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Caldeirão da Bolsa

Políticas para Portugal

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: Políticas para Portugal

por Àlvaro » 21/4/2017 7:51

O que se irá passar hoje nas Escolas é sintomático da qualidade das políticas para Portugal. Ontem através do site do Agrupamento de Escolas recebi a informação assinada pela Directora que os pais em caso algum deverão deixar os filhos nas Escolas sem se certificarem que os serviços funcionam regularmente. Como o meu filho está pela 1.ª vez na Escola falei com outros pais no sentido de me informar do melhor procedimento. Fui informado que por regra um ou dois funcionários de sectores chave (cozinha, portaria, refeitório) faz greve e toda a gente do agrupamento tem o dia ganho duplamente (recebe vencimento e tem um dia de férias). Viva a camarada Catarina, Viva o camarada Nogueira! Viva! Vivam sempre! E ninguém que ganha o dinheiro em funções públicas dá conta do truque?! Oh... piratas. Se não fosse o tio Costa como é que se viveria assim tão bem?
 
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Re: Políticas para Portugal

por Ocioso » 21/4/2017 1:07

JohnyRobaz Escreveu:
Ocioso Escreveu:http://www.oecd.org


Acho que esse gráfico é bastante esclarecedor acerca do que era a ditadura e da evolução que a democracia trouxe a este país. Alguns nostálgicos do tempo da velha senhora precisavam de olhar mais para ele. :roll:

E da ineficiência do sistema de saúde dos USA… :shock:
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Re: Políticas para Portugal

por JohnyRobaz » 21/4/2017 0:54

Ocioso Escreveu:http://www.oecd.org


Acho que esse gráfico é bastante esclarecedor acerca do que era a ditadura e da evolução que a democracia trouxe a este país. Alguns nostálgicos do tempo da velha senhora precisavam de olhar mais para ele. :roll:
“E assim como sonho, raciocino se quero, porque isso é apenas uma outra espécie de sonho.”, Fernando Pessoa
“Nothing good ever comes of love. What comes of love is always something better” , Roberto Bolaño
"A ciência e o poder do homem coincidem, uma vez que, sendo a causa ignorada, frustra-se o efeito. Pois a natureza não se vence, senão quando se lhe obedece." Francis Bacon
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Re: Políticas para Portugal

por Ocioso » 21/4/2017 0:42

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Re: Políticas para Portugal

por JohnyRobaz » 20/4/2017 11:55

Dr Tretas Escreveu:Liberalismo não é "eliminar o governo do circuito". O Estado pode fornecer os seus serviços se quiser, e como não tem fins lucrativos, em teoria pode sempre bater os privados em temos de qualidade/preço.
Não duvido que um Estado bem gerido, como os Nórdicos ou a Suíça, conseguia bater os privados seguindo as leis do mercado. Os utentes ou consumidores ou o que seja politicamente correcto chamar-lhes, iriam naturalmente dar a maior quota de mercado ao Estado. Não são precisas mais leis artificiais.
Agora cá em Portugal... :shame:


Eu não estou a dizer que em Portugal é que se faz bem as coisas. No entanto, há quem pense que o Estado deve sair da frente em tudo, menos no que toca a questões administrativas mínimas, defesa e segurança...
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Re: Políticas para Portugal

por Dr Tretas » 20/4/2017 10:21

Liberalismo não é "eliminar o governo do circuito". O Estado pode fornecer os seus serviços se quiser, e como não tem fins lucrativos, em teoria pode sempre bater os privados em temos de qualidade/preço.
Não duvido que um Estado bem gerido, como os Nórdicos ou a Suíça, conseguia bater os privados seguindo as leis do mercado. Os utentes ou consumidores ou o que seja politicamente correcto chamar-lhes, iriam naturalmente dar a maior quota de mercado ao Estado. Não são precisas mais leis artificiais.
Agora cá em Portugal... :shame:
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Re: Políticas para Portugal

por JohnyRobaz » 20/4/2017 2:02

:!:

Do livro "Rise of the Robots", Martin Ford

Eu diria o mesmo da educação, bens essenciais e infraestruturas.
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Re: Políticas para Portugal

por Ocioso » 18/4/2017 1:27

 
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Re: Políticas para Portugal

por Ocioso » 17/4/2017 0:53

Na semana passada, passou relativamente despercebida a notícia de que a OCDE considerou Portugal o 12º país com uma carga mais elevada entre os seus membros. Segundo a dita entidade, entre impostos propriamente ditos e os impostos-por-outro-nome que a criativa burocracia portuguesa designa por “contribuições”, o Estado retira aos portugueses cerca de 41,5% do salário médio no país. Tendo em conta que esses rendimentos não são propriamente elevados quando comparados com muitos dos nossos vizinhos e parceiros europeus, esse número (que deixa ainda de fora os impostos sobre o consumo) é bem revelador de como, mais do que – como se tornou costume dizer-se – os portugueses viverem “acima das suas possibilidades”, é o Estado que vive acima das possibilidades que os portugueses têm para o financiar.

O problema é crónico: Portugal é, para os padrões com que os seus habitantes o querem comparar, um país relativamente pobre. Por várias razões, o modo como estes tradicionalmente têm tentado ultrapassar essa infeliz condição tem sido o de se sentarem à mesa do Orçamento de Estado e, do seu banquete redistributivo, retirar alimento com que saciar os seus apetites. Claro que o dinheiro necessário ao festim tem de vir de algum lado, e dada a natureza do Estado, esse lado só pode ser um: a carteira dos portugueses que tenham o azar de não fazer parte das clientelas cultivadas e acarinhadas pelos partidos que vão passando pelo governo.

O arranjo, naturalmente, é frágil. A parte da população que tem de abdicar de quase metade do seu rendimento para dar à restante o seu, nutre por esta última um ódio e hostilidade que, inevitavelmente, a fazem sentir-se menosprezada e vilificada pelos primeiros.

Para piorar as coisas, as clientelas que dependem dos partidos (e de quem eles dependem também) têm naturais e compreensíveis expectativas para a suas vidas, que os sucessivos governos sentem a necessidade de satisfazer sob pena de deixarem de o ser, o que os obriga a gastos maiores e, consequentemente, a ir cada vez mais ao bolso de quem paga o rodízio orçamental. Ao mesmo tempo, o que sai desses bolsos nunca é suficiente para pagar tudo aquilo a que, para conseguirem votos, os governos se comprometeram a oferecer aos seus apaniguados, obrigando-os a pedir dinheiro emprestado ao estrangeiro, a preços tanto mais incomportáveis quanto o receio dos credores de que nunca o verão de volta.

Do CDS ao BE, passando pelo PSD, PS e PCP, nenhum dos partidos que estiveram no governo, ou que lhe dão o necessário apoio, alguma vez fez algo para sair deste sarilho. Só diferem entre si na medida em que uns acham que a diferença entre o que uma parte significativa do país espera do Estado e aquilo que o Estado lhes pode oferecer – ou seja, o défice – deve ser a menor possível (e para isso é necessário aumentar impostos); e outros não estão muito preocupados com isso, seguros de que a boa vontade europeia lhes permitirá usar truques contabilísticos para fingir contra toda a lógica que com a dívida a aumentar o défice está a baixar.

Mas a ninguém ocorre a possibilidade de mudar um sistema injusto que sobrecarrega uma parte da sociedade em benefício de quem tem algo (votos, influência, “fotocópias” ou “robalos”) a oferecer ao poder político.

O país paga, e pagará, um preço elevado por isso. A vida de quem tem que abdicar de uma parte tão grande de tão parco rendimento não pode melhorar. Como aquilo que se pode retirar a essas pessoas também não é muito, a vida que se pode oferecer aos felizardos que estão do lado certo da mesa redistributiva também não é particularmente generosa. E como a paciência da “Europa” também é limitada, mais tarde ou mais cedo a torneira do BCE e dos “fundos” também se vai apertar. O “sistema” nacional não se limita a prejudicar o presente de muitos portugueses. Acima de tudo, estrangula o futuro de todos nós.

http://www.jornaleconomico.sapo.pt/noti ... des-146925
 
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Re: Políticas para Portugal

por Ocioso » 15/4/2017 23:37

 
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Re: Políticas para Portugal

por Ocioso » 15/4/2017 1:59

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Re: Políticas para Portugal

por Ocioso » 13/4/2017 1:01

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Re: Políticas para Portugal

por Ocioso » 9/4/2017 18:54

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Re: Políticas para Portugal

por Ocioso » 9/4/2017 1:33

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Re: Políticas para Portugal

por Ocioso » 6/4/2017 0:38

Um em cada 10 diplomados que terminaram o curso em 2015 estavam desempregados um ano depois, a maioria das áreas das Ciências Sociais e do Comportamento, Arquitetura e Engenharias, segundo dados oficiais.

De acordo com dados da Direcção Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC), dos 81 953 alunos diplomados no ano lectivo 2014/2015, mais de 7 000 estavam inscritos em Junho do ano passado no Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).

Dos 7 199 desempregados inscritos no IEFP, 9,7% eram da área das Ciências Sociais e do Comportamento (704 casos), sobretudo em cursos de Psicologia, 9,4% de Engenharia e Técnicas Afins (683) e 6,8% de Arquitectura e Construção (521).

Em declarações à Lusa, o bastonário dos Psicólogos reconhece que a situação de desemprego destes profissionais não é nova, mas lembra que o país continua a não ter um aproveitamento dos recursos existentes em áreas necessitadas como a educação e a saúde, onde “não há nem de perto nem de longe os mínimos assegurados”.

“Se estivéssemos a ter aproveitamento dos recursos existentes em áreas necessitadas, estaríamos noutro cenário”, disse à Lusa Francisco Miranda Rodrigues, lembrando a proposta da Ordem de alterar a legislação para, à semelhança do médico do trabalho, criar a figura do psicólogo do trabalho.

“Com isto já daríamos passos significativos para resolver problemas que são reconhecidos por responsáveis políticos e decisores nas organizações a nível nacional e europeu”, considerou o bastonário, sublinhando os problemas de competitividade nas organizações causados, por exemplo, pelo stress ou burnout, que levam ao absentismo laboral.

Francisco Miranda Rodrigues reconhece o número muito significativo de oferta de formação superior todos os anos, mas lembra que é menor do que há alguns anos.

Segundo o bastonário da Ordem dos Psicólogos, quando esta estrutura foi criada estavam a funcionar 38 cursos de Psicologia e hoje em dia são 31 (dois terços são privados).

“Há ainda uma tendência para que esta queda no número de curso possa ter continuidade”, afirmou, frisando que o número de formados todos os anos (1 300) não é excessivo para as necessidades do país e que é preciso uma aposta na prevenção para que estes recursos possam ser utilizados, pois no futuro acabam por gerar poupança.

“Estamos a falar de profissionais que, está mais do que provado que, do ponto de vista da sua intervenção, geram retornos por via da prevenção em áreas onde há um consumo de recursos muito grande, como por exemplo na medicação”, disse.

Uma estimativa apresentada no ano passado pela Ordem dos Psicólogos indica que, na área da saúde, por cada 75 cêntimos investidos existe um retorno de 3,74€.

Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística, em 2016 estavam desempregadas 109 000 pessoas com ensino superior completo (menos 5,5% do que em 2015).

http://radiocomercial.iol.pt/noticias/6 ... m-trabalho
 
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Re: Políticas para Portugal

por Ocioso » 6/4/2017 0:09

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Re: Políticas para Portugal

por JohnyRobaz » 5/4/2017 10:13

Ocioso Escreveu:http://www.jornaldenegocios.pt/weekend/detalhe/singapura-imponente-limpa-e-com-regras-para-tudo


Mas também vês indianos/paquistaneses a dormir debaixo das pontes e pagas 20 dólares por uma imperial num bar. Mas o mais engraçado é que não vês polícia nas ruas.
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Re: Políticas para Portugal

por Ocioso » 5/4/2017 2:49

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Re: Políticas para Portugal

por Perito » 5/4/2017 1:48

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Como escrevo, uma coisa é a teoria e outra é a realidade.

A Austrália não tem uma recessão há mais de 25 anos. O setor privado está completamente endividado e o estado mais ou menos solvente (mas a dívida relativa está a aumentar astronomicamente). O que é que vai acontecer quando o privado estoirar? Bom, volta-se a 2007 em que, por motivos político-sociais, terá que ser o estado a salvar - no mínimo - os bancos. Se juntarmos as despesas sociais devido ao desemprego inevitável a Austrália está 10 anos atrás no mesmo processo que se viu no 'ocidente'.

O capitalismo teórico diria para deixar falir os bancos e que as pessoas eventualmente recuperam. Mas a realidade não é assim tão 'bonita' (por motivos que já abordei - a interligação entre sociologia, economia e política).

Em parte, o setor bancário é não só anti-mercado livre (os bancos grandes não desaparecem quando vão à falência e geralmente engordam) mas é quase imoral (socialização do prejuízo e privatização do lucro). Criar dinheiro do nada e receber lucros do trabalho dos outros é também em si um conceito quase tirado de um conto de fadas.

It notes Europe's fifth largest bank, Barclays, registered over a half billion euros in profits in Luxembourg but paid an effective tax rate of only 0.2 percent.


European banks stashing billions in tax havens

https://euobserver.com/justice/137385

O Ulrich não gosta do socialismo quando é para pagar (fundo de resolução). Quando foi para receber do contribuinte nem um pio se ouviu :roll:

Portugal gastou 13 mil milhões a ajudar bancos

http://www.dn.pt/dinheiro/interior/port ... 66414.html
 
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Re: Políticas para Portugal

por Ocioso » 5/4/2017 1:12

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Re: Políticas para Portugal

por Ocioso » 5/4/2017 0:23

JohnyRobaz Escreveu:Há recuperação económica, mas não há recuperação de salários, logo a poupança fica mais difícil.

O Estado pode (e deveria) incentivar a poupança e o investimento, reduzindo os impostos sobre os juros dos depósitos, os dividendos e as mais-valias.

Ao menos a dívida (externa líquida) está a descer.. 8-)

O BdP não "brinca em serviço"… :mrgreen:
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Re: Políticas para Portugal

por JohnyRobaz » 4/4/2017 23:25

Há recuperação económica, mas não há recuperação de salários, logo a poupança fica mais difícil.

Ao menos a dívida (externa líquida) está a descer.. 8-)
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Re: Políticas para Portugal

por Ocioso » 4/4/2017 21:50

Sem poupança e investimento, com enorme dívida externa e "alergia a reformas estruturais", o melhor é "fechar a loja"…
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Re: Políticas para Portugal

por Pedromfg » 4/4/2017 1:04

Ocioso Escreveu:
@Ocioso, bons videos do Noam Chomshy, meteu-me a pensar até que ponto é que a sociedade (imaginando que utópicamente começava a ser mais organizada e participativa na vida política) tem qualquer tipo de poder no que se pretende para o país. Sempre me questionei porque é que as campanhas politicas são tão fraquinhas/vazias e não tem linhas mestras para a estratégia dos vários ministérios, se calhar está ai a resposta...

Os objectivos de qualquer governo são aumentar a sua influência na sociedade e recompensar aqueles que verdadeiramente representa. Repara no que tem ocorrido desde a saída da troika. Tens as duas mais recentes execuções orçamentais atrás.


Por acaso ando à algum tempo a meter na cabeça que tenho de investigar como é que anda o nosso endividamento (sempre tive a ideia de que não era assim tão linear este assunto, pois na prática o que interessa mesmo é o endividamento liquido e é facil de sermos enganados com noticias, falo por mim claro).
Ainda não é hoje que vou atrás neste post para ver se encontro essa informação, pois tenho ideia de que já colocou por aqui esses dados. Mesmo que não sejam actuais vejo as fontes de onde tirou e procuro.

Os elementos que colocou ai só dão suporte à minha desconfiança.

JohnyRobaz Escreveu:http://www.jn.pt/economia/interior/portugal-e-um-dos-paises-mais-desiguais-ao-nivel-dos-salarios-5758824.html

Soluções para este problema?

Maior progressividade do IRS e maior incidência na carga fiscal sobre o consumo e capital e menos sobre o trabalho?


Subir salário minimo? Em tempos quando estive a reciclar os meus conhecimentos de economia num curso online, lembro-me vagamente de um efeito económico que o aumento dos salários provocava e que compensava com saldo positivo o efeito negativo que o aumento dos salários provoca nas pequenas empresas. Confesso que não cheguei a perceber muito bem na altura, pois na minha cabeça sempre tive a ideia de que, apesar de socialmente negativo, para as empresas era positivo haver salários baixos. Não sei se era através do consumo...

Eu os salários altos não me choca, mesmo nada, desde que na mesma empresa não se veja uns a ganhar milhões e outros com o salário minimo. Então em empresas que funcionam como monopólios...
Também gostei de uma frase da Margaret Thatcher, relativamente a este assunto. Uma vez que se retira os incentivos do topo, Não interessa quanto é que ganhas vou te retirar a maior parte do rendimento (Lion's Share), então quem tem esses ganhos, diz ok, então vou deixar de fazer a maior parte do trabalho (Lion´s Part).

https://www.youtube.com/watch?v=yoIZdEB ... -WdwkCiOXY
(a partir do minuto 12)

Claro que depois quando vemos entrevistas destas ficamos a pensar quem é que anda realmente a fazer a parte de leão

https://www.youtube.com/watch?v=xDJhLxi ... tF&index=2

Um pequeno pormenor, pois não sei efetivamente se a questão da Taxação do capital tem qualquer influência nessa problemática que referes, pois o que diz é diferença de salários, não de rendimentos e não são exatamente a mesma coisa. Para além de que aumentar a taxação de capital faz com que ele saia de PT, olha o exemplo do PSI 20, se não são todas são 19 das 20 que recorrem à holanda para martelarem as contas e pagar menos impostos.

O que acho mais importante é dar condições e incentivos para Start-ups, claro que depois também vemos que quem tem os fundos aprovados são os boys...
Alerta, novato a comentar! Não percebo nada disto.
 
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Re: Políticas para Portugal

por JohnyRobaz » 31/3/2017 0:52

http://www.jn.pt/economia/interior/port ... 58824.html

Soluções para este problema?

Maior progressividade do IRS e maior incidência na carga fiscal sobre o consumo e capital e menos sobre o trabalho?
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