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CoronaVirus, panico justificado...?

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por mais_um » 4/12/2020 9:31

Já que estavam a conversar sobre o tema deixo aqui este artigo:

Porque é que “uma mentira já deu a volta ao mundo antes de a verdade ter calçado as sapatilhas”?

Uma parte do segundo dia da Web Summit foi dedicada ao problema da desinformação - que, numa época de pandemia, pode ter consequências potencialmente fatais. Um dos intervenientes confessa não entender sempre o mundo onde vive - ou por que razão há outro mundo a viver num sítio diferente. “Parece que existimos em universos distintos: uns acreditam que é dia enquanto outros acreditam que, naquela mesma hora, de facto é de noite”

Na Índia, as credenciais de qualquer jornalista que “crie e/ou propague” notícias falsas serão suspensas até à conclusão de uma investigação


Os utilizadores britânicos do Whatsapp começaram a receber no início de março notícias alarmantes nos seus telefones: a pandemia chegou em força e há tanques na M25, a autoestrada em forma de círculo que envolve a capital, Londres. Qualquer revolta civil será contida com força militar, avisava a mensagem. Nunca houve tanques na M25 mas uma estimativa conservadora da BBC mostra que esta mensagem chegou a dezenas de milhares de pessoas, possivelmente muito mais.

Aqui em Portugal as mensagens de voz de pessoas supostamente perto das fontes principais de informação sobre a pandemia - “eu sou filho de um médico”, “eu sou enfermeira num hospital da Grande Lisboa”, “falei com um deputado” eram algumas das frases que se ouviam estas pessoas dizer nas mensagens - chegaram a milhares de telefones. Segundo estas pessoas “próximas” do problema, os hospitais estavam a acumular corpos nas morgues, não havia camas nem ventiladores para ninguém, os números de mortes eram muito superiores aos oficiais.

Sabemos agora que tanto a primeira história como a segunda - e há dezenas de exemplos na internet - são mentiras que se tornaram virais através dos vários canais supersónicos de partilha de informação de que hoje dispomos. O tema das notícias falsas ocupou toda a hora de almoço das conferências da Web Summit, este ano totalmente realizada através da internet, porque o caso tornou-se sério - não é só um problema para quem trabalha em comunicação e para quem tem de ir verificar quase ao minuto todas as afirmações proferidas pelo ainda Presidente dos Estados Unidos.

As notícias falsas já não põem em causa só a democracia

Até chegarmos a esta grave pandemia que todo o mundo enfrenta, as notícias falsas raramente tiveram a capacidade de provocar a morte de milhares de pessoas. Mas agora, caso um número significativo de pessoas acreditar que usar uma máscara reduz a circulação do ar nos pulmões ou caso acreditem noutras mentiras que não vamos aqui reproduzir, é possível que o número de infetados se torne incontrolável. “Isto é tudo de uma magnitude nunca vista. Costumávamos falar do perigo da desinformação para a saúde da democracia, é uma coisa abstrata, agora não, agora são as vidas das pessoas que estão em perigo. Estamos a olhar para o um momento único que é o desenvolvimento da vacina e mesmo assim um há pessoas que dizem não confiar na ciência”, disse Adrienne LaFrance, editora executiva da “Atlantic”, na sessão “O perigo das Fake News em 2020”.

A manipulação e as notícias falsas, as citações truncadas e mesmo inventadas, tudo isto tem muitas décadas - para não dizer mais de um século, quando no século XIX a “yellow press” fazia o que fosse preciso para vender jornais. Havia até um certo Joseph Pulitzer, que hoje dá nome ao prémio de jornalismo mais importante do mundo, que na altura, com o seu “New York World”, publicava alguma desinformação.


As redes sociais raramente confrontam as pessoas com ideias ou notícias contrárias às que gostam ou apreciam, colocando os utilizadores perante uma ideia falsa de que estão abertas ao mundo


A reputação de Joseph Pulitzer como um dos maiores nomes desse jornalismo que contava pouco com a verdade foi-se perdendo nos anos mas o legado da “yellow press” ficou. Mathew Kaminsky, chefe de redação do “Politico”, relembrou esses tempos durante esta conferência e mostrou porque é que não estamos exatamente nesse mesmo momento: “As guerras de informação não são novas, os regimes autoritários do século XX consideravam-nas essenciais, fazem parte da história. O que existe agora é que qualquer pessoa pode publicar, já não são precisos milhões para montar uma rede de impressão e distribuição, a praça pública é gigante, e é muito mais barulhenta e descontrolada”.

Descontrolo, caos, voragem, são tudo palavras que os intervenientes usaram para descrever o ambiente editorial que vivemos. “A atmosfera onde publicamos está um caos, é tudo muito fraturado, podemos existir numa bolha e achar que o que estamos a ler está certo mas não, está errado; é impossível saber porque é que estás a ver o que estás a ver no ecrã e isso tem que ver com os algoritmos, que afetam tudo o que vemos nas nossas redes sociais”, diz LaFrance, abrindo caminho a uma conversa com muito mais ramificações: a do peso que têm os gigantes da internet naquilo que chega aos nossos telemóveis. É preciso mais literacia para a comunicação porque é difícil acreditar que existam algoritmos, códigos informáticos, a escolher por nós a informação que lemos, mas é essa a realidade.

Um recente documentário da Netflix, “O Dilema Social”, reúne testemunhos de pessoas que já trabalharam em algumas das maiores empresas de difusão de conteúdo do mundo (Google, Facebook, Twitter, Instagram só para referir os mais conhecidos) que explicam como é que estas marcas “agarram” as pessoas aos dispositivos para que os anunciantes tenham audiências praticamente cativas. Por exemplo: será que todos sabemos que as redes sociais nos enviam notificações sobre a atividade de amigos específicos com os quais falámos mais no dia anterior ou, por oposição, dos quais não ouvimos falar há imenso tempo só para nos fazerem regressar aos telefones se estivermos muito tempo sem abrir estas aplicações? “É ‘o’ problema", diz LaFrance. À arquitetura da internet social não interessa quão má é a informação que lá colocamos, pode ser do QAnon [rede de conspiracionistas que acreditam que existe uma rede de pedofilia mantida por democratas da qual só Donald Trump ‘nos’ pode salvar], desinformação em relação à vacina ou afirmações sobre uma fraude eleitoral que ninguém provou. Toda a forma como a internet está construída é a base disto tudo e mudar a internet é uma tarefa...como dizer?, incomensurável”.

A editora executiva da “Atlantic” disse ainda que a ação dos jornalistas neste campo é “limitada”: “Podes ter a melhor reportagem no mundo e as pessoas vão continuar ligadas ao seu grupo fechado do Facebook onde só se fala do que eles já sabem. Até conseguirmos mudar a forma como o sistema está construído, a nossa ação é limitada e só pode passar por continuar a agir no interesse público - é preciso que sejamos nós a ajudar as pessoas a navegar neste universo de mentiras”.

Matthew Kaminsky faz a ponte para o jornalismo político, matéria prima do “Politico” e um dos terrenos onde a desinformação e as notícias falsas mais proliferaram nos últimos cinco anos - em parte por culpa de líderes democraticamente eleitos, como Donald Trump, Jair Bolsonaro ou Narendra Modi, que se manifestam contra os jornais e as televisões tradicionais por estes não lhes serem favoráveis. Tal como o “Politico”, os meios de comunicação de referência operam dentro de um conjunto de regras muito mais restritivas do que as centenas de sites alojados na internet e que todos os dias dão as mesmas notícias, apenas (alguns) com menos preocupações no que à imparcialidade e à verificação diz respeito. “Nós, no jornalismo no político, à medida que as coisas se tornam muito confusas e barulhentas, temos de estar sempre a regressar às regras mais básicas do jornalismo. Não temos uma equipa de políticos, nós não somos partidários, a nossa missão é contar, é apenas contar, principalmente o que as pessoas não veem. Nós não somos a oposição, como o Stephen Bannon [teórico declaradamente populista e ex-conselheiro de Trump] disse”.

Explicar, explicar, explicar


Num painel que antecedeu este, sobre a experiência de se ser jornalista na “bolha de Washington” durante a campanha e a presidência de Donald Trump, Nicholas Johnson, editor executivo do site de investigação na área da política “Axios”, começou a sua intervenção precisamente pelo tema da desinformação. “Na redação falamos constantemente de como balancear as coisas, de como falar de política sem ir muito para um lado nem muito para outro. Está tudo tão polarizado que nos arriscamos a perder uma metade inteira de leitores se escrevermos alguma coisa apenas ligeiramente tendenciosa.” Admitindo que o ainda Presidente dos Estados Unidos “apoia e dá força aos detratores do jornalismo sério”, o foco das redações tem de continuar a ser o mesmo, sem grande consideração pelos desestabilizadores: “É preciso que sejamos desapaixonados, claros como água, clínicos na análise e sempre verdadeiros. Se houver uma dúvida não se escreve nada”.

Jonathan Karl, repórter de política da ABC News, chama a atenção para o problema que é existirem potencialmente milhões de norte-americanos que “neste momento, acreditam que o resultado das eleições presidenciais é uma fraude”. É difícil, continua, “lutar contra pessoas respeitadas, conhecidas, com autoridade na sociedade, que alimentam essas ideias, sabendo perfeitamente que não têm fundo de verdade”.

Explicar, explicar, explicar, mesmo que seja “aborrecido” e possa levar a uma quebra momentânea da atenção das audiências, é a única solução, defende Karl. “É preciso ir ao encontro daquelas pessoas que acordaram quarta-feira com Trump a perder quando horas antes estava à frente e explicar o que é que são ‘miragens azuis’ e ‘miragens vermelhas’.” O jornalista referia-se ao facto de, com o número inusitado de votos por correio que foram depositados nestas eleições, a “onda azul”, dos democratas, ter chegado mais tarde, já que esses votos são contados depois dos presenciais - tendencialmente republicanos nos estados decisivos. “Temos de tentar entender porque é que uma mentira já deu a volta do mundo antes de a verdade ter calçado as sapatilhas”, diz o jornalista, que confessa não entender sempre o mundo onde vive - ou por que razão há outro mundo a viver num sítio diferente. “Parece que existimos em universos distintos: uns acreditam que é dia enquanto outros acreditam que, naquela mesma hora, de facto é de noite.”

https://expresso.pt/web-summit/2020-12- ... patilhas-#
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por GaioAzul » 4/12/2020 5:16

BearManBull Escreveu:AT Covid :mrgreen:

para nos convencermos de algo que não é real/factual, basta querermos


Verdade até em escalas menores. Ninguém gosta de estar equivocado.
Freqüentemente, as pessoas teimam com convicções mais fáceis de acreditar do que verdades. Por vezes, por serem mais convenientes. Poucos têm a coragem de admitir erros, independentemente das provas. Se reparares, muitos nem ligam para as provas, uma vez que formaram uma opinião. E assim alcançamos um Status Quo.
Um velho amigo meu, já falecido, costumava dizer que puxamos a brasa para a nossa sardinha. Mesmo principio.
[b]"A wise man makes his own decisions but an ignorant man follows the public opinion."

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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por MarcoAntonio » 4/12/2020 2:00

GaioAzul Escreveu:https://www.thenewcivilrightsmovement.com/2020/12/americans-were-infected-with-covid-19-far-earlier-than-first-us-case-cdc-study/

Americans Likely Infected With COVID-19 Far Earlier Than ‘First’ US Case: CDC Study



O estudo (que ainda não foi revisto pelos pares) é este, já agora:

https://academic.oup.com/cid/advance-ar ... 85/6012472

A conclusão-resumo dos autores é esta:

These findings suggest that SARS-CoV-2 may have been introduced into the United States prior to January 19, 2020.


Tratam-se no limite de 84 specimens em 7389 amostras e não se pode descartar que sejam (todos) falsos positivos, embora os autores achem improvável conforme indicam. Um excerto:


First, none of the sera can be considered “true positives.” A true positive would only be
collected from an individual with a positive molecular diagnostic test, or paired acute –
convalescent sera with rising titers [26, 27].

(...)

Fourth, even with a highly specific test, false positives may occur,
particularly in low prevalence areas [29]. However, the number of reactive specimens
identified in this study was higher than expected given the specificity of the pan Ig spike
ELISA. Furthermore, additional evidence including microneutralization, detection of both
SARS-CoV-2 specific IgG and IgM, and SARS-CoV-2 S1-specific Ig reactivity, make it very
unlikely that all reactive specimens represent false positives. Further studies involving
retrospective analyses of human specimens with molecular or serologic methods are
necessary to further corroborate the present findings, which suggest the presence of specific
antibodies to SARS-CoV-2 in the U.S. as early as mid-December 2019.


O problema, em essência, é que quando se está a falar de taxas de prevalência muito baixas (neste caso estaríamos a falar de cerca de 1% na amostra testada), no limite o que podes estar a detectar são os falsos positivos (imagina que o teste tem uma taxa de falsos positivos da ordem de 1%, no limite é perfeitamente possível que os 84 sejam todos falsos positivos). Como os autores indicam, é preciso estudar melhor para ver se outros estudos corroboram isto.


A especificidade do teste indicada pelos autores é de 99.3% e a sensibilidade de 96% (estes valores são estimativas e envolvem incertezas, representadas por intervalos de confiança). Mas grosso modo isto quer dizer por exemplo que se forem todos negativos, o valor esperado do número de resultados positivos será de 0.7%, ou seja, 52 (falsos positivos).
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por BearManBull » 4/12/2020 1:56

AT Covid :mrgreen:

A mão invisível já tinha começado a fazer efeito na altura que comentei aqui que a situação estabilizou. Claro que as medidas tiveram um efeito adicional, mas acredito que o maior efeito é realmente a consciencialização geral para ter comportamentos mais responsáveis a tal mão invisível que domina os aspectos da natureza humana, tal como na economia.


para nos convencermos de algo que não é real/factual, basta querermos


Também é verdade que com estatística se consegue demonstrar quase todos os resultados, desde que se usem os dados da forma que nos interessam. Provavelmente estatisticamente pode-se demonstrar que a maçã, ou a laranja ou alguma fruta qualquer ajuda a combater covid. Já vi estudos deste tipo em que não existe uma relação causa efeito demonstrável, mas existe uma relação estatística. No final as medidas talvez ajudem, talvez não ajudem tanto como se acredita, a verdade é que vivemos duas vagas super agressivas e ninguém sabe se podiam ter sido melhores ou piores porque era preciso pelo menos orquestrar uma simulação com um poder computacional significativo para tentar demonstrar o efeito. A Suécia teve duas vagas a segunda foi mais agressiva que a primeira, mas com menos mortes, de resto como a generalidade dos países.

Certamente que quem não sai de casa não se contamina. Mas também é certo que é impossível impedir o completo isolamento, toda a gente tem pelo menos de ir ao supermercado. Como disse alguma vez, a única maneira seria mesmo ter o exercito a distribuir comida porta a porta ou andarmos todos com EPIs na rua. Isso seria demasiado radical mas confinar durante meses, sem que realmente se tivesses erradicado a doença e as mortes não é porque, politics.

A partir do momento que vacinem os grupos de risco confio que já se possa viver pelo menos como durante o verão passado. Será absurdo continuarem a constringir a mobilidade sem ter problemas de saturação hospitalar. Vai falar-se menos de covid até que quando chegar-mos ao verão não deve passar de uma miragem de um passado recente.
Anexos
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por GaioAzul » 4/12/2020 1:43

https://www.thenewcivilrightsmovement.c ... cdc-study/

Americans Likely Infected With COVID-19 Far Earlier Than ‘First’ US Case: CDC Study
The Centers for Disease Control and Prevention first detected the novel coronavirus that causes COVID-19 in a Washington state patient on January 20, 2020. But a new CDC study shows that Americans were likely infected with the novel coronavirus much earlier.

The CDC has now studied thousands of blood donations from the Red Cross taken between December 13 and January 17, and found the antibodies produced in response to the potentially deadly virus in more than 100 samples, CNN and the Wall Street Journal report.
“The 7,389 samples, collected from nine states, were tested for SARS-CoV-2 reactive antibodies. SARS-CoV-2 is the scientific name for the coronavirus that causes Covid-19,” CNN reports. “Of the samples tested, at least 106 were found to have antibodies for SARS-CoV-2, including ones collected from California, Oregon and Washington from Dec. 13 through Dec. 16, 2019.”
The Wall Street Journal notes this timeline suggests the virus was already present in the U.S. “a few weeks before it was officially identified in China and about a month earlier than public health authorities found the first U.S. case.”
The CDC “also found 67 samples with antibodies in Massachusetts, Michigan, Wisconsin or Iowa, and Connecticut or Rhode Island,” meaning the virus antibodies were not just found on the West Coast.
U.S. Intelligence multiple times briefed the White House of the brewing “cataclysmic” pandemic in China as early as November.

Edit:
Acho curioso:

Há alguns meses atras (não me lembro a data exacta), postei aqui que existia a possibilidade da pandemia ter começado antes do que havia sido anunciado. Alguns participantes acharam que as minhas alegações não podiam ser verdadeiras.
No entanto, existia este anuncio:

https://www.newswars.com/advanced-knowl ... -november/
"The CDC appears to have had advanced knowledge of the coronavirus pandemic outbreak, as the agency which deliberately delayed testing kits in the USA for nearly a month was hiring quarantine program advisors in November of 2019, to cover Texas, New York, California, Washington, Florida and many other areas where the pandemic is now exploding.
This job listing page at jobs.CDC.gov describes job announcement number HHS-CDC-D3-20-10640010, paying up to $93,077 per year, with an open application period from Nov. 15th, 2019 to May 15th, 2020."

Então, totalmente hipoteticamente, e se um dia acordarmos com algo que contradiz completamente o que acreditávamos originalmente?
Quando a maioria das pessoas forma uma opinião, não importa o quão forte é a evidência, elas nunca mudam de ideia. Querer estar certo é mais forte que a humildade de admitir que estávamos errados.
Desculpem, o psicólogo em mim. É apenas uma observação. Mas, novamente, nunca descarto a possibilidade de estar equivocado.
Editado pela última vez por GaioAzul em 4/12/2020 2:10, num total de 1 vez.
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por djovarius » 4/12/2020 0:07

Boa noite,

Esta notícia sobre a Pfizer muda um bocado as coisas.

A partir de amanhã, todas as estratégias terão de mudar. Haverá menos vacinas. Seja como for, vai haver "guerra" pela distribuição, pelo que EUA e Europa terão de acordar, devido à pressão das opiniões públicas.
Os países pobres vão ficar para trás, haverá linha dura nas viagens.

Sendo assim, salvo outras surpresas, o melhor é o(s) Governo(s) (aqui e lá fora) darem uma pequena "abébia" no Natal e preparar para a manutenção das medidas em Janeiro e Fevereiro. Perdido por um, perdido por mil.
As pessoas até já esperam isso. É importante que a Economia funcione na medida do possível à medida que os 80 mil casos ativos virem apenas 20 mil. Com algumas vacinas, medicamentos que possam aparecer entretanto e controlos de viagem, poderemos retomar a vida gradualmente, sendo que tudo poderá ser "normal" já em 2022.

Abraço

dj
Cuidado com o que desejas pois todo o Universo pode se conjugar para a sua realização.
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por MarcoAntonio » 3/12/2020 23:37

Portugal já estava no gráfico (com um excesso de perto de 10% até meados de Novembro e a subir).
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por Lisboa_Casino » 3/12/2020 23:29

Marco,

Foi apenas a forma prática do comparar um nº com boa sustentação ( Suécia), com um achismos e como surgiram algumas questões em excesso (s), não pretendia colocar algo que não estivesse proximo da realidade.

E quem melhor para corroborar ou rejeitar o achismo ! ( Isto é verdadeiro)

Abco.
 
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por MarcoAntonio » 3/12/2020 22:34

Alguma razão em particular para estares a citar o meu post?
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por Lisboa_Casino » 3/12/2020 22:33

MarcoAntonio Escreveu:
yggy Escreveu:Estou a usar a fonte oficial da Suecia que tu sempre usaste no inicio..
E o mes de Novembro ate dia 15..ja tem 4% de excesso...Alias Novembro de 2020 já é o mes de Novembro que tem mais mortes desde 2015.


A Suécia, neste momento, já tem seguramente um excesso de mortalidade acima dos 5% no cumulativo do ano (numa estimativa rápida, estará agora talvez pelos 5.5%, por aí). Uma posição substancialmente diferente do que o gráfico desactualizado e incompleto mostra. Estou a tomar por referência o mesmo gráfico e método (uma vez que o excesso de mortalidade não se mede necessariamente assim).



So do mês de Novembro Portugal deverá ter excesso ( excesso significa o valor acima da media que consta do SICO desde 2009 )

2500 a 3.000 ( 30 dias X 90) - quase 3% do total de 2019 ?

A juntar aos 8600 de excesso de Março ate 30 de Outubro

Mais de 10% de Excesso em relativo à média de 5 anos e o pior desde 2009

Infelizmente, talvez náo ande longe !



https://eco.sapo.pt/2020/11/13/coronavi ... ltimo-mes/
 
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por Ulisses Pereira » 3/12/2020 21:53

Pfizer acaba de anunciar que apenas consegue distribuir metade das doses previstas para 2020.
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Plano de vacinação

por ricardmag » 3/12/2020 21:38

Ainda não percebi porque lhe chamaram EFICÁCIA mas é uma sondagem sobre a vacina.
Parece-me um bom índice de medo. Que dizeis ? Pensei que estava pior, admito ...

Não sei se foi falado mas alguém sabe se existe, além dos critérios de prioridade, uma distribuição por grau de incidência a nível de concelho municipal ?

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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por MarcoAntonio » 3/12/2020 19:31

Qualnhick Escreveu:Se queres inventar dados estás à vontade.


Não é preciso inventar dados nenhuns, há mais fontes, mais dados e mais informação. Desde o SBC aos dados (actualizados) da evoluções de UCI's, passando também por confirmações de óbitos posteriores. Portanto, termos um quadro mais completo está perfeitamente ao nosso alcance. E a isso soma-se o nosso conhecimento das limitações, do que se podem derivar estimativas (estimativas não são propriamente invenções, dependendo da informação disponível chamar-lhe invenção até diria que é um acto de má-fé, especialmente se se indica que é uma estimativa).

E em boa verdade, o meu comentário era mais para terceiros... a minha intenção não era propriamente entrar em diálogo contigo pois eu já sei que não dá em nada.

:wink:
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por Qualnhick » 3/12/2020 19:22

MarcoAntonio Escreveu:No que diz respeito ao COVID e para o momento actual, julgo que estão com óbitos diários mais ou menos na mesma ordem de grandeza (daqui a umas duas semanas, sensivelmente, vamos poder confirmar se assim é ou se há diferença e em que medida, não que eu esteja particularmente preocupado com a comparação directa entre Portugal e Suécia, que me parece pouco útil por razões que já foram aqui bem aludidas). Naturalmente, sabemos que está muito pior que qualquer um dos seus vizinhos nórdicos imediatos, que é uma comparação que, continuando a ter limitações, faz bastante mais sentido.

Quanto aos dados, não há necessidade alguma em nos "cingirmos" a um conjunto de dados limitados e que sabemos estarem desactualizados para mostrarmos o que queremos e da forma que queremos, quando temos bastante mais informação disponível (incluindo, mas não só, realizar estimativas credíveis tendo em conta as limitações conhecidas). São exercícios que não só são perfeitamente razoáveis, são inclusivamente desejáveis quando estamos realmente interessados em perceber o que se passa e não meramente em desenhar um quadro que queremos projectar.


Como já disse neste tópico, para nos convencermos de algo que não é real/factual, basta querermos...


Se queres inventar dados estás à vontade.
Os dados disponiveis no Worldmeter são os que coloquei.
No Sico tem a mortalidade até ao dia de hoje, na Suecia tem até ao final do mes.
Considereando que os ultimos 15 dias ainda serão objecto de retificações, Portugal vai ontem com um desvio face à media de 9.6%, a Suecia com 3.9 % até ao dia 17 de Novembro !

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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por MarcoAntonio » 3/12/2020 19:02

No que diz respeito ao COVID e para o momento actual, julgo que estão com óbitos diários mais ou menos na mesma ordem de grandeza (daqui a umas duas semanas, sensivelmente, vamos poder confirmar se assim é ou se há diferença e em que medida, não que eu esteja particularmente preocupado com a comparação directa entre Portugal e Suécia, que me parece pouco útil por razões que já foram aqui bem aludidas). Naturalmente, sabemos que está muito pior que qualquer um dos seus vizinhos nórdicos imediatos, que é uma comparação que, continuando a ter limitações, faz bastante mais sentido.

Quanto aos dados, não há necessidade alguma em nos "cingirmos" a um conjunto de dados limitados e que sabemos estarem desactualizados para mostrarmos o que queremos e da forma que queremos, quando temos bastante mais informação disponível (incluindo, mas não só, realizar estimativas credíveis tendo em conta as limitações conhecidas). São exercícios que não só são perfeitamente razoáveis, são inclusivamente desejáveis quando estamos realmente interessados em perceber o que se passa e não meramente em desenhar um quadro que queremos projectar.


Como já disse neste tópico, para nos convencermos de algo que não é real/factual, basta querermos...
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2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
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3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por Qualnhick » 3/12/2020 18:42

MarcoAntonio Escreveu:
yggy Escreveu:Estou a usar a fonte oficial da Suecia que tu sempre usaste no inicio..
E o mes de Novembro ate dia 15..ja tem 4% de excesso...Alias Novembro de 2020 já é o mes de Novembro que tem mais mortes desde 2015.


A Suécia, neste momento, já tem seguramente um excesso de mortalidade acima dos 5% no cumulativo do ano (numa estimativa rápida, estará agora talvez pelos 5.5%, por aí). Uma posição substancialmente diferente do que o gráfico desactualizado e incompleto mostra. Estou a tomar por referência o mesmo gráfico e método (uma vez que o excesso de mortalidade não se mede necessariamente assim).


São os dados disponiveis até ao momento e a Suecia vai com muito menos excesso de mortalidade do que Portugal.
 
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por MarcoAntonio » 3/12/2020 18:11

yggy Escreveu:Estou a usar a fonte oficial da Suecia que tu sempre usaste no inicio..
E o mes de Novembro ate dia 15..ja tem 4% de excesso...Alias Novembro de 2020 já é o mes de Novembro que tem mais mortes desde 2015.


A Suécia, neste momento, já tem seguramente um excesso de mortalidade acima dos 5% no cumulativo do ano (numa estimativa rápida, estará agora talvez pelos 5.5%, por aí). Uma posição substancialmente diferente do que o gráfico desactualizado e incompleto mostra. Estou a tomar por referência o mesmo gráfico e método (uma vez que o excesso de mortalidade não se mede necessariamente assim).
Imagem

FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por yggy » 3/12/2020 17:18

Ulisses Pereira Escreveu:A Suécia decidiu encerrar as escolas secundárias.



Sweden's schools for over-16s shift back to remote learning

https://www.thelocal.se/20201203/sweden ... e-learning

Sweden's upper secondary schools are again closing their doors to students from Monday until after Christmas.
 
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por yggy » 3/12/2020 17:11

Qualnhick Escreveu:
yggy Escreveu:E pelos dados oficiais, de aqui https://www.scb.se/en/finding-statistic ... on-deaths/ já excesso de mortos em ralacao a media 2015-2019.
(contagem ate 15 de Novembro)
Ali´s não se poderia esperar outra coisa infelizmente.


Capturar6.JPG


Estou a usar a fonte oficial da Suecia que tu sempre usaste no inicio..
E o mes de Novembro ate dia 15..ja tem 4% de excesso...Alias Novembro de 2020 já é o mes de Novembro que tem mais mortes desde 2015.
 
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por Ulisses Pereira » 3/12/2020 17:05

A Suécia decidiu encerrar as escolas secundárias.
"Acreditar é possuir antes de ter..."

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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por Qualnhick » 3/12/2020 16:14

yggy Escreveu:E pelos dados oficiais, de aqui https://www.scb.se/en/finding-statistic ... on-deaths/ já excesso de mortos em ralacao a media 2015-2019.
(contagem ate 15 de Novembro)
Ali´s não se poderia esperar outra coisa infelizmente.


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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por yggy » 3/12/2020 10:41

MarcoAntonio Escreveu:Há algum efeito de backlog por causa do fim-de-semana do Thanksgiving, mas seja como for os números lá, tal como já tinha acontecido na Europa, estão a subir e vão continuar maus para as próximas semanas, até expectavelmente a vacina começar a ter algum impacto. E há também algum receio que o Thanksgiving venha a ter efeitos daqui a umas duas semanas.

Entretanto, também a Suécia actualizou entre ontem e hoje com mais perto de 300 óbitos (nota: a Suécia não actualiza todos os dias e estes números são sempre relativos a óbitos passados em média há uma série de dias atrás), confirmando que nesta altura a Suécia também já estará com dezenas de óbitos por dia. Possivelmente neste momento está com números não muito diferentes dos de Portugal, mas vamos ter de aguardar umas duas semanas para saber ao certo.



Suécia vs vizinhos nórdicos. Claramente não é um caso de sucesso...

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E pelos dados oficiais, de aqui https://www.scb.se/en/finding-statistic ... on-deaths/ já excesso de mortos em ralacao a media 2015-2019.
(contagem ate 15 de Novembro)
Ali´s não se poderia esperar outra coisa infelizmente.
 
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por Marco Martins » 3/12/2020 10:17

Continuo sem perceber como é que o parlamento continua sem funcionar em regime de Home Office!!

Qual é a diferença entre as discussões e votações deles comparativamente a qualquer outra empresa??

Podemos falar de mil e uma coisas, mas os políticos continuam a viver como se fizessem parte de algo que não representa o povo e continuam a dar uma imagem que merece ser descarregada pelo autoclismo!!!
 
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por Marco Martins » 3/12/2020 10:13

djovarius Escreveu:Nada do que eu disse põe em causa os avanços tecnológicos, aliás eu sublinhei que já não estamos nos anos 70, nem sequer a idoneidade dos cientistas, eu até achei muito boa a explicação dos Turco-Alemães por detrás da vacina Pfizer - BioNtech (lê-se Biontek em alemão).
O que eu disse é que qualquer vacina necessita de tempo e experiências antes de sair para o grande público, tal como muitos médicos e cientistas afirmam.
Goste-se ou não, somos todos cobaias. Não está em causa a competência de ninguém. Certo é que é um tiro no escuro em termos de efeitos de longo prazo. Até de médio prazo, na verdade.

Abraço

dj


Por esse motivo a vacina não será obrigatória e não recomendada a grávidas nem a crianças.
 
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por pepe7 » 3/12/2020 3:32

Como já disse aqui, o não uso da máscara na Suécia, na minha opinião é um enorme erro no combate à Pandemia...especialmente em comparação com os vizinhos, pois face ás características da sua população, como hábitos sociais, distanciamento social, coabitação e condições, disciplinados, densidade populacional, etc, tinham "vantagens" em evitar a mortalidade da primeira vaga e nesta segunda vaga...e a segunda vaga está "atrasada" em relação a outros países da Europa, tal como aconteceu na primeira...
Não será só, até por recentemente alteraram as medidas/recomendações, mas com uso da mascara tinham evitado perdas humanas.
Tal como a estratégia da Imunidade de grupo, algo que não conseguiram...como se fazia querer por ai...
https://observador.pt/2020/04/19/imunid ... -covid-19/

A questão dos lares é um problema geral e complexo, mas entretanto :


Suécia. Relatório denuncia "deficiências graves" nos cuidados em lares a diagnósticos Covid-19


Praticamente metade dos quase sete mil óbitos por Covid-19 registados na Suécia, desde o início da pandemia, deu-se em casas de repouso e em lares de idosos. Um relatório oficial recente revela que só seis por cento destes foram examinados por um médico. E um quinto nem sequer foi examinado antes de ser colocado sob cuidados paliativos.

O documento reconhece as dificuldades de providenciar cuidados durante uma pandemia, mas afirma que os níveis encontrados foram ainda assim demasiado baixos.

Foram encontradas "deficiências graves" no cuidado dos idosos, conclui o relatório publicado na semana passada pelos Serviços de Fiscalização do Sistema Social e de Saúde suecos, IVO.

A primeira morte com Covid-19 registou-se a 11 de março, na Suécia. A 24 de novembro 2020, quando estavam contabilizadas 6.555 mortes, as estatísticas mostravam que 2.730 destes falecidos tinham entre 80 e 90 anos.

O caso de Jan Gluckman é paradigmático do que os IVO encontraram uma e outra vez, ao longo de meses de investigação.

Aos 83 anos e a sofrer de demência, foi diagnosticado com Covid-19 a 17 de abril, depois de, dez dias antes, começar a mostrar sintomas gripais e febre.

Uma enfermeira do lar de Berga, em Estocolmo, onde ele se encontrava, contactou então Helen Gluckman, a filha de Jan. Este já não tinha muitos dias de vida e era recomendado colocá-lo sob cuidados paliativos, comunicou a enfermeira. Helen, de 55 anos, anuiu e Jan Gluckman foi colocado sob morfina. Morreu uma semana depois.

Só um mês após o falecimento é que Helen se apercebeu que a ordem de colocação de Jan sob cuidados paliativos foi dada por um médico que nem sequer o observou. O médico tomou a decisão depois de falar ao telefone com uma enfermeira do lar e apesar de Jan estar na altura a mostrar sinais de melhorias.

Helen só concordou com a sedação do pai e o restante tratamento porque "não queria que o pai sofresse". Agora, acredita que ele poderia ter sido salvo, afirmou numa entrevista à agência Reuters, a quem cedeu o relatório médico dos últimos dias de Jan.

Nele, uma enfermeira notou, após dia 17, que o seu paciente estava a comer muito pouco mas que a febre estava a descer e que ele respirava normalmente. Mais tarde nesse mesmo dia uma nova nota refere que um médico prescreveu os cuidados paliativos, com um cocktail habitual previsto para casos terminais, incluindo morfina e um sedativo.Na Suécia, o cuidado pelos mais velhos é da responsabilidade das 21 regiões em que o país se divide. A Região de Estocolmo recusou comentar o caso Gluckman ou a situação geral na capital.

Contactado, o grupo médico Familjelakarna, responsável pelos médicos que servem o lar de Berga, onde Gluckman morreu, recusou comentar casos específicos. E não respondeu a questões sobre a administração de cuidados paliativos a pacientes sem um exame presencial realizado por um médico.

O grupo providencia serviços médicos a 70 casas de repouso e lares de Estocolmo, a capital sueca.
Um "enorme escândalo"

Sakarias Mardh, diretor executivo da Ansvar och Omsorg, responsável pelo lar de Berga, garantiu que ali os cuidados paliativos só são administrados por ordem de um médico. Desde o início da pandemia, esta instituição perdeu 23 pacientes para a pandemia, mas não registou mais nenhum caso desde maio, garantiu Mardh.

Mardh reconheceu que o relatório dos IVO não dá uma boa imagem das autoridades regionais e dos prestadores de cuidados médicos.

"A situação não é boa, obviamente. O relatório dos IVO prova que isto não foi bem gerido", afirmou à Reuters.

"É um enorme escândalo e muito anti-ético", reagiu Yngve Gustafson, professor de cuidados geriátricos na Universidade de Umea, crítico de longa data da forma como a Suécia tratou os mais idosos durante a primeira vaga da pandemia de Covid-19.

O documento dos IVO resulta de meses de investigações aos cuidados em casas de saúde, depois de uma torrente de queixas de familiares e de funcionários. Os IVO sublinharam que nenhuma das regiões assumiu em grau "suficiente" responsabilidades pelo tratamento dado aos pacientes que faleceram com Covid-19."As pessoas não receberam a avaliação individual a que têm legalmente direito e as críticas dos IVO são muito graves", reconheceu o primeiro ministro Stefan Lofven, em conferência de imprensa na semana passada.

A Suécia foi um dos países mais estudados durante a primeira vaga da pandemia devido à leveza das suas restrições, que não incluíram nem confinamento nem o uso de máscara, para avaliar se poderia ser um modelo a seguir de forma a evitar o impacto económico da Covid-19 registado na maioria dos países.

A taxa de óbitos na Suécia é muito mais elevada do que entre os seus vizinhos nórdicos, apesar de inferior a alguns outros países na proporção da população.

O país está a enfrentar uma segunda vaga muito mais severa do que a da primavera e cujo pico só deverá registar-se dentro de duas semanas. O número de mortes aumentou de novo em flecha e o número de pacientes infetados nos lares está aos níveis registados em março, abril e maio.

Nos últimos cinco dias, o país reportou mais 17.629 novos casos de infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2 e 117 óbitos com Covid-19. Desde o início da pandemia a Suécia contabilizou 266.158 casos e 6.972 mortes. A região de Estocolmo tem quase o dobro de casos e de óbitos dos da segunda região mais afetada, de Västra Götaland.

Helen Gluckman visitou Jan duas vezes na última semana de vida deste, já que a lei sueca permite estas visitas em estados terminais. "Em retrospetiva, se eu soubesse na altura o que soube um mês depois, teria dito só por cima do meu cadáver. É incrivelmente trágico", afirmou à Reuters.

O escândalo está a abalar a confiança dos suecos no sistema e a segunda vaga só vem agravar o medo do futuro.

"Não tenho a certeza se aprendemos alguma coisa", disse Helen Gluckman. "Infelizmente, perdi completamente a confiança nos nossos políticos".
https://www.rtp.pt/noticias/mundo/sueci ... 9_n1279928



Face aos números de hoje quanto à mortalidade, o que se vai passar nos EUA infelizmente não será uma surpresa (será muito duro), como tinha colocado aqui dia 29 novembro:
Anthony Fauci prevê "explosão" de casos após Ação de Graças nos EUA

https://www.tsf.pt/mundo/anthony-fauci- ... m=13089642
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