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Caldeirão da Bolsa

Há uma empresa portuguesa que diz valer 28 mil milhões

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: Há uma empresa portuguesa que diz valer 28 mil milhões

por MarcoAntonio » 8/9/2017 17:09

Mas qual provocação, Mr_Magoo?

Segundo os artigos e consultas que fiz desde que li esta notícia, a quem compete fazer a avaliação é a um (único) Revisor Oficial de Contas. Não existe aqui nenhuma provoção nem falta de respeito por qualquer profissão.

Com franqueza, que tirada mais desnecessária... a única explicação é que não estejas a ler a sequência dos posts e tenhas lido uma coisa diferente do que escrevi.
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Re: Há uma empresa portuguesa que diz valer 28 mil milhões

por Mr_Magoo » 8/9/2017 16:47

MarcoAntonio Escreveu:A competência reside pelos vistos num único Revisor Oficial de Contas...


Mais respeitinho pela profissão sff...
Faço minhas as palavras que o Ulisses me enviou:
Ulisses Pereira Escreveu:Magoo, Mais um conselho, deixa as provocações para outros fóruns. Aqui não são bem-vindas.
 
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Re: Há uma empresa portuguesa que diz valer 28 mil milhões

por Thoth » 8/9/2017 16:38

Avaliador da Yupido diz que viu a “televisão revolucionária”. E lembrou-se de Steve Jobs

http://observador.pt/2017/09/08/avaliador-da-yupido-diz-que-viu-a-televisao-revolucionaria-e-lembrou-se-de-steve-jobs/ Escreveu:O revisor oficial de contas que avaliou o aumento de capital da Yupido ficou "maravilhado" com a "televisão" que lhe mostraram. E, perante um "bem desta envergadura", diz que se lembrou de Steve Jobs.

António José Alves da Silva, o revisor oficial de contas (ROC) que comprovou que a Yupido valia 28,8 mil milhões de euros no último aumento de capital da empresa, disse ao Observador que, quando viu a imagem da “televisão” que os fundadores e um grupo de técnicos lhe mostraram, lembrou-se logo de Steve Jobs. Não tem dúvidas de que vai “revolucionar o sistema”.

O que me motivou para fazer esta avaliação foi olhar para aquilo e sabe de quem me lembrei? Lembrei-me de Steve Jobs. Foi quase a mesma coisa”, disse. Questionado sobre se acha que a Yupido pode ser tão disruptiva como foi a Apple, Alves da Silva respondeu que sim.
O ROC tem mais de 50 anos de carreira, é consultor da sociedade de advogados Rogério Fernandes Ferreira & Associados e é reconhecido pelos seus pares como um dos profissionais mais respeitados da área. Ao Observador, explicou que foi contactado apenas para fazer a avaliação do bem, mas que não podia revelar “os caminhos que seguiu para chegar aos 28,8 mil milhões” porque tinha assinado um compromisso profissional de sigilo.

“Reuni com algumas pessoas, os responsáveis pela empresa e alguns técnicos. Vi a imagem da televisão e pouco mais. Não sou nenhum técnico especializado, mas fiquei maravilhado“, refere. Segundo o que foi avançado pelo Eco, Alves da Silva escreveu no relatório que o bem era uma “plataforma digital inovadora de armazenamento, proteção, distribuição e divulgação de todo o tipo de conteúdo media” e que se destacava “pelos algoritmos que a constituem”.

No relatório consultado pelo Eco, o ROC assume que era da sua “responsabilidade a razoabilidade de avaliação do direito intangível em causa”. Ao Observador, Alves da Silva diz que três anos depois está “completamente confortável” com o valor que deu à “televisão” e reiterou o que também já tinha escrito no relatório: que o valor real podia ser ainda maior.

Fiz este relatório há três anos. Quando se começar a ver esta tecnologia, se calhar o valor até é irrisório. Se esta tecnologia se efetivar, vai revolucionar todo o sistema”, afirmou.
Questionado pelo Observador se estava habituado a avaliar bens tecnológicos, admitiu que “desta envergadura não”, mas que tem um currículo profissional com centenas de relatórios de avaliação a bens que entravam para as empresas como capital. E demarcou-se das restantes contas da empresa (em 2016 os prejuízos são superiores a 21 mil euros), dizendo que o único serviço que prestou à Yupido foi a avaliação do relatório.

O “Senador da Fiscalidade”

Os aumentos de capital de uma empresa devem ser objeto de um relatório elaborado por um ROC, designado por deliberação dos sócios. Nos dois anos seguintes, este ROC não pode exercer quaisquer cargos ou funções profissionais na sociedade que, neste caso, é a Yupido.

António José Alves da Silva foi reconhecido como “Senador da Fiscalidade” pelo Instituto de Direito Económico Financeiro e Fiscal e pela Revista de Finanças Públicas e Direito Fiscal, numa sessão onde foi orador o então ministro da Saúde Paulo Macedo. E também foi presidente da Sociedade Portuguesa de Contabilidade e do Conselho Técnico da Câmara dos Técnicos de Contas.

A 20 de julho de 2015, Cláudia Sofia Pereira Alves, Torcato André Jorge Claridade da Silva, Filipe Antunes Besugo e os advogados da Pares Advogados Tiago André Rodrigues Gama e Sofia Cristina Asseiceiro Marques Ferreira constituíram a Yupido S.A, uma empresa de consultoria que é uma espécie de faz tudo da era digital, com um capital inicial de 243 milhões de euros. A sede da empresa é na Rua Tomás da Fonseca, Torre G.1, 1º andar, em São Domingos de Benfica, mas não há lá ninguém a trabalhar.

O Observador apurou que algumas das reuniões de trabalho que os fundadores da Yupido tinham com pessoas externas à empresa aconteciam num apartamento na zona de Telheiras. Esta quinta-feira, bateu à porta do escritório e, apesar de ter ouvido ruído e de alguém ter aberto o “olho mágico”, que permite ver quem está do lado de lá da porta, ninguém respondeu. Os jornalistas do Observador confrontaram os vizinhos com as fotografias de Torcato Jorge e Filipe Besugo, que confirmaram a identidade dos jovens.

De acordo com o que foi avançado pelo Expresso, Francisco Mendes, porta-voz da empresa, diz que “o capital tem por base uma operação global”, que a empresa trabalha “em tecnologias de informação” e que “está a preparar plataformas que visam servir pessoas e empresas” e que os primeiros serviços seriam “lançados para o ano”. A mesma publicação avança que a Polícia Judiciária já está a “analisar” a empresa.

O relatório e contas da Yupido em 2016 aponta para prejuízos de 21.570 euros e depósitos à ordem em bancos no valor de 243 milhões — o valor do capital social inicial da empresa. Não há registo de pagamentos a funcionários ou a sócios. Não há vendas. Não há, até à data, registo de que a Yupido tenha colaboradores.

Lê-se no relatório que foi emitida uma certificação legal “sem reservas” das contas da empresa, mas esse documento — que comprova a veracidade desta informação –, não está anexado ao relatório. O Observador apurou que não foi emitido qualquer relatório pela parte do ROC, porque o auditor não “estava satisfeito com a informação que foi dada” para justificar o aumento de capital da empresa.
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Re: Há uma empresa portuguesa que diz valer 28 mil milhões

por Ingenting » 8/9/2017 14:58

O algoritmo é este:
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Re: Há uma empresa portuguesa que diz valer 28 mil milhões

por soso » 8/9/2017 14:36

Os Cartórios Notariais têm que ratificar muitas das actividades das empresas, nomeadamente aumentos de capital, fusões, aquisições, etc..., mediante escritura pública.

Concordo com o Lion 8-) .

Telheiras, é onde mora o meu Tio, que é vizinho do Agir....

.... já tenho o dente aguçado :lol: :lol: :lol: :lol:
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Re: Há uma empresa portuguesa que diz valer 28 mil milhões

por Thoth » 8/9/2017 14:31

Será que é este o algoritmo ? :lol:

Algoritmo de IA consegue adivinhar orientação sexual através de uma foto

http://www.dn.pt/sociedade/interior/inteligencia-artificial-e-mais-eficaz-a-adivinharorientacao-sexual-atraves-de-uma-foto-do-que-os-humanos-8756618.html Escreveu:Inteligência artificial revelou ser mais eficaz do que os humanos. Estudo levanta questões sobre a ética da tecnologia de deteção facial e o potencial para violar a privacidade das pessoas
Um algoritmo de inteligência artificial desenvolvido na Universidade de Stanford, na Califórnia, EUA, conseguiu identificar, através de fotografias, e com mais precisão do que os humanos, se uma pessoa é heterossexual ou homossexual, revelou um estudo realizado naquela instituição.
Os investigadores utilizaram mais de 35 mil fotografias faciais de homens e mulheres, publicadas num site americano de encontros online. O algoritmo distinguiu corretamente a orientação sexual de 81% dos homens e 74% das mulheres, de acordo com a orientação mencionada pelos próprios no site, enquanto os humanos identificaram corretamente 61% dos homens e 54% das mulheres. A precisão do algoritmo aumentou para 91% e 83%, respetivamente, quando eram analisadas cinco imagens por pessoa.
Isto significa que "os rostos apresentam muito mais informações sobre a orientação sexual do que as que podem ser percebidas e interpretadas pelo cérebro humano", argumentam os autores do estudo, Michal Kosinski e Yilun Wang, citados pelo The Guardian.

O estudo defende que as mulheres e os homens homossexuais tendem a revelar características e expressões típicas - das fixas, como os maxilares, nariz ou tamanho da testa; às conjunturais, como o penteado.
Embora o estudo apresente limites claros, devido a não terem sido incluídas pessoas negras, transgénero ou bissexuais, as implicações sobre a inteligência artificial são vastas, levantando questões relacionadas com as origens biológicas da orientação sexual, a ética da tecnologia de deteção facial e o potencial deste tipo de software para violar a privacidade das pessoas ou ser utilizado para fins anti-LGBT.
"É certamente inquietante. Como qualquer nova ferramenta, se cair nas mãos erradas, poderá ser utilizada para propósitos ilícitos", afirmou Nick Rule, professor de psicologia da Universidade de Toronto, em declarações ao The Guardian.
"A inteligência artificial pode dizer qualquer coisa sobre qualquer pessoa, com os dados suficientes. A questão é: como sociedade, queremos saber?", afirmou Brian Brackeen, diretor executivo da empresa de reconhecimento facial, Kairos, em declarações ao mesmo jornal.
Os autores do estudo avançam ainda que a inteligência artificial poderá ser utilizada para explorar as relações entre características faciais e outros fenómenos, como pontos de vista políticos, condições psicológicas ou até mesmo a personalidade.
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Re: Há uma empresa portuguesa que diz valer 28 mil milhões

por MarcoAntonio » 8/9/2017 14:25

A competência reside pelos vistos num único Revisor Oficial de Contas...
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Re: Há uma empresa portuguesa que diz valer 28 mil milhões

por Thoth » 8/9/2017 14:08

Posso estar a dizer uma asneira mas penso que o cartório não tem competência para fazer esse tipo de avaliação.

Cumprimentos e bons negócios
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Re: Há uma empresa portuguesa que diz valer 28 mil milhões

por Lion_Heart » 8/9/2017 13:55

Duvido muito que algum cartório em especial em Portugal aceite como capital social um "algoritmo" seja do que for.
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"

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Re: Há uma empresa portuguesa que diz valer 28 mil milhões

por Dr Tretas » 8/9/2017 11:14

Beruno Escreveu:Se calhar estes miudos estao a tentar manter a sua investigaçao o mais secreta possivel, para evitarem espionagem industrial, ate conseguirem libertar o produto no mercado.

Mas a mesquinhes e pequenice tuga tem que esquartinhar quem cometeu a indecencia de desenvolver o.seu proprio negocio


É uma curiosidade natural, afinal são as pessoas mais ricas do país :lol: :lol: :lol:
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Re: Há uma empresa portuguesa que diz valer 28 mil milhões

por SFT » 8/9/2017 11:01

Este é um bom exemplo de como o sistema financeiro é uma aldrabice completa.

Basta uma contabilidade, um revisor que aceite e uma avaliação curiosa e ficamos perante uma empresa que vale 28 mil milhões. (e que se calhar não seria investigada se não houvesse este barulho à volta)

É por estas que prefiro a análise gráfica à análise fundamental. A fundamentalista obriga a pessoa a saber de normas, desfazer e fazer rúbricas, ter noções de tempo e a sua relação com as Demonstrações Financeiras, saber a quem ligar para perguntar se amanhã chove, etc, etc, etc. Calcular rácios não é análise fundamental.
Quando a esmola é muita, o pobre desconfia.
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Re: Há uma empresa portuguesa que diz valer 28 mil milhões

por Thoth » 8/9/2017 10:56

Descobrimos porque é que a Yupido “vale” 29 mil milhões de euros

https://eco.pt/2017/09/07/descobrimos-porque-e-que-a-yupido-vale-28-mil-milhoes-de-euros/ Escreveu:O ECO foi à conservatória consultar a avaliação do Revisor Oficial de Contas ao insólito aumento de capital da Yupido e descobriu que o ativo intangível é uma "plataforma digital inovadora de media".

Por esta altura, já deve ter ouvido falar da Yupido. Trata-se de uma empresa portuguesa que está despertar atenção por ter um capital social avaliado em 29 mil milhões de euros, o correspondente a duas vezes o valor de mercado da Galp. Já tínhamos avançado que este valor surge após um aumento de capital realizado no ano passado. Agora, o ECO revela que ativo é esse: trata-se de uma “plataforma digital inovadora” de media.

O ECO teve acesso a um conjunto de documentos ligados a esta sociedade que está na boca do mundo. Nomeadamente, o relatório emitido pelo revisor oficial de contas, António Alves da Silva, que avaliou o “ativo intangível” multimilionário da Yupido. Nele, o revisor assume a “responsabilidade” e a “razoabilidade” deste valor insólito.

Mas, afinal, que ativo é este que a Yupido usou para realizar este aumento de capital? Segundo o relatório, trata-se de uma plataforma “de armazenamento, proteção, distribuição e divulgação de todo o tipo de conteúdo media” e que se destaca “pelos algoritmos que a constituem”.

"Em concreto, [este ativo intangível] materializa-se numa plataforma digital inovadora, de armazenamento, proteção, distribuição e divulgação de todo o tipo de conteúdo media. Tal plataforma destaca-se pelos algoritmos que a constituem.”
António Alves da Silva
Revisor oficial de contas que aprovou o aumento de capital da Yupido

Lê-se ainda no relatório: “A nova tecnologia que foi objeto da minha avaliação visa responder às crescentes necessidades do mercado relativas ao consumo de conteúdos de media, designadamente as decorrentes das exigências motivadas pelas novas formas e acesso aos conteúdos, seja pelos dispositivos móveis (smartphones, tablets e PC portáteis [sic]), ou outros dispositivos, designadamente fixos, que possam ser conectados à internet.”

"É da minha responsabilidade a razoabilidade de avaliação do direito intangível em causa e a declaração de que o valor encontrado é suficiente para a realização do aumento de capital social pretendido. (…) Entendo que o trabalho efetuado proporciona uma base aceitável para a emissão da minha declaração.”
António Alves da Silva
Revisor oficial de contas que aprovou o aumento de capital da Yupido

É este o tão afamado “ativo intangível” da Yupido e é detido pelos subscritores do aumento de capital. Nomeadamente Cláudia Alves, diretora de operações, com mais de 19,9 mil milhões de euros; Torcato André Jorge, diretor de marketing, com mais de 8,3 mil milhões de euros em capital, e Filipe Besugo, com uns modestos 275,9 milhões de euros de capital em espécie respeitante à plataforma.

Avaliação é “conservadora”. Valor da plataforma será ainda maior

Todos os aumentos de capital em espécie têm de ser avaliados por um revisor oficial de contas, que é obrigado a redigir o relatório agora revelado pelo ECO. É por isso que o mistério fica parcialmente revelado através da leitura do documento. Mas se pensa que 29 mil milhões é um valor exagerado, engane-se.

Segundo o revisor, “foi considerada uma taxa de penetração no mercado (quota de mercado) conservadora”. Isso leva António Alves da Silva a garantir que “o potencial de valorização do referido software poderá ascender a valores ainda mais significativos” — isto é, ainda mais do que os 29 mil milhões de euros em causa.

O potencial de valorização do referido software poderá ascender a valores ainda mais significativos.

António Alves da Silva
Revisor oficial de contas que aprovou o aumento de capital da Yupido

Como o ECO já tinha avançado esta quarta-feira, a empresa nunca teve vendas desde que foi criada em 2015. Além disso, também não tem funcionários. Apresentou prejuízos superiores a 11.000 euros em 2015 e mais de 21.000 euros em 2016.

Vídeo: Conheça a Yupido, a empresa mistério
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Re: Há uma empresa portuguesa que diz valer 28 mil milhões

por Beruno » 8/9/2017 10:52

Se calhar estes miudos estao a tentar manter a sua investigaçao o mais secreta possivel, para evitarem espionagem industrial, ate conseguirem libertar o produto no mercado.

Mas a mesquinhes e pequenice tuga tem que esquartinhar quem cometeu a indecencia de desenvolver o.seu proprio negocio
 
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Re: Há uma empresa portuguesa que diz valer 28 mil milhões

por Thoth » 8/9/2017 9:51

Encontrámos o escritório secreto da Yupido. Estes 29 mil milhões moram em Telheiras

http://observador.pt/2017/09/07/encontramos-o-escritorio-secreto-da-yupido-estes-29-mil-milhoes-moram-em-telheiras/ Escreveu:Responsável pelo aumento de capital da Yupido diz que a plataforma de 29 mil milhões "é do outro mundo". Auditor de contas diz que "não há informação suficiente". E tudo se passa em Telheiras.

A história multimilionária da Yupido começou a invadir o Twitter na terça-feira, depois de um professor da Universidade do Minho ter descoberto que o valor do capital social da empresa atingia 28,8 mil milhões de euros. Mas o estranho caso da Yupido — que tem duas vezes o capital social da Galp ou 15 vezes o da Sonae — começa a 20 de julho de 2015, quando Cláudia Sofia Pereira Alves, Torcato André Jorge Claridade da Silva, Filipe Antunes Besugo e os advogados da Pares Advogados Tiago André Rodrigues Gama e Sofia Cristina Asseiceiro Marques Ferreira constituem a Yupido S.A.

Capital inicial: 243 milhões de euros. Sede jurídica: Rua Tomás da Fonseca, Torre G.1, 1º andar, em São Domingos de Benfica, mas não há lá ninguém a trabalhar. Esta morada corresponde a um escritório virtual das Torres de Lisboa, onde estão sediadas várias empresas.

O Observador apurou que algumas das reuniões de trabalho que os fundadores da Yupido tinham com pessoas externas à empresa aconteciam num apartamento na zona de Telheiras. Dirigimo-nos para lá. Quando chegámos à morada indicada por fonte próxima dos fundadores — um prédio onde constam apenas quatro espaços para escritórios — questionámos um dos vizinhos sobre qual era a porta da Yupido, explicámos que se tratava de uma empresa de consultoria formada por jovens e que éramos jornalistas do Observador. Só havia duas portas que não tinham indicação do nome da empresa e a vizinha apontou, de imediato, para aquela que correspondia à nossa descrição.

Quando tocámos à campainha, houve alguém que se aproximou e abriu o “olho mágico”, que permite ver quem está do lado de lá da porta, e o movimento foi facilmente audível no silêncio do corredor do prédio. A partir daí, silêncio total do lado de lá, apesar de a luz estar acesa e do ruído inicialmente ouvido. Tocámos várias vezes à campainha, batemos à porta. Nunca ninguém abriu. Uma hora e meia depois, continuávamos a bater à porta e a afirmar que éramos jornalistas do Observador. Não obtivemos resposta.

Voltámos aos vizinhos e mostrámos as fotografias de Torcato Jorge e Filipe Besugo. Um deles reconheceu-os de imediato, e sem margem para dúvidas disse que trabalhavam naquele espaço e que via sempre entrar “uns quatro ou cinco jovens” para o apartamento. Outro vizinho confirmou, salvaguardando que estava no local há pouco tempo, que estes jovens até o tinham ajudado num episódio barulhento e caricato com a caixa de correio. Outro, também no prédio há pouco tempo, não reconheceu a imagem destas duas pessoas, apesar de efetivamente ver alguns jovens naquele escritório, inclusive uma rapariga de óculos, mas que se cruzaram poucas vezes, não são muito faladores e que “até acha que vivem e dormem ali também”.

Torcato Jorge e Filipe Besugo desapareceram entretanto das redes sociais, mas pelo que o Observador pode apurar foram militantes da Juventude Popular (organização política jovem autónoma do CDS-PP) até lançarem a empresa. Pertenciam à concelhia de Loures, mas demitiram-se em novembro de 2015 e no início de 2016. Torcato Jorge, que estudou Ciência Política no ISCTE, foi o primeiro a sair da Juventude Popular “por motivos profissionais”. Pouco depois, Filipe Besugo informou que ia juntar-se ao amigo e demitiu-se também. “Sumiram-se” depois disso, diz fonte da Juventude Popular que reforça que depois deste momento não se soube mais do seu paradeiro.

O Observador já tinha contactado a empresa na quarta-feira e o porta-voz Francisco Mendes informou por email que os fundadores só estavam disponíveis para uma conversa pelo telefone ou presencial na próxima terça-feira. Francisco Mendes encontrava-se no estrangeiro, o número de telefone tinha o indicativo dos Estados Unidos. Antes de facultar o seu contacto para que pudéssemos conversar pelo telefone, Francisco Mendes pediu que lhe indicássemos o número da carteira profissional da jornalista que iria fazer a entrevista, para que pudesse colocar essa informação “na base de dados”. O número do título profissional — embora público — foi enviado de imediato.

De acordo com o que foi avançado pelo jornal Expresso, Francisco Mendes diz que “o capital tem por base uma operação global”, que a empresa trabalha “em tecnologias de informação” e que “está a preparar plataformas que visam servir pessoas e empresas” e que os primeiros serviços seriam “lançados para o ano”. A mesma publicação avança que a empresa opera em Portugal com as marcas Quaquado e a Kuaboca (o porta-voz da Yupido não explicou do que se tratavam) e que a Polícia Judiciária já estava a “analisar” a empresa.

Contas de 2016 não foram aprovadas pelo ROC

O relatório e contas da empresa em 2016, consultado pelo Observador, dá conta de prejuízos no valor de 21.570 euros, depósitos à ordem em bancos no valor de 243,297 milhões de euros, um passivo a fornecedores no valor de 217,23 euros e um aumento de capital em bens em espécie ou intangíveis (isto é, não em dinheiro) no valor de 28.524.864.970, ou seja, de 28,5 mil milhões de euros. Não há registo de pagamentos a funcionários ou a sócios. Não há vendas. Não há, até à data, registo de que a Yupido tenha colaboradores.

No relatório e contas de 2016 da Yupido há indicação de que foi sido emitida uma certificação legal das contas da empresa, e que esta se apresentava “sem reservas e sem ênfases”. Mas não tinha anexada a habitual certificação assinada pelo Revisor Oficial de Contas (ROC) da empresa, José Rito, da J.Rito & Associada, que comprova a veracidade desta informação. O Observador apurou que não foi emitido qualquer relatório pela parte do ROC, porque o auditor não “estava satisfeito com a informação que foi dada” para justificar o aumento de capital da empresa.

Ou seja, “não havia informação suficiente para concluir que aquele valor (os mais de 28 mil milhões) estava correto. “Não havia no relatório objetividade para dizer se aquele ativo estava ou não conforme”, apurou o Observador. O auditor José Rito já tinha entretanto apresentado a sua exoneração à empresa, suspendendo a ligação que tinha à Yupido.

“Era uma coisa do outro mundo”

O aumento de capital da empresa foi efetuado no início do ano de 2016 e assinado pelo Revisor Oficial de Contas (ROC) António José Alves da Silva, independente à empresa. Segundo o que foi avançado pelo Eco, José Alves da Silva escreveu no relatório que avalia os bens da empresa em cerca de 28,8 mil milhões, que se tratava de uma “plataforma digital inovadora de armazenamento, proteção, distribuição e divulgação de todo o tipo de conteúdo media” e que se destacava “pelos algoritmos que a constituem”.

Contactado pelo Observador, José Alves da Silva confirmou o valor que deu ao bem intangível da Yupido e que a tal plataforma digital inovadora “era uma coisa do outro mundo”, pedindo para ser contactado mais tarde.

José Alves da Silva é consultor da sociedade de advogados Rogério Fernandes Ferreira & Associados, tem mais de 50 anos de carreira, reconhecido pelos seus pares como um dos profissionais mais respeitados da área. Foi também reconhecido como “Senador da Fiscalidade” pelo Instituto de Direito Económico Financeiro e Fiscal e pela Revista de Finanças Públicas e Direito Fiscal, numa sessão onde foi orador o então ministro da Saúde Paulo Macedo. Foi presidente da Sociedade Portuguesa de Contabilidade e do Conselho Técnico da Câmara dos Técnicos de Contas.

Para este aumento de capital, apurou o Observador, Cláudia Alves, uma das sócias administradoras, entrou com 19,9 mil milhões de euros nos tais bens em espécie, Torcato Jorge participou com 8,3 mil milhões de euros igualmente em espécie e Filipe Besugo 275,8 milhões de euros em bens intangíveis.

A Yupido assume-se como uma empresa de serviços de “consultoria para os negócios e gestão, bem como, todas as atividades que garantam a concretização dos fins estabelecidos. Consultoria tecnológica e desenvolvimento de serviços de informação, bem como gestão e tratamento de informação. Fornecimento de infraestruturas para domiciliação, serviços de processamento de dados e atividades relacionadas. Atividades de processamento de dados, domiciliação de informação e atividades que asseguram o bom desenvolvimento das anteriores. Inclui também as atividades especializadas de domiciliação, tais como: domiciliação de páginas Web (Web hosting), serviços de streaming ou domiciliação de aplicações, serviços de fornecimento de aplicações, disponibilização de tempo de mainframe”. Ou seja, é uma espécie de faz tudo da era digital.

A isto, junta a “prestação de serviços de contabilidade e auditoria e todas as atividades associadas, bem como, consultoria fiscal. Consultoria de design, que envolve várias áreas de intervenção, quer no domínio da criação de projetos específicos, quer de consultoria”.

O presidente do Conselho de Administração é Torcato Jorge e a vice-presidente é Cláudia Alves, mas na estrutura que a empresa apresenta no site o presidente executivo é Hugo Martins. Pedro Malafaia é o responsável pelo desenvolvimento tecnológico, Torcato Jorge pelo Marketing, Cláudia Alves pela parte financeira, Filipe Besugo pelas vendas e há, ainda mais quatro membros com cargos de chefia. A lista de pessoas ligadas à empresa termina aqui.

*Com Ana Suspiro e Rui Pedro Antunes
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Re: Há uma empresa portuguesa que diz valer 28 mil milhões

por Thoth » 8/9/2017 9:33

Yupido garante "origem legal" de 29 mil milhões de euros

http://www.dn.pt/dinheiro/interior/yupido-garante-origem-legal-de-29-mil-milhoes-de-euros-8755802.html Escreveu:Polícia Judiciária investiga empresa desconhecida com capital social milionário. Especialista questiona avaliação e admite hipótese de fraude ou branqueamento de capitais

"O capital tem por base uma operação global, e empresas com operações globais precisam de uma estrutura diferente." É a resposta da Yupido à polémica que estalou nos últimos dias, que tem no centro uma empresa até agora desconhecida, com um capital social de 28,8 mil milhões de euros. O valor é inusitado, mas, em declarações por telefone ao DN/Dinheiro Vivo, Francisco Mendes, porta-voz, garante que o montante é "o resultado de um projeto que tem três anos" e que tem "origem legal". Caso contrário, observa, a empresa já teria sido notificada "pelos órgãos competentes".

Mas o que faz, afinal, a Yupido? A atividade da empresa, que nasceu em 2015 com um capital social de 243 milhões de euros, está ligada a "consultoria de gestão para dar apoio a empresas", diz. E estará a preparar para o próximo ano o lançamento de "uma série de serviços em diversas áreas". Sublinhando que pretende deixar passar o "ruído" antes de dar mais explicações sobre o negócio, o porta-voz sublinha, porém, que a empresa está a seguir com "preocupação" todo o burburinho gerado à sua volta. "As dúvidas persistentes colocam em causa a capacidade de o país ter empresas deste tipo. O que podem dizer investidores internacionais que querem entrar em Portugal se houver constantemente reações destas?", questiona Francisco Mendes.

Com sede nas Torres de Lisboa, numa empresa de aluguer de escritórios temporários, a Yupido foi criada por Cláudia Alves e Torcato Jorge, que hoje ocupam, respetivamente, os cargos de chefe de operações e diretor de marketing na empresa. O primeiro registo no Portal da Justiça remonta a 24 de julho de 2015. Na extensa descrição das áreas de atuação da empresa, cabem atividades como consultoria tecnológica, contabilidade, venda de publicidade ou edição de livros, jornais e revistas. Menos de um ano após ser constituída, a Yupido avançou para um aumento de capital, que passou para 28,8 mil milhões de euros, o dobro do valor de mercado da Galp.

Para o advogado Luís Miguel Henrique, o caso cheira a esturro. O especialista em direito fiscal, direito financeiro, fusões e aquisições considera estranho que uma empresa com um capital de tantos milhões se tenha mantido desconhecida. O advogado também questiona a apresentação da Yupido no seu site, bem como todas as informações tornadas públicas. "Não é normal. E, olhando meramente para os dados contabilísticos que surgem na imprensa, não só não é normal como não faz sentido. Posto isto, tudo o resto é meramente especulativo."

Luís Miguel Henrique, salvaguarda, contudo, que não possui dados para averiguar a idoneidade da empresa. "Podem existir todas as razões legítimas, legais e até lógicas que nós não conhecemos", sublinha. Mas aponta que os dados já divulgados podem configurar um caso de branqueamento de capitais em potência. "Por exemplo, se me cair uma transferência de 500 milhões na conta, isso vai acender as luzes do Banco de Portugal. Se eu tiver uma escritura pública a indicar que vendi uma quota de capital social certificado, isso serve de esclarecimento." Por outro lado, o especialista indica que uma avaliação inflacionada também pode proporcionar uma situação de fraude. "Teremos cá a Web Summit em breve, com empresas a serem potenciais alvos de abordagens de investidores. Nesta situação, vamos poder vender 1% por milhares de euros, mostrando apenas os dados contabilísticos."

O ativo que colocou o capital da Yupido em valores estratosféricos foi uma plataforma "de armazenamento, proteção, distribuição e divulgação de todo o tipo de conteúdo media" que se destaca "pelos algoritmos que a constituem", indica o jornal Eco, que teve acesso ao relatório emitido pelo revisor oficial de contas António Alves da Silva, que fez a avaliação independente do ativo. "Parece que alguém descobriu o novo Facebook e ainda não disse a ninguém", comenta Luís Miguel Henrique, que se mostra cético quanto ao valor atribuído à alegada plataforma: "Qual é a capacidade técnica que este revisor oficial de contas tem para conseguir quantificar de forma correta este ativo, desta maneira? Onde é que ele se baseou, que formação é que recebeu para validar isto?" A Polícia Judiciária indicou, entretanto, ao Expresso que está a "analisar a situação para perceber se há indícios suficientes ou suspeitas que possam sustentar uma investigação".
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Re: Há uma empresa portuguesa que diz valer 28 mil milhões

por Lion_Heart » 7/9/2017 1:20

Dr Tretas Escreveu:
Lion_Heart Escreveu::lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: Todos os milionários legais e ilegais de Portugal juntos dificilmente teriam esse dinheiro


Errado. Há cerca de 50 000 milionários, logo têm, no mínimo 50 000 milhões.

http://observador.pt/2016/11/22/estudo-revela-que-ha-mais-milionarios-em-portugal/


Em cash não, a maioria é em acções ou participações não é dinheiro vivo. Isso foi em cash
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Re: Há uma empresa portuguesa que diz valer 28 mil milhões

por Dr Tretas » 7/9/2017 1:15

Lion_Heart Escreveu::lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: Todos os milionários legais e ilegais de Portugal juntos dificilmente teriam esse dinheiro


Errado. Há cerca de 50 000 milionários, logo têm, no mínimo 50 000 milhões.

http://observador.pt/2016/11/22/estudo-revela-que-ha-mais-milionarios-em-portugal/
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Re: Há uma empresa portuguesa que diz valer 28 mil milhões

por Lion_Heart » 6/9/2017 23:41

:lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: Todos os milionários legais e ilegais de Portugal juntos dificilmente teriam esse dinheiro
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"

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Re: Há uma empresa portuguesa que diz valer 28 mil milhões

por MarcoAntonio » 6/9/2017 19:32

Possivelmente em espécie também, sei lá...

:?


Publica-se que em relação à entidade:
Nº de Matrícula/NIPC: 513527532
Firma: YUPIDO, S.A.
Natureza Jurídica: SOCIEDADE ANóNIMA
Sede: Rua Tomás da Fonseca, Torre G, 1º
Distrito: Lisboa Concelho: Lisboa Freguesia: São Domingos de Benfica
1600 - 209 Lisboa



pela Apresentação AP. 32/20150721, referente à inscrição 1,
foi efectuado o seguinte acto de registo:


Insc. 1 - AP. 32/20150721 09:45:12 UTC - CONSTITUIÇÃO DE SOCIEDADE E DESIGNAÇÃO DE MEMBRO(S) DE ORGÃO(S) SOCIAL(AIS)


FIRMA: YUPIDO, S.A.
NIPC: 513527532
NATUREZA JURÍDICA: SOCIEDADE ANóNIMA
SEDE: Rua Tomás da Fonseca, Torre G, 1º
Distrito: Lisboa Concelho: Lisboa Freguesia: São Domingos de Benfica
1600 - 209 Lisboa
OBJECTO: Prestação de serviços de consultoria para os negócios e gestão, bem como, todas as atividades que garantam a concretização dos fins estabelecidos. Consultoria tecnológica e desenvolvimento de serviços de informação, bem como gestão e tratamento de informação. Fornecimento de infraestruturas para domiciliação, serviços de processamento de dados e actividades relacionadas. Actividades de processamento de dados, domiciliação de informação e actividades que asseguram o bom desenvolvimento das anteriores. Inclui também as actividades especializadas de domiciliação, tais como: domiciliação de páginas Web (Web hosting), serviços de "streaming" ou domiciliação de aplicações, serviços de fornecimento de aplicações, disponibilização de tempo de "mainframe". As actividades de processamento de dados incluem o processamento de dados fornecidos pelo cliente ou provenientes de processamento automático e serviços de introdução de dados. Disponibilização de sistemas de informação de suporte à gestão através de computação em nuvem, sistemas baseados em web, sistemas aplicacionais distribuídos multiplataforma ou qualquer outro sistema que exerça o mesmo fim. Programação informática e todas as actividades de suporte, bem como, edição de programas informáticos, adaptação de software, venda de software e actividades conexas. Prestação de serviços de contabilidade e auditoria e todas as actividades associadas, bem como, consultoria fiscal. Consultoria de design, que envolve várias áreas de intervenção, quer no domínio da criação de projectos específicos, quer de consultoria, levando em conta as características e necessidades do utilizador, do mercado, da produção e da segurança, entre outras. Compreende o design gráfico ou de comunicação, o design industrial, design de interiores e o design de moda e têxtil. Consultoria de marketing. Consultoria e apoio a empresas e organismos em matéria de relações públicas e comunicação, publicidade, gestão e organização de todo o tipo de eventos. Compreende também a venda ou revenda de tempo ou espaço publicitário em diversos meios de comunicação. Gestão de fornecedores e parceiros. Actividades combinadas de serviços administrativos, sediação de empresas, domiciliação de morada e prestação de todos os serviços necessários à boa execução dos anteriores, bem como, prestação de serviços de centros de chamadas e actividades conexas. Actividades especializadas de apoio administrativo. Prestação de serviços de recrutamento e seleção de pessoal, formação profissional. Inclui o desenvolvimento de todas as actividades que garantam a boa execução dos serviços. Actividades de comercialização online de produtos e serviços e actividades que garantam a comercialização eficiente dos mesmos. Actividades de recolha, gestão e divulgação de informação, edição, disponibilização de informação em plataformas de comunicação bem como, a edição de livros, jornais, revistas e outras publicações periódicas e não periódicas. Disponibilização de serviços de informações noticiosas e/ou bases de dados de informação de suporte à decisão. Desenvolvimento de todas as actividades que sejam necessárias à concretização dos objectivos estabelecidos para os serviços de informação.
CAPITAL : 243.335.002,00 Euros
Data de Encerramento do Exercício : 31 Dezembro

ACÇÕES:

Número de acções: 243335002
Valor nominal : 1.00 Euros
Natureza: ao portador ou nominativas

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3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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Re: Há uma empresa portuguesa que diz valer 28 mil milhões

por ricardmag » 6/9/2017 19:23

Por acaso ia questionar o forum se aqueles 243 milhões de euros iniciais são em dinheiro. Ou outra espécie de capital.
Se for em dinheiro era interessante saber em que banco foi depositado. :-k

Cumprimentos
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Re: Há uma empresa portuguesa que diz valer 28 mil milhões

por MarcoAntonio » 6/9/2017 19:17

O capital social foi realizado em dinheiro ou em espécie? É que nuns locais diz dinheiro, outros diz espécie (o documento que pesquisei no site https://publicacoes.mj.pt diz que foi em espécie, portanto está supostamente dependente de uma avaliação de um ROC). E tinha ideia que as SA nem podiam realizar capital em espécie, mas até estarei equivocado...

Seja como for, o que o documento diz é isto:


Publica-se que em relação à entidade:
Nº de Matrícula/NIPC: 513527532
Firma: YUPIDO, S.A.
Natureza Jurídica: SOCIEDADE ANóNIMA
Sede: Rua Tomás da Fonseca, Torre G, 1º
Distrito: Lisboa Concelho: Lisboa Freguesia: São Domingos de Benfica
1600 - 209 Lisboa



pela Apresentação AP. 288/20160121, referente à inscrição 2,
foi efectuado o seguinte acto de registo:


Insc. 2 - AP. 288/20160121 16:44:42 UTC - AUMENTO DO CAPITAL


Montante do aumento : 28524864970.00 Euros
Modalidade e forma de subscrição: em espécie
Capital após o aumento : 28.768.199.972,00 Euros
Artigo(s) alterado(s): 3º

ACÇÕES:

Número de acções: 28768199972
Valor nominal : 1.00 Euros


Como me parece pouco credível que alguém tenha realmente colocado 28 mil milhões de euros ali...
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Re: Há uma empresa portuguesa que diz valer 28 mil milhões

por umXdois » 6/9/2017 19:10

Para sermos mais precisos após o aumento do capital social a SA passou a valer 28.768.199.972,00 Euros.
A ciência do palpite certeiro está no momento em que é feito ... como diria João Pinto "prognósticos ... só no fim do jogo"
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Há uma empresa portuguesa que diz valer 28 mil milhões

por Thoth » 6/9/2017 17:34

Há uma empresa portuguesa que ninguém conhece mas diz valer 28 mil milhões

https://eco.pt/2017/09/06/ha-uma-empresa-portuguesa-que-ninguem-conhece-e-que-diz-valer-28-mil-milhoes/ Escreveu:Não tem funcionários, não tem vendas e dá prejuízos. Mas a Yupido, uma empresa portuguesa, diz que vale uns insólitos 28 mil milhões de euros. Auditor já terá solicitado explicações à administração.

Sabe qual é a empresa portuguesa com maior capital social em Portugal? Não, não é a Galp Energia. É a… Yupido, S.A. Trata-se de uma companhia com sede nas Torres de Lisboa e que tem registado um capital social superior a 28 mil milhões de euros. Sim, leu bem: são 28.768.199.972 euros para sermos precisos, ou mais de 15% da riqueza gerada em Portugal no ano passado.

Está registada como uma empresa de consultoria e, até hoje, nada se sabia dela. Mas os holofotes incidiram na Yupido esta quarta-feira, quando dezenas de utilizadores do Twitter perceberam que existia uma empresa que diz valer qualquer coisa como duas vezes o valor de mercado da gigante Galp. Ou nove vezes o BCP. Será isso possível?

É fácil encontrar a página da Yupido na internet, mas bem mais difícil é chegar aos responsáveis. No site, exibe os 28 mil milhões de capital social, publica os estatutos da empresa (que corroboram o valor) e indica ainda quem está ao leme deste grande navio: tem Hugo Martins como presidente executivo e foi fundada por Cláudia Alves (diretora de operações) e Torcato Jorge (diretor de marketing). No LinkedIn, há pelo menos uma pessoa que garante ter completado um estágio de verão na Yupido.

O caso ganha contornos ainda mais bizarros quando se tenta contactar a Yupido. No site não consta qualquer endereço de email ou número de telefone: apenas um formulário de contacto que o ECO usou para remeter algumas questões, mas às quais ainda não obteve resposta. O ECO fez ainda um telefonema para a morada da Yupido, um andar na Torre G, na Rua Tomás da Fonseca, em Lisboa. Uma responsável da Regus Business, a empresa que faz a gestão do escritório da Yupido, não foi capaz de transferir a chamada para a empresa por não existir lá uma extensão telefónica.

Mas, afinal, de onde vem tanto dinheiro? Para perceber isso, há que dissecar os números. A Yupido foi fundada em 2015, mas o volume de vendas nesse ano, e também em 2016, é nulo. Aliás, a empresa tem dado prejuízo. Há dois anos, perdeu 11.800 euros. No ano passado, as perdas chegaram aos 21.570 euros. Também não existem empregados ao serviço da Yupido.

Sabe-se também que a Yupido realizou um aumento de capital em espécie no ano passado. O ECO teve acesso ao relatório de contas da Yupido relativo ao exercício do ano de 2016, onde a empresa começou com um capital próprio de mais de 243 milhões de euros. É durante o ano passado que nascem os 28 mil milhões de euros. O valor está inscrito na folha de balanços como sendo a avaliação total dos “ativos intangíveis” que a Yupido gere.

Um ativo intangível pode ser, por exemplo, um direito de exploração, uma patente, e por aí em diante. É, sobretudo, algo não palpável. E, pela lei, só pode ser reconhecido se “for provável que os benefícios económicos futuros esperados atribuíveis ao ativo sejam gerados em favor da entidade” e “o custo do ativo possa ser mensurado com confiabilidade”. São ativos deste tipo que a Yupido diz que puxaram o capital social para valores estratosféricos, mas não foi possível apurar que tipo de ativos gere esta empresa em concreto.

O ECO sabe que já foram solicitadas informações ao conselho de administração por parte do auditor de contas da Yupido, a J. Rito & Associada. Contactado, o revisor de contas, José Luís Freire Rito, preferiu não fazer comentários a estas informações.
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