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Caldeirão da Bolsa

Políticas para Portugal

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: Políticas para Portugal

por BearManBull » 25/8/2016 18:40

JohnyRobaz Escreveu:
Lá está, a ideia de que o rendimento social não é "merecido" é logo difícil para mim de aceitar. Não digo que na realidade õ seja para toda a gente, mas se vamos pensar assim acaba-se com o Estado Social.Há muita gente a receber subsídios sociais que já descontaram para a Segurança Social. Para terminar, acho que neste ponto nenhum ou quase nenhum de nós esteve algum dia numa situação tão dramática como essa de depender de subsídios do Estado para sobreviver, portanto o moral para falar fica complicado. O que eu acredito é que a regra está nas pessoas que se sentem mal por depender da caridade e do Estado para sobreviver, e se pudessem não estavam nessa situação. Se vocês acreditam no oposto, não há grande coisa a discutir.

Quanto às senhas, afinal as senhas também limitavam os produtos alimentares que podiam escolher? e as roupas também? Está aí um belo comunismo pá. :mrgreen:

k


Comunismo por querer limitar uma ajuda que me sai do bolso fruto do meu trabalho? Comunismo era senhas para todos excepto os do governo claro...

E acreditas assim no estado social, eu ate nem sou contra o meu problema é que devia pagar apenas segurança social para suportar esse esquema, mas depoi pagas IRS, TSU, IVA. É triste saber que tiram poupanças do bolso de mim e da minha familia e daqui a uns anos posso precisar e cospem-me na cara. O SNS esta-se a tornar esse tipo de cancro que consome recursos e nao faz nada por ninguem sinceramente hoje em dia é uma verdadeira. ergonha.

Ainda recentente tive uma pessima experiencia é simplesmente deploravel como tratam contribuintes que descontaram uma vida toda e agora precisam de ficar internados meia duzia de dias e sao simplesmente expulsos. Ainda bem que vou tendo para recorrer ao privado, mas sinceramente este tipo deixame agoniado de tal forma é o monstro.

Espero bem que nao passes pela mesma situaçao, so te digo uma coisa neste sistema quem mais contribui é o primeiro a lixar-se, ninguem vai ver se descontaste 100 ou 1000000 ou 0, recebes o mesmo tratamento e nao é só para ti é para os teus também que é a pior parte...
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Re: Políticas para Portugal

por bogos » 22/8/2016 18:30

JohnyRobaz Escreveu:
lfhm83 Escreveu:
JohnyRobaz Escreveu:Isto é um exemplo abstracto e obviamente não ocorrem coisas exactamente assim, mas eu sou totalmente a favor da liberdade de utilização dos rendimentos de uma pessoa (ui, quem é de direita e de esquerda agora).


Oh Johny Rambo, isto do liberarismo não é para quem quer é para quem pode, claro que somos a favor que se utilizem os rendimentos próprios da maneira que bem se entender, desde que não sejam dos outros.

Já te expliquei que se percebeu o que disseste mas receber uma senha para comprar manteiga e batatas é diferente de receber um cheque com dinheiro em vivo, que podes gastar a comprar uma lata de caviar, e ficam os miúdos a passar fominha de rato.

Como disse o Green_Hawk há muitas associações que distribuem alimentos e roupas em paralelo com o estado e muitas vezes esse dinheiro que vem dos rendimentos mínimos acabam nas mãos de traficantes de drogas a estimular ainda mais o crime e economias paralelas.


Lá está, a ideia de que o rendimento social não é "merecido" é logo difícil para mim de aceitar. Não digo que na realidade õ seja para toda a gente, mas se vamos pensar assim acaba-se com o Estado Social.Há muita gente a receber subsídios sociais que já descontaram para a Segurança Social. Para terminar, acho que neste ponto nenhum ou quase nenhum de nós esteve algum dia numa situação tão dramática como essa de depender de subsídios do Estado para sobreviver, portanto o moral para falar fica complicado. O que eu acredito é que a regra está nas pessoas que se sentem mal por depender da caridade e do Estado para sobreviver, e se pudessem não estavam nessa situação. Se vocês acreditam no oposto, não há grande coisa a discutir.

Quanto às senhas, afinal as senhas também limitavam os produtos alimentares que podiam escolher? e as roupas também? Está aí um belo comunismo pá. :mrgreen:

Como é que o facto de criminosos receberem dinheiro do Estado ajuda a promover o crime? :-k


Boa tarde amigo Jonhy...
Sublinhei a preto essa tua frase, porque dá pano para mangas...
A mesma frase serve para a vertente das reformas das pessoas....

Pergunto-me sempre....Se descontei x para esse fundo (qualquer que ele seja) da segurança social, em situação de precisar dele, porque vou acabar no fim por receber mais do que aquilo que lá coloquei???

Esta geração que fez a revolução de Abril (estamos a falar de faixas etárias entre 60 anos para cima), abriu a caixa de pandora para a geração que vem a seguir, ficando muito bem de vida à conta dos devaneios revolucionários de então para cá.
A mesma coisa se passa na panóplia de subsídios que proliferam por aí no sector do estado...

Como posso aceitar receber mais do que aquilo que lá coloquei? (mas mais não é 5%), é o decaplo ou mais do bolo....
Tanto gajo a ir ao pote que os que vem atrás vão comer com o fel....e olha que não vai haver subsídio para nada.

Já a minha mãe me dizia....põe de lado meu filho...põe de lado...

Eu sou daqueles que aconselha vivamente a meterem o guito fora de qualquer aplicação do Estado. E de preferência......e cada vez mais, num qualquer fundo desses no estrangeiro.
Não me levem a mal o meu patriotismo, mas é bem maior do que aqueles que andam pelo pote.....

Cumprimentos
Um dos efeitos do medo é perturbar os sentidos e fazer que as coisas não pareçam o que são.
Miguel Cervantes
No outro lado de cada medo está a liberdade.
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Re: Políticas para Portugal

por JohnyRobaz » 22/8/2016 17:42

lfhm83 Escreveu:
JohnyRobaz Escreveu:Isto é um exemplo abstracto e obviamente não ocorrem coisas exactamente assim, mas eu sou totalmente a favor da liberdade de utilização dos rendimentos de uma pessoa (ui, quem é de direita e de esquerda agora).


Oh Johny Rambo, isto do liberarismo não é para quem quer é para quem pode, claro que somos a favor que se utilizem os rendimentos próprios da maneira que bem se entender, desde que não sejam dos outros.

Já te expliquei que se percebeu o que disseste mas receber uma senha para comprar manteiga e batatas é diferente de receber um cheque com dinheiro em vivo, que podes gastar a comprar uma lata de caviar, e ficam os miúdos a passar fominha de rato.

Como disse o Green_Hawk há muitas associações que distribuem alimentos e roupas em paralelo com o estado e muitas vezes esse dinheiro que vem dos rendimentos mínimos acabam nas mãos de traficantes de drogas a estimular ainda mais o crime e economias paralelas.


Lá está, a ideia de que o rendimento social não é "merecido" é logo difícil para mim de aceitar. Não digo que na realidade õ seja para toda a gente, mas se vamos pensar assim acaba-se com o Estado Social.Há muita gente a receber subsídios sociais que já descontaram para a Segurança Social. Para terminar, acho que neste ponto nenhum ou quase nenhum de nós esteve algum dia numa situação tão dramática como essa de depender de subsídios do Estado para sobreviver, portanto o moral para falar fica complicado. O que eu acredito é que a regra está nas pessoas que se sentem mal por depender da caridade e do Estado para sobreviver, e se pudessem não estavam nessa situação. Se vocês acreditam no oposto, não há grande coisa a discutir.

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Re: Políticas para Portugal

por BearManBull » 22/8/2016 15:43

JohnyRobaz Escreveu:Isto é um exemplo abstracto e obviamente não ocorrem coisas exactamente assim, mas eu sou totalmente a favor da liberdade de utilização dos rendimentos de uma pessoa (ui, quem é de direita e de esquerda agora).


Oh Johny Rambo, isto do liberarismo não é para quem quer é para quem pode, claro que somos a favor que se utilizem os rendimentos próprios da maneira que bem se entender, desde que não sejam dos outros.

Já te expliquei que se percebeu o que disseste mas receber uma senha para comprar manteiga e batatas é diferente de receber um cheque com dinheiro em vivo, que podes gastar a comprar uma lata de caviar, e ficam os miúdos a passar fominha de rato.

Como disse o Green_Hawk há muitas associações que distribuem alimentos e roupas em paralelo com o estado e muitas vezes esse dinheiro que vem dos rendimentos mínimos acabam nas mãos de traficantes de drogas a estimular ainda mais o crime e economias paralelas.
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Re: Políticas para Portugal

por JohnyRobaz » 22/8/2016 15:07

“E assim como sonho, raciocino se quero, porque isso é apenas uma outra espécie de sonho.”, Fernando Pessoa
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Re: Políticas para Portugal

por Green_Hawk » 22/8/2016 10:03

Em Lisboa fazem isso. No resto do país não sei.

Basicamente, todos os dias várias carrinhas de distribuição de comida passam a pente fino Lisboa e dão comida e roupa, oferecida por quem pode, aos mais desfavorecidos. Por isso, acredito que muitos dos desfavorecidos, em Lisboa, poupem os 300€ do subsidio para o gastar em tabáco e alcool. Mas as pessoas que conheci nessas condições, nunca irão passar dali, com ou sem subsidio. Acho que se "perderam" no caminho por falta de educação.
 
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Re: Políticas para Portugal

por JohnyRobaz » 21/8/2016 23:53

Acho que ninguém percebeu muito bem a questão que eu levantei. :mrgreen:

Temos que supor que certa pessoa recebe 300€ por mes de subsidio, e que os gasta em tabaco e em plasmas na worten. No entanto, ela para isso tem que comer para sobreviver (paga-se), e tem que andar vestida na rua (a roupa paga-se). Digamos que para isso, essa pessoa tem que comprar isso com outro dinheiro que consegue arranjar de outra forma, digamos 400€ por mês. A partir do momento em que se oferecia os 300€ em senhas para roupa e comida, essa pessoa deixaria de gastar dos 400€ que arranja por fora em comida e roupa e usaria as senhas. Pouparia então os 300€ em roupa e comida porque tem as senhas. Esses 300€ que lhe sobram, onde iria gastá-los? Bingo! Em tabaco e plasmas na worten. 8-)

Isto é um exemplo abstracto e obviamente não ocorrem coisas exactamente assim, mas eu sou totalmente a favor da liberdade de utilização dos rendimentos de uma pessoa (ui, quem é de direita e de esquerda agora). Como o goodmoney disse, na Venezuela é que dão senhas as pessoas, e vê-se como estão. As pessoas podem ter os piores vícios, usar o dinheiro que têm da pior maneira. Mas todas têm que comer para sobreviver. Portanto obrigá-las a usar parte do subsidio em comida e roupa é quase redundante. Para além de que a roupa até a podem revender. :mrgreen:

Para terminar, não pensei vir a encontrar pessoas a defender esse tipo de controlo num fórum destes. Muito menos de pessoas de direita..
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Re: Políticas para Portugal

por BearManBull » 21/8/2016 12:29

JohnyRobaz Escreveu:Só fazendo um leve raciocínio, qual seria a vantagem disso? Digamos que seria para evitar que houvesse gente a ficar com dinheiro sem precisar por já ter casa, comida e roupa, comprados com dinheiro que supostamente não têm certo?



Não ias dar senhas para comerem no Sommelier, provavelmente seriam senhas para fazer compras em supermercados com targets em classe mais baixas como Lidl ou Mini Preço em produtos seleccionados. A grande vantagem é que terias a garantia que pelo menos esse dinheiro era gasto em alimentação/roupa.

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Re: Políticas para Portugal

por JoaquimDias » 20/8/2016 11:17

goodmoney Escreveu:
JoaquimDias Escreveu:seria a garantia (óbvia) de que o "dinheiro" seria efectivamente gasto em alimentos e não a encher os bolsos de dependentes do estado.


A distribuição na Venezuela faz-se nesses termos. :mrgreen:


Errado. Na venezuela existe fome e miséria típica de regimes de esquerda. Socialista e COmunistas.

Em países capitalistas e neo liberais realmente se preocupam com pessoas que passam fome, dá-se senhas para as pessoas se alimentarem. Isto sim é preocupação social.
http://www.heritage.org/index/ranking
(ranking de países mais capitalistas neo liberais VS países socialistas/comunistas/colectivistas)

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Re: Políticas para Portugal

por ATLAS_ » 20/8/2016 10:58

JohnyRobaz Escreveu:
Epa isso das senhas só me lembra aquele tipo de regime que vigorou ali pelo leste :shock:

Só fazendo um leve raciocínio, qual seria a vantagem disso? Digamos que seria para evitar que houvesse gente a ficar com dinheiro sem precisar por já ter casa, comida e roupa, comprados com dinheiro que supostamente não têm certo? Ao facultar-lhes casa, roupa e comida, o dinheiro que eles não gastaram nisso e que supostamente não têm, vai ficar para eles também na forma de dinheiro. No final, acaba por ser a mesma coisa no que toca a esse aspecto, não?


Ao menos moralizava.

O dinheiro já não seria gasto na Worten a comprar plasmas ou a tomar o pequeno almoço todos os dias no café.

E o almoço seria em casa. Não se iria ver as matronas em dia de semana nos cafés, com 3 ou 4 miúdos, vestidas de fato de treino, com banhas descaídas, a almoçarem tostas mistas...
 
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Re: Políticas para Portugal

por goodmoney » 19/8/2016 22:47

JoaquimDias Escreveu:seria a garantia (óbvia) de que o "dinheiro" seria efectivamente gasto em alimentos e não a encher os bolsos de dependentes do estado.


A distribuição na Venezuela faz-se nesses termos. :mrgreen:
 
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Re: Políticas para Portugal

por JoaquimDias » 19/8/2016 15:38

seria a garantia (óbvia) de que o "dinheiro" seria efectivamente gasto em alimentos e não a encher os bolsos de dependentes do estado.
http://www.heritage.org/index/ranking
(ranking de países mais capitalistas neo liberais VS países socialistas/comunistas/colectivistas)

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Re: Políticas para Portugal

por JohnyRobaz » 19/8/2016 15:30

lfhm83 Escreveu:
Ocioso Escreveu:O topo da distribuição dos rendimentos em Portugal: uma análise descritiva - Frederico Cantante
https://repositorio.iscte-iul.pt/handle/10071/9841



Exactamente, para mim nao faz qualquer sentido atacar os ricos para justificar os pobres.

https://www.imf.org/external/pubs/ft/sd ... dn1513.pdf


Sou contra Rendimentos Minimos Garantidos nos quais em Portugal em 2015 havia 295.664 pessoas com direito a esta subvençao.
Ora nao sou contra ajudar quem tem necessidade, mas nunca em dinheiro, que fosse em senhas alimentares/roupa e/ou em habitaçao social. O objectivo nao deve ser dar uma vida digna ao beneficiàrios mas sim facultar-lhe condiçoes para lutarem por uma vida digna.


Epa isso das senhas só me lembra aquele tipo de regime que vigorou ali pelo leste :shock:

Só fazendo um leve raciocínio, qual seria a vantagem disso? Digamos que seria para evitar que houvesse gente a ficar com dinheiro sem precisar por já ter casa, comida e roupa, comprados com dinheiro que supostamente não têm certo? Ao facultar-lhes casa, roupa e comida, o dinheiro que eles não gastaram nisso e que supostamente não têm, vai ficar para eles também na forma de dinheiro. No final, acaba por ser a mesma coisa no que toca a esse aspecto, não?
“E assim como sonho, raciocino se quero, porque isso é apenas uma outra espécie de sonho.”, Fernando Pessoa
“Nothing good ever comes of love. What comes of love is always something better” , Roberto Bolaño
"A ciência e o poder do homem coincidem, uma vez que, sendo a causa ignorada, frustra-se o efeito. Pois a natureza não se vence, senão quando se lhe obedece." Francis Bacon
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Re: Políticas para Portugal

por BearManBull » 19/8/2016 15:24

Ocioso Escreveu:O topo da distribuição dos rendimentos em Portugal: uma análise descritiva - Frederico Cantante
https://repositorio.iscte-iul.pt/handle/10071/9841



Exactamente, para mim nao faz qualquer sentido atacar os ricos para justificar os pobres.

https://www.imf.org/external/pubs/ft/sd ... dn1513.pdf


Sou contra Rendimentos Minimos Garantidos nos quais em Portugal em 2015 havia 295.664 pessoas com direito a esta subvençao.
Ora nao sou contra ajudar quem tem necessidade, mas nunca em dinheiro, que fosse em senhas alimentares/roupa e/ou em habitaçao social. O objectivo nao deve ser dar uma vida digna ao beneficiàrios mas sim facultar-lhe condiçoes para lutarem por uma vida digna.
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Re: Políticas para Portugal

por Ocioso » 18/8/2016 20:04

Filhos da crise
Diferença evidente entre o grupo etário 0-9 (filhos da crise) e 10-19.
Anexos
5.png
5.png (30.27 KiB) Visualizado 13343 vezes
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1.png (80.51 KiB) Visualizado 13343 vezes
2.png
2.png (79.07 KiB) Visualizado 13343 vezes
3.png
3.png (77.47 KiB) Visualizado 13343 vezes
4.png
4.png (79.41 KiB) Visualizado 13343 vezes
 
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Re: Políticas para Portugal

por Ocioso » 16/8/2016 0:58

 
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Re: Políticas para Portugal

por Ocioso » 31/7/2016 0:09

How an Economy Grows and Why it Crashes - Peter D Schiff
http://www.libertarianismo.org/livros/pshaegawic.pdf
 
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Re: Políticas para Portugal

por Ocioso » 26/7/2016 23:27

A distribuição da riqueza em Portugal: um estudo de caso - Paulo Notário Pinto
http://www.repository.utl.pt//handle/10400.5/8240
(…)
Verificamos que 40% dos agregados com menores recursos detêm menos de 20% do rendimento bruto e não chega a 1% da riqueza (bruta ou líquida per capita). Mas também podemos concluir que a distribuição dos recursos entre as famílias que compõem este extremo da população não apresenta um afastamento muito significativo.
Por simplificação, imaginemos que existe no conjunto da sociedade um euro de recursos. A parte que cabe a este extremo mais baixo da distribuição é de cerca de seis cêntimos da riqueza e de 1,5 cêntimos de rendimento bruto.
(…)
O extremo que representa as famílias com maior rendimento bruto e riqueza per capita revela dados particularmente interessantes. Primeiro, há um aumento considerável do nível de desigualdade. O afastamento das curvas de Lorenz para todas as variáveis consideradas é significativo.
Em segundo lugar, verificamos uma ligeira inflexão no final das curvas de Lorenz em todas as variáveis, apontando para uma desigualdade consideravelmente mais elevada na extremidade da distribuição, que analisamos de seguida.
As curvas de Lorenz permitem-nos efectuar este exercício ainda mais fino, isolando a parte da população com níveis de riqueza líquida extremamente elevados. Por exemplo, os 1% com maior riqueza líquida detêm 21% da riqueza líquida total. Já no caso do rendimento bruto verificamos que os 1% com rendimento bruto mais elevado detêm apenas 8% do rendimento bruto total.
Mais uma vez podemos fazer o exercício de simplificação utilizando uma unidade monetária. Imaginemos que o total da riqueza líquida correspondia a um euro. Os 1% mais ricos detinham 21 cêntimos, com o restantes 79 cêntimos a serem distribuídos pelo resto da população, ou seja os restantes 99%.
Em síntese, a distribuição da riqueza (bruta e líquida) é, como proposto pela literatura, muito mais desigual do que o rendimento. Essa desigualdade é mais acentuada nos percentis superiores da distribuição que se manifesta pelo afastamento das curvas de Lorenz.
(…)
Anexos
Rendimento e Riqueza.png
Rendimento e Riqueza.png (113.51 KiB) Visualizado 13656 vezes
 
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Re: Políticas para Portugal

por Ocioso » 25/7/2016 17:39

O topo da distribuição dos rendimentos em Portugal: uma análise descritiva - Frederico Cantante
https://repositorio.iscte-iul.pt/handle/10071/9841

Conclusão
Portugal é um país de grandes desigualdades económicas. A ação redistributiva do Estado tem permitido mitigar este fenómeno, mas não só a eficácia deste processo se situa abaixo do verificado na maioria dos países da UE-27 (Alves, 2012; Rodrigues, Figueiras e Junqueira, 2012) como um conjunto de dinâmicas a montante dessa ação redistributiva tem concorrido para o aprofundamento das desigualdades de recursos monetários. O mercado de trabalho é o epicentro desse processo, e nele se entrecruzam, de forma mais ou menos articulada, fatores de ordem legal, institucional, qualificacional e económica que poderão estar a contribuir para o acentuar das desigualdades económicas em Portugal. Tal como foi demonstrado, essa desigualdade é particularmente evidente quando se promove um zoom sobre os grupos da parte superior da distribuição dos ganhos salariais. Apesar de haver uma diferença considerável entre a parte inferior do decil do topo da distribuição e o nível salarial mediano ou o que é auferido pelos grupos que formam a base dessa estrutura distributiva, é no interior do grupo dos 1% mais bem remunerados que se define o perímetro dos top incomes em Portugal e se estrutura o grande fosso económico entre uma minoria dos trabalhadores e a sua esmagadora maioria. Portugal é um país de baixos salários, em que centenas de milhares de trabalhadores auferem o salário mínimo nacional ou um valor próximo desse limite administrativo. Isto significa que potencialmente uma parcela muito significativa da população trabalhadora vive na área limítrofe ao limiar de pobreza ou experiencia mesmo a condição de working poor. Mesmo a classe média em Portugal caracteriza-se pela sua “magreza económica” (Cantante, 2013). Veja-se que o ganho salarial mediano bruto era, em 2009, de 741 euros e que grande parte dos grupos que ocupam as posição intermédias na distribuição dos ganhos salariais auferia salários brutos abaixo dos mil euros.
Analisar o fenómeno das desigualdades económicas a partir do enfoque nos rendimentos do topo da distribuição significa eleger como referente empírico a minoria da população cujos recursos económicos têm potenciado o aumento das desigualdades e da concentração do rendimento de mercado (market income). Perante as evidências empíricas expostas ao longo do texto importa compreender e analisar criticamente as desigualdades económicas em Portugal. Para tal será necessário enquadrar este fenómeno ao nível das condições institucionais, legais e económicas que o favoreceram. Estes são eixos a desenvolver no futuro. Para já fica uma análise descritiva do topo da distribuição dos rendimentos em Portugal.
Anexos
1.png
1.png (118.81 KiB) Visualizado 13789 vezes
2.png
2.png (132.53 KiB) Visualizado 13789 vezes
3.png
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4.png (91.57 KiB) Visualizado 13783 vezes
 
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Re: Políticas para Portugal

por Ocioso » 25/7/2016 16:05

 
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Re: Políticas para Portugal

por HRamos_3 » 24/7/2016 23:56

Wilkommen 8-)

Não me perguntes pá... Suponho que terá a ver com o tamanho das economias e do risco sistémico que representam para a zona euro...

De resto para mim faz-me tanta confusão como um casino jogar na própria roleta para ganhar dinheiro.. De resto, parece ser assim o jogo hoje em dia.
“One of the stupidest things a central banker could do is comment on the stock market."
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"The stock market is not "a bubble in any way""
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Re: Políticas para Portugal

por Marco Martins » 24/7/2016 21:39

HRamos_3 Escreveu:
Marco Martins Escreveu:
(...)
O BCE acelerou a queda dos rendimentos quando começou a comprar títulos corporativos de alta qualidade no início de Junho. De acordo com dados da Bloomberg, a autoridade monetária comprou 10,4 mil milhões de euros em obrigações de empresas - incluindo títulos com rendimento negativo emitidos pela Siemens AG e Robert Bosch GmbH -, que podem ser comprados desde que o rendimento seja superior à taxa de depósito no momento da transacção.
(...)


http://www.jornaldenegocios.pt/mercados ... rcado.html



Se calhar uma das políticas para Portugal seria questionar que dívida de que empresas anda o BCE a comprar!!!!

Se a Alemanha é o que está melhor na zona euro, fará sentido este investimento em empresas alemãs?


http://www.zerohedge.com/news/2016-07-1 ... everything

http://www.zerohedge.com/news/2016-04-2 ... ng-program


Obrigado pelos links ;)

Embora as compras provavelmente sejam relacionadas com o tamanho e contribuição dos países, as compras incidiram maioritariamente na Alemanha, França e Itália.... mas não deveriam as mesmas centrar-se mais nos países com problemas, devendo essa ser uma acção concertada para ajudar a manter as economias estáveis?
 
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Re: Políticas para Portugal

por HRamos_3 » 24/7/2016 9:52

Marco Martins Escreveu:
(...)
O BCE acelerou a queda dos rendimentos quando começou a comprar títulos corporativos de alta qualidade no início de Junho. De acordo com dados da Bloomberg, a autoridade monetária comprou 10,4 mil milhões de euros em obrigações de empresas - incluindo títulos com rendimento negativo emitidos pela Siemens AG e Robert Bosch GmbH -, que podem ser comprados desde que o rendimento seja superior à taxa de depósito no momento da transacção.
(...)


http://www.jornaldenegocios.pt/mercados ... rcado.html



Se calhar uma das políticas para Portugal seria questionar que dívida de que empresas anda o BCE a comprar!!!!

Se a Alemanha é o que está melhor na zona euro, fará sentido este investimento em empresas alemãs?


http://www.zerohedge.com/news/2016-07-1 ... everything

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Re: Políticas para Portugal

por Marco Martins » 24/7/2016 7:51

(...)
O BCE acelerou a queda dos rendimentos quando começou a comprar títulos corporativos de alta qualidade no início de Junho. De acordo com dados da Bloomberg, a autoridade monetária comprou 10,4 mil milhões de euros em obrigações de empresas - incluindo títulos com rendimento negativo emitidos pela Siemens AG e Robert Bosch GmbH -, que podem ser comprados desde que o rendimento seja superior à taxa de depósito no momento da transacção.
(...)


http://www.jornaldenegocios.pt/mercados ... rcado.html



Se calhar uma das políticas para Portugal seria questionar que dívida de que empresas anda o BCE a comprar!!!!

Se a Alemanha é o que está melhor na zona euro, fará sentido este investimento em empresas alemãs?
 
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Re: Políticas para Portugal

por Ocioso » 23/7/2016 23:54

Componentes do PIB
Portugal, um país pobre e endividado, tem uma economia orientada para o consumo privado, as importações quase que anulam as exportações. Uma estratégia que faz todo o sentido… :wall:
Anexos
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