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Caldeirão da Bolsa

Políticas para Portugal

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: Políticas para Portugal

por MarcoAntonio » 21/2/2020 12:30

lfhm83 Escreveu:Mas isto agora é assim votas num partido chega ao poder e faz aquilo que lhe dá na cabeça sem o ter exposto aos eleitores.

Isso é conceito de ditadura!



Como é que dar um direito ou dar uma liberdade se traduz em ditadura?

Ditadura é impor, ou seja, obrigar a fazer ou impedir de fazer.


lfhm83 Escreveu:Se é ou não uma decisão correcta não impede que seja incoerente com a democracia e isso é extremamente grave!

Para isso acabemos com as eleições, simplesmente montamos uma comuna e já está andamos a perder tempo a votar para que?


Não se acaba com eleições nenhumas, isso é meter tudo no mesmo saco.

A questão é antes que nem tudo pode/deve ser decidido em democracia porque senão, em questões fundamentais, a democracia transforma-se precisamente numa ditadura da maioria. Democracia é também defender/proteger na medida do possível os interesses e os direitos e as liberdades das minorias.

Mas porque nem tudo é para ser referendado, não significa agora que nada é para ser referendado ou sujeito ao voto popular.


Isto não devia causar dúvidas, mas:

~ (tudo) =/= nada

A negação de tudo não é nada, nada é o extremo oposto, porque alguém se opõe ao extremo de colocar tudo a votos não significa que essa mesma pessoa está a dizer ou a sugerir que não vale a pena votar nada. De forma alguma isso equivale a dizer que mais vale acabar com as eleições.




lfhm83 Escreveu:Tens a coragem de dizer isto e achar que a maneira de actuar é correcta? Se até uma pessoa com a tua cultura pensa assim não sei o que pensar honestamente, é deprimente como nos deixamos manipular. Nem sequer sabes o que é proposto realmente e estás a favor só porque ouves o termo eutanásia sem saber bem qual é a abrangência.


Com o devido respeito, parece-me que estás a responder precipitadamente e que não leste com atenção o que eu escrevi. Eu disse que não ouvi todas mas ouvi o suficiente para perceber que na generalidade estavam a defender direitos e liberdades.

Ora, tal como também indiquei, e sublinho porque dado a forma como respondeste, parece-me que não terás notado, para nos defender de eventuais inconstitucionalidades e de outros direitos nossos serem feridos, existem mecanismos (como o Presidente da República e o Tribunal Constitucional).


lfhm83 Escreveu:Se achas que é uma decisão democrática, porque é que o PS não incluiu a proposta no programa de governo?


Eu disse que não era uma questão democrática, está logo no início, e expliquei porquê. Podes discordar da minha posição, naturalmente, mas agora inverter o que eu disse. Espero que não leves a mal mas fico com a impressão que respondeste de forma intempestiva à minha resposta e não leste o que eu realmente disse (e digo isto no melhor dos espíritos, asseguro-te).
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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Re: Políticas para Portugal

por BearManBull » 21/2/2020 12:11

Quem é que falou aqui que em ser a favor ou contra.

Mas isto agora é assim votas num partido chega ao poder e faz aquilo que lhe dá na cabeça sem o ter exposto aos eleitores.

Isso é conceito de ditadura!

Se é ou não uma decisão correcta não impede que seja incoerente com a democracia e isso é extremamente grave!

Para isso acabemos com as eleições, simplesmente montamos uma comuna e já está andamos a perder tempo a votar para que?

Embora não tenha ouvido todas as propostas dos partidos,


Tens a coragem de dizer isto e achar que a maneira de actuar é correcta? Se até uma pessoa com a tua cultura pensa assim não sei o que pensar honestamente, é deprimente como nos deixamos manipular. Nem sequer sabes o que é proposto realmente e estás a favor só porque ouves o termo eutanásia sem saber bem qual é a abrangência.

Se achas que é uma decisão democrática, porque é que o PS não incluiu a proposta no programa de governo?
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Re: Políticas para Portugal

por MarcoAntonio » 21/2/2020 11:43

Não é uma questão de democracia, é uma questão de direitos humanos e liberdades individuais.

Então agora uma pessoa não haveria de ter o direito de acabar com o seu próprio sofrimento por causa das convicções dos outros?


Embora não tenha ouvido todas as propostas dos partidos, do que eu ouvi o enfase estava nas liberdades individuais e precisamente em não impor aos outros como a vida deles deve terminar. Se a lei incorrer nalguma inconstitucionalidade, então, claro, existem mecanismos para o prevenir, nomeadamente o PR e o TC. Sem dúvida que há especificidades que precisam de ser discutidas e bem discutidas. Mas não o princípio geral da eutanásia voluntária, informada e consentida (desde que praticada por quem está disponível para assistir, o que é outra coisa essencial a garantir).

Não deixa também de ser curioso que se use a constituição como argumento para transformar um direito numa obrigação. Ora, a Constituição em lado algum fala em obrigar as pessoas a viver e direitos, todos nós podemos abdicar dos nossos. Pois que se não podemos abdicar, então já não é um direito, passa a ser uma obrigação. Isto é elementar!
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Re: Políticas para Portugal

por BearManBull » 21/2/2020 10:31

Deixar uma nota deste tema ultra polémico e sobre o qual não tenho opinião formada e prefiro nem pensar nisso dada a extrema complexidade de todas os aspectos que envolve.

Este assunto não estava no programa do governo! - MUITO GRAVE.

Aprova-se uma lei deste tipo na assembleia sem a ter no programa do governo é um atentado à democracia. Numa democracia representativa não se pode aprovar algo assim, sem o consentimento explícito do povo seja pela inclusão de uma bandeira no programa de governo ou pelo recurso ao referendo.

Portanto se Marcelo ainda é um democrata legítimo terá de vetar a lei. O governo não está a cumprir com as regras do jogo e diria que se não for o presidente então o próprio constitucional terá de vetar a lei. Para mim isto é claramente anti constitucional.

Eutanásia. Parlamento aprova despenalização da eutanásia
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Re: Políticas para Portugal

por JohnyRobaz » 21/1/2020 1:20

lfhm83 Escreveu:Marco o liberalismo de Fiedman/Hayek é uma forma de organização social. Simplesmente acho absurdo as teorias do rico paga mais e de direitos diferentes para os "pobres" e para os "ricos". Ou pior ainda como é na actualidade em que as leis são diferentes consoante género, orientações ou etnia. São esses mesmíssimos direitos os responsáveis pelas assimetrias que depois se acabam por verificar.

Quanto mais se desenha a lei caso a caso maior a burocracia e maior a injustiça social. Principalmente porque quando muda a conjuntura é muito mais complicado de voltar a adaptar as leis e todos os processos de gestão inerentes.

Mas isto para dizer que ser liberal no sentido americano/francês é ser-se socialista.


A ideia da esquerda mais radical até é que todos recebamos e paguemos o mesmo. 8-)
O que os moderados defendem é que quem tem mais contribua mais e quem tem menos contribua menos. E contribuir para o quê? Para a existência de sistemas sociais cujo acesso por parte da população não deve ser restrita por qualquer factor discriminatório, como a capacidade financeira ou estrato social, étnico ou racial.
Que leis consideras que a esquerda defende e que diferem consoante o género, orientações e etnia? Falas das quotas? Eu sinceramente não acredito nas quotas como forma de equilibrar e dotar a assembleia da república de uma mais real representatividade do povo, prefiro acreditar que nos próprios partidos políticos vão pensar nesse aspecto quando elaborarem as listas dos candidatos a deputados.
Dizes que liberal no sentido americano/francês é ser socialista? Será que Joe Biden ou Bloomberg se consideram socialistas? Será que são? São liberais moderados, democratas moderados. Eu sinceramente não consigo é achar pessoas que não são a favor de um Estado Social liberais, pois rejeitam a verdadeira e real liberdade dos cidadãos em vingar conforme as suas potencialidades, restringidos pela situação de nascença. Isto é ser libertário, e essa é a diferença que tentei focar quando partilhei aquele post.
Eu defendo impostos, mas não defendo que os impostos devem ser os mais altos possíveis. Não me perguntes qual é a carga fiscal que considero ideal, mas nem é a mínima possível, nem a máxima possível. É a que garanta o funcionamento correcto do Estado Social, da Justiça, da Defesa, das Infraestruturas, da Acessibilidade.

Há coisas em que a esquerda não se sabe defender. Por exemplo, na questão da habitação. Eu acho que a habitação é um valor patrimonial como outro qualquer, em que alguém deve pagar pela casa que deseja ou pode. Se não pode viver no centro da cidade, terá que viver nos subúrbios. Aí entra a valorização que eu dou a um sistema de transportes públicos que garanta a acessibilidade a essas pessoas que têm que viver fora da cidade as cujo trabalho é no centro. Ou o caso do acesso à universidade, em que o maior custo para esse acesso é a habitação ao contrário das propinas, porque as universidades em Portugal nunca se lembraram de ter residências com uma oferta para todos ou quase todos os estudantes, como acontece em países como os EUA ou a República Checa. E por exemplo, no caso da propagação dos alojamentos locais pelos centros históricos das cidades, eu sou a favor de uma restrição ao percentual de fogos dedicados a actividades de alojamento, não por questões sociais, mas por uma simples lógica de sustentabilidade turística. Um exagero de alojamentos locais nos centros históricos levaria no longo prazo a uma descaracterização das zonas e a um posterior desinteresse turístico por elas, algo indesejável. É uma questão de criar regras, e deixar o mercado funcionar com base nessas regras.

Enfim, creio que há pano para mangas na discussão sobre o que uma pessoa como eu, que me identifico como liberal moderado, consegue defender, sendo a favor de coisas defendidas em geral pela esquerda liberal, como o Estado Social ou garantias de acessibilidade públicas, políticas que combatam discriminações (não confundir com políticas discriminatórias pró-minorias) e de coisas defendidas em geral pela direita liberal, como políticas que facilitem um maior peso do mercado de capitais aberto para financiamento da economia, que reduzam a burocracia, que tornem o Estado mais leve e simples, que libertem o Estado de áreas onde a sua presença não é necessária para proteger os cidadãos.

Por fim gostaria de trazer o tema da justiça, provavelmente das áreas onde há maior injustiça social no nosso país. Alguém que não seja de classe alta facilmente desiste de um processo sobre o qual acha que tem razão devido aos custos enormes que disputar um processo custa em Portugal em relação aos salários médios. Por exemplo, uma pessoa X (com capacidade financeira alta) coloca um processo numa pessoa Y (com capacidade financeira baixa), no qual exige uma indemnização de Z euros. A pessoa Y, mesmo convencida que tem razão, vai ficar revoltada com a situação porque mesmo que tenha razão indo a tribunal, vai gastar em custas e advogado mais do que Z euros, para além das dores de cabeça e faltas ao trabalho que isso iria implicar. E mesmo assim, apesar de convencida de que tem razão, pode sempre perder ou empatar em tribunal, ou o processo pode arrastar-se aumentando os custos ainda mais. O que acaba por acontecer é que a pessoa Y aceita revoltada pagar a indemnização de Z euros à pessoa X, mesmo tendo razão. Isto é justiça? Como se resolvem este tipo de problemas?
“E assim como sonho, raciocino se quero, porque isso é apenas uma outra espécie de sonho.”, Fernando Pessoa
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Re: Políticas para Portugal

por Opcard33 » 20/1/2020 18:45

MarcoAntonio Escreveu:Opcard33, mas será que tu prestas realmente atenção ao que os outros escrevem? Então o meu post não diz expressamente do que é que estou a falar? E para lá com a conversa estapafúrdia do dono que aqui quem se armou em dono foste tu.


Fica com a bola !
 
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Re: Políticas para Portugal

por MarcoAntonio » 20/1/2020 18:00

Opcard33, mas será que tu prestas realmente atenção ao que os outros escrevem? Então o meu post não diz expressamente do que é que estou a falar? E para lá com a conversa estapafúrdia do dono que aqui quem se armou em dono foste tu.
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Re: Políticas para Portugal

por Opcard33 » 20/1/2020 17:42

MarcoAntonio Escreveu:
Opcard33 Escreveu:Não fui eu , foste tu que apareceste , eu nunca quero nem gosto de jogar com o dono da bola, mas não fujo


Opcard33, eu tenho participado pontualmente neste tópico e hoje interpelei o lfhm83. Era agora o que havia de faltar também quereres determinar onde e quando eu posso participar!

A isso, tu respondeste-me com chinesices descabidas e às páginas tantas, trazes a religião à baila. Como se já não bastasse, ainda por cima queres ditar quem sabe, conhece ou compreende. Ninguém te encomendou semelhante missa. Muito menos eu.

Era tempo de respeitares o que os outros escrevem, em vez de quereres ditar unilateralmente o que pensam e o que são.

Era tempo de pedires desculpa, sim senhor.


Do que tenho defendido como princípio ?

Todos os pensadores após XVIII dão ao homem nas sociedades ocidentais o valor que nos coloca no centro do universo, não é o caso em outras civilizações .

Isto que tenho escrito esta correcto , não imponho nada mas tenho direito a ter opinião ?

Mas quando escrevo Que 2+2 são 4 estou a impor uma alguma coisa o só a verdade francamente tem calma e respeito pelo próximo podes ser dono de muita coisa nunca dos outros .
 
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Re: Políticas para Portugal

por MarcoAntonio » 20/1/2020 17:06

Opcard33 Escreveu:Não fui eu , foste tu que apareceste , eu nunca quero nem gosto de jogar com o dono da bola, mas não fujo


Opcard33, eu tenho participado pontualmente neste tópico e hoje interpelei o lfhm83. Era agora o que havia de faltar também quereres determinar onde e quando eu posso participar!

A isso, tu respondeste-me com chinesices descabidas e às páginas tantas, trazes a religião à baila. Como se já não bastasse, ainda por cima queres ditar quem sabe, conhece ou compreende. Ninguém te encomendou semelhante missa. Muito menos eu.

Era tempo de respeitares o que os outros escrevem, em vez de quereres ditar unilateralmente o que pensam e o que são.

Era tempo de pedires desculpa, sim senhor.
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Re: Políticas para Portugal

por Opcard33 » 20/1/2020 16:59

MarcoAntonio Escreveu:
Opcard33 Escreveu:Como de forma incorrecta retiras frases Soltas , quando o que escrevo tem e ser lido e compreendida no seu todo Repito algo que é reconhecido por quem tem alguma leitura e compreensão (...)


Opcard33, para lá com isso. Estás a levar o debate para terríveis e preocupantes territórios.

Tu não defines quem compreende, quem lê ou quem reconhece o que quer que seja...

E por favor, poupa-nos a homilia.


Não fui eu , foste tu que apareceste , eu nunca quero nem gosto de jogar com o dono da bola, mas não fujo O que tinha escrito é :

“ Um dos resultados mais questionadores e inovadores do iluminismo - século XVIII - foi colocar o homem, o indivíduo, como centro do mundo. “

“Por meio do Humanismo, o homem passou a ser visto como imagem e semelhança do seu criador Deus, tornando-se a medida de todas as coisas. Os humanistas romperam com o Teocentrismo (a ideia de que Deus era o centro de todo o universo e de toda a vida humana[b]) e passou a prevalecer a ideia do Antropocentrismo (o homem no centro do universo e da vida humana).[/b]

Obs: eu quando estou Errado peço desculpa só te engrandecia
 
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Re: Políticas para Portugal

por MarcoAntonio » 20/1/2020 15:57

Opcard33 Escreveu:Como de forma incorrecta retiras frases Soltas , quando o que escrevo tem e ser lido e compreendida no seu todo Repito algo que é reconhecido por quem tem alguma leitura e compreensão (...)


Opcard33, para lá com isso. Estás a levar o debate para terríveis e preocupantes territórios.

Tu não defines quem compreende, quem lê ou quem reconhece o que quer que seja...

E por favor, poupa-nos a homilia.
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Re: Políticas para Portugal

por Opcard33 » 20/1/2020 15:54

Como de forma incorrecta retiras frases Soltas , quando o que escrevo tem e ser lido e compreendida no seu todo Repito algo que é reconhecido por quem tem alguma leitura e compreensão

O Islão não estabelece a distinção que Cristo acentuou quando disse “dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”.

Hoje s cristãos convivaM sem problemas com Estados laicos, o que não acontece no mundo islâmico.

Obs : Em criança o dono da bola determinava quem jogava , o tempo de jogo Ele jogava mal mas tinha razão, espero que não faça mesmo As suas últimas palavras são preocupantes .
 
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Re: Políticas para Portugal

por MarcoAntonio » 20/1/2020 15:20

Opcard33 Escreveu:Dizes que é para crentes de forma totalitária e abusiva


Opcard33, o ónus de prova está do teu lado. A ti é que te compete demostrar que aquilo a que aludes é mais do que uma superstição da idade do bronze. O que é abusivo e totalitário, é dizer que isso é assim quer eu ou quem quer que seja acredite ou deixe de acreditar.


Opcard33 Escreveu:... e desconhecedora . Qualquer debate com gente e conhecedora sendo ateus ou agnósticos reconhecem que há 2 frases bíblicas ( a Bíblia não só para crentes mas para quem quer compreender as sociedades ocidentais )


A Bíblia não tem duas frases, tem mais de 60 livros, 27 só no novo testamento. Não queiras discutir isso comigo, a sério. Eu conheço bastante melhor o que estás a querer trazer para aqui do que estás a presumir e agora é a minha vez de presumir: vou presumir que foste endoutrinado em tenra idade e desculpar a arrogância das tuas palavras.

Vamos ficar por aqui, por favor, Opcard33.
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Re: Políticas para Portugal

por Opcard33 » 20/1/2020 15:12

MarcoAntonio Escreveu:
Opcard33 Escreveu: para crentes ou não crentes estas Palavras “Criou Deus o homem à sua imagem,“ foi a base do que somos , valor determinante para chegar onde estamos


Naturalmente, isto é apenas para crentes. Na minha opinião nada teve de determinante para chegar onde chegamos, poderá ter tido que ver é sobre quanto tardou a chegar onde chegamos.

É pena que o tópico tenha derivado para a crendice e para o autoritarismo de opinião...


Dizes que é para crentes de forma totalitária e abusiva ... e desconhecedora .

Qualquer debate com gente e conhecedora sendo ateus ou agnósticos reconhecem que há 2 frases bíblicas ( a Bíblia não só para crentes mas para quem quer compreender as sociedades ocidentais ) que tudo influenciaram e permitiram a grande diferenciação , não existem no Islão quando o divino se superioriza ao terreno A democracia não é possível nem os diretos do homem quem não entende isto ...
 
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Re: Políticas para Portugal

por BearManBull » 20/1/2020 15:02

Marco o liberalismo de Fiedman/Hayek é uma forma de organização social. Simplesmente acho absurdo as teorias do rico paga mais e de direitos diferentes para os "pobres" e para os "ricos". Ou pior ainda como é na actualidade em que as leis são diferentes consoante género, orientações ou etnia. São esses mesmíssimos direitos os responsáveis pelas assimetrias que depois se acabam por verificar.

Quanto mais se desenha a lei caso a caso maior a burocracia e maior a injustiça social. Principalmente porque quando muda a conjuntura é muito mais complicado de voltar a adaptar as leis e todos os processos de gestão inerentes.

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Re: Políticas para Portugal

por MarcoAntonio » 20/1/2020 14:25

Opcard33 Escreveu: para crentes ou não crentes estas Palavras “Criou Deus o homem à sua imagem,“ foi a base do que somos , valor determinante para chegar onde estamos


Naturalmente, isto é apenas para crentes. Na minha opinião nada teve de determinante para chegar onde chegamos, poderá ter tido que ver é sobre quanto tardou a chegar onde chegamos.

É pena que o tópico tenha derivado para a crendice e para o autoritarismo de opinião...
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2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
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3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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Re: Políticas para Portugal

por Opcard33 » 20/1/2020 14:17

MarcoAntonio Escreveu:Mas qual visão chinesa, mas qual visão ocidental mas quais carapuças?

Opcard, com franqueza, mas para ti qualquer coisa que colida com a tua perspectiva leva logo com Pol Pots e mais não sei quê?

Ninguém ´e o centro do mundo coisa nenhuma a não ser na sua cabeça.



O mundo ocidental é grosso modo, tanto quanto me é dado a ver e na minha opinião, o que melhor o tem posto em prática. Por meio de processos democráticos ou mais ou menos democráticos, que não serão perfeitos, mas que até ver têm obtido os melhores resultados, não tem feito outra coisa que não seja por em prática o que descrevo.


Não entender o2.º grau ... era esse o sentido quando falei de Pol Pot , depois contra-atacar no 1.º grau não é justo .

Na nossa civilização cada um de nós é o centro do mundo , para crentes ou não crentes estas Palavras “Criou Deus o homem à sua imagem,“ foi a base do que somos , valor determinante para chegar onde estamos .

Porque que pensas que tal não é possível no Islão ? La o homem é servo que não foi feito a imagem do seu Deus , por isso a grande dificuldade em impor a democracia e as liberdades .

Isto nada tem a ver com acreditar ou não é a nossa história e a nossa cultura .

Obs: 2.º grau nunca mais .
 
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Re: Políticas para Portugal

por MarcoAntonio » 20/1/2020 13:34

Mas qual visão chinesa, mas qual visão ocidental mas quais carapuças?

Opcard, com franqueza, mas para ti qualquer coisa que colida com a tua perspectiva leva logo com Pol Pots e mais não sei quê?

Ninguém ´e o centro do mundo coisa nenhuma a não ser na sua cabeça.



O mundo ocidental é grosso modo, tanto quanto me é dado a ver e na minha opinião, o que melhor o tem posto em prática. Por meio de processos democráticos ou mais ou menos democráticos, que não serão perfeitos, mas que até ver têm obtido os melhores resultados, é o que melhor tem posto em prática o que descrevo. Da ciência à política, para o mundo ocidental é claro que somos uma espécie social e que o justo e sensato é organizarmo-nos socialmente.
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Re: Políticas para Portugal

por Opcard33 » 20/1/2020 13:22

MarcoAntonio Escreveu:
lfhm83 Escreveu:Portanto para mim só existe um tipo de liberal, aquele que zela pela liberdade completa dos indivíduos tomarem as suas próprias decisões, desde que as suas acções não tenham um impacto negativo nos demais.


Isso virtualmente não existe, a não ser, claro, para quem se isole num qualquer canto do mundo, longe de tudo, longe da civilização. A humanidade é uma espécie social...

A questão é meramente o quanto afecta os outros e o quanto consideramos aceitável afectar. Em suma, como decidimos organizarmo-nos socialmente.

Por muito que custe, o mais sensato será decidi-lo entre todos. Porque um indíviduo não é uma ilha. Isto, enfim, é um facto incontornável...


Será uma visão chinesa do homem ,e não ocidental , eu sou o centro do mundo cada um de nós é o centro do mundo no ocidente
 
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Re: Políticas para Portugal

por MarcoAntonio » 20/1/2020 13:06

lfhm83 Escreveu:Portanto para mim só existe um tipo de liberal, aquele que zela pela liberdade completa dos indivíduos tomarem as suas próprias decisões, desde que as suas acções não tenham um impacto negativo nos demais.


Isso virtualmente não existe, a não ser, claro, para quem se isole num qualquer canto do mundo, longe de tudo, longe da civilização. A humanidade é uma espécie social...

A questão é meramente o quanto afecta os outros e o quanto consideramos aceitável afectar. Em suma, como decidimos organizarmo-nos socialmente.

Por muito que custe, o mais sensato será decidi-lo entre todos. Porque um indíviduo não é uma ilha. Isto, enfim, é um facto incontornável...
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Re: Políticas para Portugal

por Opcard33 » 20/1/2020 12:43

Gostei do último parágrafo do Ifhm83 , fez me lembrar um livro que É um monumento , escrito em 1944 por Friedrich Hayek que foi Nobel da economia em 1974

“O Caminho para a Servidão“
 
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Re: Políticas para Portugal

por BearManBull » 20/1/2020 12:04

Já quanto a distinções entre liberal e libertário entendo o contexto mas para mim em termos de conceptuais autodenominar-se liberal e ser a favor de maior carga fiscal é um paradoxo. Aliás como quase tudo que vem da esquerda, acabamos sempre com inconsistências, vulgo hipocrisia.

No fundo não se pode denominar de liberal alguém só porque é a favor da lei do aborto e depois é a favor de maiores controlos de capital, seja por exemplo por taxas sobre riqueza.

Enfim a esquerda sempre foi manter no marketing e mesmo os comunistas sempre assumiram com libertadores e liberais.
Nos USA sabem que associar-se com palavra socialismo seria suicido político e então inventaram de auto intitular-se de liberais, mas no fundo não passam de socialistas vestidos de azul.


Portanto para mim só existe um tipo de liberal, aquele que zela pela liberdade completa dos indivíduos tomarem as suas próprias decisões, desde que as suas acções não tenham um impacto negativo nos demais. Portanto o primeiro grande princípio liberal é que a lei é igual para todos, como tal qualquer discriminação por credos, etnias e situação económica cai imediatamente fora do foro liberal e já é socialismo/conservadorismo.
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Re: Políticas para Portugal

por BearManBull » 20/1/2020 1:22

Bom texto, muito moderado e equilibrado,

Um estado social como o que defendes parece-me perfeitamente aceitável, embora acredite que seria mais proveitoso um estado social muito mais reduzido. Há muitas competências que podiam ser transferidas para o sistema privado com um estado a delegar muitas destas funções para seguradoras. A questão aqui seria regular de uma forma que se pode-se conciliar o lucro com o serviço social, no fundo seria restringir o lucro e obrigar a cumprir com os direitos dos cidadãos. Volto a referir o modelo Suíço como exemplo a seguir por exemplo na educação.

Na minha opinião não haveria grande problema se o estado social se restringe-se ao que referes no teu texto, saúde, educação, justiça e segurança mas na realidade em Portugal isso perfaz tão só uns 40% do orçamento de estado. O resto do dinheiro ninguém sabe ao certo o que lhe acontece. Não contentes agora querem inventar o estado planetário em que devemos taxar para cuidar do planeta, claro em quem mais por o dinheiro senão no estado para termos um planeta melhor! Não tivessem todas as guerras da humanidade sido iniciadas pelos estados, grande parte por estadistas com ideias gloriosas e progressistas pelo "greater good".

O sucesso nórdico resulta da grande aposta num sistema educacional dos melhores do mundo que claro acabou por dar frutos com algumas das empresas mais inovadoras do planeta. Ao mesmo tempo os nórdicos também têm facilidade de acessos a recursos energéticos e são muito capitalistas com um mercado ultra liberal paras as pessoas colectivas e com poucas taxas. Além disso têm uma boa constituição e desfrutam de níveis de corrupção de sonho.
Mas mesmo o paraíso está actualmente em apuros, com a economia estagnada o estado social no longo prazo acaba por se relevar.
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Re: Políticas para Portugal

por Opcard33 » 19/1/2020 22:31

Tudo na Suécia foi ao contrário do que é dito por muitos, ou ignoram ou estão de má-fé .

Foi o país mais liberal da história da humanidade ( vejam a data da fundação de dezenas de empresas de grande dimensão espantoso como um país de pouco população teve das maiores empresas do mundo foi por dar total liberdade ao capital )

Com essas política ultraliberal ( Em 1950, a Suécia era o mais ricos do mundo. O total de impostos representavam 19% do PIB – mais baixo que o dos Estados Unidos e outros países europeus. )ficaram escandalosamente ricos .

Foi o único país que votou no seu Parlamento para receber imigrantes pobres para gastar dinheiro, o estado social chega depois de serem ultraricos
( ao contrário de Portugal ).

Os socialistas pensavam que o dinheiro nunca acabava (durou 30 e poucos anos) e foram à falência nos anos 90 .

Hoje tem a pensão por “ pontos “ ( em França é a guerra e é uma pequena amostra da pensão por pontos ) os pais escolhem a escola para os filhos algum valores liberais voltaram. .



Aqui deixo os princípios que tornam a Suécia podre de rica ,depois da fome :

“Todo indivíduo espontaneamente tenta achar o lugar e o comércio no qual ele melhor incrementa o Ganho Nacional, se as leis não o impedirem de fazer isso.

Todo homem busca seu próprio ganho. Essa inclinação é tão natural e necessária que todas as comunidades do mundo são fundadas nesse princípio. De outra forma, leis, punição e recompensa não existiriam e a humanidade logo pereceria junta. O trabalho que tem o maior valor é sempre a mais bem pago, e o que é mais pago é o mais desejado.

Esse conceito do Ganho Nacional, embora pareça rígido para as nossas novas empresas, é, mesmo assim, simples e fácil por si só.

Isso dá liberdade para todas as trocas legais, mas sem prejudicar os outros. Isso protege os empreendimentos dos mais pobres, encoraja a dedicação e o livre comércio.

Considera todos nas mesmas escalas, e ganho é a medida certa que mostra quem deveria ter a preferência.

Isso livra o governo de milhares de preocupações nada fáceis, estatutos e supervisões, quando os ganhos privados e nacionais tornam-se um só interesse, e o egoísta prejudicial, que sempre tenta se cobrir em baixo dos estatutos, pode ser, certamente, controlado pela competição mútua.

Isso permite a um sueco exercer o maior e mais prezado direito que a Natureza do Todo-Poderoso deu-lhe, como apoiar a si mesmo no suor de sua testa da forma que ele achar ser a melhor.

Isso tira toda a preguiça dos ombros daqueles que, graças a seus privilégios, podem agora dormir dois terços de seu tempo de forma segura.

Todos os expedientes para viver sem trabalhar serão removidos e nada, senão os diligentes, poderão viver bem.

Isso gera uma desejável redução nas ações judiciais. Os inúmeros estatutos, suas explicações, exceções e aplicações, as quais limitam o comércio de uma forma ou outra, serão então desnecessárias e silenciadas, e quando a lei for anulada, sua quebra não significará nada. “
 
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Re: Políticas para Portugal

por JohnyRobaz » 19/1/2020 13:56

lfhm83 Escreveu:
JohnyRobaz Escreveu:2º, eu não sou comunista, defendo o capitalismo. Há é várias formas de este existir, com mais ou menos Estado Social.


Qual estado social? Onde é que isso existe? O SNS a morrer e pensões de 500 euros para quem descontou mais de 40 anos? Idade de reforma a prestes subir para os 67?
Infelizmente o estado social não é mais do que uma farsa para alimentar um exército de burocratas, estadistas e sócios do sistema.

Na França as consequências estão à vista. O estado social acaba quando acaba o dinheiro. Não conheço bem o partido da Le Pen para saber se realmente é extrema-direita ou anti sistema, mas se é realmente o primeiro cuidado com o resultado da fantochada do estado social que consome mais 50% da riqueza produzida num país. Na união soviética comunista o estado devia controlar uns 70%-80% da economia, qual é diferença de uma união soviética ou de uma França que o estado continue a crescer para controlar 70% da economia?

O que é o liberalismo? É liberdade individual consagrada acima de todas as coisas numa constituição. Seria a liberdade de impostos e de todas as obrigações que não prejudiquem os demais.


lfhm83, primeiro que tudo, o artigo é abstracto, não fala em nenhum Estado Social em específico, mas sim no conceito de libertarianismo. Se és libertário, argumenta sff porque é que achas que essa ideologia é melhor e não pior para a população em geral.

O Estado Social é o que tens nos países nórdicos! Sim, aqueles países com economias fortes, liberais, e com qualidade de vida excecional excepto o facto de não terem tanto sol como nós e ser um bocado frio de mais para o meu gosto. E mesmo o nosso SNS, falam muito e há muitos problemas, sem dúvida, mas comparem o nosso SNS com outros serviços nacionais de saúde por esse mundo fora, em países supostamente mais desenvolvidos que o nosso, e vão ficar surpreendidos. E se é um problema ter o SNS a morrer é porque valorizam o Estado Social. Em França o pessoal pode reformar-se aos 62 anos ou antes, muito mais cedo que cá, não é propriamente um Estado Social a falhar. E por cá, obviamente o Sistema de Reformas tem que ser revisto de forma a evitar casos chocantes de burocratas a ganhar reformas absurdas sem merecerem, e que tenha em conta a evolução demográfica e os descontos reais das pessoas.

Para deixar claro, não considero o sistema de pensões propriamente algo estruturante no Estado Social, apesar de achar que deve sempre haver uma contribuição mínima para uma segurança social de forma a apoiar aqueles que por desgraças da vida não possam trabalhar como os demais.

O Estado Social é basicamente, para além desse fundo de apoio social, um sistema público forte de educação e de saúde pública. Isto é aquilo que eu acho essencial que o Estado provenha para que o mérito possa ser uma realidade. E atenção, não é estritamente necessário que sejam fornecidos com gestão pública, podem ser concessões a privados, pelo menos na saúde, onde já vimos que pode resultar bem. Nas escolas tenho mais dúvidas, principalmente se for a gestão a decidir quem pode ou não aprender nessa escola. O essencial é que independentemente das condições sócio-económicas das pessoas, estas tenham direito a um mínimo de condições de vida e de ferramentas para poder construir a sua vida com dignidade.

Portanto, para além do que chamo Estado Social, penso que é unanime da esquerda à direita que o Estado seja responsável por outras coisas essenciais como a segurança pública, o exército. Eu incluiria também as infraestruturas, mesmo que possam ter gestão pública ou privada por concessão (estradas, caminhos de ferro, aeroportos, portos, postes de electricidade, redes de águas e saneamento, etc.).

Uma pessoa que se vá inclinando mais para a esquerda pode achar necessárias outras coisas como parte do Estado, tal como transportes públicos, banco público, rede de rádio e televisão públicas, correios públicos, companhia aérea pública, produtora de energia pública, etc. até chegarmos à ideologia comunista em que toda a economia deve ser do Estado ou estar sob a sua alçada. Mas isto não é o Estado Social.

Estado Social são aquelas coisas essenciais que referi no início e que quanto a mim marcam a diferença entre um liberal e um libertário.
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