Cateringpor, controlada pela TAP, avança com despedimento coletivo

[manchini]

Boas,

Em Cuba os hotéis só podem pertencer a 2 grupos, um é o Gaivota(que é o que trabalha mais com Portugal) e o outro já não me lembro.
À entrada de cada hotel além da marca que gere, aparece uma placa a dizer quem realmente é o dono.
Um pertence ao exército o outro à marina...

Manchini

[Cem pt]

Há pouco menos de um ano uma delegação de peso do Governo de Havana, chefiada pessoalmente pelo Ministro da Economia, apresentou em primeira mão a um grupo de investidores e empresários sedeados na Venezuela, país que possui uma relação privilegiada com Cuba, o seu programa de abertura de investimento estrangeiro no Hotel Meliá Caracas, através de convite exclusivo num salão reservado pela Embaixada de Cuba para o efeito.

Tive a sorte de estar selecionado entre o tal grupo de cerca de uma centena de potenciais investidores para assistir à apresentação mundial de tal novidade, à famosa abertura do regime aos investimentos diversificados em capital estrangeiro, embora ainda sem a presença dos “gringos”, uma vez que até agora só se conheciam investidores estrangeiros em Cuba no setor do turismo.

Pois devo dizer-vos o seguinte, no final do encontro o grupo de convidados ficou todo a olhar e a cochichar uns com os outros para tentar saber porque razão tínhamos perdido o nosso tempo precioso de uma tarde de trabalho que na realidade não serviu para nada.

Senão acreditam, atentem em algumas das condições listadas abaixo para vos fazerem sorrir um bocado, para citar algumas das “preciosidades” que só podiam vir de um regime que considera um privilégio ser convidado a investir no “paraíso”, eles os dirigentes do regime acreditam nisso que vamos todos a correr para Havana em alta velocidade, os oradores via-se que estavam eufóricos a acreditar nas suas possibilidades de adesão às grandes novidades em investir nas terras do Socialismo Revolucionário, e eu acredito que de facto naquelas condições só alguém que não esteja bom da cabeça poderá aceitar ir para lá investir o seu capital, enfim...


Assim:

- Os investidores poderão repatriar os seus lucros em dólares de acordo com os resultados obtidos e depois de saldados todos os compromissos contratuais, laborais e fiscais com Cuba e os seus trabalhadores.

- Os terrenos para instalar instalações agrícolas, industriais ou de outra índole ligada aos negócios a investir nunca poderão ser comprados porque toda a propriedade pertence ao Estado cubano, os contratos de investimento serão feitos numa base de ocupação concessionada ou alugada de terrenos por períodos a acordar que poderão ir até aos 30 anos e no final do período contratual os terrenos reverterão de novo, tal como as instalações e equipamentos objeto do investimento, para o Estado cubano.

- Aos investidores estrangeiros estão-lhes vedados os seguintes setores de atividade: fabrico e comercialização de tabaco, por considerarem os atuais negócios cubanos de pequena dimensão terem de ser defendidos das grandes redes mundiais de fabricantes, fabrico e comercialização de rum e derivados do açúcar, por motivos idênticos aos do tabaco, e exploração hoteleira apenas reservada a cadeias internacionais de hotelaria, tal como acontece atualmente, na base de que 51% do investimento pertence a empresas públicas cubanas, mesmo que não façam nada mas recolhendo o respetivo percentual de dividendos dos lucros que são decididos anualmente em AG pelo acionista maioritário (!), e os restantes 49% às cadeias hoteleiras que investem 100% do capital e assumem a totalidade do risco do negócio.

- A contratação direta de trabalhadores cubanos está interdita, apenas pode ser realizada através de sindicatos que cobrarão uma comissão a acordar para agir como intermediários. Pergunta de um assistente: ”E se esses trabalhadores não produzirem como deve ser, como podem ser despedidos?” Resposta: “Só podem ser despedidos de acordo com a lei pagando-lhes mais um ano de salário e depois da situação regularizada o sindicato arranjará mais trabalhadores que substituam os que forem despedidos / indemnizados”!

- Os negócios fora dos setores “defendidos”, mais acima indicados, gozam da prerrogativa de poderem ser considerados como detendo 100% do capital por parte dos investidores estrangeiros? Não, porque o Estado cubano ainda não definiu ainda qual a percentagem que será detida contratualmente pelas entidades públicas cubanas que, mesmo sem despender qualquer capital, serão sempre detentoras de um percentual que se estima possa atingir pelo menos 10% a 20% do total da parceria acionista a formar para partilhar a respetiva percentagem de dividendos anuais dos lucros a distribuir, que terão de ser todos os exercícios anuais com um mínimo de 50% dos lucros líquidos.

- Finalmente uma boa notícia, alguma coisa se haveria de arranjar para os verdadeiramente adeptos dos investimentos em regimes da sua simpatia, não é? O IRC dos 5 primeiros anos gozará do privilégio de representar metade do que atualmente existe na indústria hoteleira e nos pequenos negócios empresarias locais (quem já lá está instalado pensará: onde está a justa concorrência?) e o equivalente ao IRS e encargos sociais a pagar pelas empresas terá uma bonificação de 20% sobre as atuais tabelas nos primeiros 8 anos de atividade.


Perante este panorama vale a pena acrescentar mais detalhes? Tirem as vossas conclusões!

[Lion_Heart]

não é por ser decretado o fim embargo a Cuba que se vão começar a fazer negócios, o embargo é Americano e não Português. Existem muitos produtos a venda de Cuba por cá, como o rum, os habanos e os tugas podem ir até Cuba passear. Para fazer negócios em Cuba e tentar negociar com os "barbudos" ou ex barbudos.

[informador]

so se for o negocio do turismo, digo eu. Não sei o que cuba tem para vender. Cuidados de saúde? Alguns produtos alimentares? Turismo (sempre teve). Casinos?

Meu caro, está muito enganado
Em Cuba falta fazer tudo- É um país parado no tempo há 50 anos.
Tem falta de infraestruturas básicas em todos os domínios. Seria um maná para as empresas americanas, apoiadas por fundos internacionais: Banco Mundial e bancos de Desenvolvimento Regional. Os EUA iam ficar bem na foto e recebiam de volta o dinheiro investido por si e por outros países.

Talvez. Mas o capital vai investir com muito cuidado. Não se dá muito bem com ditaduras. Quem os garante que daqui a uns 5 anos não lhes limpam o investimento?

Claro que isto é apenas o inicio, mas coisas estão a caminhar na direcção certa, mas vai ser preciso tempo para ganhar confiança dos investidores e empreendedores.

Tens o exemplo de angola, cuba muito provavelmente vai pelo mesmo caminho, já visitei por 2 vezes e tem potencial em TODOS os sectores por explorar!

[richardj]

so se for o negocio do turismo, digo eu. Não sei o que cuba tem para vender. Cuidados de saúde? Alguns produtos alimentares? Turismo (sempre teve). Casinos?

Meu caro, está muito enganado
Em Cuba falta fazer tudo- É um país parado no tempo há 50 anos.
Tem falta de infraestruturas básicas em todos os domínios. Seria um maná para as empresas americanas, apoiadas por fundos internacionais: Banco Mundial e bancos de Desenvolvimento Regional. Os EUA iam ficar bem na foto e recebiam de volta o dinheiro investido por si e por outros países.

Talvez. Mas o capital vai investir com muito cuidado. Não se dá muito bem com ditaduras. Quem os garante que daqui a uns 5 anos não lhes limpam o investimento?

Claro que isto é apenas o inicio, mas coisas estão a caminhar na direcção certa, mas vai ser preciso tempo para ganhar confiança dos investidores e empreendedores.

[NirSup]

so se for o negocio do turismo, digo eu. Não sei o que cuba tem para vender. Cuidados de saúde? Alguns produtos alimentares? Turismo (sempre teve). Casinos?

Meu caro, está muito enganado
Em Cuba falta fazer tudo- É um país parado no tempo há 50 anos.
Tem falta de infraestruturas básicas em todos os domínios. Seria um maná para as empresas americanas, apoiadas por fundos internacionais: Banco Mundial e bancos de Desenvolvimento Regional. Os EUA iam ficar bem na foto e recebiam de volta o dinheiro investido por si e por outros países.

[richardj]

so se for o negocio do turismo, digo eu. Não sei o que cuba tem para vender. Cuidados de saúde? Alguns produtos alimentares? Turismo (sempre teve). Casinos?

[EuroSexy]

Há mais de 50 anos que um presidente dos EUA não apertava a mão ao Presidente Cubano.

Cuba, que potencialidade? Quais os desafios e oportunidades? O que será do futuro de Cuba e desta para o mundo? Que coisas podem os portugueses fazer por Cuba?
Que negócios implantar?