Petróleo e gasolina - vamos a números
Concerteza não é em nenhum estudo meu ou em algum específico que te cite agora, falo baseado na ideia geral que os medias me formaram na minha cabeça. Noticias de bombas a encerrar e da baixa de consumo. Para além do facto do governo estar mortinho de aumentar o imposto e não o faz. Já que és o homem dos gráficos se calhar poderias incluir os dados do consumo para ver se correlaciona com o preço e se sim apartir de que valores. Ou não!
Não faz mal!...
Elias Escreveu:A pedido de uma certa anatídea, aqui fica uma actualização deste gráfico comparativo.
O preço da gasolina continua estranhamente estável
Eu não tenho formação em economia, mas aqui vai o meu bitaque:
O valor do produto (gasolina) tem pressão de dois lados da matéria-prima e da procura e ambas fazem pressão.
Acho que neste caso a pressão da matéria prima está a acumular pois do lado do consumo a bolha está prestes a arrebentar, qq aumento de preço o consumo desce drasticamente.
Não esquecer que quem vende a gasolina é quem extrai o petróleo.
Não faz mal!...
Aqui vai mais uma actualização.
Apesar da subida fulgurante do preço do crude, a verdade é que, devido à queda do dólar, o seu preço calculado em euros apenas subiu ligeiramente face ao Verão do ano passado (mas está em máximos, pelo menos dos últimos 2 anos).
Apesar da subida fulgurante do preço do crude, a verdade é que, devido à queda do dólar, o seu preço calculado em euros apenas subiu ligeiramente face ao Verão do ano passado (mas está em máximos, pelo menos dos últimos 2 anos).
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Bem os impostos não desceram logo obrigatoriamente a linha ascendente da gasosa teria de acompanhar a do crude, a unica logica para a linha se cruzar em sentido descendente se devesse precisamente aos impostos terem baixado.
O crude sobe escandalosamente, os impostos são os mesmos, a gasolina mantem, esta é a questão porque se mantem sem subir?
Ou então nao percebo onde queres chegar.
cumpt
O crude sobe escandalosamente, os impostos são os mesmos, a gasolina mantem, esta é a questão porque se mantem sem subir?
Ou então nao percebo onde queres chegar.
cumpt
Cumpt
só existe um lado do mercado, nem é o da subida nem o da descida, é o lado certo
só existe um lado do mercado, nem é o da subida nem o da descida, é o lado certo
charles Escreveu:Lá está o que eu defendia no outro post as linhas do crude da gasolina não ascendem paralelamente conforme deviam, a da gasolina cruza no sentido descendente a do crude, a valorização do euro só por si é justificativa deste comportamento gráfico?
Não te esqueças que mais de metade é impostos... a evolução face ao preço da matéria-prima será tudo menos paralela.
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Elias , obrigado, bem me parecia que havia dois topicos sobre este assunto, por falta de tempo ainda não tinha procurado bem...e ele aqui tão perto.
Lá está o que eu defendia no outro post as linhas do crude da gasolina não ascendem paralelamente conforme deviam, a da gasolina cruza no sentido descendente a do crude, a valorização do euro só por si é justificativa deste comportamento gráfico?
cumpt
Lá está o que eu defendia no outro post as linhas do crude da gasolina não ascendem paralelamente conforme deviam, a da gasolina cruza no sentido descendente a do crude, a valorização do euro só por si é justificativa deste comportamento gráfico?
cumpt
Cumpt
só existe um lado do mercado, nem é o da subida nem o da descida, é o lado certo
só existe um lado do mercado, nem é o da subida nem o da descida, é o lado certo
Para incentivar a actualização deste tópico, permitam-me que ponha aqui este post (retirado do blog "O Insurgente":
Na última semana, os órgãos de comunicação nacionais voltaram a comentar a subida do preço do barril de petróleo acima dos 80 dólares. “Recorde histórico”, dizem. Primeiro erro! A inflação “desvaloriza” qualquer comparação entre preços correntes de longos horizontes temporais. Não existe qualquer recorde.
Segundo erro: o barril de petróleo de referência para o mercado europeu é o Brent. O preço deste continua abaixo dos 80 dólares.
E, para finalizar, um facto que escapa aos profissionais da comunicação: a moeda oficial em Portugal é o euro, não o dólar! Comentar a variação do preço do barril de petróleo sem ter em conta a volatilidade da taxa de câmbio euro/dólar é, por isso, um erro grosseiro.
Um pequeno exemplo:
A 22 de Julho de 2006 o barril de petróleo Brent atingiu 76,13 dólares. Considerando a taxa de câmbio euro/dólar desse dia (1,2641) o barril custava 60,22 euros. Hoje, cerca dum ano e dois meses depois, o barril de petróleo Brent fechou a 78,25 dólares mas o euro/dólar atingiu novo máximo: 1,41235. Sendo assim, na zona euro o custo do barril de petróleo é 4,82 euros inferior (55,40 euros).
Apresenta-se abaixo gráfico com a evolução do preço, em euros, do barril de petróleo Brent (clicar na imagem para aumentar):
... e já agora eu acrescento: como já disse aqui, o habitual histerismo da comunicação social (em que só o que é mau, ou aparentemente mau é que é notícia) é que dá cobertura a mais uma recente injustificada subida do preço de combustíveis nas bombas de gasolina.
Na última semana, os órgãos de comunicação nacionais voltaram a comentar a subida do preço do barril de petróleo acima dos 80 dólares. “Recorde histórico”, dizem. Primeiro erro! A inflação “desvaloriza” qualquer comparação entre preços correntes de longos horizontes temporais. Não existe qualquer recorde.
Segundo erro: o barril de petróleo de referência para o mercado europeu é o Brent. O preço deste continua abaixo dos 80 dólares.
E, para finalizar, um facto que escapa aos profissionais da comunicação: a moeda oficial em Portugal é o euro, não o dólar! Comentar a variação do preço do barril de petróleo sem ter em conta a volatilidade da taxa de câmbio euro/dólar é, por isso, um erro grosseiro.
Um pequeno exemplo:
A 22 de Julho de 2006 o barril de petróleo Brent atingiu 76,13 dólares. Considerando a taxa de câmbio euro/dólar desse dia (1,2641) o barril custava 60,22 euros. Hoje, cerca dum ano e dois meses depois, o barril de petróleo Brent fechou a 78,25 dólares mas o euro/dólar atingiu novo máximo: 1,41235. Sendo assim, na zona euro o custo do barril de petróleo é 4,82 euros inferior (55,40 euros).
Apresenta-se abaixo gráfico com a evolução do preço, em euros, do barril de petróleo Brent (clicar na imagem para aumentar):
... e já agora eu acrescento: como já disse aqui, o habitual histerismo da comunicação social (em que só o que é mau, ou aparentemente mau é que é notícia) é que dá cobertura a mais uma recente injustificada subida do preço de combustíveis nas bombas de gasolina.

"People want to be told what to do so badly that they'll listen to anyone." - Don Draper, Mad Men
Relva
Sinceramente não conheço o sector e não sei se a distribuição é rentável ou não!
A minha intenção era apresentar uma estratégia que obrigasse a haver mais concorrência. Suponho que a minha sugestão é melhor do que as que tenho lido pela internet.
A verdade é que não fazia ideia da quantidade de operadores pois aqui na Madeira só temos 3.
Sinceramente não conheço o sector e não sei se a distribuição é rentável ou não!
A minha intenção era apresentar uma estratégia que obrigasse a haver mais concorrência. Suponho que a minha sugestão é melhor do que as que tenho lido pela internet.
A verdade é que não fazia ideia da quantidade de operadores pois aqui na Madeira só temos 3.
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O retirar os impostos tem como objectivo os cálculos e que resultem gráficos mais coerentes. Quem me dera ter poder reduzir os impostos.
A comercialização de combustíveis não é o que parece, então como se explicam os seguintes factos:
A shell vendeu a rede em 2005 em Portugal e Espanha;
A BP despediu em Portugal, em 2006, 200 trabalhadores porque apresentou prejuizos de € 30 milhões em 2005;
Um distribuidor chamado compete faliu em 2007, operava na região centro;
A Avia, a Total, A cepsa e Repsol divulgaram resultados negativos ou neutros em 2005
Há cerca de 1.000 postos de operadores independentes em todo o país.
Um café e uma água num posto, é o mesmo em margem líquida ao abastecimento de 30 litros de combustível.
A comercialização de combustíveis não é o que parece, então como se explicam os seguintes factos:
A shell vendeu a rede em 2005 em Portugal e Espanha;
A BP despediu em Portugal, em 2006, 200 trabalhadores porque apresentou prejuizos de € 30 milhões em 2005;
Um distribuidor chamado compete faliu em 2007, operava na região centro;
A Avia, a Total, A cepsa e Repsol divulgaram resultados negativos ou neutros em 2005
Há cerca de 1.000 postos de operadores independentes em todo o país.
Um café e uma água num posto, é o mesmo em margem líquida ao abastecimento de 30 litros de combustível.
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E os outros preços?
Na gasolina se procurar bem tem mais de 20 operadores! Grande oligopólio! E pode ir a Espanha.
Quantos vendem cimento?
Quantos vendem Agua?
e Electricidade?
E telefone fixo?
e Telemóvel?
e Recolha de residuos sólidos?
e cocacola?
e TV por cabo?
e gás Natural?
etc.
Retirem os impostos no preço da gasolina e chegam a resultados mais interessantes e quase se acabam as dúvidas do sobe e desce.Façam uma comparação (sem impostos) com Espanha e chegam à conclusão que isto é linear com uma gasolina cotada nos mercados de Londres.
Quantos vendem cimento?
Quantos vendem Agua?
e Electricidade?
E telefone fixo?
e Telemóvel?
e Recolha de residuos sólidos?
e cocacola?
e TV por cabo?
e gás Natural?
etc.
Retirem os impostos no preço da gasolina e chegam a resultados mais interessantes e quase se acabam as dúvidas do sobe e desce.Façam uma comparação (sem impostos) com Espanha e chegam à conclusão que isto é linear com uma gasolina cotada nos mercados de Londres.
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Como forçar a concorrência!
A venda de combustíveis em Portugal é um oligopólio pelo que as gasolineiras nunca entrarão em concorrência pois sabem que se baixarem os preços não vão ampliar a procura mas simplesmente roubar uma pequena cota de mercado à concorrente mais próxima.
É possivel obter mais lucros baixando os preços desde que o bem em questão seja substancialmente mais procurado por estar a um preço inferior. Não me parece que o consumidor cumpre substancialmente mais combustível só porque o preço baixou em relação aos dias anteriores.
As propostas que tenho visto na Internet para o consumidor forçar a baixa de preços não levariam a tal resultado.
O mais viável seria uma "organização" informal de consumidores recomendar sempre que ouvesse uma alteração de preços a gasolineira que tivesse o preço mais barato.
Consequências:
A gasolineira A tem uma quota de mercado de 30%;
A gasolineira B tem uma quota de mercado de 25%;
A gasolineira c tem uma quota de mercado de 25%;
A gasolineira d tem uma quota de mercado de 20%;
Supondo que perante uma recomendação de compra na A (em caso de preços iguais é conveniente recomendar a com maior quota de mercado e postos de abastecimento por razões que me parecem evidentes) todas as outras perdessem c/ de 5% em favor da recomendada, esta subiria a sua quota de mercado para 45%. Perante estes resultados ela sentir-se-ia incentivada a manter os preços inferiores às restantes e simultaneamente por ter a maior rede de postos de venda (custos fixos)sentir-se-ia mais receosa de perder essa nova quota de mercado. As restantes sentir-se-iam obrigadas a manter os preços o mais próximo possível da líder de forma a não perderem ainda mais quota de mercado.
Entretanto a líder não teria a posição garantida pois se outra concorrente apresentasse preços melhores passaria a ser a recomendada da quinzena e roubaria quota de mercado à líder e às restantes que já teriam sido vítimas da concorrência da líder anterior.
Independentemente das explicações que dei o fundamental era fazer uma recomendação quinzenal para a gazolineira mais barata e conseguir que houvesse pelo menos uma transferência da quota mercado de 10% para a mesma enquanto ela fosse a mais barata.
Espero ter me feito entender!
Críticas SFF!
É possivel obter mais lucros baixando os preços desde que o bem em questão seja substancialmente mais procurado por estar a um preço inferior. Não me parece que o consumidor cumpre substancialmente mais combustível só porque o preço baixou em relação aos dias anteriores.
As propostas que tenho visto na Internet para o consumidor forçar a baixa de preços não levariam a tal resultado.
O mais viável seria uma "organização" informal de consumidores recomendar sempre que ouvesse uma alteração de preços a gasolineira que tivesse o preço mais barato.
Consequências:
A gasolineira A tem uma quota de mercado de 30%;
A gasolineira B tem uma quota de mercado de 25%;
A gasolineira c tem uma quota de mercado de 25%;
A gasolineira d tem uma quota de mercado de 20%;
Supondo que perante uma recomendação de compra na A (em caso de preços iguais é conveniente recomendar a com maior quota de mercado e postos de abastecimento por razões que me parecem evidentes) todas as outras perdessem c/ de 5% em favor da recomendada, esta subiria a sua quota de mercado para 45%. Perante estes resultados ela sentir-se-ia incentivada a manter os preços inferiores às restantes e simultaneamente por ter a maior rede de postos de venda (custos fixos)sentir-se-ia mais receosa de perder essa nova quota de mercado. As restantes sentir-se-iam obrigadas a manter os preços o mais próximo possível da líder de forma a não perderem ainda mais quota de mercado.
Entretanto a líder não teria a posição garantida pois se outra concorrente apresentasse preços melhores passaria a ser a recomendada da quinzena e roubaria quota de mercado à líder e às restantes que já teriam sido vítimas da concorrência da líder anterior.
Independentemente das explicações que dei o fundamental era fazer uma recomendação quinzenal para a gazolineira mais barata e conseguir que houvesse pelo menos uma transferência da quota mercado de 10% para a mesma enquanto ela fosse a mais barata.
Espero ter me feito entender!
Críticas SFF!
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Já faz um tempo desde que actualizei pela última vez o quadro comparativo dos preços do petróleo e da gasolina. Com a recente alta do petróleo e também do euro, parece-me oportuno refrescar o gráfico.
Aqui fica então o panorama actualizado.
Aqui fica então o panorama actualizado.
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De facto a GALP tem-se esquecido de aumentar o preço da gasolina, pelo menos, que é o que sigo. (não quero entrar em teorias da conspiração mas) desde que começou a campanha eleitoral para o município de lx que não houve um único aumento... Talvez hoje à meia-noite o painel descole. 

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Gasolineiras
deixo aqui uma reflexão:
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- penso k é perfeitamente visivel a linha de pensamento!!
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Ride the winds of change
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Uma pergunta? Qual a melhor maneira de investir no crude (ou num activo/empresa/...) com um comportamento o mais semelhante possível?
Negoceio numa plataforma que disponibiliza futuros de crude, mas o preço de 1 contrato é muito elevado para mim. Gostaria de ter uma alternativa, de preferência com alavancagem.
Agradeço sugestões!
Negoceio numa plataforma que disponibiliza futuros de crude, mas o preço de 1 contrato é muito elevado para mim. Gostaria de ter uma alternativa, de preferência com alavancagem.
Agradeço sugestões!

Curiosamente depois de ter adquirido acções da GALP passei a abastecer mais frequentemente nas bombas da GALP do que da ESSO onde anteriormente mais vezes abastecia devido ao preço inferior.
Será concerteza o efeito psicologico de querer abastecer nas "minhas" bombas e a conclusao natural de que a diferença para a concorrencia voltará ao meu bolso na mesma mas por outro caminho, ou seja, pelos lucros da GALP para os quais me sinto responsavel por contribuir.
Será concerteza o efeito psicologico de querer abastecer nas "minhas" bombas e a conclusao natural de que a diferença para a concorrencia voltará ao meu bolso na mesma mas por outro caminho, ou seja, pelos lucros da GALP para os quais me sinto responsavel por contribuir.
Deixo mais um gráfico actualizado da evolução comparada dos preços do petróleo e da gasolina.
Note-se que o preço do Crude Light (linha a verde) está outra vez aos níveis a que estava há um ano. No entanto, a gasolina não sobe. Estranho, não é? Parece que nem se mexe... Haverá razões de natureza política por trás desta súbita inércia? Será por causa das eleições em Lisboa? Estou a especular, pois como é evidente não sei se é esse o motivo. Sejam quais forem as razões para esta falta de reacção, contrária ao que se verificou em subidas anteriores, julgo que ela não deverá durar muito mais tempo. Se o petróleo continuar a subir, afigura-se provável uma forte subida no preço dos combustíveis a breve trecho.
De qualquer forma, é preciso lembrar que a subida do Euro vai dando uma ajudinha para manter um gap que, apesar de tudo, está agora muito mais reduzido do que estava há ums meses atrás (há que dizê-lo com frontalidade...).
Por último, registo com desagrado o facto de a GALP ter retirado do seu site a informação sobre preços de combustíveis que vinha mantendo há pelo menos um ano.
Saudações,
Elias
Note-se que o preço do Crude Light (linha a verde) está outra vez aos níveis a que estava há um ano. No entanto, a gasolina não sobe. Estranho, não é? Parece que nem se mexe... Haverá razões de natureza política por trás desta súbita inércia? Será por causa das eleições em Lisboa? Estou a especular, pois como é evidente não sei se é esse o motivo. Sejam quais forem as razões para esta falta de reacção, contrária ao que se verificou em subidas anteriores, julgo que ela não deverá durar muito mais tempo. Se o petróleo continuar a subir, afigura-se provável uma forte subida no preço dos combustíveis a breve trecho.
De qualquer forma, é preciso lembrar que a subida do Euro vai dando uma ajudinha para manter um gap que, apesar de tudo, está agora muito mais reduzido do que estava há ums meses atrás (há que dizê-lo com frontalidade...).
Por último, registo com desagrado o facto de a GALP ter retirado do seu site a informação sobre preços de combustíveis que vinha mantendo há pelo menos um ano.
Saudações,
Elias
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psousa Escreveu:Não terei tempo de lhe responder com a dedicação que merece o detalhe da sua análise, mas para que a minha verticalidade permaneça intacta, sinto-me forçado a expor alguns argumentos.
Caro psousa, em momento algum pretendi questionar a tua verticalidade. Se a minha mensagem foi percepcionada como tal apresento desde já as minhas desculpas.
psousa Escreveu:1. antes de accionista (micro-accionista, em abono da verdade), sou consumidor. Consumidor de combustíveis é condição essencial para ganhar a vida e como tal é como consumidor que surgem as minhas principais preocupações pelo que a minha opinião mantém-se.
Conforme referi na mensagem anterior, acho que enquanto consumidor a tua opinião é perfeitamente válida.
O que muitas vezes as pessoas que investem em acções se esquecem é que para as empresas se valorizarem, alguma coisa tem de acontecer: ou se reduzem os custos (por exemplo através de despedimentos) ou se aumentam as receitas (por exemplo aumentando os preços até um nível que o mercado ainda está disposto a pagar). O que não se pode querer é que as empresas se valorizem e querer continuar a ter bens e serviços a preços baixos. Era bom mas não é possível, pelo menos com a organização socio-económica em que vivemos.
psousa Escreveu:4. apesar de, como consumidor, não me agradar a política, é também legítimo (e parece-me até que inteligente) tirar algum partido dessa mesma política.
Não só é legítimo, como é legal e está ao alcance de todos.
Tem ainda o atractivo de se pagar muito menos impostos

psousa Escreveu:Apesar de accionista, continuarei a manifestar o meu desagrado como consumidor, sempre.
Entendo o raciocínio, mas conforme referi anteriormente os interesses são contraditórios.
E convém lembrarmo-nos que quem dirige empresas cotadas está mais interessado em agradar primeiro aos accionistas que aos consumidores. Esses vão reclamando (e bem!) mas desde que continuem a consumir, é o que interessa à empresa. Afinal de contas, todas as empresas privadas têm o mesmíssimo objectivo: o lucro.
psousa Escreveu:5. grosso modo e para terminar, há 2 provérbios bem velhinhos que assentam aqui que nem uma luva: a) "quem não chora não mama"; b) "se não podes vencê-los junta-te a eles";
ora ainda bem que a gente se entende

psousa Escreveu:PS2: com os bancos penso da mesma forma: sou muito sensível às taxas e comissões e reclamo, reclamo sempre. Não obstante sou o primeiro a reconhecer a suma importância dos bancos no desenvolvimento de qualquer empresa, recorrendo eu a eles sem qualquer pudor, e o primeiro a congratular-me de ter no meu pais uma das mais sólidas e fidedignas estruturas bancárias. Ainda assim continuarei a realizar mais valias nos bancos cotados sempre que o conseguir.
Aqui aplica-se exactamente o que referi anteriormente: quem tem acções de um banco, tem interesse em que as mesmas se valorizem; para isso, eles terão de aumentar os seus lucros; contudo, o accionista consumidor não quer que lhe apliquem taxas ou comissões. Pergunto eu agora: tomando como premissa que não se aplicam taxas nem comissões, os bancos vão aumentar os seus lucros com base exactamente em quê?
1 abraço,
Elias
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TraderBoy Escreveu::?: Ainda, de todos os países da Europa pelos quais passei nos últimos 2 anos a conduzir, apenas em Espanha (e mesmo assim mais junto da nossa fronteira, porque à medida que se caminha para o litoral os preços aumentam) e Principado de Andorra os combustíveis são mais baratos que em Portugal. Para lhe precisar, em Alemanha, Luxemburgo, Itália, França, Áustria, República de San Marino e Principado do Liechenstein são mais caros. Estes seriam os argumentos que eventualmente me fariam reconsiderar a pertinência do meu manifesto, ainda assim continuo a achar que tenho legitimidade para manifestar o meu desagrado.
devo destacar:
há 2 anos: Alemanha, Luxemburgo, França
o ano passado: Itália, Áustria, República de San Marino e Principado do Liechenstein
Eu também vi uma análise na imprensa, a certa altura, que dizia isso. E é evidente que acredito que seja a verdade actualmente. Mas o que eu queria dizer é que apesar de todos aqueles factos, na altura, que me poderiam inibir de reclamar (mais do que ser accionista da GALP), não o faço. Reclamo sempre. Feitios.
Relativamente ao seu reparo, há muito que se diz que Portugal tem os combustíveis mais caros da Europa. Há 2 anos atrás, se bem me lembro, também se dizia isso e o que é facto é que fiquei espantado por na prática não ter ficado com essa sensação. Penso que há 2 anos senti mais essa diferença (os combustíveis mais caros no estrangeiro que em Portugal) do que no ano passado. Talvez tenha a ver com o facto de andar essencialmente em auto-estrada e o preço ser mais elevado, não sei.
Abraço.
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