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Caldeirão da Bolsa

FOREX - 2019 - 4º trimestre

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: FOREX - 2019 - 3º trimestre

por djovarius » 9/8/2019 22:56

Boas.

É mais uma semana complexa. Alguns mercados parecem uma enorme Fartech !!!

Bem, falando de coisas sérias: O Cable já está no caminho previsto pelos participantes neste tópico há muito tempo. As coisas podem azedar, quer a nível da AT quer da AF. Não há volta a dar. O Cable está aos níveis do Acordo do Plaza e o EUR/GBP a caminho dos tempos da crise de 2008...
O USD/JPY pode cair mais, algo que levará à inevitável intervenção conjunta do BOJ/MOF em Tóquio...

O EUR/USD ainda está dentro do envelope das férias...
O USD só não está fraco face a divisas emergentes, graças aos Chineses....

O ouro não ganha no conjunto da semana, mas os sinais estão lá.
A renda fixa mostra que não somos todos iguais.... só bastou a Itália espirrar...

Os sinais de crise agravam-se, mas tudo pode mudar a qualquer momento. Ainda assim, a Europa está já em crise e os números da recessão virão até Outubro.

Quem trabalha em turismo, como eu, sabe que as coisas, no terreno, vão azedar. A propósito, neste fim de semana, visitem o meu vlog e os meus primeiros videos :)

Só para quem se interessa pelo setor em causa. De resto, boas férias ou fds a todos

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Re: FOREX - 2019 - 3º trimestre

por TheKeyboardDuck » 8/8/2019 18:57

O Dr. Copper e o AUDJPY parecem estar a colapsar, e estando o USDJPY positivamente correlacionado em conjunto com alguma análise do DXY, penso que o par irá subir sem problema, até porque está bastante abaixo da sua mean reversion 108.40.

Relativamente ao sentimento, Pela Europa está tudo muito bearish, contudo nos US está tudo a flipar para bull novamente (anexos)

Penso que haverá um melt up do dollar num futuro próximo em conjunto com um rally do mercado americano. (Recomendo que vejam o milk shake theory do Brent Johnson)

Vai ser um final de ano bastante interessante no mercado FX
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Re: FOREX - 2019 - 3º trimestre

por djovarius » 7/8/2019 17:18

Boas,

Não tem nada de agradecer.
E os juros continuam a implodir. Parece que um dia destes Portugal vai se financiar mais baixo que a Espanha :shock: :shock: :shock: :shock:

E o medo continua. O USD/JPY ganhou tração para baixo. De repente, o mercado de muitas euforias, passou a ser o cabo do medo. É assim nos mercados. O USD passou a estar sob pressão, bem como os mercados norte-americanos.
E o petróleo entrou em colapso. Isso é sempre um estranho sinal.

Veremos o que isto dá...

Abraço

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Re: FOREX - 2019 - 3º trimestre

por Ugly bull » 6/8/2019 17:51

djovarius Escreveu:Boas,

A guerra comercial está a atingir o ponto dos "mind games". A China não poderá esconder, apesar dos esforços desesperados da censura, a sua fragilidade perante a situação. Deixar de importar produtos agrícolas dos Estados Unidos é um tiro no pé. É condenar muita gente à fome.
E isto num contexto de uma crise política em Hong Kong que poderá deixar marcas.
E, sim, quem acompanha o mercado cambial há tantos anos, sabe bem que são manipuladores da moeda. Sempre foram no sentido de sustentar a sanha exportadora.
O que faltou foi coragem de denunciar os abusos.

Claro que isto tem consequências. Os operadores agarraram-se à renda fixa como carraças :twisted:
Estes juros negativos ultrapassam todo o nível de sanidade. Até a Irlanda, ex-PIIGS, já vai para juro zero a dez anos. Impressionante. E a Alemanha está já negativa a 30 anos :shock: :shock: :shock: :shock:

E assim vamos assistir a uma fuga para o ouro, prata e BTC, além do tradicional JPY.
O USD/JPY foi a mínimos de quase 3 anos. Deveremos assitir a um aumento da volatilidade do mercado cambial. Resta saber se isso levará a tendências de médio prazo.
O EUR/USD é mais problemático. Já o Cable terá uma história complicada nas próximas semanas... meses até !!

O final do verão será aquilo que as guerras dos tronos determinarem !

Abraço

dj



Em contexto de guerra cambial, a desvalorização da moeda chinesa será a tendência natural e esperada: aumenta a tarifa de um lado, desvaloriza a moeda do outro. Pergunto-me para quanto tempo durará a reserva cambial em dolares do PBOC para comprar yuan no mercado mantendo-a a níveis 'aceitáveis' (abaixo dos 7 CNH para 1 dolar). Não interessa aos chineses uma queda muito acentuada do yuan face ao dolar, visto muitos empréstimos de empresas chinesas estarem associados ao dolar...

Aproveito para agradecer os seus excelentes posts!
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Re: FOREX - 2019 - 3º trimestre

por djovarius » 6/8/2019 16:54

Boas,

A guerra comercial está a atingir o ponto dos "mind games". A China não poderá esconder, apesar dos esforços desesperados da censura, a sua fragilidade perante a situação. Deixar de importar produtos agrícolas dos Estados Unidos é um tiro no pé. É condenar muita gente à fome.
E isto num contexto de uma crise política em Hong Kong que poderá deixar marcas.
E, sim, quem acompanha o mercado cambial há tantos anos, sabe bem que são manipuladores da moeda. Sempre foram no sentido de sustentar a sanha exportadora.
O que faltou foi coragem de denunciar os abusos.

Claro que isto tem consequências. Os operadores agarraram-se à renda fixa como carraças :twisted:
Estes juros negativos ultrapassam todo o nível de sanidade. Até a Irlanda, ex-PIIGS, já vai para juro zero a dez anos. Impressionante. E a Alemanha está já negativa a 30 anos :shock: :shock: :shock: :shock:

E assim vamos assistir a uma fuga para o ouro, prata e BTC, além do tradicional JPY.
O USD/JPY foi a mínimos de quase 3 anos. Deveremos assitir a um aumento da volatilidade do mercado cambial. Resta saber se isso levará a tendências de médio prazo.
O EUR/USD é mais problemático. Já o Cable terá uma história complicada nas próximas semanas... meses até !!

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Re: FOREX - 2019 - 3º trimestre

por rsacramento » 5/8/2019 13:19

estás de facto muito pessimista: onde fica "Drama City"?
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Re: FOREX - 2019 - 3º trimestre

por richardj » 5/8/2019 13:12

Os máximos do ouro podem ser de 6 anos e não 7, mas também tem de ser 100% rigoroso.

Em geral estava só a partilhar o meu pessimismo, que advém até mais do lado fundamental do que do lado técnico.

É só porque, há muitas pequenas coisas que mostram que as coisas estão a começar a fugir, reparem, ainda hoje o HSBC anunciou que vai despedir 4000 pessoas, incluindo o CEO. No mes, passado o DB também apresentou um programa que vai limpar 18 mil postos até 2022, mas o pior é que ninguém acredita que aquilo seja executável.

Outras coisas que me fazem estar mais preocupado, por exemplo:

- grandes investidores como o Buffett estão muito líquidos, o que me diz que estão à espera que tudo rebente;

- Bonds Alemães a 30 anos a chegar aos negativos;

- Mesmo com um já longo período de baixas taxas de juros, muitos países europeus continuam com deficits estruturais, o que me diz que da situação onde estão só podem ir para pior, porque nunca se pagou tão pouco pelos empréstimos;

- Penso que ainda ninguém pensou seriamente no Brexit, está tudo preocupado com a questão politica, eu pergunto, se no dia seguinte a um brexit sem acordo a UE impuser taxas alfandegarias a todos os produtos ingleses, e se todas as transacções financeiras a partir de Londres para a UE tiverem uma taxa valente em cima, o que acontece?

- Se o mercado americano com uma taxa a 2,25% está a chorar é porque alguma coisa está muito mal.

- O deficit americano, tal como tem vindo a ser feito, não é sustentável.


Nada disto quer dizer que vai tudo rebentar amanha, mas para mim, cada vez mais caminhamos para uma crise a curto/médio prazo.

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Re: FOREX - 2019 - 3º trimestre

por BearManBull » 4/8/2019 20:11

richardj pela AT do SP500 diria que antes de estar demasiado alarmista tinha pelo menos de fazer um lower high e depois um mínimo inferiior a Dezembro, até lá é só mercado a ser mercado.

Quanto ao eur/usd da minha perspectiva o suporte está quebrado mas pode ser que volte a ir para cima, em termos de RSI não lhe falta espaço para descer.
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Re: FOREX - 2019 - 3º trimestre

por rsacramento » 4/8/2019 15:28

richardj Escreveu:E o ouro continua a voar, já vai com máximos de 7 anos

não serão máximos de 6 anos?
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Re: FOREX - 2019 - 3º trimestre

por richardj » 4/8/2019 14:54

Esta semana foi só más noticias para os mercados, desde a descida dos juros não ter sido tão expressiva e numa perspectiva de continuidade, como com a taxa de 10% sobre 300 mil, é só cacetada.

Para mim, a guerra comercial só se fecha para depois das eleições, que os chineses não querem o Trump e estão a ver se ele perde as eleições para fechar um acordo decente.

E o ouro continua a voar, já vai com máximos de 7 anos e para mim, vai fazer novos máximos, porque isto vai tudo rebentar outra vez.

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Re: FOREX - 2019 - 3º trimestre

por djovarius » 2/8/2019 22:14

Boas,

Pouca gente vai ler isto devido às férias.... porém, a guerra vai finalmente atingir o seu auge.
A China não vai aguentar mais tarifas, após 5 milhões de empregos perdidos. A situação vai ser clarificada.
As Bolsas estão em queda e agora, entende-se porquê, a renda fixa continua a ser Rainha. Desconfio que até Portugal vai a juros negativos a 10 anos....

O que fica desta semana? O EUR/USD num falso "break", foi só um aviso.
E mais uma fuga a favor do JPY. O USD/JPY perde 2,5% em duas sessões... as coisas, repito, vão aquecer.

Há que estar preparado para a guerra !! :roll:
Abraço, bom fds, excelentes férias para quem as tem !!!

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Re: FOREX - 2019 - 3º trimestre

por BearManBull » 1/8/2019 0:07

Boa decisão da FED. Reacção dos mercados normal, nada de especial, bull completamente intacto.

Baixar juros por baixar e depois ficar sem armas no arsenal é má política, os USA sempre foram mais instruídos e com visão de longo prazo que nós pela Europa.

O meu suporte foi quebrado é bem possível que vá testar mínimos de 2016.

Quanto á discussão da inflação ficamos no mesmo :lol: mesmo que seja pequena é boa para quem tem património é má para os trabalhadores nas bases. Mesmo a 2% ao fim de 20 anos são uns 50% a menos no banco no contexto actual. Outra questão é ter inflação com taxas de referència superiores aí já não a vejo com outros olhos, mas o trabalhador de salário mínimo sai sempre a perder...
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Re: FOREX - 2019 - 3º trimestre

por djovarius » 31/7/2019 21:17

E pronto....
Reserva Federal a dizer que isto é apenas um pequeno alívio, devido à baixa inflação e nada mais do que isso.

A grande realidade é que o mercado não gostou, estando a renda fixa a voltar a território de bolha. Vai ser lindo, vai !!!
EUR/USD a voltar aos 1.10xx confirmando que o velho "bear" anda aí. Some-se a isso a fragilidade do Cable e... temos ventos fortes na Europa nos próximos 3 meses.
Já há quedas do IPC, como em Portugal. Não deverá ficar por aí !!

As coisas vão aquecer...

Abraço, boas férias a quem as tem !!

dj
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Re: FOREX - 2019 - 3º trimestre

por djovarius » 31/7/2019 16:34

Boas,

Olá, companheiro. Mas a inflação boa, resume-se a meros 2%, talvez 2.5% ao ano num quadro de PIB a crescer acima de 3%. Nesse quadro, o trabalhador nunca foi prejudicado. Vejam-se os salários reais nos EUA nos últimos anos.
O meu problema é que já estamos outra vez, aqui na área do EUR, a crescer a 1% e com IPC a 1,2% - estamos assim em rota de afastamento daquilo que é o ideal. Neste quadro, com inflação perto de zero num ambiente de estagnação, o trabalhador ainda é mais prejudicado.
Ou porque não tem emprego, ou porque o emprego que consegue não paga €€€€ suficientes para acompanhar sequer essa magra inflação.
Então, o QE Europeu foi / é um erro, não na intenção, mas na maneira como foi feito. Só serviu para inflacionar certos ativos em detrimento de outros.

Hoje é o EUR/USD que se aproxima de mínimos de 2019 enquanto o Cable recupera dos mesmos. Mais um dia de fraca liquidez nos mercados.
Daqui a pouco há FED para "partir" a loiça (ou não).

Neste mês de Julho, vimos as Bolsas em alta do outro lado do Atlântico e mesmo em Londres, mas em baixa na zona EUR. Vimos o ouro e a prata ainda a subir e outras "commodities" a estagnar (como o petróleo) ou mesmo a descer - sinal de desaceleração das economias.
Vimos alta do USD e quedas das restantes (nem todas), bem como das criptomoedas. O Cable perdeu 400 pips no mês.

Veremos o que Reserva Federal prepara antes das férias....

Abraço

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Re: FOREX - 2019 - 3º trimestre

por BearManBull » 31/7/2019 0:05

djovarius Escreveu:Uma economia sem uma inflação de ativos e de preços (embora baixa) é sinal de estagnação.j


Porque? O PIB desconta a inflação. A inflacção não causa crescimento económico, o crescimento é que causa inflação e mais 0% de inflação é o ideal em ambientes sem pleno emprego.

Inflation
Pros and Cons of Inflation
Inflation is both good and bad, depending upon which side one takes.

For example, individuals with tangible assets, like property or stocked commodities, may like to see some inflation as that raises the value of their assets which they can sell at a higher rate. However, the buyers of such assets may not be happy with inflation, as they will be required to shell out more money.

People holding cash may also not like inflation, as it erodes the value of their cash holdings. Inflation promotes investments, both by businesses in projects and by individuals in stocks of companies, as they expect better returns than inflation.


A inflação é boa para quem tem património e má para o trabalhador comum que vè o ordenado real descer. É boa para o estado e má para o contribuinte.
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Re: FOREX - 2019 - 3º trimestre

por djovarius » 30/7/2019 17:43

Boas,

Uma economia sem uma inflação de ativos e de preços (embora baixa) é sinal de estagnação. Veja-se o Japão e, agora, a zona EUR. Temos um a uma e meia % no IPC europeu. Isso é uma miragem de inflação. O BCE não entendeu bem as coisas: evitou males maiores, mas não conseguiu fugir à chamada "curva Japonesa", que significa recuperações pífias e permanente quasi-estagnação.

Bom!

Libra Esterlina a seguir aquilo que eu pensava há uns dias atrás. Felizmente, não me enganei. Voltou aos níveis do referendo do Brexit e tem potencial de ir mais abaixo, aproximando-se da paridade face ao EUR. Está assim a voltar aos níveis (face ao USD) que não se viam desde os tempos do Acordo do Plaza, lá atrásssssss nos idos de 1985 - isto é um grande evento do forex. E se as coisas seguirem para Setembro / Outubro nesta tensão, teremos muito para contar.
De resto, nem mais novidades, nem muita liquidez. Ainda assim, as Bolsas andam desconfiadas, com destaque para a dita zona EUR onde o medo da recessão ou estagnação começa mesmo a tomar conta de muitos operadores.

Vamos ver, amanhã, como acaba o mês.

Abraço

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Re: FOREX - 2019 - 3º trimestre

por BearManBull » 27/7/2019 22:41

djovarius Escreveu: A inflação esperada não passa de uma miragem.... tal como em qualquer parte do mundo desenvolvido....


Eu não entendo esse conceito da inflação ser benéfica para a economia. Acho que é mais do tipo uma economia robusta aguenta mais com inflações grandes do que a relação da inflação ser boa para a economia. O valor da inflação é uma grande mentira. Então os preços das casas sobem sem parar a mais de 10% ao ano suportados pelo quê exactamente? Bem sei que é uma parte pequena do PIB e dos preços, mas é uma componente muito reveladora do estado da inflação pelo impacto social que tem.

O par que sigo lá está novamente a testar o suporte, desta vez parece que não vai aguentar mas sem prognósticos antes da quebra.
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Re: FOREX - 2019 - 3º trimestre

por djovarius » 26/7/2019 22:34

Boas,

Mais uma semana à moda do verão. Nada de grandes novidades, mas o otimismo está aí, mesmo com a deceção do BCE. Essa nobre instituição está, também ela, à espera do fim do verão para grandes inovações. Mesmo assim, nada a dizer. Já toda a gente sabe que haverá novidades favoráveis ao mercado lá para Setembro, à medida que os indicadores macro vão se deteriorando ainda mais na Europa.
Até nos EUA, há espaço para cortes de juros, como é bom de ver. O PIB haveria de arrefecer. A inflação esperada não passa de uma miragem.... tal como em qualquer parte do mundo desenvolvido....

Não deixou de ser uma semana positiva para o SPX e para o USD.
Já o Cable caminha para o descalabro. A Libra vai entrar numa loucura de volatilidade até 31 de Outubro, por óbvias razões.

Abraço, peço desculpa pelo pouco tempo para vos escrever as minhas humildes palavras

Bom fds a todos

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Re: FOREX - 2019 - 3º trimestre

por djovarius » 24/7/2019 16:09

Boas,

O calor está forte e o mercado anda morno. A renda fixa está boa e a variável também não está má.
É a bolha da liquidez? Pode ser que esta venha ainda a ser mais "alimentada".
O EUR/USD já andou a beijar os mínimos do ano. Tudo leva a crer que esse suporte possa ceder, mais cedo ou mais tarde.

Abraço

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Re: FOREX - 2019 - 3º trimestre

por Ativo » 23/7/2019 20:44

In Negócios Online, hoje:

«CEO do UBS alerta para perigo de bolhas estimuladas pelos bancos centrais.

Numa altura em que os bancos centrais se preparam para avançar com mais medidas de estímulo, o CEO do UBS alerta para o perigo desta estratégia.

"Eu teria muito, muito cuidado em aumentar ainda mais os balanços dos bancos centrais", disse Sergio Ermotti, CEO do banco suíço UBS, numa entrevista à Bloomberg. "Estamos em risco de criar uma bolha nos ativos".

Com o crescimento da economia a abrandar, os bancos centrais têm sido forçados a inverter caminho, depois de terem gasto grande parte do ano passado a preparar terreno para uma política monetária menos expansionista. A Fed deverá cortar a taxa de juro de referência em 25 pontos base na reunião de 30-31 de junho e antes disso o BCE deverá preparar o mercado para uma descida iminente da taxa dos depósitos (atualmente em -0,4%).

Para os investidores, este volte face resultou num "rally total", com a valorização dos ativos mais e menos arriscados. O Stoxx600 valorizou 13% no primeiro semestre, no melhor desempenho desde 1998. As obrigações também subiram devido à forte procura por "yields", que foi impulsionada pela política monetária expansionista e soma cada vez maior dívida com taxas negativas.

Embora difíceis de detetar antes de rebentarem, potenciais bolhas podem estar a formar-se no mercado global de obrigações, onde 13 biliões de dólares em obrigações já oferecem "yields" negativas; no mercado de crédito alavancado nos Estados Unidos (1,3 biliões de dólares); bem como no aquecido mercado imobiliário em vários países, como a Nova Zelândia e o Canadá.

Jerome Powell tem sugerido que as últimas duas expansões económicas nos Estados Unidos terminaram, não porque a inflação ficou em níveis muito elevados, mas porque os preços dos ativos ficaram muito elevados. Em 2000 aconteceu no preço das ações, sobretudo tecnológicas. Em 2007 foi o preço das casas.

"Os preços dos ativos subiram, mas isso não tem correlação com o sentimento dos investidores, o que, na minha opinião, representa um desenvolvimento muito perigoso", disse Ermortti.

O CEO do UBS juntou-se a outros banqueiros de Wall Street que têm alertado para o impacto que a reversão nas expectativas sobre as taxas de juro terá no retorno do crédito. Com as taxas de juro perto de zero ou em terreno negativo, as margens dos bancos estão cada vez mais comprimidas. O problema é mais pronunciado na Europa, onde os bancos lidam com taxas negativas há meia década e sem perspetivas de fim à vista.

O mercado está atribuir uma probabilidade de 40% a um corte de 10 pontos base na taxa de depósitos do BCE na próxima quinta-feira. A confirmar-se, descerá para -0,5%. Em perspetiva está também o reinicio do programa de compra de ativos.
».
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Re: FOREX - 2019 - 3º trimestre

por djovarius » 23/7/2019 16:35

Boas,

Continuamos em modo de verão, liquidez a desaparecer, mas...

a verdade é que o USD saiu da praia para vir se aproximar de máximos do ano em relação a várias divisas, inclusive a moeda única. Face ao Yene, não se vê tanta força....
Então temos o EUR/USD a 1.1155 - teme-se que os juros negativos tornem a Europa no novo Japão.
Eu sou daqueles que acredita que isso já está mesmo a ocorrer...

As cripto voltam a perder terreno face ao USD quando este sobe face às convencionais... já parece o comportamento do ouro, que hoje também perde, tal como o petróleo. Noutros mercados, o movimento vai mesmo cheirando a Verão....

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Re: FOREX - 2019 - 3º trimestre

por Ativo » 20/7/2019 16:13

In Negócios online, hoje:

«Europa mergulhou nas taxas negativas e agora não encontra uma saída.

A experiência europeia não convencional, com a introdução de taxas de juros negativas para estimular o crescimento económico e a inflação, pode ser uma armadilha.

Cinco anos depois do que deveria ser uma medida temporária na zona do euro, o Banco Central Europeu ainda não atingiu as suas metas e pode estar prestes a reduzir ainda mais os juros. Japão, Suíça, Suécia e Dinamarca também mergulharam abaixo de zero, nível que antes era visto como o limite mais baixo da política monetária.

Com o crescimento económico global em desaceleração, as taxas negativas continuam presentes. Mas a persistência dos juros abaixo de zero atrai cada vez mais críticas, que apontam essas taxas como culpadas pela fragilidade dos bancos, expropriação dos aforradores, financiamento de empresas moribundas e aumento insustentável da dívida corporativa e dos preços dos ativos .

Os bancos centrais reconhecem que juros negativos não são ideais, mas também estão seguros de que as suas ações ajudaram a evitar a deflação e a sustentar o crescimento. Afirmar algo diferente prejudicaria a credibilidade da sua principal ferramenta de política monetária.

O risco é que as taxas negativas se incorporem de forma permanente na economia. É um temor premente dos bancos, que não podem transferir totalmente os custos – como a taxa que é cobrada pelos depósitos que fazem nos bancos centrais - para os seus clientes no retalho.

"Nunca diria que não podemos entrar em terreno negativo, podemos fazer tudo por um curto período" afirmou Axel Weber, presidente do UBS e antigo membro conselho do BCE. "Mas é como mergulhar na água. Pode lá ficar algum tempo, mas não pode ficar lá para sempre", disse Weber em entrevista este mês.

David Folkerts-Landau, economista do Deutsche Bank, estima que os bancos da zona do euro perderam cerca de 8 mil milhões de euros por ano com esta política de juros negativos. Casper von Koskull, CEO do Nordea Bank, descreveu a estratégia como um "ambiente perigoso que está a sufocar os agentes bancários europeus".

Amendoins

O BCE avalia o cenário de forma diferente. Para a instituição, o que os credores perdem em margens de lucro é mais do que compensado com volume, já que os juros baixos aumentam a procura por crédito. Benoit Coeure, membro do Conselho Executivo do BCE, comparou os 8 mil de euros à dimensão de um "amendoim" e disse que os maiores problemas são os empréstimos em incumprimento e mudanças tecnológicas.

"O setor tem que ser saudável para transmitir uma política acomodatícia para a economia em geral", disse Carl Riccadonna, economista-chefe da Bloomberg Economics para os EUA. "As taxas de juros negativas não são uma ferramenta eficaz caso o setor bancário seja prejudicado."

As taxas negativas são uma versão extrema da estratégia padrão dos bancos centrais de reduzir os custos dos empréstimos para estimular o consumo e o investimento.
Mas taxas muito baixas podem permitir a acumulação de dívidas insustentáveis, já que empresas e consumidores financiam aquisições. A combinação de uma alavancagem alta com avaliações elevadas em áreas como o setor imobiliário também pode diminuir a tolerância de uma economia a juros mais altos no futuro, forçando bancos centrais a manter uma política acomodatícia.

As taxas negativas podem também minar a confiança no sistema bancário, levando as pessoas a acumular dinheiro em notas e ouro. Há evidências deste fenómeno na Suíça, em particular com notas de 1.000 francos suíços, umas das notas com valor facial mais elevado em todo o mundo.

A política de juros negativos também oferece uma tábua de salvação para empresas "zombies" improdutivas, que desperdiçam recursos e prejudicam o crescimento da produtividade.

Esta é uma das lições do Japão, onde as taxas foram reduzidas para zero há duas décadas e acabaram por ficar negativas em 2016. A eterna política acomodatícia do país também sugere que o que a economia realmente precisa são reformas económicas estruturais.

Os decisores de política monetária na Europa há anos que adotaram esta mensagem, mas têm ficado sem resposta por parte dos governos.

Ao contrário de muitos bancos centrais europeus, a Reserva Federal nunca deixou a taxa de referência em terreno negativo. Especialistas em política monetária dos EUA sempre duvidaram dos benefícios teóricos de cobrar aos aforradores para manter o dinheiro no banco, mostrando também preocupação com o impacto que tal teria nos bancos de menor dimensão. Há também uma questão sobre a legalidade da prática nos EUA.

Mas o debate está longe de terminar. O ex-secretário do Tesouro dos EUA, Lawrence Summers, divulgou um estudo este ano onde alerta que os juros negativos poderiam piorar a situação ao comprimir os lucros dos bancos. O presidente do Fed de Dallas, Robert Kaplan, disse em fevereiro que era "cético" em relação à política, embora um artigo publicado pelo Fed de São Francisco afirme que a última recessão americana poderia ter sido menos grave com taxas abaixo de zero.

Para os bancos centrais que implementaram juros negativos, não há dúvidas de que a política funcionou. Esse é certamente o caso na Suíça, onde a taxa negativa de 0,75% é a mais baixa em todo o mundo
.».
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Re: FOREX - 2019 - 3º trimestre

por djovarius » 19/7/2019 17:52

Pois é pessoal, é isso aí, o buraco negro dos juros negativos é mais do que uma bolha.
A consequência disso é a ressurreição do ouro e da prata como ativos apetitosos, além da procura por outro tipo de ativos, como as criptomoedas.

Depois de fortes quedas, o BTC triplicou em pouco tempo. O ouro subiu 10% em dois meses e a prata voltou a máximos do ano.

Quem não tem pernas para o jogo das Obrigações do Tesouro, terá sempre essas alternativas.
No resto, a renda variável está a se comportar com menos força, a liquidez começa a cheirar a Verão e as divisas convencionais não mudam muito de direção.

O EUR/USD e o USD/JPY parecem prontos para ir para as praias de caneiros e para a praia verde, respetivamente :D :D :D

E nós vamos andando por aí.... bom fds a todos

dj
Cuidado com o que desejas pois todo o Universo pode se conjugar para a sua realização.
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Re: FOREX - 2019 - 3º trimestre

por Ativo » 17/7/2019 14:48

In Negócios Online, em 15/07/2019:

«O “buraco negro” que está a “engolir” os mercados financeiros.

Há cada vez mais dívida pública a transacionar nos mercados com taxas negativas. A Bloomberg explica porque este é um problema.

Há um buraco negro de vários biliões de dólares a crescer no coração dos mercados financeiros mundiais. As "yields" negativas na dívida – obrigações a valerem menos, não mais, se forem detidas até à maturidade – estão a espalhar-se a mais cantos do universo das obrigações, destruindo os retornos potenciais dos investidores e alterando o sistema tal como o conhecemos. Agora que as "yields" abaixo de zero estão aí para ficar, são cada vez maiores as preocupações sobre os efeitos para os pequenos aforradores, pensionistas, investidores, empresas e governos.

1 – Porquê investir dinheiro numa obrigação em que vai perder dinheiro?

Tipicamente, as obrigações são os ativos mais seguros do mercado, pelo que muitos investidores procuram-nas em alturas de maior stress nos mercados, como é o caso da disputa comercial entre os EUA e a China e as tensões no Golfo Pérsico. Uma obrigação pode ter um cupão modestamente positivo quando é emitida por um governo, instituição ou empresa, mas assim que começa a ser transacionada, a alta procura por parte dos investidores pode impulsionar as cotações – e portanto pressionar as "yields" em baixa – de tal forma que os investidores podem nem receber qualquer pagamento.

Vários fundos seguem a composição dos índices de obrigações governamentais, pelo que têm de comprar determinadas obrigações independentemente da "yield". Alguns investidores ainda podem conseguir retornos positivos com essas obrigações, quando são tidas em conta as variações cambiais.

2 – Quanta dívida está a ser comprada?

A dívida com "yields" negativas atingiu 13 biliões de dólares em junho, duplicando desde dezembro, e já representa cerca de 25% da dívida global. Na Alemanha, 85% da dívida soberana apresenta taxas negativas. Quer isto dizer que os investidores estão efetivamente a pagar 0,2% pelo privilégio de comprar as suas obrigações de referência: o governo fica com 2 euros por cada mil que pede emprestado por um período de 10 anos. Os Estados Unidos são dos poucos países ainda de fora, uma vez têm 16 biliões de dólares em obrigações no mercado e nenhuma linha de obrigações apresenta uma "yield" negativa. Mas no resto do mundo, os especialistas alertam que o problema pode ficar pior.

3 – Porque existem motivos para preocupações?

As taxas negativas contrariam os princípios básicos do sistema financeiro global. "Foi quebrada uma importante regra da lógica financeira – emprestar dinheiro por prazos mais longos deve gerar retornos mais elevados", refere Marcus Ashworth, colunista da Bloomberg que segue os mercados europeus. (Um bom exemplo: as obrigações a 100 anos que a Áustria emitiu há dois anos e atingem a maturidade em 2117, ofereciam inicialmente um retorno de 2,1%, mas apresentam agora uma "yield" de 1,2%). Tudo isto pode atirar os investidores para ativos de maior risco, aumentando as probabilidades de bolhas nos mercados financeiros e no imobiliário.

4 – Quem beneficia com as taxas negativas?

Em primeiro lugar os governos. O incentivo para emitir dívida nunca é tão forte como quando são pagos para pedir emprestado. A Alemanha, por exemplo, está a ser subsidiada para emitir dívida ao longo dos próximos 20 anos, mas tal não quer necessariamente dizer que vai aumentar a despesa pública. As empresas que emitem obrigações também estão a tirar partido dos custos de financiamento em mínimos históricos. Tal como as firmas de private equity, que tipicamente usam a alavancagem para realizar aquisições e veem melhores oportunidades quando o capital está mais barato. Os proprietários com crédito a taxa variável também têm razões para celebrar.

5 – Quem é penalizado?

Os fundos de pensões e as seguradoras, tradicionalmente grandes investidores em obrigações soberanas, estão numa situação particularmente difícil: as suas responsabilidades aumentam de forma estável tal como a idade dos seus clientes, mas não são aconselhados a não assumir riscos elevados. Os bancos veem as suas margens encolher. Ganham pouco mais do que zero nos empréstimos que fazem, mas ainda têm de oferecer aos depositantes uma taxa positiva para manter o negócio ativo. Na Alemanha, o BCE está sob pressão política por penalizar os retornos das poupanças. Os bancos centrais correm o risco de atingir o ponto em que os baixos custos de financiamento sejam mais perniciosos do que favoráveis ao crescimento económico, caso os bancos comecem a restringir os empréstimos. O que pode aprofundar qualquer abrandamento económico.

6 – Como chegamos até aqui?

Alguns bancos centrais, sem alternativas para impulsionar o crescimento económico na sequência da crise financeira de 2008 e 2009, cortaram as taxas de juro para níveis abaixo de zero em 2014. O Japão fez o mesmo pouco depois. A ideia passava por impulsionar a concessão de crédito ao cobrar às instituições financeiras, em vez de lhes pagar, por parquearem dinheiro que de outra forma poderia ser colocado ao serviço da economia real. Desde 2016, a taxa do BCE para os depósitos está em -0,4%, pelo que os bancos perdem 4 euros por cada mil euros que colocam no banco central. Era suposto que as taxas negativas fossem temporárias, mas têm perdurado. Os operadores estão a estimar que o BCE vai colocar a taxa dos depósitos ainda mais negativa este ano, o que está a levar um valor recorde de obrigações para terreno negativo.

7 – Porque estão a durar tanto tempo as taxas negativas?

Mais de uma década depois do início da crise de crédito, a inflação ainda é escassa, com os salários a aumentarem apenas ligeiramente apesar da queda pronunciada do desemprego. O BCE, por exemplo, não deverá conseguir aproximar-se da meta dos 2% ao longo da próxima década. E a diferença entre a yield dos títulos de dívida soberana dos EUA a 3 meses e a 10 anos está invertida, uma indicação de que uma contração da economia poderá estar a caminho. Além da Reserva Federal, poucos bancos centrais que desceram as taxas de juro durante a crise financeira já as conseguiram subir, pelo que durante o próximo ciclo económico negativo deverão colocá-las em terreno ainda mais negativo.

8 – Para onde nos leva tudo isto?

Na Europa, existe o receio de que o continente esteja a seguir a denominada década perdida do Japão, quando os decisores de política monetária tiveram dificuldades na luta contra o crescimento anémico e a inflação baixa.

Os bancos centrais insistem de forma intensa que ainda têm ferramentas disponíveis para combater qualquer abrandamento, incluindo cortes de juros e mais programas de compras de ativos. Para os mercados, uma volatilidade branda é mau para o trading. As tensões geopolíticas sobre o comércio e a saída do Reino Unido da União Europeia vão continuar a conduzir os investidores para os ativos mais seguros, pelo que vai continuar elevada a procura por obrigações com "yields" negativas. Mas a procura por retornos mais sumarentos através de apostas mais arriscadas aumenta a perspetivas de mais colapsos de fundos ou mesmo uma nova crise.
».
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Re: FOREX - 2019 - 3º trimestre

por BearManBull » 16/7/2019 19:51

Novamente a testar o suporte.
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