BCP - Tópico Geral
Re: BCP - Novo Tópico Geral
PC05 Escreveu:Sabadell vende acções do BCP 10% abaixo da actual cotação
13/12/2016
O Sabadell decidiu alienar a participação que detinha no BCP, depois de a Fosun ter entrado no capital do banco português.
Esta terça-feira, o banco espanhol revelou ter já concluído a operação de venda, que implicou uma menos-valia de 8,3 milhões de euros brutos para o Sabadell, revelou o banco em comunicado emitido para a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
O Sabadell vendeu as acções representativas de 4,08% do capital do BCP por 1,15 euros por título, o que implicou um encaixe total de 44,36 milhões de euros "pelo total da participação vendida, sem que tenha um impacto relevante (menos-valias de aproximadamente 8,3 milhões de euros brutos) na conta de resultados e balanço do banco", revela a mesma fonte.
O valor por unidade, os 1,15 euros, corresponde a menos 10,87% do que a cotação de fecho das acções do BCP na sessão de segunda-feira, 12 de Dezembro, dia em que perderam 1,41%.(Notícia em actualização)
Eles começam a fugir, assumindo prejuízos para não serem maiores no futuro. As próximas entradas de grandes players serão abaixo de 1€ provavelmente. Nõ foi por acaso que a Fosun só entro com parte do capital para assegurar o negócio. Os curtos lá saberão o porquê de continuarem a aumentar as suas posições.
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Re: BCP - Novo Tópico Geral
Sabadell vende acções do BCP 10% abaixo da actual cotação
13/12/2016
O Sabadell decidiu alienar a participação que detinha no BCP, depois de a Fosun ter entrado no capital do banco português.
Esta terça-feira, o banco espanhol revelou ter já concluído a operação de venda, que implicou uma menos-valia de 8,3 milhões de euros brutos para o Sabadell, revelou o banco em comunicado emitido para a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
O Sabadell vendeu as acções representativas de 4,08% do capital do BCP por 1,15 euros por título, o que implicou um encaixe total de 44,36 milhões de euros "pelo total da participação vendida, sem que tenha um impacto relevante (menos-valias de aproximadamente 8,3 milhões de euros brutos) na conta de resultados e balanço do banco", revela a mesma fonte.
O valor por unidade, os 1,15 euros, corresponde a menos 10,87% do que a cotação de fecho das acções do BCP na sessão de segunda-feira, 12 de Dezembro, dia em que perderam 1,41%.(Notícia em actualização)
13/12/2016
O Sabadell decidiu alienar a participação que detinha no BCP, depois de a Fosun ter entrado no capital do banco português.
Esta terça-feira, o banco espanhol revelou ter já concluído a operação de venda, que implicou uma menos-valia de 8,3 milhões de euros brutos para o Sabadell, revelou o banco em comunicado emitido para a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
O Sabadell vendeu as acções representativas de 4,08% do capital do BCP por 1,15 euros por título, o que implicou um encaixe total de 44,36 milhões de euros "pelo total da participação vendida, sem que tenha um impacto relevante (menos-valias de aproximadamente 8,3 milhões de euros brutos) na conta de resultados e balanço do banco", revela a mesma fonte.
O valor por unidade, os 1,15 euros, corresponde a menos 10,87% do que a cotação de fecho das acções do BCP na sessão de segunda-feira, 12 de Dezembro, dia em que perderam 1,41%.(Notícia em actualização)
Re: BCP - Novo Tópico Geral
Portanto vendendo no mercado, nesta altura, mandavam a cotação para metade. A fosun, comprando no mercado 4% também a fazia disparar. Juntam o útil ao agradável e vendem um ao outro por um valor que servisse ambos. Agora por que preço e haverá negociata "por fora"? E efeitos na cotação?
Parte feia disto: parece tudo cozinhado e uns sabem mais que outros. A história que ou reforçam ou saem é para inglês ver porque se vantajoso fosse reforçavam. Também se vê que a ideia de a fosun ir ao mercado eram "balelas".
Parte bonita: parece que o ativo vê qualquer coisa positiva nisto do BCP (não ficou surpreendido e que pode levar a uma "luta" pelo controlo), e neste momento é o que me alegra!
Eu pessoalmente achava que os pequenos ja estavam entalados irreversivelmente e ja no limite, mas aparentemente há mais! Espero estar enganado.
Parte feia disto: parece tudo cozinhado e uns sabem mais que outros. A história que ou reforçam ou saem é para inglês ver porque se vantajoso fosse reforçavam. Também se vê que a ideia de a fosun ir ao mercado eram "balelas".
Parte bonita: parece que o ativo vê qualquer coisa positiva nisto do BCP (não ficou surpreendido e que pode levar a uma "luta" pelo controlo), e neste momento é o que me alegra!
Eu pessoalmente achava que os pequenos ja estavam entalados irreversivelmente e ja no limite, mas aparentemente há mais! Espero estar enganado.
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Re: BCP - Novo Tópico Geral
A saída do Sabadell do capital social do BCP era previsível, pois o sonho do Sabadell vir a controlar o BCP, tinha ficado mais longe de poder ser realizado, depois da entrada da Fosun no capital social do BCP.
Re: BCP - Novo Tópico Geral
Banco espanhol Sabadell vende 4,1% do BCP
O Sabadell vai vender a sua participação no BCP. Era um histórico parceiro e o terceiro maior accionista. A saída acontece depois da compra de 16,7% pela Fosun mas antes das operações que levarão o grupo chinês até 30%.
http://www.jornaldenegocios.pt/empresas ... lacionadas
Sabadell desiste do BCP devido a entrada da Fosun no capital social
"Com a entrada da Fosun só nos restava aumentar a nossa participação ou retirar-nos da corrida ao controlo do BCP", disse esta segunda-feira fonte oficial do Sabadell à agência Lusa. A mesma fonte acrescentou: "Como os chineses querem aumentar a sua participação, o razoável é nós reduzirmos a nossa".
http://www.jornaldenegocios.pt/empresas ... asNoticias
Sabadell sai do BCP.

Re: BCP - Novo Tópico Geral
A Sonangol e a Fosun são obviamente os candidatos "naturais" à compra da posição de 4,1 % do Sabadell, no capital social do BCP.
À Fosun, que dá mostras de querer controlar o BCP, não lhe interessaria, obviamente, que a posição do Sabadell no BCP fosse adquirida pela Sonangol. Também não lhe agradaria que uma outra entidade comprasse essa posição acionista, pois não gostaria, certamente, de ver entrar em cena um terceiro "player".
Se a Sonangol comprar a posição do Sabadell no BCP, então, futuramente, irá haver, mesmo, luta entre a Fosun e a Sonangol pelo controlo do BCP!
Vamos ver se desta vez a Sonangol se chega à frente e compra a posição do Sabadell no BCP ...
Se a Sonangol adquirir a posição acionista do Sabadell no BCP pode ser que vote ao lado da Fosun pela elevação de 20 % para 30 % do limite de direitos de voto, por acionista, no BCP.
Se a Fosun adquirir a participação acionista do Sabadell no capital social do BCP, pode acontecer que a Sonangol não se mostre, para já, disposta a elevar o referido limite de direitos de voto para 30 %.
À Fosun, que dá mostras de querer controlar o BCP, não lhe interessaria, obviamente, que a posição do Sabadell no BCP fosse adquirida pela Sonangol. Também não lhe agradaria que uma outra entidade comprasse essa posição acionista, pois não gostaria, certamente, de ver entrar em cena um terceiro "player".
Se a Sonangol comprar a posição do Sabadell no BCP, então, futuramente, irá haver, mesmo, luta entre a Fosun e a Sonangol pelo controlo do BCP!
Vamos ver se desta vez a Sonangol se chega à frente e compra a posição do Sabadell no BCP ...
Se a Sonangol adquirir a posição acionista do Sabadell no BCP pode ser que vote ao lado da Fosun pela elevação de 20 % para 30 % do limite de direitos de voto, por acionista, no BCP.
Se a Fosun adquirir a participação acionista do Sabadell no capital social do BCP, pode acontecer que a Sonangol não se mostre, para já, disposta a elevar o referido limite de direitos de voto para 30 %.
Editado pela última vez por Ativo em 12/12/2016 20:22, num total de 2 vezes.
Re: BCP - Novo Tópico Geral
e com a fuga do sabadell vão 4% que seriam possiveis de ser comprados em mercado pela fosun.
http://www.jornaldenegocios.pt//empresas/banca---financas/detalhe/banco-espanhol-sabadell-vende-41-do-bcp?ref=CaldeiraoDaBolsa_Destaques
mais uma que não esperava de todo...
http://www.jornaldenegocios.pt//empresas/banca---financas/detalhe/banco-espanhol-sabadell-vende-41-do-bcp?ref=CaldeiraoDaBolsa_Destaques
mais uma que não esperava de todo...
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Re: BCP - Novo Tópico Geral
Rango Escreveu:Nas últimas sessões o BCP tem acompanhado a recuperação do banco italiano Monte dei Paschi. Hoje, sabe-se lá porquê, decidiu não o fazer... o banco italiano sobe mais de 8% e o BCP já desce cerca de 1%, depois de já ter estado a subir mais de 3%. Assim, com esta falta de força vai ser difícil voltar acima dos 1,35. Ainda não sei o que vou fazer, mas, por este andar, o mais certo é vendê-las...
http://www.jornaldenegocios.pt//empresa ... -41-do-bcp


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Re: BCP - Novo Tópico Geral
NaoSei Escreveu:VenturaPacheco Escreveu:Alguém sabe se é possível ter acesso a informação sobre profundidade de mercado sem subscrever um serviço pago?
A plataforma que utilizo é a gobulling, onde este serviço é pago.
Muito obrigado.
https://marketviewer.equiduct.com/
Obrigado NaoSei!
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Re: BCP - Novo Tópico Geral
VenturaPacheco Escreveu:Alguém sabe se é possível ter acesso a informação sobre profundidade de mercado sem subscrever um serviço pago?
A plataforma que utilizo é a gobulling, onde este serviço é pago.
Muito obrigado.
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Re: BCP - Novo Tópico Geral
O BCP nunca se deu bem com subida das taxas de juro da DPP a 10 anos, note-se q hoje atingiu limites de março-abril de 2014 há pouco 7.30h 3,913%. Muito mau sinal, para os planos do Governo, a juntar mais subida de crude, isto n está( nada porreiro) a correr muito bem para camarada Costa.
PS: Teresa Cardoso referiu ontem programa de uma radio q o limite incomportável para o Estado português será 5%(ou seja, traduzido em miúdos: o risco para a necessidade de um novo resgate, é muito elevado) .

PS: Teresa Cardoso referiu ontem programa de uma radio q o limite incomportável para o Estado português será 5%(ou seja, traduzido em miúdos: o risco para a necessidade de um novo resgate, é muito elevado) .
Re: BCP - Novo Tópico Geral
Alguém sabe se é possível ter acesso a informação sobre profundidade de mercado sem subscrever um serviço pago?
A plataforma que utilizo é a gobulling, onde este serviço é pago.
Muito obrigado.
A plataforma que utilizo é a gobulling, onde este serviço é pago.
Muito obrigado.
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Re: BCP - Novo Tópico Geral
Nas últimas sessões o BCP tem acompanhado a recuperação do banco italiano Monte dei Paschi. Hoje, sabe-se lá porquê, decidiu não o fazer... o banco italiano sobe mais de 8% e o BCP já desce cerca de 1%, depois de já ter estado a subir mais de 3%. Assim, com esta falta de força vai ser difícil voltar acima dos 1,35. Ainda não sei o que vou fazer, mas, por este andar, o mais certo é vendê-las... 

Re: BCP - Novo Tópico Geral
CGD vai limpar 2800 milhões de prejuízos acumulados
BCE aprovou recapitalização e banco recorre às reservas e avança para aumento e redução do capital social para cobrir perdas acumuladas no balanço.
https://www.dinheirovivo.pt/#sthash.nESU8IX3.dpuf
BCE aprovou recapitalização e banco recorre às reservas e avança para aumento e redução do capital social para cobrir perdas acumuladas no balanço.
https://www.dinheirovivo.pt/#sthash.nESU8IX3.dpuf
Re: BCP - Novo Tópico Geral
Texano Bill Escreveu:Italy set to nationalise the world's oldest bank, Banca Monte dei Paschi di Siena
Italy is set to nationalise Banca Monte dei Pashci di Siena, the world’s oldest bank.
The organisation, founded in 1472, currently has five million customers but is weighed down by €360bn (£305bn) of bad debts.
After the European Central Bank (ECB) refused to give the organisation any more time to secure private funding, the Italian Government felt there was no option left but to intervene.
The value of shares for the bank plummeted 16 per cent before trading was suspended and junior bonds issued by the organisation fell by half within minutes.
“The ECB is committing a grave error. It is unacceptable,” said Antonio Damiani, head of the banking union CGIL, the Telegraph reported.
“There must now be an immediate public rescue to secure Monte Paschi and head off any systemic risk for banks in trouble. This is a matter of urgent national interest,” Mr Damiani added.
http://www.independent.co.uk/news/world ... 67146.html
Monte dei Paschi prestes a ser nacionalizado.
A Europa parece que não sai da cepa torta.
Boas notícias vindas e Itália. BCP outra vez acima da resistência dos 1,35? É o que vamos ver na sessão de hoje.

Monte dei Paschi avança com recapitalização privada
http://www.jornaldenegocios.pt/empresas ... Principais
Editado pela última vez por Rango em 12/12/2016 2:58, num total de 1 vez.
Re: BCP - Novo Tópico Geral
Italy set to nationalise the world's oldest bank, Banca Monte dei Paschi di Siena
Italy is set to nationalise Banca Monte dei Pashci di Siena, the world’s oldest bank.
The organisation, founded in 1472, currently has five million customers but is weighed down by €360bn (£305bn) of bad debts.
After the European Central Bank (ECB) refused to give the organisation any more time to secure private funding, the Italian Government felt there was no option left but to intervene.
The value of shares for the bank plummeted 16 per cent before trading was suspended and junior bonds issued by the organisation fell by half within minutes.
“The ECB is committing a grave error. It is unacceptable,” said Antonio Damiani, head of the banking union CGIL, the Telegraph reported.
“There must now be an immediate public rescue to secure Monte Paschi and head off any systemic risk for banks in trouble. This is a matter of urgent national interest,” Mr Damiani added.
http://www.independent.co.uk/news/world ... 67146.html
Monte dei Paschi prestes a ser nacionalizado.

A Europa parece que não sai da cepa torta.
Re: BCP - Novo Tópico Geral
In ECO - Economia Online, em 09/12/2016:
«Banca é a surpresa positiva para o FMI.
É a grande surpresa e o maior motivo de satisfação para o FMI. Os banqueiros estão finalmente a reconhecer que a banca tem problemas e a trabalhar nas soluções.
Foi “uma das coisas mais importantes” desta quinta avaliação pós-programa da troika, diz Subir Lall. Os bancos estão finalmente a reconhecer que têm um problema de crédito malparado e de elevados custos operacionais e começaram a trabalhar nas soluções em conjunto com o supervisor e o Governo. A satisfação é manifestada por Subir Lall nesta parte da entrevista em que se fala sobre o setor bancário.
Há anos que o Fundo avisava os banqueiros que era preciso ter uma atitude mais proativa na resolução dos problemas em vez de esperar que o crescimento da economia os resolvesse, diz o líder da missão do FMI que esteve em Portugal entre finais de novembro e 7 de dezembro.
A solução que está a ser trabalhada tem por base o princípio de que não há um fato único que sirva para todos os problemas da banca. São necessárias várias soluções, “uma abordagem holística”. Subir Lall diz que a estratégia que está a ser trabalhada “parece cobrir todos os aspetos do problema”.
Nem a necessidade de arranjar dinheiro para enfrentar o problema do crédito malparado preocupa o FMI. Subir Lall usa o exemplo do BCP para mostrar que, quando há uma estratégia convincente e coerente, os investidores de longo prazo aparecem. Quanto à CGD, o Governo tem de encontrar “espaço orçamental” para que haja dinheiro para capitalizar o banco público sem ameaçar os compromissos com a dívida. Embora, diz, o montante não seja elevado.
O sistema bancário português está melhor?
Uma das coisas mais importantes a que assistimos durante esta visita foi constatar que houve uma mudança — pelo menos alguns de nós sentiram isso — na atitude dos próprios bancos relativamente à forma como lidar com os grandes montantes de crédito malparado.
Há algum tempo que pedimos um esforço mais proativo da parte dos bancos e dos acionistas dos bancos para lidar com este problema. Mas, no passado, sempre sentimos que estavam um pouco passivos, à espera que o crescimento regressasse e que resolvesse o problema. Parece ter havido uma clara mudança de mentalidade. Estou certo que houve ação dos supervisores e do Governo, a enfatizarem a importância dessa mudança. Mas também os próprios bancos parecem falar de uma forma muito mais proativa. Agora dizem ‘sim, o problema existe e estamos a tentar lidar com ele’. Em vez de dizerem ‘vamos esperar que as coisas se resolvam’. Essa foi uma perceção muito encorajadora que tivemos nesta visita.
Ao mesmo tempo, tanto do ponto de vista do Governo como do banco central, existe um esforço concertado e enérgico para encontrar uma solução, dentro do enquadramento europeu, que garanta também a estabilidade financeira, sem ser disruptivo e preservando o capital social e económico.
Claro, o mais importante é que, desta discussão que está a ser feita, saiam planos concretos e definição de datas. Mas estou contente com a mudança na forma de pensar. A atitude dos bancos é a mais proativa de que me lembro ter visto durante todo o tempo que liderei a missão do FMI.
Pode dar-me um exemplo?
Quando os bancos discutem — obviamente não vou comentar bancos específicos — e falam sobre o tema, reconhecem agora de forma honesta que a magnitude do problema é o que é, mas também reconhecem que um crescimento mais elevado não vai, por si, eliminar o problema. E que os bancos têm de fazer mais para lidar com os ativos problemáticos e também têm de fazer mais do lado dos custos e da rentabilidade, para criarem o espaço de que necessitam para provisionarem de forma mais agressiva a limpeza dos balanços. É algo que temos pedido já há bastante tempo. Na realidade, poderá recordar-se no final de 2013, creio que em dezembro, quando aqui estive, pedi uma abordagem agressiva da parte dos bancos. Na altura, não nos pareceu que a mensagem tivesse verdadeiramente chegado a bom porto. Mas agora sentimos que há alguma compreensão.
Os bancos aceitam agora que têm um problema, mas não têm ainda planos concretos?
Mas parece que estão a trabalhar nisso. Estamos ansiosos por ver o resultado final. Obviamente que vai ser um processo longo que não é fácil. Temos de ter alguma paciência.
No comunicado, o FMI diz que as autoridades estão a adotar uma estratégia que abrange a supervisão, a legislação e a justiça. O que significa isso?
Há um reconhecimento alargado, primeiro do lado do supervisor. Claramente, há consciência de que os bancos têm, primeiro, de reconhecer o problema, para o compreenderem e para avaliarem realisticamente os ativos e depois encontrar uma forma de lidar com o problema devidamente.
Mas também se reconhece que nem todo o crédito malparado (NPL) é igual. Depende da dimensão de quem pediu o crédito (se são PME ou grandes empresas), se têm colaterais ou não, se estão ligadas ou não ao imobiliário. As autoridades, e os supervisores também, percebem que a abordagem tem de compreender as especificidades do problema. Não pode ser uma solução única para todos.
Também se reconhece agora que este é um problema de todo o sistema bancário e não de alguns bancos específicos. Claramente, o crédito malparado é um problema sistémico, o que acontece também noutros países. Por outro lado, por exemplo, existe também o reconhecimento de que quando os bancos têm de recorrer ao sistema judicial, poderá haver um grande hiato temporal entre o momento em que o caso é iniciado e aquele em que é concluído. E os bancos podem aceder ao colateral subjacente, ou livrar-se dele. Há ainda trabalho a decorrer, por isso ainda é muito cedo para comentar os detalhes
É necessária uma abordagem holística, tanto ao nível da consciencialização dos bancos, mas também ao nível das ferramentas para resolver o problema. A abordagem que está a ser trabalhada parece cobrir todos os aspetos do problema.
Mas para resolver este problema não precisamos de mais dinheiro?
Sim, no sentido em que o capital dos bancos terá de ser aumentado. É por isso que no passado salientámos que era necessário os bancos terem mais margem de manobra nos seus balanços e assim focarem-se na rentabilidade. É por isso que encorajamos, tal como no passado, que cortem nos custos. O rácio custos/proveitos de alguns bancos ainda é bastante elevado. Outros bancos têm sido mais bem-sucedidos. Portanto, pode ser feito. A rede de balcões, por exemplo. Não são necessários tantos balcões, num país tão pequeno.
Como sabe não se podem fechar os balcões ao mesmo tempo. Criaria um significativo problema de desemprego, um problema social…
É verdade. Mas dizem-nos isso há pelo menos três anos. Já passaram três anos. Se tivessem começado há três anos estariam muito mais avançados no processo. Mas sou um otimista. Se começarem agora já é muito bom.
Mas, como não podem reduzir tão rapidamente os custos operacionais, precisam de dinheiro para aumentar capital. Certo? Quanto vão precisar? E quem pagará?
Neste momento não temos uma estimativa agregada porque exigiria olhar para todos os bancos e não temos acesso a esse tipo de informação, obviamente, porque não somos supervisores. Mas se pensarmos em termos de capital, temos um exemplo de um banco que conseguiu atrair capital privado de um investidor.
Está a falar do BCP?
Sim. Desde que um banco seja capaz de apresentar uma estratégia coerente e de mostrar aquilo que está a enfrentar, a forma como está a planear lidar com a questão e a visão de longo prazo, os investidores de longo prazo vão ter isso em conta. E estarão dispostos a injetar capital novo num banco desde que vejam um modelo de negócio sustentável a longo prazo e que, eventualmente, seja lucrativo. Desde que fique claro qual a abordagem do banco, quais as perdas máximas que um investidor potencial poderá vir a sofrer e quais os riscos. É bastante fazível. Mas o primeiro passo é reconhecer que há um problema e que tem de ser tratado de forma proativa. É por isso que estou otimista, porque temos assistido a isso. O exemplo desse banco é muito bom para isso.
A Caixa Geral de Depósitos não pode usar capital privado. Como resolver o problema sem usar dinheiros públicos?
Já existe um acordo para injetar dinheiro público no banco.
Isso não é um risco para a dívida pública?
Obviamente que não é desejável do ponto de vista da dívida pública. Trata-se de um banco público, o acionista são os contribuintes, por isso é que é necessário criar espaço orçamental, noutro sítio, para que coisas destas possam acontecer. Medidas extraordinárias como esta já aconteceram no passado. Isto está ligado à estratégia orçamental. É necessário criar espaço para poder fazer isto. Mas no contexto geral das coisas, a quantidade de dinheiro canalizada para isso não é muito grande em percentagem do PIB.».
«Banca é a surpresa positiva para o FMI.
É a grande surpresa e o maior motivo de satisfação para o FMI. Os banqueiros estão finalmente a reconhecer que a banca tem problemas e a trabalhar nas soluções.
Foi “uma das coisas mais importantes” desta quinta avaliação pós-programa da troika, diz Subir Lall. Os bancos estão finalmente a reconhecer que têm um problema de crédito malparado e de elevados custos operacionais e começaram a trabalhar nas soluções em conjunto com o supervisor e o Governo. A satisfação é manifestada por Subir Lall nesta parte da entrevista em que se fala sobre o setor bancário.
Há anos que o Fundo avisava os banqueiros que era preciso ter uma atitude mais proativa na resolução dos problemas em vez de esperar que o crescimento da economia os resolvesse, diz o líder da missão do FMI que esteve em Portugal entre finais de novembro e 7 de dezembro.
A solução que está a ser trabalhada tem por base o princípio de que não há um fato único que sirva para todos os problemas da banca. São necessárias várias soluções, “uma abordagem holística”. Subir Lall diz que a estratégia que está a ser trabalhada “parece cobrir todos os aspetos do problema”.
Nem a necessidade de arranjar dinheiro para enfrentar o problema do crédito malparado preocupa o FMI. Subir Lall usa o exemplo do BCP para mostrar que, quando há uma estratégia convincente e coerente, os investidores de longo prazo aparecem. Quanto à CGD, o Governo tem de encontrar “espaço orçamental” para que haja dinheiro para capitalizar o banco público sem ameaçar os compromissos com a dívida. Embora, diz, o montante não seja elevado.
O sistema bancário português está melhor?
Uma das coisas mais importantes a que assistimos durante esta visita foi constatar que houve uma mudança — pelo menos alguns de nós sentiram isso — na atitude dos próprios bancos relativamente à forma como lidar com os grandes montantes de crédito malparado.
Há algum tempo que pedimos um esforço mais proativo da parte dos bancos e dos acionistas dos bancos para lidar com este problema. Mas, no passado, sempre sentimos que estavam um pouco passivos, à espera que o crescimento regressasse e que resolvesse o problema. Parece ter havido uma clara mudança de mentalidade. Estou certo que houve ação dos supervisores e do Governo, a enfatizarem a importância dessa mudança. Mas também os próprios bancos parecem falar de uma forma muito mais proativa. Agora dizem ‘sim, o problema existe e estamos a tentar lidar com ele’. Em vez de dizerem ‘vamos esperar que as coisas se resolvam’. Essa foi uma perceção muito encorajadora que tivemos nesta visita.
Ao mesmo tempo, tanto do ponto de vista do Governo como do banco central, existe um esforço concertado e enérgico para encontrar uma solução, dentro do enquadramento europeu, que garanta também a estabilidade financeira, sem ser disruptivo e preservando o capital social e económico.
Claro, o mais importante é que, desta discussão que está a ser feita, saiam planos concretos e definição de datas. Mas estou contente com a mudança na forma de pensar. A atitude dos bancos é a mais proativa de que me lembro ter visto durante todo o tempo que liderei a missão do FMI.
Pode dar-me um exemplo?
Quando os bancos discutem — obviamente não vou comentar bancos específicos — e falam sobre o tema, reconhecem agora de forma honesta que a magnitude do problema é o que é, mas também reconhecem que um crescimento mais elevado não vai, por si, eliminar o problema. E que os bancos têm de fazer mais para lidar com os ativos problemáticos e também têm de fazer mais do lado dos custos e da rentabilidade, para criarem o espaço de que necessitam para provisionarem de forma mais agressiva a limpeza dos balanços. É algo que temos pedido já há bastante tempo. Na realidade, poderá recordar-se no final de 2013, creio que em dezembro, quando aqui estive, pedi uma abordagem agressiva da parte dos bancos. Na altura, não nos pareceu que a mensagem tivesse verdadeiramente chegado a bom porto. Mas agora sentimos que há alguma compreensão.
Os bancos aceitam agora que têm um problema, mas não têm ainda planos concretos?
Mas parece que estão a trabalhar nisso. Estamos ansiosos por ver o resultado final. Obviamente que vai ser um processo longo que não é fácil. Temos de ter alguma paciência.
No comunicado, o FMI diz que as autoridades estão a adotar uma estratégia que abrange a supervisão, a legislação e a justiça. O que significa isso?
Há um reconhecimento alargado, primeiro do lado do supervisor. Claramente, há consciência de que os bancos têm, primeiro, de reconhecer o problema, para o compreenderem e para avaliarem realisticamente os ativos e depois encontrar uma forma de lidar com o problema devidamente.
Mas também se reconhece que nem todo o crédito malparado (NPL) é igual. Depende da dimensão de quem pediu o crédito (se são PME ou grandes empresas), se têm colaterais ou não, se estão ligadas ou não ao imobiliário. As autoridades, e os supervisores também, percebem que a abordagem tem de compreender as especificidades do problema. Não pode ser uma solução única para todos.
Também se reconhece agora que este é um problema de todo o sistema bancário e não de alguns bancos específicos. Claramente, o crédito malparado é um problema sistémico, o que acontece também noutros países. Por outro lado, por exemplo, existe também o reconhecimento de que quando os bancos têm de recorrer ao sistema judicial, poderá haver um grande hiato temporal entre o momento em que o caso é iniciado e aquele em que é concluído. E os bancos podem aceder ao colateral subjacente, ou livrar-se dele. Há ainda trabalho a decorrer, por isso ainda é muito cedo para comentar os detalhes
É necessária uma abordagem holística, tanto ao nível da consciencialização dos bancos, mas também ao nível das ferramentas para resolver o problema. A abordagem que está a ser trabalhada parece cobrir todos os aspetos do problema.
Mas para resolver este problema não precisamos de mais dinheiro?
Sim, no sentido em que o capital dos bancos terá de ser aumentado. É por isso que no passado salientámos que era necessário os bancos terem mais margem de manobra nos seus balanços e assim focarem-se na rentabilidade. É por isso que encorajamos, tal como no passado, que cortem nos custos. O rácio custos/proveitos de alguns bancos ainda é bastante elevado. Outros bancos têm sido mais bem-sucedidos. Portanto, pode ser feito. A rede de balcões, por exemplo. Não são necessários tantos balcões, num país tão pequeno.
Como sabe não se podem fechar os balcões ao mesmo tempo. Criaria um significativo problema de desemprego, um problema social…
É verdade. Mas dizem-nos isso há pelo menos três anos. Já passaram três anos. Se tivessem começado há três anos estariam muito mais avançados no processo. Mas sou um otimista. Se começarem agora já é muito bom.
Mas, como não podem reduzir tão rapidamente os custos operacionais, precisam de dinheiro para aumentar capital. Certo? Quanto vão precisar? E quem pagará?
Neste momento não temos uma estimativa agregada porque exigiria olhar para todos os bancos e não temos acesso a esse tipo de informação, obviamente, porque não somos supervisores. Mas se pensarmos em termos de capital, temos um exemplo de um banco que conseguiu atrair capital privado de um investidor.
Está a falar do BCP?
Sim. Desde que um banco seja capaz de apresentar uma estratégia coerente e de mostrar aquilo que está a enfrentar, a forma como está a planear lidar com a questão e a visão de longo prazo, os investidores de longo prazo vão ter isso em conta. E estarão dispostos a injetar capital novo num banco desde que vejam um modelo de negócio sustentável a longo prazo e que, eventualmente, seja lucrativo. Desde que fique claro qual a abordagem do banco, quais as perdas máximas que um investidor potencial poderá vir a sofrer e quais os riscos. É bastante fazível. Mas o primeiro passo é reconhecer que há um problema e que tem de ser tratado de forma proativa. É por isso que estou otimista, porque temos assistido a isso. O exemplo desse banco é muito bom para isso.
A Caixa Geral de Depósitos não pode usar capital privado. Como resolver o problema sem usar dinheiros públicos?
Já existe um acordo para injetar dinheiro público no banco.
Isso não é um risco para a dívida pública?
Obviamente que não é desejável do ponto de vista da dívida pública. Trata-se de um banco público, o acionista são os contribuintes, por isso é que é necessário criar espaço orçamental, noutro sítio, para que coisas destas possam acontecer. Medidas extraordinárias como esta já aconteceram no passado. Isto está ligado à estratégia orçamental. É necessário criar espaço para poder fazer isto. Mas no contexto geral das coisas, a quantidade de dinheiro canalizada para isso não é muito grande em percentagem do PIB.».
Re: BCP - Novo Tópico Geral
Parece-me uma falha na inf. da CMVM, as percentagens de curtos deviam ter sido ajustadas no fds em que a Fosun entrou, incorporando assim a entrada das novas ações (944.624.372 no total após AC).
Re: BCP - Novo Tópico Geral
PC05 Escreveu:Monte dei Paschi nacionalizado no fds?ITÁLIA
BCE recusa adiamento da capitalização do Monte dei Paschi
EM ATUALIZAÇÃO
Banco italiano pediu mais três semanas para capitalizar banco com recurso a privados, mas o BCE disse que não. Estado italiano pode ser forçado a aumentar capital do banco que precisa de 5 mil milhões
http://observador.pt/2016/12/09/bce-rec ... ei-paschi/Há 3 minutos
Monte Paschi halted again, now -14%
Mas as regras ainda permitem nacionalização? não é só resolução ou liquidação sendo no primeiro caso com perdas para tudo e todos incluindo depósitos +100k? exactamente a razão porque o BANIF foi resolvido antes da entrada destas regras?
Mas isto para mim é um mete medo do BCE. Uma coisa é em Portugal obrigarem a tal coisa, outra é uma "coisinha" como itália. Acho que havia uma revolução que ninguém aguentava...
PC05, tu que estas por dentro, consegues explicar porque as percentagens dos curtos não baixaram depois do AC da fosun ao contrário das dos longos? (+acoes implica menor percentagem, ou não?)
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Re: BCP - Novo Tópico Geral
É certo que a cotada está com alguma força...contudo estou fora, à espera de uma boa oportunidade para reentrar, para a semana há reunião da FED, hoje surgiu o problema do BCE com o Monti em Itália e a subida da DPP a 10 anos 3.857%(aos 4% game over, lá se vai o rating da DBRS-,teriamos q recuar a julho 2014 p encontrar estas tx.s: CUIDADO!), do outro lado do atlantico batem-se recordes... cheira-me a quedas nos mercados...talvez... para a semana?
BN

BN
Re: BCP - Novo Tópico Geral
Gostei de ver os 1,30 a aguentarem-se e a resistir à pressão vendedora. Negociaram-se mais de 4 milhões de acções a que se somarmos todos os outros milhões que foram negociados nestes últimos 3 dias, vem confirmar que está a haver um novo interesse pelo BCP.
Continuo dentro.
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Re: BCP - Novo Tópico Geral
maturidade Escreveu:Rango Escreveu:Afinal, a decisão de venda de ontem foi bem acertada. Voltei a entrar a 1,295. Acredito que depois desta queda com algum panic buy à mistura, a cotação irá recuperar. Vamos ver se foi uma decisão acertada ou não...
também fui ás compras.
para vender hoje, a ver se dá para ir ao Leitão no fim de semana com a família, à Mealhada.![]()
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abraços
Boas.
fecho da minha posição a 1.3190€.
nada mau.
vamos ver o que se vai passar no fim de semana com o Banco Italiano, e segunda feira logo vemos como se comporta a banca.
estar fora é o melhor remédio no fim de semana.
abraços
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