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Caldeirão da Bolsa

Cofina - Tópico Geral

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: Cofina - Tópico Geral

por Àlvaro » 21/10/2019 15:52

maturidade, o ponto de vista faz a diferença. Muita. Para ti estão maduras, para mim estão verdes. Enquanto consideras que compram por querem ir ao aumento de capital, eu considero que compram porque até ao aumento de capital vai uma grande distância. Quem tem posições significativas na empresa segurará a acção até ao limite, isso é compreensível, serão os primeiros a saber se o hipotético aumento se realizará, ou não, e em que condições.
 
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Re: Cofina - Tópico Geral

por maturidade » 21/10/2019 15:02

Boas.
E esta menina lá vai subindo aos poucos de dia para dia.
pareçe que o pessoal quer estar dentro aquando for anunciado o aumento de capital.

abraços
 
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Registo da OPA

por BOMBA99 » 21/10/2019 14:54

Nunca mais anunciam nada em ralação ao registo da OPA.

Não tarda nada sai o parecer da ERC e ainda nem sabemos se o registo da OPA foi aceite.

Esta CMVM é uma entidade ridicula.
 
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Re: Cofina - Tópico Geral

por maturidade » 18/10/2019 15:38

Boas

HUM!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
volume a aumentar e variação também.
será que vêm lá o PAI NATAL no fim de semana?????? :idea: :idea: :idea: :idea:

Estou fora, sem guito
 
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Re: Cofina - Tópico Geral

por maturidade » 18/10/2019 15:16

boas.
segundo o gráfico caminho aberto até aos 0.50€.

abraços
 
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Re: Cofina - Tópico Geral

por BOMBA99 » 18/10/2019 14:49

Pouco volume. As vendas estão a secar e quando os fundos precisarem de entrar não vai haver acções disponíveis suficientes.

Com 80% do capital em mãos seguras e sem se saber quando do que sobra também está nas mesmas condições, vejo difícil a entrada dos tais novos accionistas com a percentagem que pretendiam (10%) e que lhes permitia vir a receber dividendos sem retenções na fonte.

Acho que isto ainda vai animar até ao anúncio dos resultados. O que também dava jeito era o anúncio do registo da OPA. Em relação à ERC não deverá haver oposição unanime. Já a AC não merece qualquer tipo de credibilidade. São manifestamente incompetentes e, a título de exemplo, fizeram a PRISA perder 200 milhões na tenativa de OPA da ALTICE. E a justificação para estarem 1 ano sem tomar uma decisão é mesmo ao estilo regulamentador português.
 
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Re: Cofina - Tópico Geral

por Àlvaro » 17/10/2019 18:35

Com a parte interessada está tudo bem:
https://eco.sapo.pt/2019/10/17/media-ca ... -adequada/

O problema poderá estar na contra-parte, especialmente na Vodafone. Ao contrário do que por aqui se escreveu, até este momento que está com ar mais ameaçador é a Vodafone. Mas aguardemos que se pronunciem. :wink:

Enquanto estivermos neste registo de dúvida não haverá razão para as acções ajustarem abaixo do mínimo que fizeram recentemente. E nos 40 poderá estar uma forte resistência.
 
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Re: Cofina - Tópico Geral

por Lisboa_Casino » 17/10/2019 16:39

optimiza,

"nota - mesmo com a perda brutal de market share e de receitas, a MediaCapital vai dar lucro este ano » 11/14 milhões?"

Provavelmente, esse intervalo parece-me valido ( media inferior) desde que não tenha prejuízos no 3 trimestre !

Pressuposto :

Tendo em conta os 5,6 de semestre e os 9 milhões de RL de 4 trimestre de 2018, caso quebre 15 % de publicidade em televisão pode cair para os 4 milhões no trimestre e nesse cenário ficaria abaixo dos 11 milhões !

Nota :Num cenário muito otimista , diria que a impresa pode em 2019 apresentar um recorrente a par da Media capital:. Mas o cenário mais natural, é que apresente apenas o 4 trimestre melhor do que a media capital.




abco

Bons negocios
 
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Re: Cofina - Tópico Geral

por Optimiza » 17/10/2019 16:22

Não tenho ações Cofina (por enquanto é imprevisível), mas terei posição base (25%), a) logo que desista da OPA (para fazer uma quick win), b) caso desça aos 0,3, c) ou pouco depois de o Aumento de capital tiver sido efectuado (Maio/Junho 2020). Tenho decana posição (de residual 5% a 100%), em Altri (denominador comum - Paulo Fernandes, agora nos 25% mas a crescer na mudança do mês), e retomei Impresa com os (15% mas a crescer para 40% antes de resultados de dia 28).

nota - mesmo com a perda brutal de market share e de receitas, a MediaCapital vai dar lucro este ano » 9/12 milhões?
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Re: Cofina - Tópico Geral

por lfa » 17/10/2019 16:18

optimiza Escreveu:Caro LISBOA_CASINO, utilizei a hora de almoço para compilar este texto (cross-checking de dados 100% públicos e privados, mesmo assim subjectivos)

O mercado tem espaço para dois Grupos de Media com lucros apreciáveis, mantendo o "status quo" e lucros hiperbólicos alterando o "status quo" (considerando como status quo: forma actual de a) receitas publicitárias dos canais, jornais e rádios; b) sponsors; c) chamadas de valor acrescentado; d) publicidade digital; e) distribuição nacional e internacional de canais; f) exportação e licenciamento de conteúdos; g) subsídios directos e indirectos à RTP de 180M/ano, g) ausência de streaming pago, h) ausência de pay tv/5G por lotes ou minutos de conteúdos).

Antes de responder às tuas perguntas, vou partir de 9 Variáveis (subjectivas, redutoras e expostas a erros):

Mercado Publicitário Português vale 740M/ano (640M mensuráveis e reportados oficialmente (por anúncio)/ 100M por sponsorização, trade-offs e transações cv, sem reporte). Cresce a 4,9% ao ano versus 7,2% de crescimento Mundial.

I - Apenas para o líder e Vice líder (para os outros vale muito menos): cada ponto de share TV vale 6,5 milhões anuais de receita publicitária clássica (mercado vale 320M ano)» tem um delay de 3/4 meses a materializar-se por via do menor desconto no pricing dos packages publicitários dos canais e na recepção efectiva da receita publicitária (recebe-se, normalmente dois meses depois dos anúncios colocados). Valoro o ponto de share entre a média diária, porque o ponto de share no horário nobre vale, grosso modo, o triplo de outros horários (por vezes mais, quando ocorrem eventos especiais, como futebol, galas, exclusivos).

II - Para o líder e Vice líder: cada ponto de share TV na manhã, programas desportivos e manhãs de fim de semana vale 1.100.000€ anuais de receita em chamadas de valor acrescentado (margem de lucro nos 90%), e em sponsors.

III - Publicidade digital: Cada ponto de share nos canais TV tem uma ampla correspondência na receita digital (sites e links), para um nicho de mercado a crescer 35% ao ano (face a 2,5% na publicidade na TV e rádios em 2019 após 5 anos de queda). Publicidade digital para Media contents ainda só vale 25M/ano (mercado publicitário digital como um todo vale 200M/ano). A receita digital SIC, Expresso e CMTV/Record, TVI explodirá nos próximos anos, quer em termos absolutos, quer em termos percentuais para o mercado digital.

IV - Publicidade em Jornais e rádios: O mercado publicitário em todas as rádios vale cerca de 150M ano. No caso da Mediacapital (Comercial, M80,smooth), o facto de cerca de metade das negociações partir de pacotes na TV+rádios, como dano colateral, leva a uma descida efectiva da receita. A publicidade em Jornais está em forte declínio, exceptuando o líder em semanários Expresso, que soube proteger a receita, dado o seu público-alvo e o seu papel referencial para as elites, para as classes informadas, para o país e para os anunciantes (receita publicitária dos jornais+jornais online vale 90M/ano.

V - Distribuição por canais cabo nacionais vale 140M, obviamente sobre-valorando os canais líderes. A distribuição Internacional vale pouco mais de 40M (comercialmente está muito por fazer).

VI - Streaming e Pay TV, 5G para venda direta e licenciada, em Portugal e no Mundo tem um potencial de 150M/ano para o líder e Vice-líder dos media (está tudo por fazer). ALTERA O STATUS QUO

VII - Exportação de conteúdos e de licenças, informação, novelas, séries, desporto, programas de auto (ex: Golpe de sorte) tem um potencial de
240M/ano (está muitissimo por fazer face a receitas globais de 25M - embora já se vejam as novelas da SIC e TVI na Rússia, India, Venezuela e Tailândia). ALTERA O STATUS QUO

VIII - Copyrights Law EU (media jornais+TV) - apenas vai ter efeitos apartir das transposições normativas para cada país, mas o efeito, apartir de 2021, não deverá ser inferior a 80M/ano para os Mportugueses. ALTERA O STATUS QUO

XIX - Distribuição adicional de 60M/ano de rendimento publicitário na RTP pela SIC, CMTVI: 180 milhões de euros de subsídios directos e indiretos do Estado à RTP, no futuro, vão obrigar, por questões éticas e de legislação comunitária, a acabar com a publicidade paga na RTP 1. ALTERA O STATUS QUO

Respostas:

1 - Se a TVI perder 20 milhões de publicidade, quebra o negocio de chamadas significativamente - 5 milhões e ser forçada a renegociar em baixa os contratos com as operadores devido à fragilidade da share !

A TVI vai perder mais do que os 20 milhões em publicidade devido à perda brutal de share na TV, com consequências diretas e mediatas nas Rádios (aumenta-se o desconto nos packages mantendo-se o volume publicitário, mas a queda de receita só se materializa 4 meses depois da perda de cada ponto de share e tem outras variáveis pontuais ou subjetivas).

2 - Será que os multiplos serão assim tão atrativos ?

Os múltiplos potenciais são espantosos! Parte-se de uma duplicação de 80% das estruturas humanas (infelizmente, muitos despedimentos), e de 60% das físicas, passa-se a vender e negociar em bloco, sinergias de 46M, o lucro apartir de 2022 não será inferior a 30M/ano.

3 - Pelo menos a 2 anos é isto que vejo , a mais tempo , não consigo prever este mercado que lutra entre si e mais ainda com avanço da Internet

O futuro dos dois Grupos é mais brilhante do que isso. É sobretudo pela Internet que vão crescer. Quer no streaming/pay tv, potenciada pelo 5G e pela expansiva publicidade digital.

4 - Que a compra é arrojada é barata não sei !
A compra é arrojada, porque um pequeno grupo de Media, sem grande prestígio ou visibilidade compra um Grupo enorme, omnipresente, líder durante 15 anos (só perdeu a liderança há 8 meses atrás). è barata porque paga metade do que oferecia a Altice há 2 anos e que pode ter um pay-back a 6 anos fora as referidas sinergias.

5 - No espaço de 2 anos A SIC É DONA DO PEDAÇO, e não tenho dúvida quem estará por cima ! para lá dos 2 anos não sei !

O Grupo SIC tem, adicionalmente, 7 vantagens competitivas e duradouras que dão suporte à liderança:
a) Reestruturação 100% bem sucedida: maioria dos meios humanos e materiais são transversais a muitas empresas do Grupo.
b) Centralização e Qualidade ímpar (em Portugal e não só) dos meios técnicos, estúdios e sede.
c) Imagem de marca e notoriedade no topo - Jornal Expresso e Sic's estão posicionadas no topo da tabela da credibilidade, qualidade e rigor.
d) Flagships » enorme avanço na variedade, qualidade e originalidade de conteúdos (para fidelização e exportação)
e) Daniel Oliveira » Este Diretor de programas vai muito além da sua função. Motiva e recruta equipas, antecipa tendências do mercado, cresce a marca do Grupo, contribui para a confiança e performance do Top management. Para mim, é IMPRESCINDÍVEL ao sucesso de médio/longo prazo..
f) Influência enorme nos 10 maiores grupos empresariais, nos 3 maiores partidos políticos e nos 3 operadores Telecom.
g) Líder indiscutível nas receitas das "chamadas de valor acrescentado" (margem de lucro de 90%), com quase 50% do mesmo (mercado global de 40M ano), graças a programas não replicáveis (Cristina, Baião, tempo extra, etc).

6 - Tanto pode ser a IPR, a CFN ou nenhuma delas ! As duas, muito dificilmente !

Win Win Como descrevi, 5 dos 7 mercados em que se inserem têm tendência a crescer e 2 entre eles a explodir, logo o Grupo Impresa e o Grupo CMTVI podem brilhar e incrementar fortemente os lucros no médio e longo prazo. O negócio destes dois grupos de Media nunca foram só TV e serão cada vez menos TV e serão cada vez mais Entertenimento, Informação multiplataformas, produção de conteúdos, exportação e licenciamento de conteúdos e streaming para e pela Internet.

nota - E caso efectuem Joint-Ventures, parcerias globais ou sejam Opados por grupos Telecom ou de streaming, aí, os limites de facturação e de lucros estarão na estratosfera (objectivo provável de médio prazo para ambos os Grupos).
5g-1.3 trillion dollars in MEDIA revenue.jpg


Caro Optimiza,

Agradeço o teu trabalho que revela um conhecimento profundo do mercado e é um contributo e um abre olhos para quem quer aprender.

O respeito nos diálogos com o Casino Lisboa dão um contributo precioso a este espaço.

Grato!

Abraço
 
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Re: Cofina - Tópico Geral

por Lisboa_Casino » 17/10/2019 15:41

OPTIMIZA,

"Mercado Publicitário Português vale 740M/ano (640M mensuráveis e reportados diretamente (por anúncio)/ 100M por sponsorização, trade-offs e transações cv). Cresce a 4,9% ao ano versus 7,2% de crescimento Mundial."

2018 -tvi 102 - sic 97 - RTP - 20 a 30 !?

Estes são os dados de 2018 e sem grande variação em 2019. No 2 trimestre de 2019 a TVI já perde 3% de publicidade e com o horario nobre equilibrado ! O setor que tem crescido mais é o digital , estando a Generalista flat !

Portanto para já, o crescimento de uma é a pancada da outra !

“A TVI vai perder mais do que os 20 milhões em publicidade devido à perda brutal de share na TV, com consequências diretas e mediatas nas Rádios (aumenta-se o desconto nos packages mantendo-se o volume publicitário, mas a queda de receita só se materializa 4 meses depois da perda de cada ponto de share e tem outras variáveis pontuais ou subjetivas)”

Resp : Refiro-me as receitas de televisão e no período 2 trimestre de 2019 até março de 2020 ! Não estou à espera dessa quebra no exercício de 2019 !



“Os múltiplos potenciais são espantosos! Parte-se de uma duplicação de 80% das estruturas humanas (infelizmente, muitos despedimentos), e de 60% das físicas, passa-se a vender e negociar em bloco, sinergias de 46M, o lucro a partir de 2022 não será inferior a 30M/ano.

A partir de 2022 , já é superior a 2 anos e até lá não sei se não haverá mais aumentos de capital para manter uma estrutura saudável , face a dimensão
da reestruturação a empreender !


“è barata porque paga metade do que oferecia a Altice há 2 anos e que pode ter um pay-back a 6 anos fora as referidas sinergias.”

Isso é assumir que a realidade não mudou e quês as coisas estão iguais ao que estavam ! Pessoalmente , não acho e tu tens evidenciado como ninguém essa mudança !


Sinceramente, a minha perspetiva será de resultados negativos ou perto de zero para a Cofina até 2022 e após a compra da Media capital. devido aos fracos números do negócio de televisão.


Mas faço votos que o cenário de “trabalhar” nos 2 tabuleiros te corra bem,!

Eu seguirei apenas na IPR !


Vamos acompanhar os trimestrais de uma e outra e poderemos tirar ideia mais segura ( tanto para um lado como para o outro)

Abco
Editado pela última vez por Lisboa_Casino em 17/10/2019 16:21, num total de 1 vez.
 
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Re: Cofina - Tópico Geral

por Optimiza » 17/10/2019 15:10

Caro LISBOA_CASINO, utilizei a hora de almoço para compilar este texto (cross-checking de dados 100% públicos e privados, mesmo assim subjectivos)

O mercado tem espaço para dois Grupos de Media com lucros apreciáveis, mantendo o "status quo" e lucros hiperbólicos alterando o "status quo" (considerando como status quo: forma actual de a) receitas publicitárias dos canais, jornais e rádios; b) sponsors; c) chamadas de valor acrescentado; d) publicidade digital; e) distribuição nacional e internacional de canais; f) exportação e licenciamento de conteúdos; g) subsídios directos e indirectos à RTP de 180M/ano, g) ausência de streaming pago, h) ausência de pay tv/5G por lotes ou minutos de conteúdos).

Antes de responder às tuas perguntas, vou partir de 9 Variáveis (subjectivas, redutoras e expostas a erros):

Mercado Publicitário Português vale 740M/ano (640M mensuráveis e reportados oficialmente (por anúncio)/ 100M por sponsorização, trade-offs e transações cv, sem reporte). Cresce a 4,9% ao ano versus 7,2% de crescimento Mundial.

I - Apenas para o líder e Vice líder (para os outros vale muito menos): cada ponto de share TV vale 6,5 milhões anuais de receita publicitária clássica (mercado vale 320M ano)» tem um delay de 3/4 meses a materializar-se por via do menor desconto no pricing dos packages publicitários dos canais e na recepção efectiva da receita publicitária (recebe-se, normalmente dois meses depois dos anúncios colocados). Valoro o ponto de share entre a média diária, porque o ponto de share no horário nobre vale, grosso modo, o triplo de outros horários (por vezes mais, quando ocorrem eventos especiais, como futebol, galas, exclusivos).

II - Para o líder e Vice líder: cada ponto de share TV na manhã, programas desportivos e manhãs de fim de semana vale 1.100.000€ anuais de receita em chamadas de valor acrescentado (margem de lucro nos 90%), e em sponsors.

III - Publicidade digital: Cada ponto de share nos canais TV tem uma ampla correspondência na receita digital (sites e links), para um nicho de mercado a crescer 35% ao ano (face a 2,5% na publicidade na TV e rádios em 2019 após 5 anos de queda). Publicidade digital para Media contents ainda só vale 25M/ano (mercado publicitário digital como um todo vale 200M/ano). A receita digital SIC, Expresso e CMTV/Record, TVI explodirá nos próximos anos, quer em termos absolutos, quer em termos percentuais para o mercado digital.

IV - Publicidade em Jornais e rádios: O mercado publicitário em todas as rádios vale cerca de 150M ano. No caso da Mediacapital (Comercial, M80,smooth), o facto de cerca de metade das negociações partir de pacotes na TV+rádios, como dano colateral, leva a uma descida efectiva da receita. A publicidade em Jornais está em forte declínio, exceptuando o líder em semanários Expresso, que soube proteger a receita, dado o seu público-alvo e o seu papel referencial para as elites, para as classes informadas, para o país e para os anunciantes (receita publicitária dos jornais+jornais online vale 90M/ano.

V - Distribuição por canais cabo nacionais vale 140M, obviamente sobre-valorando os canais líderes. A distribuição Internacional vale pouco mais de 40M (comercialmente está muito por fazer).

VI - Streaming e Pay TV, 5G para venda direta e licenciada, em Portugal e no Mundo tem um potencial de 150M/ano para o líder e Vice-líder dos media (está tudo por fazer). ALTERA O STATUS QUO

VII - Exportação de conteúdos e de licenças, informação, novelas, séries, desporto, programas de auto (ex: Golpe de sorte) tem um potencial de
240M/ano (está muitissimo por fazer face a receitas globais de 25M - embora já se vejam as novelas da SIC e TVI na Rússia, India, Venezuela e Tailândia). ALTERA O STATUS QUO

VIII - Copyrights Law EU (media jornais+TV) - apenas vai ter efeitos apartir das transposições normativas para cada país, mas o efeito, apartir de 2021, não deverá ser inferior a 80M/ano para os Mportugueses. ALTERA O STATUS QUO

XIX - Distribuição adicional de 60M/ano de rendimento publicitário na RTP pela SIC, CMTVI: 180 milhões de euros de subsídios directos e indiretos do Estado à RTP, no futuro, vão obrigar, por questões éticas e de legislação comunitária, a acabar com a publicidade paga na RTP 1. ALTERA O STATUS QUO

Respostas:

1 - Se a TVI perder 20 milhões de publicidade, quebra o negocio de chamadas significativamente - 5 milhões e ser forçada a renegociar em baixa os contratos com as operadores devido à fragilidade da share !

A TVI vai perder mais do que os 20 milhões em publicidade devido à perda brutal de share na TV, com consequências diretas e mediatas nas Rádios (aumenta-se o desconto nos packages mantendo-se o volume publicitário, mas a queda de receita só se materializa 4 meses depois da perda de cada ponto de share e tem outras variáveis pontuais ou subjetivas).

2 - Será que os multiplos serão assim tão atrativos ?

Os múltiplos potenciais são espantosos! Parte-se de uma duplicação de 80% das estruturas humanas (infelizmente, muitos despedimentos), e de 60% das físicas, passa-se a vender e negociar em bloco, sinergias de 46M, o lucro apartir de 2022 não será inferior a 30M/ano.

3 - Pelo menos a 2 anos é isto que vejo , a mais tempo , não consigo prever este mercado que lutra entre si e mais ainda com avanço da Internet

O futuro dos dois Grupos é mais brilhante do que isso. É sobretudo pela Internet que vão crescer. Quer no streaming/pay tv, potenciada pelo 5G e pela expansiva publicidade digital.

4 - Que a compra é arrojada é barata não sei !
A compra é arrojada, porque um pequeno grupo de Media, sem grande prestígio ou visibilidade compra um Grupo enorme, omnipresente, líder durante 15 anos (só perdeu a liderança há 8 meses atrás). è barata porque paga metade do que oferecia a Altice há 2 anos e que pode ter um pay-back a 6 anos fora as referidas sinergias.

5 - No espaço de 2 anos A SIC É DONA DO PEDAÇO, e não tenho dúvida quem estará por cima ! para lá dos 2 anos não sei !

O Grupo SIC tem, adicionalmente, 7 vantagens competitivas e duradouras que dão suporte à liderança:
a) Reestruturação 100% bem sucedida: maioria dos meios humanos e materiais são transversais a muitas empresas do Grupo.
b) Centralização e Qualidade ímpar (em Portugal e não só) dos meios técnicos, estúdios e sede.
c) Imagem de marca e notoriedade no topo - Jornal Expresso e Sic's estão posicionadas no topo da tabela da credibilidade, qualidade e rigor.
d) Flagships » enorme avanço na variedade, qualidade e originalidade de conteúdos (para fidelização e exportação)
e) Daniel Oliveira » Este Diretor de programas vai muito além da sua função. Motiva e recruta equipas, antecipa tendências do mercado, cresce a marca do Grupo, contribui para a confiança e performance do Top management. Para mim, é IMPRESCINDÍVEL ao sucesso de médio/longo prazo..
f) Influência enorme nos 10 maiores grupos empresariais, nos 3 maiores partidos políticos e nos 3 operadores Telecom.
g) Líder indiscutível nas receitas das "chamadas de valor acrescentado" (margem de lucro de 90%), com quase 50% do mesmo (mercado global de 40M ano), graças a programas não replicáveis (Cristina, Baião, tempo extra, etc).

6 - Tanto pode ser a IPR, a CFN ou nenhuma delas ! As duas, muito dificilmente !

Win Win Como descrevi, 5 dos 7 mercados em que se inserem têm tendência a crescer e 2 entre eles a explodir, logo o Grupo Impresa e o Grupo CMTVI podem brilhar e incrementar fortemente os lucros no médio e longo prazo. O negócio destes dois grupos de Media nunca foram só TV e serão cada vez menos TV e serão cada vez mais Entertenimento, Informação multiplataformas, produção de conteúdos, exportação e licenciamento de conteúdos e streaming para e pela Internet.

nota - E caso efectuem Joint-Ventures, parcerias globais ou sejam Opados por grupos Telecom ou de streaming, aí, os limites de facturação e de lucros estarão na estratosfera (objectivo provável de médio prazo para ambos os Grupos).
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Re: Cofina - Tópico Geral

por Lisboa_Casino » 17/10/2019 12:16

OPTIMIZA,

"Só mediante este "Mind Shift" se percebe que uma OPA (sobre Grupo media Capital) - com um racional ímpar, com um arrojo admirável (a pulga compra o elefante e torna-se o "gigante"), com um preço a forte desconto (Mediacapital adquirida por menos de metade do preço oferecido por Altice), e com uma estratégia subjacente brilhante (sinergias, racionalização de estruturas, modernização dos meios técnicos e instalações vão disparar os lucros a 2 anos) - leve a uma queda abrupta da cotação e a uma fuga de investidores minoritários".

Porgunta : Se a TVI perder 20 milhões de publicidade, quebra o negocio de chamadas significativamente - 5 milhões e ser forçada a renegociar em baixa os contratos com as operadores devido à fragilidade da share !


Será que os multiplos serão assim tão atrativos ?

Pelo menos a 2 anos é isto que vejo , a mais tempo , não consigo prever este mercado que lutra entre si e mais ainda com avaanço da Internet !

Que a compra é arrojada é barata não sei !

A partir do nível de endividamento e capitalização da futura cofina, não consigo visualizar o sucesso de uma operação sem o insucesso da sua concorrente ! È um mercado demasiado pequeno para a 2 empresas sairem ganhadoras !

No espaço de 2 anos A SIC É DONA DO PEDAÇO, e não tenho dúvida quem estará por cima ! para lá dos 2 anos não sei !

Tanto pode ser a IPR, a CFN ou nenhuma delas ! As duas, muito dificilmente !

Parece-me !



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Re: Cofina - Tópico Geral

por suminvestido » 17/10/2019 12:07

optimiza Escreveu:O mercado global detesta AC's! Nunca o dinheiro valeu tão pouco (se fôr emprestado), nunca o dinheiro custou tanto a dar (quando é o nosso)

Numa altura em que dívida pública é colocada com taxas negativas (mesmo em países insustentáveis em futuras crises económico/monetárias), que o BCE "bomba" 2MM, por dia, de euros novos, quando se glorifica o potencial do negócio vis a vis ratios de dívida/activos, assistimos a um shift mundial, quer de investidores, quer de instituições, quer dos cidadãos em geral de como deve ser valorizada a estratégia empresarial de empresas cotadas e não cotadas.

A) Mercado "ama" passivos crescentes e gigantes Exemplos recentes: quando a "promessa" de corporate added value aumenta mais que proporcionalmente ; Netflix, Altice, Beyond Meet, Amazon, EDP R, Canopy.

B) Mercado "detesta" Aumentos de Capital (o "nosso dinheirinho" não é para essas asneiras) Exemplos recentes: Cofina (sendo ainda 1 mero cenário caso OPA avance), Eldorado Gold (apenas mencionando a hipótese de um AC), Uber, Tesla.

Só mediante este "Mind Shift" se percebe que uma OPA (sobre Grupo media Capital) - com um racional ímpar, com um arrojo admirável (a pulga compra o elefante e torna-se o "gigante"), com um preço a forte desconto (Mediacapital adquirida por menos de metade do preço oferecido por Altice), e com uma estratégia subjacente brilhante (sinergias, racionalização de estruturas, modernização dos meios técnicos e instalações vão disparar os lucros a 2 anos) - leve a uma queda abrupta da cotação e a uma fuga de investidores minoritários.

Adicionar ao passivo Cofina os 257 Milhões da compra (Prisa+minoritários+passivo media Capital), teria, a médio prazo, um impacto quase nulo na cotação, se compararmos com o Aumento de capital de 85 Milhões de euros (que agora mais do que triplicaria o nº de ações e consequente diluição de posições), que exige aos Investidores a entrada de dinheiro fresco. Acredito que o AC nesta escala é a opção de gestão adequada, mas que até à realização do mesmo AC (Maio/Junho do próximo ano), a mera possibilidade de vir a existir vai ser uma espada de Dâmocles sobre a cabeça dos acionistas Cofina (por melhores que sejam os resultados intercalares).

Não há análise técnica que resista. Além do mais, face a um free float baixissimo (17%?), a cotação vai apenas para onde os seus acionistas de controlo quiserem (basta 1 milhão de euros unidirecionados para a cotação voar mais 50% ou menos 50%).
COFINA a indicação de potencial AC de 85M destrói ação.gif


Optimiza, como sempre, mais uma excelente análise. Com o AC garantidamente irá haver diluição na % do capital a quem não acompanhar o mesmo.Mas terá de haver diluição no valor da posição? Isso só se saberá quando for publico o preço de emissão das novas acções.Os novos accionistas vão entrar como e quando? vai ser só um AC ? julgo ainda haver muitas perguntas sem respostas.
 
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Re: Cofina - Tópico Geral

por Optimiza » 17/10/2019 11:44

O mercado global detesta AC's! Nunca o dinheiro valeu tão pouco (se fôr emprestado), nunca o dinheiro custou tanto a dar (quando é o nosso)

Numa altura em que dívida pública é colocada com taxas negativas (mesmo em países insustentáveis em futuras crises económico/monetárias), que o BCE "bomba" 2MM, por dia, de euros novos, quando se glorifica o potencial do negócio vis a vis ratios de dívida/activos, assistimos a um shift mundial, quer de investidores, quer de instituições, quer dos cidadãos em geral de como deve ser valorizada a estratégia empresarial de empresas cotadas e não cotadas.

A) Mercado "ama" passivos crescentes e gigantes Exemplos recentes: quando a "promessa" de corporate added value aumenta mais que proporcionalmente ; Netflix, Altice, Beyond Meet, Amazon, EDP R, Canopy.

B) Mercado "detesta" Aumentos de Capital (o "nosso dinheirinho" não é para essas asneiras) Exemplos recentes: Cofina (sendo ainda 1 mero cenário caso OPA avance), Eldorado Gold (apenas mencionando a hipótese de um AC), Uber, Tesla.

Só mediante este "Mind Shift" se percebe que uma OPA (sobre Grupo media Capital) - com um racional ímpar, com um arrojo admirável (a pulga compra o elefante e torna-se o "gigante"), com um preço a forte desconto (Mediacapital adquirida por menos de metade do preço oferecido por Altice), e com uma estratégia subjacente brilhante (sinergias, racionalização de estruturas, modernização dos meios técnicos e instalações vão disparar os lucros a 2 anos) - leve a uma queda abrupta da cotação e a uma fuga de investidores minoritários.

Adicionar ao passivo Cofina os 257 Milhões da compra (Prisa+minoritários+passivo media Capital), teria, a médio prazo, um impacto quase nulo na cotação, se compararmos com o Aumento de capital de 85 Milhões de euros (que agora mais do que triplicaria o nº de ações e consequente diluição de posições), que exige aos Investidores a entrada de dinheiro fresco. Acredito que o AC nesta escala é a opção de gestão adequada, mas que até à realização do mesmo AC (Maio/Junho do próximo ano), a mera possibilidade de vir a existir vai ser uma espada de Dâmocles sobre a cabeça dos acionistas Cofina (por melhores que sejam os resultados intercalares).

Não há análise técnica que resista. Além do mais, face a um free float baixissimo (17%?), a cotação vai apenas para onde os seus acionistas de controlo quiserem (basta 1 milhão de euros unidirecionados para a cotação voar mais 50% ou menos 50%).
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Re: Cofina - Tópico Geral

por Àlvaro » 17/10/2019 8:11

BOMB, o que segura a Cofina entre 35 e 40 é a possibilidade do regulador chumbar a OPA. Se não houver surpresas, os tais investidores de referência (e outros) deverão conseguir aguentá-la nesse intervalo. :?
 
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Cofina - Tópico Geral

por BOMBA99 » 17/10/2019 0:04

Ainda não foi confirmado o registo da OPA oficialmente. Não se consegue perceber o papel da CMVM mas consta que ''obrigou'' a COFINA a anunciar um aumento de capital (eventual).

A COFINA sofreu na pele o disparatado e incompreensível comportamento da CMVM e era bom que se desvendassem os mistérios que estão por anunciar. Está a chegar a apresentação de resultados e era sensato que nessa altura já se pudesse vislumbrar o desenho da operação de financiamento.

Em relação às vendas das últimas semanas confirma-se que nenhum dos administradores vendeu. e que neste momento (aparentemente) 80% das acões estão nas mãos de participações qualificadas. A notícia da TVI ter ganho 2 épocas de Taça de Portugal e Supertaça acaba por ser boa para a COFINA no caso de a OPA se acabar por concretizar,
 
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Re: Cofina - Tópico Geral

por mediafc » 15/10/2019 19:23

Goya777 Escreveu:Se o Novo Banco está a comprar entao estoy allí in! Têm um track Record impecável


Olá Goya777,
Esse comentário foi sarcástico ou têm mesmo um track record impecável?

Obrigado.
 
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Re: Cofina - Tópico Geral

por Goya777 » 15/10/2019 18:34

Se o Novo Banco está a comprar entao estoy allí in! Têm um track Record impecável
 
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Re: Cofina - Tópico Geral

por jbarroqueiro » 15/10/2019 17:44

https://www.dinheirovivo.pt/empresas/so ... na-cofina/

Não me lembro de ter visto alguém falar disto aqui, mais um sinal que bons ventos estarão a vir para esta menina ;)

JB
 
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Re: Cofina - Tópico Geral

por Lisboa_Casino » 13/10/2019 17:16

Alvaro,

Apesar de ser um dos maiores acionistas individuais , com 0,1% ( ate nem compro mais para não correr o risco do entusiasmo aumentar e passar a fasquia de OPA obrigatória! :D
, injustamente não me dao direito a ter acesso a informação privilegiada, pelo que sei tanto quanto tu !

Mas repara. a TVI luta pela sobrevivência e apenas um musculo financeiro forte poderá leva-la a ressuscitar !

Não estou a ver que alguém queira assumir as despesas do funeral !

Penso que o fecho da TVI levaria a mais desemprego do que as sinergias da cofina !

Mas sindicato que e sindicato está a borrifar-se para isso ! Sempre em defesa da classe operaria ! :mrgreen:


abco
 
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Re: Cofina - Tópico Geral

por Àlvaro » 13/10/2019 16:57

LISBOA, será só isso? Veremos... do que tenho lido está a levantar-se o problema da qualidade de informação. Antes que me batam ou apaguem o post espreitem as redes sociais dos jornalistas da SIC. Ninguém está de acordo. Há até quem diga do CM e da CMtv o que Maomé não disse do toucinho. :shock:
Em relação ao tal canal a Cofina argumenta que a Cmtv fica para uma faixa de população e a Tvi para outra e quer separar. Tá-se mesmo a ver... :?
 
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Re: Cofina - Tópico Geral

por Lisboa_Casino » 13/10/2019 16:43

Caro ativo,

E previsível este movimento, que aparentemente está associado à OPA da cofina e o medo de criar o líder nacional, europeu e talvez intergaláctico dos media, embora com uma quota de mercado final, abaixo de "mosquito que se chama Impresa"!

São força desiguais , com faturações estratosféricas ( pena serem números do passado), mas que servem para argumentar legitimamente a defesa !

Brincadeiras à parte , em minha opinião, este movimento náo se destina a bloquear a OPA, mas antes como referido, a criar vantagem no concurso da TDT !


A impresa quer salvaguardar que a dimenso do grupo que vai ser criado, mao juntifica o incremento de quota com atribuição de tdt a CMTV. !

Pelo contrario, para equilíbrio de forças, :mrgreen: , a SIC noticias merece um canal na TDT !

So isso em meu ver !

Todos sabem que perderiam muito com mais uma OPA vedada ao setor !

Abco e bons negocios
Editado pela última vez por Lisboa_Casino em 13/10/2019 17:09, num total de 1 vez.
 
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Re: Cofina - Tópico Geral

por Ativo » 13/10/2019 15:47

In "Sol", hoje:

«TVI. Impresa abre guerra à Cofina.

Há anos, Balsemão assumiu publicamente a guerra contra o negócio da Altice e da Prisa sobre a Media Capital. Agora, a Impresa já começou a mexer-se nos bastidores para tentar evitar que a Cofina se transforme no maior grupo de comunicação português com a compra da TVI.

A compra da Media Capital por parte da Cofina já está a criar descontentamento junto do grupo Impresa. O SOL sabe que altos quadros da empresa liderada por Francisco Pedro Balsemão reuniram com as operadoras de telecomunicações para falar sobre este negócio, que vai criar o maior grupo de comunicações caso a operação avance.
Contactado pelo SOL, o grupo diz apenas que «é natural que a Impresa tenha contactos permanentes com as operadoras por ter com elas várias relações comerciais e contratuais e, por isso, uma forte proximidade com todas». Em setembro, o CEO tinha admitido que estava «atento a quaisquer alterações neste setor da comunicação social», acrescentando que, enquanto não houvesse mais pormenores, não iria comentar a operação.

Ao que o SOL apurou, o objetivo destes encontros passará por arrastar o processo de compra, nomeadamente junto da Autoridade da Concorrência (AdC). A ideia é desvalorizar o ativo TVI - que está neste momento avaliado em 255 milhões de euros, mas cujas sinergias no futuro grupo estão fixadas em 46 milhões de euros - e seguir o exemplo do que se passou com a tentativa de compra por parte da Altice. A operação avaliada em cerca de 440 milhões de euros acabou por esbarrar na demora das autorizações necessárias da Concorrência e de outras entidades reguladoras.

E os números falam por si: o volume de negócios conjunto das duas empresas rondará os 270 milhões de euros, tendo em conta os resultados da Media Capital e da Cofina. Um valor superior quando comparado com a Impresa, cujas receitas superam os 172 milhões de euros. No total, Media Capital e Cofina têm 1800 colaboradores.

Mas as consequências deste negócio caso avance não ficam por aqui. O grupo Impresa também poderá ver beliscadas as audiências. Atualmente a SIC tem mais audiência do que a TVI e CMTV juntas e o SOL sabe que a SIC está a fazer um profundo investimento para aumentar cada vez mais o fosso em relação à TVI. No entanto, o caso pode mudar de figura depois da junção dos dois canais. O SOL sabe que a ideia da empresa liderada por Paulo Fernandes é ter públicos diferentes em cada um dos canais (ver texto ao lado).

Tal como o jornal i avançou, a SIC tem sido, durante todo este ano - à exceção de janeiro -, a campeã das audiências. Não é novidade que a estação de Carnaxide tem estado em expansão desde a contratação de Cristina Ferreira e os números são a verdadeira prova disso. É que desde janeiro - mês em que a apresentadora se estreou nas televisões dos portugueses pela SIC -, as audiências têm disparado e, a partir de fevereiro, o canal nunca mais saiu da liderança, sendo o fosso entre as duas estações privadas cada vez maior: na audiência média acumulada desde o início deste ano, a SIC está 14% acima da TVI.

Endividamento pode condicionar

Esta preocupação junto da Impresa ganha maiores contornos tendo em conta a descida das ações em bolsa do grupo Impresa ao longo dos últimos anos e também os níveis de endividamento, que poderão condicionar uma resposta futura ao novo grupo.

Aliás, em junho, a SIC avançou com uma emissão de obrigações destinadas a investidores de retalho com vista a obter 30 milhões de euros. Para atrair os pequenos investidores propõe-se pagar uma taxa de 4,5% por títulos de dívida que têm maturidade a três anos. E, para que a subscrição fosse um sucesso, recorreu a estrelas televisivas para promover estas emissões. Cristina Ferreira, que tem puxado pelas audiências da estação de Paço de Arcos, é uma das quatro caras que foram utilizadas na campanha da emissão de dívida.

Também a desvalorização de ações tem sido uma dor de cabeça para o grupo Balsemão. Só no ano passado, os títulos registaram uma queda de 60,1%, depois de terem registado uma valorização de 70%. O cenário repetiu-se com os volumes de transação que registaram uma forte contração ao descer cerca de 73% para cerca de 200 mil ações por ação, no ano passado (ver gráficos em baixo).

Contestação

O que é certo é que vários jornalistas e comentadores da SIC têm vindo a criticar o negócio. Um deles foi Pedro Marques Lopes, comentador do Eixo do Mal. «No dia em que o país está de luto por Freitas do Amaral, o jornal do principal grupo de comunicação social portuguesa (Media Capital + Cofina) enche a primeira página com ‘Vibradores tramam pedófilo arrependido’», disse no Twitter.

Já Daniel Oliveira - também comentador do Eixo do Mal - escreveu num artigo de opinião no Expresso: «O mais poderoso grupo de media português passará a estar nas mãos de um grupo que se dedica ao jornalismo sensacionalista e que tem uma agenda política clara (...). A compra da TVI pela Cofina é, em décadas, dos momentos mais determinantes para a nossa democracia».

Também o jornalista da estação Pedro Coelho reagiu a este negócio. «Imaginem o efeito que teria num qualquer país se uma pequeníssima televisão tabloide tomasse conta de um canal nacional que foi 19 anos líder de audiências?», questionou no Twitter.

O anúncio do acordo para a compra da dona da TVI foi feito a 21 de setembro e o negócio deverá estar concluído no primeiro semestre de 2020. A transação estará sujeita a certas condições, em particular à aprovação dos reguladores e à realização de um aumento de capital da Cofina, em 85 milhões.
».

Forças de bloqueio já se começaram a movimentar ... Será que conseguirão o seu intento?
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Re: Cofina - Tópico Geral

por suminvestido » 11/10/2019 16:15

ativo Escreveu:
Celsius-reloaded Escreveu:
ativo Escreveu:O preço de subscrição de um aumento de capital reservado a acionistas, isto é, com direitos de subscrição conferidos a acionistas, vai depender da entrada, ou não, de novos acionistas de referência, ou seja, de haver, ou não, também um outro aumento de capital não reservado a acionistas.
A existir esse outro aumento de capital não reservado a acionistas, destinado a ser subscrito por futuros novos acionistas de referência, quanto maior ele for e quanto mais alto for o seu preço de subscrição maior tenderá a ser também o preço de subscrição do aumento de capital reservado a acionistas.


Por causa da teu texto lembrei-me do famoso ac do banif em que não existiram dtos de subscrição.

Será possivel acontecer isso neste ac da Cofina? Ou entao eles serem transaccionados em valores de tal forma infimos que equivalessem a não ter valor?

Um aumento de capital da Cofina sem concessão de direito de preferência na sua subscrição aos atuais acionistas (ficando estes, portanto, sem direitos de subscrição das novas ações, que pudessem posteriormente transacionar), ocorrerá, na minha opinião, apenas para permitir a entrada de novos acionistas de referência no capital social da Cofina. Caso não haja investidores interessados em serem acionistas de referência da Cofina, esse aumento de capital, feito desse modo, não se realizará.
No entanto, penso que haverá sempre um aumento de capital em que aos atuais acionistas seja concedido direito de preferência na sua subscrição, por outras palavras, direitos de subscrição do aumento de capital. Portanto, quer haja, ou não, esses tais investidores, será sempre realizado um aumento de capital nestes termos. Se existirem esses mencionados investidores, além de um aumento de capital assim, será realizado um outro em que os atuais acionistas não terão direito de preferência na sua subscrição, o qual será destinado a ser subscrito pelos tais investidores.

Quanto ao valor dos direitos de subscrição ele dependerá da cotação da ação na véspera do dia em que as ações deixem de negociar detendo os direitos de subscrição e do preço de subscrição de cada nova ação. Quanto maior for a diferença entre o valor daquela cotação e este preço, maior será o valor de cada direito de subscrição. Por sua vez, o valor da cotação da ação na véspera do dia em as ações deixem de negociar detendo os direitos de subscrição do aumento de capital depende do interesse que o aumento de capital suscitar e este das condições do aumento de capital (que ainda não se conhecem) …

Nota: Foi feita segunda edição do "post".


Al efecto, las partes han suscrito un contrato de compraventa mediante el cual PRISA
transmitirá a Cofina la totalidad de su participación en Vertix, habiendo obtenido Cofina
con carácter previo a la firma del contrato compromisos de financiación del precio
pactado por parte de entidades de crédito, de sus principales accionistas y de inversores.

Este excerto do comunicado da Prisa, ver aqui tudo:https://web3.cmvm.pt/sdi/emitentes/docs/FR73396.pdf
dá a entender que a Prisa sabia que iriam entrar novos investidores na Cofina.
Se vai ser bom ou mau para os actuais acionistas, temos de esperar, mas quero crer que os administradores da Cofina sendo detentores de 71% do capital certamente que terão acautelado quer os seus interesses quer dos demais accionistas.Vamos aguardar.
 
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