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Caldeirão da Bolsa

Políticas para Portugal

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: Políticas para Portugal

por BearManBull » 18/12/2019 13:44

Se o Centeno é o Ronaldo das finanças certamente que é na arte de depenar em modo ninja. Depena os grupos com menos poder voto e com recurso ao sentimentalismo da causa ambiental. No final os impostos e a burocracia voltam a aumentar mais uma vez, não fosse esta mesquinhez teríamos o pais a crescer 4-5% ao ano :wall:

Tributação: a “arte de tirar a um ganso o máximo de penas com o mínimo de barulho”

Do ponto de vista da política fiscal, o Orçamento do Estado para 2020 pretende promover políticas fiscais que, de acordo com o relatório apresentado pelo Governo, visam dar resposta a vários desafios, os demográficos, as alterações climáticas, o combate às desigualdades e a transformação digital.

Para dar resposta aos desafios referidos o Governo lançou políticas de apoio às famílias, às empresas e ao investimento, ao desenvolvimento de uma fiscalidade ambiental e às políticas públicas.

Estas medidas políticas e desagravamentos foram distribuídas por medidas constantes dos diversos códigos fiscais. No IRS uma isenção parcial com progressividade para sujeitos passivos que não sejam considerados dependentes com idades entre os 18 e os 26 anos. Na prática representa uma poupança fiscal que não excederá os 1.800 euros em três anos. Do mesmo modo, as deduções à coleta do IRS atribuídas aos agregados familiares com mais de dois dependentes que não ultrapassem os 3 anos de idade até 31 de dezembro do ano a que respeita o imposto, passam de 126 euros para 300 euros.

Estas medidas são compensadas com um aumento da base tributável no caso dos rendimentos auferidos ao abrigo do regime do alojamento local quando sujeitos ao regime simplificado, onde a base tributável aumenta dos 35% do rendimento bruto para os 50% nas zonas de contenção (alteração acompanhada pelo regime simplificado no IRC). Pode parecer até justo, contudo devemos considerar que o alojamento local não é uma atividade passiva como o arrendamento e que é uma atividade que contribuiu para a reabilitação dos centros das cidades.

O que é "dado" com uma mão depressa é retirado com duas. Desagravam-se uns e agravam-se outros num país em que os rendimentos acima de 80.000 euros são tributados a taxas bastante elevadas.

Mas nem tudo é mau para os sujeitos passivos que exploram bens imobiliários, ainda que peque por defeito. Como medida de fomento ao arrendamento, apesar de, cada vez mais, desvirtuar a estrutura dogmática do Código do IRS, assinala-se a exclusão de tributação das mais-valias imobiliárias resultantes da desafetação de um imóvel da atividade empresarial quando o imóvel seja afeto imediatamente à obtenção de rendimentos prediais. Contudo, poder-se-ia ter ido mais longe e, eventualmente, terminar com a presunção de venda dos imóveis quando estes regressam à esfera particular do empresário.

No IRC, o estímulo de 400 euros às PME (pelo alargamento da matéria coletável sujeita à taxa reduzida de 17%, de 15.000 euros para 25.000 euros), e de 450 euros para as PME em territórios do interior são medidas sonantes quando ouvimos falar em percentagens e bases tributáveis, mas que são pouco expressivas no dia a dia.

Do lado ambiental, como seria de esperar, aumentam-se os Impostos Especiais sobre o Consumo, em especial o ISV e o IUC, deixando os automóveis ligeiros de passageiros que utilizam exclusivamente o GPL de beneficiar de uma taxa intermédia. Se, de acordo com a frase atribuída a Colbert, a tributação é a "arte de tirar a um ganso o máximo de penas com o mínimo de barulho", as preocupações ambientais na tributação automóvel, são sempre uma boa forma de calar um ganso que já de si não faz muito barulho e se encontra quase sem penas.

No fundo o desenho do OE traduz-se em benefícios pouco expressivos, alguns com latitude de interpretação considerável, e que acabam por, na prática, ser esbatidos com aumentos de impostos em outras áreas.

O OE 2020 acaba, assim, por ter um impacto mais simbólico do que estrutural, devido à necessidade de manutenção do esforço de consolidação orçamental.

Não obstante todo este cenário, há alterações de pormenor importantes, como a autonomização da isenção de Imposto do Selo aos contratos de gestão centralizada de tesouraria, bem como a clarificação de que a isenção de Imposto do Selo aplicável a operações de reorganização societária se aplica mesmo quando há trespasses, contrariando aquilo que, mal, vinha sendo defendido pela Autoridade Tributária.

Estas medidas e alterações de pormenor são extremamente bem-vindas por evitarem contencioso.


Socialismo sonhado,: Hospitais gràtis e acessiveis a todos por tempo inderteminado sempre que necessàrio.
Socialismo real:Governo quer que os hospitais cobrem por doentes abandonados
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Re: Políticas para Portugal

por Ativo » 5/12/2019 14:54

In Negócios Online, hoje:

«Só quatro países da UE crescem menos que Portugal.

Apesar de estar a crescer acima da média da Zona Euro, a economia nacional está entre as que regista um ritmo mais lento da atividade económica. Só quatro outros países crescem ainda mais devagar.

A economia portuguesa tem estado a crescer acima da média da Zona Euro. Porém, só quatro outros Estados-membros estão a avançar a um ritmo mais lento do que a economia nacional.
Os dados foram publicados esta quinta-feira, 5 de dezembro, pelo Eurostat.

No terceiro trimestre deste ano, o PIB português cresceu 0,3% em termos trimestrais. Como os dados estão corrigidos de sazonalidade, a comparação trimestral é a ótica de análise que melhor permite avaliar o rumo do crescimento de um país, num determinado momento. O que diz o ritmo de Portugal é que a economia nacional vai em abrandamento: face ao primeiro semestre o crescimento passou para metade.

Comparado com os restantes Estados-membros, verifica-se que quase todos estão a crescer mais depressa. Só a Alemanha, Itália, Áustria e Lituânia crescem mais lentamente. Sendo a maior economia na União Europeia, a Alemanha puxa a média para baixo, ajudada pelo comportamento de Itália, outra das maiores economias. Assim, apesar de ser dos mais lentos, Portugal cresce acima da média da Zona Euro e iguala a média da União Europeia.

Ao mesmo ritmo que a economia portuguesa avançam a Dinamarca, França, Suécia e Reino Unido. Todos os outros 16 países para os quais há dados crescem mais depressa. Irlanda, Luxemburgo e Malta ainda não apresentaram dados para o terceiro trimestre.

País cria emprego a bom ritmo.

Apesar de o crescimento da atividade económica estar agora mais lento, Portugal continua a criar emprego a um ritmo comparativamente acelerado. Os dados do Eurostat mostram que o número de pessoas empregadas em território nacional aumentou 0,3% entre julho e setembro, em termos ajustados de sazonalidade. De entre os restantes 22 países da União Europeia para os quais há dados, este foi o quinto maior ritmo de criação de emprego.

Só a Bélgica, a Eslovénia, a Estónia e a Letónia criaram mais emprego no mesmo período de tempo. A Estónia e a Letónia destacaram-se, com um aumento de 1% no número de pessoas empregadas.

Tanto a média da União Europeia como da Zona Euro, ficaram-se por aumento de 0,1% do emprego, em termos trimestrais.


Antes ainda havia uma "geringonça" a governar. Agora nem "geringonça" há … :lol:
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Re: Políticas para Portugal

por Marco Martins » 26/11/2019 16:56

PXYC Escreveu:Eu concordo com a Catarina Martins quando diz que os impostos sobre o rendimento do trabalho não devem ser superiores aos impostos de capital, de facto os governos "sociais" não têm outra a não ser começar a ir buscar impostos aos rendimentos de capital. Onde não concordo é no pensar que 28% de impostos sobre rendimento capital é pouco.. e usado para quê se nem sequer pagam a dívida?

De todas formas, penso que esta medida visa atacar mais os rendimentos prediais e não tanto os ganhos de bolsa, pois o problema de acesso à habitação nas grandes cidades é bem real.

Dúvida: sabem qual o imposto de rendimentos prediais noutros países europeus?


É inaceitável pagarmos tantos impostos... o maximo deveria ser 15% e o estado teria de gerir a sua vida com isso...
Todas as empresas deveriam ser obrigadas a ter pagamentos/recebimentos pelo banco (sem taxas ou uma coisa mínima)...
Após isso, certamente teremos uma distribuição maior da riqueza e menor fuga de impostos...
 
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Re: Políticas para Portugal

por PXYC » 26/11/2019 1:05

Eu concordo com a Catarina Martins quando diz que os impostos sobre o rendimento do trabalho não devem ser superiores aos impostos de capital, de facto os governos "sociais" não têm outra a não ser começar a ir buscar impostos aos rendimentos de capital. Onde não concordo é no pensar que 28% de impostos sobre rendimento capital é pouco.. e usado para quê se nem sequer pagam a dívida?

De todas formas, penso que esta medida visa atacar mais os rendimentos prediais e não tanto os ganhos de bolsa, pois o problema de acesso à habitação nas grandes cidades é bem real.

Dúvida: sabem qual o imposto de rendimentos prediais noutros países europeus?
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Re: Políticas para Portugal

por Marco Martins » 21/11/2019 11:46

Expliquem-me uma coisa...
A dívida de Portugal aumentou... no entanto relativamente ao PIB diminiui percentualmente!
O PIB do país aumenta com o aumento da produção de bens.
A produção de bens é feita talvez acima de 90% pelo sector privado.
Quer dizer então que :
- o sector público em nada melhorou a dívida
- o sector público continua pior do que aquilo que estava... apenas tem é mais financiadores do estado...
- havendo nova crise, o impacto será muito maior do que anteriormente foi...

Estarei correcto ou redondamente errado?
 
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Re: Políticas para Portugal

por BearManBull » 19/11/2019 13:45

Pela primeira vez vejo com bons olhos um projecto da trend das renováveis. O caminho a seguir deve ser este converter as refinarias em geradores de H2. O hidrogeno é a melhor forma de armazenar energia (embora não seja a mais eficiente) e pode ser a solução para o mega problema da produção intermitente das renováveis.

Governo quer instalar “fábrica gigante” de hidrogénio em Sines
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Re: Políticas para Portugal

por Ativo » 18/11/2019 17:18

ativo Escreveu:In ECO, hoje:

«Bloco de Esquerda defende englobamento no IRS para criar mais justiça fiscal.

"O que nós queremos é simultaneamente alivio fiscal para quem trabalha e mais justiça fiscal no nosso país, cobrando a quem ganha muito e não tem pago a sua devida parte", afirmou Catarina Martins.

A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE) defendeu este sábado o englobamento de rendimentos no IRS como forma de aliviar a carga fiscal para quem trabalha e criar mais justiça fiscal, cobrando a quem ganha rendimentos de capital.
“O que nós queremos é, simultaneamente, alivio fiscal para quem trabalha e mais justiça fiscal no nosso país, cobrando a quem ganha muito e não tem pago a sua devida parte”, afirmou Catarina Martins.

A líder do BE, que falava à margem de uma visita que fez ao Festival dos Míscaros, que decorre no Fundão, explicou que o seu partido colocou em cima da mesa de negociações com o Governo que estão em curso, esta medida dupla sobre o IRS. “É preciso aliviar o IRS de quem trabalha. Quem trabalha em Portugal paga muitos impostos sobre o seu salário e sobre a sua pensão. E nós temos há muito uma discussão com o ministro Mário Centeno sobre a necessidade de criar mais escalões [IRS]”, frisou.
Mercado de arrendamento em alerta com englobamento no IRS

Catarina Martins sublinhou ainda que o Governo acabou por criar, na última legislatura, mais escalões de IRS, mas entende que é possível no próximo Orçamento de Estado, continuar esse caminho de alivio fiscal para quem vive do seu salário ou da sua pensão, criando mais escalões de IRS.
“Ao mesmo tempo, propomos uma medida de justiça fiscal que é o englobamento no IRS para que aquelas pessoas cujo rendimento não vem do trabalho, mas vem por exemplo de ações, paguem de impostos o mesmo que paga quem vive do seu salário ou da sua pensão. Porque, um país em que o salário e a pensão pagam mais impostos do que os rendimentos do capital é um país injusto”, afirmou.
A líder do BE entende que a forma certa de construir alivio fiscal para quem vive do seu trabalho, salário ou pensão e pagarem menos impostos, passa por fazer, ao mesmo tempo, um caminho de englobamento do IRS. “Isso faz que quem ganhe milhões com rendimentos de capital e rendimentos prediais passe a pagar taxas de IRS iguais às pessoas que pagam a taxa sobre o seu salário e a sua pensão”, concluiu.
».

Fala em milhões (mas pensa em milhares) para não assustar ... :lol:

Nos últimos anos, na declaração anual de rendimentos para efeito de I.R.S., tenho declarado apenas rendimentos prediais em virtude de me encontrar em Licença Sem Vencimento de Longa Duração. Ao fazê-lo, tenho optado pelo englobamento dos rendimentos prediais, em vez de optar pela sua tributação autónoma a uma taxa de 28%, por ser mais vantajoso.

Tendo no corrente ano incrementado significativamente o meu rendimento predial através da aquisição de três frações prediais, já arrendadas, há bastante tempo, receava que, futuramente, o englobamento do meu rendimento predial fosse mais penalizador do que a sua tributação autónoma. Efetuei ja simulações, a este respeito, e, para minha agradável surpresa, constatei que o englobamento do meu rendimento predial continuará a ser mais vantajoso, fiscalmente, do que a sua tributação autónoma. \:D/
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Re: Políticas para Portugal

por BearManBull » 18/11/2019 15:55

pata-hari Escreveu:e, naturalmente, isto terá um efeito ultra-perverso no mercado de arrendamento.


Isso duvido porque o mercado dos alugueres tende sempre a ir ao máximo que a procura pode pagar. Ou seja os alugueres aumentam consoante o há mais rendimento disponível no lado da procura, independentemente dos senhorios no lado da oferta.

Já no longo prazo pode ter um efeito de redução da oferta e assim realmente também aumentaria o preço dos alugueres. Também acredito que poderia retirar valor aos imóveis, com aumento da oferta de imóveis para venda pela redução de margem no aluguer.
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Re: Políticas para Portugal

por Pata-Hari » 17/11/2019 23:03

Houve uma discussão interessante acerca do tema na RR.. Infelizmente tem que ser ouvida e não existe transcrição (leva um bocado ainda grande a ouvir).

https://rr.sapo.pt/2019/11/17/conversas ... YAf5WV4Wv4

Fundamentalmente defende-se que isto só faz sentido se os escalões fossem alterados para intervalos maiores e as taxas alteradas para níveis mais elevados de rendimentos e, naturalmente, isto terá um efeito ultra-perverso no mercado de arrendamento.

Cada vez gosto mais de investimentos financeiros. Dinheiro chateado desaparece para melhores locais onde o sistema fiscal é mais justo e menos volátil.
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Re: Políticas para Portugal

por rg7803 » 17/11/2019 1:10

Este país está a caminho duma "venezuelização" galopante.
Depois fazem-se estudos cómicos de como reter o talento, evitar a emigração de cérebros, captar profissionais especializados etc.
E fazem-se umas campanhas de regresso para os expatriados, oferecendo uns sacos de amendoins e umas ajudas para o transporte da tralha... :wall: .
Isto se não fosse tão deprimente até podia ser cómico.

Edit: eu imagino o que as mentes brilhantes do Ministério das Finanças irão criar com o prometido novo aumento de escalões e progressividade.
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Re: Políticas para Portugal

por Ativo » 16/11/2019 19:59

In ECO, hoje:

«Bloco de Esquerda defende englobamento no IRS para criar mais justiça fiscal.

"O que nós queremos é simultaneamente alivio fiscal para quem trabalha e mais justiça fiscal no nosso país, cobrando a quem ganha muito e não tem pago a sua devida parte", afirmou Catarina Martins.

A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE) defendeu este sábado o englobamento de rendimentos no IRS como forma de aliviar a carga fiscal para quem trabalha e criar mais justiça fiscal, cobrando a quem ganha rendimentos de capital.
“O que nós queremos é, simultaneamente, alivio fiscal para quem trabalha e mais justiça fiscal no nosso país, cobrando a quem ganha muito e não tem pago a sua devida parte”, afirmou Catarina Martins.

A líder do BE, que falava à margem de uma visita que fez ao Festival dos Míscaros, que decorre no Fundão, explicou que o seu partido colocou em cima da mesa de negociações com o Governo que estão em curso, esta medida dupla sobre o IRS. “É preciso aliviar o IRS de quem trabalha. Quem trabalha em Portugal paga muitos impostos sobre o seu salário e sobre a sua pensão. E nós temos há muito uma discussão com o ministro Mário Centeno sobre a necessidade de criar mais escalões [IRS]”, frisou.
Mercado de arrendamento em alerta com englobamento no IRS

Catarina Martins sublinhou ainda que o Governo acabou por criar, na última legislatura, mais escalões de IRS, mas entende que é possível no próximo Orçamento de Estado, continuar esse caminho de alivio fiscal para quem vive do seu salário ou da sua pensão, criando mais escalões de IRS.
“Ao mesmo tempo, propomos uma medida de justiça fiscal que é o englobamento no IRS para que aquelas pessoas cujo rendimento não vem do trabalho, mas vem por exemplo de ações, paguem de impostos o mesmo que paga quem vive do seu salário ou da sua pensão. Porque, um país em que o salário e a pensão pagam mais impostos do que os rendimentos do capital é um país injusto”, afirmou.
A líder do BE entende que a forma certa de construir alivio fiscal para quem vive do seu trabalho, salário ou pensão e pagarem menos impostos, passa por fazer, ao mesmo tempo, um caminho de englobamento do IRS. “Isso faz que quem ganhe milhões com rendimentos de capital e rendimentos prediais passe a pagar taxas de IRS iguais às pessoas que pagam a taxa sobre o seu salário e a sua pensão”, concluiu.
».

Fala em milhões (mas pensa em milhares) para não assustar ... :lol:
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Re: Políticas para Portugal

por Ativo » 5/11/2019 17:24

lfhm83 Escreveu:Que pèrola de artigo.

Porque é que aceitamos pagar impostos?

Alm continua a não ser capaz de dar uma resposta única sobre o que nos leva a dar dinheiro ao Estado.


Hello, evasão fiscal é um crime.
Se o pagamento de impostos fosse voluntário ninguém pagava, fosse na Suécia ou onde quer que fosse. Mais ainda que metade nem sequer faz ideia da quantidade de impostos que tributa nem tem a mínima ideia da ineficiência do sistema.

No sistema actual já nem devíamos falar de impostos. É mais extorsão não consentida de rendimentos do trabalho.

Como a palavra "imposto" sugere, "imposto" remete para algo que é imposto.
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Re: Políticas para Portugal

por BearManBull » 5/11/2019 16:15

Que pèrola de artigo.

Porque é que aceitamos pagar impostos?

Alm continua a não ser capaz de dar uma resposta única sobre o que nos leva a dar dinheiro ao Estado.


Hello, evasão fiscal é um crime.
Se o pagamento de impostos fosse voluntário ninguém pagava, fosse na Suécia ou onde quer que fosse. Mais ainda que metade nem sequer faz ideia da quantidade de impostos que tributa nem tem a mínima ideia da ineficiência do sistema.

No sistema actual já nem devíamos falar de impostos. É mais extorsão não consentida de rendimentos do trabalho.
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Re: Políticas para Portugal

por Green_Hawk » 4/11/2019 13:28

O problema destes aumentos de salário minimo, não são acompanhados por aumentos salariais no geral. O que faz com que na prática o custo de vida aumente, pois os preços dos produtos aumenta para compensar o aumento do salário minimo. No curto prazo ganham-se meia duzia de votos, no longo prazo destrói-se cada vez mais a classe média.

O meu pai p.e. em 2009 ganhava 620€ e em 2019 quando se reformou ganhava os mesmo 620€. Em 10 anos viu tudo a aumentar menos o ordenado dele. :x
 
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Re: Políticas para Portugal

por BearManBull » 29/10/2019 17:08

Pagava um salário mínimo de 750 euros? Fomos perguntar a nove empresários

A acontecer será um aumento de 50% no SMN em 8 anos.

Parece-me exagerado e potencialmente penalizador para as PMEs, principalmente para o pequeno comércio fora das grandes urbes.
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Re: Políticas para Portugal

por PXYC » 25/10/2019 20:04

https://www.jornaldenegocios.pt/economi ... _Destaques

boas noticias?
confesso que não entendo estes números, quando a própria notícia reconhece que um excedente de 2.5 mil M€ em contabilidade pública não são 2.5 mil M€ em contabilidade nacional.. mas suponho que sejam boas notícias.

espero que algum deste excedente sirva para pagar dívida, para deixarmos de ser o 3o país com maior dívida relativa, ou a alternativa tem de ser baixar alguns impostos, principalmente os impostos sobre o trabalho.

não faz sentido os estimados forenses do PSD/CDS/Iniciativa Liberal começarem a falar mal dos socialista e dizer que vão já gastar tudo, porque o compromisso com a UE é ter cada vez mais excedente, e partindo destas evidencias, o que acham que se vai fazer com o excedente? pergunta honesta porque não entendo o que se faz com excedentes numa perspectiva de economia nacional.
Editado pela última vez por PXYC em 30/10/2019 13:11, num total de 1 vez.
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Re: Políticas para Portugal

por Marco Martins » 25/10/2019 11:28

Não sei o que tentam mostrar com inclusão!
Portugal está cheio de exemplos de inclusão... Passos Coelho nasceu em Angola, o An´tónio Costa é descendente de Goences e Franceses...

Não precisamos de por pessoas em lugares para promoverem um palco de comédia no parlamento...

Estou curioso para ver as imagens dos outros deputados quando aquela deputada falar...
 
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Re: Políticas para Portugal

por Marco Martins » 25/10/2019 11:11

m-m Escreveu:Uma correção, a deputada em causa é do Livre.

O deputado do Chega chama-se André Ventura.


Por acaso na TSF creio que falaram no Chega, mas sim, é do Livre.
Obrigado.
 
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Re: Políticas para Portugal

por m-m » 25/10/2019 10:32

Uma correção, a deputada em causa é do Livre.

O deputado do Chega chama-se André Ventura.
 
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Re: Políticas para Portugal

por Marco Martins » 25/10/2019 9:42

Impressionante! Hoje de manhã estava a ouvir a TSF quando puseram a deputada gaga do Chega!!!

Tive de mudar de emissora por não aguentar mais!!


A inclusão tudo bem... mas temos de ser realistas e ver o que fazemos!!
Certamente dos aceitamos que qualquer pessoa com deficiencia, esteja num cargo com respeito pelo que faz, mas certamente não esperamos ter um mudo a fazer ditados, ou um perneta numa corrida dos 100 metros obstáculos!!!

Acho rídicula esta deputada, com todo o respeito pela sua gaguez, mas não me parece correcto ela falar para ningúem conseguir perceber!!!
Isto não é o Chega!!! É o Basta!!!
 
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Re: Políticas para Portugal

por Marco Martins » 18/10/2019 13:59

Porque é que existe um ministério do Mar e não existe um da Terra?!?
 
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Re: Políticas para Portugal

por Marco Martins » 17/10/2019 11:44

...Entre as medidas elencadas pelo ex-ministro estão a criação de uma agência nacional contra a corrupção e de um tribunal especializado nesta área, a regulamentação do enriquecimento ilícito, a introdução da proteção de delatores, a "limitação do número de recursos dos acusados de corrupção sem penas de prisão efetiva" ou o reforço dos mecanismos de transparência das compras do Estado....


https://www.jornaldenegocios.pt/economi ... ltimasSite

Infelizmente este não é do interesse nem dos partidos, nem dos governantes... assim, entre corrupção e corrupção, quem paga somos sempre nós...

É inadmissível por exemplo ter havido pessoas enganadas no caso do BES e ficaram sem dinheiro e mesmo com provas ainda ninguém foi condenado!!! Não é rpecisso processar todos os processos, basta um de cada vez e vão condenando!!!
 
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Re: Políticas para Portugal

por BearManBull » 15/10/2019 7:16

ativo Escreveu:O Partido Socialista afirma que a "Geringonça" não está morta. E esta, hein? Para certas coisas não há como o Partido Socialista. :lol:


Para desinformar estão cá eles. Isto deve ter impacto no défice. 500 milhões na CP, 150 milhões na TAP é a família socialista... O partido de centro dizem, centro de corrupção e falência é o que é.

Estado injeta mais de 500 milhões na CP
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Re: Políticas para Portugal

por Ativo » 12/10/2019 14:30

O Bloco de Esquerda declarou que a "Geringonça" morreu. O Partido Socialista afirma que a "Geringonça" não está morta. E esta, hein? Para certas coisas não há como o Partido Socialista. :lol:

Para já, não se conseguem entender relativamente a algo que deveria ser inequívoco ...
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Re: Políticas para Portugal

por MarcoAntonio » 10/10/2019 16:23

Depende do período!

Aqui fica o boletim integral de onde a informação está a ser derivada:

https://www.bportugal.pt/sites/default/ ... 2019_p.pdf


Pessoalmente, não me parece particularmente útil fixar duas datas (exemplo 1995-2019) em particular. As conclusões vão divergir (ou não) conforme o par de datas escolhido, que terá sempre o seu quê de arbitrário. É verdade que, em termos muito gerais, desde os inícios da década de 90 (não é preciso começar a contagem em 95!) até agora temos tido um período de estagnação senão mesmo algum retrocesso.


O gráfico anexo foi retirado do estudo e dá uma perspectiva mais detalhada.
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FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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