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Caldeirão da Bolsa

BCP...

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Gráfico

por joao4702 » 19/2/2008 19:13

Em anexo gráfico do BCP que reflecte em tudo aquilo que se tem passado nestes últimos tempos, afinal não era só uma crise de gestão...é uma crise de gestão, é uma crise sem fim à vista e que se prolongará por algum tempo mais...

Já não paga mais dividendos que yield tão fraquinha...enfim...

Aumento capital maior que o esperado...ui ui...25% de desconto ui...ui...ai nem quero ver mais nada...

O gráfico atrevo-me esse deve fazer um higher low.

Abraço.
Anexos
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por Nyk » 19/2/2008 19:12

Ligações a 'offshores' com impacto negativo de 300 milhões de euros
O Banco anunciou ter reconhecido um impacto negativo de 300 milhões de euros para cobrir o risco associado às suas ligações com sociedades 'offshore', que têm sido alvo de investigações por parte das autoridades. O BCP explica que este montante, que se situa em 220,5 milhões de euros líquidos de impostos, foi abatido à situação líquida do banco e não aos resultados hoje apresentados. O aumento de capital – hoje anunciado – servirá também para repor a liquidez em falta.

Tiago Freire

"Face às indicações existentes a respeito das investigações das autoridades de supervisão (…) o Banco decidiu considerar uma interpretação mais prudente, face aos riscos agora identificados, (…) pelo que procedeu ao registo de uma correcção de 300 milhões de euros na situação líquida, com efeitos a partir de 1 de Janeiro de 2006", refere o BCP.

O banco acrescenta que esta medida "não implica qualquer tipo de admissão ou reconhecimento pelo banco da existência de quaisquer alegadas infracções que lhe venham porventura a ser imputadas".
"A incerteza dos acontecimentos,é sempre mais difícil de suportar do que o próprio acontecimento" Jean-Baptista Massilion.
"Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida"Johann Goethe
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por Nyk » 19/2/2008 19:11

Operação termina em Maio e foi tomada firme
BCP aumenta capital em 1,3 mil milhões de euros (act)
O Banco Comercial Português (BCP) anunciou hoje um aumento de capital em 1,3 milhões de euros, um valor que supera as estimativas dos analistas. Esta operação, aprovada por unanimidade e tomada firme por dois bancos de investimento, servirá para recompor os rácios de capital do maior banco privado português e financiar o crescimento no exterior. Vai arrancar já em Março, poderá ter um desconto entre 10 e 20% e deverá estar terminada em Maio.

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Paulo Moutinho
paulomoutinho@mediafin.pt


Patrícia Abreu
pabreu@mediafin.pt




O Banco Comercial Português (BCP) anunciou hoje um aumento de capital em 1,3 milhões de euros, um valor que supera as estimativas dos analistas. Esta operação, aprovada por unanimidade e tomada firme por dois bancos de investimento, servirá para recompor os rácios de capital do maior banco privado português e financiar o crescimento no exterior. Vai arrancar já em Março, poderá ter um desconto entre 10 e 20% e deverá estar terminada em Maio.

O aumento de capital foi hoje aprovado por unanimidade pelo Conselho de Geral de Supervisão e pelo Conselho Superior. A Morgan Stanley e a Merrill Lynch já tomaram firme a operação, pelo que o BCP tem já garantido o encaixe de 1,3 mil milhões de euros.

Segundo anunciou Santos Ferreira em conferência de imprensa, a operação de aumento de capital vai ter início já no mês de Março e deverá estar concluída em Maio, com a admissão das acções à cotação em Bolsa.

O novo CEO admitiu que aplicará um desconto entre 10 a 20% ao preço do aumento de capital. As acções fecharam hoje nos 1,87 euros, pelo que tendo em conta este preço, as acções poderão ser vendidas aos accionistas a um preço em torno dos 1,50 euros.

O mercado já aguardava esta operação, uma vez que o banco estava com rácios de capital muito apertados e teria que reflectir nas suas contas as perdas relacionadas com as "off-shores", no âmbito das investigações das autoridades a alegadas irregularidades praticadas pelo banco.

Rácio baixa para 4,3% no final de 2007

O banco agora liderado por Carlos Santos Ferreira chegou a Setembro com um rácio "core tier 1" de 5,2%, mas este deteriorou-se para 4,3% no final de Dezembro, um nível bem inferior ao estimado pelos analistas consultados pelo Jornal de Negócios que apontavam para um "core capital" entre 4,6% e 4,8%.

O BCP passou de 5,6% no final de Março para 5,4% no final de Junho e 5,2% no final de Setembro.

Os analistas estimavam que o BCP anunciasse um aumento de capital de mil milhões de euros, que colocaria o rácio do BCP em torno dos 6,5%, um valor que já se situava acima das metas do banco e que daria margem para a expansão do BCP.

No programa de crescimento "Millennium 2010", apresentado por Paulo Teixeira Pinto, em Junho do ano passado, o BCP estimava chegar ao final deste ano, 2008, com um "core Tier1" de 6%.

No entanto, de acordo com o comunicado enviado à CMVM, o regulador do mercado de capitais nacional, o Conselho Geral de Supervisão e o Conselho Superior do banco aprovaram por unanimidade a realização de um aumento de capital de 1,3 mil milhões de euros.

Em 2003, o BCP realizou um aumento de capital de 930 milhões de euros, depois de em 2001 ter efectuado um outro de 714 milhões de euros. Este financiamento junto dos investidores tem como objectivos recompor os rácios de capital e financiar o crescimento da instituição no exterior.

Em 2006 o BES efectuou um aumento de capital de 1,38 mil milhões de euros, o mais elevado de sempre na bolsa portuguesa.
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por Nyk » 19/2/2008 19:07

BCP admite reduções salariais na administração
Carlos Santos Ferreira considera que os sacrifícios que estão a ser pedidos aos accionistas devem ser partilhados por todos e considera que nestas situações é incorrecto que "não se comece por cima".

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Patrícia Abreu
pabreu@mediafin.pt



Carlos Santos Ferreira considera que os sacrifícios que estão a ser pedidos aos accionistas devem ser partilhados por todos e considera que nestas situações é incorrecto que "não se comece por cima".

Na conferência de imprensa de apresentação de resultados, o presidente do BCP afirmou que é natural que os sacrifícios pedidos aos accionistas sejam partilhados por todos e quando assim é "acho mal que não se comece por cima".

O responsável admite assim cortes salariais na administração daquele que é o banco que melhor remunera actualmente os seus administradores.
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por rate » 19/2/2008 18:49

é caso p/dizer "phone-ix" !
cc
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por WolfTrader » 19/2/2008 18:46

1,3 B de Euros de novas acções...os analistas esperavam 1 B de Euros, apenas...
 
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por AMR » 19/2/2008 18:45

Quanto mais descerem... mais barato fica o banco... se é que me faço entender.

Está tão especulável quanto uma garrafa de litro de água no meio do Sahara, com nuvens bem pesadas no horizonte...

Abraços,
AMR
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por jony_cash » 19/2/2008 18:38

Em relação ao BCP tenho pena que tenha chegado a onde chegou ainda bem que já me livrei das acções só vejo uma coisa está deve remar para sul com este leque de más notícias só não abandona o barco quem não pode.

BN
 
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aqui estão eles...

por nov71 » 19/2/2008 17:56

EMPRESAS Publicado 19 Fevereiro 2008 16:49
Lucros do BCP recuam 27,8% em 2007 para 563 milhões
O Banco Comercial Português anunciou hoje que os resultados líquidos de 2007 baixaram 27,8% para 563 milhões de euros, um valor que ligeiramente acima das estimativas dos analistas. Desde de 2003 que o maior banco privado português não tinha resultados líquidos tão baixos, tendo sido superado pelo BES no ano passado.

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Jornal de Negócios Online
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O Banco Comercial Português anunciou hoje que os resultados líquidos de 2007 baixaram 27,8% para 563 milhões de euros, um valor que ligeiramente acima das estimativas dos analistas. Desde de 2003 que o maior banco privado português não tinha resultados líquidos tão baixos, tendo sido superado pelo BES no ano passado.
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por fitas » 19/2/2008 16:36

"Como diz o cego... a ver vamos. :roll:


BN


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por Navete » 19/2/2008 16:34

Não consigo fazer outra! Devo ter que jogar hoje na bolsa... :lol: Talvez comprar uns BCP´s :lol:
Como diz o cego, a ver vamos...
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por fitas » 19/2/2008 16:32

Caro Navete... relógio suíco e de boa marca. :lol:


BN


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por Navete » 19/2/2008 16:29

1630
Já agora, estão a gostar da recuperação...?
Como diz o cego, a ver vamos...
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por fitas » 19/2/2008 16:29

16,30H


BN

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por Festeiro » 19/2/2008 16:26

A que horas se inicia a paresentação dos resultados do BCP?
Obrigado
As palavras levam à exaltação, os números à meditação.
 
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por Nyk » 19/2/2008 8:14

A engenharia financeira do BCP em fuga das autoridades
Comissão de Mercados de Valores Mobiliários e Banco de Portugal já deslindaram boa parte da engenharia financeira que o BCP realizou para esconder das autoridades as acções próprias detidas através de pelo menos 17 sociedades com sede em paraísos fiscais. Veja aqui o esquema das alegadas irregularidades.

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Maria João Gago
mjgago@mediafin.pt



Comissão de Mercados de Valores Mobiliários e Banco de Portugal já deslindaram boa parte da engenharia financeira que o BCP realizou para esconder das autoridades as acções próprias detidas através de pelo menos 17 sociedades com sede em paraísos fiscais. Veja aqui o esquema das alegadas irregularidades.

A sofisticação e mudança constante das operações dificultou a sua reconstrução por parte de quem está a investigar. Durante este caminho das acções até que se disfarçassem todas as perdas registaram-se fundamentalmente três transfigurações:
"A incerteza dos acontecimentos,é sempre mais difícil de suportar do que o próprio acontecimento" Jean-Baptista Massilion.
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por Nyk » 18/2/2008 21:03

Com divulgação de resultados CMVM pode ter dados para abrir outro processo
A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) pode ter matéria para abrir mais um processo contra os antigos administradores do BCP se o banco reconhecer nas contas de 2007 perdas relativas a anteriores exercícios, avança a agência Lusa.

Diario Económico Online

Isto ocorre uma vez que a contabilização de perdas relativas a anteriores exercícios nas contas que o banco vai amanhã divulgar pode assim representar a prestação de informações falsas ao mercado e à CMVM por parte da administração cessante.

Num comunicado feito em Dezembro a administração presidida por Filipe Pinhal, confirmava, em resposta a um pedido de esclarecimento do regulador, "que a informação financeira por ele [BCP] mais recentemente divulgada, nomeadamente a relativa ao período findo em 30 de Setembro de 2007, reflecte integralmente as perdas financeiras" decorrentes das operações, sob investigação, feitas através de off-shores.

"Aquela informação financeira, bem como a informação subsequente até ao presente tem sido preparada de acordo com as políticas e critérios contabilísticos adequados, (...) em todos os aspectos materialmente relevantes, não existindo quaisquer outras situações não relevadas", assegurava a administração cessante.

Uma comunicação ao mercado feita pelo BCP na semana passada põe em causa a veracidade desta informação, visto que a actual administração diz que nas contas de 2007 contemplou "possíveis impactos identificados nos processos em curso por parte das autoridades de supervisão, quer no exercício de 2007 quer em exercícios anteriores".

O Conselho de Administração Executivo aprovou no dia 13 de Fevereiro, as contas relativas ao exercício de 2007, a ser divulgadas amanhã.
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por Navete » 18/2/2008 21:02

Concordo plenamente com o ultimo post! :lol:
A malta já não liga aos boatos de coisas más, apartir de agora penso, que tudo de bom que possa aparecer vai fazer levantar a cotação. Se o relatório amanhã for menos mau, com o Qatar a ajudar podemos realmente ter o cenário de todas as bancas a recuperarem do negro, BCP em especial, visto ser o mais prejudicado de 2008.
Ninguem sabe a que horas vem a boa nova?? :wink:
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por The Mechanic » 18/2/2008 17:15

Hoje a Banca está um bocado aos papéis na Europa e amanhã por cá , os receios de que os Resultados do BCP sejam muito maus ( por tudo o que se tem passado, se sabe e ainda se não sabe)podem trazer problemas a quem ( como eu )esteja investido em Bancos . A prová-lo está a quantidade brutal de shorts em BCP .

A mim, está-me a deixar com o nervoso miudinho e já tenho stops metidos , não vá isto dar para o torto .

Por outro lado, se os Resultados forem melhores que o(des)esperado , poderemos ter aqui um ressalto , uma vez que , um gajo já tá tão habituado às " cenas " do BCP que já nem tuge nem muge, quando aparece uma nova . Já só contam as positivas. As outras, aborrecem e são monotonas e um gajo "já nem quer saber"...pelo que mexem pouco com a cotação ( pelo menos, menos quanto o faziam há uns meses ).

E podemos ainda assistir a um "squeezezinho" aos shorts, que tambem era engraçado ...

Um abraço ,

The Mechanic
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- Aristoteles

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por rosario » 18/2/2008 17:06

Concordo com o MozHawk,

Deixar gatos com rabos escondidos nesta altura em que se deve mostrar tudo para que a confiança comece a crescer seria impróprio para a acção que se está a tomar, de dar novo rumo ao banco.

Penso que o melhor é pôr tudo a limpo, pode ser muito mau, mas pior não ficará de certeza, uma vez que depois não haverá mais lixo para descobrir.

Agora espero que o Santos Ferreira não siga as pisadas de Jardim Gonçalves, não me parece ser dele e espero mesmo que não se deixe influenciar neste aspecto por accionistas de peso.
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por fitas » 18/2/2008 17:06

Um esclarecimento:

Os resultados são anunciados amanhã, dia 19, antes ou depois do fecho de bolsa?

Bn

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por MozHawk » 18/2/2008 16:33

Nyk Escreveu:O BCP à beira do penhasco
O BCP inicia mais uma semana decisiva para o seu futuro, com a apresentação de resultados mais crítica de sempre. Carlos Santos Ferreira tem tentado apurar a gestão de expectativas, num malabarismo cada vez mais insustentável.

Pedro Marques Pereira

A nova equipa de gestão começou por passar o recado de que os luros teriam de ser revistos em baixa, terminando com a mensagem da inevitabilidade de um aumento de capital. Santos Ferreira chegou a um banco em que, por mais inacreditável que tudo parecesse, tudo era o que parecia. E o que parecia – e parece – é que os buracos vão continuar a abrir-se.

O BCP é um banco à beira de um penhasco. Neste cenário, duas estratégias se abrem. A primeira é a do passo em frente. Santos Ferreira pode escolher proteger-se a si próprio, provisionando todas as zonas cinzentas do balanço. Ou seja, areja todos os armários e mostra todos os esqueletos, independentemente da dimensão que possam atingir.

Se decidir atirar o banco pelo precipício, ninguém o pode atacar por isso. As culpas cabem por inteiro a Jardim Gonçalves e aos seus tapa-buracos, senão por motivos criminosos, pelo menos pela incapacidade de os detectar. Santos Ferreira poderá então traçar o seu próprio caminho a partir do zero.

O problema quando se está à beira de um penhasco e se dá um passo em frente é que há um risco elevado de não se sobreviver à queda. Se as fracturas forem demasiado graves, dificilmente alguém atirará mais um cêntimo que seja para o banco. E sem o apoio dos accionistas Santos Ferreira não conseguirá voltar a subir a ladeira. Reconhecer demasiadas perdas à cabeça pode, assim, inviabilizar o regresso ao topo.

A segunda escolha, é colocar as expectativas nas ruas da amargura, como tem feito a nova equipa de gestão, e surpreender pela positiva no anúncio dos resultados, garantindo que todos os buracos estão tapados (mesmo que apenas com areia) e que, afinal, não eram tão grandes como se temia. É uma estratégia que mantém o banco cá em cima e insufla algum optimismo de que o BCP tanto precisa, sobretudo quando se prepara para pedir mais dinheiro aos accionistas.

Mas exige uma relação de confiança à prova de bala entre os accionistas e a administração. Santos Ferreira tem-na. O risco deste caminho é que o banco continuará a passear-se à beira do abismo. Qualquer passo mal calculado, qualquer tropeção no mais pequeno buraco mal disfarçado, atirá-lo-á para as profundezas. Sem regresso possível.


Não podia discordar mais deste artigo. Que se saiba, o BCP não está à beira da falência. E muito menos as crateras que se possam encontrar terão a dimensão suficiente para provocar tal desfecho. Por outro lado, em termos de credibilidade e relançamento do banco, para a nova gestão, seria tremendamente catastrófico não pôr tudo às claras de uma vez por todas e mostrar a realidade como ela é. Agir de outra forma é que é completamente suicida.

Um abraço,
MozHawk
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por Nyk » 18/2/2008 9:03

O BCP à beira do penhasco
O BCP inicia mais uma semana decisiva para o seu futuro, com a apresentação de resultados mais crítica de sempre. Carlos Santos Ferreira tem tentado apurar a gestão de expectativas, num malabarismo cada vez mais insustentável.

Pedro Marques Pereira

A nova equipa de gestão começou por passar o recado de que os luros teriam de ser revistos em baixa, terminando com a mensagem da inevitabilidade de um aumento de capital. Santos Ferreira chegou a um banco em que, por mais inacreditável que tudo parecesse, tudo era o que parecia. E o que parecia – e parece – é que os buracos vão continuar a abrir-se.

O BCP é um banco à beira de um penhasco. Neste cenário, duas estratégias se abrem. A primeira é a do passo em frente. Santos Ferreira pode escolher proteger-se a si próprio, provisionando todas as zonas cinzentas do balanço. Ou seja, areja todos os armários e mostra todos os esqueletos, independentemente da dimensão que possam atingir.

Se decidir atirar o banco pelo precipício, ninguém o pode atacar por isso. As culpas cabem por inteiro a Jardim Gonçalves e aos seus tapa-buracos, senão por motivos criminosos, pelo menos pela incapacidade de os detectar. Santos Ferreira poderá então traçar o seu próprio caminho a partir do zero.

O problema quando se está à beira de um penhasco e se dá um passo em frente é que há um risco elevado de não se sobreviver à queda. Se as fracturas forem demasiado graves, dificilmente alguém atirará mais um cêntimo que seja para o banco. E sem o apoio dos accionistas Santos Ferreira não conseguirá voltar a subir a ladeira. Reconhecer demasiadas perdas à cabeça pode, assim, inviabilizar o regresso ao topo.

A segunda escolha, é colocar as expectativas nas ruas da amargura, como tem feito a nova equipa de gestão, e surpreender pela positiva no anúncio dos resultados, garantindo que todos os buracos estão tapados (mesmo que apenas com areia) e que, afinal, não eram tão grandes como se temia. É uma estratégia que mantém o banco cá em cima e insufla algum optimismo de que o BCP tanto precisa, sobretudo quando se prepara para pedir mais dinheiro aos accionistas.

Mas exige uma relação de confiança à prova de bala entre os accionistas e a administração. Santos Ferreira tem-na. O risco deste caminho é que o banco continuará a passear-se à beira do abismo. Qualquer passo mal calculado, qualquer tropeção no mais pequeno buraco mal disfarçado, atirá-lo-á para as profundezas. Sem regresso possível.
"A incerteza dos acontecimentos,é sempre mais difícil de suportar do que o próprio acontecimento" Jean-Baptista Massilion.
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BCP: venham os espanhóis!

por Bullion » 18/2/2008 1:45

Em minha opinião, mais tarde ou mais cedo, o que vai acontecer é que o Governo vai mudar de opinião em relção à oportunidade de uma OPA sobre o BCP.
Anteriormente o BCP era "sagrado".Agora não.
Passada que seja esta fase em que todos parecem querer destruir o BCP, e como que para por uma pedra sobre o assunto, uma OPA sober o BCP passará de impossível a bemvinda.
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por JCS » 18/2/2008 0:16

A redução dos dividendos é capaz de afastar alguns dos investidores de longo prazo que se têm mantido no BCP nos ultimos anos. Se se mantinham pelo rendimento anual que os titulos iam oferencendo é possivel que com esta decisão de redução de dividendos que muitos optem por abandonar o barco por começarem a achar pouco atractivo o investimento. Vamos ver como acaba isto...

Cumprimentos

JCS
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"We can confidently predict yesterdays price. Everything else is unknown."
"Every trade is a test"
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"I don't define a good trade as a trade that makes money. I define a good trade as a trade where I did the right thing". (Trend Follower Kevin Bruce, $5000 to $100.000.000 in 25 years).
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