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A RESERVA DOS TRANSMONTANOS
AVISO URGENTE PERIGO DO INTERIOR
Os habitantes de Carrazeda foram testemunhas vivas de uma luta politica que nunca foi compreenida pela maioria dos seus habitantes. Habituados a viver à sombra das casas grandes que nas suas aldeias lhe garantiam trabalho e o sustento familiar para todo o ano – os denominados “Caciques” – viviam alheios às necessidades básicas como o direito a terem na aldeia eletricidade, àgua, esgotos e boas estradas, homens e mulheres simples sem sonhos e ambições.
Com a chegada inesperadamente do 25 de Abril em 1974, a mudança de nome das Ruas da vila, onde o nome do Dr. Oliveira Salazar, foi de imediato substituido, com o apear – apressado a meu ver – da lápide de um antigo Presidente da Câmara que desempenhou com zelo e honestamente o seu cargo, o povo reagiu e reagiu mal a tanta mudança, castigando os Revolucionários que viveram intensamente esses dias que se seguiram.
Ao puderem fazer ouvir a sua voz em eleições livres e democráticas, o povo de Carrazeda, sempre castigou os Socialistas e o socialismo e pelo contrário beneficiou o partido da direita –CDS- mais tarde também os dirigentes deste partido ao efectuarem uma coligação com o partido – PPD – por desentendimento ou outras causas, os centristas auto-excluiram-se e hoje estão como os socialistas, com vontade mas sem esperança do regresso ao poder, resta ver o tempo passar.
Carrazeda de Ansiães, na década de 1990 já era um concelho adiado. Foram muitos anos desde Abril de 1974, em que nada mudou. Infelizmente nem o nome das Praças e Ruas se manteve, assim como os políticos caseiros eram escolhidos pelo passado dos seus progenitores e também porque filhos de doutores, olhando ao ditado popular que “- Filho de peixe sabe nadar” – mas na prática e na política este aforismo não se concretizou, como deu origem à sucessão, passando os responsáveis pelos destinos do concelho a serem escolhidos por substituição e passados uns meses, legitimamente pelo voto em eleições livres e democráticas.
Não vou falar da inexistência da indústria, ou dos acessos rodoviários .Nem do IC5, que os sucessivos Governos vêem prometendo e muito menos da Barragen de Foz Tua, com as contrapartidas económicas e financeiras que daí vinham para todo o concelho.
Vou prestar sentida homenagem a um Amigo que Deus levou e referia-se na época a Carrazeda como “Mais tarde este concelho, não passa de uma reserva de ìndios”. Na verdade, em pleno século XXI, em Janeiro de 2008, quando confrontado com a notícia de que: - Na aldeia de Castedo do concelho de Alijó, um homem faleceu com ferimentos graves e só foi socorrido, passado 2 horas após pedir ajuda ao 112. A emergência médica INEM de Vila Real faz a versão dos factos à sua maneira, os Bombeiros de Favaios e de Alijó, também argumentam em sua defesa, e os factos aqui ficam o homem morreu – paz à sua alma- e sómente 2 horas da ocorrência apareceu o socorro.
O concelho de Alijó é vizinho do concelho de Carrazeda, se fosse numa das aldeias do nosso concelho o caso era diferente? Têem os nossos Bombeiros meios de socorro para actuarem nestes casos?! Aqui há uns anos atrás uma senhora desmaiou em Carrazeda na Rua, eu e outras pessoas presentes chamamos os Bombeiros locais, dizendo estes para solicitar o médico através do 112 e lá atendeu o 112, com um rol de preguntas crónicas, do género, que idade tem a senhora, está viva, coloquem uma travesseira debaixo da cabeça, qual a Rua onde se deu a ocorrência, a identificação de quem está a pedir auxílio e mais isto e aquilo, o tempo suficiente para a paciente retomar os sentidos, após a ingestão de um pouco de àgua na presença de um clínico que passou pelo local, mais tarde 30 minutos apareceu o carro do INEM.
São os custo da interioridade ò senhor Alberto João Jardim? Nós transmontanos temos todo o direito de pedir auxílio para viver no interior, temos direito a seremos compensaos, poque doutro modo, os heróis vão para o litoral, onde na falta do Aeroporto na Ota, dão dinheiro para outros fins e incentivos e nós?!!
Aqui para nós. Quem tem casa no Porto ou arredores, vai viver para lá. Há quem tenha seguros de vida, contratos com clínicas privadas, e outros meios para salvar a pele – mas também morrem quando chega a hora.Quem pode foge e se a desertificação das nossas aldeias já é hoje um problema, com estas ajudas externas do Governo, sem ambulâncias e outros meios, sem urgências ou médicos, vamos confiar na sorte e no ar puro que ainda vamos tendo? Isso é suficiente? Não acredito que o amor à terra, seja razão suficiente para dizer que vale a pena continuar a viver na reserva e esperar pelo Verão, quando chegam os filhos, os turistas e os curiosos que sorriem para as condições de vida nesta reserva de indios , verso cidadãos transmontanos .
Postado por manuel pinto em 15:00
Marcadores: viver na socieade
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Os habitantes de Carrazeda foram testemunhas vivas de uma luta politica que nunca foi compreenida pela maioria dos seus habitantes. Habituados a viver à sombra das casas grandes que nas suas aldeias lhe garantiam trabalho e o sustento familiar para todo o ano – os denominados “Caciques” – viviam alheios às necessidades básicas como o direito a terem na aldeia eletricidade, àgua, esgotos e boas estradas, homens e mulheres simples sem sonhos e ambições.
Com a chegada inesperadamente do 25 de Abril em 1974, a mudança de nome das Ruas da vila, onde o nome do Dr. Oliveira Salazar, foi de imediato substituido, com o apear – apressado a meu ver – da lápide de um antigo Presidente da Câmara que desempenhou com zelo e honestamente o seu cargo, o povo reagiu e reagiu mal a tanta mudança, castigando os Revolucionários que viveram intensamente esses dias que se seguiram.
Ao puderem fazer ouvir a sua voz em eleições livres e democráticas, o povo de Carrazeda, sempre castigou os Socialistas e o socialismo e pelo contrário beneficiou o partido da direita –CDS- mais tarde também os dirigentes deste partido ao efectuarem uma coligação com o partido – PPD – por desentendimento ou outras causas, os centristas auto-excluiram-se e hoje estão como os socialistas, com vontade mas sem esperança do regresso ao poder, resta ver o tempo passar.
Carrazeda de Ansiães, na década de 1990 já era um concelho adiado. Foram muitos anos desde Abril de 1974, em que nada mudou. Infelizmente nem o nome das Praças e Ruas se manteve, assim como os políticos caseiros eram escolhidos pelo passado dos seus progenitores e também porque filhos de doutores, olhando ao ditado popular que “- Filho de peixe sabe nadar” – mas na prática e na política este aforismo não se concretizou, como deu origem à sucessão, passando os responsáveis pelos destinos do concelho a serem escolhidos por substituição e passados uns meses, legitimamente pelo voto em eleições livres e democráticas.
Não vou falar da inexistência da indústria, ou dos acessos rodoviários .Nem do IC5, que os sucessivos Governos vêem prometendo e muito menos da Barragen de Foz Tua, com as contrapartidas económicas e financeiras que daí vinham para todo o concelho.
Vou prestar sentida homenagem a um Amigo que Deus levou e referia-se na época a Carrazeda como “Mais tarde este concelho, não passa de uma reserva de ìndios”. Na verdade, em pleno século XXI, em Janeiro de 2008, quando confrontado com a notícia de que: - Na aldeia de Castedo do concelho de Alijó, um homem faleceu com ferimentos graves e só foi socorrido, passado 2 horas após pedir ajuda ao 112. A emergência médica INEM de Vila Real faz a versão dos factos à sua maneira, os Bombeiros de Favaios e de Alijó, também argumentam em sua defesa, e os factos aqui ficam o homem morreu – paz à sua alma- e sómente 2 horas da ocorrência apareceu o socorro.
O concelho de Alijó é vizinho do concelho de Carrazeda, se fosse numa das aldeias do nosso concelho o caso era diferente? Têem os nossos Bombeiros meios de socorro para actuarem nestes casos?! Aqui há uns anos atrás uma senhora desmaiou em Carrazeda na Rua, eu e outras pessoas presentes chamamos os Bombeiros locais, dizendo estes para solicitar o médico através do 112 e lá atendeu o 112, com um rol de preguntas crónicas, do género, que idade tem a senhora, está viva, coloquem uma travesseira debaixo da cabeça, qual a Rua onde se deu a ocorrência, a identificação de quem está a pedir auxílio e mais isto e aquilo, o tempo suficiente para a paciente retomar os sentidos, após a ingestão de um pouco de àgua na presença de um clínico que passou pelo local, mais tarde 30 minutos apareceu o carro do INEM.
São os custo da interioridade ò senhor Alberto João Jardim? Nós transmontanos temos todo o direito de pedir auxílio para viver no interior, temos direito a seremos compensaos, poque doutro modo, os heróis vão para o litoral, onde na falta do Aeroporto na Ota, dão dinheiro para outros fins e incentivos e nós?!!
Aqui para nós. Quem tem casa no Porto ou arredores, vai viver para lá. Há quem tenha seguros de vida, contratos com clínicas privadas, e outros meios para salvar a pele – mas também morrem quando chega a hora.Quem pode foge e se a desertificação das nossas aldeias já é hoje um problema, com estas ajudas externas do Governo, sem ambulâncias e outros meios, sem urgências ou médicos, vamos confiar na sorte e no ar puro que ainda vamos tendo? Isso é suficiente? Não acredito que o amor à terra, seja razão suficiente para dizer que vale a pena continuar a viver na reserva e esperar pelo Verão, quando chegam os filhos, os turistas e os curiosos que sorriem para as condições de vida nesta reserva de indios , verso cidadãos transmontanos .
Postado por manuel pinto em 15:00
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e uma notícia boa
Reabertura da Linha do Tua marcada para segunda-feira
A ligação ferroviária em toda a extensão da linha do Tua será restabelecida segunda-feira, com a partida do primeiro comboio marcada para as 10:00, anunciou hoje o presidente do metro de Mirandela.
O comboio partirá da estação de Mirandela e chegará duas horas depois ao Tua, segundo disse à Lusa José Silvano, autarca local e responsável pelo metropolitano de superfície de Mirandela, que continuará a assegurar a ligação ao serviço da CP.
Este será o primeiro comboio a fazer todo o percurso, com cerca de 60 quilómetros, desde o acidente de 12 Fevereiro, há quase um ano, em que morreram três ferroviários.
A primeira viagem destina-se apenas à comunicação social, estando posteriormente disponíveis duas ligações diárias de manhã e no final do dia para a população em geral.
Um desabamento de pedras sobre a linha fez descarrilar uma carruagem do metro de Mirandela e desde o acidente que a ligação está suspensa entre a Brunheda e o Tua.
Os trabalhos de reposição estão prontos há três meses mas a reabertura só foi decidida numa reunião, dia 22, entre os presidentes da CP e do Metro de Mirandela, em Lisboa.
Faltava apenas confirmar o dia exacto do restabelecimento da circulação.
A CP já anunciou que a reabertura «é condicionada por restrições de circulação decorrentes do relatório técnico do LNEC - Laboratório Nacional de Engenharia Civil, nomeadamente ao nível da velocidade comercial dos comboios».
Na sequência de vistorias feitas à infra-estrutura depois do acidente, o LNEC recomenda que a circulação seja feita em quase metade da linha em marcha à vista, a uma velocidade reduzida que permita ao maquinista detectar qualquer obstáculo ou imprevisto e parar atempadamente.
A circulação é retomada em toda a linha com mais viagens e além da oferta regular, a CP continuará a promover o serviço «charter» para grupos entre Tua e Mirandela, assegurando resposta à procura turística que representa dois terços dos passageiros, segundo José Silvano.
Cerca de 20 mil pessoas viajam por ano no que resta da linha do Tua apenas para desfrutar da paisagem do vale do rio, que colocou esta ferrovia entre as linhas estreitas mais belas do mundo.
O comboio já demorava uma hora e meia a percorrer os cerca de 60 quilómetros entre o Tua e Mirandela, e a viagem será agora mais demorada com as novas limitações de velocidade.
Esta realidade não preocupa o autarca local para quem os turistas «não se importam com a velocidade a que o comboio anda, querem é desfrutar da paisagem».
Segundo disse à Lusa, diariamente menos de uma dezena de pessoas viaja neste comboio para a Linha do Douro e o Litoral.
Entre 30 a 40 habitantes da zona enchem também por dia uma carruagem nas deslocações a Mirandela para tratar de assuntos pessoais.
A CP garante que a oferta disponível a partir da próxima semana «responde às necessidades de mobilidade local e favorece-se a promoção turística da região».
A reabertura do serviço surge depois de se terem gerado receios de que este troço não reabriria mais e o restante estava também condenado ao encerramento.
A barragem projectada para a foz do rio Tua veio alimentar o fantasma do encerramento, já que, segundo os estudos prévios, independentemente da cota que vier a ser adoptada, os últimos quilómetros da linha ficarão submersos, cortando a ligação ao Douro e ao Litoral.
Para já, os responsáveis entendem que «a barragem é uma questão para tratar a montante».
Diário Digital / Lusa
O MCLT agradece a todos os que ajudaram
www.linhadotua.net
A ligação ferroviária em toda a extensão da linha do Tua será restabelecida segunda-feira, com a partida do primeiro comboio marcada para as 10:00, anunciou hoje o presidente do metro de Mirandela.
O comboio partirá da estação de Mirandela e chegará duas horas depois ao Tua, segundo disse à Lusa José Silvano, autarca local e responsável pelo metropolitano de superfície de Mirandela, que continuará a assegurar a ligação ao serviço da CP.
Este será o primeiro comboio a fazer todo o percurso, com cerca de 60 quilómetros, desde o acidente de 12 Fevereiro, há quase um ano, em que morreram três ferroviários.
A primeira viagem destina-se apenas à comunicação social, estando posteriormente disponíveis duas ligações diárias de manhã e no final do dia para a população em geral.
Um desabamento de pedras sobre a linha fez descarrilar uma carruagem do metro de Mirandela e desde o acidente que a ligação está suspensa entre a Brunheda e o Tua.
Os trabalhos de reposição estão prontos há três meses mas a reabertura só foi decidida numa reunião, dia 22, entre os presidentes da CP e do Metro de Mirandela, em Lisboa.
Faltava apenas confirmar o dia exacto do restabelecimento da circulação.
A CP já anunciou que a reabertura «é condicionada por restrições de circulação decorrentes do relatório técnico do LNEC - Laboratório Nacional de Engenharia Civil, nomeadamente ao nível da velocidade comercial dos comboios».
Na sequência de vistorias feitas à infra-estrutura depois do acidente, o LNEC recomenda que a circulação seja feita em quase metade da linha em marcha à vista, a uma velocidade reduzida que permita ao maquinista detectar qualquer obstáculo ou imprevisto e parar atempadamente.
A circulação é retomada em toda a linha com mais viagens e além da oferta regular, a CP continuará a promover o serviço «charter» para grupos entre Tua e Mirandela, assegurando resposta à procura turística que representa dois terços dos passageiros, segundo José Silvano.
Cerca de 20 mil pessoas viajam por ano no que resta da linha do Tua apenas para desfrutar da paisagem do vale do rio, que colocou esta ferrovia entre as linhas estreitas mais belas do mundo.
O comboio já demorava uma hora e meia a percorrer os cerca de 60 quilómetros entre o Tua e Mirandela, e a viagem será agora mais demorada com as novas limitações de velocidade.
Esta realidade não preocupa o autarca local para quem os turistas «não se importam com a velocidade a que o comboio anda, querem é desfrutar da paisagem».
Segundo disse à Lusa, diariamente menos de uma dezena de pessoas viaja neste comboio para a Linha do Douro e o Litoral.
Entre 30 a 40 habitantes da zona enchem também por dia uma carruagem nas deslocações a Mirandela para tratar de assuntos pessoais.
A CP garante que a oferta disponível a partir da próxima semana «responde às necessidades de mobilidade local e favorece-se a promoção turística da região».
A reabertura do serviço surge depois de se terem gerado receios de que este troço não reabriria mais e o restante estava também condenado ao encerramento.
A barragem projectada para a foz do rio Tua veio alimentar o fantasma do encerramento, já que, segundo os estudos prévios, independentemente da cota que vier a ser adoptada, os últimos quilómetros da linha ficarão submersos, cortando a ligação ao Douro e ao Litoral.
Para já, os responsáveis entendem que «a barragem é uma questão para tratar a montante».
Diário Digital / Lusa
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em
http://doportugalprofundo.blogspot.com/
Arquivado o inquérito da queixa de José Sócrates contra mim
Foi arquivado o Inquérito n.º 28/07.0TELSB relativo à queixa intentada pelo cidadão José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa e primeiro ministro enquanto tal contra mim, António Balbino Caldeira, conforme despacho da senhora procuradora-geral adjunta dra. Maria Cândida Almeida (directora da DCIAP) e da senhora procuradora-adjunta dra. Carla Dias, datado de 18-1-2008 e que há pouco recebi.
O motivo da "queixa do cidadão José Sócrates e primeiro-ministro enquanto tal", que finalmente posso revelar, foi a minha referência ao "centro governamental de comando e controlo dos media" no post "Rasganço domingueiro" em 7-4-2007 (e à "força de encobrimento e contra-informação do centro de comando e controlo do Gabinete do Primeiro-Ministro" no post "Páscoa da Cidadania", ainda de 7-4-2007) e a questão do MBA curso/grau.
O Ministério Público arquivou e mandou notificar o cidadão José Sócrates e primeiro-ministro para deduzir, se o entendesse, no prazo indicado, acusação particular. José Sócrates não deduziu acusação particular contra mim e o Ministério Público determinou o arquivamento dos autos.
Agradeço, neste momento, ao meu excelentíssimo advogado, Dr. José Maria Martins, a sua defesa intransigente, fruto da sua competência, desassombro e tenacidade, que resultou em mais este veredicto, a solidariedade da comunidade íntima dos comentadores e leitores deste blogue, dos irmãos blogueiros que conquistam, pelo risco da palavra, em cada hora, a democracia e a liberdade de expressão colectiva e individual - em especial aqueles que sofreram acusações e perseguições pelo que escrevem -, bem como à minha família, alunos, colegas, conterrâneos e tantos portugueses, e estrangeiros, que se solidarizaram comigo nestes dias críticos para a cidadania lusitana. Deus os abençoe!
42 votes
Publicado por António Balbino Caldeira em 1/22/2008 04:48:00 PM
271 Comentarios
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Arquivado o inquérito da queixa de José Sócrates contra mim
Foi arquivado o Inquérito n.º 28/07.0TELSB relativo à queixa intentada pelo cidadão José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa e primeiro ministro enquanto tal contra mim, António Balbino Caldeira, conforme despacho da senhora procuradora-geral adjunta dra. Maria Cândida Almeida (directora da DCIAP) e da senhora procuradora-adjunta dra. Carla Dias, datado de 18-1-2008 e que há pouco recebi.
O motivo da "queixa do cidadão José Sócrates e primeiro-ministro enquanto tal", que finalmente posso revelar, foi a minha referência ao "centro governamental de comando e controlo dos media" no post "Rasganço domingueiro" em 7-4-2007 (e à "força de encobrimento e contra-informação do centro de comando e controlo do Gabinete do Primeiro-Ministro" no post "Páscoa da Cidadania", ainda de 7-4-2007) e a questão do MBA curso/grau.
O Ministério Público arquivou e mandou notificar o cidadão José Sócrates e primeiro-ministro para deduzir, se o entendesse, no prazo indicado, acusação particular. José Sócrates não deduziu acusação particular contra mim e o Ministério Público determinou o arquivamento dos autos.
Agradeço, neste momento, ao meu excelentíssimo advogado, Dr. José Maria Martins, a sua defesa intransigente, fruto da sua competência, desassombro e tenacidade, que resultou em mais este veredicto, a solidariedade da comunidade íntima dos comentadores e leitores deste blogue, dos irmãos blogueiros que conquistam, pelo risco da palavra, em cada hora, a democracia e a liberdade de expressão colectiva e individual - em especial aqueles que sofreram acusações e perseguições pelo que escrevem -, bem como à minha família, alunos, colegas, conterrâneos e tantos portugueses, e estrangeiros, que se solidarizaram comigo nestes dias críticos para a cidadania lusitana. Deus os abençoe!
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Publicado por António Balbino Caldeira em 1/22/2008 04:48:00 PM
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off tópic Um povo imbecilizado e resignado burro de carga,
Segundo dizia Guerra Junqueiro, já fomos assim...
Mas, felizmente, hoje a malta é outra...
“ Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas; um povo em catalepsia ambulante, não se lembrando nem donde vem, nem onde está, nem para onde vai; um povo, enfim, que eu adoro, porque sofre e é bom, e guarda ainda na noite da sua inconsciência como que um lampejo misterioso da alma nacional, reflexo de astro em silêncio escuro de lagoa morta (...)
Uma burguesia, cívica e politicamente corrupta ate à medula, não descriminando já o bem do mal, sem palavras, sem vergonha, sem carácter, havendo homens que, honrados (?) na vida intima, descambam na vida publica em pantomineiros e sevandijas, capazes de toda a veniaga e toda a infâmia, da mentira a falsificação, da violência ao roubo, donde provém que na politica portuguesa sucedam, entre a indiferença geral, escândalos monstruosos, absolutamente inverosímeis no Limoeiro (...)
Um poder legislativo, esfregão de cozinha do executivo; este criado de quarto do moderador; e este, finalmente, tornado absoluto pela abdicação unânime do pais, e exercido ao acaso da herança, pelo primeiro que sai dum ventre - como da roda duma lotaria. A justiça ao arbítrio da Politica, torcendo-lhe a vara ao ponto de fazer dela saca-rolhas;
Dois partidos (...), sem ideias, sem planos, sem convicções, incapazes (...) vivendo ambos do mesmo utilitarismo céptico e pervertido, análogos nas palavras, idênticos nos actos, iguais um ao outro como duas metades do mesmo zero, e não se amalgamando e fundindo, apesar disso, pela razão que alguém deu no parlamento, de não caberem todos duma vez na mesma sala de jantar (...)"
Guerra Junqueiro, in "Pátria", escrito em 1896
Mas, felizmente, hoje a malta é outra...
“ Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas; um povo em catalepsia ambulante, não se lembrando nem donde vem, nem onde está, nem para onde vai; um povo, enfim, que eu adoro, porque sofre e é bom, e guarda ainda na noite da sua inconsciência como que um lampejo misterioso da alma nacional, reflexo de astro em silêncio escuro de lagoa morta (...)
Uma burguesia, cívica e politicamente corrupta ate à medula, não descriminando já o bem do mal, sem palavras, sem vergonha, sem carácter, havendo homens que, honrados (?) na vida intima, descambam na vida publica em pantomineiros e sevandijas, capazes de toda a veniaga e toda a infâmia, da mentira a falsificação, da violência ao roubo, donde provém que na politica portuguesa sucedam, entre a indiferença geral, escândalos monstruosos, absolutamente inverosímeis no Limoeiro (...)
Um poder legislativo, esfregão de cozinha do executivo; este criado de quarto do moderador; e este, finalmente, tornado absoluto pela abdicação unânime do pais, e exercido ao acaso da herança, pelo primeiro que sai dum ventre - como da roda duma lotaria. A justiça ao arbítrio da Politica, torcendo-lhe a vara ao ponto de fazer dela saca-rolhas;
Dois partidos (...), sem ideias, sem planos, sem convicções, incapazes (...) vivendo ambos do mesmo utilitarismo céptico e pervertido, análogos nas palavras, idênticos nos actos, iguais um ao outro como duas metades do mesmo zero, e não se amalgamando e fundindo, apesar disso, pela razão que alguém deu no parlamento, de não caberem todos duma vez na mesma sala de jantar (...)"
Guerra Junqueiro, in "Pátria", escrito em 1896
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