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Caldeirão da Bolsa

A minha estratégia de investimento no longo-prazo

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: A minha estratégia de investimento no longo-prazo

por Metallising_ » 10/12/2014 17:47

Sim, os dividendos nos EUA são taxados a 15% automaticamente no momento da distribuição. Se abrires conta na Interactive Brokers por exemplo, no momento do registo preenches o formulário W-8BEN -> http://www.davyselect.ie/documents/W8BenForm.pdf, desta forma pagas 15% em vez de 30% sobre dividendos.
As mais-valias só são taxadas em Portugal, caso as declares no IRS. Não existe cruzamento de dados entre as finanças e as instituições financeiras americanas.

Quanto à carteira que sugeres, o nível de risco parece-me apropriado aos teus 38 anos.

Observações:

- Muitos dos ETFs que sugeres fazem distribuição de dividendos, em vez disso eu optaria por ETFs que capitalizam dividendos. Ao capitalizar evitas tributação sobre os mesmos, também poupas em comissões se assumirmos que irias reinvestir os dividendos. Além disso poupa imenso trabalho na gestão da carteira e ficas com mais tempo para as "cervejinhas" :). Nesse campo a db x-trackers é capaz de ser a instituição com mais oferta e dimensão (market-cap).

- Ter dois fundos de Bonds americanas de 10 e 20+ anos não é a melhor forma de diversificação. Porquê? Primeiro porque apenas ganhas exposição ao mercado americano, segundo porque as bonds de 10 e 20+ não são tão descorrelacionadas como por exemplo 3-5 e 20+. Pessoalmente optaria por diversificar geograficamente e por maturidades de curto e longo prazo.

- Ao optares por um fundo que segue o índice EuroSToxx50 para ganhar exposição à Europa, estás a excluir UK, Suíça, Noruega, Suécia and so on. Porque não optar por um índice tipo MSCI Europe?

- O índice do Pacífico é uma boa forma de diversificar por ser o mais descorrelacionado dos mercados desenvolvidos. Japão, Austrália, Nova Zelândia, Singapura e Hong-Kong. Pessoalmente não descuraria neste ponto.

- Quanto às Commodities é uma incógnita, cuidado com exposição excessiva. Para obter exposição ao ouro o ETF Ishares Gold (IAU) tem um TER mais baixo que o GLD.

Boa sorte!
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Re: A minha estratégia de investimento no longo-prazo

por ruiqueiroz » 10/12/2014 16:54

Olá

Invisto há uns anos no mercado e sempre o fiz através de bancos em Portugal. Tendo tido apenas agora o meu momento de clarividência face aos enormes custos que tenho estado a incorrer, quer seja no imposto de mais valia de 28% quer seja nas taxas cobradas, quer em fundos, quer na compra e venda de ações.

Decidi por isso, e seguindo o exemplo que fui lendo aqui e em outros locais, enveredar pelo Investimento Passivo através de ETFs, com um rebalanceamento anual.

Posso faze-lo no meu banco, mas estarei sempre à mercê dos 28% das mais valias e dividendos, bem como taxas altas aquando do rebalanceamento. Sei que nos EUA os dividendos sao a 15% mas nas mais valias não obtive informação, será zero?

Questão 1) Da vossa experiencia com plataformas online, quais as minhas melhores hipoteses ?

Questão 2) Estou a pensar a seguinte carteira em que ponho o ticker em ( ) de cada ETF, alguns sao cotados nos EUA outros na europa, não sei se será a melhor decisão

Ouro (GLD) - 7,5%
Commodities (OD7V) - 7,5%
S&P500 ( SPY ) - 20%
EuroSToxx50 ( DBXE) - 20%
Emergentes ( DBX1) - 10%
USA GOV Bonds 20+ ( TLT) - 20%
USA GOV Bonds 7-10 (BTMA) 10%
REITs - 5% - Tenho neste momento o fundo AGNC estava a pensar manter.

Sugestões?

A minha idade são 38 anos, e ando nisto desde 1987 ;) quando o meu pai me comprou accoes da Beira Vouga, esse portento do turismo nacional!!! Mais à séria entrei em 2005, com valorizações estupendas em fundos asiaticos e brasileiros, claro pagando comissoes tambem estupendas. E desde então ando a comprar e vender fundos e algumas acoes consoante a onda anda. Agora queria estrurar algo e pagar muto menos comissoes, impostos, fees, para gastar mais em cervejinhas.

Obrigado pelo vosso tempo
 
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Re: A minha estratégia de investimento no longo-prazo

por Metallising_ » 9/12/2014 1:56

Penso que essa ferramente não serve para calcular o ROI num portefólio deste género porque o "Amount Invested" tem várias "Start Date", uma vez que vou fazendo reforços ao longo do tempo e não invisto tudo de uma só vez. Para calcular o ROI com precisão teria que incluir na equação todos os reforços que fiz.
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Re: A minha estratégia de investimento no longo-prazo

por VirtuaGod » 8/12/2014 22:51

Metallising_ Escreveu:VirtuaGod, não sei como te dizer o retorno anual. Como chegaste a esse número?


De forma simples sem fazer grandes cálculo de excel uso http://www.pine-grove.com/online-calcul ... ulator.htm

P.S. Cuidado que o sistema de datas do americanos são marados. Mês/dia/ano.
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Re: A minha estratégia de investimento no longo-prazo

por Metallising_ » 8/12/2014 21:19

Mouro_Emprestado, não conhecia essa da tributação a partir de 60k aos herdeiros. No meu caso não me levanta grande preocupação uma vez que a curto/médio-prazo as probabilidades de eu "quinar" de um dia para o outro são baixas, já as probabilidades do sistema de tributação sofrer alterações ou a minha carteira ser transferida para outra correctora qualquer mais vantajosa tem probabilidades mais elevadas. Há ainda a probabilidade de encontrar "formas" de contornar a tributação.
Ocorreu-me que por exemplo os herdeiros podem ter acesso à conta na corretora e fazer movimentações sem informar a morte do titular. Se fosse em Portugal não seria possível uma vez haver cruzamento de dados entre as instituições financeiras e as finanças (que teriam registo do óbito), mas no caso da corretora ser americana isso já não acontece. Imaginemos que o herdeiro "sacava" o dinheiro todo, uma vez que o dinheiro estivesse fora da conta o IRS americano ficava a arder, no entanto não se escapava de declarar às finanças em Portugal. Isto é teoria, na prática não sei se há algum entrave que eu desconheça.

Sim, ninguém sabe qual é a estratégia vencedora, até porque a estratégia vencedora varia consoante o horizonte temporal de cada um. Pessoalmente discordo totalmente em alocar 80% nos US como diz o Bogle.
Quem está actualmente a gastar 15€ para transacionar 1500€ deve procurar alternativas, há muitas.

O ideal seria haver um ETF qualquer com % fixas de exposição aos diferentes mercados e que tratasse do balanceamento automaticamente. Estava o problema resolvido


casdio, existem ETFs desse tipo. Procura equal-weight ETFs.

VirtuaGod, não sei como te dizer o retorno anual. Como chegaste a esse número?

Rick Lusitano, agradeço a extensão. Fica registado, é uma possibilidade para diversificar dentro dos REIT, mas não irei incluir na minha carteira para já.
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Re: A minha estratégia de investimento no longo-prazo

por Tridion » 8/12/2014 13:19

Tridion Escreveu:
Mouro_Emprestado Escreveu:
Tridion Escreveu:Achas que quando pensas em investir a longo prazo só te estás a expor aquilo que sabes?

Qual é o país que achas mais amigo do capital e mais estável do ponto de vista fiscal? Portugal ou os EUA?

Sendo uma lei tão pouco amiga do capital estrangeiro qual será a probabilidade de desaparecer nos próximos 30 anos?

São muitos ses e que vou procurando resolvê-los à medida que vão surgindo.


Claro! Infelizmente, não só 30 anos é muito tempo, como ainda tens de arcar com a incerteza das leis fiscais que estão constantemente a mudar (e que em Portugal não são nada amigas da poupança!)

Mas olha, fazemos o que podemos, com a certeza que não podemos beneficiar de regimes como os ISA, 401k, Roth, etc :|


Vamos navegando à vista. Nunca liguei muito a essa taxa porque faço intenção de repatriar o dinheiro aquando da reforma ou mudar-me para a Flórida. :mrgreen:

Se morrer antes, o problema é menos meu :mrgreen: ´

De qualquer forma, obrigado pela partilha da informação. É mais um questão a ir para a caixinha do planeamento fiscal.


Após ter perdido algum tempo a investigar este assunto, vejo que esta questão não é consensual entre gabinetes de advogados e de consultoria americanos. Tendo lido em alguns papers que aconselhavam os não residentes (pessoas que tem a sua primeira residência fora dos US), que se tivessem a patinar, fossem morrer fora dos US... :mrgreen:

Se assim for, esta questão não afecta o cidadão português que não resida nos US, independentemente da corretora que utilize.
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Re: A minha estratégia de investimento no longo-prazo

por casdio » 7/12/2014 16:46

Sobre ETF's e os mais diversos Indexes, encontrei este pdf de 44 páginas que, parece-me, tem praticamente toda a oferta que por aí há resumida:
http://www.msci.com/resources/pdfs/Exchange_Traded_Products_Based_on_MSCI_Indexes.pdf
 
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Re: A minha estratégia de investimento no longo-prazo

por Mouro_Emprestado » 7/12/2014 12:33

Tridion Escreveu:Vamos navegando à vista. Nunca liguei muito a essa taxa porque faço intenção de repatriar o dinheiro aquando da reforma ou mudar-me para a Flórida. :mrgreen:


Serpentes e furacões? Não obrigado :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:
 
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Re: A minha estratégia de investimento no longo-prazo

por Tridion » 7/12/2014 11:43

Mouro_Emprestado Escreveu:
Tridion Escreveu:Achas que quando pensas em investir a longo prazo só te estás a expor aquilo que sabes?

Qual é o país que achas mais amigo do capital e mais estável do ponto de vista fiscal? Portugal ou os EUA?

Sendo uma lei tão pouco amiga do capital estrangeiro qual será a probabilidade de desaparecer nos próximos 30 anos?

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Claro! Infelizmente, não só 30 anos é muito tempo, como ainda tens de arcar com a incerteza das leis fiscais que estão constantemente a mudar (e que em Portugal não são nada amigas da poupança!)

Mas olha, fazemos o que podemos, com a certeza que não podemos beneficiar de regimes como os ISA, 401k, Roth, etc :|


Vamos navegando à vista. Nunca liguei muito a essa taxa porque faço intenção de repatriar o dinheiro aquando da reforma ou mudar-me para a Flórida. :mrgreen:

Se morrer antes, o problema é menos meu :mrgreen: ´

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Re: A minha estratégia de investimento no longo-prazo

por Mouro_Emprestado » 7/12/2014 11:34

Tridion Escreveu:Achas que quando pensas em investir a longo prazo só te estás a expor aquilo que sabes?

Qual é o país que achas mais amigo do capital e mais estável do ponto de vista fiscal? Portugal ou os EUA?

Sendo uma lei tão pouco amiga do capital estrangeiro qual será a probabilidade de desaparecer nos próximos 30 anos?

São muitos ses e que vou procurando resolvê-los à medida que vão surgindo.


Claro! Infelizmente, não só 30 anos é muito tempo, como ainda tens de arcar com a incerteza das leis fiscais que estão constantemente a mudar (e que em Portugal não são nada amigas da poupança!)

Mas olha, fazemos o que podemos, com a certeza que não podemos beneficiar de regimes como os ISA, 401k, Roth, etc :|
 
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Re: A minha estratégia de investimento no longo-prazo

por Tridion » 7/12/2014 11:28

Mouro_Emprestado Escreveu:
Tridion Escreveu:Então quem tiver acções no valor de 60k na IBM na Gobulling e morrer, os herdeiros têm que declarar ao fisco americano?

Não me parece que faça muito sentido.


O problema não passa por aí .

Tens uma carteira domiciliada nos EUA (IB). Se morreres, o fisco americano vai atrás da IB (enquanto teu substituto tributário), pelo que esta vai entregar esse imposto por conta dos teus herdeiros.

Se tenho certeza 100% no assunto? Não, mas aprendi que nisto dos mercados só nos devemos expor aquilo que sabemos! 8-)

Já agora, fica aqui o link directo do IRS sobre o assunto: http://www.irs.gov/Individuals/Internat ... ax-Returns


Achas que quando pensas em investir a longo prazo só te estás a expor aquilo que sabes?

Qual é o país que achas mais amigo do capital e mais estável do ponto de vista fiscal? Portugal ou os EUA?

Sendo uma lei tão pouco amiga do capital estrangeiro qual será a probabilidade de desaparecer nos próximos 30 anos?

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Re: A minha estratégia de investimento no longo-prazo

por Tridion » 7/12/2014 11:16

Aparentemente tens razão, mas vale tanto para quem tem acções americanas em corretoras americanas como nas corretoras de outros países. A menos que as acções estejam no nome de uma empresa estrangeira.

É uma lei muito socialista e muito pouco amiga do capital estrangeiro, através do planeamento fiscal é possível minimizá-lá...a menos que se bata a bota antes desse planeamento :mrgreen:
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Re: A minha estratégia de investimento no longo-prazo

por Mouro_Emprestado » 7/12/2014 11:13

Tridion Escreveu:Então quem tiver acções no valor de 60k na IBM na Gobulling e morrer, os herdeiros têm que declarar ao fisco americano?

Não me parece que faça muito sentido.


O problema não passa por aí .

Tens uma carteira domiciliada nos EUA (IB). Se morreres, o fisco americano vai atrás da IB (enquanto teu substituto tributário), pelo que esta vai entregar esse imposto por conta dos teus herdeiros.

Se tenho certeza 100% no assunto? Não, mas aprendi que nisto dos mercados só nos devemos expor aquilo que sabemos! 8-)

Já agora, fica aqui o link directo do IRS sobre o assunto: http://www.irs.gov/Individuals/Internat ... ax-Returns
 
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Re: A minha estratégia de investimento no longo-prazo

por Tridion » 7/12/2014 0:41

Mouro_Emprestado Escreveu:
Metallising_ Escreveu:
Mouro_Emprestado Escreveu:Ora, a não ser que tenhas uma carteira bastante grande (vulgo $$$$ ou €€€€), as comissões de compra vão-te levar o lucro todo (atenção ao Capital Gains Tax para carteiras constituídas na IB nos EUA!)

Para além do mais, tornas a tua carteira mais complexa e poderás ter de estar constantemente a fazer rebalanceamentos (mais comissões).

Se queres ter mesmo acesso à maioria dos mercados accionistas, podes procurar por um índice que acompanhe o MSCI World ACWI (85% da capitalização bolsista global), ou então o MSCI World ACWI IMI (aos 85% anteriores junta os mercados fronteira). No justetf.com podes procurar por ETFs que seguem esses (e outros) índices.


Podes desenvolver a questão dos Capital Gains Tax na IB? Teoricamente os ganhos de capitais são taxados no teu país de residência fiscal, daí a tua intervenção me ter feito alguma confusão.


Cuidado com isso! http://www.irs.gov/Individuals/Internat ... ax-Returns

Basicamente, se tiveres uma carteira superior a $ 60k e morreres, os EUA tributam a carteira (e não apenas os ganhos!) relativos a activos registados nos EUA herdados pelos teus herdeiros.

No fórum da bogleheads, tem-se falado sobre isso, dado que é uma regra bastante confusa, aliás o sistema fiscal dos EUA deve ser dos mais complicados que existem (por exemplo, se detiveres um ETF europeu adquirido na IB USA, não se sabe muito bem se se está a salvo ou não dessa tributação).

Por outro lado, duvido que o nosso ADT com os EUA afaste esse tipo de tributação.


Então quem tiver acções no valor de 60k na IBM na Gobulling e morrer, os herdeiros têm que declarar ao fisco americano?

Não me parece que faça muito sentido.

Se uma pessoa morar nos EUA, mas não for americano ou não tiver o green card já faz mais sentido...

Qual o teu nível de certeza neste assunto?

Obrigado.
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Re: A minha estratégia de investimento no longo-prazo

por Rick Lusitano (New) » 7/12/2014 0:01

Metallising_ Escreveu:Rick Lusitano, quanto aos Infrastructure, ainda que os fundamentais sejam convincentes, não encontrei um histórico suficientemente longo da performance para comparar a volatilidade e "resistência" em épocas de bears fortes. Tens info relevante quanto a estes activos que possas postar? Outro aspecto que me deixa de pé atrás está relacionado com os TER desses fundos, os pequenos benefícios que esses ETFs poderiam trazer a um portefólio acabam por ser diluídos nos custos do fundo.


Claro que sim, eu não mando bitaites não fundamentados. :lol:
Tens o MSCI ACWI Infrastructure Index (USD), com histórico com dados pelo menos desde 2000.

MSCI Escreveu:The MSCI ACWI Infrastructure Index captures the global opportunity set of companies that are owners or operators of infrastructure assets. Constituents are selected from the equity universe of MSCI ACWI, the parent index, which covers mid and large cap securities across 23 Developed Markets (DM) and 23 Emerging Markets (EM) countries*. All index constituents are categorized in one of thirteen sub-industries according to the Global Industry Classification Standard (GICS®), which MSCI groups into five infrastructure sectors: Telecommunications, Utilities, Energy, Transportation and Social.

* DM countries include: Australia, Austria, Belgium, Canada, Denmark, Finland, France, Germany, Hong Kong, Ireland, Israel, Italy, Japan, Netherlands, New Zealand, Norway, Portugal, Singapore, Spain, Sweden, Switzerland, the UK and the US. EM countries include: Brazil, Chile, China, Colombia, Czech Republic, Egypt, Greece, Hungary, India, Indonesia, Korea, Malaysia, Mexico, Peru, Philippines, Poland, Russia, Qatar, South Africa, Taiwan, Thailand, Turkey and United Arab Emirates.


Fonte: http://www.msci.com/resources/factsheets/index_fact_sheet/msci-acwi-infrastructure-index.pdf


Eu criei um artigo especifico sobre o sector das infraestruturas, há uns anos atrás (tens o link na 1ª página do meu tópico), após a criação desse artigo, saiu imenso material bibliográfico sobre a matéria. O que demonstra a crescente procura por esse sub-sector.

Tens acesso ás commodities da energia (indirectamente) através das infraestruturas, e com menos volatilidade, REITs sociais, etc. Podes ver algo mais aqui:

https://www.msci.com/resources/factsheets/MSCI_Infrastructure_Indices.pdf






Metallising_ Escreveu:Quantos aos Timber Global, aí "torço o nariz", ainda que seja um sector que me desperta um especial interesse, tenho sérias dúvidas ao nível do investimento. A única forma de o incluir num portefólio seria para obter exposição a commodities do sector agrícola, mas para isso também existe o sector mineiro e petrolifero. A questão é, porquê apontar especificamente para a agricultura?
Uma coisa que ainda não percebi bem, qual a lógica por de trás de misturar REIT e empresas do sector agricola no mesmo ETF?
Concordo com reduzir exposição a commodities, à exepção do ouro.



Tal como as Infraestruturas, a Madeira, são areas que ainda estão muito pouco desenvolvidas a nível de instrumentos financeiros, mas com cada vez mais suscitam mais interesse, sendo que anteriormente, só os investidores institucionais (fundos soberanos, de pensões, de fundações e de universidades e inclusivamente alguns hedge funds) é que tinham acesso, devido á compra directa ou participação nestes negócios através das famosas parcerias público-privadas (PPP ou como também conhecido P3). Sem me aprofundar demasiado nesta matéria, os países e estados, precisam de criar e melhorar infraestruturas, que anteriormente eram financiadas unicamente através da divida pública e municipal, agora precisam de encontrar alternativas de financiamento. Em relação aos Timber REITs, são empresas/fundos que investem em terrenos de florestas, organização e gestão, para além de produção de madeira e derivados. Devido a cada vez uma maior liberalização do sector, devido aos países e estados, não terem capacidade para o reordenamento e gestão das suas áreas florestais, passaram essa tarefa para os privados. De uma forma simples e menos enfadonha do aspecto técnico, e já que também acedes á Investopedia, podes ler sobre estes 2 segmentos de mercados nesse site.


Se tiveres mais curiosidade, experimenta ver os portfólios dos fundos das Universidades de Yale e Havard. :wink:
Fundos à la carte - UCITS (SICAV, OEIC, Unit Trusts, FCP), Investment Trusts & US mutual funds

Fundos de Investimento, Mercados Financeiros, Gestão de Carteiras, Alternative Finance, FinTech
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Re: A minha estratégia de investimento no longo-prazo

por VirtuaGod » 6/12/2014 22:01

Metallising_ Escreveu:Evolução do portefólio desde 02-2012 até 11-2014.

Pelas minhas contas isso deu à volta de 6,1% anualizado. Confirmas?

Abr
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Re: A minha estratégia de investimento no longo-prazo

por casdio » 6/12/2014 21:03

Metallising_ Escreveu:
Não, as percentagens alteram-se consoante o fluxo de capitais. A maioria dos ETFs são Market Capitalization-Weighted.

Market Capitalization-Weighted Vs. Equal Weight -> http://www.investopedia.com/articles/ex ... weight.asp

O "problema" de um fundo como o iShares MSCI ACWI é que não tens poder sobre a alocação e podes acabar altamente exposto a activos que estão fora da tua estratégia. Se tiveres um ETF para cada continente constituinte do iShares MSCI ACWI tens maior controlo sobre o risco que estás a incorrer.


Respondeste à minha pergunta :wink:


Mouro_Emprestado Escreveu:No fim do dia, nenhum de nós sabe qual será a estratégia vencedora para os próximos 30 anos (aumentar a exposição da carteira às small caps ou aos mercados emergentes?). A única coisa que podemos mesmo controlar é os custos com os ETFs. É que gastar € 15 na aquisição de uma participação num ETF € 1,500 sempre são 1%!

Sim, tens toda a razão nesse aspeto.
Vou pensar melhor sobe como resolver este problema, mas passa essencialmente por 2 passos:
1) adquirir o mínimo possível de participações diferentes
2) fazer compras grandes, para que o valor de comissões não ultrapasse os 1% (ou até menos)

O ideal seria haver um ETF qualquer com % fixas de exposição aos diferentes mercados e que tratasse do balanceamento automaticamente. Estava o problema resolvido :lol:

edit:
Uma forma de dar a volta a isto seria ter um ETF dos USA e outro do resto do mundo. Tipo este: http://portfolios.morningstar.com/fund/summary?t=IXUS&region=usa&culture=en-US
50% Europa, 40% asia (16% japao) e 13% mercados emergentes.

Numa carteira de 100.000€ (por exemplo), com 30% dos USA e o resto nisto, ficava:
30% USA
35% Europa
28% Asia
7% America (exceto USA)

Isto inclui 9% de EM

Penso que dá uma boa diversidade em termos de Stocks, apenas com 2 ETF's... :roll:
Editado pela última vez por casdio em 6/12/2014 23:34, num total de 1 vez.
 
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Re: A minha estratégia de investimento no longo-prazo

por Mouro_Emprestado » 6/12/2014 19:23

Metallising_ Escreveu:
Mouro_Emprestado Escreveu:Ora, a não ser que tenhas uma carteira bastante grande (vulgo $$$$ ou €€€€), as comissões de compra vão-te levar o lucro todo (atenção ao Capital Gains Tax para carteiras constituídas na IB nos EUA!)

Para além do mais, tornas a tua carteira mais complexa e poderás ter de estar constantemente a fazer rebalanceamentos (mais comissões).

Se queres ter mesmo acesso à maioria dos mercados accionistas, podes procurar por um índice que acompanhe o MSCI World ACWI (85% da capitalização bolsista global), ou então o MSCI World ACWI IMI (aos 85% anteriores junta os mercados fronteira). No justetf.com podes procurar por ETFs que seguem esses (e outros) índices.


Podes desenvolver a questão dos Capital Gains Tax na IB? Teoricamente os ganhos de capitais são taxados no teu país de residência fiscal, daí a tua intervenção me ter feito alguma confusão.


Cuidado com isso! http://www.irs.gov/Individuals/Internat ... ax-Returns

Basicamente, se tiveres uma carteira superior a $ 60k e morreres, os EUA tributam a carteira (e não apenas os ganhos!) relativos a activos registados nos EUA herdados pelos teus herdeiros.

No fórum da bogleheads, tem-se falado sobre isso, dado que é uma regra bastante confusa, aliás o sistema fiscal dos EUA deve ser dos mais complicados que existem (por exemplo, se detiveres um ETF europeu adquirido na IB USA, não se sabe muito bem se se está a salvo ou não dessa tributação).

Por outro lado, duvido que o nosso ADT com os EUA afaste esse tipo de tributação.



Metallising_ Escreveu:Quanto ao teu último parágrafo, essa abordagem acarreta a problemática levantada pelo casdio.

O iShares MSCI ACWI (ACWI) é composto por 56% de mercado USA e 25% Europa. Estes 56% / 25% mantêm-se sempre? Ou está assim porque o mercado USA tem subido muito nos últimos anos?


Não, as percentagens alteram-se consoante o fluxo de capitais. A maioria dos ETFs são Market Capitalization-Weighted.

Market Capitalization-Weighted Vs. Equal Weight -> http://www.investopedia.com/articles/ex ... weight.asp

O "problema" de um fundo como o iShares MSCI ACWI é que não tens poder sobre a alocação e podes acabar altamente exposto a activos que estão fora da tua estratégia. Se tiveres um ETF para cada continente constituinte do iShares MSCI ACWI tens maior controlo sobre o risco que estás a incorrer.


Nem de propósito, estava à bocado a ler um tópico no Bogleheads sobre a AA a acções internacionais (dum ponto de vista de um americano, mas que também se aplicará deste lado do Atlântico) : http://www.bogleheads.org/forum/viewtop ... 0&t=152274

No fim do dia, nenhum de nós sabe qual será a estratégia vencedora para os próximos 30 anos (aumentar a exposição da carteira às small caps ou aos mercados emergentes?). A única coisa que podemos mesmo controlar é os custos com os ETFs. É que gastar € 15 na aquisição de uma participação num ETF € 1,500 sempre são 1%!
 
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Re: A minha estratégia de investimento no longo-prazo

por Metallising_ » 6/12/2014 18:35

Mouro_Emprestado Escreveu:Ora, a não ser que tenhas uma carteira bastante grande (vulgo $$$$ ou €€€€), as comissões de compra vão-te levar o lucro todo (atenção ao Capital Gains Tax para carteiras constituídas na IB nos EUA!)

Para além do mais, tornas a tua carteira mais complexa e poderás ter de estar constantemente a fazer rebalanceamentos (mais comissões).

Se queres ter mesmo acesso à maioria dos mercados accionistas, podes procurar por um índice que acompanhe o MSCI World ACWI (85% da capitalização bolsista global), ou então o MSCI World ACWI IMI (aos 85% anteriores junta os mercados fronteira). No justetf.com podes procurar por ETFs que seguem esses (e outros) índices.


Podes desenvolver a questão dos Capital Gains Tax na IB? Teoricamente os ganhos de capitais são taxados no teu país de residência fiscal, daí a tua intervenção me ter feito alguma confusão.

Quanto ao teu último parágrafo, essa abordagem acarreta a problemática levantada pelo casdio.

O iShares MSCI ACWI (ACWI) é composto por 56% de mercado USA e 25% Europa. Estes 56% / 25% mantêm-se sempre? Ou está assim porque o mercado USA tem subido muito nos últimos anos?


Não, as percentagens alteram-se consoante o fluxo de capitais. A maioria dos ETFs são Market Capitalization-Weighted.

Market Capitalization-Weighted Vs. Equal Weight -> http://www.investopedia.com/articles/ex ... weight.asp

O "problema" de um fundo como o iShares MSCI ACWI é que não tens poder sobre a alocação e podes acabar altamente exposto a activos que estão fora da tua estratégia. Se tiveres um ETF para cada continente constituinte do iShares MSCI ACWI tens maior controlo sobre o risco que estás a incorrer.

Rick Lusitano, quanto aos Infrastructure, ainda que os fundamentais sejam convincentes, não encontrei um histórico suficientemente longo da performance para comparar a volatilidade e "resistência" em épocas de bears fortes. Tens info relevante quanto a estes activos que possas postar? Outro aspecto que me deixa de pé atrás está relacionado com os TER desses fundos, os pequenos benefícios que esses ETFs poderiam trazer a um portefólio acabam por ser diluídos nos custos do fundo.
Quantos aos Timber Global, aí "torço o nariz", ainda que seja um sector que me desperta um especial interesse, tenho sérias dúvidas ao nível do investimento. A única forma de o incluir num portefólio seria para obter exposição a commodities do sector agrícola, mas para isso também existe o sector mineiro e petrolifero. A questão é, porquê apontar especificamente para a agricultura?
Uma coisa que ainda não percebi bem, qual a lógica por de trás de misturar REIT e empresas do sector agricola no mesmo ETF?
Concordo com reduzir exposição a commodities, à exepção do ouro.

A verdade é que neste momento existe imensa oferta nos mercados financeiros e é possível aceder cada vez a ETFs mais específicos e exóticos. O core do portefólio (diria até 90%) deve ter uma abordagem "clássica" para assegurar que a performance não é influenciada por uma eventual visão errática dos mercados financeiros. Os restantes 10% ficam à disposição do nosso ego onde selecionamos ETFs exóticos que prometem retornos acima dos mercados :P
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Re: A minha estratégia de investimento no longo-prazo

por Mouro_Emprestado » 6/12/2014 17:30

casdio Escreveu:Usar um ETF global seria uma boa ideia, sim. Mas como é que isso funciona em termos de rebalanceamentos? Por exemplo: o mercado dos USA sobe 20% e o Europeu desce 10% (isto nem deve ser possível, mas é só pra dar o exemplo). O que eu deveria fazer seria vender ações do mercado americano para comprar o europeu, de modo a manter as % inciais.


Isso tem uma vantagem e desvantagem em usares apenas um ETF global.

Vantagem: não tens de fazer nenhum rebalanceamento (menos $ em comissões e evitas a tributação de eventuais mais-valia antes da chegada à "reforma").

Desvantagem: determinado bloco geográfico pode começar a ter um peso demasiado elevado no índice (veja-se o caso do Japão antes da crise de 1991). Mas isso mais não é do que o mercado a funcionar.
Aliás, qual peso que queres dar a cada mercado geográfico? :-k

casdio Escreveu:Como funciona com estes ETF's que seguem indícies globais?
O iShares MSCI ACWI (ACWI) é composto por 56% de mercado USA e 25% Europa. Estes 56% / 25% mantêm-se sempre? Ou está assim porque o mercado USA tem subido muito nos últimos anos?


O mercado accionista americano representa cerca de metade da capitalização bolsista mundial e a europeia cerca de um quarto. Isso pode mudar ao longo do tempo, mas não esperes alterações substanciais a não ser que se dê algum cataclismo económico (com a actual globalização económica e financeira, se o mercado americano estoirar, leva com ele todos os outros :? ).
 
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Re: A minha estratégia de investimento no longo-prazo

por casdio » 6/12/2014 16:06

Metallising_ Escreveu:Parece uma boa alocação. Quanto às bonds penso que deves procurar diversificar em TIPS, short-term, long-term e geograficamente (US, Europa, Japão, Emergentes)

Pessoalmente, uso um ETF do Deutsche Bank que me oferece exposição muito diversificada: http://etf.deutscheawm.com/GBR/ENG/Down ... ETF/Retail
Tem a vantagem de ser Euro hedged com um TER razoável.

Obrigado. Parece ter uma boa diversificação, com custos pequenos (0.25%). Vou adicionar à minha watchlist ;)


Mouro_Emprestado Escreveu:
10% de 60% = 6%
5% de 60% = 3%

Ora, a não ser que tenhas uma carteira bastante grande (vulgo $$$$ ou €€€€), as comissões de compra vão-te levar o lucro todo (atenção ao Capital Gains Tax para carteiras constituídas na IB nos EUA!)

Para além do mais, tornas a tua carteira mais complexa e poderás ter de estar constantemente a fazer rebalanceamentos (mais comissões).

Se queres ter mesmo acesso à maioria dos mercados accionistas, podes procurar por um índice que acompanhe o MSCI World ACWI (85% da capitalização bolsista global), ou então o MSCI World ACWI IMI (aos 85% anteriores junta os mercados fronteira). No justetf.com podes procurar por ETFs que seguem esses (e outros) índices.

A questão das comissões é o que mais me está a preocupar. Em termos de % os custos são muito grandes...

Usar um ETF global seria uma boa ideia, sim. Mas como é que isso funciona em termos de rebalanceamentos? Por exemplo: o mercado dos USA sobe 20% e o Europeu desce 10% (isto nem deve ser possível, mas é só pra dar o exemplo). O que eu deveria fazer seria vender ações do mercado americano para comprar o europeu, de modo a manter as % inciais.

Como funciona com estes ETF's que seguem indícies globais?
O iShares MSCI ACWI (ACWI) é composto por 56% de mercado USA e 25% Europa. Estes 56% / 25% mantêm-se sempre? Ou está assim porque o mercado USA tem subido muito nos últimos anos?
 
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Re: A minha estratégia de investimento no longo-prazo

por Mouro_Emprestado » 6/12/2014 10:40

casdio Escreveu:Tenho estado a pensar na distribuição ideal que um portfolio, com este tipo de estratégia, deve ter. Que acham de algo deste genero?

Stocks: 60%
USA: 30%
Europe: 30%
Emerging Markets: 25%
Pacific: 10%
Frontier Markets: 5%


10% de 60% = 6%
5% de 60% = 3%

Ora, a não ser que tenhas uma carteira bastante grande (vulgo $$$$ ou €€€€), as comissões de compra vão-te levar o lucro todo (atenção ao Capital Gains Tax para carteiras constituídas na IB nos EUA!)

Para além do mais, tornas a tua carteira mais complexa e poderás ter de estar constantemente a fazer rebalanceamentos (mais comissões).

Se queres ter mesmo acesso à maioria dos mercados accionistas, podes procurar por um índice que acompanhe o MSCI World ACWI (85% da capitalização bolsista global), ou então o MSCI World ACWI IMI (aos 85% anteriores junta os mercados fronteira). No justetf.com podes procurar por ETFs que seguem esses (e outros) índices.
 
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Re: A minha estratégia de investimento no longo-prazo

por Rick Lusitano (New) » 6/12/2014 2:54

casdio Escreveu:Tenho estado a pensar na distribuição ideal que um portfolio, com este tipo de estratégia, deve ter. Que acham de algo deste genero?

Stocks: 60%
USA: 30%
Europe: 30%
Emerging Markets: 25%
Pacific: 10%
Frontier Markets: 5%

Bonds: 25%

Commodities: 8%

Real Estate: 7%

Nota: isto para uma pessoa de 25 anos. Aos 30 anos seria 30% bonds, aos 40 anos 40%, and so on...


Para complementar a resposta do Metal man. :lol:

Na questão dos Real Assets (e anti-inflação) eu incluiria:

Real Estate Global: 5%
Infrastructure Global: 5%
Timber Global: 2,5%

E reduziria o peso das Commodities para 2,5%

Mas isto é apenas a minha opinião.


Metallising, que tal teres um pouco de Infrastructure na tua própria carteira, é um activo semelhante ao Real Estate, mas é mais defensivo e consistente? E a Timber, inclui REITs e outras empresas especializadas em Madeira e derivados (pasta de papel, polpa, etc), que são também Commodities?
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Re: A minha estratégia de investimento no longo-prazo

por Metallising_ » 5/12/2014 20:03

Parece uma boa alocação. Quanto às bonds penso que deves procurar diversificar em TIPS, short-term, long-term e geograficamente (US, Europa, Japão, Emergentes)

Pessoalmente, uso um ETF do Deutsche Bank que me oferece exposição muito diversificada: http://etf.deutscheawm.com/GBR/ENG/Down ... ETF/Retail
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Re: A minha estratégia de investimento no longo-prazo

por casdio » 4/12/2014 20:45

Tenho estado a pensar na distribuição ideal que um portfolio, com este tipo de estratégia, deve ter. Que acham de algo deste genero?

Stocks: 60%
USA: 30%
Europe: 30%
Emerging Markets: 25%
Pacific: 10%
Frontier Markets: 5%

Bonds: 25%

Commodities: 8%

Real Estate: 7%

Nota: isto para uma pessoa de 25 anos. Aos 30 anos seria 30% bonds, aos 40 anos 40%, and so on...
 
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