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Re: O adeus do presidente que governou para os mercados

por Caramelo » 4/11/2020 22:30

djovarius Escreveu:Sondagem (vale o que vale) - na vossa opinião qual o próximo dirigente a cair por conta do coronavírus ??

Bolsonaro
A. Costa
P. Sanchéz
Macron
Conti

outros (na vossa opinião)?

O assunto é sério, não estou a brincar. Parece que o assunto covid-19 provoca grande desgaste seja qual for a abordagem do político ao problema.

Abraço


Ui, não seria preferível deixar as sondagens para as empresas credíveis do sector que utilizam critérios de análise científicos, como as dos EUA :twisted:

Se fossem cavar batatas, em vez de fazerem sondagens :-k
 
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Re: O adeus do presidente que governou para os mercados

por MarcoAntonio » 4/11/2020 22:27

Michigan estará seguro e com mais de 1% de diferença.
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2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
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Re: O adeus do presidente que governou para os mercados

por mais_um » 4/11/2020 22:24

A contagem da NC só retoma dia 12 ou 13 de Novembro... não se percebe estas decisões.

Roughly 117,000 outstanding mail-in ballots have yet to be accounted for in North Carolina, and election officials say they won't be reviewed for another week.

On Wednesday, North Carolina State Board Executive Director Karen Brinson Bell said that counties will hold absentee ballot and provisional ballot counting meetings on November 12 and 13, which will account for the remaining outstanding votes in the state.

https://www.newsweek.com/north-carolina ... ay-1544893


Mas considerando a diferença (103k)parece-me que a vitória será do Trump.
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Re: O adeus do presidente que governou para os mercados

por djovarius » 4/11/2020 22:23

Para mim, as eleições estão acabadas, a não ser que surjam provas de algo muito grave.
Tal como em 2000, é bom para os advogados ganharem dinheiro fácil.

Desculpem lá Marco e Ulisses, mas não posso resistir :twisted: :twisted:

Sondagem (vale o que vale) - na vossa opinião qual o próximo dirigente a cair por conta do coronavírus ??

Bolsonaro
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O assunto é sério, não estou a brincar. Parece que o assunto covid-19 provoca grande desgaste seja qual for a abordagem do político ao problema.

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Re: O adeus do presidente que governou para os mercados

por MarcoAntonio » 4/11/2020 22:07

É continuar a contar e deixar a democracia funcionar, por mais que salte a tampa ao Trump.

Se a vitória do Biden for suficientemente clara, não creio que o GOP apoie o Trump numa tentativa de golpada na democracia.


Além disso, se se confirmar na Pensilvânia, o Nevada deixa de ser relevante.
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Re: O adeus do presidente que governou para os mercados

por mais_um » 4/11/2020 22:05

Eu entendo o Trump, foi dormir com vantagem em todos os Estados e quando acorda vê a vantagem a desaparecer...deve estar ao rubro... :twisted:
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Re: O adeus do presidente que governou para os mercados

por mais_um » 4/11/2020 22:03

MarcoAntonio Escreveu:A diferença na Pensilvânia passa para 350k e a reviravolta continua a ser uma possibilidade real (verificar-se-á se o ritmo/proporção dos votos se mantiver como tem sido durante o dia de hoje).


A FOX tem 326K de diferença
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Re: O adeus do presidente que governou para os mercados

por mais_um » 4/11/2020 22:03

Na GA faltam contar 128k e a vantagem do Trump é de 77K.
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Re: O adeus do presidente que governou para os mercados

por MarcoAntonio » 4/11/2020 22:02

A diferença na Pensilvânia passa para 350k e a reviravolta neste estado continua a ser uma possibilidade real (verificar-se-á se o ritmo/proporção dos votos se mantiver como tem sido durante o dia de hoje).

Para contextualizar, ao contrário por exemplo do Ohio (que contou o early voting primeiro e o Biden apareceu na frente no início), a Pensilvânia deixou estes votos para o fim e estão a ser contados hoje (já estavam recebidos ontem e legalmente ainda é possível entrar mais alguns se já tivessem sido metidos no correio, para compensar eventuais atrasos nos serviços postais, que não são culpa dos eleitores).
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Re: O adeus do presidente que governou para os mercados

por MarcoAntonio » 4/11/2020 21:49

djovarius Escreveu:Marco,

Aqui é uma das fontes: https://www.deadlinedetroit.com/article ... e-counting

Mas há mais, vi no twitter no #detroit e também já foi falado noutras redes.



A notícia refere uma série de organizações e manifestações (aparentemente pacíficas) a defender a contagem dos votos e a defesa do resultado. No twitter encontras de tudo, incluindo montes de "false flags".

Voltando à notícia, esta associa os grupos ao movimento Indivisible como se pode ler e não ao movimento Antifa.
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Re: O adeus do presidente que governou para os mercados

por mais_um » 4/11/2020 21:48

O Michigan fica para o Biden, com mais de 1% de vantagem, 60 k votos.
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Re: O adeus do presidente que governou para os mercados

por djovarius » 4/11/2020 21:46

Marco,

Aqui é uma das fontes: https://www.deadlinedetroit.com/article ... e-counting

Mas há mais, vi no twitter no #detroit e também já foi falado noutras redes.
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Re: O adeus do presidente que governou para os mercados

por MarcoAntonio » 4/11/2020 21:37

djovarius Escreveu:Antifa convoca manif para Detroit nas redes sociais


Qual é a fonte disto?
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Re: O adeus do presidente que governou para os mercados

por nunoand99 » 4/11/2020 21:36

Isto vai demorar pelo menos um mês, com as recontagens e as files que já deram, e ainda vão dar entrada.

Importante é que continue sem violência.

O resto é esperar.
 
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Re: O adeus do presidente que governou para os mercados

por djovarius » 4/11/2020 21:31

O grande tema agora são os milhares de votos por correio.

Isto vai andar nos tribunais. :|

A PA vai virar para o Biden e a Georgia por um fio.

Em Detroit, ambiente de tensão na assembleia de voto, todos se queixam de irregularidades.

Antifa convoca manif para Detroit nas redes sociais
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Re: O adeus do presidente que governou para os mercados

por nunoand99 » 4/11/2020 21:30

MarcoAntonio Escreveu:
nunoand99 Escreveu:Bom,

Isto está renhidissimo, e com todo o ar de quem vai ficar 270 Biden - 268 Trump.


Há uma possibilidade real na Pensilvânia (precisa de manter o ritmo de recuperação, o que obviamente não está garantido).


Se ganhar a Pensilvania o Biden deve ficar com bem mais que os 270.

Não estava a contar com a PA para o Biden ahahah

Resta esperar
 
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Re: O adeus do presidente que governou para os mercados

por MarcoAntonio » 4/11/2020 21:23

nunoand99 Escreveu:Bom,

Isto está renhidissimo, e com todo o ar de quem vai ficar 270 Biden - 268 Trump.


Há uma possibilidade real na Pensilvânia (precisa de manter o ritmo de recuperação, o que obviamente não está garantido).
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Re: O adeus do presidente que governou para os mercados

por nunoand99 » 4/11/2020 21:13

Bom,

Isto está renhidissimo, e com todo o ar de quem vai ficar 270 Biden - 268 Trump.

De qualquer forma, ainda vai haver recontagens e deverá demorar pa´ra aí um mês até ter resultado definitivo.

Ao menos não houve violência até agora...

Saudações & Bons Negócios

P.S. Vai falhar o Arizona ao Trump, com esta é que ele não deveria estar à espera.
 
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Re: O adeus do presidente que governou para os mercados

por MarcoAntonio » 4/11/2020 21:04

Se mantiver o ritmo, dá para alcançar o Trump na Pensilvânia (está a recolher cerca de 75% dos votos).

Tudo muito incerto pois não há garantia nenhuma que vá manter este ritmo até ao fim (depende de onde vêm os votos).
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Re: O adeus do presidente que governou para os mercados

por mais_um » 4/11/2020 20:46

E o Trump está a recuperar no Michigan, não chega a 15K votos de diferença.

Edit: voltou a aumentar...está em 32K..enfim, é melhor esperar que acabe a contagem :D
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Re: O adeus do presidente que governou para os mercados

por mais_um » 4/11/2020 20:43

Sobre as sondagens, aproveito para partilhar esta entrevista:
EUA. As sondagens falharam? “Estamos muito longe de poder fazer esse diagnóstico”

A “onda azul” que o Partido Democrata esperava não aconteceu, mas também não era exatamente isso que diziam as sondagens. Por outro lado, há muitos votos por contar em sete Estados decisivos, que podem mudar a perceção das previsões face aos resultados. Sob a sombra de 2016, em que a esperada vitória de Hillary Clinton não aconteceu, as empresas de sondagens enfrentam novo desafio: “que até pode ser positivo” .

A noite eleitoral ficou para trás, mas as eleições à presidência dos Estados Unidos estão longe de ficar fechadas. Só que a ideia de que delas viria uma “onda azul”, uma vitória com estrondo que o Partido Democrata pediu e que algumas sondagens pareciam não desmentir, é agora um sonho desfeito.

Estados como a Florida ou o Ohio, onde havia esperança de uma eleição de Joe Biden, já caíram para Donald Trump. E estados decisivos, como a Pensilvânia ou a Geórgia, apontam agora na mesma direção — o Partido Republicano segue na frente. Mesmo sem anunciar vencedor, e mesmo com margens curtas, a maioria das sondagens dava uma vitória a Joe Biden que, por agora, com sete estados em aberto, não se pode ter por certa. Significa que voltaram a falhar, como em 2016 falharam com Hillary Clinton?

“Estamos muito longe de poder fazer um diagnóstico sobre a magnitude dos erros e ainda mais sobre a causa desses erros”, responde Pedro Magalhães, politólogo e especialista em sondagens ouvido pelo Expresso. Por um lado, porque há uma série de estados com votos por contar — sete, concretamente, Alaska, Carolina do Norte, Geórgia, Michigan, Nevada, Pensilvânia e Wisconsin. Destes sete, por agora Trump lidera cinco, e Biden tem vantagem no Nevada e passou para a frente no Wisconsin. É que os votos por correio, que faltam contar, beneficiam os democratas e podem fazer tombar a balança.

Por outro lado, pondera Pedro Magalhães, “nos Estados que já têm resultados, houve desvios, mas nem todos na mesma direção”. Ao contrário da ideia generalizada de que Trump é subestimado, no Colorado “a vantagem de Biden parece ser maior do que aquela que as sondagens davam”. Estados há com situação oposta: foram para Trump mesmo que os Democratas tivessem esperança neles, como é o caso da Florida. “Mas as sondagens davam praticamente um empate.”

É também por isso que as comparações com a eleição de há quatro anos podem ser precipitadas. “O que parece evidente, ao contrário do que aconteceu em 2016, e apesar de ser uma avaliação provisória, é que as [sondagens] nacionais estavam muito acertadas, e os erros foram nalguns estados, que ainda por cima se revelaram cruciais. Agora [em 2016], essa onda azul nacional é que não se está a verificar.”

A distinção é importante, como é importante perceber a diferença entre sondagens e os cada vez mais populares agregadores, como o FiveThirtyEight, de Nate Silver. “Nós hoje consumimos muitos agregadores, que fazem uma análise sofisticada a lidar com milhares de sondagens. Mas as probabilidades [de vitória que eles dão], por muito sofisticadas que sejam, estão dependentes da qualidade da matéria-prima”, isto é, de cada sondagem. E essa qualidade “este ano volta a ser muito assimétrica”.

A contribuir para a assimetria estão não apenas as características próprias de cada estado como as alterações na forma de conduzir sondagens. A dificuldade de fazê-las presencialmente, e o cada vez menor número de eleitores com telefone fixo, empurram-nas para o questionário online, “que é uma forma de conduzir sondagens que exige um conjunto de pressuposições questionáveis sobre o que é importante na composição da amostra”.

Essa massa de informação recolhida tem um grau de incerteza que os especialistas conhecem, mas que nem sempre é passada para a opinião pública.

No entanto, encarado 2016 como um falhanço, os especialistas procuraram o erro. E encontraram dois: que as sondagens terminaram demasiado cedo e não permitiram perceber a “cavalgada final” de Trump e que há uma ligação entre o grau de escolarização e a predisposição para responder a sondagens — quem menos responde é quem tem menos instrução que é também quem mais votou em Trump.

“Sabemos que houve esforços no sentido de corrigir [os erros] mas, como dizia um dos responsáveis desses agregadores, o risco é de se estar a lutar a última guerra. Isto é, a resolver determinado tipo de problemas sem saber se esses problemas se voltam a verificar nesta [eleição] e quais são os outros”, avisa Pedro Magalhães. Os erros “surgem da realidade”, longe de poder ser prevista. Exemplos? “Os hispânicos estarem mais dispostos a votar em Trump”, os efeitos da pandemia, a quebra da economia, a luta racial, “tudo tem consequências”.

Se Biden perder, os eleitores vão deixar de confiar em sondagens?
As sondagens que foram acompanhando a corrida à Casa Branca em 2016 atribuíam uma vitória a Hillary Clinton que não se verificou. Mas Pedro Magalhães lembra: “Em 2016 fizeram-se imediatamente muitas análises e depois, quando se chegou à contagem final, elas não estavam assim tão erradas”.

Para a história, porém, ficou um falhanço que, a repetir-se agora, pode ter um efeito positivo e outro negativo, considera o especialista. Ao ponto de os eleitores deixarem de acreditar em sondagens? “Acho que o risco existe, especialmente se Biden não ganhar, porque isso vai contra as sondagens que transmitiam, globalmente, que ele estava em posição mais confortável.”

E esse risco é bom “se aumentar o realismo sobre aquilo que uma sondagem permite”. O investigador do Instituto de Ciências Sociais explicita: “os sites [como os agregadores] são tão sofisticados e fazem um trabalho tão importante que se cria uma ilusão de precisão sobre os inquéritos que não é real”.

A desconfiança será prejudicial se “aumentar a desconfiança dos eleitores no exercício”. Forma-se um ciclo vicioso: o eleitor exige mais da sondagem, mas há menos a confiar e a querer participar nela, o que diminui a probabilidade de resultados fiéis à realidade.


Assim sendo, se um eleitor americano perguntasse ‘para que servem as sondagens hoje?’, o que lhe responderia?

— “Responderia o que respondo sempre, para um americano ou para um português: as sondagens são um meio importante para auscultar a opinião pública, perceber o que distingue as pessoas, de acordo com as opiniões, as atitudes, o sexo, a idade, a instrução. É um meio importante para procurar explicações.

É muito mais difícil quando olhamos para elas como um meio de previsão de resultados eleitorais. E a esmagadora maioria das pessoas é isso que faz. Mas as pessoas não são as únicas responsáveis: quem faz sondagens também quer que sejam assim, e a comunicação social também. É um jogo que toda a gente quer jogar.

Em todas as outras atividades da nossa vida, estamos preocupados em prever o futuro, mas sabemos que essas previsões são frágeis. As sondagens não podem deixar de o ser.”

https://expresso.pt/internacional/eleic ... iagnostico
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Re: O adeus do presidente que governou para os mercados

por djovarius » 4/11/2020 20:24

Então, isso é que foi a parte negra da Presidência, o estilo "presidente de clube de futebol".

Agora, muitos perguntam: seria possível ganhar os votos que ganhou com um estilo diferente ??

Pelos vistos, 48% dos eleitores não se importa com isso, daí a grande "divisão" que existe na América.

Já agora, estes resultados estão muito parecidos aos de 2008, quando Obama ganhou. Eram também tempos de crise...

Abraço

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Re: O adeus do presidente que governou para os mercados

por MarcoAntonio » 4/11/2020 20:17

djovarius Escreveu:Claro que já existe, mas não se limita a 2020.

Na América chamam a "grande divisão".


Exacto, já existe e não se limita a 2020 (2020 é só o expoente máximo imediato). Só estás a reforçar o meu argumento.

O Trump em nada contribuiu para acalmar, bem pelo contrário, é por demais evidente que a estratégia dele tem passado precisamente (com retórica, tweets, políticas e decisões várias) por acicatar ainda mais os ânimos. Para o Trump dialogo é coisa que não existe e há a maneira dele ou maneira nenhuma.


Uma derrota do Trump (que é o sal em cima da ferida) é o primeiro passo para a américa começar a sarar.
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Re: O adeus do presidente que governou para os mercados

por BearManBull » 4/11/2020 20:15

MarcoAntonio Escreveu:Djovarius, a agitação social já existe, foi precisamente ao que se assistiu durante o mandato do Trump (e em nada ele contribuiu para acalmar a situação, antes pelo contrário). Onde é que estiveste em 2020?


A agitação social existe sempre que está um governo de direita no poder... Na Catalunha enquanto estava o PP no poder era o fim do mundo e o fascismo, com o PSOE/Podemos no poder está tudo tranquilo sem ter mudado absolutamente nada.



O Trump surgiu pela descrença nas entidades e os democratas não arranjavam candidatos mais consistentes do que Biden? O Trump já lá estava, necessitava de uma resposta à altura, que não existiu. Se o Biden ganha é mesmo porque era impossível perder.
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Re: O adeus do presidente que governou para os mercados

por djovarius » 4/11/2020 20:13

Claro que já existe, mas não se limita a 2020.

Na América chamam a "grande divisão".

Há também uma radicalização que não parece ter remédio. Pelo contrário, com as redes sociais, temos a câmara de eco perfeita para a mesma.

Uma sondagem da Rasmussen já dizia que uma grande quantidade de apoiantes do Trump pensavam que a eleição ia ser roubada.
Curiosamente, apesar de muito menos, o lado oposto também pensava o mesmo.

Ainda hoje não se sabe se o Bush roubou a eleição no ano 2000 - com este sistema de cada Estado organizar o processo à sua maneira haverá sempre alguém a reclamar. Se têm razão ou não, isso é outra história.

Se calhar, o voto on-line a substituir o voto postal e o voto eletrónico nas assembleias de voto em todo o lado será a solução. No Brasil, foi e é um sucesso até hoje. Tal como teriam que ter um cartão de eleitor como nós tínhamos até vir o cartão de cidadão !!

Agora, é triste ver vídeos de ver pessoas a votar sem mostrar nenhum documento, na Califórnia votam pessoas sem autorização de residência, etc... etc...

Agora mesmo surgiram acusações de um maço de votos por correio que deram 100% ao Biden no Michigan. Isto assim dá munição para mais e mais gritaria. Mas parece que ninguém se importa. Nesse aspeto, a Europa é muito melhor em eleições !!

Abraço

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