpar o lixo e permitir um novo crescimento económico sustentado, a partir de bases sólidas.
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O gráfico foi retirado do site do Bespok Investments Group, e a diferença talvez resulte da diferença que falaste entre os resultados operacionais e os reportados.
http://bespokeinvest.typepad.com/bespoke/
http://bespokeinvest.typepad.com/bespoke/
Alvo, aonde obtiveste esse gráfico?
Tem valores para o PER muito acima dos reportados pelo próprio Standard and Poors.
Eis um link para uma folha de cálculo que segue o EPS e PER do S&P durante 2 décadas.
http://www2.standardandpoors.com/spf/xl ... EPSEST.XLS
As colunas a ver são a I (Operacionais) ou J (tal como reportados)
Ao longo do tempo a diferença é cada vez maior.
O mais relevante deveria ser o "tal como reportados", mas os analistas ligam mais aos “Operacionais”.
…
Tem valores para o PER muito acima dos reportados pelo próprio Standard and Poors.
Eis um link para uma folha de cálculo que segue o EPS e PER do S&P durante 2 décadas.
http://www2.standardandpoors.com/spf/xl ... EPSEST.XLS
As colunas a ver são a I (Operacionais) ou J (tal como reportados)
Ao longo do tempo a diferença é cada vez maior.
O mais relevante deveria ser o "tal como reportados", mas os analistas ligam mais aos “Operacionais”.
…
A minha humilde contribuição para este excelente post.
O spx a cair e o seu per a subir? Isto acontece porque os resultados das empresas caem de forma mais abrupta que o próprio índice. Acrescento ainda que o per médio do spx é de 15,9 ( 20,5 se considerarmos apenas os últimos 25 anos ) e que em 2002 atingiu perto de 44.
O spx a cair e o seu per a subir? Isto acontece porque os resultados das empresas caem de forma mais abrupta que o próprio índice. Acrescento ainda que o per médio do spx é de 15,9 ( 20,5 se considerarmos apenas os últimos 25 anos ) e que em 2002 atingiu perto de 44.
- Anexos
-
- spxper.png (33 KiB) Visualizado 11146 vezes
Caro Sulla,
As commodities, com o trigo, o milho, etc à cabeça, estão em modo bolha, etanol oblige...
O tipo que pela primeira vez usou o termo "bolha" aplicado à evolução dos preços (não me lembro agora do nome) definiu-a como sendo uma situação em que estes estão ao dobro da sua tendência de longo prazo.
O meu próximo movimento será aproveitar a queda, excepto no ouro e petróleo que, porque dependem de razões geo-politicas, nunca tomo posições curtas (puts ou ETFs que fazem o inverso).
Todavia, ainda é cedo para tal.
...
...
As commodities, com o trigo, o milho, etc à cabeça, estão em modo bolha, etanol oblige...
O tipo que pela primeira vez usou o termo "bolha" aplicado à evolução dos preços (não me lembro agora do nome) definiu-a como sendo uma situação em que estes estão ao dobro da sua tendência de longo prazo.
O meu próximo movimento será aproveitar a queda, excepto no ouro e petróleo que, porque dependem de razões geo-politicas, nunca tomo posições curtas (puts ou ETFs que fazem o inverso).
Todavia, ainda é cedo para tal.
...
...
Caro Fogueiro,
Já nem as comodities se safam?
Se pudesses deixar uma revisãozinha do panorama futuro de ouro e outros metais, trigo,etc (o crude será para continuar bullish?)
Obrigado
A minha aposta, para além de curtos neste momento, é aproveitar a correcção que ouro e afins estão a sofrer para reforçar em breve, pois parece-me que com a especulação de novo corte a 18 do corrente o ouro pode, até lá, chegar aos $1000.
Cumprimentos
Já nem as comodities se safam?
Se pudesses deixar uma revisãozinha do panorama futuro de ouro e outros metais, trigo,etc (o crude será para continuar bullish?)
Obrigado
A minha aposta, para além de curtos neste momento, é aproveitar a correcção que ouro e afins estão a sofrer para reforçar em breve, pois parece-me que com a especulação de novo corte a 18 do corrente o ouro pode, até lá, chegar aos $1000.
Cumprimentos
"Na dúvida, mais vale perder uma oportunidade de ganhar do que ganhar a oportunidade de perder" - SVLLA
Comentário semanal
As posições abertas da Cartreira NY subiram cerca de 5%, tal como na semana passada, graças às posições curtas, apesar dos stop loss em BOOM, FLIR e BYI.
Já não há sectores-refúgio para posições longas.
São os resgates nos Fundos de Investimento e as chamadas das contas-margem de muitos Institucionais alavancados a obrigá-los a vender em massa.
Vendem o que têm, e se foram bem geridos, têm as melhores acções – não vale a pena perder o sono a tentar descobrir quais são as boas: amanhã podem ser as que sofrem um sell-off.
Não há pior do que vender porque se é obrigado, e não porque se quer vender!
Há, pois, que manter muita liquidez e paciência: um dia, não sabemos quando, virá o próximo Bull Market e haverá empresas com múltiplos fantásticos, para comprar.
O PER do S&P500 está nos 14,5 – um Yield de quase 7% com o TB de 13 semanas a fechar hoje em 1,45%, antecipando um corte de 75 pb na reunião do FOMC do dia 18.
Aliás os futuros já apontam para uma probabilidade de 98% para esse corte na taxa directora, enquanto que, há poucos dias, era só de 30%.
O Fed está numa posição dificílima: com a diminuição de 63.000 empregos (era esperado um aumento de 23.000) será empurrado para uma posição agressiva, mas ela conduzirá a mais uma escalada no crude, possivelmente para os $110, e mais inflação.
Aliás hoje já mostraram alguma acção ao anunciar que aumentaram a quantidade de dinheiro em leilão aos bancos para $100 bn.
Como todos sabemos, aumento da inflação com abrandamento do crescimento económico, chama-se estagflação – um cenário do pior!
Perante o Congresso, Ben Bernanke tentou desdramatizar dizendo "I don't anticipate stagflation. I do not think we are anywhere near the situation that prevailed in the 1970s."
Sim, agora é diferente porque a inflação não é de 2 dígitos, como nos anos 70.
Mas quanto ao resto restam poucas dúvidas que estamos mesmo em estagflação.
Também não ajudou nada o Warren Buffett, que eu admiro mas perdeu uns pontos na minha consideração, retirar, em directo na CNBC, o apoio dos $600 bn às obrigações Municipais, que tinha anunciado poucos dias antes. E acrescentou: "I would say, by any common-sense definition, we are in a recession,"
Para ter mudado de ideias em tão poucos dias, o Warren Buffett e o seu “dream team” de economistas, devem ter descoberto muito lixo que não sabiam. E o Mercado reagiu em conformidade.
...
As posições abertas da Cartreira NY subiram cerca de 5%, tal como na semana passada, graças às posições curtas, apesar dos stop loss em BOOM, FLIR e BYI.
Já não há sectores-refúgio para posições longas.
São os resgates nos Fundos de Investimento e as chamadas das contas-margem de muitos Institucionais alavancados a obrigá-los a vender em massa.
Vendem o que têm, e se foram bem geridos, têm as melhores acções – não vale a pena perder o sono a tentar descobrir quais são as boas: amanhã podem ser as que sofrem um sell-off.
Não há pior do que vender porque se é obrigado, e não porque se quer vender!
Há, pois, que manter muita liquidez e paciência: um dia, não sabemos quando, virá o próximo Bull Market e haverá empresas com múltiplos fantásticos, para comprar.
O PER do S&P500 está nos 14,5 – um Yield de quase 7% com o TB de 13 semanas a fechar hoje em 1,45%, antecipando um corte de 75 pb na reunião do FOMC do dia 18.
Aliás os futuros já apontam para uma probabilidade de 98% para esse corte na taxa directora, enquanto que, há poucos dias, era só de 30%.
O Fed está numa posição dificílima: com a diminuição de 63.000 empregos (era esperado um aumento de 23.000) será empurrado para uma posição agressiva, mas ela conduzirá a mais uma escalada no crude, possivelmente para os $110, e mais inflação.
Aliás hoje já mostraram alguma acção ao anunciar que aumentaram a quantidade de dinheiro em leilão aos bancos para $100 bn.
Como todos sabemos, aumento da inflação com abrandamento do crescimento económico, chama-se estagflação – um cenário do pior!
Perante o Congresso, Ben Bernanke tentou desdramatizar dizendo "I don't anticipate stagflation. I do not think we are anywhere near the situation that prevailed in the 1970s."
Sim, agora é diferente porque a inflação não é de 2 dígitos, como nos anos 70.
Mas quanto ao resto restam poucas dúvidas que estamos mesmo em estagflação.
Também não ajudou nada o Warren Buffett, que eu admiro mas perdeu uns pontos na minha consideração, retirar, em directo na CNBC, o apoio dos $600 bn às obrigações Municipais, que tinha anunciado poucos dias antes. E acrescentou: "I would say, by any common-sense definition, we are in a recession,"
Para ter mudado de ideias em tão poucos dias, o Warren Buffett e o seu “dream team” de economistas, devem ter descoberto muito lixo que não sabiam. E o Mercado reagiu em conformidade.
...
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