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Caldeirão da Bolsa

Impresa - Tópico Geral

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: Impresa - Tópico Geral

por Àlvaro » 19/7/2019 9:35

A espera de uma correção que parece inevitável. :?
 
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Re: Impresa - Tópico Geral

por Àlvaro » 18/7/2019 14:49

Poderá ser interessante para o jornalismo:
https://expresso.pt/economia/2019-07-18 ... do-digital
 
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Re: Impresa - Tópico Geral

por Àlvaro » 17/7/2019 11:24

Ifa, faz sentido o que escreves, mas o facto é que o mercado parece decidido a não pagar mais sem ver primeiro os resultados.
 
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Re: Impresa - Tópico Geral

por lfa » 17/7/2019 10:02

optimiza Escreveu:
SERRA LAPA Escreveu:A Impresa , agora que a SiC tem a posição dominante que antes pertencia à TVI, tendo em conta os vários canais e o Expresso, vale mais que valia a TVI quando houve a tentativa de OPA sobre esta última , oferecendo 440M€.

Admitamos ainda assim que a oferta era especulativa e façamos um desconto de 20%, ou seja 352M€.

A dívida da Impresa é de 176,9 M€.
A sua capitalização bolsista do dia de hoje é de 43 M€.

Somando tem-se 220 M€ . Existindo uma diferença de cerca de 130M€.

Assim, teria que cotar a mais de 1 € , mesmo considerando o desconto aplicado! O mercado não é eficiente e nem sempre traduz o valor das empresas, mas agora aos valores que está torna-se incompreensível.

(NB: tenho comprado algumas acções desta empresa, por tudo o que acima referi)

Alguém consegue explicar este absurdo de sub-avaliação?

Caro Serra Lapa, ainda é mais estranho esta extremada subavaliação quando somas 3 alterações ao Status Quo do sector e dos sectores fronteira (que forçam a absorção dos Grupos de Media), e de 2 ofertas expressas nos últimos 5 anos - mas não concretizadas, à 1) Impresa e à 2) MediaCapital. Não é compreensível como o preço (0,247) está a apenas 11 cêntimos do mínimo histórico e a longínquos 5,9 euros do máximo histórico, quando atingiu a liderança esmagadora, tem mais canais, mais facturação, menos e melhor mix de passivo, finalizou pesados investimentos em instalações, equipamentos e recursos humanos.

Sobre o sucesso da emissão obrigacionista, cumpre dizer que não vai aumentar o passivo consolidado (premissa resolutiva do prospecto é a contínua redução da dívida), e que se projeta redução dos prévios 176,9M para 174M no dia 24 Jul (resultados semestrais). Conseguiram alargar maturidades e fazer o swap da dívida mais cara (lease-back da sede via Novobanco e linhas revolving ?)

1ª Tentativa falhada de compra Grupo Impresa/ Em 2013 (SIC é segundo operador a grande distância do 1º e Grupo Impresa dá prejuízo para além de tenebrosas lutas internas), Ongoing (família Vasconcelos acionista do Expresso e Impresa com 4% do capital), com financiamento BES/conglomerado media sul americano, pretendia Opar a 4 euros por ação (672M + 228M de passivo) - mas a holding de Balsemão recusou, considerou hostil e a OPA não avançou. Ongoing desistiu e cotação em 2014 desceu até 1,4 (tendo a Ongoing perdido ainda mais dinheiro porque vendeu em bloco a cerca de 1,30€. Mesmo nessa péssima venda apressada, a desconto e forçada de uma posição minúscula, Ongoing recebeu 51M (Grupo Impresa vale, na totalidade, ao dia de hoje 41 milhões na Bolsa).
https://www.publico.pt/2014/01/17/econo ... os-1620120

Tentativa falhada de compra da Media Capital / Em 2017 . Altice lançou a OPA por 450M (440M para Prisa e 10M para minoritários)+130M de passivo, formalizados nos anexos e no pedido à CMVM. Altice desistiu porque a Autoridade da Concorrência e a "geringonça" (que tem alguns fortes antagonistas desse grupo), criaram milhentos obstáculos e lançaram ameaças veladas a outras àreas do Grupo Altice que eram incomportáveis. A capitalização bolsista Mediacapital vai caindo neste último ano até aos actuais 170M.
https://www.tsf.pt/economia/interior/ma ... 36243.html
https://eco.sapo.pt/2017/06/09/morgan-s ... 0-milhoes/
https://www.publico.pt/2017/07/14/econo ... ce-1779075
Se projetarmos a 2021 um valor Impresa, ainda sem o efeito monetizador do 5G, ou de especulação sobre opa's ou joint ventures, de 330M+150 passivo (PER 14 ou 23M RL), especular-se-ia que o valor justo da ação seria de 2 euros » não os 5.75 pagos no início por alguns Institucionais nem os mínimos históricos de há 7 meses» chegamos à conclusão que as actuais variações centesimais, são uma insignificância no panorama futuro do Grupo Impresa. Já numa óptica especulativa de OPA2020/5G, só algo pouco abaixo da OPA Altice/Mediacapital (2,6€ ou 430M), levaria o acionista maioritário a viabilizar a mesma.

Prevalecem 6 Razões estruturais (+1 exclusiva para Impresa), para a recuperação dos Grupos LÍDERES de Media: 1) Captação e retenção de clientes/potenciais clientes, via audiências líderes no Mass Market; 2 ) Necessidade de captação de Publicidade na internet e na emissão por cabo em todas as plataformas de conteúdos líderes ; 3) Integração/convergência 5G começando no final de 2020, entre Media, operadores de telecom, distribuidores de streaming, entertainment - compras lideradas por Verizon, Vodafone, Altice, Google, Orange, Telefónica, DT, China T, etc); 4) Streaming de conteúdos internacionais monetizados: Em criação 1 dezena de novas empresas de streaming concorrentes da Netflix, impulsionadas por At&T, Tf1, Disney, Netflix, Tokyo Broadcasting, Comcast, Apple TV, Sky: Notíciários, Daily Shows, programas de Autor, novelas, séries, culinária, programas infantis; 5) Lei dos Copyrights vai aumentar exponencialmente a receita das empresas líderes de media e condicionar operadores de social media a acordos de exclusividade ou parcerias/avenças; 6) Previsibilidade de take overs hostis ou por comum acordo, para ganhar massa crítica na verticalização do negócio; 6+1) Dos herdeiros de Balsemão, apenas 2 estão no Grupo e para além da pressão da escala e do 5G, o próprio fundador aceitará uma OPA que potencie as marcas e que evolua para novos formatos, plataformas e targets internacionais.
No final de 2021, com a implementação do 5G já não será possível imaginar as líderes nos Media fora de Grupos líderes em broadband+net+comunicações móveis (verticalização, integração, multi-plataformas e universalização são inevitáveis)

Lateralização da ação, desde 11 de Junho numa banda incrivelmente apertada (6%), entre SF 0,239 e RF 0,256, não tem paralelo numa ação com um beta elevado como a Impresa. O volume M1M foi o mais baixo de sempre (nem força compradora nem vendedora).
Esta longa apatia vai mudar (os resultados semestrais devem ser o epicentro). O driver de um Bull LP está na superação da LTD3Y a 0,317 (com volume M1W acima dos 500.000), tendo por objectivo primário os 0,48€. Uma rutura do SF 0,239 redireciona a ação para o SF 0,223, mas ao quebrar a base ascensional da MMS50 (0,227), colocava a ação em Bear CP/MP (SF D nos 0,185).

SIC (Sic1 e 7 canais temáticos), Jornal Expresso, 2 plataformas digitais do Grupo Impresa são líderes. Vamos aferir, no dia 24, níveis de rentabilidade e de crescimento https://player.sicnoticias.pt/2019-07-0 ... s-em-junho
Impresa lateralização recorde numa banda estreita 0,239 a 0,256 com o pior volume M1M nos registos.gif
IPR dos 6,10 euros até 0,25 cents queda de 96% sem contar inflação .gif
Comparison Impresa 87% de queda a 5 anos.png


Caro Optimiza,

Mais uma vez quero dar-te uma palavra de gratidão pelas análises que fazes tanto da Impresa como doutras empresas.

Para antecipar as bocas habituais dos "Velhos do Restelo" quero elucidar, que não te conheço pessoalmente, nem sou um lambe botas.

Ando há muitos e muitos anos no mercado e como todos tive grandes êxitos e alguns percalços até acertar com a roda e a velocidade que teria de meter.

As tuas análises são no meu ponto de vista acima de tudo honestas e revelam muito trabalho da tua parte.

Como o mercado está temos de nos entreter com as audiências que não sendo tudo são aquilo que poderá ser o detonador de algo bom para a Impresa.

http://www.zapping-tv.com/audiencias-to ... 2019-live/

Para quem tenha possibilidade recomenda a leitura da entrevista de Daniel Oliveira da Revista Expresso de 12/07/2019

Há um ano à frente da Direção de Programas da SIC e da Direção-Geral de Entretenimento do Grupo Impresa (proprietário do Expresso), Daniel Oliveira conseguiu levar a estação de Paço de Arcos à liderança televisiva. Tanto no trabalho como na vida, não dá nada por adquirido, é um homem que pondera todos os seus passos

POR ANA SOROMENHO E MARIA JOÃO BOURBON (TEXTO) E TIAGO MIRANDA (FOTOGRAFIAS)

T
em 38 anos. Mais de metade da sua vida foi passada na televisão. Dos bastidores às direções não houve praticamente nada que não tivesse feito. O trabalho é a sua respiração. O lugar de redenção, que lhe deu sonho e mundo, onde cresceu e se formou ainda adolescente, depois de uma infância pesada. Sobre esse passado, não guardou uma única mágoa. Foi campeão nacional de xadrez quando tinha 14 anos, e antecipa as jogadas olhando para a frente no tabuleiro que soube construir para si próprio.

No último ano, assumiu a liderança da estação, onde, há quase dez anos, encontrou a sua imagem de marca como entrevistador do “Alta Definição”, onde centenas de individualidades de todos os quadrantes da sociedade portuguesa se revelam. Daniel Oliveira prefere este lugar. É um homem reservado, que pondera as palavras e prepara as perguntas antevendo várias hipóteses nas respostas. Nesta conversa, sentado no lugar do entrevistado, apresenta-se.

Em menos de um ano à frente da Direção-Geral de Entretenimento do grupo e da Direção de Programas da SIC, conseguiu inverter os resultados e levar a estação à liderança, depois de doze anos a perder para a TVI. Era previsível que pudesse ser tão rápido?

Sabia que, não sendo uma corrida contra o tempo, teríamos de apresentar resultados tão rápido quanto possível, porque a pressão é diária. Mas tenho de ser sincero: não estava à espera que fosse tão rápido, porque nunca depende só de nós.

Que alterações fez na programação quando assumiu funções?

Apostámos numa programação com uma matriz portuguesa muito mais forte e com maior aproximação à realidade. Aumentámos, na SIC generalista, a produção nacional em 100 horas por mês e em 60 horas a produção em direto. Reinventámos o conceito de daytime, com os programas da Cristina e da Júlia. Redefinimos o género reality, que nunca tinha tido grande adesão na SIC, e conseguimos transformá-lo num programa mais mediático e transversal, com o “Casados à Primeira Vista” ou com o “Quem Quer Casar com o Agricultor”. E reforçámos a ficção nacional com a série “Golpe de Sorte”. Depois há outras variáveis que estão menos sob o nosso controlo, porque o público é soberano e existia uma liderança de doze anos, enraizada e consolidada, da TVI.

Mas essa sorte podia prevê-la, porque o adversário estava instalado na liderança, o que pode ter causado um certo adormecimento.

Não tenho dados suficientes para aferir isso. O que sei é que em julho, quando assumi funções, a TVI levava 4,6 pontos percentuais (p.p.) de vantagem e a distância foi caindo até que, em fevereiro, a SIC passou à frente com uma décima de vantagem. Fomos subindo gradualmente e já estamos nos 4,5 p.p. de diferença. O jogo inverteu-se totalmente e isso é fruto da forma como nos posicionámos no mercado. Há uma ideia no xadrez, o princípio das duas fraquezas, que defende que nos devemos focar não apenas num ponto de ataque, mas encontrar outras fragilidades no adversário que o obriguem a cometer erros: um só ponto fraco não é suficiente para ditar uma derrota, nem um só ponto forte é um salvo-conduto para uma liderança.

Cristina é muito mais Cristina na SIC do que anteriormente. Transversalizou-se e fala para todos os públicos. Num tabuleiro de xadrez, ela seria a dama”

A liderança da SIC seria possível sem “O Programa da Cristina”?

Sei apenas que foi, e é, uma peça-chave. E o que se provou é que a Cristina é muito mais Cristina na SIC do que anteriormente. Transversalizou-se e fala para todos os públicos. Num tabuleiro de xadrez, ela seria a dama. É uma peça valiosíssima. Ninguém faz televisão como ela. Foi também um fator de aceleração dos nossos resultados, claro, por isso fomos contratá-la.

Já se conheciam?

Tínhamos estado uma vez numa entrega de prémios.

Foi ideia sua ir buscá-la ou já estava a ser pensado pelo grupo?

Já tinha havido uma ou duas tentativas de a contratar, mas a contratação começou com uma aproximação minha. Assumi a direção a 2 de julho e a Cristina felicitou-me quando assumi o cargo. Uma semana depois já estava a falar com ela, precisamente porque a identifiquei como sendo a figura ideal para incorporar esta matriz portuguesa de aproximação aos públicos. Sentimos uma sintonia imediata naquilo que queríamos. Foi um feliz encontro de oportunidades, porque ela estava a terminar o seu contrato [com a TVI]. A SIC beneficiou muito com a Cristina, mas a Cristina também beneficiou com a SIC.

Em que medida?

Soube reinventar-se. Percebeu que era muito mais do que um elemento da dupla com o Manuel Luís Goucha. Tinha um valor intrínseco individual, porque conseguiu tocar todos os públicos e ter um enorme sucesso com este programa. Acho que é um casamento muito feliz.

Que tipo de públicos faltavam à SIC?

Já tinha todos. Mas, sendo historicamente relevante nos targets mais urbanos e comerciais, para criar maior volume tinha de casar com as classes D e E, um público mais envelhecido, que antes estava menos connosco do que agora está.

É uma cedência a uma televisão cada vez mais popular?

Mais transversal.

Não gosta da palavra popular?

Gosto, e até gosto particularmente. Mas neste caso prefiro transversal, porque os números dizem-nos que o nosso público tanto é de classe A/B como de D/E. Conseguir o pleno é, para mim, um fator de satisfação. “O Programa da Cristina” conseguiu elevar a fasquia, ter temas e temáticas que não eram tão habituais nestes formatos. Ter políticos a cozinhar num programa da manhã é uma coisa muito rara, tal como é ter entrevistas mais densas.

A SIC ainda aposta muito nas novelas. Não é um modelo ultrapassado? Hoje os novos consumidores de televisão procuram sobretudo as séries.

Acho que haverá sempre espaço para a novela, mas deverá haver uma reinvenção. Desde logo, tem de ter uma duração muito mais curta. Além disso, já temos a série “Golpe de Sorte” e vamos ter outra financiada pelo ICA (Instituto de Cinema e Audiovisual), “A Generala”, baseada numa história real, portuguesa, que vamos produzir em seis episódios. Queremos contar histórias que tenham essa portugalidade. E devemos fazê-lo de forma sustentada, com passos seguros, porque os custos de produção não são pequenos.

Você é a pessoa certa para o lugar onde está agora?

Não sou a melhor pessoa para responder a isso.

Nunca dá nada por adquirido?

Não damos por adquiridos os resultados que estamos a ter e continuamos a manter o nosso grau de atenção exatamente na mesma bitola.

<span class="arranque">Imagem</span> É uma das caras emblemáticas da SIC, o criador do “Alta Definição”, o programa onde os entrevistados fazem revelações e confissões e muitos se emocionam
Imagem É uma das caras emblemáticas da SIC, o criador do “Alta Definição”, o programa onde os entrevistados fazem revelações e confissões e muitos se emocionam

Mas essa não é uma característica sua?

Sim. Nunca dou nada por adquirido. Sei exatamente quantas escadas foram subidas no processo evolutivo como profissional e sei quão rápido se pode tornar essa descida. Portanto, a nossa luta muitas vezes é connosco mesmos: queremos provar que continuamos a saber fazer aquilo que queremos fazer.

O que é para si a televisão?

A televisão reproduz a vida, há um fascínio que não é decifrável. Não é decifrável o encantamento que consegue gerar nem a emoção que provoca.

Entrou na televisão com 16 anos. O que o atraiu nesse mundo?

Talvez pelo facto de nesse tempo andar a fazer alguma introspeção, a televisão pode ter sido o escape. Os brasileiros costumam dizer: “Um sofá mantém você na favela, uma televisão tira você de lá”. Precisamente, abre um horizonte.

Como espectador acredita nisso?

Sim. Acredito que tem essa função de nos fazer sair da realidade.

Uma das maiores qualidades que lhe apontam tem que ver com a sensibilidade de conhecer o país para pensar em programas de grande público. Como ganhou essa experiência?

Tem que ver com a própria vida. Com o facto de não ficarmos fechados em gabinetes.

Como jornalista faz entrevistas. Só esteve fora do gabinete logo no arranque da SIC Notícias e nos programas de desporto. Esse conhecimento como lhe chega?

Não consigo fazer essa descodificação de uma forma clara. Em primeiro lugar, tem que ver com o que já consumi de televisão. Por outro lado, na minha vida sempre estive mais próximo desse mundo do que de uma realidade mais elitista.

Em que sentido?

Nasci numa família de classe média-baixa. Desde logo, no processo de crescimento e de formação, quer queiramos quer não, isso influencia.

Cresceu na Amadora. Manteve essa relação com o lugar de origem?

Não continuo a ir fisicamente aos locais, porque a minha família já não vive no mesmo sítio. Só a minha avó paterna, que visito regularmente, continua em Casal de Cambra, perto da Amadora.

Continua a ser um deles?

Sim. Mas acho que, de uma maneira geral, o mesmo acontece no contexto profissional. A proximidade à realidade sempre foi um traço que mantive. O facto de ter estado muitas vezes na génese das coisas, na casa das máquinas, é importante. Tenho bastante capacidade de observação sobre a realidade que me rodeia. Ter trabalhado muitas vezes fora dos centros de decisão, num contexto operacional, ajuda-me a saber como se constrói um programa para chegar às pessoas. Somos também essas pessoas. A minha avó, por exemplo, é um ótimo barómetro para aferir os convidados do “Alta Definição”. No dia em que estou a ver o programa com ela, consigo perceber qual é o impacto que vai ter em termos de audiência.

Como?

Se fica completamente focada, sei que o programa vai ter uma ótima audiência. Se, pelo contrário, começa a fazer outra coisa qualquer...

Porque é que ela é esse barómetro?

Identifiquei esse padrão pela correspondência entre a maneira como se ligava aos programas de que gosta mais e as audiências. Quando estreou a série “Golpe de Sorte” e me telefonou a dizer que adorou, percebi naquele momento que iria ser um sucesso.

Como é a sua avó?

É a pessoa sobre quem escrevi um livro chamado “A Fórmula da Saudade”. É uma pessoa com quem tenho uma grande proximidade. Nasceu em 1932 e continua com uma ótima vitalidade. Foi criada num contexto de grande humildade. Tinha muitos irmãos, com doze anos veio para Lisboa servir numa casa, como tantas outras naquela época, fez uma vida de trabalho e de batalha. Foi uma fazedora também. Ergueu negócios, teve um café, um salão de jogos.

Nunca dou nada por adquirido. Sei exatamente quantas escadas foram subidas no processo evolutivo como profissional e sei quão rápida se pode tornar essa descida”

Foi com estes avós que cresceu?

Não. Cresci com os avós maternos, que também tiveram uma vida de sofrimento grande. O meu avô teve um contexto familiar difícil e conseguiu constituir uma família e sustentá-la. Esses heróis anónimos que existem em todas as casas são tão ou mais meritórios do que as outras histórias.

Quando nasceu os seus pais tinham 16 anos. O contexto em que cresceu foi complicado, ambos eram toxicodependentes. Estes avós são as figuras de afeto e de proteção, quem lhe dá um mundo organizado e seguro?

Sim. Mas os paternos também, também cresci com eles.

E via os seus pais como figuras paternas?

Sendo os meus avós e a minha tia, mais velha do que eu dez anos, absolutamente vitais, a imagem dos pais nunca se afastou. Nesse ponto de vista não houve lacunas, os meus avós nunca se substituíram. Eu estava em contacto permanente com os meus pais.

Com 20 anos escreveu o livro “1 dose de droga... 1 grama de esperança?”, em que conta a história dos seus pais, a relação que tiveram com a droga e o impacto que isso teve na sua vida. Porque o fez?

A primeira razão tem que ver com uma espécie de exorcismo. Uma tentativa de atenuar o peso que essas histórias tiveram para mim, em particular, e para o resto da família. Sentia que devia normalizá-las. Na altura em que o escrevi, em 2001, já existiam muitos livros de pessoas que tinham vivido o drama da toxicodependência, mas penso que o meu foi um dos primeiros sobre uma geração de filhos cujos pais viveram esse contexto. Tinha também essa relevância de falar para pessoas que tivessem passado pela mesma experiência que eu.

Teve logo consciência de que queria ter essa voz?

Sim. Na altura eu já estava a trabalhar na SIC. Entendi que o facto de estar a realizar parte de um sonho era razão suficiente para mostrar a muitos jovens que estivessem a passar pelo mesmo que há uma luz ao fundo do túnel. O contexto em que se nasce não dita necessariamente o futuro que se quer construir.

O que o levou aos 16 anos a ir a Carnaxide entrevistar as caras da SIC? O que esperava encontrar naquele mundo?

Acho que não há ninguém que goste de fazer televisão que não tenha começado pelo fascínio que aquele mundo exerce enquanto espectador. Produz uma ideia de sonho e de imagética que é muito feliz para alguém que está no início da vida. Eu era um adolescente. E tudo isto que me influenciou. Ainda antes disso, aos 13 anos, criei um jornal de escola, o “Penalty”, para poder chegar aos outros de uma forma mais fácil do que trocar palavras. A forma que eu tinha de comunicar era essa. Foi com o pretexto de fazer entrevistas para o jornal que consegui ir até à SIC conhecer algumas pessoas por quem eu tinha esse encantamento.

A criação do jornal já tinha esse objetivo?

Não o fiz com nenhum intuito além de tentar concretizar alguma coisa que fosse palpável ou que tivesse impacto. Penso que tem mais que ver com a necessidade de dizer, mesmo que de forma metafórica, ‘eu sou capaz’.

Para provar a si mesmo que era capaz de sair do contexto onde estava?

Sim, também. Sobretudo nessa idade de afirmação, é importante provar que conseguimos diferenciar-nos. A revista era absolutamente rudimentar, mas naquela época gerava à minha volta uma atenção por ter conseguido fazê-la. Era uma candura, mas que a mim me sabia muito bem. Entrevistar os colegas da escola e os professores fazia-me sair do meu ciclo de introspeção e sentir-me mais parte do grupo.

Postura Defende uma televisão generalista, transversal, portuguesa: “Sabemos construir um programa para chegar às pessoas. Somos também essas pessoas”

Várias pessoas da televisão, algumas que entrevistou, recordam o arrojo do ‘miúdo’ que apareceu em Carnaxide. Também teve capacidade de provocar esse encantamento. Foi ao programa da Catarina Furtado, “Geração Fantástica”, precisamente como um bom exemplo da sua geração. O facto de já estar no meio da televisão deu-lhe noção do potencial da sua história?

Já tinha resolvido escrevê-la muito antes. Precisamente porque sabia o peso que tinha para toda a família. No contexto dos vizinhos, havia, e naturalmente ainda há, um estigma. A minha ideia com o livro era que as histórias dos meus pais, ao serem verbalizadas por eles, perdessem a carga pesada que tinham. Queria falar delas através dos seus relatos.

A principal razão foi a de quebrar o estigma?

Não. O primeiro objetivo era mesmo tentar resolver o problema dos meus pais, que naquela altura ainda existia. Olhando a posteriori, ter feito isso naquele período da minha vida foi importante. As coisas souberam-se pela minha lavra e da forma como eu as quis contar, sem esqueletos no armário. Olhando para o mundo de hoje, e tendo em conta o meu contexto profissional, acabou por ser, inadvertidamente, muito precavido que o tivesse feito.

O livro tem descrições muito violentas sobre episódios a que assistiu e outros que os seus pais lhe revelaram nas entrevistas que lhes fez: quando os acompanhou a sítios sórdidos onde iam comprar droga; a quantidade de vezes que ajudou a sua mãe a injetar-se; as visitas ao seu pai na prisão e, sobretudo, o capítulo sobre a prostituição da sua mãe. É duríssimo. Porque quis ir tão longe?

Queria perceber o contexto, as razões exatas, como tudo aconteceu. E tinha esse direito. Se não tivesse havido entre nós esse exercício de honestidade, se fosse só para sublimar uma realidade, não faria sentido escrevê-lo. Precisava de ter essa carga de verdade. E essa carga é sempre dramática.

Acreditava que com o livro os poderia salvar?

Talvez salvar seja uma palavra demasiado... queria resolver um problema.

E porque não usar a palavra salvar?

Tem um peso demasiado grande. E o pressuposto do livro talvez tivesse essa ideia... As pessoas é que se salvam a si mesmas. O livro teve essa importância e de alguma forma encerrou esse capítulo nessa altura da vida. Tudo o que foi construído a seguir é tão maior, maior do ponto de vista dos estímulos, da emoção, da relação de família, que de facto parecem duas vidas. Ali terminou uma e outra se construiu.

Como é que escrever o livro ajudou a mudar a vossa relação?

Porque os conheci melhor. Provavelmente também tiveram a noção de coisas que eu tinha visto e não sabiam. E também porque eles próprios, ao verbalizarem, tiveram uma noção maior de si mesmos. A minha ideia nunca foi ter o dedo apontado. Apenas contar a história de uma família e de uma geração, a geração pós-25 de Abril e que é a dos meus pais, que foi muito tocada pelo flagelo da toxicodependência.

Falou com outros filhos de toxicodependentes?

Para escrever, não. Depois, sim. Recebi centenas de cartas e mesmo muito depois, quando lancei os outros livros do “Alta Definição”, nas sessões de autógrafos apareciam pessoas com esse livro para me dizerem quão importante tinha sido para elas. Nessa altura, fui a várias escolas falar com miúdos sobre essa experiência. Depois deixei de o fazer, porque o livro deixou de ser editado. Propuseram-mo, mas eu não quis. Era um assunto arrumado.

Quando diz que ficou resolvido, é como se o estilhaço fosse reconstruído?

Esse estilhaço está lá sempre. Mas hoje a minha relação com eles é tão próxima, e até mesmo por haver uma proximidade etária permite-nos ter uma relação muito saudável, despudorada e aberta. Sem as conversas que tivemos naquele tempo, hoje não seria possível. Ficou encerrado ali e a vida seguiu para todos. Tinha 20 anos. Agora tenho 38, passou quase o mesmo tempo. A mim, o que que essa história me deu foi uma capacidade grande de resiliência. O contexto de alguém que resistiu e superou um ambiente adverso é muito formador.

É um otimista. Essa qualidade norteou-o no caminho até chegar onde está agora?

Há uma frase do Jean Cocteau sobre o Churchill: “Ele não sabia que era impossível. Foi lá e fez.” Também acredito nisso. É sempre possível esticar o limite da nossa ação. Ou, pelo menos, há sempre boas lições a tirar das adversidades.

Aos 14 anos foi campeão nacional de xadrez. A sua endurance vem desse treino de jogador?

Sim. É muito norteador. Existe um exercício de perceber qual o efeito que cada uma das nossas jogadas tem no opositor e a partir disso pensar na jogada seguinte. Ter um olhar distanciado sobre o efeito das nossas ações, e prever o impacto que terá nos outros, permite avaliar antecipadamente a opção que se deve tomar. Uso isto não só nas entrevistas como em muitas outras situações.

Nas entrevistas, como antecipa o efeito das suas perguntas?

Preparando não só as perguntas como também as respostas. Ou seja, tento perceber os vários caminhos que podem ser tomados em cada circunstância. Estou seguro de que isto vem do xadrez.

A grelha do xadrez está em todas as decisões da sua vida?

Procuro que não se estenda à minha vida particular. Apesar de ser muito organizado em todas as rotinas. Mesmo que depois as coisas não aconteçam da forma que tinha planeado, gosto de saber que tenho um propósito e que caminho para uma direção. Antes de ir para férias, por exemplo, gosto de programar os dias, mesmo aqueles que são para não fazer nada. Preciso dessa organização.

De onde vem essa capacidade de gestor, necessária para os cargos que agora ocupa?

Cresci no contexto televisivo, onde sempre me foi solicitado que fizesse programas com orçamentos pequenos. Trabalhei muitas vezes com equipas pequenas e com grande capacidade de resposta.

É outra das suas qualidades?

Acho que sim, não tenho falsas modéstias nisso. A capacidade de resposta para criar programas de baixo custo sempre foi uma qualidade minha. Curiosamente, o programa de mais baixo custo e que maior impacto teve foi o “Alta Definição”. Estava numa equipa que fazia os outros dois magazines e o que fizemos foi realocar pessoas e material para o “Alta Definição”. Duas cadeiras, duas câmaras...

Como teve a ideia?

Sempre gostei de fazer entrevistas. Estive cinco anos na RTP, onde já as fazia no “Só Visto”. Quando vim para a SIC tive a ideia de fazer um programa onde mostrasse o lado mais pessoal dos entrevistados. O “Alta Definição” nasceu nesse contexto. Como não tínhamos orçamento, as pessoas iam sem maquilhagem...

Apenas [quis] contar a história de uma família e de uma geração, a geração pós-25 de Abril, que é a dos meus pais, que foi tocada pelo flagelo da toxicodependência”

Ah, daí “o que dizem os teus olhos”. É porque estavam limpos e sem máscaras...

[Risos] A pergunta não vem daí, mas fizemos disso uma força narrativa.

Ainda é importante fazer o “Alta Definição”?

Sim. Para manter a máquina oleada. E porque também é importante para a SIC o resultado do programa. Enquanto estes fatores estiverem em cima da mesa, o programa terá continuidade. Creio que serei o primeiro a perceber quando for a altura de parar.

E tem necessidade aparecer?

Não, nem por isso. Continuo a fazer o “Alta Definição”, primeiro porque gosto muito. Depois, porque traz qualquer coisa de bom: o facto de ter contacto com a vida de alguém que nos está a confiar a sua história, de alguma forma é redentor e faz-me crescer como ser humano. Além disso, durante duas horas respiro outra coisa, estou afastado do processo de decisão.

Entrar nos sítios e ser imediatamente reconhecido é um alimento?

Ando pouco nesses sítios. Mas sentir afeto por parte das pessoas é importante, é óbvio que esse reconhecimento é bom. Mas o “Alta Definição” não continua à boleia disso. O que eu gosto em antena é do processo de construção, de criar qualquer coisa que gera alguma emoção em quem está a ver.

Quais são os seus limites quando se tem essa meta? Por exemplo, no dia do seu casamento foi para o ar um “Alta Definição” em que entrevista a sua noiva, Andreia Rodrigues.

O programa tem um impacto social que faz com que muitas das revelações sejam ali anunciadas.

Revelação ou promoção?

Não é necessariamente uma promoção. Ainda na semana passada a Cláudia Vieira revelou no programa que estava grávida, tal como já tinha feito a Daniela Ruah. O Reynaldo Gianecchini foi entrevistado três vezes pela Marília Gabriela quando tinham uma relação. E há outros casos. O “Alta Definição” estava nesse dia na emissão: passar ao lado disso era desonrar o compromisso que temos com o público, fingir que nada acontecia. Mas a entrevista não é apenas sobre o casamento, tem que ver com muitas outras questões da vida daquela personalidade, que é uma apresentadora da SIC. A resposta que o público nos deu foi tremenda.

A televisão é o lugar para estas revelações e confissões?

Há 20 anos, vivíamos uma era em que as revistas mais sociais ou cor-de-rosa eram detentoras desse lugar e as figuras públicas perderam o controlo sobre o seu nome e a forma como comunicavam. As redes sociais vieram atenuar isso, porque as pessoas passam a comunicar as suas próprias histórias. O “Alta Definição” permite, no contexto de uma entrevista, que uma figura pública comunique com o seu público sem receio de que as suas palavras sejam deturpadas.

O testemunho é importante. Mas qual é o limite para se conseguir audiências? No caso do programa com Andreia Rodrigues parece haver um jogo do tipo ‘eu sou o jornalista que estou a brincar que não sou o noivo sobre o qual a apresentadora de televisão está a falar’.

Eu não sou jornalista, só para fazer um parêntesis.

Não?

Aquilo é entretenimento. Eu entreguei a carteira de jornalista em 2002.

Então o que é?

Sou um profissional de televisão, um comunicador.

Se fosse jornalista não podia fazer o que fez naquele programa ou podia?

O que vejo é muito mais o registo jornalístico a aproximar-se do entretenimento do que o contrário. O espaço que as matérias de entretenimento ocupam nos jornais é muito superior.

Continuo a fazer o ‘Alta Definição’, primeiro porque gosto muito. Além disso, durante duas horas, respiro outra coisa, estou afastado do processo de decisão”

Para si o maior valor é o trabalho?

O trabalho é muito importante e tem uma grande preponderância em quase tudo o que faço. Mas há mais dimensões. Desde há uns anos, e sobretudo desde que sou pai, acredito que a vida pessoal é mais importante.

Além do trabalho, o que o ocupa?

A família e os amigos. Procuro ter tempo para os viver e estar próximo. A capacidade que tenho hoje de delegar é muito maior, o que me permite acompanhar as rotinas da minha filha. Quero estar presente no seu crescimento, deitá-la, dar-lhe banho, brincar. Isto é essencial. As audiências são importantes, mas nada é mais importante do que a felicidade e o sorriso da minha filha.

É fácil chegar a casa e desligar?

É difícil. Porque, chegando a casa e tendo a televisão ligada, o olhar está sempre treinado para aferir se está tudo como devia estar.

Tem duas televisões sempre ligadas, não é? Uma na SIC e outra na concorrência.

Sim, para monitorizar os alinhamentos. Isto também vem do xadrez, estarmos sempre atentos ao jogo do adversário e à forma como se movimenta o nosso próprio jogo.

Ainda joga xadrez?

Às vezes jogo sozinho no iPad, outras online com o meu avô.

E ele ainda lhe ganha?

Muitas vezes. Mas é um jogo equilibrado.

De que outras formas ocupa o seu tempo?

Muito do meu tempo é ocupado com a leitura.

O que lê?

Sou bastante caótico, tenho sempre quatro ou cinco livros que leio ao mesmo tempo. Neste momento estou a ler a biografia do Saramago, do Joaquim Vieira, mas que ainda está a meio. Acabei um romance “Tudo é Rio”, de uma autora brasileira, a Carla Madeira, comecei uma biografia do Fellini, que encontrei num alfarrabista no Rio de Janeiro, e também estou a ler a “Eliete”, da Dulce Maria Cardoso.

Faz zapping com os livros. E acaba-os?

Acabo, sim. Mas tem tudo que ver com a disponibilidade mental para me dedicar a outras coisas que não o trabalho.

Quando lê pensa em guiões?

Agora sim. Lá está, esse não desligar faz com que muitas vezes um momento que é apenas de prazer convoque outras possibilidades. Por exemplo, no último ano, o facto de ter lido os guiões das produtoras de todos os programas que temos no ar, e de ter feito uma leitura criteriosa, não me deixou muito tempo para ler outras coisas.

Todas as vidas dão uma boa história? Agustina Bessa Luís dizia que qualquer vida tem mais potencial do que um romance.

E também dizia que o fim de qualquer coisa é sempre o início de uma coisa diferente. Gosto muito disso.

Abraço

Luis Almeida
 
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Re: Impresa - Tópico Geral

por Àlvaro » 17/7/2019 9:09

Otimiza, mais uma boa leitura da Impresa. Creio que antes de resultados deveremos andar entre as balizas que referes, num campo apertado. Depois deles veremos, tudo aponta para que neste trimestre se façam já notar os efeitos da liderança de audiências. Se isso for visível saltaremos a baliza de topo, se não for visível cairemos da baliza do rés do chão.
 
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Re: Impresa - Tópico Geral

por Ocioso » 16/7/2019 19:24

Quanto foi o FCF da Impresa nos últimos 5 anos?
 
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Re: Impresa - Tópico Geral

por Optimiza » 16/7/2019 18:12

SERRA LAPA Escreveu:A Impresa , agora que a SiC tem a posição dominante que antes pertencia à TVI, tendo em conta os vários canais e o Expresso, vale mais que valia a TVI quando houve a tentativa de OPA sobre esta última , oferecendo 440M€.

Admitamos ainda assim que a oferta era especulativa e façamos um desconto de 20%, ou seja 352M€.

A dívida da Impresa é de 176,9 M€.
A sua capitalização bolsista do dia de hoje é de 43 M€.

Somando tem-se 220 M€ . Existindo uma diferença de cerca de 130M€.

Assim, teria que cotar a mais de 1 € , mesmo considerando o desconto aplicado! O mercado não é eficiente e nem sempre traduz o valor das empresas, mas agora aos valores que está torna-se incompreensível.

(NB: tenho comprado algumas acções desta empresa, por tudo o que acima referi)

Alguém consegue explicar este absurdo de sub-avaliação?

Caro Serra Lapa, ainda é mais estranho esta extremada subavaliação quando somas 3 alterações ao Status Quo do sector e dos sectores fronteira (que forçam a absorção dos Grupos de Media), e de 2 ofertas expressas nos últimos 5 anos - mas não concretizadas, à 1) Impresa e à 2) MediaCapital. Não é compreensível como o preço (0,247) está a apenas 11 cêntimos do mínimo histórico e a longínquos 5,9 euros do máximo histórico, quando atingiu a liderança esmagadora, tem mais canais, mais facturação, menos e melhor mix de passivo, finalizou pesados investimentos em instalações, equipamentos e recursos humanos.

Sobre o sucesso da emissão obrigacionista, cumpre dizer que não vai aumentar o passivo consolidado (premissa resolutiva do prospecto é a contínua redução da dívida), e que se projeta redução dos prévios 176,9M para 174M no dia 24 Jul (resultados semestrais). Conseguiram alargar maturidades e fazer o swap da dívida mais cara (lease-back da sede via Novobanco e linhas revolving ?)

1ª Tentativa falhada de compra Grupo Impresa/ Em 2013 (SIC é segundo operador a grande distância do 1º e Grupo Impresa dá prejuízo para além de tenebrosas lutas internas), Ongoing (família Vasconcelos acionista do Expresso e Impresa com 4% do capital), com financiamento BES/conglomerado media sul americano, pretendia Opar a 4 euros por ação (672M + 228M de passivo) - mas a holding de Balsemão recusou, considerou hostil e a OPA não avançou. Ongoing desistiu e cotação em 2014 desceu até 1,4 (tendo a Ongoing perdido ainda mais dinheiro porque vendeu em bloco a cerca de 1,30€. Mesmo nessa péssima venda apressada, a desconto e forçada de uma posição minúscula, Ongoing recebeu 51M (Grupo Impresa vale, na totalidade, ao dia de hoje 41 milhões na Bolsa).
https://www.publico.pt/2014/01/17/econo ... os-1620120

Tentativa falhada de compra da Media Capital / Em 2017 . Altice lançou a OPA por 450M (440M para Prisa e 10M para minoritários)+130M de passivo, formalizados nos anexos e no pedido à CMVM. Altice desistiu porque a Autoridade da Concorrência e a "geringonça" (que tem alguns fortes antagonistas desse grupo), criaram milhentos obstáculos e lançaram ameaças veladas a outras àreas do Grupo Altice que eram incomportáveis. A capitalização bolsista Mediacapital vai caindo neste último ano até aos actuais 170M.
https://www.tsf.pt/economia/interior/ma ... 36243.html
https://eco.sapo.pt/2017/06/09/morgan-s ... 0-milhoes/
https://www.publico.pt/2017/07/14/econo ... ce-1779075
Se projetarmos a 2021 um valor Impresa, ainda sem o efeito monetizador do 5G, ou de especulação sobre opa's ou joint ventures, de 330M+150 passivo (PER 14 ou 23M RL), especular-se-ia que o valor justo da ação seria de 2 euros » não os 5.75 pagos no início por alguns Institucionais nem os mínimos históricos de há 7 meses» chegamos à conclusão que as actuais variações centesimais, são uma insignificância no panorama futuro do Grupo Impresa. Já numa óptica especulativa de OPA2020/5G, só algo pouco abaixo da OPA Altice/Mediacapital (2,6€ ou 430M), levaria o acionista maioritário a viabilizar a mesma.

Prevalecem 6 Razões estruturais (+1 exclusiva para Impresa), para a recuperação dos Grupos LÍDERES de Media: 1) Captação e retenção de clientes/potenciais clientes, via audiências líderes no Mass Market; 2 ) Necessidade de captação de Publicidade na internet e na emissão por cabo em todas as plataformas de conteúdos líderes ; 3) Integração/convergência 5G começando no final de 2020, entre Media, operadores de telecom, distribuidores de streaming, entertainment - compras lideradas por Verizon, Vodafone, Altice, Google, Orange, Telefónica, DT, China T, etc); 4) Streaming de conteúdos internacionais monetizados: Em criação 1 dezena de novas empresas de streaming concorrentes da Netflix, impulsionadas por At&T, Tf1, Disney, Netflix, Tokyo Broadcasting, Comcast, Apple TV, Sky: Notíciários, Daily Shows, programas de Autor, novelas, séries, culinária, programas infantis; 5) Lei dos Copyrights vai aumentar exponencialmente a receita das empresas líderes de media e condicionar operadores de social media a acordos de exclusividade ou parcerias/avenças; 6) Previsibilidade de take overs hostis ou por comum acordo, para ganhar massa crítica na verticalização do negócio; 6+1) Dos herdeiros de Balsemão, apenas 2 estão no Grupo e para além da pressão da escala e do 5G, o próprio fundador aceitará uma OPA que potencie as marcas e que evolua para novos formatos, plataformas e targets internacionais.
No final de 2021, com a implementação do 5G já não será possível imaginar as líderes nos Media fora de Grupos líderes em broadband+net+comunicações móveis (verticalização, integração, multi-plataformas e universalização são inevitáveis)

Lateralização da ação, desde 11 de Junho numa banda incrivelmente apertada (6%), entre SF 0,239 e RF 0,256, não tem paralelo numa ação com um beta elevado como a Impresa. O volume M1M foi o mais baixo de sempre (nem força compradora nem vendedora).
Esta longa apatia vai mudar (os resultados semestrais devem ser o epicentro). O driver de um Bull LP está na superação da LTD3Y a 0,317 (com volume M1W acima dos 500.000), tendo por objectivo primário os 0,48€. Uma rutura do SF 0,239 redireciona a ação para o SF 0,223, mas ao quebrar a base ascensional da MMS50 (0,227), colocava a ação em Bear CP/MP (SF D nos 0,185).

SIC (Sic1 e 7 canais temáticos), Jornal Expresso, 2 plataformas digitais do Grupo Impresa são líderes. Vamos aferir, no dia 24, níveis de rentabilidade e de crescimento https://player.sicnoticias.pt/2019-07-0 ... s-em-junho
Impresa  lateralização recorde numa banda estreita 0,239 a 0,256 com o pior volume M1M nos registos.gif
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IPR dos 6,10 euros até 0,25 cents    queda de 96% sem contar inflação      .gif
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Re: Impresa - Tópico Geral

por carlosdsousa » 16/7/2019 15:17

Celsius-reloaded Escreveu:Tecnicamente o que vai ser divulgado a 24/07 são os resultados do 2.ºT que vai até ao final de Junho.

O termo do prazo das obrigações ocorreu já em Julho pelo que só terão efeito nos resultados do 3.ºT.

Assim, só se alguém falar disso na conferência de imprensa.

Tb estou curioso pelos resultados, mas não conto ainda com os efeitos desta operação.


Boas

Pois, esta bem observado o que escreves. Se calhar, só vamos ter alguma noção de como foram usados estes €51M, em Novembro ou só para o ano.

cumprimentos
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Re: Impresa - Tópico Geral

por Celsius-reloaded » 16/7/2019 14:35

Tecnicamente o que vai ser divulgado a 24/07 são os resultados do 2.ºT que vai até ao final de Junho.

O termo do prazo das obrigações ocorreu já em Julho pelo que só terão efeito nos resultados do 3.ºT.

Assim, só se alguém falar disso na conferência de imprensa.

Tb estou curioso pelos resultados, mas não conto ainda com os efeitos desta operação.
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Re: Impresa - Tópico Geral

por carlosdsousa » 16/7/2019 12:48

pattern Escreveu:...
Como eu os compreendo, com uma divida de 230 milhões qquer um foge.


Boas

Ate ao próximo dia 24 não vamos saber grande coisa, sobre a forma como estes €51M vão ser aplicados...
Acredito que grande parte seja para "abater" divida, sendo assim será substituir divida com uma maturidade X e um juro Y por 4,5% durante 3 anos (no fim dos 3 anos saldar o empréstimo obrigacionista)

Por isso se assumirmos €40M para este "abater" na divida...
€179M (divida existente) + €11M(restante dos €51M) ´+ €7M(3 anos de juros a 4,5% de €51M) = €197M

A este valor ainda poderá ser abatido a diferença dos juros, caso existam parcelas de divida cujos respectivos juros sejam superiores a 4,5%

cumprimentos
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Re: Impresa - Tópico Geral

por pattern » 16/7/2019 11:29

Àlvaro Escreveu:ALGACA, aquela resistência ligeiramente acima de 25 parece ter vindo para ficar. Não gostei do modo como os investidores se encolheram perante esse valor. De facto a empresa parece estar muito sub avaliada, mas o mercado manda. :shock: Por agora acima de 25 os touros encolhem-se, não lhes pegam.



Como eu os compreendo, com uma divida de 230 milhões qquer um foge.
 
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Re: Impresa - Tópico Geral

por Àlvaro » 15/7/2019 8:32

ALGACA, aquela resistência ligeiramente acima de 25 parece ter vindo para ficar. Não gostei do modo como os investidores se encolheram perante esse valor. De facto a empresa parece estar muito sub avaliada, mas o mercado manda. :shock: Por agora acima de 25 os touros encolhem-se, não lhes pegam.
 
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Re: Impresa - Tópico Geral

por ALGACA » 14/7/2019 10:32

Está tudo muito calado. Já as audiências estão cada vez maiores
 
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Re: Impresa - Tópico Geral

por Àlvaro » 9/7/2019 16:44

E o fecho foi mesmo acima de 25, o que está longe de ser a tal indicação de venda aqui sugerida. 8-)
 
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Re: Impresa - Tópico Geral

por Àlvaro » 9/7/2019 15:50

lfhm83, até ao lavar dos cestos é vindima. Só se fechar a abaixo dessa linha com volume a tua ideia poderá ser válida. Veremos... :D
 
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Re: Impresa - Tópico Geral

por salvador_guru » 9/7/2019 15:17

ALGACA Escreveu:
SERRA LAPA Escreveu:Optimiza:

Felicitações pelo teu trabalho e pelas partilhas das tuas fundamentadas análises :clap:



HUMMMM ELES ANDAM AI

http://www.clubedeimprensa.pt/Artigo/1260




As novidades devem estar para breve e os resultados devem ser muito muito bons face às audiências e publicidade.

Minha bala de ouro para 2019.
 
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Re: Impresa - Tópico Geral

por BearManBull » 9/7/2019 15:09

Sinal de venda no curto prazo.
Anexos
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Re: Impresa - Tópico Geral

por ALGACA » 9/7/2019 14:14

SERRA LAPA Escreveu:Optimiza:

Felicitações pelo teu trabalho e pelas partilhas das tuas fundamentadas análises :clap:



HUMMMM ELES ANDAM AI

http://www.clubedeimprensa.pt/Artigo/1260
 
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Re: Impresa - Tópico Geral

por Celsius-reloaded » 8/7/2019 16:34

SERRA LAPA Escreveu:
Celsius-reloaded Escreveu:Já é bom não termos um sell on the news em face do sucesso da operação, dado que esse mesmo sucesso já era assumido por quase todos, não se sabendo no entanto qual a margem entre obgs disponiveis e subscritas.

De facto os resultados serão fundamentais.



Fator de Rateio 0,445310514664 para o 1º dia de subscrição, todos os outros dias é o mínimo ou sejam 100 Obrigações


Provavelmente expressei-me mal.

Quis apenas dizer que, durante o período de subscrição, o sucesso era garantido ao nivel do numero de subscrições, não se sabendo ´é com que margem.
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Re: Impresa - Tópico Geral

por SERRA LAPA » 8/7/2019 16:07

Celsius-reloaded Escreveu:Já é bom não termos um sell on the news em face do sucesso da operação, dado que esse mesmo sucesso já era assumido por quase todos, não se sabendo no entanto qual a margem entre obgs disponiveis e subscritas.

De facto os resultados serão fundamentais.



Fator de Rateio 0,445310514664 para o 1º dia de subscrição, todos os outros dias é o mínimo ou sejam 100 Obrigações
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Re: Impresa - Tópico Geral

por Celsius-reloaded » 8/7/2019 15:51

Já é bom não termos um sell on the news em face do sucesso da operação, dado que esse mesmo sucesso já era assumido por quase todos, não se sabendo no entanto qual a margem entre obgs disponiveis e subscritas.

De facto os resultados serão fundamentais.
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Re: Impresa - Tópico Geral

por SERRA LAPA » 8/7/2019 12:59

Optimiza:

Felicitações pelo teu trabalho e pelas partilhas das tuas fundamentadas análises :clap:
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Re: Impresa - Tópico Geral

por Optimiza » 8/7/2019 12:38

pattern Escreveu:Parabéns à SIC pela excelente colocação, quanto aos investidores desejo-lhes melhor sorte que a que tenho com o euromilhões jogo e não me sai nada.

A diferença de hoje para a alguns dias atrás é que o grupo se endividou em mais 51 milhões de euros, o aumento de 30 para 51 revela bem o desespero que existia em receber dinheiro fresco.
Vamos ver quanta divida irá ser paga com este dinheiro, a divida passou de extremamente alta para uns loucos 230 milhões.

Boa sorte a todos os que ainda acreditam.


Grande
Muito bem! Dar os parabéns com tanto enfase à operação é de facto merecido! 4x mais procura do que o volume emitido (201M/51M), é recorde em Portugal em muitos anos.

Agora, quando o Grupo afirma a redução continuada da dívida (como nos últimos 8 anos), quando afirma pretender apenas um mix de dívida com maior maturidade e diversificar fontes de dívida (reduzir dívida bancária mais do que proporcionalmente - este ano o passivo reduzir-se-á expectavelmente para baixo dos 170M), vir aqui conjeturar que era aumento linear de dívida, é risível. https://expresso.pt/economia/2019-07-05 ... r-a-oferta

Não eleva muito o debate, ver mais de 90% dos posts de um nick versar apenas 1 ação, com comentários sempre negativos. Porque não abordar e desenvolver teses de investimento, curtas ou até longas sobre Impresa ou sobre qualquer ativo, nacional ou internacional?

Li na pág. anterior um interessante exercício do Serra Lapa sobre o valor intrínseco da Impresa e o efeito na sua cotação, em função do status quo, do crescimento das receitas e do potencial a 2 anos do Grupo. Vou congregar info para abordar o mesmo, pelo interesse que pode ter no efeito da cotação pós resultados semestrais (benchmarks concorrenciais, níveis de cotação/capitalização, facturação, lucro/Ebitda). Impresa vale o que qualquer um quiser pagar por ela mas terá um valor teórico de 0, 42, 376 ou 450M?

Com o sucesso na emissão obrigacionista SIC, o novo Grupo Impresa passa a primeira prova (prova da confiabilidade e durabilidade/sem impacto na cotação), a segunda prova de fogo passa pelos resultados semestrais de dia 24 (prova do crescimento e rentabilidade na avaliação da evolução do 1º trim para o 2º trim/com impacto decisivo na cotação).
Anexos
IPR  lateralização terminará na aproximação aos resultados semestrais  LTD3Y 0,317  RF 0,332   SF 0,214.gif
IPR lateralização terminará na aproximação aos resultados semestrais LTD3Y 0,317 RF 0,332 SF 0,214.gif (26.14 KiB) Visualizado 6253 vezes
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Re: Impresa - Tópico Geral

por MarketGodzilla » 8/7/2019 12:29

pattern Escreveu:Parabéns à SIC pela excelente colocação, quanto aos investidores desejo-lhes melhor sorte que a que tenho com o euromilhões jogo e não me sai nada.

A diferença de hoje para a alguns dias atrás é que o grupo se endividou em mais 51 milhões de euros, o aumento de 30 para 51 revela bem o desespero que existia em receber dinheiro fresco.
Vamos ver quanta divida irá ser paga com este dinheiro, a divida passou de extremamente alta para uns loucos 230 milhões.

Boa sorte a todos os que ainda acreditam.


Discordo pattern, achei sensato o aumento, foi um aumento "pequeno", na altura a procura já superava os 86 milhões, desespero era se aumentassem para perto desses valores, assim, pelo menos para mim, demonstrou que o grupo não está interessado em ter mais dívida só porque sim, aproveitou apenas o bom momento da sua oferta de obrigações para aumentar a sua almofada financeira.
 
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Re: Impresa - Tópico Geral

por pattern » 8/7/2019 8:24

Parabéns à SIC pela excelente colocação, quanto aos investidores desejo-lhes melhor sorte que a que tenho com o euromilhões jogo e não me sai nada.

A diferença de hoje para a alguns dias atrás é que o grupo se endividou em mais 51 milhões de euros, o aumento de 30 para 51 revela bem o desespero que existia em receber dinheiro fresco.
Vamos ver quanta divida irá ser paga com este dinheiro, a divida passou de extremamente alta para uns loucos 230 milhões.

Boa sorte a todos os que ainda acreditam.
 
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