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Caldeirão da Bolsa

Novidade: Entrevista ao Dr. Fernando Braga de Matos

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

parabens

por pinhal » 19/7/2007 19:52

Gostei da entrevista e ainda mais do livro.
Reconheci ao ler o livro, alguns erros que andava a cometer neste meu inicio de investidor na bolsa. Não há nada como aprender com quem sabe.
parabens mais uma vez e extensivo a todos que aqui fazem opinião. :lol:
 
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por scpnuno » 19/7/2007 18:55

(Bem que o nosso amigo Ulissinho nos podia arranjar uma sessão de autografos para caldeireistas, não?)

Debaixo daquelas barbas há um coração de ouro e eu acredito que ele ainda vai meter uma cunha ao autor..nem que a gente tenha que pagar o almoço aos dois...

Fica a sugestão

P.S. Eu não pago, que a ideia foi minha

P.S.2 - o almoço pode ser no macdonalds...
Esta é a vantagem da ambição:
Podes não chegar á Lua
Mas tiraste os pés do chão...
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comentário

por jotabil » 19/7/2007 18:46

Caro Barra

Já tinha uma fotocópia da primeira edição mas comprei agora o livro que espero seja autografado pelo autor. Um amigo comum parece que joga umas partidas de bridge com ele.
Mas o livro está excelentemente escrito e muito bem estruturado de tal modo que nos dá um conhecimento muito conciso da realidade da bolsa....a nós que não somos profissionais nem temos meios para manipular os títulos...fornece-nos a dimensão psicológica para nos podermos mover nessa condição.
Estou a reler...houve partes que não aprofundei na primeira leitura por defeito das fotocópias...mas penso agora ler com mais alguma profundidade.
É um bom investimento dado que é uma obra elaborada por um período longo de reflexão por parte do autor que escreve com toda a simplicidade.

cumps
Se naufragares no meio do mar,toma desde logo, duas resoluções:- Uma primeira é manteres-te à tona; - Uma segunda é nadar para terra;
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por Barra » 19/7/2007 17:23

Muito bom.

Gostei da 1ª edição e já comprei este novo.

Aliás o Caldeirão (todos os intervenientes, leia-se) tem promovido tanto o livro que difícil é resistir a comprá-lo.
 
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por vitor79 » 19/7/2007 14:44

Uma coisa importante, que venham mais artigos destes ou outros de forma a dinamizar mais o próprio site.

Obrigado e continua, Ulisses.
Excelente trabalho.
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por MarcoAntonio » 19/7/2007 13:01

americo Escreveu:Parabens pela entrevista,

não conheço o sr, mas fiquei com boa impressão,

acho que vou comprar o livro.

Cumptos,


Tendo por referência a primeira edição, é um excelente livro que aconselho vivamente especialmente a quem se estiver a iniciar.

De leitura e abordagem muito acessível, dá uma excelente da natureza dos mercados e da psicologia do investidor.

De resto como a descontraída e bem-humorada entrevista deixa antever...
:wink:
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FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por americo » 19/7/2007 11:02

Parabens pela entrevista,

não conheço o sr, mas fiquei com boa impressão,

acho que vou comprar o livro.

Cumptos,
 
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por vitor79 » 19/7/2007 10:42

Ele defende correcções e não um Bear Market, algo aliás que todos nós esperamos[/quote]

Exacto, foi isso que percebi, é que existe quem defenda bear market devido ao crédito que por aí anda.[/quote]
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por Auditor » 19/7/2007 10:37

Ele defende correcções e não um Bear Market, algo aliás que todos nós esperamos.
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por dakshinamurti » 19/7/2007 10:34

Von Matos no seu estilo inconfundível.
A goal without an action plan is a daydream.

Dakshinamurti Report http://youtube.com/dakshinamurti
 
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por vitor79 » 19/7/2007 9:35

Li e gostei.
È impressão minha ou ele amb´m defende uma descida agora para que o bull market possa continuar?
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por zezus » 19/7/2007 9:34

Muito boa a entrevista. Parabéns
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por Camisa Roxa » 19/7/2007 9:05

Jim Beam Escreveu:
Camisa Roxa Escreveu:sempre que clico no link para a página da entrevista o meu firefox/explorer crasham...


Tenta ir directamente por aqui:
http://www.caldeiraodebolsa.com/article.php?iId=509


nice ;)
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por carrancho » 19/7/2007 8:53

Muito bom...

Parabéns Ulisses e Caldeirão.

A 1ª edição nunca li, esta estou a ler e realmente destaca-se a forma descontraida como é tratado o assunto. Mesmo para quem tenha umas noções muito básicas dos mercados é de fácil compreensão e quem não tem noções nenhumas não deixa de ser uma forma de começar a ter embora com uma leitura mais lenta com muita pesquisa pelo meio.

Abraço,

Carrancho
Abraço,
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por Jim Beam » 19/7/2007 8:44

Camisa Roxa Escreveu:sempre que clico no link para a página da entrevista o meu firefox/explorer crasham...


Tenta ir directamente por aqui:
http://www.caldeiraodebolsa.com/article.php?iId=509
"Live and learn!! Life's a lesson!!", DMX
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por Auditor » 19/7/2007 8:42

Parabéns. Excelente entrevista.
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por Camisa Roxa » 19/7/2007 8:28

sempre que clico no link para a página da entrevista o meu firefox/explorer crasham...
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por Pata-Hari » 19/7/2007 7:09

Adorei a frase: ""Os derivados são para quem odeie ficar rico lentamente e prefira ficar pobre rapidamente". Vou tentar lembrar-me para o futuro :). E, já agora, a outra frase acerca do que tem saudades: " Nada, era tudo pior, excepto eu ser mais novo."
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por brakeza » 19/7/2007 2:41

Parabéns pela entrevista caro Ulisses . Tal como já foi referido agradável de ler . Gostei particularmente da referência à CGD e ao seu administrador conhecido pelo famoso "salto à Vara" . Definitivamente vou comprar a nova edição .
Abraços
 
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por The Mechanic » 19/7/2007 2:10

Boa entrevista . Simples e agradável de ler , ao bom estilo do próprio livro . Este é do melhor, senão o melhor que se pode encontrar sobre o assunto em Portugal , em Português e por um Português.

Um abraço ,

The Mechanic
" Os que hesitam , são atropelados pela retaguarda" - Stendhal
"É óptimo não se exercer qualquer profissão, pois um homem livre não deve viver para servir outro "
- Aristoteles

http://theflyingmechanic.blogspot.com/
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por jozeca » 19/7/2007 2:05

parabens pela entrevista
 
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Novidade: Entrevista ao Dr. Fernando Braga de Matos

por Ulisses Pereira » 19/7/2007 1:39

Publicámos na Primeira Página a "fresquinha" entrevista que nos concedeu o Dr. Fernando Braga de Matos, autor do "Ganhar em Bolsa", cuja nova edição tem sido um enorme sucesso de vendas:

www.caldeiraodebolsa.com

Espero que gostem ;)

Um abraço,
Ulisses

Entrevista ao Dr. Fernando Braga de Matos

20 Jul 2007

Três anos depois, o Dr. Fernando Braga de Matos volta a dar uma entrevista ao Caldeirão. Alguns dias depois do lançamento da nova edição do "Ganhar em Bolsa", colocámos algumas questões ao seu autor sobre o livro, sobre a saúde do actual "Bull Market" e sobre alguns temas mais intemporais relacionados com os mercados.



Ulisses Pereira: Parabéns por esta nova edição do "Ganhar em Bolsa". Depois de tantos anos esgotado, a nova edição tem sido um fantástico sucesso de vendas. A que atribui o sucesso da sua obra?

Fernando Braga de Matos: A capa é muito atraente.

UP: Eu considero que a verdadeira essência do livro está na primeira edição. Que diferenças entre esta edição e a primeira, já que muitos anos passaram desde a sua obra original?

FBM: Na essência nada se modificou, como é óbvio. O que se passou nos quase 15 anos subsequentes apenas veio confirmar, mesmo reforçar, o que eu sustentava em análise de mercados e decorrente estratégia.

Afinal, o livro começa por ser uma obra de investigação, com grande ênfase no estudo estatístico e evidência empírica. Com a minha base de dados de 20 anos da Nyse e 17 de Bolsa portuguesa, milhares de gráficos tirados, tudo acoplado a estudos académicos e obras práticas dos últimos 100 anos (sim!) como poderiam as coisas ser diferentes?

Agora, há muita novidade, mas principalmente de actualização. A Internet e a globalização modificaram o ambiente, influenciando coisas importantíssimas como o acesso a outras Bolsas, a relevância dos mercados emergentes, a internacionalização das empresas (de tal forma que as cotadas já pouco têm a ver com a economia nacional). Depois, temos uma nova Bolsa, o desenvolvimento de um outro Bull Market, novas ênfases na teoria financeira, que os Nobel vieram realçar, etc…

UP: Para aqueles que já tinham a edição anterior, vale a pena comprar esta nova?

FBM: Ao fim e ao cabo, 150 páginas a mais não hão-de ser só frivolidades. Pelo menos o editor achou que não. Eu, se investisse na Bolsa e tivesse 25 euros na carteira, comprava o livro.

UP: Os mercados mudaram muito desde a primeira edição até hoje?


FBM: Os emergentes, como era o nosso, alteraram-se muitíssimo, em eficiência dita interna e externa. Portugal, que é o que nos interessa, é hoje outra coisa. Quem, como eu, percorreu 35 anos de Bolsa e sistema financeiro associado, até julga que mudou de país. Quando comecei a escrever o livro só havia 3 títulos a negociar "em contínuo" e era uma novidade!


De resto e em geral, os mercados mudaram muito em rapidez de operação e informação, no alargamento de plataformas, na intermediação e na apetência por produtos derivados.

UP: A abordagem da Bolsa como um "Jogo" é uma constante no seu livro. Por que razão encara assim os mercados, ao invés da palavra politicamente correcta: "investimento"?

FBM: Não é "ao invés", os conceitos ajustam-se, pois se trata do jogo do investimento em acções. Porém, o uso do conceito de Jogo é essencial para o meu fito de analisar o mercado de acções, percebê-lo e, então, definir a estratégia decorrente.

As pessoas às vezes ficam perplexas porque associam a palavra "jogo" necessariamente aos ditos de fortuna, ou sorte e azar. Ora, não é nada disso, tudo vai na senda do que Von Neumann definiu como Teoria dos Jogos e que, desde a 1ª edição do meu livro, já recebeu dois prémios Nobel, em 1994 e 2005. Isto é, conforme escrevi no meu livro, "uma actividade humana racional que se desenvolve em interacção dos participantes, exigindo destes conhecimentos e perícia, dos quais o resultado depende, tendo por finalidade um ganho ou uma vantagem".

Tentei então devassar o específico Jogo das Acções, a tal dedicando um capítulo. Se bem compreendido, grande parte das questões ficam resolvidas e seguramente as essenciais.


O primeiro dos pontos é, aliás, perceber que se trata de um jogo de soma positiva, isto é, um jogo em que todos podem ganhar. Parece milagre? Pois é matemática pura. Daí a minha afirmação que, "qualquer pessoa, e não necessariamente um perito, desde que dotada dos conhecimentos adequados e informação suficiente, pode seguramente ganhar em Bolsa, possivelmente muito, e eventualmente de um modo extraordinário, mesmo usando uma estratégia avessa ao risco". (Falo de acções e não de outros produtos financeiros).

UP: Tem sucesso como investidor? Qual o seu maior erro em todos estes anos em que negoceia?

FBM: Felizmente que o meu sucesso não é como os da astrologia que ganham os dracmas a vender livros e horóscopos, não a fazer previsões fidedignas.


No perfil de risco que escolhi, o meu êxito é notório. Basta dizer-lhe que na 1ª edição do livro já previa o início do Bull dos anos 90; que larguei tudo em princípios de 2000; e que reentrei em Bolsa no dia em que os marines derrubaram a estátua de Saddam, em 9 de Abril de 2003, depois de enxergar os sinais que o meu livro assinala como de rompimento do Bull Market. Quer melhor?

O meu maior erro - citando um estratégico claro está - foi não ter largado os cabedais em 1973, com a crise do petróleo e , por isso, deixar-me "nacionalizar" (salvo seja!) no 25 de Abril. Perdi couro e cabelo e fiquei "a descoberto". Quer pior?


Por isso escrevi o livro: para na investigação perceber como um cidadão inteligente pode ser tão estúpido. (Para sossego da minha auto-estima, até averiguei que, entre outros infelizes com idêntico fado, se destacavam Newton e Keynes, nada menos)

UP: Há 3 anos, concedeu-nos uma entrevista onde afirmava estarmos num "Bull Market". Até hoje, ele prosseguiu o seu imparável caminho. Acredita que ainda há espaço para mais ganhos?

FBM: Os PER ainda não estão exagerados, as empresas cotadas são boas e continuam a ter excelentes ganhos num mercado global em fantástica expansão. Por isso, o Bull vai continuar. Com uma saudável rectificação lá mais para diante se continuar a ascensão, ou um sossegado rumo para tendência lateral. Vamos a ver como será o sentimento e a apetência pelo risco dos investidores.

UP: Como vê, a crescente popularidade da negociação das "commodities"?

FBM: Com as novas economias emergentes, com 4 biliões de pessoas, a crescerem desmesuradamente, já se sabia que as commodities iam entrar no bom tempo. As pessoas acorrem às oportunidades, voila. E depois há tantos produtos para todos os perfis de risco - Futuros, Fundos abertos, ETFs, Hedge Funds, até as simples acções de empresas mineiras ou de energia.

UP: Cada vez mais, os pequenos investidores têm acesso a produtos altamente alavancados. Entre o potencial de retorno e o risco de utilização abusiva, aconselha o seu uso?

FBM: Um dos meus mentores intelectuais, o extraordinário Peter Lynch , dizia: - "Os derivados são para quem odeie ficar rico lentamente e prefira ficar pobre rapidamente".

Isso é para profissionais e semi-profissionais, ou alguém julga que um amador part-time tem qualquer hipótese de ganhar consistentemente?


A alavancagem que eu defendo passa pelo efeito multiplicador do reinvestimento de dividendos e mais-valias e pelo o uso de conta-margem nos primórdios do Bull Market. E esta última sugestão é com muita cautela, com sistemas protectivos a funcionar, seja "stop loss", seja alguma forma de "hedging".

UP: O aparecimento de OPA`s muito importantes no mercado português, a lentidão na sua resolução e o seu falhanço por questões estatutárias retiram credibilidade ao mercado português?

FBM: Claro que tira, e refiro-me principalmente à PT. Ficou visto que o Estado (e a nomenklatura dos gestores públicos ou aparentados) é que riscam e, como habitualmente, mal. Até o insigne personagem que representou a CGD na AG é dos de curriculum duvidoso.


Toda a gente, menos os interesses corporativos, ficou a perder, e para tanto basta recordar as cotações da Sonae.com , da Sonae e o preço da oferta da PT, tal como estavam quando o lance subiu: o valor accionista cresceu desmesuradamente e depois voltou à modorra "institucional". Como se viu, todos perderam, tanto os accionistas da Sonae como os da PT (os da Sonae mais, claro) , porque Belmiro criava valor e os residentes não. Isto não digo eu, disse o mercado.


Também se refira, porém, em abono da verdade, que o que a gente vê frequentemente na Europa continental é mais ou menos a mesma droga, embora menos escabroso.

UP: Aprecia a estratégia de "comprar em baixa e vender em alta" ou "comprar em alta e vender ainda mais em alta"?

FBM: A estratégia fundamental que preconizo é a "Timing the Market " e seguir a Tendência. Isto dito, não há mal nenhum, pelo contrário, em acoplar uma estratégia oportunística, a que eu chamo "ir aos saldos".

UP: Porque é que tantos investidores perdem no mercado?

FBM: Não percebem nada do assunto e enganam-se a si próprios porque, enquanto ganham, não atribuem o facto à fortuna do bom momento, mas a uma presumida competência. Então, até a inibição da ignorância perdem, e isso era a melhor salvaguarda que detinham.


Alias, o benfazejo Jogo das Acções, que por ser de soma positiva é inelutavelmente de ganhar como vimos, é também traiçoeiro, porque alicia quando fica perigoso e repele quando tudo é favorável (mas não parece). A vertente das aparências é uma faceta interessantíssima do jogo. Daí, no livro, um capítulo dedicado à "Arte do pensamento contrário".

UP: O que pode um investidor perdedor fazer para se transformar num investidor ganhador?


FBM: Adquirir o "Ganhar em Bolsa", como não podia deixar de ser. Mas como a osmose não chega, também é preciso ler.

UP: Cada mercado tem as suas próprias características ou, com a globalização e a fusão de diferentes Bolsas mundiais, os investidores e os padrões de negociação são cada vez mais semelhantes?

FBM: Os mercados tendem todos para a perfeita eficiência, embora ao contrário do que sustenta a teoria do mesmo nome, nunca a consigam alcançar. No entretanto, igualizam--se claramente na operacionalidade, e as distinções só se continuam a processar no acesso à informação, o chamado domínio da eficiência externa.

UP: O que é que jamais faria em Bolsa?

FBM: Comprar acções das SAD`s dos clubes de futebol.

UP: De que tem saudades em relação ao mercado?

FBM: O do antigamente? Nada, era tudo pior, excepto eu ser mais novo.
"Acreditar é possuir antes de ter..."

Ulisses Pereira

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