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Caldeirão da Bolsa

A minha estratégia de investimento no longo-prazo

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: A minha estratégia de investimento no longo-prazo

por Rick Lusitano (New) » 22/11/2014 18:51

Metallising_ Escreveu:Sim, tens razão.

Tirei a info errada daqui: http://www.ishares.com/us/products/2396 ... er-100-etf
Aparentemente esse ETF ainda não levou actualização.

Info oficial:
http://www.msci.com/products/indexes/co ... gional/em/


Editei o meu post anterior, adicionei mais info, e checka o PDF. :wink:
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Re: A minha estratégia de investimento no longo-prazo

por Metallising_ » 22/11/2014 18:48

Sim, tens razão.

Tirei a info errada daqui: http://www.ishares.com/us/products/2396 ... er-100-etf
Aparentemente esse ETF ainda não levou actualização.

Info oficial:
http://www.msci.com/products/indexes/co ... gional/em/
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Re: A minha estratégia de investimento no longo-prazo

por Rick Lusitano (New) » 22/11/2014 18:41

Metallising_ Escreveu:
Rick Lusitano (New) Escreveu:
Metallising_ Escreveu:E não te esqueças que os FM de hoje, podem ser os EM de amanhã. :wink:


Concordo, mas como sabemos alto retorno = alto risco. Numa primeira análise, no âmbito de uma estratégia de muito longo prazo com portefólio diversificado parece viável incluir FM.

Achei interessante a alocação de sectores, tendo em conta que alguns dos países são grandes produtores de petróleo, fiquei surpreso ao ver que o sector das energias representa apenas 14% do índice. Parece-me bem tendo em conta a volatilidade do preço do petróleo.

Eu seria muito prudente com a percentagem a alocar neste índice, 50% dos constituintes fazem fronteira com Irão, Iraque e Arábia Saúdita, reza a história que não costuma ser coisa boa. Outra coisa que não me agrada, 24% do índice está concentrado no Kuwait, um país mais pequeno que o Alentejo e que tem grande parte da economia concentrada na indústria do petróleo, cheira a esturro.

De qualquer maneira valeu a tua intervenção, será objecto de estudo :P

EDIT: Lista completa dos FM


Kuwait 24.02%
Nigeria 11.62%
Argentina 11.17%
Pakistan 9.19%
Kenya 6.96%
Oman 6.23%
Morocco 5.48%
Kazakhstan 4.41%
Qatar 3.22%
Vietnam 3.19%
Romania 3%
United Arab Emirates 2.92%
Bangladesh 2.9%
Sri Lanka 2.62%
Mauritius 1.19%
Other 1.63%



Falando de cabeça, penso que os UAE e o Quatar, já foram promovidos para EM, pela MSCI, fazendo parte agora do índice MSCI EM.



EDIT:
Podes ver a ficha em PDF da MSCI, sobre o índice "MSCI Frontier Markets" em USD na ligação abaixo:

MSCI Escreveu:The MSCI Frontier Markets Index captures large and mid cap representation across 24 Frontier Markets (FM) countries*. The index includes 127 constituents, covering about 85% of the free float-adjusted market capitalization in each country.

* FM countries include: Argentina, Bahrain, Bangladesh, Bulgaria, Croatia, Estonia, Jordan, Kenya, Kuwait, Lebanon, Lithuania, Kazakhstan, Mauritius, Morocco, Nigeria, Oman, Pakistan, Romania,
Serbia, Slovenia, Sri Lanka, Tunisia, Ukraine and Vietnam.


Sector Weights
Financials 50.11%
Telecommunication Services 15.06%
Energy 11.66%
Consumer Staples 9.62%
Materials 6.02%
Industrials 3.73%
Health Care 2.91%
Consumer Discretionary 0.5%
Utilities 0.38%


Country Weights
Kuwait 25.23%
Nigeria 17.45%
Argentina 8.19%
Pakistan 7.01%
Morocco 6.63%
Other 35.5%



Fonte: MSCI - MSCI Frontier Markets Index (USD) (October 31, 2014)
http://www.msci.com/resources/factsheets/index_fact_sheet/msci-frontier-markets-index.pdf
Editado pela última vez por Rick Lusitano (New) em 22/11/2014 18:50, num total de 1 vez.
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Re: A minha estratégia de investimento no longo-prazo

por Metallising_ » 22/11/2014 17:57

Rick Lusitano (New) Escreveu:
Metallising_ Escreveu:E não te esqueças que os FM de hoje, podem ser os EM de amanhã. :wink:


Concordo, mas como sabemos alto retorno = alto risco. Numa primeira análise, no âmbito de uma estratégia de muito longo prazo com portefólio diversificado parece viável incluir FM.

Achei interessante a alocação de sectores, tendo em conta que alguns dos países são grandes produtores de petróleo, fiquei surpreso ao ver que o sector das energias representa apenas 14% do índice. Parece-me bem tendo em conta a volatilidade do preço do petróleo.

Eu seria muito prudente com a percentagem a alocar neste índice, 50% dos constituintes fazem fronteira com Irão, Iraque e Arábia Saúdita, reza a história que não costuma ser coisa boa. Outra coisa que não me agrada, 24% do índice está concentrado no Kuwait, um país mais pequeno que o Alentejo e que tem grande parte da economia concentrada na indústria do petróleo, cheira a esturro.

De qualquer maneira valeu a tua intervenção, será objecto de estudo :P

EDIT: Lista completa dos FM


Kuwait 24.02%
Nigeria 11.62%
Argentina 11.17%
Pakistan 9.19%
Kenya 6.96%
Oman 6.23%
Morocco 5.48%
Kazakhstan 4.41%
Qatar 3.22%
Vietnam 3.19%
Romania 3%
United Arab Emirates 2.92%
Bangladesh 2.9%
Sri Lanka 2.62%
Mauritius 1.19%
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Re: A minha estratégia de investimento no longo-prazo

por Rick Lusitano (New) » 22/11/2014 16:50

Metallising_ Escreveu:(...)

Rick Lusitano, não me digas que tal como eu perdeste acesso à conta antiga e tiveste que criar uma conta nova? Ai esta memória para as passwords.... Tão novinhos e já tão estragadinhos...

O que são FM? Frontier Markets suponho (após googlar...)?
Quando criei o meu portefólio ainda não haviam desses ETFs e nunca estudei essa possibilidade, de qualquer maneira considero ser um grande tiro no escuro. Muitos desses países não têm uma estrutura política e social sólida. Parece-me demasiada elevada a probabilidade de um grupo de rebeldes entrar à machadada pela assembleia a dentro, tomar posse do governo e nacionalizar as empresas que onde está o meu dinheirinho.
Ok, há mais risco, mas os retornos podem ser muito bons, talvez num próximo reforço estude a possibilidade de incluir, diria até máx 5%.


Tive que criar uma nova conta, graças á migração do fórum para este novo formato. Fiquei sem acesso á minha conta antiga e aos posts que já tinha colocado anteriormente. :wall:

Oh Metal, não sabes o que é FM? Eu até coloquei a negrito. :wink:

Segundo o ETF Database é 13º maior ETF da categoria de Acções de EM, tendo em consideração que retrata os FM, que estão estão excluídos do índice MSCI EM, este é o 1º e maior dos ETFs dos FM. Repara na relação deste ETF com os mercados (Beta). É completamente descorrelaccionado. E não te esqueças que os FM de hoje, podem ser os EM de amanhã. :wink:

ETF Database Escreveu:iShares MSCI Frontier 100 Index Fund (FM)

Assets *
$663,640

Inception
2012-09-12

Expense Ratio
0.79%

Annual Dividend Yield %
2.53%

Beta
-1.13

# of Holdings
131 (% In Top 10 32.59%)

Country Breakdown
Country Percentage
Kuwait 24.18%
Other 16.42%
Nigeria 11.54%
Argentina 10.98%
Pakistan 8.5%
Kenya 6.28%
Morocco 5.49%
Oman 5.33%
Kazakhstan 4.84%
Vietnam 3.29%
Bangladesh 3.15%


* Assets in thousands of U.S. Dollars. Assets and Average Volume as of 2014-11-21 20:19:02 UTC


Fonte: ETF Database - http://etfdb.com/etfdb-category/emerging-markets-equities
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Re: A minha estratégia de investimento no longo-prazo

por casdio » 22/11/2014 15:46

Metallising_ Escreveu:Certo, a liquidez é importante não só para assegurares a venda/compra rápida como para diminuir o spread da transacção. Além disso um ETF com baixa liquidez nem sempre replica com exactidão o indíce que segue. Para contornar esta questão, assumi como "regra" não negociar ETFs com capitalização bolsista inferior a 200 milhões.

Da última vez que sondei corretoras portuguesas a Gobulling era a mais favorável. Pagas 5€ por transacção nas bolsas Euronext (Paris, Lisboa, Bruxelas, Amesterdão), nesses mercados tens acesso a inumeros ETFs com boa liquidez.

A tua carteira não tem nada de "mau", para evitar comissões, no teu lugar deixava assim. A não ser que tenhas uma grande quantia investida e o valor das comissões seja proporcionalmente irrisório.
Em teoria se tiveres 1500€ investidos num fundo da Vanguard, 15€ em comissão de compra é o equivalente a 1%! Se assumires que ganhas 4% ao ano, esse 1% é o equivalente a 3 meses de ganhos bolsistas. Se compras e vendes no mesmo ano então são em comissões são 30€, ou, 2%, mais uma vez se assumires os 4% anuais, pode dizer-se que 50% da rentabilidade foi para pagar comissões. Se estás a começar nos mercados, fica o aviso, as instituições financeiras e corretoras são o pior inimigo do investidor singular.

Desconhecia a GoBulling. Vou investigar, obrigado.

Eu sei que as comissões representam encargos altos e que tem que se ter cuidado com isso. Quando falo em ajustar carteira é comprar mais, não vender. Não me compensa vender tão cedo devido à % gasta em comissões. Aliás, comprar o VBR foi um erro nesse aspeto pq o que paguei em comissões não compensa ter esse ETF em carteira.

No futuro vou ter muito cuidado com isso, já aprendi a lição :wink:
 
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Re: A minha estratégia de investimento no longo-prazo

por Metallising_ » 22/11/2014 13:23

Pedromíb Escreveu:Olá a todos
Tenho uma dúvida que se prende com a fiscalidade.
Quando fazem as contas aos retornos estão tambem a incluir aquilo que fica em impostos.
É que por exemplo se investir 100.000,00€ e ao final de alguns anos de valorização o montante total for por exemplo o dobro, portanto 200.000,00€ do lucro (100.000,00€) 28% são para pagar imposto. Ou seja "só" ficaria com 68.000,00€...
Portanto se um investimento render 10% ao ano na verdade só me está a render 6,8% ou não?


Quando aqui falamos em retornos assume-se que os valores são antes de impostos.
A situação fiscal de cada um varia, 28% não é aplicável para todos os casos. Devido à complexidade fiscal do sistema não é viável falarmos aqui de retornos após impostos, cada um que faça as suas contas.

Rick Lusitano, não me digas que tal como eu perdeste acesso à conta antiga e tiveste que criar uma conta nova? Ai esta memória para as passwords.... Tão novinhos e já tão estragadinhos...

O que são FM? Frontier Markets suponho (após googlar...)?
Quando criei o meu portefólio ainda não haviam desses ETFs e nunca estudei essa possibilidade, de qualquer maneira considero ser um grande tiro no escuro. Muitos desses países não têm uma estrutura política e social sólida. Parece-me demasiada elevada a probabilidade de um grupo de rebeldes entrar à machadada pela assembleia a dentro, tomar posse do governo e nacionalizar as empresas que onde está o meu dinheirinho.
Ok, há mais risco, mas os retornos podem ser muito bons, talvez num próximo reforço estude a possibilidade de incluir, diria até máx 5%.
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Re: A minha estratégia de investimento no longo-prazo

por RubenTocha » 22/11/2014 12:47

Pedromíb Escreveu:Olá a todos
Tenho uma dúvida que se prende com a fiscalidade.
Quando fazem as contas aos retornos estão tambem a incluir aquilo que fica em impostos.
É que por exemplo se investir 100.000,00€ e ao final de alguns anos de valorização o montante total for por exemplo o dobro, portanto 200.000,00€ do lucro (100.000,00€) 28% são para pagar imposto. Ou seja "só" ficaria com 68.000,00€...
Portanto se um investimento render 10% ao ano na verdade só me está a render 6,8% ou não?


Ainda menos creio. Desconta a inflação do ano a que as mais-valias se referem. Para teres uma ideia, em 2011 situou-se nos 3.65%, 2012 nos 1.9%, 2013 0.3%. A isto, ainda tens de acrescentar os custos de transacção, que deve situar-se algo em torno dos 0.5 e 1%, dependendo de cada um. E reza para que a machadada dos 28% não suba.
 
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Re: A minha estratégia de investimento no longo-prazo

por Rick Lusitano (New) » 22/11/2014 3:55

Welcome back Metallising_. É sempre rever bons participantes e tópicos. :clap:

Uma pequena questão que tal o FM? Não pensas ter?
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Re: A minha estratégia de investimento no longo-prazo

por Pedromíb » 22/11/2014 1:30

Olá a todos
Tenho uma dúvida que se prende com a fiscalidade.
Quando fazem as contas aos retornos estão tambem a incluir aquilo que fica em impostos.
É que por exemplo se investir 100.000,00€ e ao final de alguns anos de valorização o montante total for por exemplo o dobro, portanto 200.000,00€ do lucro (100.000,00€) 28% são para pagar imposto. Ou seja "só" ficaria com 68.000,00€...
Portanto se um investimento render 10% ao ano na verdade só me está a render 6,8% ou não?
 
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Re: A minha estratégia de investimento no longo-prazo

por Metallising_ » 21/11/2014 22:48

Certo, a liquidez é importante não só para assegurares a venda/compra rápida como para diminuir o spread da transacção. Além disso um ETF com baixa liquidez nem sempre replica com exactidão o indíce que segue. Para contornar esta questão, assumi como "regra" não negociar ETFs com capitalização bolsista inferior a 200 milhões.

Da última vez que sondei corretoras portuguesas a Gobulling era a mais favorável. Pagas 5€ por transacção nas bolsas Euronext (Paris, Lisboa, Bruxelas, Amesterdão), nesses mercados tens acesso a inumeros ETFs com boa liquidez.

A tua carteira não tem nada de "mau", para evitar comissões, no teu lugar deixava assim. A não ser que tenhas uma grande quantia investida e o valor das comissões seja proporcionalmente irrisório.
Em teoria se tiveres 1500€ investidos num fundo da Vanguard, 15€ em comissão de compra é o equivalente a 1%! Se assumires que ganhas 4% ao ano, esse 1% é o equivalente a 3 meses de ganhos bolsistas. Se compras e vendes no mesmo ano então são em comissões são 30€, ou, 2%, mais uma vez se assumires os 4% anuais, pode dizer-se que 50% da rentabilidade foi para pagar comissões. Se estás a começar nos mercados, fica o aviso, as instituições financeiras e corretoras são o pior inimigo do investidor singular.
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Re: A minha estratégia de investimento no longo-prazo

por casdio » 21/11/2014 14:53

Obrigado pela explicação :wink:

edit: alguém falou aqui na liquidez dos ETFs. Pois bem, eu tinha a ideia de adquirir uns ETFs da ComStage para aproveitar uma promoção do BIG (onde não são cobradas taxas em transações até ao final do ano) e fui agora ver se aquilo tem liquidez. Não tem liquidez praticamente nenhuma, portanto vou manter a minha ideia original de só mexer na carteira lá para março/abril.

Obrigado a quem chamou a atenção para a liquidez :!:
 
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Re: A minha estratégia de investimento no longo-prazo

por Metallising_ » 21/11/2014 14:17

ruicarlov Escreveu:
casdio Escreveu:Mas os emergentes e o pacífico não estão já relacionados? Ou, fazendo a pergunta de outra maneira, que países fazem parte dos mercados emergentes? Quando é que eles deixam de ser considerados emergentes?


É mais fácil dizer quais são os desenvolvidos do Pacífico. Japão, Austrália, Nova Zelândia, Singapura, Hong Kong, Macau. Depois existem os emergentes e os fronteira. Normalmente os índices que representam o Pacífico referem-se aos desenvolvidos.


Exacto. Os indíces do Pacífico seguem só os países desenvolvidos da região.

Muitos países da região do Pacífico aparecem nos indíces dos Emergentes.

MSCI Emerging Markets actual:

China 19.45%
Korea (South) 14.13%
Taiwan 12.31%
Brazil 9.54%
South Africa 7.99%
India 7.34%
Mexico 4.97%
Russian Federation 4.28%
Malaysia 3.8%
Indonesia 2.73%
Thailand 2.31%
Turkey 1.74%
Poland 1.66%
Chile 1.46%
Philippines 1.23%
Other 4.64%
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Re: A minha estratégia de investimento no longo-prazo

por ruicarlov » 21/11/2014 14:01

casdio Escreveu:Mas os emergentes e o pacífico não estão já relacionados? Ou, fazendo a pergunta de outra maneira, que países fazem parte dos mercados emergentes? Quando é que eles deixam de ser considerados emergentes?


É mais fácil dizer quais são os desenvolvidos do Pacífico. Japão, Austrália, Nova Zelândia, Singapura, Hong Kong, Macau. Depois existem os emergentes e os fronteira. Normalmente os índices que representam o Pacífico referem-se aos desenvolvidos.
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Re: A minha estratégia de investimento no longo-prazo

por casdio » 21/11/2014 13:46

Porque isto não vai subir constantemente. Eventualmente vai haver meses/anos maus, quando e quão maus é que ninguém sabe até eles passarem.

Mas os emergentes e o pacífico não estão já relacionados? Ou, fazendo a pergunta de outra maneira, que países fazem parte dos mercados emergentes? Quando é que eles deixam de ser considerados emergentes?
 
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Re: A minha estratégia de investimento no longo-prazo

por Metallising_ » 21/11/2014 13:41

Ebond, no caso de uma queda grande dos mercados não há nada a fazer senão assegurar que as alocações iniciais se mantêm. Pegando no exemplo do estouro em 2008, o que haveria a fazer seria vender parcialmente ouro e bonds (que cairam menos/valorizaram) e alocar esse capital nos ETF de acções que estavam a cair 30%-50%.
Os reforços são feitos quuando há capital disponível para o efeito, respeitando sempre a alocação que inicialmente estava definida. Numa estratégia passiva análises e market timing são ignorados. Pessoalmente, desde que comecei o meu portefólio deixei completamente de acompanhar os mercados, foi o melhor que fiz, poupo na saúde mental, evito stress e ganho mais dinheiro. Aparentemente existem enumeras vantagens quando se deixa de consumir informação publicada nos media, "Low Information Diet" é o termo utilizado. Para os interessados, um artigo sobre o assunto -> http://www.theguardian.com/media/2013/apr/12/news-is-bad-rolf-dobelli


casdio, quem garante que há correção? E qual a dimensão da queda? Se assim fosse, estariamos todos a desfazer-nos dos portefólios à espera da tal tão previsível queda de 50%. :D

Relativamente à tua pergunta não há receita para isso, mas podemos assumir que estar distribuídos da forma mais uniforme possível é vantajoso. Logo se tiveres por exemplo 30% US, 30% Europa, 30% Emergentes, 10% Pacífico dificilmente estarás a mandar um tiro ao lado.
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Re: A minha estratégia de investimento no longo-prazo

por casdio » 21/11/2014 12:38

Tridion Escreveu:Metallising ainda bem que está tudo a correr bem.

casdio para além de REIT, investiria em Ouro, TIPS e commodities. Ninguém sabe para onde o mercado irá e, desta forma, ficas com uma carteira mais diversificada e à prova de futuro.

À medida que fui lendo o tópico fui anotando o que se falava para pesquisar mais tarde. Há muita coisa que foi aqui falada que eu não conheço, portanto vou ter que pesquisar. Mas obrigado pela dica :wink:

mpp21 Escreveu:Sim, o de obrigações também está estupidamente esticado, mas as obrigações são mais suaves nas correcções. O meu horizonte de investimento é superior a 10 anos e não tenho grandes problemas em enfrentar quedas significativas a curto prazo. Mas tens razão, eu concordo com o que dizes. Mas mesmo assim, coloca-se a questão, se sabemos que está para acontecer uma correcção forte nas acções, porque não esperar pacientemente? As obrigações também hão-de corrigir, mas nunca deverá ser como as acções.

O mercado vai levar com uma correção, isso é certo. Mas essa correção tanto pode acontecer para o mês que vem como daqui a um ano. Se ficares à espera que ela aconteça podes vir a perder dinheiro caso isto suba bastante até lá.

Numa estratégia a longo-prazo acho que fazer market timing não é correto. Mesmo que invistas hoje no mercado e isto pra semana caia tudo 10%, a longo-prazo é irrelevante. Futurologia ninguém consegue fazer :wink:

edit: já agora, qual é a %máxima de carteira que aconselham para um qualquer mercado (seja USA, Europa, etc)? Será 30% um bom número (isto é, não ter mais que 30% da carteira alocado a um dado mercado)?
 
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Re: A minha estratégia de investimento no longo-prazo

por ruicarlov » 21/11/2014 12:13

Para mim, numa estratégia de longo-prazo o importante é manter-se fiel ao plano e às alocações. Se o mercado dá uma queda violenta, ou não se faz nada ou vende-se os activos que renderam mais (tipo obrigações) e reforça-se os perdedores (ações) de forma a reequilibrar a carteira para a composição incial. Isto é tanto mais significante quanto maior for a diferença entre os ETFs ganhadores e perdedores. Quando se tem algo inversamente correlacionado com o mercado accionista em tempos de correções (tipo TLT), um rebalanceamento nessas alturas é uma grande vantagem.

Quando aos reforços, na maior parte das situações reforços mensais não são muito benéficos, por razões de custos de negociação. O ideal é associar os reforços ao rebalanceamentos das carteiras. Por exemplo, se houver um setor que tenha levado muita pancada recentemente, uma porção maior do reforço irá para esse ativo.
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Re: A minha estratégia de investimento no longo-prazo

por Ebond » 21/11/2014 0:31

Boa noite.
Antes de mais, parabéns a todos os intervenientes por mais um excelente tópico.
Sou leitor assíduo mas pouco participativo até ao momento.

Sobre a estratégia que tem vindo a ser debatida neste tópico, gostaria de perguntar se na ocorrência de um período negativo para os mercados accionistas como, por exemplo, o que se verificou em 2007/2008 em que os principais Índices Bolsistas caíram 30%, 40%..., fazem alguma alteração de gestão da vossa carteira (nomeadamente venda dos fundos/etf's sobre acções e reforço dos obrigacionistas ou optam simplesmente por sair do mercado, por exemplo..) ou, pelo contrário, mantém atitude passiva e aguardam na expectativa de recuperação a prazo?

Outra dúvida que tenho é sobre os reforços. Quando pretendem reforçar o portefólio fazem alguma análise no sentido de perceber se é o melhor momento - a questão do market timing, ou por exemplo, definirem um plano de reforços mensais e mantêm esse plano independentemente do timing?

Obrigado.
Abc
 
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Re: A minha estratégia de investimento no longo-prazo

por Metallising_ » 20/11/2014 19:54

mpp21 Escreveu:Sim, o de obrigações também está estupidamente esticado, mas as obrigações são mais suaves nas correcções. O meu horizonte de investimento é superior a 10 anos e não tenho grandes problemas em enfrentar quedas significativas a curto prazo. Mas tens razão, eu concordo com o que dizes. Mas mesmo assim, coloca-se a questão, se sabemos que está para acontecer uma correcção forte nas acções, porque não esperar pacientemente? As obrigações também hão-de corrigir, mas nunca deverá ser como as acções.


Considero essa abordagem errada, vai precisamente contra um princípio básico de uma estratégia passiva de longo-prazo. Ninguém sabe quando uma correcção forte nas acções está para acontecer, pode levar uma semana ou uma década. Até haver correcção os ganhos vão-se compondo e quem investe mais cedo, ganha mais, simples.
Se estás reticente quanto aos US, tens a Europa, Pacífico e Emergentes com PE mais baixos.
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Re: A minha estratégia de investimento no longo-prazo

por Artista Romeno » 20/11/2014 19:15

mpp21 Escreveu:Sim, o de obrigações também está estupidamente esticado, mas as obrigações são mais suaves nas correcções. O meu horizonte de investimento é superior a 10 anos e não tenho grandes problemas em enfrentar quedas significativas a curto prazo. Mas tens razão, eu concordo com o que dizes. Mas mesmo assim, coloca-se a questão, se sabemos que está para acontecer uma correcção forte nas acções, porque não esperar pacientemente? As obrigações também hão-de corrigir, mas nunca deverá ser como as acções.


por uma razão simples a meu ver o mercado em termos de CAPE PE está alto mas muito longe de níveis de bolha especulativa, pode demorar anos até vir essa mega correção nas acções dos EUA, ora se não tem importas com a queda fazes a estratégia e deixas correr é o melhor que tens a fazer, com base nesse pressuposto então só se investia em acções nos crashs, quando na minha opinião é melhor entrar em baixo do que em cima mas estamos a meu ver longe de ver um buraco como estes 2Imagem
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essa história que nos 2000 pontos está esticado para mim tem muito de pscicológico e pouco de factual, mas mesmo que estivesse daqui a 20 anos não vai enganar
As opiniões expressas baseiam-se essencialmente em análise fundamental, e na relação entre o valor de mercado dos ativos e as suas perspectivas futuras de negocio, como tal traduzem uma interpretação pessoal da realidade,devendo como tal apenas serem consideradas como uma perspetiva meramente informativa sobre os ativos em questão, não se constituindo como sugestões firmes de investimento
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Re: A minha estratégia de investimento no longo-prazo

por mpp21 » 20/11/2014 19:06

Sim, o de obrigações também está estupidamente esticado, mas as obrigações são mais suaves nas correcções. O meu horizonte de investimento é superior a 10 anos e não tenho grandes problemas em enfrentar quedas significativas a curto prazo. Mas tens razão, eu concordo com o que dizes. Mas mesmo assim, coloca-se a questão, se sabemos que está para acontecer uma correcção forte nas acções, porque não esperar pacientemente? As obrigações também hão-de corrigir, mas nunca deverá ser como as acções.
 
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Re: A minha estratégia de investimento no longo-prazo

por Artista Romeno » 20/11/2014 18:45

mpp21 Escreveu:A minha carteira, ainda que mais simples do que as que aqui foram apresentadas, também está demasiado exposta a obrigações. Tenho consciência disso. Tenho cerca de 70% em obrigações e o resto acções.

Já pensei em aumentar a exposição a acções (também sou novo) mas acabo por não o fazer porque considero (como muita gente) que o mercado acionista actualmente esta esticadissimo e uma correcção forte terá de surgir mais tarde ou mais cedo. Sei que isto é tentar fazer market timing que é precisamente aquilo que não se pretende numa estratégia de investimento deste tipo. Assim acabo por ficar num conflito anterior, porque a teoria diz-me para não reforçar agora em acções, mas a lógica é que o devia fazer...


bom tópico,

eu pensava, mas era mesmo só pensar... que o que estava esticado era o mercado de obrigações :-" , sejamos objectivos mesmo que haja um QE na europa a seguir vem o que o chão.......para quem investe a longo prazo 70% em obrigações é claramente alto demais, aos preços atuais se por exemplo oS&P aos preços atuais está moderadamente alto o que dizer das obrigações euro....... quanto às correções algum dia vão ter que ocorrer mas numa estratégia a 20 ou 30 anos a meu ver esse medo não é tão importante assim, o que importa também ver é o tipo de tolerância às quedas de curto prazo, se for baixa é uma musica e alta outra, se for alta podes por exemplo alocar mais peso a sub classes de ativos mais volateis
1º perfil de investimento leia-se: horinzonte temporal, responder á seguinte pergunta mesmo sabendo que no longo prazo pode render mais se derrepente a carteira caisse 40 o 50% aguentava tal choque( cenário extremo propositado), sou capaz e quero fazer market timing, e se sim com que nível
2º depois de definir o perfil escolhes as classes que queres e decides de por via de etf ou fundo e quais, e há muitas
3º decides quanto alocas, sendo que essa alocação pode variar se fores capaz de fazer essa gestão
pessoalmente não vejo lógica nenhuma em ter mais de 50% que seja em obrigações, só num perfil ultra conservador
As opiniões expressas baseiam-se essencialmente em análise fundamental, e na relação entre o valor de mercado dos ativos e as suas perspectivas futuras de negocio, como tal traduzem uma interpretação pessoal da realidade,devendo como tal apenas serem consideradas como uma perspetiva meramente informativa sobre os ativos em questão, não se constituindo como sugestões firmes de investimento
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Re: A minha estratégia de investimento no longo-prazo

por mpp21 » 20/11/2014 18:31

A minha carteira, ainda que mais simples do que as que aqui foram apresentadas, também está demasiado exposta a obrigações. Tenho consciência disso. Tenho cerca de 70% em obrigações e o resto acções.

Já pensei em aumentar a exposição a acções (também sou novo) mas acabo por não o fazer porque considero (como muita gente) que o mercado acionista actualmente esta esticadissimo e uma correcção forte terá de surgir mais tarde ou mais cedo. Sei que isto é tentar fazer market timing que é precisamente aquilo que não se pretende numa estratégia de investimento deste tipo. Assim acabo por ficar num conflito anterior, porque a teoria diz-me para não reforçar agora em acções, mas a lógica é que o devia fazer...
 
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Re: A minha estratégia de investimento no longo-prazo

por Tridion » 20/11/2014 18:16

Metallising ainda bem que está tudo a correr bem.

casdio para além de REIT, investiria em Ouro, TIPS e commodities. Ninguém sabe para onde o mercado irá e, desta forma, ficas com uma carteira mais diversificada e à prova de futuro.
_______________________________
Bons Negócios
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