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Caldeirão da Bolsa

Efeito Trump

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: Efeito Trump

por MarcoAntonio » 6/2/2020 0:45

O outro "gaijo" é o Vice-Presidente dos Estados Unidos da América, Mike Pence, a segunda figura da administração Trump.

:wink:
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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Re: Efeito Trump

por BearManBull » 6/2/2020 0:29

Estou com o activo. Era o mesmo que o Ferro rasgar o discurso do Marcelo na assembleia. Imagina a imagem...

Nas imagens foi subtil o Trump entrega o discurso a um homem e depois à Pelosi. Não cumprimentou nem um nem outro, embora o outro gaijo no fim o tenha aplaudido de pé.

Não percebo tanto contra o Trump, no geral a administração Trump deve ser a menos sangrenta da história recente dos USA. Há muitos aspectos que peca muito pela arrogância mas cresceu muitíssimo de que assumiu as rédeas.

O meu grande senão foi o ataque à independência do FED e não redução da dívida, se bem que está mais ou menos como a portuguesa a lateralizar.
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Re: Efeito Trump

por Ativo » 6/2/2020 0:14

ativo Escreveu:Não é só ela ficar mal na fotografia. O ato da presidente da Câmara dos representantes dos EUA é indigno da própria e da Câmara legislativa a que preside e desrespeita a presidência dos EUA e a Câmara dos Representantes dos EUA.

As instituições para serem respeitadas têm que se dar ao respeito.

Um mau serviço prestado à Democracia!

JohnyRobaz Escreveu:Eu fico mesmo espantado com estas coisas. Quer dizer, o Trump passa a vida a mentir, inclusive neste próprio discurso, insulta toda a gente da forma mais gratuita, principalmente a própria Nancy Pelosi, com um autêntico vocabulário de tasca, rejeita cumprimentá-la com a maior falta de educação que existe e vejo aqui escandalizados com o facto de Nancy Pelosi ter dado um sinal de desprezo em relação a um discurso guerrilheiro, mentiroso e propagandista. Poupem-me.

Eu também fico espantado com certas coisas. Uma coisa é Trump não ter estendido a mão a Nancy Pelosi para a cumprimentar antes de proferir o discurso do Estado da União, trata-se de um cumprimento pessoal. Outra coisa, muito diferente, foi o comportamento, posterior, de Nancy Pelosi, num evento, eminentemente institucional, como é o discurso do Estado da União do Presidente dos EUA perante a Câmara dos Representantes dos EUA. Uma coisa é a dimensão pessoal, outra coisa é a dimensão institucional!!! Num evento com enorme carga institucional, como é o discurso do Estado da União do Presidente dos EUA perante a Câmara dos Representantes dos EUA, quem preside ao evento, Nancy Pelosi, e quem não preside, não pode, como fez Nancy Pelosi, rasgar ostensivamente as folhas com o discurso, que foi, afinal, a razão de ser do evento. Em ocasiões solenes, institucionais, não cabem comportamentos como o de Nancy Pelosi. Pelo menos, nessas ocasiões, as pessoas que desempenham certos cargos, devem estar à altura dos mesmos, sob pena de desacreditarem as instituições. Não vale tudo!!! Também digo: poupem-me!!!
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Re: Efeito Trump

por Pata-Hari » 5/2/2020 23:19

Trump absolvido no processo de impeachment. Mais um boost de mercado.
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Re: Efeito Trump

por JohnyRobaz » 5/2/2020 22:53

Eu fico mesmo espantado com estas coisas. Quer dizer, o Trump passa a vida a mentir, inclusive neste próprio discurso, insulta toda a gente da forma mais gratuita, principalmente a própria Nancy Pelosi, com um autêntico vocabulário de tasca, rejeita cumprimentá-la com a maior falta de educação que existe e vejo aqui escandalizados com o facto de Nancy Pelosi ter dado um sinal de desprezo em relação a um discurso guerrilheiro, mentiroso e propagandista. Poupem-me.
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Re: Efeito Trump

por Ativo » 5/2/2020 14:09

Não é só ela ficar mal na fotografia. O ato da presidente da Câmara dos representantes dos EUA é indigno da própria e da Câmara legislativa a que preside e desrespeita a presidência dos EUA e a Câmara dos Representantes dos EUA.

As instituições para serem respeitadas têm que se dar ao respeito.

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Re: Efeito Trump

por BearManBull » 5/2/2020 10:59

Exacto Primvs o Trump enervou-a e agora o que fica para a história é a perda de controlo da Nancy a rasgar o documento. Fica muito muito mal na fotografia...
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Re: Efeito Trump

por Primvs » 5/2/2020 10:35

lfhm83 Escreveu:Nancy Pelosi rasga discurso de Donald Trump após Estado da União

"If they are angry, disturb them" - Sun Tzu


Nao vi, mas disseram-me que quando ele chegou a Nancy estava de mao estendida para o cumprimentar e ele nao retribuiu o gesto e deixou-a de mao no ar
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Re: Efeito Trump

por BearManBull » 5/2/2020 10:13

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Re: Efeito Trump

por Marco Martins » 7/1/2020 10:54

Creio que o maior problema existente, não serão os acordos nucleares, mas sim a vontade de revolta e vingança e isso, sim, mais tarde ou mais cedo poderá provocar outro "11 de Setembro" ou algo bem pior.

Enquanto não houver um respeito pelas leis de cada país ou pelas crenças religiosas, e houver sanções constantes que impedem o crescimento de um país, então é complicado haver uma paz duradora...

Até haver paz no médio oriente, ainda haverão muitos conflitos. E quanto mais cedo o petróleo deixar de ser algo importante na economia mundial, mais depressa aqueles povos não terão nada a perder para fazer valer o seu ódio e sede de vingança.
 
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Re: Efeito Trump

por Ativo » 7/1/2020 10:25

Como se sabe, os EUA tinham-se desligado do acordo nuclear que juntamente com alguns países da União Europeia e a Rússia tinham firmado com o Irão. Os outros países signatários desse acordo tinham reiterado a pretensão de manter o acordo feito. Esse acordo estava, portanto, mais ou menos moribundo. Entretanto, com a morte do general Soleimani, Trump conseguiu rebentar com o que restava desse acordo, pois o Irão já declarou o seu desligamento desse acordo ...
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Re: Efeito Trump

por MarcoAntonio » 22/12/2019 16:54

Tendo a concordar com o que dizes, mas parece-me óbvio também que o fenómeno vai bem para lá disso, tanto mais que a solidez a que me refiro não se explica apenas pelo apoio "incondicional" que obtém de uns mas também pela oposição sistemática que tem de outros (que, com base quer na eleição quer nas polls, são tantos ou mais). A níveis que não são nada normais na democracia americana (ver imagem anexa).



Penso que tem que ver em larga medida com um fenómeno que explodiu essencialmente na última década, o facto de tendermos a ser sujeitos aos chamados filtros que fazem com que vivamos em bolhas culturais e ideológicas num grau eventualmente sem precedente na nossa história, agravado pela utilização arquitectada desses filtros (frequentemente governados inocentemente por algoritmos de inteligência artificial) para canalizar fake news e criar as chamadas echo chambers (camaras de eco, numa tradução literal).


Assumindo desde já que a democracia contemporânea nunca foi perfeita nem pouco mais ou menos, estes fenómenos colocam em causa a meu ver a democracia como a entendemos (ou pelo menos a visão naive do que é viver em democracia). As escolhas não são dos individuos, as escolhas são feitas em grande medida por algoritmos que determinam o que o individuo quer escolher, criando (com a utilização activa desses filtros) ciclos viciosos de onde (aparentemente) é extraordinariamente difícil sair.
Anexos
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Re: Efeito Trump

por Ativo » 22/12/2019 15:49

MarcoAntonio Escreveu:Nada que o Trump faça parece afectar significativamente a opinião pública, pelo menos baseado nas polls.

A gallup poll para o Trump é a mais estável para todos os presidentes americanos pelo menos desde Franklin Roosevelt por uma margem significativa!...

Penso que tal é muito devido, não só à concordância de muita gente com as posições políticas de Trump, mas também ao facto de muitas pessoas se identificarem com Trump, por ele, ao contrário de muitos outros políticos, não estar tão preocupado com aparentar ser a pessoa que não é e com a defesa do que é supostamente politicamente correto. Isto faz com que muitas pessoas (até sem grande adesão às suas posições políticas) "veja" Trump como um político mais "autêntico" (com mais autenticidade), se identifique, por essa razão, com ele, e o considere como um dos "delas".
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Re: Efeito Trump

por MarcoAntonio » 22/12/2019 3:33

Nada que o Trump faça parece afectar significativamente a opinião pública, pelo menos baseado nas polls.

A gallup poll para o Trump é a mais estável para todos os presidentes americanos pelo menos desde Franklin Roosevelt por uma margem significativa!...
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
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Re: Efeito Trump

por JohnyRobaz » 22/12/2019 2:53

ativo Escreveu:Um artigo, interessante, de José Couto Nogueira, em SAPO24, hoje:

«O processo de destituição de Donald Trump é um exemplo assustador do sistema democrático.

A democracia parlamentar, que é a base do nosso sistema político, impercetivelmente, sem que víssemos a situação chegar, abandonou o seu pressuposto básico: o país primeiro, os partidos depois.

A ideia dos sistemas parlamentares é que os representantes do povo se reúnem para defender os interesses do país e que os partidos representam apenas opiniões diferentes do como esses interesses devem ser defendidos. Ou seja, discordam sobre as soluções, mas concordam com o interesse comum.

Ora, ultimamente, vemos cada vez mais exemplos de que os representantes do povo não o ouvem nem representam, envolvidos em interesses vários, que se podem resumir no imperativo de manter o poder.

Esta situação está a acontecer de várias maneiras. Por exemplo, nos países que elegem os parlamentares pelo sistema de listas (corrigido pelo método de Hondt), os deputados, ou representantes, conforme s nomenclatura do país, sendo escolhidos pelos partidos, só aos interesses dos partidos obedecem. O eleitor, depois de os colocar lá, não tem poder de supervisão.

Nos sistemas uninominais, em que cada deputado é escolhido pelos eleitores de um círculo, ainda assim os eleitores escolhem pelo partido a que pertence, e acaba por não ser assim tão diferente.

Estas generalidades sobre o dilema em que nos encontramos (nós, outros europeus, sul e norte americanos e outros países sortidos por esse mundo) vêm a propósito duma situação muita concreta que põe em causa a questão do interesse nacional: o processo de destituição ('impeachment') de Donald Trump, 45º Presidente dos Estados Unidos e “o homem mais poderoso do mundo”, que faz ferver o sangue até em Portugal (a avaliar pelos comentários nestas colunas de opinião).

Não nos prendamos às peripécias da história, que está no noticiário diário, aqui e na Rússia (em tons diferentes, com certeza). O que gostávamos de salientar, é a forma como a fidelidade partidária se tornou tão aceitável, e tão mais importante do que o interesse nacional, que na verdade, o “interesse nacional” é apenas um sound bite que serve a realidade partidária. Se isto não é um suicídio do parlamentarismo, é pelo menos um coma induzido. Faz pensar, num arrepio que desce pela espinha abaixo, se o sistema chinês (totalitarismo político a troco de abundância económica), tão orgulhoso da sua verdade e em tão franca expansão, não será o futuro que nos espera.

Adiante. Concentremo-nos no caso em apreço, os Estados Unidos, onde decorre a tentativa de destituição dum autocrata por um processo parlamentar.

Estamos perante dois mundos paralelos: a partir das mesmas provas, os democratas que dizem que o presidente é um criminoso, e os republicanos que consideram que não aconteceu nada, tratando-se de uma mera obsessão dos seus opositores. Nas palavras dum comentador republicano: “Desde que Trump foi eleito que os democratas tentam contrariar o que foi a vontade do povo.” (Deixemos para lá que, devido ao sistema eleitoral norte-americano, Trump ganhou com menos votos populares do que Hillary Clinton.)

Parecem dois filmes diferentes, ou o mesmo filme representado por atores antagónicos.

O processo vai agora ser julgado pelo Senado. Julgado, quer dizer, um julgamento judicial, com os procedimentos de qualquer julgamento: ouvem-se as testemunhas, esmiuçam-se as provas, os advogados defendem as suas partes e finalmente chega-se a um veredicto. Ou seja, até o julgamento terminar, é suposto que os jurados não tenham decidido se o acusado é culpado ou inocente.

Ora bem, ainda o processo não tinha entrado formalmente no Senado, já dois senadores declaravam clara e abertamente que o acusado está inocente. Disseram que não interessa o julgamento, já decidiram de antemão. Se isto não é contrário às mais elementares bases do estado de Direito, então o título “estado de Direito” é uma figura de estilo.

Mitch McConnell,o líder dos republicanos no Senado e um dos membros do júri, afirmou com todas as letras que está em “coordenação” permanente com os advogados de defesa do presidente. Lindsey Graham, outro jurado/senador, afirmou publicamente que não precisa de seguir os procedimentos, já decidiu a favor do julgado. Se fossem jurados num processo criminal normal, seriam imediatamente afastados.

Chuck Schumer, o líder da minoria democrata no Senado, pediu (é o termo) para que fossem ouvidas certas testemunhas. McConnell recusou; para quê mais testemunhas, se a decisão está tomada?

Esta partidarite fica mais notória quando se compara este processo de demissão com o de Richard Nixon. Nessa altura, em 1974, foram os próprios republicanos que disseram a Nixon que as provas eram irrefutáveis. Consideraram que o interesse nacional estava acima do interesse partidário. Nixon demitiu-se, porque o seu partido não estava disposto a aviltar o sistema para o salvar, sendo a demissão inevitável.

A diferença, em 45 anos, é de gelar o sangue nas veias. Mas há outra diferença ainda mais aterradora: em 1974, a opinião do eleitorado mudou radicalmente quando as provas contra Nixon se tornaram públicas. Em 2019, a opinião do eleitorado não mudou com a publicação dos factos. Ou seja, os factos deixaram de interessar. O que interessa é a fidelidade a Trump, que nenhuma evidência pode alterar. Porque, e esse é o fundo da situação, o eleitorado deixou de acreditar na capacidade do sistema de apresentar a verdade dos factos. Ou, sucintamente, não acredita nos órgãos de governação.

Trump tinha razão quando disse que podia matar uma pessoa no meio da rua, à luz do dia, que nada lhe aconteceria. Ele intuiu, ainda nós não tínhamos percebido, que a opinião do cidadão é totalmente manipulável.

No caso norte-americano, esta mudança radical de comportamento do legislativo é creditada a uma figura de que não se fala muito hoje, o representante Newt Gingrich (entre 1989 e 1999). O seu animal preferido era o crocodilo, “que nunca mudou em 90 milhões de anos”, o que dava razão ao seu credo: “Se estamos certos, nunca devemos mudar.” O mundo animal, disse ele, “é o mundo da competição, a todos os níveis”.

No mundo da política, igual ao da natureza, a competição, ou melhor, a vitória, é o único valor.

Depois de se retirar da Câmara dos Representantes, que transformou num campo de batalha sem limites, Gingrich tornou-se um aliado discreto de Trump (nunca aceitou lugares públicos) e passa o tempo a escrever, dar conferências e opinar na Fox News.

Poucas personalidades na história moderna fizeram tanto para preparar o clima que viria a tornar Trump possível. Durante a década em que dominou o Congresso, criou um novo estilo de combate político em que vale tudo – insultos, teorias da conspiração, obstrucionismo estratégico – que mudaram o parlamentarismo norte-americano para sempre. Como diz McKay Coppins num artigo do “The Atlantic” que é imprescindível ler, “a carreira de Gingrich pode ser melhor compreendida como um esforço de retirar à política do país as marcas de civilidade que tinha desenvolvido para voltar à essência mais primária”.

Trump não será destituído, todos sabemos, o próprio, os amigos e os inimigos. O que estamos a ver nos Estados Unidos da América é uma versão específica do desequilíbrio dos três poderes, tão essencial à democracia parlamentar. Outros exemplos podem ver-se, ao vivo e a cores, em países tão distintos como o Reino Unido, a Hungria ou o Iraque.

Desde 1775 (a primeira Constituição dos tempos modernos) até há poucos anos, sucederam-se as tentativas de aperfeiçoamento do sistema para que fizesse melhor aquilo a que se propunha: representar o povo e servir os seus interesses. Mesmo os ditadores mais descarados fingiam que tinham apoio democrático e limitavam-se a manipular o sistema. Não mais. Já não é preciso fingir. É preciso encontrar outras formas de eleger e representar, se queremos salvar essa má ideia, que é a melhor de todas: a Democracia.».



Excelente texto.

É interessante e aterrador a comparação que começo a fazer: os ditadores de países mais subdesenvolvidos promovem a sub-educação para propagarem a ignorância e ao mesmo tempo, controlarem o povo com a força. O que começamos a ver nas democracias ocidentais é, de forma caricata, o povo a promover a sua própria ignorância por vontade própria. E com isto, focam-se não numa ideia que querem defender, não em valores, mas sim num líder que tencionam defender contra tudo e contra todos, contra factos e contra a realidade. Nem é preciso a força.
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Re: Efeito Trump

por Ativo » 20/12/2019 23:01

Um artigo, interessante, de José Couto Nogueira, em SAPO24, hoje:

«O processo de destituição de Donald Trump é um exemplo assustador do sistema democrático.

A democracia parlamentar, que é a base do nosso sistema político, impercetivelmente, sem que víssemos a situação chegar, abandonou o seu pressuposto básico: o país primeiro, os partidos depois.

A ideia dos sistemas parlamentares é que os representantes do povo se reúnem para defender os interesses do país e que os partidos representam apenas opiniões diferentes do como esses interesses devem ser defendidos. Ou seja, discordam sobre as soluções, mas concordam com o interesse comum.

Ora, ultimamente, vemos cada vez mais exemplos de que os representantes do povo não o ouvem nem representam, envolvidos em interesses vários, que se podem resumir no imperativo de manter o poder.

Esta situação está a acontecer de várias maneiras. Por exemplo, nos países que elegem os parlamentares pelo sistema de listas (corrigido pelo método de Hondt), os deputados, ou representantes, conforme s nomenclatura do país, sendo escolhidos pelos partidos, só aos interesses dos partidos obedecem. O eleitor, depois de os colocar lá, não tem poder de supervisão.

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Estas generalidades sobre o dilema em que nos encontramos (nós, outros europeus, sul e norte americanos e outros países sortidos por esse mundo) vêm a propósito duma situação muita concreta que põe em causa a questão do interesse nacional: o processo de destituição ('impeachment') de Donald Trump, 45º Presidente dos Estados Unidos e “o homem mais poderoso do mundo”, que faz ferver o sangue até em Portugal (a avaliar pelos comentários nestas colunas de opinião).

Não nos prendamos às peripécias da história, que está no noticiário diário, aqui e na Rússia (em tons diferentes, com certeza). O que gostávamos de salientar, é a forma como a fidelidade partidária se tornou tão aceitável, e tão mais importante do que o interesse nacional, que na verdade, o “interesse nacional” é apenas um sound bite que serve a realidade partidária. Se isto não é um suicídio do parlamentarismo, é pelo menos um coma induzido. Faz pensar, num arrepio que desce pela espinha abaixo, se o sistema chinês (totalitarismo político a troco de abundância económica), tão orgulhoso da sua verdade e em tão franca expansão, não será o futuro que nos espera.

Adiante. Concentremo-nos no caso em apreço, os Estados Unidos, onde decorre a tentativa de destituição dum autocrata por um processo parlamentar.

Estamos perante dois mundos paralelos: a partir das mesmas provas, os democratas que dizem que o presidente é um criminoso, e os republicanos que consideram que não aconteceu nada, tratando-se de uma mera obsessão dos seus opositores. Nas palavras dum comentador republicano: “Desde que Trump foi eleito que os democratas tentam contrariar o que foi a vontade do povo.” (Deixemos para lá que, devido ao sistema eleitoral norte-americano, Trump ganhou com menos votos populares do que Hillary Clinton.)

Parecem dois filmes diferentes, ou o mesmo filme representado por atores antagónicos.

O processo vai agora ser julgado pelo Senado. Julgado, quer dizer, um julgamento judicial, com os procedimentos de qualquer julgamento: ouvem-se as testemunhas, esmiuçam-se as provas, os advogados defendem as suas partes e finalmente chega-se a um veredicto. Ou seja, até o julgamento terminar, é suposto que os jurados não tenham decidido se o acusado é culpado ou inocente.

Ora bem, ainda o processo não tinha entrado formalmente no Senado, já dois senadores declaravam clara e abertamente que o acusado está inocente. Disseram que não interessa o julgamento, já decidiram de antemão. Se isto não é contrário às mais elementares bases do estado de Direito, então o título “estado de Direito” é uma figura de estilo.

Mitch McConnell,o líder dos republicanos no Senado e um dos membros do júri, afirmou com todas as letras que está em “coordenação” permanente com os advogados de defesa do presidente. Lindsey Graham, outro jurado/senador, afirmou publicamente que não precisa de seguir os procedimentos, já decidiu a favor do julgado. Se fossem jurados num processo criminal normal, seriam imediatamente afastados.

Chuck Schumer, o líder da minoria democrata no Senado, pediu (é o termo) para que fossem ouvidas certas testemunhas. McConnell recusou; para quê mais testemunhas, se a decisão está tomada?

Esta partidarite fica mais notória quando se compara este processo de demissão com o de Richard Nixon. Nessa altura, em 1974, foram os próprios republicanos que disseram a Nixon que as provas eram irrefutáveis. Consideraram que o interesse nacional estava acima do interesse partidário. Nixon demitiu-se, porque o seu partido não estava disposto a aviltar o sistema para o salvar, sendo a demissão inevitável.

A diferença, em 45 anos, é de gelar o sangue nas veias. Mas há outra diferença ainda mais aterradora: em 1974, a opinião do eleitorado mudou radicalmente quando as provas contra Nixon se tornaram públicas. Em 2019, a opinião do eleitorado não mudou com a publicação dos factos. Ou seja, os factos deixaram de interessar. O que interessa é a fidelidade a Trump, que nenhuma evidência pode alterar. Porque, e esse é o fundo da situação, o eleitorado deixou de acreditar na capacidade do sistema de apresentar a verdade dos factos. Ou, sucintamente, não acredita nos órgãos de governação.

Trump tinha razão quando disse que podia matar uma pessoa no meio da rua, à luz do dia, que nada lhe aconteceria. Ele intuiu, ainda nós não tínhamos percebido, que a opinião do cidadão é totalmente manipulável.

No caso norte-americano, esta mudança radical de comportamento do legislativo é creditada a uma figura de que não se fala muito hoje, o representante Newt Gingrich (entre 1989 e 1999). O seu animal preferido era o crocodilo, “que nunca mudou em 90 milhões de anos”, o que dava razão ao seu credo: “Se estamos certos, nunca devemos mudar.” O mundo animal, disse ele, “é o mundo da competição, a todos os níveis”.

No mundo da política, igual ao da natureza, a competição, ou melhor, a vitória, é o único valor.

Depois de se retirar da Câmara dos Representantes, que transformou num campo de batalha sem limites, Gingrich tornou-se um aliado discreto de Trump (nunca aceitou lugares públicos) e passa o tempo a escrever, dar conferências e opinar na Fox News.

Poucas personalidades na história moderna fizeram tanto para preparar o clima que viria a tornar Trump possível. Durante a década em que dominou o Congresso, criou um novo estilo de combate político em que vale tudo – insultos, teorias da conspiração, obstrucionismo estratégico – que mudaram o parlamentarismo norte-americano para sempre. Como diz McKay Coppins num artigo do “The Atlantic” que é imprescindível ler, “a carreira de Gingrich pode ser melhor compreendida como um esforço de retirar à política do país as marcas de civilidade que tinha desenvolvido para voltar à essência mais primária”.

Trump não será destituído, todos sabemos, o próprio, os amigos e os inimigos. O que estamos a ver nos Estados Unidos da América é uma versão específica do desequilíbrio dos três poderes, tão essencial à democracia parlamentar. Outros exemplos podem ver-se, ao vivo e a cores, em países tão distintos como o Reino Unido, a Hungria ou o Iraque.

Desde 1775 (a primeira Constituição dos tempos modernos) até há poucos anos, sucederam-se as tentativas de aperfeiçoamento do sistema para que fizesse melhor aquilo a que se propunha: representar o povo e servir os seus interesses. Mesmo os ditadores mais descarados fingiam que tinham apoio democrático e limitavam-se a manipular o sistema. Não mais. Já não é preciso fingir. É preciso encontrar outras formas de eleger e representar, se queremos salvar essa má ideia, que é a melhor de todas: a Democracia.».
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Re: Efeito Trump

por maturidade » 6/12/2019 9:25

Boas.
este senhor TRUMP, este ano nos meus traders, muitas das vezes só me lixou.
é que num dia diz uma coisa e os mercados reagem em alta, o pessoal toca a comprar(eu próprio),
e no outro dia já diz outra completamente diferente, e pessoal com medo(Eu próprio), desata a vender antes que seja tarde.
Foi um ano Difícil para mim, mas mesmo assim deu para salvar o convento.

abraços
 
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Re: Efeito Trump

por macau5m » 6/12/2019 1:39

Eu já calculava que o Mister Trump não andava bom da cabeça, um dia diz que gostava que o acordo com a China fosse para depois das eleições, no dia seguinte diz que o acordo está a progredir muito bem, dando a entender que está para próximo.
Episódios como o desta semana são constantes, claramente que não sabe o que diz, e os "mercados" ainda reagem aos Twits de um doente mental.
O Trump queimou os neurónios a pensar em dinheiro 24 sobre 24 horas, tudo o que ele faz é a pensar em ganhar dinheiro, seja para ele ou para os USA, não importa mais nada, não há aliados desde que estes tirem algum proveito dessa aliança.
Agora são os psiquiatras que vêm corroborar aquilo que eu já suspeitava. Não sei qual a lei dos Estados Unidos, mas será que é possivel internar compulsivamente um Presidente da República?!!!

https://executivedigest.sapo.pt/350-esp ... -de-trump/
Que nunca por vencidos se conheçam
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Re: Efeito Trump

por Ativo » 3/12/2019 14:40

In Negócios Online, hoje:

«Trump gosta da ideia de adiar acordo com a China para o pós-eleições.

O presidente norte-americano disse que "gosta" da ideia de esperar pelo pós-eleições presidenciais de 2020 para fechar um acordo comercial com Pequim.

Donald Trump disse esta terça-feira, 3 de dezembro, que poderá ser melhor esperar pelo período posterior às eleições presidenciais de 2020, que se realizam em novembro do próximo ano, para fechar um acordo comercial com a China. As bolsas mundiais estavam a subir, mas inverteram de imediato a seguir a estas declarações.

"De certa forma, eu gosto da ideia de esperar até depois das eleições para o acordo com a China, mas eles [Pequim] querem fechar um acordo agora e nós vamos ver se o acordo vai ser o correto ou não", afirmou o presidente norte-americano aos jornalistas em Londres, à margem de uma visita que marca os 70 anos da NATO.

Trump acrescentou que o que realmente importa para as perspetivas de um potencial acordo é a sua própria vontade: "Se eu quiser fazê-lo", disse, segundo a Bloomberg. "Não há nenhum prazo [para concluir as negociações]", assegurou, aumentando a expectativa de que a disputa comercial iniciada em 2018 possa prolongar-se por mais tempo do que o antecipado.

Estas declarações surgem depois de ontem o secretário para o Comércio, Wilbur Ross, ter dito que, num cenário de não acordo, a Casa Branca irá avançar a 15 de dezembro com mais um agravamento das tarifas aduaneiras (15%) a serem aplicadas sobre bens chineses importados para os EUA num total de 160 mil milhões de dólares.

As bolsas mundiais tinham vindo a subir há várias semanas na crescente esperança de que fosse avançar a "fase um" do acordo comercial parcial entre Washington e Pequim. A negociação na Europa arrancou em terreno positivo na sessão de hoje, mas inverteu logo após os comentários do presidente norte-americano. Os futuros de Wall Street também estão a registar perdas, prolongando as quedas à volta de 1% da sessão de ontem.

Hoje também é notícia que o Governo chinês estará a preparar uma lista negra ("blacklist") de empresas norte-americanas para uma possível retaliação. Este ano os EUA colocaram a gigante tecnológica chinesa Huawei na lista negra de empresas chinesas por receios relacionados com a "segurança nacional".
».

Os chineses talvez não queiram dar a Trump o trunfo eleitoral de ter conseguido um acordo comercial com a China e, por isso, não queiram fazer esse acordo antes das próximas eleições presidenciais norte-americanas.
Entretanto, Trump pressiona os chineses a fazê-lo, ameaçando com aumento de tarifas alfandegárias, e os mercados, por sua vez, talvez pressionem Trump, também, no mesmo sentido ...
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Re: Efeito Trump

por Bar38 » 21/11/2019 1:30

Triplano Escreveu:
Bar38 Escreveu:
Triplano Escreveu:
Ou seja, mais dia, menos dia, algo me diz que isto vai dar m*rda...
.


Não tenho a menor duvida...mas até lá :-" ....
 
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Re: Efeito Trump

por Triplano » 21/11/2019 1:20

lfhm83 Escreveu: Como dura á 11 também pode durar 15. Acredito na possibilidade de correcção mas mais depressa vejo o SP nos 4000 que nos 2000.


:)
Ok, é possível, mas como dizia ou outro, tenho muitas dificuldades em fazer previsões, principalmente do futuro.
Por isso, das três, uma... e isto é certinho: ou sobe, ou lateraliza, ou desce!
8-)


lfhm83 Escreveu:Embora concorde com os argumentos não mates o bull antes de haver sinais consistentes.


De maneira alguma... apenas renovo alertas à comunidade, com receio de que os mesmos sejam esquecidos...

Edit: peço desculpa se me desviei um pouco do tema deste post: Efeito Trump
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Re: Efeito Trump

por BearManBull » 21/11/2019 0:58

Embora concorde com os argumentos não mates o bull antes de haver sinais consistentes.

Como dura á 11 também pode durar 15. Acredito na possibilidade de correcção mas mais depressa vejo o SP nos 4000 que nos 2000.
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Re: Efeito Trump

por Triplano » 21/11/2019 0:48

Bar38 Escreveu:
Triplano Escreveu:Parece que o pêndulo está de volta...

https://www.jornaldenegocios.pt/mercado ... taquesTopo


Esquece....nem 0,5% caiu, fosse há uns meses atrás era o suficiente para cair perto de 2%. Ele bem está tentar resfriar os ânimos e conter um bocado a coisa mas....tem que arranjar outra porque esta já não cola...


Há um ano atrás a coisa animou por esta altura, com os ursos a saírem da toca...

Mas, para mal dos nossos pecados, parece que estamos mais ou menos convencidos de que "desta vez é diferente"... (https://www.almedina.net/desta-vez-dife ... 11254.html)

E quando assim é, há registos históricos de que a coisa dá para o torto...

Neste contexto, existem aspetos que todos conhecemos, que nos preocupam, mas que parece ninguém querer levar a sério:

    - os índices dos States renovam máximos históricos (a descontar tudo e mais alguma coisa, nomeadamente a (re)eleição do Trump);

    - o Bull Market já tem uma duração de quase 11 anos;
    - temos consciência de que a vida (e também a bolsa) é feita de ciclos;
    - As injeções massivas de capital continuam;
    - As taxas de juro têm descido algo continuamente como forma de animar as economias, sendo que algumas delas até são negativas, o que faz com que já não haja possibilidade de descer muito mais... ou seja, o seu efeito benéfico está a esgotar-se (https://www.oaktreecapital.com/docs/def ... erious.pdf)


Ou seja, mais dia, menos dia, algo me diz que isto vai dar m*rda...

Porém destas coisas sou eu para aqui a falar, dado que não percebo nada disto...
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Re: Efeito Trump

por Bar38 » 21/11/2019 0:07

Triplano Escreveu:Parece que o pêndulo está de volta...

https://www.jornaldenegocios.pt/mercado ... taquesTopo


Esquece....nem 0,5% caiu, fosse há uns meses atrás era o suficiente para cair perto de 2%. Ele bem está tentar resfriar os ânimos e conter um bocado a coisa mas....tem que arranjar outra porque esta já não cola...
 
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Re: Efeito Trump

por novo2000 » 20/11/2019 22:37

Triplano Escreveu:Parece que o pêndulo está de volta...

https://www.jornaldenegocios.pt/mercado ... taquesTopo


Simplesmente "Brexit 2"... Brevemente ISTO ...vai ser pouco a pouco ignorado pelos Mercados.
 
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