Bruxelas já não vê “correção forte” nos preços das casas

[Ativo]

Nesta história do aumento de capital da Cofina quem saiu a ganhar, ou menos mal, foram, para variar, os pequenos acionistas que venderam, entretanto, aos galifões de crista, direitos de subscrição de um aumento de capital que não se realiza.

[MarketGodzilla]

Situação vergonhosa, o super gestor da Altri e afins a fazer trapalhada, na minha forma de ver, é claro. O que acontece agora aos direitos? Quem os comprou como fica? Eu por acaso vendi os meus, como fica esta situação? Desde que se começou a ouvir falar na TVI que foi uma destruição do valor da cotação da Cofina, agora com esta machadada, acho muito amadorismo da parte da gestão. É só a minha opinião, nada mais do que isso. Vamos ver como irão ser as coisas daqui para a frente, mas não está fácil continuar acionista da Cofina, perdi a confiança, e tinha bastante neste tão bom gestor que já fez maravilhas por outras cotadas.

[Celsius-reloaded]

Pequenas notas:

Já tinha chamado a atenção para os termos, absurdos, desta operação de aumento de capital.
Mesmo sem a “crise” não fazia o menor sentido para o investidor particular (era treta como se viu que o valor em falta fosse obrigatoriamente garantido pelos institucionais na sua totalidade).
O facto da cotação estar a valor inferior de direito+valor de compra das acções novas era revelador dessa falta de sentido.
Agora não tenho duvidas que o desmoronar desta operação é ruinoso para todas as entidades.
Em comum a todos os intervenientes as man hours de preparação/negociação da operação, seja do staff seja dos big shots. Tempo é dinheiro.
As fees que vão pagar a consultores+assessores+bancos são significativas.
Os direitos que compraram, pura e simplesmente, evaporaram-se, representando perda de 100% do capital que gastaram neles.
Nesta decorrência vem o custo reputacional. Para a gestão da cofina e para o Paulo Fernandes é um atestado de irrelevância não conseguir levar a bom porto esta operação. (Uma espécie de ipo falhada da MC, que até agora a sonae não se conseguiu levantar).
Dos maiores perdedores é mesmo o Mário Ferreira, ao falhar a tomada de posição numa cotada, continua um player pequenino.
Para a média capital é destruidor; Nem vale a pena densificar.
Para finalizar: Foi proveitoso o cancelamento do negócio? Não sei.
Foi sem duvida influenciado pelo covid, pelo que não tendo acesso aos dados deles não consigo responder. Mas que mesmo com o cancelamento foi financeiramente um desastre para todos os envolvidos ai isso foi.
Mas, e vencedores?
Claramente a impresa. Continua neste contexto com a concorrência enfraquecida, agora ainda mais.


P.s.. Gosto imenso das noticias plantadas para tudo isto nao parecer tão mal. Ainda por cima vão do 8 aos 80, ora uma compra a negócio inferior ora a venda sem mais da confina ; A nivel do rigor jornalistico pouco ou nada a dizer.

[Ativo]

A aquisição da Media Capital pela Cofina permitiria à Cofina o crescimento rápido do seu negócio. Não se concretizando tal aquisição faz sentido os acionistas da Cofina encararem a venda da Cofina, tanto mais que são também acionistas controladores de outras duas empresas do PSI 20 e os recursos financeiros são sempre limitados.

[Àlvaro]

Vieira, vender? A quem?! Será altura para vender? Duvido...

[vieirah1976]

O Paulo Fernandes vai vender a Cofina. É uma hipotese avançada pelo ECO.

A outra hipótese é comprar a TVI mais barata ainda.

Ambos os cenários são bons para os accionistas atuais.

[Ativo]

(…) Nesta história quem tirou o tapete a quem? (…)

In ECO Online, hoje:

«Fui surpreendido” com a decisão de Paulo Fernandes, diz Mário Ferreira. Cofina cancela OPA à TVI.

Mário Ferreira seria o segundo maior acionista do grupo Cofina/TVI, foi convidado a entrar no aumento de capital, está "surpreendido" com o fim da operação e remete decisão para Paulo Fernandes.

Mário Ferreira era um dos novos investidores no aumento de capital da Cofina para financiar a aquisição da TVI, operação que foi cancelada esta madrugada. Em declarações ao ECO, o empresário diz-se surpreendido com a decisão, mas remete quaisquer explicações para Paulo Fernandes, o líder da Cofina que estava a liderar a operação.

“Fui convidado para entrar no aumento de capital e agora fui informado de que a operação não se realizaria”, diz Mário Ferreira. Confessa-se surpreendido pela decisão na 25ª hora — até porque as informações disponíveis no mercado apontavam para o sucesso do aumento de capital da Cofina –, mas remete explicações sobre a decisão para Paulo Fernandes. “O engº Paulo Fernandes estava a liderar todo o processo, se decidiu não avançar é porque tem informação relevante, que eu não tenho, que o levou a desistir do negócio”, afirma o empresário.

O que comunicou a Cofina, esta madrugada? Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) a empresa liderada por Paulo Fernandes diz que o negócio da compra da TVI caiu por terra e apresenta duas razões:

1. Não conseguiu completar o aumento de capital destinado a financiar a operação;

2. Dada a “deterioração das condições de mercado” provocada pelo coronavírus, a empresa diz que não é possível o “lançamento de uma oferta particular para colocação das ações sobrantes”.

Outras fontes, contactadas pelo ECO, afirmam que o aumento de capital de 85 milhões de euros estava praticamente concluído, faltando, no último dia do prazo, menos de cinco milhões de euros, que poderiam ser redistribuídas pelos atuais acionistas e por Mário Ferreira, por isso, consideram que a estratégia de Paulo Fernandes será outra: Perante as contas da Media Capital de 2019 — 55 milhões de prejuízos — e as perspetivas de revisão do crescimento económico para 2020 em resultado do coronavírus, Paulo Fernandes poderá estar a preparar-se para comprar a dona da TVI, mais tarde, a um preço inferior àquele que pagaria agora, cerca de 205 milhões de euros (dívida incluída). Ou, em alternativa, terá voltado a admitir sair do negócio da comunicação social, com a venda da Cofina, operação que já esteve em cima da mesa nos últimos anos, por exemplo com um negócio com a Altice, que também caiu na 25ª hora.

Para já, o mercado está a penalizar por esta decisão. A Cofina está a afundar em bolsa. As ações da empresa de media, que foram suspensas de negociação após anunciar o fracasso do aumento de capital que levou à desistência da OPA sobre a dona da TVI, regressaram à negociação a cair mais de 13% na bolsa de Lisboa.».

[Àlvaro]

Sumi, bem sei que a honestidade nem sempre anda de mão dada com os negócios. Um honesto no póker perde que se farta. Portanto não penses que a minha convicção resultou de querer ser bonzinho para a Impresa e mauzinho para a Cofina. Desde o princípio que me limitei a olhar para a racionalidade das coisas. E, claro que não sou bruxo, simplesmente constatei esta coisa simples: um aumento de capital a 45 e a ação está mais de um dia a cotar a 39 e 40? Disse cá para mim: Oh Diabo! E o Diabo veio a caminho do negócio, como seria perfeitamente previs´ivel.

[suminvestido]

E não se esqueçam do empresário dos cruzeiros para quem a vida se complicou bastante. Sumi, os Institucionais afinal... tanta página, tanta página e havia outra.
Ulisses, gosto dessa parte em que uma coisa é uma coisa e simultaneamente o seu contrário. Primeito o aumento era um movimento astuto, agora o seu cancelamento é um movimento astuto. É... porque não recinhecer o erro e considerar que Daniel Oliveira e Balsemão jogaram forte e limparam as fichas?

Ò Alvaro mas estava lá escrito ou não? Menti ? Agora realmente tú deves ter cá uns poderes adivinhatórios, já previas que o AC não se iria realizar
Entretanto a impresa sempre baixou dos 0,18 €

[Ativo]

Neste momento a cotação da Cofina desce 11,55 % e a da Impresa sobe 6,15 %.

[vieirah1976]

Isto foi a melhor coisa que podia ter acontecido à ação da Cofina, uma diluição de 3x seria catastrófica para comprar uma empresa moribunda.

Mas mesmo assim hoje a reação é de venda, embora com pouco volume.

[lfa]

boas

Pode ser uma jogada para degradar mais o valor de compra... aproveitado o problema da pandemia que se instala um pouco por todo o mundo

Mas cuidado... a IURD é um buraco sem fundo de dinheiro e ja mostrou interesse... O poder politico é que pode não gostar. Mas a Prisa pode fazer tábua rasa disso.

cumprimentos

Caro Carlos Sousa,

Não acredito nisso mas peço a todos os santos que a IURD não entre nisso pois será a estocada final na Média Capital.

Abraço

[lfa]

E não se esqueçam do empresário dos cruzeiros para quem a vida se complicou bastante.

Caro Àlvaro,

A situação é melindrosa para a Média Capital e espero que ela não comece a ser retalhada pois os Espanhóis querem sair a todo o custo.

Abraço

[carlosdsousa]

boas

Pode ser uma jogada para degradar mais o valor de compra... aproveitado o problema da pandemia que se instala um pouco por todo o mundo

Mas cuidado... a IURD é um buraco sem fundo de dinheiro e ja mostrou interesse... O poder politico é que pode não gostar. Mas a Prisa pode fazer tábua rasa disso.

cumprimentos

[Àlvaro]

E não se esqueçam do empresário dos cruzeiros para quem a vida se complicou bastante. Sumi, os Institucionais afinal... tanta página, tanta página e havia outra.
Ulisses, gosto dessa parte em que uma coisa é uma coisa e simultaneamente o seu contrário. Primeito o aumento era um movimento astuto, agora o seu cancelamento é um movimento astuto. É... porque não recinhecer o erro e considerar que Daniel Oliveira e Balsemão jogaram forte e limparam as fichas?

[Àlvaro]

Ifa, como bem sabes já tinha falado nisso. Aliás, escrevi-o aqui uma vez e levei logo umas pedradas, portanto agora é esperar que o pau cresça como no negócio dos eucaliptos.

[lfa]

Caríssimos,

Para mim esta situação é uma derrota absoluta para a Cofina.

Depois de tanto barulho prova-se que os tubarões são os primeiros a abandonar o barco.

O Paulo Fernandes sofre uma grande derrota e a Cofina fica reduzida à Cofina que é hoje e no futuro.

A Média Capital vai passar por piores momento ainda e o investimento que é necessário fazer penso que a Prisa não quer nem tem condições para o fazer.

Nesta história quem tirou o tapete a quem?

Não dourem a pílula isto é uma grande derrota para a Cofina.

Abraço

[Optimiza]

Cofina faz abortar a OPA à MediaCapital.

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/media/detalhe/cofina-aborta-compra-da-tvi-apos-nao-concluir-aumento-de-capital?fbclid=IwAR0J33pCC9IPy6s_L67kL4Crb0pLJStOfhGfjR3sQnWvduRJbX2J96wao9w

Creio que os grandes accionistas poderiam viabilizar, se quisessem a operação. Mas, no actual contexto dos mercados, preferiram fazer abortar a operação. O que faz todo o sentido. Mas é uma reviravolta de todo o tamanho. Inesperado mas astuto movimento.

abraço,
Ulisses

Ulisses, em termos de escala, de sinergias e de rentabilidade o projeto de fusão fazia todo o sentido!

Depois de não ter sido autorizada a OPA 2018 da Altice por 2,5 vezes mais cash (560M » 440M para a Prisa por 95%capital+110M passivo+10M para minoritários com 5%capital), depois de negociado um preço de venda em saldos 2019 (devido à perda de share e de receitas), depois de um desconto adicional de 50M por parte da Prisa à Cofina, depois de aprovada a operação pela 3 Autoridades, depois de ter acesso a toda a informação financeira e estratégica, depois e só depois é que abandonam a operação. Onde vai parar o declínio da Media Capital ?

Perspetiva Cofina » Não existindo vontade para avançar (porque capital esse existe de sobra entre o grupo de investidores), para uma reestruturação complexa e para assumir passivo adicional de 110M, o referido AC de 85M e investir largas dezenas de milhões em novas instalações, estúdios e equipamentos, fizeram bem em abortar a operação (mediante esse expediente ou outro qualquer), até porque fragilizaram ainda mais um seu concorrente maior que, paulatinamente, irá perdendo competitividade, share e receitas.

Perspetiva Prisa/Media Capital - Péssima decisão para a Prisa (ética, concorrencial e financeira), não só porque a Media Capital carece de investimentos pesados e sempre adiados, não só porque a sua posição no mercado está a ser destruída trim a trim, não só porque a Media Capital já tinha contratado apresentadores, atores, gestores e técnicos a pensar na futura dinâmica de Grupo (com custos acrescidos), náo só porque em 2019 despediram e despacharam muitos profissionais, e porque a Prisa está numa situação muito complicada, com quase 300M de empréstimos bancários e obrigacionistas a vencer este ano. Terão de alterar o nome para MEDIA desCAPITALizada.

próximo capítulo.jpg (97.98 KiB) Visualizado 8169 vezes

[Goya777]

Mais um exemplo que as coisas que parecem garantidas se podem sempre complicar

[Ulisses Pereira]

Cofina faz abortar a OPA à MediaCapital.

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/media/detalhe/cofina-aborta-compra-da-tvi-apos-nao-concluir-aumento-de-capital?fbclid=IwAR0J33pCC9IPy6s_L67kL4Crb0pLJStOfhGfjR3sQnWvduRJbX2J96wao9w

Creio que os grandes accionistas poderiam viabilizar, se quisessem a operação. Mas, no actual contexto dos mercados, preferiram fazer abortar a operação. O que faz todo o sentido. Mas é uma reviravolta de todo o tamanho. Inesperado mas astuto movimento.

abraço,
Ulisses

[Àlvaro]

Sumi, então se o capital está garantido agora trata-se de fazerem pela vida. Do vírus já se safaram, veremos se conseguem imunidade para outras mazelas que por portas e travessas poderão ainda chegar ao mercado. Com a bolsa portuguesa tão vulnerável não será fácil, há que começar a tomar vitamina C. Mas cuidado com aquela que é "C" de "Chega". É que a coisa está fraquinha, 3,3 nas intenções de voto? É poucochinho.

[suminvestido]

sumi, não li e portanto não estou em condições de dizer que não está lá escrito que os institucionais garantem todo o aumento de capital. Mas que é pouco vulgar, lá isso é.

Vai à página 100, capitulo 7.3.3

7.3.3. Subscrição ou colocação em privado das ações
O Emitente poderá realizar uma oferta particular junto de investidores institucionais
(qualificados nos termos legais), a qual decorrerá nos mesmos termos e condições da
Oferta (exceto no que concerne aqueles que são exclusivamente relativos ao regime
das ofertas públicas – v.g. exigência de prospeto, restrições à modificação da oferta,
revogabilidade das ordens, retirada da oferta, etc.), deverá decorrer no período
compreendido entre a data a partir da qual as ordens na Oferta se tornam irrevogáveis
(i.e. dia 5 de março de 2020, a partir das 15h00m) e a data de apuramento dos
resultados da Oferta (i.e. dia 11 de março de 2020 até às 12h00), para colocar as
Novas Ações eventualmente sobrantes.
Relativamente ao empréstimo (floating rate note facility) a contrair pela Cofina
mediante colocação particular, não se prevê que este venha a ser admitido à
negociação em mercado regulamentado. Para mais detalhe sobre este empréstimo, ver
Capítulo 9.4 do presente Prospeto.

[MarcoAntonio]

Marco, fiquei com a ideia que o sumi supõe que subscreverão todo o montante. É isso que lá está escrito?

Alvaro, o documento é um documento público de 172 páginas.

[Àlvaro]

Marco, fiquei com a ideia que o sumi supõe que subscreverão todo o montante. É isso que lá está escrito?

[MarcoAntonio]

sumi, não li e portanto não estou em condições de dizer que não está lá escrito que os institucionais garantem todo o aumento de capital. Mas que é pouco vulgar, lá isso é.

O prospecto discrimina que entidades se comprometeram a subscrever o Aumento de Capital, em que condições e em que montantes.


O prospecto, para quem não estiver dentro destas coisas, é um documento de suporte ao aumento de capital, de 172 páginas, aprovado pela CMVM.