A Memória do Preço » O Preço da Memória
2015 » Chegou o tempo da Europa
PCM, o Banco de Montreal encontra-se suportado numa LTA com 3 anos, bias positivo no eixo do canal, os shorts não representam 1% do capital, PER de 11,3% (resultados líquidos triplicaram nos últimos 4 anos), mas tem 3 factores adversos:
1 - o boom do Mercado imobiliário canadiano está a atingir o climax e o bank of Montreal tem mais de 28 biliões de dollars canadianos em crédito imobiliário (a Malásia também está na mesma situação com a agravante da dívida pública altíssima)
2 - a subida de taxas de juro apartir de Junho/Julho de 2015 nos USA vai ser mimetizada no Canadá e quando as taxas de juro aumentam, o imobiliário tende a estagnar e pode vir a decair. Não é saudável para os rácios de incumprimento de promotores imobiliários.
3 - Mercado bolsista Americano e canadiano encontram-se sobrevalorizados face aos benchmarks Europa e Emergentes.
2015 Ano da Deusa Europa (stoxx600) outperformar os USA (S&P500)
A minha tese (100% FALÍVEL) é que a Europa tem um delay de 2 anos face aos USA. Critérios subjacentes: política de taxas de juro, crescimento do PIB, níveis de investimento e desemprego. Prioridade aos sectores Cíclicos na Europa
Linhas Macro necessárias:
Decisivo/ Política monetária expansionista do BCE - novo QE inductor de liquidez via medidas de estímulo transversais (até com compra de dívida pública nacional e corporate bonds).
» 1 trilião de euros seria o valor necessário a injectar em 4 anos apenas - parte dessa liquidez reflectir-se-ia nas ações (copiando o efeito do QE Americano em wall street).
Importante / Euro continuar a desvalorizar-se face ao us dollar (pelo menos uns adicionais 5%). As exportações europeias reforçavam o posicionamento face à China, USA e Emergentes (normalmente indexados ou com caps e floors nessa divisa).
Importante - Crude Oil permanecer abaixo de 80 usd - a União Europeia com petróleo pouparia acima dos 300 mil milhões de euros em 2015. Onde é que se vai investir a maioria desse cash? Nos mercados. A outra parte serviriam, conjugados com o "QE", para impulsionar o consumo e os PIB's nacionais.
Adicional - Subida de dividendos do stoxx600 acima dos 2% em 2015. Atrair um crescendo de capitais de fundos soberanos mundiais e institucionais de todos os continentes.
Resultados subordinados:
A -A meio de 2015 os USA vão aumentar taxas de juro e a Europa vai manter taxas próximas de 0. Os USA acabaram com o QE e a Europa vai começar o seu "QE" em Fevereiro.
B - As ações do S&P500 valorizaram-se mais 36% do que as do Eurostock100 nos últimos 2 anos. O Euro desvalorizou 18% face ao USD no espaço de 14 meses.
C - As obrigações e títulos do tesouro norte americanos vão decair com as subidas de taxas de juro do FED (os mercados norte americanos vão underperformar os Europeus)
D - O smart money será transportado para Bolsas Europeias, matérias primas e mercados emergentes selecionados.
E - ouro como pivot ascendente nas mini correcções de wall street e o crude oil, que após novos mínimos, poderia regressar aos 65/75us dollars (drillers em outperformance sectorial).
E - Efeito multiplicador do QE Europeu: Construtoras Europeias (que façam mais de 50% do negócio na Europa), Banca Europeia, Seguradoras europeias, distribuidoras, media, publicidade, agroalimentar e luxo como sectores outperformantes. Rupturas altistas na MM100 e MM200 no iBEX35, Cac40, Dax, MIB e Psi 20.
F - convicção - Eleição com 180 deputados do novo presidente da grécia no dia 29 (no cenário não perfilhado de não ser eleito, que a crise se circunscreva a 2 semanas de fortes quedas dos mercados europeus e a um renovado incentivo ao QE Europeu).
G - 2015/ A Rússia pode defaultar a dívida (probabilidade reduzida), mas mesmo nesse cenário, a Rússia só representa 4,1% das exportações da união Europeia. O inevitável default da Venezuela não ter impacto significativo na performance macro europeia.
H - Psi20, MIB, Cac40 e IBEX35 a terem um 1º trimestre acima dos pares Europeus.
I - PIB Europeu crescerá à volta de 1% em 2015 . mas o que vai relevar não é o crescimento do PIB em 2015, mas sim as expectativas geradoras de crescimento do PIB Europeu para 2016.
Objectivo - Subida para os 380 pontos no stoxx600 no final de 2015.
Apenas para o 1º trimestre - enfoque suplementar em ações de elevada volatilidade/beta e com cotações deprimidas (vide XIX - New collection).
cumprimentos, perseu
1 - o boom do Mercado imobiliário canadiano está a atingir o climax e o bank of Montreal tem mais de 28 biliões de dollars canadianos em crédito imobiliário (a Malásia também está na mesma situação com a agravante da dívida pública altíssima)
2 - a subida de taxas de juro apartir de Junho/Julho de 2015 nos USA vai ser mimetizada no Canadá e quando as taxas de juro aumentam, o imobiliário tende a estagnar e pode vir a decair. Não é saudável para os rácios de incumprimento de promotores imobiliários.
3 - Mercado bolsista Americano e canadiano encontram-se sobrevalorizados face aos benchmarks Europa e Emergentes.
2015 Ano da Deusa Europa (stoxx600) outperformar os USA (S&P500)
A minha tese (100% FALÍVEL) é que a Europa tem um delay de 2 anos face aos USA. Critérios subjacentes: política de taxas de juro, crescimento do PIB, níveis de investimento e desemprego. Prioridade aos sectores Cíclicos na Europa
Linhas Macro necessárias:
Decisivo/ Política monetária expansionista do BCE - novo QE inductor de liquidez via medidas de estímulo transversais (até com compra de dívida pública nacional e corporate bonds).
» 1 trilião de euros seria o valor necessário a injectar em 4 anos apenas - parte dessa liquidez reflectir-se-ia nas ações (copiando o efeito do QE Americano em wall street).
Importante / Euro continuar a desvalorizar-se face ao us dollar (pelo menos uns adicionais 5%). As exportações europeias reforçavam o posicionamento face à China, USA e Emergentes (normalmente indexados ou com caps e floors nessa divisa).
Importante - Crude Oil permanecer abaixo de 80 usd - a União Europeia com petróleo pouparia acima dos 300 mil milhões de euros em 2015. Onde é que se vai investir a maioria desse cash? Nos mercados. A outra parte serviriam, conjugados com o "QE", para impulsionar o consumo e os PIB's nacionais.
Adicional - Subida de dividendos do stoxx600 acima dos 2% em 2015. Atrair um crescendo de capitais de fundos soberanos mundiais e institucionais de todos os continentes.
Resultados subordinados:
A -A meio de 2015 os USA vão aumentar taxas de juro e a Europa vai manter taxas próximas de 0. Os USA acabaram com o QE e a Europa vai começar o seu "QE" em Fevereiro.
B - As ações do S&P500 valorizaram-se mais 36% do que as do Eurostock100 nos últimos 2 anos. O Euro desvalorizou 18% face ao USD no espaço de 14 meses.
C - As obrigações e títulos do tesouro norte americanos vão decair com as subidas de taxas de juro do FED (os mercados norte americanos vão underperformar os Europeus)
D - O smart money será transportado para Bolsas Europeias, matérias primas e mercados emergentes selecionados.
E - ouro como pivot ascendente nas mini correcções de wall street e o crude oil, que após novos mínimos, poderia regressar aos 65/75us dollars (drillers em outperformance sectorial).
E - Efeito multiplicador do QE Europeu: Construtoras Europeias (que façam mais de 50% do negócio na Europa), Banca Europeia, Seguradoras europeias, distribuidoras, media, publicidade, agroalimentar e luxo como sectores outperformantes. Rupturas altistas na MM100 e MM200 no iBEX35, Cac40, Dax, MIB e Psi 20.
F - convicção - Eleição com 180 deputados do novo presidente da grécia no dia 29 (no cenário não perfilhado de não ser eleito, que a crise se circunscreva a 2 semanas de fortes quedas dos mercados europeus e a um renovado incentivo ao QE Europeu).
G - 2015/ A Rússia pode defaultar a dívida (probabilidade reduzida), mas mesmo nesse cenário, a Rússia só representa 4,1% das exportações da união Europeia. O inevitável default da Venezuela não ter impacto significativo na performance macro europeia.
H - Psi20, MIB, Cac40 e IBEX35 a terem um 1º trimestre acima dos pares Europeus.
I - PIB Europeu crescerá à volta de 1% em 2015 . mas o que vai relevar não é o crescimento do PIB em 2015, mas sim as expectativas geradoras de crescimento do PIB Europeu para 2016.
Objectivo - Subida para os 380 pontos no stoxx600 no final de 2015.
Apenas para o 1º trimestre - enfoque suplementar em ações de elevada volatilidade/beta e com cotações deprimidas (vide XIX - New collection).
cumprimentos, perseu
Aquele que deixa de ser melhor, deixa de ser bom! Aristóteles
Re: A Memória do Preço > O Preço da Memória
Bem sei que faço mal em ter Gerdau, nem era preciso dizeres. Mas dá uma comichão do caraças ficar de fora.
Olha, que achas do Bank of Montreal? Por acaso vi o gráfico e para o longo prazo está bem jeitoso...
Olha, que achas do Bank of Montreal? Por acaso vi o gráfico e para o longo prazo está bem jeitoso...
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X - TREND FOLLOWING / Identificar as Market Trends
Na memória dinâmica dos preços, se quisermos analisar com segurança posições, curtas ou longas, em diferentes planos temporais e gráficos, devemos dar especial atenção ao TREND FOLLOWING / Identificar as Market Trends (tendências de Mercado)
Um método de trading que leva a decisões baseadas na direção geral de um ou de vários activos/mercados (Direção é a palavra-chave). Métodos de transposição gráficos, geradores de modelos direcionais do activo(s)/mercado(s), baseados no momentum, daí chamarem-se de trend following (seguidores da tendência).
"THE TREND IS YOUR FRIEND" (a frase chave sobre TF) / "the trend is your friend until that nasty bend at the end”
Distingue-se do trade following - comprar e vender activos em função das análises e resumos sobre feed back nos media, dos analistas, dos media e social media (face+twitter+foruns+media online, dos institucionais e dos comentários dos "traders profissionais").
Distingue-se do processo inerente ao flash trading (micro durações temporais), e distingue-se primária e geneticamente do "Buy and Hold" - manter posições ad aeternum, visando um mix de estabilidade, dividendos e ultrapassagem dos ciclos bear.
Duração » existem 3 tipos de Trends (tendências). A short term trend (2 horas até 5 dias), A trend intermédia/média (de 5 dias a 3 meses) e a Long term trend (de 3 meses a décadas). Depende dos objectivos circunstanciais, da liquidez, das condicionantes de cada mercado e da psicologia do investidor, e da análise que o mesmo efectua em diferentes time frames.
O Trend follower espera pela identificação gráfica de uma tendência, de uma direção (maioritariamente de médio ou longo prazo, embora tb a identifica no curto prazo), e só depois inicia uma posição no Mercado. Apenas abandona a posição quando a tendência mostar sinais de deterioração. Visualizam-se graficamente em LINHAS, potenciadas pela memória dinâmica (candles, canais, elipses) e influenciadas pela memória estática (suportes, resistências, fibos, gaps, pontos pivot).
Assumir e agir sobre as Market Trends, requer disciplina e controlo emocional para manter o curso da ação, manter ao fim e ao cabo uma estratégia. O Trend trading é por natureza reactivo e sistemático e não adivinha ou antecipa os mercados. O TF aceita a volatilidade e mantem as posições durante esses períodos (mediante stop losses alargados).
O objectivo é não perder o retorno associado à permanência em activos em ascensão (ou à queda sucessiva dos mesmos, vide crude oil) - ex de Long Term Trend: Apple subiu de 20 usd até aos 700 dollars em 13 anos (mas teve 18 short term trends, com perdas acima de 5%, e 5 medium term trends em que perdeu mais de 10% do seu valor.
Finalmente, um link básico da pág. de "popular search" de 3 TOP TEN, e que dá uma perspectiva aproximada dos activos/ações/mercados que estão "TRENDY" http://www.xtf.com/
Um método de trading que leva a decisões baseadas na direção geral de um ou de vários activos/mercados (Direção é a palavra-chave). Métodos de transposição gráficos, geradores de modelos direcionais do activo(s)/mercado(s), baseados no momentum, daí chamarem-se de trend following (seguidores da tendência).
"THE TREND IS YOUR FRIEND" (a frase chave sobre TF) / "the trend is your friend until that nasty bend at the end”
Distingue-se do trade following - comprar e vender activos em função das análises e resumos sobre feed back nos media, dos analistas, dos media e social media (face+twitter+foruns+media online, dos institucionais e dos comentários dos "traders profissionais").
Distingue-se do processo inerente ao flash trading (micro durações temporais), e distingue-se primária e geneticamente do "Buy and Hold" - manter posições ad aeternum, visando um mix de estabilidade, dividendos e ultrapassagem dos ciclos bear.
Duração » existem 3 tipos de Trends (tendências). A short term trend (2 horas até 5 dias), A trend intermédia/média (de 5 dias a 3 meses) e a Long term trend (de 3 meses a décadas). Depende dos objectivos circunstanciais, da liquidez, das condicionantes de cada mercado e da psicologia do investidor, e da análise que o mesmo efectua em diferentes time frames.
O Trend follower espera pela identificação gráfica de uma tendência, de uma direção (maioritariamente de médio ou longo prazo, embora tb a identifica no curto prazo), e só depois inicia uma posição no Mercado. Apenas abandona a posição quando a tendência mostar sinais de deterioração. Visualizam-se graficamente em LINHAS, potenciadas pela memória dinâmica (candles, canais, elipses) e influenciadas pela memória estática (suportes, resistências, fibos, gaps, pontos pivot).
Assumir e agir sobre as Market Trends, requer disciplina e controlo emocional para manter o curso da ação, manter ao fim e ao cabo uma estratégia. O Trend trading é por natureza reactivo e sistemático e não adivinha ou antecipa os mercados. O TF aceita a volatilidade e mantem as posições durante esses períodos (mediante stop losses alargados).
O objectivo é não perder o retorno associado à permanência em activos em ascensão (ou à queda sucessiva dos mesmos, vide crude oil) - ex de Long Term Trend: Apple subiu de 20 usd até aos 700 dollars em 13 anos (mas teve 18 short term trends, com perdas acima de 5%, e 5 medium term trends em que perdeu mais de 10% do seu valor.
Finalmente, um link básico da pág. de "popular search" de 3 TOP TEN, e que dá uma perspectiva aproximada dos activos/ações/mercados que estão "TRENDY" http://www.xtf.com/
Editado pela última vez por Optimiza em 14/6/2015 20:14, num total de 3 vezes.
Aquele que deixa de ser melhor, deixa de ser bom! Aristóteles
Re: A Memória do Preço > O Preço da Memória
Eu já me queimei bastante na VALE, por isso decidi entrar na Gerdau... porque nela sinto mais segurança, ou seja, não vou entregar o papel.
Não sei se visitas o site infomoney, mas apareceu lá um vídeo de um analista bastante parecido com o Ronaldo Fenômeno o cara falou que durante 2015 a VALE vai fechar aquele gap deixado lá em cima Diz que podem cobrar-lhe isso depois.
Não sei se visitas o site infomoney, mas apareceu lá um vídeo de um analista bastante parecido com o Ronaldo Fenômeno o cara falou que durante 2015 a VALE vai fechar aquele gap deixado lá em cima Diz que podem cobrar-lhe isso depois.
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Re: A Memória do Preço > O Preço da Memória
Bom dia PCM, e continua a valer pouco...
O Mercado estava oversold e este relief rally ainda não inverteu sequer a Tendência de curto prazo nem a quebra da resistência primária. A LTD continua a imperar!
O Bovespa (e o PIB Brasileiro), tem a performance condicionada pela evolução da Petrobrás e em menor escala da Vale (porque geram ecossistemas empresariais e geram recursos determinantes para o país). Então, chegas ao ponto de ver não só as siderúrgicas e mineiras, mas tb os bancos e retalhistas a serem contagiados pelas evoluções diárias e intradiárias dos dois títulos (visível nos gráficos anexos).
Antes do relief rally, no dia 11/12 referi para a Gerdau - "..a desvalorização acentuada da Gerdau tem muito pouco a ver com os resultados, e tem quase tudo a ver com o desempenho da Vale (como a SID), do minério de ferro, do preço tonelada do aço e da evolução do Bovespa". "...Apesar de rentável, passivo controlado, com nichos de Mercado sem concorrentes ao nível (consegue até manter preços dos Aços especiais/tonelada), contas saudáveis, mas para que começe um forte rebound, é necessário que o Bovespa inverta para subida e basta que a Vale estabilize...".
VALE - o minério de ferro, apartir daqui, não vai evoluir em sintonia com o crude oil. Depende de uma protelada expansão macro na China e Europa (e a Vale vai continuar a ter resultados negativos nos próximos 2 trim.) benchmark internacional - petrobrás, Freeport mccmoran, rio tinto. Bem melhor a Gerdau, produtora e siderurgica, com estrutura financeira exemplar (melhor que SID ou Braskem), produtos de nicho, margens defendidas mesmo no olho do furação (duas novas recomendações positivas com PT's 42 e 65% acima da cotação actual). Apesar disso, é uma "follower" da cotação VALE.
Nota Petrobrás - a incerteza sobre os resultados auditados e sobre o processo de corrupção estão a manter uma "nuvem" sobre uma ação de outra forma em preços de "Saldo" (fundos de George Soros já têm mais de 28 milhões de títulos/posições longas, entre ações e opções).
cumprimentos, perseu
O Mercado estava oversold e este relief rally ainda não inverteu sequer a Tendência de curto prazo nem a quebra da resistência primária. A LTD continua a imperar!
O Bovespa (e o PIB Brasileiro), tem a performance condicionada pela evolução da Petrobrás e em menor escala da Vale (porque geram ecossistemas empresariais e geram recursos determinantes para o país). Então, chegas ao ponto de ver não só as siderúrgicas e mineiras, mas tb os bancos e retalhistas a serem contagiados pelas evoluções diárias e intradiárias dos dois títulos (visível nos gráficos anexos).
Antes do relief rally, no dia 11/12 referi para a Gerdau - "..a desvalorização acentuada da Gerdau tem muito pouco a ver com os resultados, e tem quase tudo a ver com o desempenho da Vale (como a SID), do minério de ferro, do preço tonelada do aço e da evolução do Bovespa". "...Apesar de rentável, passivo controlado, com nichos de Mercado sem concorrentes ao nível (consegue até manter preços dos Aços especiais/tonelada), contas saudáveis, mas para que começe um forte rebound, é necessário que o Bovespa inverta para subida e basta que a Vale estabilize...".
VALE - o minério de ferro, apartir daqui, não vai evoluir em sintonia com o crude oil. Depende de uma protelada expansão macro na China e Europa (e a Vale vai continuar a ter resultados negativos nos próximos 2 trim.) benchmark internacional - petrobrás, Freeport mccmoran, rio tinto. Bem melhor a Gerdau, produtora e siderurgica, com estrutura financeira exemplar (melhor que SID ou Braskem), produtos de nicho, margens defendidas mesmo no olho do furação (duas novas recomendações positivas com PT's 42 e 65% acima da cotação actual). Apesar disso, é uma "follower" da cotação VALE.
Nota Petrobrás - a incerteza sobre os resultados auditados e sobre o processo de corrupção estão a manter uma "nuvem" sobre uma ação de outra forma em preços de "Saldo" (fundos de George Soros já têm mais de 28 milhões de títulos/posições longas, entre ações e opções).
cumprimentos, perseu
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Re: A Memória do Preço > O Preço da Memória
Feliz Natal perseu
Desde que disseste que VALE pouco, ela animou
Desde que disseste que VALE pouco, ela animou
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ELLIOT WAVES+SEQUÊNCIAS FIBONACCI+WINDOW DRESSING
Desejo a todos, desde já, um Bom natal e sobretudo um 2015 melhor ainda!
Hoje é dia de Quadruple Witching - fecho de futuros indexados, de opções sobre indices, de opções sobre ações e de futuros sobre ações - na 3ª sexta feira do ultimo mês de cada trimestre expiram essas 4 classes de activos. Como todos fecham ao mesmo tempo, assiste-se a uma subida de volume não só nos derivados e futuros, como nos activos correlacionados, e a alguns movimentos pouco expectáveis.
Na memória dos preços, é apenas tradável por hedge funds e institucionais com posições que possam fazer mini corners num Mercado específico. Para os pequenos investidores serve para não se precipitar em decisões baseado em futuros ou derivados.
Efeitos correlacionados tradáveis nesta época (WD + NC)
Window Dressing (final de Ano ou de trimestre)
Estratégia utilizada por fundos fechados e públicos, portfolio managers, que nos períodos assinalados (sobretudo no final de casa ano), melhoram a aparência do portfolio e da performance. A maquilhagem feita no ìndice é depois reportada ao Mercado.
As listas de performance são fechadas no final do ano (e de trim), bem como os activos que estavam nessa carteira final. Enviam-se para os media, analistas e clientes.
Assim, vende-se parte das ações com fortes perdas percentuais e compra-se ações com valorizações interessantes e apreciadas pelos opinion makers (high flyer stocks). Aumenta-se também os níveis de liquidez (para demonstrar a pouca alavancagem das carteiras geridas).
ex: vende-se AMD, Zynga, Exxon e IBM, e compra-se Facebook, Zen, First solar, e Apple.
aproveitamento possível - vender os activos sobrevalorizados no final de ano.
The New Collection jan/fev ("Futouros") - efeito correlacionado com o Window dressing e com o January effect (II - pág.1)
No início de cada ano civil, efectua-se o turbo boost da performance inicial, utilizando parte do volume adicional de cash disponível para comprar posições fortes em ìndices, sectores, derivados, ações e títulos mais desvalorizados, também em small caps do Russell2000, em sectores que possam inverter no curto prazo.
ex: compra-se-á por exemplo indices e ações do sul da Europa (de Portugal, Grécia, Itália), mercados emergentes, frontier markets, new energy, derivados e ações sobre petróleo, Bulk carriers
aproveitamento possível - comprar activos em Portugal, Grécia e Espanha (banca, construção), indices e activos do Médio Oriente e Brazil.
Elliot Waves + Fibonacci sequences
O Mercado é cíclico, e tem uma memória dinâmica baseada em ondas e sequências regressivas e progressivas. Graficamente consegue-se á posteriori criar padrões mecânicos e matemáticos que materializam essa evolução. Não tem valor científico, porque se é verdade que analisando o passado vamos sempre conseguindo enquadrar as 5 ondas bull e as 3 ondas Bear (encaixando as sequências Fibonacci), também é verdade que como potencial de prognóstico, perspectivando o futuro, a curto prazo falha quase tantas vezes como acerta (mas antevê a tendência de médio prazo).
Qual então o seu interesse - A CLARIFICAÇÃO dos superciclos, dos ciclos, das trends e das variações fractais de curto prazo. Para o futuro permite um enquadramento lato Bull ou Bear (permite desenhar sequências e linhas de tendência que embora falíveis, podem modelar a estratégia do investidor).
A Elliott Wave Theory foi desenvolvida por R.N. Elliott e massificada por Robert Prechter. A teoria baseia-se na aplicabilidade gráfica dos movimentos de mercado, traduzindo a crowd behavior em linhas, trends e sequências idealizadas no futuro e balizadas das pelo passado.
Dois tipos de linhas - Correctivas (2,4,A,C) e impulsivas (1,3,5 e B)
3 regras: 1ª A onda 2 não pode recuar mais de 100% face à onda 1. 2ª A onda 3 não pode ser a mais pequena das 3 ondas impulsivas. 3ª a onda 4 não pode ultrapassar a onda 1.
3 princípios: 1º quando a onda 3 é a mais longa onda impulsiva (maioria dos casos), a onda 5 será do mesmo tamanho que a onda 1. 2º As ondas 2 e 4 vão alternando no seu impacto correctivo. Se a onda 2 fôr de correção acentuada a onda 4 será de correção mínima e vice versa. 3º Após a 5ª onda (impulsiva), as ondas correctivas A,B e C avançam pelo menos até aos mínimos da onda 4.
natureza fractal (simbiose com as sequências Fibonacci) - cada onda impulsiva é subdividida em 5 sub ondas (i,ii,iii,iv,v) e cada onda correctiva é subdividida em 3 subondas (a,b,c).
Sequências Fibonacci ("sequência divina")- sequência de números inteiros, começando normalmente por 0 e 1, na qual, cada termo subsequente (numero de Fibonacci) corresponde a soma dos dois anteriores (0, 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89, 144, 233, 377, …).
As flutuações do mercado seguem um padrão de crescimento e decrescimento que pode ser analisado segundo os números de Fibonacci, uma vez determinada a escala de observação. Defende que as relações entre picos e vales do gráfico da flutuação de bolsa tendem a seguir razões numéricas aproximadas das razões de dois números consecutivos da sequência de Fibonacci.
Essencial na aplicação prática desta teoria é o Golden Ratio » 1.618. As sequências Fibonacci são aplicáveis na natureza, na ciência e nos mercados - O inverso de 1.618 é .618 (sequências percentualizáveis para aplicação nos mercados).
4 retracements comuns utilizados nas elliot waves e passíveis de utilização em qualquer gráfico: 23.6%, 38.2%, 50% e 61.8% - sendo este ultimo de longe o mais importante e recorrente (reparem na omnipresença gráfica desta percentagem, 61.8%, sobretudo em ações e índices).
Saber mais: http://stockcharts.com/school/doku.php? ... ave_theory
http://stockcharts.com/school/doku.php? ... retracemen
Hoje é dia de Quadruple Witching - fecho de futuros indexados, de opções sobre indices, de opções sobre ações e de futuros sobre ações - na 3ª sexta feira do ultimo mês de cada trimestre expiram essas 4 classes de activos. Como todos fecham ao mesmo tempo, assiste-se a uma subida de volume não só nos derivados e futuros, como nos activos correlacionados, e a alguns movimentos pouco expectáveis.
Na memória dos preços, é apenas tradável por hedge funds e institucionais com posições que possam fazer mini corners num Mercado específico. Para os pequenos investidores serve para não se precipitar em decisões baseado em futuros ou derivados.
Efeitos correlacionados tradáveis nesta época (WD + NC)
Window Dressing (final de Ano ou de trimestre)
Estratégia utilizada por fundos fechados e públicos, portfolio managers, que nos períodos assinalados (sobretudo no final de casa ano), melhoram a aparência do portfolio e da performance. A maquilhagem feita no ìndice é depois reportada ao Mercado.
As listas de performance são fechadas no final do ano (e de trim), bem como os activos que estavam nessa carteira final. Enviam-se para os media, analistas e clientes.
Assim, vende-se parte das ações com fortes perdas percentuais e compra-se ações com valorizações interessantes e apreciadas pelos opinion makers (high flyer stocks). Aumenta-se também os níveis de liquidez (para demonstrar a pouca alavancagem das carteiras geridas).
ex: vende-se AMD, Zynga, Exxon e IBM, e compra-se Facebook, Zen, First solar, e Apple.
aproveitamento possível - vender os activos sobrevalorizados no final de ano.
The New Collection jan/fev ("Futouros") - efeito correlacionado com o Window dressing e com o January effect (II - pág.1)
No início de cada ano civil, efectua-se o turbo boost da performance inicial, utilizando parte do volume adicional de cash disponível para comprar posições fortes em ìndices, sectores, derivados, ações e títulos mais desvalorizados, também em small caps do Russell2000, em sectores que possam inverter no curto prazo.
ex: compra-se-á por exemplo indices e ações do sul da Europa (de Portugal, Grécia, Itália), mercados emergentes, frontier markets, new energy, derivados e ações sobre petróleo, Bulk carriers
aproveitamento possível - comprar activos em Portugal, Grécia e Espanha (banca, construção), indices e activos do Médio Oriente e Brazil.
Elliot Waves + Fibonacci sequences
O Mercado é cíclico, e tem uma memória dinâmica baseada em ondas e sequências regressivas e progressivas. Graficamente consegue-se á posteriori criar padrões mecânicos e matemáticos que materializam essa evolução. Não tem valor científico, porque se é verdade que analisando o passado vamos sempre conseguindo enquadrar as 5 ondas bull e as 3 ondas Bear (encaixando as sequências Fibonacci), também é verdade que como potencial de prognóstico, perspectivando o futuro, a curto prazo falha quase tantas vezes como acerta (mas antevê a tendência de médio prazo).
Qual então o seu interesse - A CLARIFICAÇÃO dos superciclos, dos ciclos, das trends e das variações fractais de curto prazo. Para o futuro permite um enquadramento lato Bull ou Bear (permite desenhar sequências e linhas de tendência que embora falíveis, podem modelar a estratégia do investidor).
A Elliott Wave Theory foi desenvolvida por R.N. Elliott e massificada por Robert Prechter. A teoria baseia-se na aplicabilidade gráfica dos movimentos de mercado, traduzindo a crowd behavior em linhas, trends e sequências idealizadas no futuro e balizadas das pelo passado.
Dois tipos de linhas - Correctivas (2,4,A,C) e impulsivas (1,3,5 e B)
3 regras: 1ª A onda 2 não pode recuar mais de 100% face à onda 1. 2ª A onda 3 não pode ser a mais pequena das 3 ondas impulsivas. 3ª a onda 4 não pode ultrapassar a onda 1.
3 princípios: 1º quando a onda 3 é a mais longa onda impulsiva (maioria dos casos), a onda 5 será do mesmo tamanho que a onda 1. 2º As ondas 2 e 4 vão alternando no seu impacto correctivo. Se a onda 2 fôr de correção acentuada a onda 4 será de correção mínima e vice versa. 3º Após a 5ª onda (impulsiva), as ondas correctivas A,B e C avançam pelo menos até aos mínimos da onda 4.
natureza fractal (simbiose com as sequências Fibonacci) - cada onda impulsiva é subdividida em 5 sub ondas (i,ii,iii,iv,v) e cada onda correctiva é subdividida em 3 subondas (a,b,c).
Sequências Fibonacci ("sequência divina")- sequência de números inteiros, começando normalmente por 0 e 1, na qual, cada termo subsequente (numero de Fibonacci) corresponde a soma dos dois anteriores (0, 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89, 144, 233, 377, …).
As flutuações do mercado seguem um padrão de crescimento e decrescimento que pode ser analisado segundo os números de Fibonacci, uma vez determinada a escala de observação. Defende que as relações entre picos e vales do gráfico da flutuação de bolsa tendem a seguir razões numéricas aproximadas das razões de dois números consecutivos da sequência de Fibonacci.
Essencial na aplicação prática desta teoria é o Golden Ratio » 1.618. As sequências Fibonacci são aplicáveis na natureza, na ciência e nos mercados - O inverso de 1.618 é .618 (sequências percentualizáveis para aplicação nos mercados).
4 retracements comuns utilizados nas elliot waves e passíveis de utilização em qualquer gráfico: 23.6%, 38.2%, 50% e 61.8% - sendo este ultimo de longe o mais importante e recorrente (reparem na omnipresença gráfica desta percentagem, 61.8%, sobretudo em ações e índices).
Saber mais: http://stockcharts.com/school/doku.php? ... ave_theory
http://stockcharts.com/school/doku.php? ... retracemen
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Re: A Memória do Preço > O Preço da Memória
pcm1979 Escreveu:
O Bankia está em mínimos... será mais ou menos arriscado do que NBG, BCP ou BPI?
PCM, num Bear market todas as ações caem e as pró-cíclicas caem ainda mais. Os bancos que indicaste não seriam dos melhores para apostar num rebound ou mesmo inversão.
Um Contrarian mediria o risco/retorno para selecionar ações:
Bankia - pior escolha/ cap no retorno a 1.35 (entrada do estado no capital), e risco de mais quedas porque pode vir ter a pagar indemnizações aos acionistas do ultimo AC.
BPI - segunda pior escolha devido ao risco Angola e compra do novobanco. O downside é pequeno - já só poderá cair até aos .9€, mas o upside tb é pequeno até ao dia em que o Novobanco seja vendido a 3ºos (aí sim, o upside sera muito interessante).
BCP - upside muito interessante (.11€), mas condicionado pela venda do Novobanco
NBG - Apenas se fôr eleito novo Presidente até dia 29, sera opção de compra (tal como o Piraeus e o Alphabank). Apenas nesse caso, torna-se a melhor dessas opções (nestas estou atento).
Outros bancos Europeus a analisar (aposta na inversão e no QE): Deutsche Bank, Liberbank, Popular, Sabadel, Commerzbank, Credit Agricole, ING, Credit Suisse
Outros sectores europeus como o petrolífero (Total, Repsol e Galp), energia (extra-oil), retalho (JM+DIA), e telecoms deverão ser mais consistentes numa hipotética inversão.
(p.s. vê por curiosidade o gráfico infra, e pondera sobre os actuais sectores mais sub-investidos).
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Re: A Memória do Preço > O Preço da Memória
perseu Escreveu: tenho no Bovespa OI em carteira
Não é pelos fundamentos da empresa...
O Bankia está em mínimos... será mais ou menos arriscado do que NBG, BCP ou BPI?
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Re: A Memória do Preço > O Preço da Memória
pcm1979 Escreveu:Excelente post.
Quem entrar agora em Rússia, Grécia, Petróleo ou Iene corre alguns riscos, mas acho que algum destes vai dar bons resultados no longo prazo.
Espero que o mercado não se esqueça do suporte dos 11usd no ITUB, senão ainda fico mais entalado
Pelo menos a Gerdau fez um repique, pra não me desanimar completamente.
Obrigado PCM. Sobre o Mercado brasileiro, mesmo em financeiras, retalho e telecoms (e tenho no Bovespa OI em carteira), a performance ficou globalmente associada nos últimos 5 meses ao desempenho das matérias primas, por parte da Goldmann Sachs e da JP Morgan. Será necessária uma mudança da maré!
cumprimentos, perseu
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Re: A Memória do Preço > O Preço da Memória
Excelente post.
Quem entrar agora em Rússia, Grécia, Petróleo ou Iene corre alguns riscos, mas acho que algum destes vai dar bons resultados no longo prazo.
Espero que o mercado não se esqueça do suporte dos 11usd no ITUB, senão ainda fico mais entalado
Pelo menos a Gerdau fez um repique, pra não me desanimar completamente.
Quem entrar agora em Rússia, Grécia, Petróleo ou Iene corre alguns riscos, mas acho que algum destes vai dar bons resultados no longo prazo.
Espero que o mercado não se esqueça do suporte dos 11usd no ITUB, senão ainda fico mais entalado
Pelo menos a Gerdau fez um repique, pra não me desanimar completamente.
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VI - CONTRARIAN INVESTING
Contrarian Investing - combater os extremos de um mercado
"Buy when there's blood in the streets, even if the blood is your own." Barão de Rotschild
Esta é a expressão mais pura do que é Contrarian Investment. Uma convicção de que quando os mercados estão a colapsar, se encontram as melhores oportunidades para maximizar o retorno sobre o risco - "Bad Times Make for Good Buys" Warren Buffet. Nadar contra a corrente (a tendência), quando se detecta que o mercado está quase sempre errado nos extremos de um Bear market ou Bull market de um activo, ação, sector ou Mercado.
Um colectivo humano (emocional+racional) , heterogéneo, quando investe e analisa investimentos, tende a ser dominado por um efeito Manada (X - pág.3)- está mais optimista (pontual/e eufórico), segue e compra mais quanto mais alto estiver a cotação de um activo. Quando está mais pessimista (pontual/e em pânico), vende mais quanto mais baixa estiver a cotação.
Um contrarian, mesmo que pontualmente, acredita que o crowd behavior levado aos extremos leva a erros no pricing de activos/índices/ações e tenta explorar os mesmos no mercado. Por exemplo, quando um determinado activo entra em prolongada espiral de queda (XIII - crash mode), os próprios detentores do título reforçam essa tendência, um activo empresarial pode vir a valer uma fracção do seu book value, com volumes anormais de venda com spreads no B/A 5 ou 6 vezes acima da media, gerando uma oportunidade de médio prazo com retorno potencial muito acima da media. O inverso aplica-se igualmente em mercados Eufóricos.
Na memória dos preços, o contrarian reflecte com tempo sobre o valor intrínseco do activo, considera a Mean reversion theory (que os activos ao afastarem-se do preço médio histórico, tendem mais tarde a corrigir o desvio), do benchmark global e sectorial, e dos níveis históricos estáticos e dinâmicos que podem justificar uma posição contra a esmagadora maioria dos players (é isto que primariamente o distingue do investidor temerário)
Contrarian investor Bull/Bear - Pressupostos:
Identificar um Extremo no Mercado e uma anómala Volatilidade
Saber analisar e medir o risco, consolidado com catalizadores (ex. possíveis - default russo ou eleição do presidente grego no dia 29 de dez)
Ser imune ao pânico ou a euforias
Saber definir o retorno potencial
Ter capacidade financeira de assumir perda financeira contabilística
Ter capacidade de aguentar uma posição perdedora no médio prazo
17/12/2014 - Quando o Psi20 e o Athex20 (após quedas superiores a 30%) valem menos que a Telefónica e quando todo o Mercado Russo vale menos que o Google, estamos perante um possível extremo no Mercado. Quando o racional de queda de uma acção é porque sim - stop losses desencadeiam mais stop losses e fim de linhas de crédito e de alavancagem de posições - tenta-se identificar o extremo dessa trend.
Alguns alvos para estudo de potenciais oportunidades no curto prazo são a Banca do sul da Europa, Mercado russo (rsx, rusl, lukoil, Gazprom), Psi20, Ibex35, Athex20, bolsas do médio oriente (via ETF's usa), drillers e produtoras de petróleo (seadril, transocean, Conoco, exxon, noble)
"Buy when there's blood in the streets, even if the blood is your own." Barão de Rotschild
Esta é a expressão mais pura do que é Contrarian Investment. Uma convicção de que quando os mercados estão a colapsar, se encontram as melhores oportunidades para maximizar o retorno sobre o risco - "Bad Times Make for Good Buys" Warren Buffet. Nadar contra a corrente (a tendência), quando se detecta que o mercado está quase sempre errado nos extremos de um Bear market ou Bull market de um activo, ação, sector ou Mercado.
Um colectivo humano (emocional+racional) , heterogéneo, quando investe e analisa investimentos, tende a ser dominado por um efeito Manada (X - pág.3)- está mais optimista (pontual/e eufórico), segue e compra mais quanto mais alto estiver a cotação de um activo. Quando está mais pessimista (pontual/e em pânico), vende mais quanto mais baixa estiver a cotação.
Um contrarian, mesmo que pontualmente, acredita que o crowd behavior levado aos extremos leva a erros no pricing de activos/índices/ações e tenta explorar os mesmos no mercado. Por exemplo, quando um determinado activo entra em prolongada espiral de queda (XIII - crash mode), os próprios detentores do título reforçam essa tendência, um activo empresarial pode vir a valer uma fracção do seu book value, com volumes anormais de venda com spreads no B/A 5 ou 6 vezes acima da media, gerando uma oportunidade de médio prazo com retorno potencial muito acima da media. O inverso aplica-se igualmente em mercados Eufóricos.
Na memória dos preços, o contrarian reflecte com tempo sobre o valor intrínseco do activo, considera a Mean reversion theory (que os activos ao afastarem-se do preço médio histórico, tendem mais tarde a corrigir o desvio), do benchmark global e sectorial, e dos níveis históricos estáticos e dinâmicos que podem justificar uma posição contra a esmagadora maioria dos players (é isto que primariamente o distingue do investidor temerário)
Contrarian investor Bull/Bear - Pressupostos:
Identificar um Extremo no Mercado e uma anómala Volatilidade
Saber analisar e medir o risco, consolidado com catalizadores (ex. possíveis - default russo ou eleição do presidente grego no dia 29 de dez)
Ser imune ao pânico ou a euforias
Saber definir o retorno potencial
Ter capacidade financeira de assumir perda financeira contabilística
Ter capacidade de aguentar uma posição perdedora no médio prazo
17/12/2014 - Quando o Psi20 e o Athex20 (após quedas superiores a 30%) valem menos que a Telefónica e quando todo o Mercado Russo vale menos que o Google, estamos perante um possível extremo no Mercado. Quando o racional de queda de uma acção é porque sim - stop losses desencadeiam mais stop losses e fim de linhas de crédito e de alavancagem de posições - tenta-se identificar o extremo dessa trend.
Alguns alvos para estudo de potenciais oportunidades no curto prazo são a Banca do sul da Europa, Mercado russo (rsx, rusl, lukoil, Gazprom), Psi20, Ibex35, Athex20, bolsas do médio oriente (via ETF's usa), drillers e produtoras de petróleo (seadril, transocean, Conoco, exxon, noble)
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CANDLESTICKS
Caros António e PCM,
PCM, Sobre as datas relevantes no "processo" grego, vão do final de dia 17 (primeira votação no parlamento para eleição do Presidente), até dia 29 de Dezembro (ultimo dia para se conseguir 180 deputados a favor do presidente proposto pelo PaoK - partido do PM Antonio Samaras). Se se conseguir, tudo bem - ATHEX tem um forte rebound. Caso não se consiga vai-se para eleições gerais em final de janeiro (as sondagens dizem que nesse cenário é eleito o Syriza que levaria a um novo haircut da dívida grega e a um crash em várias latitudes - ver tópicos a "crise grega" e o "NBG").
António,
A análise técnica e fundamental são sets de ferramentas para a sobrevivência no mercado, e que te ajudam na prossecução do que é, isso sim, determinante: o benchmark (comparar activos, a Linha de Tendência e sua performance relativa, preço , timing, construir a narrativa), auto-disciplina (de ti próprio - valor a entrar num activo selecionado, a reforçar, stop loss e take profit) e a disciplina (face ao Mercado, ao eco-sistema - manter ou alterar a posição face à performance diária do activo, do sector e do mercado).
As candlesticks são úteis? As candlesticks são úteis porque te permitem sintetizar um dia, semanas, meses de cotação apenas pelo desenho gráfico que proporcionam (basta saberes Memorizar no link cada figura e poupas muito muito tempo). Quanto a previsões, as candlesticks por si só, não são garantia de nada (mas podem reforçar a tua análise - Kicker candles) http://www.swing-trade-stocks.com/candl ... terns.html:
No caso que referes da Mota Engil, o problema radicou no seu principal activo - Mota África - estar a "pagar" reflexamente a crise do petróleo (a quase totalidade da sua facturação decorre em países produtores de petróleo e que estão a sentir uma queda angustiante das receitas). Como em qualquer activo analisado, a Linha de Tendência (LTDescendente ou LTAscendente - em breve vou abordar as LT's), alerta de imediato para uma opção longa ou curta. Na ação em que estou perdedor este ano, a OI, identifiquei a LTD em Março, mas acabei por entrar na ação em Junho e reforçar duas vezes pelo caminho. Onde é que falhei? Na auto-disciplina (desactivei stop losses e reforçei posições perdedoras) e na disciplina (bovespa a tombar, quedas consecutivas da ação secundarizadas por mim devido a alterações fundamentais).
cumps, perseu
p.s. Índice de temas sobre Memória do Preço no 1º post da pág.1
PCM, Sobre as datas relevantes no "processo" grego, vão do final de dia 17 (primeira votação no parlamento para eleição do Presidente), até dia 29 de Dezembro (ultimo dia para se conseguir 180 deputados a favor do presidente proposto pelo PaoK - partido do PM Antonio Samaras). Se se conseguir, tudo bem - ATHEX tem um forte rebound. Caso não se consiga vai-se para eleições gerais em final de janeiro (as sondagens dizem que nesse cenário é eleito o Syriza que levaria a um novo haircut da dívida grega e a um crash em várias latitudes - ver tópicos a "crise grega" e o "NBG").
António,
A análise técnica e fundamental são sets de ferramentas para a sobrevivência no mercado, e que te ajudam na prossecução do que é, isso sim, determinante: o benchmark (comparar activos, a Linha de Tendência e sua performance relativa, preço , timing, construir a narrativa), auto-disciplina (de ti próprio - valor a entrar num activo selecionado, a reforçar, stop loss e take profit) e a disciplina (face ao Mercado, ao eco-sistema - manter ou alterar a posição face à performance diária do activo, do sector e do mercado).
As candlesticks são úteis? As candlesticks são úteis porque te permitem sintetizar um dia, semanas, meses de cotação apenas pelo desenho gráfico que proporcionam (basta saberes Memorizar no link cada figura e poupas muito muito tempo). Quanto a previsões, as candlesticks por si só, não são garantia de nada (mas podem reforçar a tua análise - Kicker candles) http://www.swing-trade-stocks.com/candl ... terns.html:
No caso que referes da Mota Engil, o problema radicou no seu principal activo - Mota África - estar a "pagar" reflexamente a crise do petróleo (a quase totalidade da sua facturação decorre em países produtores de petróleo e que estão a sentir uma queda angustiante das receitas). Como em qualquer activo analisado, a Linha de Tendência (LTDescendente ou LTAscendente - em breve vou abordar as LT's), alerta de imediato para uma opção longa ou curta. Na ação em que estou perdedor este ano, a OI, identifiquei a LTD em Março, mas acabei por entrar na ação em Junho e reforçar duas vezes pelo caminho. Onde é que falhei? Na auto-disciplina (desactivei stop losses e reforçei posições perdedoras) e na disciplina (bovespa a tombar, quedas consecutivas da ação secundarizadas por mim devido a alterações fundamentais).
cumps, perseu
p.s. Índice de temas sobre Memória do Preço no 1º post da pág.1
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Re: A Memória do Preço > O Preço da Memória
Por falar em memória, é melhor colocarem aí o calendário político grego, porque vai ser determinante no rumo dos mercados.
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Re: A Memória do Preço > O Preço da Memória
perseu Escreveu:António, a melhor forma de seguir os relatórios trimestrais e anuais é via site corporativo de cada empresa (todas são obrigadas a incorporá-lo após envio para o incumbente - CVM, CMVM, NYSE, Nasdaq. A outra forma, mais fácil, após selecionar o ticker da ação, ler os resumos no site da Bloomberg, Reuters, CNBC, Yahoo finance. (...) A simplificação levada ao extremo, dir-se-ia que se pode comprar qualquer ação que supere a sua MM20 (fortalecida pela ultrapassagem de uma resistência e com volume acima da media) e vender a ação logo que quebre a MM20 (convicção reforçada pela quebra de um suporte e com volume acima da média).
cumprimentos, perseu
Muito obrigado, perseu. Muito útil toda a análise que referes, tanto a nível fundamental como a nível técnico. Eu ainda estou a descobrir como é que isto funciona. A informação que disponibilizas é bastante simples e complementar e, sem dúvida, uma mais valia a ter em conta. Ainda não atinei com a análise técnica - é tanto indicador e tantas time frames diferentes que posso facilmente perder uma hora a olhar para gráficos da mesma empresa. Não tenho dado muita ênfase a notícias - excepto aquelas que tocam a política monetária ou que dizem respeito a oferta e produção de commodities - porque observei a finta da Mota-Engil à malta que pensava que aquilo ia disparar. Prefiro olhar para os números, mesmo que de forma supérflua, para perceber o que me diz antes de tomar qualquer decisão baseada em trendings (e trendings, para mim, só valem com coisas que estão mesmo na moda - tipo GoPro ou Facebook ou Tesla [isto na altura que surgiram em força no mercado]). Esse exemplo da Amazon é formidável. Irei pesquisar e tentar perceber o que falhou.
perseu Escreveu:Como as candlesticks são importantes na memória gráfica/dinâmica dos preços, linko a página de leitura obrigatória - que tem toda a informação essencial sobre as candles bull e bear (doji, engulfing, harami, shooting star, etc e resultados associados).
http://www.swing-trade-stocks.com/candl ... terns.html
As candlesticks são úteis? Eu já observei algumas barrotes com esse tipo de análise e existe uma certa subjectividade associada a essa técnica de análise porque deduzo que os padrões sejam diferentes consoante a timeframe utilizada. Lembro-me de ter visto uma análise muito básica que determinava qual a tendência a 7 dias a partir de candlesticks e aquilo passou quase tudo ao lado para 10 empresas diferentes.
O meu problema com candlesticks é também memorizar tanto padrão diferente. Talvez a partir de algum tempo seja natural mas para mim a lógica deste tipo de padrões prende-se mais com aquilo que os vendedores e compradores estão a fazer do que necessariamente a memorização de velas. Alías, creio que um dos pioneiros deste tipo de análise referia exactamente isso - o que interessava era compreender a orgânica da coisa e não andar a decorar as velinhas.
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V - Relief Rally
Preliminar - Como as candlesticks são importantes na memória gráfica/dinâmica dos preços, linko a página de leitura obrigatória - que tem toda a informação essencial sobre as candles bull e bear (doji, engulfing, harami, shooting star, etc e resultados associados).
http://www.swing-trade-stocks.com/candl ... terns.html
Na semana em que normalmente começariam nos principais indices Mundiais um movimento sasonal de subida conhecido por Christmas rally (ou Santa Claus rally), a downtrend do sector da energia (extremada no crude), e o sentido ligeiramente negativo nas Telecom's, Banca, Retalho e Social Media, faz com que a memória dos preços não tenha grande impacto nos ranges diários e semanais intra-sectoriais. O que poderia alterar o status quo? Uma alteração no momentum de curto prazo via um
XVI - Relief Rally
Um impulso (spike) altista após um prolongado período de quedas ou de indecisão, originado inicialmente por Contrarians+Bargain Hunters+Value prospectors. Tanto pode ocorrer num Bull ou Bear market de longo prazo, numa só ação, num ìndice sectorial ou em todo o Mercado.
O que vai diferenciar um relief rally de um rally é a consistência, volume e duração da pressão compradora face à contraparte Vendedora. Inicialmente pode surgir como um Kick-back rally ou como um copycat rally (copia performances fora do Mercado), sem ser tangível o seu alcançe ou impacto futuro.
O que é que despoleta o relief rally - Uma pool de investidores compradora, porque identificam uma oportunidade técnica ou fundamental apoiada numa narrativa (o Mercado sobe mediante uma lógica explanável aos media e investidores), um Mercado oversold ou em stand by face a níveis de suporte, e a existência de elevados níveis de liquidez.
O Mercado atinge previamente um nível em que a pressão vendedora diminui. Simultaneamente, tende a diminuir a margin debt e os níveis deprimidos de algumas cotações começam a pesar nas análises de venda - Mesmo para Bears, o potencial de downside no curto prazo aparenta ser menor do que o de upside.
Porque é que a época actual é propícia a um relief rallyl? As quedas foram acentuadas na maioria dos sectores e índices, o volume diminuiu, o sentimento de Mercado deteriorou-se com o Vix novamente em níveis altos, o Crude despenhou-se (e até pode cair mais, mas o downside potential já é inferior ao upside potencial no médio prazo - 40 vs 90usd). Agora, existe um adicional de liquidez disponível, níveis recorde de cash a injectar pelo BCE, BOJ e BOC, alguns sectores em saldos e abertura a Contrarian trades.
http://www.swing-trade-stocks.com/candl ... terns.html
Na semana em que normalmente começariam nos principais indices Mundiais um movimento sasonal de subida conhecido por Christmas rally (ou Santa Claus rally), a downtrend do sector da energia (extremada no crude), e o sentido ligeiramente negativo nas Telecom's, Banca, Retalho e Social Media, faz com que a memória dos preços não tenha grande impacto nos ranges diários e semanais intra-sectoriais. O que poderia alterar o status quo? Uma alteração no momentum de curto prazo via um
XVI - Relief Rally
Um impulso (spike) altista após um prolongado período de quedas ou de indecisão, originado inicialmente por Contrarians+Bargain Hunters+Value prospectors. Tanto pode ocorrer num Bull ou Bear market de longo prazo, numa só ação, num ìndice sectorial ou em todo o Mercado.
O que vai diferenciar um relief rally de um rally é a consistência, volume e duração da pressão compradora face à contraparte Vendedora. Inicialmente pode surgir como um Kick-back rally ou como um copycat rally (copia performances fora do Mercado), sem ser tangível o seu alcançe ou impacto futuro.
O que é que despoleta o relief rally - Uma pool de investidores compradora, porque identificam uma oportunidade técnica ou fundamental apoiada numa narrativa (o Mercado sobe mediante uma lógica explanável aos media e investidores), um Mercado oversold ou em stand by face a níveis de suporte, e a existência de elevados níveis de liquidez.
O Mercado atinge previamente um nível em que a pressão vendedora diminui. Simultaneamente, tende a diminuir a margin debt e os níveis deprimidos de algumas cotações começam a pesar nas análises de venda - Mesmo para Bears, o potencial de downside no curto prazo aparenta ser menor do que o de upside.
Porque é que a época actual é propícia a um relief rallyl? As quedas foram acentuadas na maioria dos sectores e índices, o volume diminuiu, o sentimento de Mercado deteriorou-se com o Vix novamente em níveis altos, o Crude despenhou-se (e até pode cair mais, mas o downside potential já é inferior ao upside potencial no médio prazo - 40 vs 90usd). Agora, existe um adicional de liquidez disponível, níveis recorde de cash a injectar pelo BCE, BOJ e BOC, alguns sectores em saldos e abertura a Contrarian trades.
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Re: A Memória do Preço > O Preço da Memória
AntonioR. Escreveu:perseu, como é que costumas seguir as empresas que apresentam relatórios? Hoje fiz um test-drive com a Inditex (dona da Zara), os resultados pareceram-se sólidos e fiquei com a sensação que o mercado ia fazer um price-in do período natalício e parece que não estava enganado.
Estou a gostar muito da análise fundamental - permite tomar decisões de curto prazo olhando apenas para os indicadores mais fulcrais e decisões de médio e longo prazo quando se analiza melhor toda a estratégia da empresa e sector.
António, a melhor forma de seguir os relatórios trimestrais e anuais é via site corporativo de cada empresa (todas são obrigadas a incorporá-lo após envio para o incumbente - CVM, CMVM, NYSE, Nasdaq. A outra forma, mais fácil, após selecionar o ticker da ação, ler os resumos no site da Bloomberg, Reuters, CNBC, Yahoo finance.
PERCEPTION IS REALITY (a ter sempre em conta) - O impacto dos resultados obtem-se não pela qualidade per se dos resultados, mas pela interpretação dos mesmos nos media e social media. Deriva em última análise da ponderação dada pelo jornalismo económico e pela primeira leva de analistas a comentá-los.
dou-te 2 exemplos: Os últimos resultados da Amazon provaram a incapacidade de a empresa gerar lucros e denotavam excesso de inventário e de investimentos sem retorno nas subholdings. Seria lógico esperar um crash (estava short), mas a reação da maioria dos analistas foi neutral e até optimista - caiu pouco e logo recuperou. A Inditex teve bons resultados, mas em linha com as previsões dos analistas (ou seja não surpreendeu). As primeiras análises nos media espanhóis foram extremamente positivas e acabou por ser a top performer do IBEX35.
Inditex (Value Stock+Growth Stock) - PER 29 + EV/ebitda 17x limitam a valorização do título (24,5 euros seria o valor justo). Upside limitado resistências imediatas 23.58 e 24€ (1º suporte nos 22.4€). Força relativa na superação da MM20 - bias de curto prazo (tb acima da MM50 e MM100). Margem bruta baixou 1%, de 59,9% para 58,9% (parte devido ao complexo perímetro cambial). Ebitda mesmo assim subiu 2% (2.825 milhões de euros), graças à expansão continuada da rede de lojas. A velocidade de crescimento está a diminuir (mas com mercados interessantes ainda por reforçar - China, USA e Sudoeste asiático).
Cherry Picking » Tentar sempre conjugar a "Razão" (Análise fundamental), com a "Emoção" (Análise técnica).
Como no curto prazo imperará sempre a "Emoção"(mesmo que em resultado dos fundamentais), enquadra sempre numa análise Gráfica (a visão), princípios simples e básicos que oferecam sustentação a um investimento longo ou curto (médias móveis, suportes/resistências, rsi para determinar se está overbought ou oversold, volume, macd (conjuga instrumentos para antecipar movimentos), pivot points e linhas de tendência.
A simplificação levada ao extremo, dir-se-ia que se pode comprar qualquer ação que supere a sua MM20 (fortalecida pela ultrapassagem de uma resistência e com volume acima da media) e vender a ação logo que quebre a MM20 (convicção reforçada pela quebra de um suporte e com volume acima da média).
cumprimentos, perseu
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Re: A Memória do Preço > O Preço da Memória
perseu, como é que costumas seguir as empresas que apresentam relatórios? Hoje fiz um test-drive com a Inditex (dona da Zara), os resultados pareceram-se sólidos e fiquei com a sensação que o mercado ia fazer um price-in do período natalício e parece que não estava enganado.
Estou a gostar muito da análise fundamental - permite tomar decisões de curto prazo olhando apenas para os indicadores mais fulcrais e decisões de médio e longo prazo quando se analiza melhor toda a estratégia da empresa e sector.
Estou a gostar muito da análise fundamental - permite tomar decisões de curto prazo olhando apenas para os indicadores mais fulcrais e decisões de médio e longo prazo quando se analiza melhor toda a estratégia da empresa e sector.
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Re: A Memória do Preço > O Preço da Memória
pcm1979 Escreveu:Obrigado perseu. Estou curioso para ver se os 3usd aguentam a ação (acho que não). Suporte abaixo só os 2usd, certo?
Se em Fevereiro ela estiver a 2usd e apresentar lucro... vai tornar-se muito atraente, qual canto de sereia...
PCM, existe um suporte apenas psicológico nos 3usd (que corresponde grosso modo no Bovespa aos 8.8brl que suportaram o título em 2001,2003,2004 e 2005, mas por ser tão antigo a valia técnica é 0). depois, apenas nos 6,5brl (2005 e 2001, idem idem). Apesar de os fundamentais serem sólidos, agora pouco importam. Ter alguma prudência sff.
Amanhã, é um dia importante no Bovespa - apresentação de contas não auditadas da Petrobras (pós-escândalo de corrupção diretivo/empreiteiros). Se o buraco induzido pela corrupção fôr superior a 3 biliões de reais, as imparidades por aí causadas poderão levar ao 3º crash da ação este ano e a quedas expressivas no Bovespa.
Esperemos que seja de outro modo, porque a larga maioria dos investidores não sabe mas o preço do crude via refinados é fixado administrativamente no Brasil, equivalendo neste momento a 76usd o barril (francamente acima do valor de mercado internacional). E como o Brasil ainda é deficitário na produção, as margens da PetroBrás estão a reforçar-se (ao contrário do Mercado Internacional), podendo mesmo impulsionar o Índice se não existir a tal "surpresa da calote". cumps, perseu
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Re: A Memória do Preço > O Preço da Memória
Obrigado perseu. Estou curioso para ver se os 3usd aguentam a ação (acho que não). Suporte abaixo só os 2usd, certo?
Se em Fevereiro ela estiver a 2usd e apresentar lucro... vai tornar-se muito atraente, qual canto de sereia...
Se em Fevereiro ela estiver a 2usd e apresentar lucro... vai tornar-se muito atraente, qual canto de sereia...
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Re: A Memória do Preço > O Preço da Memória
pcm1979 Escreveu:Bom dia perseu, podes fazer um comentário acerca do pdf com os resultados da Gerdau? Eu acho que é uma boa empresa, por isso fico perplexo com tanta pancada que ela tem levado.
http://ri.gerdau.com/ptb/6286/2014.09Re ... rtugus.pdf
PCM1979, a desvalorização acentuada da Gerdau tem muito pouco a ver com os resultados, e tem quase tudo a ver com o desempenho da Vale (como a SID), do minério de ferro, do preço tonelada do aço e da evolução do Bovespa.
Resultados - YoY, conseguiu aumentar a facturação (2%), manter o rácio de dívida líquida (suportado por um Ebitda bem defendido), a queda do EBITDA é superficial e o resultado liquido diminui para menos de metade devido a increment nas provisões. Pelos resultados razoáveis e que ao contrário da Vale, demonstram a defesa das margens operacionais e da facturação, a queda seria limitada a 20/25% da cotação, mas não é isso que acontece.
Conjugar razões para o sell off prolongado (do mais importante para o menos importante):
- mimetiza a descida da Vale (o gráfico é em tudo idêntico)
- considerada também um produtor de minério de ferro (negócio secundário), leva Injustamente por tabela.
- Apesar de produzir Aços especiais (90% para a América Latina), o Mercado induz riscos nos preços do Aço chinês (maioritáriamente generico e de pior qualidade).
- Influenciada pelo Bovespa / economia brasileira a crescer 1,5%
- Desvalorização do Real
- memória dos preços afectada pela quebra dos suportes dos 6usd, 5usd e 4.25usd (não estabiliza acima da MM20 desde Setembro)
- Petrobrás é um benchmark da performance da Indústria e das matérias primas brasileiras.
Apesar de rentável, passivo controlado, com nichos de Mercado sem concorrentes ao nível (consegue até manter preços dos Aços especiais/tonelada), contas saudáveis, mas para que começe um forte rebound, é necessário que o Bovespa inverta para subida e basta que a Vale estabilize.
cumprimentos, perseu
Aquele que deixa de ser melhor, deixa de ser bom! Aristóteles
Re: A Memória do Preço > O Preço da Memória
Bom dia perseu, podes fazer um comentário acerca do pdf com os resultados da Gerdau? Eu acho que é uma boa empresa, por isso fico perplexo com tanta pancada que ela tem levado.
http://ri.gerdau.com/ptb/6286/2014.09Re ... rtugus.pdf
http://ri.gerdau.com/ptb/6286/2014.09Re ... rtugus.pdf
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Re: A Memória do Preço > Cash Cows (cont)+Cisnes negros 2015
O Alquimista Escreveu:
Perseu, essas empresas serão exemplos de value stocks (independentemente do dividendo)? Se sim, pela mesma ordem de ideias também o serão a EDP, os CTT, etc.
Caro Alquimista, sim, a EDP e os CTT são sem sombra de dúvida value stocks e até high dividend yield stocks (ambas corporizam essa filosofia). Apenas não são (ainda), ações com um longo e ininterrupto Historial de dividendos, e em que idealmente, os dividendos estejam num crescendo consecutivo.
cumprimentos, perseu
Aquele que deixa de ser melhor, deixa de ser bom! Aristóteles
Re: A Memória do Preço > Cash Cows (cont)+Cisnes negros 2015
perseu Escreveu:A - XV Cash Cows (continuação do post a meio da página 3)
Considerar uma parte da carteira em value stocks com high dividend yield, não só é rentável como elimina dispêndio de tempo na gestão de uma parte do portfolio gerido.
Para essa parte do portfolio, devemos valorizar a solidez das ações, avaliadas pelo Histórico das mesmas. Nos USA existem empresas que pagam dividendos sem interrupção desde o séc. XIX (inclusivé durante o crash seguido de depressão em 1928/33). A Exxon, começou a pagar dividendos em 1882 e nunca parou de os distribuir (e têm sempre crescido no cômputo década a década). Similar a evolução da Eli Lilly (desde 1885), Procter & Gamble (1891), e da Coca-Cola (1893).
Perseu, essas empresas serão exemplos de value stocks (independentemente do dividendo)? Se sim, pela mesma ordem de ideias também o serão a EDP, os CTT, etc.
"Ever tried. Ever failed. No matter. Try again. Fail again. Fail better." - Samuel Becket
Pára de dar crédito fácil ao que lês e ouves, escuta o que o preço está a fazer e olha para o que te rodeia. - O Alquimista
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IV - CASH COWS (cont)+CISNES NEGROS 2015
A - IV Cash Cows (continuação do post a meio da página 3)
Considerar uma parte da carteira em value stocks com high dividend yield, não só é rentável como elimina dispêndio de tempo na gestão de uma parte do portfolio gerido.
Para essa parte do portfolio, devemos valorizar a solidez das ações, avaliadas pelo Histórico das mesmas. Nos USA existem empresas que pagam dividendos sem interrupção desde o séc. XIX (inclusivé durante o crash seguido de depressão em 1928/33). A Exxon, começou a pagar dividendos em 1882 e nunca parou de os distribuir (e têm sempre crescido no cômputo década a década). Similar a evolução da Eli Lilly (desde 1885), Procter & Gamble (1891), e da Coca-Cola (1893).
O factor que enfatiza a opção de parte da carteira em Cash cows, passa pela capacidade das companhias em incrementarem os dividendos todos os anos – exercício de escala que demonstra a consistência da oferta e a excelência da Gestão. Existem casos com 20 anos, mas também existem com 50 e mesmo 60 anos de incrementos consecutivos do lucro medido pelos dividendos.
Um histórico impressionante / dividendos em crescimento interanual consecutivo:
Diebold 60 anos de incrementos nos dividendos
American States Water (59 anos),
Nestlé (best case Europeu – 59 anos),
Dover (58)
Nortwest Natural (58)
Procter & Gamble(57 anos),
3M (55 anos),
Coca-Cola (51),
Jonhson & Johnson (51) ,
Colgate-Palmolive (50),
Lóreal (2º melhor caso Europeu – 31 anos)
As grandes casas de investimento, embora omitam quase sempre essa informação, nas carteiras de activos e ações selecionadas, tornam omnipresentes seleções baseadas nas Yields e no Value. Reparem na Lista em anexo - Recomendações de Dezembro da JP Morgan, 3/4 das posições longas são tomadas em Value stocks e entre as quais temos ações de high dividend Yield como a Anheuser Bush, a Schroders, a Loreal, a Total, a Airbus, a Holcim, a Lafarge, o Royal mail, babcock e a Munich RE (e em minoria as voláteis Rio Tinto, Pandora, Peugeot).
B - Cisnes negros em 2015 (que surpresas poderiam congelar o Bull Market secular nos USA)
Conceito de Cisnes negros no cap. XI (pág.3)
Cenários hipotéticos (a acontecer seriam surpreendentes e por isso mesmo demolidores):
1 - Default da russia
2 - Draghi sair do BCE (para ser futuro Presidente italiano)
3 - Saída do reino unido da UE
4 - Roubini – crash que prevê para 2016 ser antecipado para 2015 (queda brutal em social media e new energy, arrastando demais sectores, excepto ouro).
5 - Petroleo ultrapassar os 100 usd/barril devido a um agravamento de conflito geo-político
6 – Lowflation passar a Stagdeflation (estagnação+deflação)
Considerar uma parte da carteira em value stocks com high dividend yield, não só é rentável como elimina dispêndio de tempo na gestão de uma parte do portfolio gerido.
Para essa parte do portfolio, devemos valorizar a solidez das ações, avaliadas pelo Histórico das mesmas. Nos USA existem empresas que pagam dividendos sem interrupção desde o séc. XIX (inclusivé durante o crash seguido de depressão em 1928/33). A Exxon, começou a pagar dividendos em 1882 e nunca parou de os distribuir (e têm sempre crescido no cômputo década a década). Similar a evolução da Eli Lilly (desde 1885), Procter & Gamble (1891), e da Coca-Cola (1893).
O factor que enfatiza a opção de parte da carteira em Cash cows, passa pela capacidade das companhias em incrementarem os dividendos todos os anos – exercício de escala que demonstra a consistência da oferta e a excelência da Gestão. Existem casos com 20 anos, mas também existem com 50 e mesmo 60 anos de incrementos consecutivos do lucro medido pelos dividendos.
Um histórico impressionante / dividendos em crescimento interanual consecutivo:
Diebold 60 anos de incrementos nos dividendos
American States Water (59 anos),
Nestlé (best case Europeu – 59 anos),
Dover (58)
Nortwest Natural (58)
Procter & Gamble(57 anos),
3M (55 anos),
Coca-Cola (51),
Jonhson & Johnson (51) ,
Colgate-Palmolive (50),
Lóreal (2º melhor caso Europeu – 31 anos)
As grandes casas de investimento, embora omitam quase sempre essa informação, nas carteiras de activos e ações selecionadas, tornam omnipresentes seleções baseadas nas Yields e no Value. Reparem na Lista em anexo - Recomendações de Dezembro da JP Morgan, 3/4 das posições longas são tomadas em Value stocks e entre as quais temos ações de high dividend Yield como a Anheuser Bush, a Schroders, a Loreal, a Total, a Airbus, a Holcim, a Lafarge, o Royal mail, babcock e a Munich RE (e em minoria as voláteis Rio Tinto, Pandora, Peugeot).
B - Cisnes negros em 2015 (que surpresas poderiam congelar o Bull Market secular nos USA)
Conceito de Cisnes negros no cap. XI (pág.3)
Cenários hipotéticos (a acontecer seriam surpreendentes e por isso mesmo demolidores):
1 - Default da russia
2 - Draghi sair do BCE (para ser futuro Presidente italiano)
3 - Saída do reino unido da UE
4 - Roubini – crash que prevê para 2016 ser antecipado para 2015 (queda brutal em social media e new energy, arrastando demais sectores, excepto ouro).
5 - Petroleo ultrapassar os 100 usd/barril devido a um agravamento de conflito geo-político
6 – Lowflation passar a Stagdeflation (estagnação+deflação)
Editado pela última vez por Optimiza em 14/6/2015 19:34, num total de 3 vezes.
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