EUR/USD - deixando a poeira assentar...
Dj : Sobre Alan Greenspan
Estando previstas duas presenças de Alan Greenspan uma,amanhã, na House Financial Services Committee e depois de amanhã no Congresso, qual dos dias escolherá ele para dizer alguma coisa que influencie os mercados: no 1º no 2º ou nos dois dias?
Qual a comunicação mais importante ?
PS (Só hoje reparei que Alan Greenspan tem "GREEN" no nome ... será coincidência ... tenho andado distraído com a volatilidade ...)
Cmpts
Dark
Qual a comunicação mais importante ?
PS (Só hoje reparei que Alan Greenspan tem "GREEN" no nome ... será coincidência ... tenho andado distraído com a volatilidade ...)
Cmpts
Dark
Obrigado ao SirPatrick e PLPinto por esta interessante discussão.
Por acaso, como tinha dito uma vez num posto do Marco, as LT não são as "coisas" que mais me agradam no Forex. Todavia, a MME 10 dias está agora praticamente em cima de EUR/USD 1.260x, valor que também é o ponto pivot de semana. Podem encontrar os valores da semana no começo do tópico, como sempre.
Dir-se-ia que temos uma boa fronteira entre a força dos longos e dos curtos.
Tirando isso, no curtíssimo prazo, apesar de continuarmos ainda em clima de higher lows e higher highs, continua a consolidação com um ligeiro bias de alta !! Recorde-se que é necessário passarmos aquele 1.28 para atacar 1.29, sendo este máximo a barreira para um arranque mais forte que seria ainda um ataque às intenções do BCE.
Quanto a volatilidade, estamos conversados... apesar dos apelos dos tais dirigentes e apesar destes fechos diários muito próximos desde sexta-feira, a volatilidade intradiária continua a ser superior a 100 pips, o que sinaliza um mercado mais dinâmico do que as cotações de fecho podem fazer crer.
Hoje, o fecho deve ser um pouco abaixo do de ontem...
Enquanto isso, palmas para as divisas de elevado rendimento... continua o espantoso carry trade proporcionado pela elevada liquidez em USD.
Máximos à justa do AUD e mais à vontade do Cable e do Kiwi.
O Euro não rende tanto, deverá ter mais dificuldade em subir, mas...
amanhã temos um grande evento: o discurso semestral de Greenspan no Congresso dos EUA.
O mercado procura pistas sobre a elevação dos juros. Será em breve? Ou fica para o segundo semestre?
Isso deverá mexer com a cotação do EUR/USD, uma vez que na Europa, a maioria dos responsáveis não afirma nada que possa colocar em causa o rally dos últimos tempos !!
O EUR/USD está em 1.2685, um pouco abaixo do fecho de ontem.
Até mais
dj
Por acaso, como tinha dito uma vez num posto do Marco, as LT não são as "coisas" que mais me agradam no Forex. Todavia, a MME 10 dias está agora praticamente em cima de EUR/USD 1.260x, valor que também é o ponto pivot de semana. Podem encontrar os valores da semana no começo do tópico, como sempre.
Dir-se-ia que temos uma boa fronteira entre a força dos longos e dos curtos.
Tirando isso, no curtíssimo prazo, apesar de continuarmos ainda em clima de higher lows e higher highs, continua a consolidação com um ligeiro bias de alta !! Recorde-se que é necessário passarmos aquele 1.28 para atacar 1.29, sendo este máximo a barreira para um arranque mais forte que seria ainda um ataque às intenções do BCE.
Quanto a volatilidade, estamos conversados... apesar dos apelos dos tais dirigentes e apesar destes fechos diários muito próximos desde sexta-feira, a volatilidade intradiária continua a ser superior a 100 pips, o que sinaliza um mercado mais dinâmico do que as cotações de fecho podem fazer crer.
Hoje, o fecho deve ser um pouco abaixo do de ontem...
Enquanto isso, palmas para as divisas de elevado rendimento... continua o espantoso carry trade proporcionado pela elevada liquidez em USD.
Máximos à justa do AUD e mais à vontade do Cable e do Kiwi.
O Euro não rende tanto, deverá ter mais dificuldade em subir, mas...
amanhã temos um grande evento: o discurso semestral de Greenspan no Congresso dos EUA.
O mercado procura pistas sobre a elevação dos juros. Será em breve? Ou fica para o segundo semestre?
Isso deverá mexer com a cotação do EUR/USD, uma vez que na Europa, a maioria dos responsáveis não afirma nada que possa colocar em causa o rally dos últimos tempos !!
O EUR/USD está em 1.2685, um pouco abaixo do fecho de ontem.
Até mais
dj
Cuidado com o que desejas pois todo o Universo pode se conjugar para a sua realização.
...
PLPinto,
De facto, dessa forma, fica um aspecto bem diferente. No entanto, prefiro retirar importância ao facto de as LTs terem de ser paralelas... e procurar o maior número de pontos de contacto...
O meu target continua a ser 1,260X... de qualquer modo os stops servem para proteger as posições.. que se adquiriram por más análises.. é para isso que ele lá está!
SirPatrick
De facto, dessa forma, fica um aspecto bem diferente. No entanto, prefiro retirar importância ao facto de as LTs terem de ser paralelas... e procurar o maior número de pontos de contacto...
O meu target continua a ser 1,260X... de qualquer modo os stops servem para proteger as posições.. que se adquiriram por más análises.. é para isso que ele lá está!

SirPatrick
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forex... 10-fev-04
Boas...
Está um pouco complicado o gráfico, mas penso que será uma hipotese no curtissimo prazo... e o último trade possível para hoje...
A linha cinzenta tem menos pontos de validação, mas é mais "paralela" à LT inferior do canal. Penso que o próximo movimento será novo toque nesta LT... a valores perto de 1,2600.... 1/3 agora... 1/3 na quebra do mínimo relativo dos 1,269X... e 1/3 na quebra do 1,265X....
Stop apertado a 1,2740.
SirPatrick
Está um pouco complicado o gráfico, mas penso que será uma hipotese no curtissimo prazo... e o último trade possível para hoje...
A linha cinzenta tem menos pontos de validação, mas é mais "paralela" à LT inferior do canal. Penso que o próximo movimento será novo toque nesta LT... a valores perto de 1,2600.... 1/3 agora... 1/3 na quebra do mínimo relativo dos 1,269X... e 1/3 na quebra do 1,265X....
Stop apertado a 1,2740.
SirPatrick
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Muito bem, bons dias !!
Começa tudo a ficar mais claro e a poeira assentou...
Muita gente na zona Euro tem bom senso e acaba por não entrar em pânico com a questão da subida do Euro.
Vejamos este excerto de informação:
Feb. 10 (Bloomberg) -- The euro rose to the highest in a month against the dollar in London after European Central Bank Chief Economist Otmar Issing said he disapproves of short-term action to try to influence exchange rates.
Issing, one of the bank's 18 policy makers, said in an interview with the German newspaper Sueddeutsche Zeitung the euro's gain helps slow inflation and ``there is no point in unleashing a short burst of fire.''
European officials are ``fairly comfortable with the level of the euro so far,'' Monica Fan, a currency strategist in London at Royal Bank of Canada, said in a televised interview with Bloomberg News. ``The market will test their resolve and confidence at $1.30.''
Against the dollar, the euro rose to $1.2771 at 10:03 a.m. in London from $1.2700 late yesterday in New York, according to EBS prices. The European currency climbed to 134.60 yen from 134.09. Versus the yen, the dollar fell to 105.40 from 105.57.
European Monetary Affairs Commissioner Pedro Solbes said the region's finance ministers didn't discuss currencies on the first day of their monthly meeting yesterday. Ministers including Austria's Karl-Heinz Grasser and Belgium's Didier Reynders said they are banking on Saturday's Group of Seven condemnation of ``excess volatility'' to slow the euro's rise against the dollar.
``The euro rose yesterday after the G-7 statement, but it didn't really take off because there was speculation finance ministers would discuss selling euros,'' said Aziz McMahon, a currency strategist in London at ABN Amro Holding NV. ``Now that it didn't happen, people have more confidence buying the euro.''
`Good for Europe'
In other trading, the dollar weakened to its lowest since September 1992 against the pound. It also slipped against the Swiss franc, the Australian dollar and the Canadian dollar. Gold prices rose.
ECB council member Ernst Welteke yesterday ruled out immediate sales of the currency. Asked if the ECB would cut interest rates or sell euros, he said ``we're not in that situation right now.''
``A strong and stable euro is good for Europe,'' said Spanish Economy Minister Rodrigo Rato as he arrived for a second day of meetings in Brussels. Grasser dismissed the effect of a further euro appreciation on growth as ``just minor.''
The comments have ``whetted the appetite of the market to see when the ECB would come in,'' Lee Ferridge, head of currency strategy in London at Rabobank Groep NV, said in a televised interview with Bloomberg News in London. ``They could come in at $1.31, $1.32. They will try and catch the market long.''
Exports, Inflation
Europe's single currency increased 20 percent against the dollar in 2003 and added 1.2 percent this year, making exports by companies such as Siemens AG more expensive and hampering Europe's recovery from the weakest economic growth in a decade.
The central bank forecasts an inflation rate of about 1.8 percent for 2004, below the ECB's 2 percent limit. In January, inflation stayed at 2 percent as the euro's appreciation curbed the cost of imports.
The yen declined against the euro after Japan's parliament made 21 trillion yen ($198.6 billion) available to the Ministry of Finance for sales of the currency. The amount is more than the 20.4 trillion yen Japan sold last year and equates to around a quarter of Japan's foreign currency reserves.
The money was approved by the legislature yesterday along with an extra budget for the fiscal year ending March 31. The Ministry of Finance is also seeking a 40 trillion yen allocation for currency purchases for next fiscal year. It ordered record sales of 7.15 trillion yen in the four weeks to Jan. 28.
Japan `Cleared'
Finance Minister Sadakazu Tanigaki said on Saturday the call for ``more flexibility'' in exchange rates wasn't aimed at Japan, suggesting G-7 countries won't oppose efforts to stem the yen's 13 percent rally in the past six months.
``Japan is cleared both of financial and political constraints,'' said Minoru Shioiri, foreign exchange manager in Tokyo at Mitsubishi Securities Co., a unit of Japan's biggest bank by market value. ``It will continue to sell its currency.''
The dollar also weakened on speculation Federal Reserve Chairman Alan Greenspan, who is testifying to Congress tomorrow on the economy and interest rates, will signal an increase in the bank's target interest rate isn't imminent.
``Greenspan is unlikely to hint at a rate increase,'' said Xinyi Lu, chief strategist at UFJ Bank Ltd. in Tokyo, a unit of Japan's fourth-largest lender. ``The dollar remains on a weakening path because of the lower interest rate.''
Vários dirigentes Europeus mostram tranquilidade em relação ao forex, ao contrário do Japão que já tem mais dinheiro em caixa para combater a queda do dólar. Na zona Euro, o problema ainda não se coloca.
Não é de admirar que hoje o EUR/USD já tenha feito 1.2790, acima da resistência apontada. O dólar cai mais sobretudo face às moedas high yield e ainda cai um pouco perante o Yen. Em relação a este, será difícil esperar uma grande volatilidade.
O que é que parece que se está a preparar?
Os tubarões farão um esforço para levar o EUR/USD até 1.29 com o intuíto de quebrar este máximo do ano. Se o conseguirem, vão atrair as mãos fracas. Caso o par passe 1.30, poderá haver a mesma euforia verificada antes, após quebra de 1.20 !!
Aí, os tubarões reduzem aos poucos, enquanto a coração sobe a 1.30 - 1.32 onde o BCE deverá, aí sim, falar ou agir de outro modo, queimando os longos mais recentes.
Para já, parece ser o cenário mais coerente. Havendo já uma ameaça de intervenção (num patamar acima do actual, claro), o mercado terá a tendência para testar a determinação do Banco Central.
Até ao fim desta semana, o mercado poderá entrar na primeira fase desta subida, desafiando 1.29 !!
Um abraço
dj
Começa tudo a ficar mais claro e a poeira assentou...
Muita gente na zona Euro tem bom senso e acaba por não entrar em pânico com a questão da subida do Euro.
Vejamos este excerto de informação:
Feb. 10 (Bloomberg) -- The euro rose to the highest in a month against the dollar in London after European Central Bank Chief Economist Otmar Issing said he disapproves of short-term action to try to influence exchange rates.
Issing, one of the bank's 18 policy makers, said in an interview with the German newspaper Sueddeutsche Zeitung the euro's gain helps slow inflation and ``there is no point in unleashing a short burst of fire.''
European officials are ``fairly comfortable with the level of the euro so far,'' Monica Fan, a currency strategist in London at Royal Bank of Canada, said in a televised interview with Bloomberg News. ``The market will test their resolve and confidence at $1.30.''
Against the dollar, the euro rose to $1.2771 at 10:03 a.m. in London from $1.2700 late yesterday in New York, according to EBS prices. The European currency climbed to 134.60 yen from 134.09. Versus the yen, the dollar fell to 105.40 from 105.57.
European Monetary Affairs Commissioner Pedro Solbes said the region's finance ministers didn't discuss currencies on the first day of their monthly meeting yesterday. Ministers including Austria's Karl-Heinz Grasser and Belgium's Didier Reynders said they are banking on Saturday's Group of Seven condemnation of ``excess volatility'' to slow the euro's rise against the dollar.
``The euro rose yesterday after the G-7 statement, but it didn't really take off because there was speculation finance ministers would discuss selling euros,'' said Aziz McMahon, a currency strategist in London at ABN Amro Holding NV. ``Now that it didn't happen, people have more confidence buying the euro.''
`Good for Europe'
In other trading, the dollar weakened to its lowest since September 1992 against the pound. It also slipped against the Swiss franc, the Australian dollar and the Canadian dollar. Gold prices rose.
ECB council member Ernst Welteke yesterday ruled out immediate sales of the currency. Asked if the ECB would cut interest rates or sell euros, he said ``we're not in that situation right now.''
``A strong and stable euro is good for Europe,'' said Spanish Economy Minister Rodrigo Rato as he arrived for a second day of meetings in Brussels. Grasser dismissed the effect of a further euro appreciation on growth as ``just minor.''
The comments have ``whetted the appetite of the market to see when the ECB would come in,'' Lee Ferridge, head of currency strategy in London at Rabobank Groep NV, said in a televised interview with Bloomberg News in London. ``They could come in at $1.31, $1.32. They will try and catch the market long.''
Exports, Inflation
Europe's single currency increased 20 percent against the dollar in 2003 and added 1.2 percent this year, making exports by companies such as Siemens AG more expensive and hampering Europe's recovery from the weakest economic growth in a decade.
The central bank forecasts an inflation rate of about 1.8 percent for 2004, below the ECB's 2 percent limit. In January, inflation stayed at 2 percent as the euro's appreciation curbed the cost of imports.
The yen declined against the euro after Japan's parliament made 21 trillion yen ($198.6 billion) available to the Ministry of Finance for sales of the currency. The amount is more than the 20.4 trillion yen Japan sold last year and equates to around a quarter of Japan's foreign currency reserves.
The money was approved by the legislature yesterday along with an extra budget for the fiscal year ending March 31. The Ministry of Finance is also seeking a 40 trillion yen allocation for currency purchases for next fiscal year. It ordered record sales of 7.15 trillion yen in the four weeks to Jan. 28.
Japan `Cleared'
Finance Minister Sadakazu Tanigaki said on Saturday the call for ``more flexibility'' in exchange rates wasn't aimed at Japan, suggesting G-7 countries won't oppose efforts to stem the yen's 13 percent rally in the past six months.
``Japan is cleared both of financial and political constraints,'' said Minoru Shioiri, foreign exchange manager in Tokyo at Mitsubishi Securities Co., a unit of Japan's biggest bank by market value. ``It will continue to sell its currency.''
The dollar also weakened on speculation Federal Reserve Chairman Alan Greenspan, who is testifying to Congress tomorrow on the economy and interest rates, will signal an increase in the bank's target interest rate isn't imminent.
``Greenspan is unlikely to hint at a rate increase,'' said Xinyi Lu, chief strategist at UFJ Bank Ltd. in Tokyo, a unit of Japan's fourth-largest lender. ``The dollar remains on a weakening path because of the lower interest rate.''
Vários dirigentes Europeus mostram tranquilidade em relação ao forex, ao contrário do Japão que já tem mais dinheiro em caixa para combater a queda do dólar. Na zona Euro, o problema ainda não se coloca.
Não é de admirar que hoje o EUR/USD já tenha feito 1.2790, acima da resistência apontada. O dólar cai mais sobretudo face às moedas high yield e ainda cai um pouco perante o Yen. Em relação a este, será difícil esperar uma grande volatilidade.
O que é que parece que se está a preparar?
Os tubarões farão um esforço para levar o EUR/USD até 1.29 com o intuíto de quebrar este máximo do ano. Se o conseguirem, vão atrair as mãos fracas. Caso o par passe 1.30, poderá haver a mesma euforia verificada antes, após quebra de 1.20 !!
Aí, os tubarões reduzem aos poucos, enquanto a coração sobe a 1.30 - 1.32 onde o BCE deverá, aí sim, falar ou agir de outro modo, queimando os longos mais recentes.
Para já, parece ser o cenário mais coerente. Havendo já uma ameaça de intervenção (num patamar acima do actual, claro), o mercado terá a tendência para testar a determinação do Banco Central.
Até ao fim desta semana, o mercado poderá entrar na primeira fase desta subida, desafiando 1.29 !!
Um abraço
dj
Cuidado com o que desejas pois todo o Universo pode se conjugar para a sua realização.
Antes de mais, respondendo aqui ao visitante:
Só um recuo do par até 1.26 e quebra forte de 1.2540/60 dará espaço para um novo teste a 1.2330 !!
Acima de 1.26, teremos sempre a possibilidade de assalto a 1.2775 e quem sabe aos máximos de Janeiro.
De facto, o EUR/USD subiu, para recuar e estabilizar um pouco abaixo do fecho de de sexta-feira que foi de 1.2702 !! Estamos, então, 20 pips abaixo desse valor, isto quando a sessão de NY se aproxima do fim, tendo sido sonolenta demais, comparando com a abertura asiática e depois a europeia.
Penso que ao longo da semana teremos informações mais interessantes.
Na Europa, a reunião da Ecofin falará da subida do Euro, amanhã.
Na América, Greenspan, falará de Economia perante o Congresso, quarta-feira.
Portanto, há factores de sobra para causarem um certo movimento.
Um abraço
djovarius
Só um recuo do par até 1.26 e quebra forte de 1.2540/60 dará espaço para um novo teste a 1.2330 !!
Acima de 1.26, teremos sempre a possibilidade de assalto a 1.2775 e quem sabe aos máximos de Janeiro.
De facto, o EUR/USD subiu, para recuar e estabilizar um pouco abaixo do fecho de de sexta-feira que foi de 1.2702 !! Estamos, então, 20 pips abaixo desse valor, isto quando a sessão de NY se aproxima do fim, tendo sido sonolenta demais, comparando com a abertura asiática e depois a europeia.
Penso que ao longo da semana teremos informações mais interessantes.
Na Europa, a reunião da Ecofin falará da subida do Euro, amanhã.
Na América, Greenspan, falará de Economia perante o Congresso, quarta-feira.
Portanto, há factores de sobra para causarem um certo movimento.
Um abraço
djovarius
Cuidado com o que desejas pois todo o Universo pode se conjugar para a sua realização.
Viva,
Tudo bem? Bom, na época do artigo sobre o efeito Janeiro, referi que ele podia, como no passado, ultrapassar um pouco os limites do primeiro mês do ano, no máximo uma a duas semanas.
Na semana passada, relembrei que este ano a primeira semana de Fevereiro podia ser acrescentada, mas mais do que isso não era necessário.
Se este ano, o efeito resultar, o EUR/USD não passará de 1.29 (tenho as minhas dúvidas) ou não cairá abaixo de 1.23 (algumas dúvidas também). Umas das duas acontecerá, certo?
Mas, o facto de este indicador ter resultado em 10 dos últimos 10 anos, não quer dizer que seja infalível. Não há regra sem excepção.
Ainda assim, a minha primeira inclinação seria para subidas calmas acima de 1.29 até um novo topo, para depois corrigirmos sem, nesse caso sem vir muito abaixo.
Agora, se testarmos novamente 1.29 sem sucesso, poderemos vir a questionar as subidas.
Mas o ano é longo e ainda muita água vai correr. Eles não querem volatilidade, mas o mercado pode bem não lhes obedecer de todo.
Um abraço
dj
Tudo bem? Bom, na época do artigo sobre o efeito Janeiro, referi que ele podia, como no passado, ultrapassar um pouco os limites do primeiro mês do ano, no máximo uma a duas semanas.
Na semana passada, relembrei que este ano a primeira semana de Fevereiro podia ser acrescentada, mas mais do que isso não era necessário.
Se este ano, o efeito resultar, o EUR/USD não passará de 1.29 (tenho as minhas dúvidas) ou não cairá abaixo de 1.23 (algumas dúvidas também). Umas das duas acontecerá, certo?
Mas, o facto de este indicador ter resultado em 10 dos últimos 10 anos, não quer dizer que seja infalível. Não há regra sem excepção.
Ainda assim, a minha primeira inclinação seria para subidas calmas acima de 1.29 até um novo topo, para depois corrigirmos sem, nesse caso sem vir muito abaixo.
Agora, se testarmos novamente 1.29 sem sucesso, poderemos vir a questionar as subidas.
Mas o ano é longo e ainda muita água vai correr. Eles não querem volatilidade, mas o mercado pode bem não lhes obedecer de todo.
Um abraço
dj
Cuidado com o que desejas pois todo o Universo pode se conjugar para a sua realização.
Com a vela negra de sexta no Dólar fiquei com a convicção que o dólar deverá cair (infelizmente para quem investe no EUA), digo isto porque na sexta quebrou o pequeno suporte que formou ao longo do mês de janeiro, e no Euro passou-se o contrário
Agora eu recordo-te o teu excelente artigo que fizestes acerca do "efeito de Janeiro", lembras-te ? já tens um prognóstico quanto aos máximos/minimos ?
Um abraço
Agora eu recordo-te o teu excelente artigo que fizestes acerca do "efeito de Janeiro", lembras-te ? já tens um prognóstico quanto aos máximos/minimos ?
Um abraço
"Os simples conselhos, recomendações ou informações não responsabilizam quem os dá, ainda que haja negligência da sua parte" (Art. 485º do Código Civil)
Bom dia,
Muito rapidamente, passagem pelo Caldeirão, para dar conta de que a poeira está a assentar rapidamente.
O mercado cambial vai se libertando dos estigmas dos G-7 e seguindo o seu caminho.
Os tais gaps teóricos abertos ontem à noite na maioria dos crosses foram sendo fechados, um a um.
Mais importante, o Cable voltou, ao passar 1.86 a bater máximos dos últimos 11 anos !!
O USD/JPY está estável, mas as moedas high yield, tal como a Libra e o dólar Australiano sobem mais.
O EUR/USD, sobe, mas menos, tendo atingido valores pouco acima de 1.2760 e estabilizado em 1.2740/50 !!
Se prevalecer esta tendência, poderemos ter um caminho lento mas persistente até perto de 1.29 onde teríamos um duplo topo ou um arranque.
Uma notícia que está a ter algum efeito: A Al-Qaeda poderá ter adquirido os meios para fabricar bombas atómicas tácticas, mas deverá faltar-lhe tecnologia para concretizar esse objectivo (felizmente).
Seja como for, foi um lembrete para a questão do terrorismo que sempre pesa sobre o USD. Por outro lado, Bush, foi à NBC reiterar a sua política de recuperação económica, confirmando os cortes de impostos e o défice orçamental para auxiliar a retoma, o que, não sendo totalmente negativo para o dólar, acaba por pesar também.
Penso que hoje é suficiente para o mercado se reconfigurar perante todas as novidades, que até não são tão significativas !!
Um abraço
djovarius
Muito rapidamente, passagem pelo Caldeirão, para dar conta de que a poeira está a assentar rapidamente.
O mercado cambial vai se libertando dos estigmas dos G-7 e seguindo o seu caminho.
Os tais gaps teóricos abertos ontem à noite na maioria dos crosses foram sendo fechados, um a um.
Mais importante, o Cable voltou, ao passar 1.86 a bater máximos dos últimos 11 anos !!
O USD/JPY está estável, mas as moedas high yield, tal como a Libra e o dólar Australiano sobem mais.
O EUR/USD, sobe, mas menos, tendo atingido valores pouco acima de 1.2760 e estabilizado em 1.2740/50 !!
Se prevalecer esta tendência, poderemos ter um caminho lento mas persistente até perto de 1.29 onde teríamos um duplo topo ou um arranque.
Uma notícia que está a ter algum efeito: A Al-Qaeda poderá ter adquirido os meios para fabricar bombas atómicas tácticas, mas deverá faltar-lhe tecnologia para concretizar esse objectivo (felizmente).
Seja como for, foi um lembrete para a questão do terrorismo que sempre pesa sobre o USD. Por outro lado, Bush, foi à NBC reiterar a sua política de recuperação económica, confirmando os cortes de impostos e o défice orçamental para auxiliar a retoma, o que, não sendo totalmente negativo para o dólar, acaba por pesar também.
Penso que hoje é suficiente para o mercado se reconfigurar perante todas as novidades, que até não são tão significativas !!
Um abraço
djovarius
Cuidado com o que desejas pois todo o Universo pode se conjugar para a sua realização.
...poeira ...
Mais uma vez, parabéns pela clareza e objectividade da análise
.
Mas uma pergunta me fica. De que serve uma cimeira se o que parece importar é a mensagem que cada G envia de fora para dentro do seu próprio país ?
Como se comprende que o Japão defenda tudo e o contrário de tudo ?
Não haverá aqui algo de estranho ? Será que Boca Raton trará segurança aos mercados ? Pode ser ... mas não me parece...
Cmpts
Dark

Mas uma pergunta me fica. De que serve uma cimeira se o que parece importar é a mensagem que cada G envia de fora para dentro do seu próprio país ?
Como se comprende que o Japão defenda tudo e o contrário de tudo ?
Não haverá aqui algo de estranho ? Será que Boca Raton trará segurança aos mercados ? Pode ser ... mas não me parece...

Cmpts
Dark
EUR/USD - deixando a poeira assentar...
Saudações e óptima semana,
Nas últimas duas semanas, o mercado cambial mostrou um crescente nervosismo à medida que se aproximavam dados decisivos que tivessem a capacidade de mudar o rumo recente dos acontecimentos. Era certo que após dois anos de bear market do USD alguns operadores esperavam alguma reacção "oficial" e essa só poderia vir de um conclave onde se reunem de 3 em 3 meses as nações mais poderosas (pelo menos em teoria) do mundo industrializado. No último destes encontros, no Dubai, devido ao comunicado final, ficou no ar uma percepção, talvez exagerada, de que o caminho certo para o USD, seria o das descidas. Na realidade, não era necessário falar nada pois o mercado já tinha traçado o destino a uma moeda que combinava hiperliquidez e juros reais negativos numa Economia que sendo a maior do mundo não conseguia crescer o suficiente para afastar o espectro dos défices estruturais. Por isso, criaram-se expectativas das quais temos vindo a falar semana após semana. Uma das mais importantes era a de que a economia norte-americana poderia já estar a crescer a um ritmo sustentável de modo a serem criados mais postos de trabalho. Bom, o crescimento até pode estar a entrar nos eixos, após importantes estímulos e facilitismo monetário, mas o ritmo de contratações não é ainda satisfatório, tanto mais que o ambiente do mundo globalizado é favorável à "exportação" de postos de trabalho. Por outro lado, a América passou, em menos de 30 anos, de uma economia agro-industrial a uma economia de serviços e agora a uma economia financeira, uma paradigma novo, mas já aceite pelos observadores. Nesse sentido, há uma distorção evidente entre crescimento económico e postos de trabalho convencionais. Para contrariar essa situação, teria que se assistir a um ressurgimento da indústria o que só é possível se a América poder importar menos e exportar mais. Nas actuais condições, tal só seria possível com uma desvalorização ordeira do USD. Neste caso, a palavra ordeira justifica-se por outra razão: um dólar em queda é desejável mas não ao ponto de destabilizar os mercados financeiros, verdadeiro "proxy" da economia dos EUA.
Com tudo isto, não se pode considerar uma surpresa a reacção do Forex aos números do desemprego na passada sexta-feira. Uma venda geral de dólares que "provocou" um alívio em diversos mercados, sobretudo nos emergentes, pois temia-se uma inversão das tendências actuais, alimentada pelo excesso de liquidez dolarizada. Por outro lado, os números do "money supply" nos EUA não mentem: após alguma contracção monetária até Dezembro, o mês de Janeiro voltou a bater recordes históricos de massa monetária. A cedência de liquidez terá ultrapassado no mês os 70 mil milhões de dólares (Wally agradece a eventual ajuda a novas subidas) o que tem consequências óbvias: mais oferta de dólares nos mercados internacionais. Para ajudar à festa, a emissão de dívida em dólares, por parte de empresas e Estados, também bate recordes.
É neste quadro que chegámos a Boca Raton. E é caso para dizer que a política (ou politicagem) falou mais alto. Ninguém queria perder a face e todos conseguiram-no. Para os Americanos, era importante sinalizar que não havia motivos para intervenções oficiais no Forex. Os mercados devem actuar livremente. Afinal, neste ano de eleições, fica muito bem fazer crer aos industriais que a América está do lado deles, contra o avanço dos produtos estrangeiros (mesmo sabendo-se que o Americano médio adora produtos importados). Para o Japão, era importante não ser alvo de críticas, apesar da constante intervenção unilateral nos câmbios, apoiando tudo o que ficasse escrito, mesmo que não seja para cumprir à risca (aqui a protecção ao sector exportador é efectiva, sob risco de nova recessão). A este propósito, mal acabou a cimeira dos G-7, o Japão reiterou a sua política de intervenção, fazendo letra morta da sua participação no comunicado final.
E para a Europa? O único problema da Europa em relação ao Forex, é o facto de pagar (quase) sózinha a factura do ajuste estrutural a que os EUA têm de se sujeitar. Se a China, outros asiáticos e alguns grandes emergentes não deixam as suas moedas cairem face ao USD, o Euro serve de tubo de escape para a pressão vendedora. Claro que a questão não é tão grave como parece, mas mais uma vez prevaleceu a política. Os dirigentes europeus têm um discurso em relação ao Forex para consumo interno, mas a realidade é diferente. Senão, seria até contraditório pedir aos EUA que tentassem corrigir os seus défices sem queda do dólar. O fardo político é maior do que o económico. Os dirigentes europeus vão assim iludir o "lobby" industrial alemão fazendo-o crer que tudo acabará bem. Se assim não fosse, um dia mais tarde, seriam também os sindicatos, oposições, etc... a contestarem os actuais dirigentes.
A única solução para a Europa num quadro de competição global passa por vários ajustes. Num quadro favorável (juros e inflação em baixa) há que fazer reformas internas, como a Alemanha já está a tentar elaborar ao nível laboral - portanto questões que interferem mais com a micro do que com a macro economia.
A verdade é que outros países estão a sofrer do mesmo mal, como o Reino Unido, Austrália ou a Nova Zelândia, por via dos seus "high yields", mas a zona Euro é a que mais faz "barulho" em torno desta questão. É mesmo uma questão política. Repare-se que mesmo hoje, o Euro ainda está longe dos máximos históricos de 1992 e a Libra Inglesa mais ainda dos máximos da década de setenta face ao USD. O mercado, salvo intervenções concertadas em contrário, saberá procurar as moedas que mais rendem e sobretudo saberá reconhecer quando se aproxima o próximo ciclo de quedas ou subidas de juros do país X e da moeda Y !! E isso fará sempre a diferença no mercado de câmbios flutuantes, sendo tudo o resto igual.
E que dizer da "volatilidade em excesso"?? Quando se diz ao mercado que algo não é desejável, a maior probabilidade que podemos antever é a do mercado fazer exactamente o contrário do solicitado. Também se pode ter volatilidade em excesso, sem que as cotações mudem muito, como se viu nas últimas duas semanas. Agora, quando por "volatilidade em excesso" se pretende verdadeiramente atribuir outro significado, sendo este "valorizações em excesso", as coisas podem-se complicar, em termos de análise.
Mais uma vez, temos de nos socorrer da história. Felizmente, neste caso, é uma história recente, já nos tempos do Euro "verdadeiro". Foi em Abril de 1999 que numa reunião semelhante, desta feita em Washington, se utilizou um discurso contra a volatilidade em excesso. Desta vez, a intenção era a oposta. O USD, que não parava de subir desde meados de 1995, continuava a sua saga sem dar sinais de abrandamento. Se em Janeiro de 1999 o EUR/USD cotava ainda a 1.17, nos finais de Abril já valia somente 1.06 !! Contra essa subida do dólar, os G-7 emitiram um comunicado muito semelhante ao de Boca Raton. Resultado!? Nada aconteceu a não ser mais subidas do USD, tendo rapidamente atingido a paridade com o Euro e, posteriormente, ainda se valorizou mais 15% no ano seguinte.
Não queremos afirmar que a história se repete, assim sem mais nem menos, ao ponto de no momento a mensagem da cimeira ser ignorada como o foi na época. Todavia, pode acontecer, há muitas possibilidades de virmos a assistir a movimentos de recuo no EUR/USD tão fortes quanto as subidas, resultando numa subida semestral ou anual menos intensa. Há que acreditar que o BCE pretende leves subidas e não 15 a 20% de valorização do Euro face ao dólar. Os próximos dias, após a poeira assentar, revelarão se o mercado repete 1999 ou dá ouvidos aos G-7. Têm a palavra os tubarões do Fx...
Uma última palavra para um factor que vai começar a pesar em breve, já que os mercados antecipam tudo e mais alguma coisa: as eleições americanas de Novembro. Aparentemente G. Bush terá um adversário à altura, o senador J. Kerry. Ainda não é muito certo dizer de qual deles o mercado gosta mais. Mas o que é certo é que o mercado não gosta de incertezas. E se as sondagens indicarem indecisão do eleitorado ao longo dos próximos tempos, certamente a "volatilidade" vai regressar.... e em força total !!
Vejamos agora os gráficos: o horário, lá em baixo, mostra que é normal um recuo após a forte subida de sexta-feira. No semanal e no diário confirma-se o regresso à tendência de alta no EUR/USD, com o par claramente acima da MME de 5 / 10 / 25 dias. Portanto agora, um bias entre o neutral/altista !! Temos que verificar o que acontece depois do mercado absorver (máximo 2 dias) as mensagens políticas do G-7 !! Do ponto de vista técnico e fundamental, as subidas iriam continuar após importante consolidação temporal. Mas a percepção do mercado pode mesmo mudar, como vimos lá atrás.
E o nosso ciclo semanal normal fica agora em:
1.24 - 1.2850, sendo o ponto pivot 1.26
O ciclo alargado está em:
1.23 - 1.29 (mais volátil)
Atenção a esta pequena actualização:
Resistências: 1.2720 / 1.2775 / 1.28 / 1.2850 / 1.2880 / 1.29 / 1.30
Suportes: 1.2650 / 1.26 / 1.2560 (decisivo) / 1.25 / 1.2470 / 1.2410 / 1.2350 / 1.2330
Quanto às posições abertas do Euro no IMM, contratos de futuros em Chicago, temos que referir o seguinte: os especuladores grandes aumentaram as posições curtas em Euro, enquanto os pequenos specs e os hedgers aumentaram as longas. Interessante será ver os números da próxima semana.
Longos Curtos
Large Speculators 25% 9%
Small Speculators 36% 23%
Industry Hedgers 39% 68%
Excelente semana a todos !! Óptimos negócios! Vamos ver o que acontece agora no Forex e nos mercados em geral.
Um grande abraço
djovarius
Nas últimas duas semanas, o mercado cambial mostrou um crescente nervosismo à medida que se aproximavam dados decisivos que tivessem a capacidade de mudar o rumo recente dos acontecimentos. Era certo que após dois anos de bear market do USD alguns operadores esperavam alguma reacção "oficial" e essa só poderia vir de um conclave onde se reunem de 3 em 3 meses as nações mais poderosas (pelo menos em teoria) do mundo industrializado. No último destes encontros, no Dubai, devido ao comunicado final, ficou no ar uma percepção, talvez exagerada, de que o caminho certo para o USD, seria o das descidas. Na realidade, não era necessário falar nada pois o mercado já tinha traçado o destino a uma moeda que combinava hiperliquidez e juros reais negativos numa Economia que sendo a maior do mundo não conseguia crescer o suficiente para afastar o espectro dos défices estruturais. Por isso, criaram-se expectativas das quais temos vindo a falar semana após semana. Uma das mais importantes era a de que a economia norte-americana poderia já estar a crescer a um ritmo sustentável de modo a serem criados mais postos de trabalho. Bom, o crescimento até pode estar a entrar nos eixos, após importantes estímulos e facilitismo monetário, mas o ritmo de contratações não é ainda satisfatório, tanto mais que o ambiente do mundo globalizado é favorável à "exportação" de postos de trabalho. Por outro lado, a América passou, em menos de 30 anos, de uma economia agro-industrial a uma economia de serviços e agora a uma economia financeira, uma paradigma novo, mas já aceite pelos observadores. Nesse sentido, há uma distorção evidente entre crescimento económico e postos de trabalho convencionais. Para contrariar essa situação, teria que se assistir a um ressurgimento da indústria o que só é possível se a América poder importar menos e exportar mais. Nas actuais condições, tal só seria possível com uma desvalorização ordeira do USD. Neste caso, a palavra ordeira justifica-se por outra razão: um dólar em queda é desejável mas não ao ponto de destabilizar os mercados financeiros, verdadeiro "proxy" da economia dos EUA.
Com tudo isto, não se pode considerar uma surpresa a reacção do Forex aos números do desemprego na passada sexta-feira. Uma venda geral de dólares que "provocou" um alívio em diversos mercados, sobretudo nos emergentes, pois temia-se uma inversão das tendências actuais, alimentada pelo excesso de liquidez dolarizada. Por outro lado, os números do "money supply" nos EUA não mentem: após alguma contracção monetária até Dezembro, o mês de Janeiro voltou a bater recordes históricos de massa monetária. A cedência de liquidez terá ultrapassado no mês os 70 mil milhões de dólares (Wally agradece a eventual ajuda a novas subidas) o que tem consequências óbvias: mais oferta de dólares nos mercados internacionais. Para ajudar à festa, a emissão de dívida em dólares, por parte de empresas e Estados, também bate recordes.
É neste quadro que chegámos a Boca Raton. E é caso para dizer que a política (ou politicagem) falou mais alto. Ninguém queria perder a face e todos conseguiram-no. Para os Americanos, era importante sinalizar que não havia motivos para intervenções oficiais no Forex. Os mercados devem actuar livremente. Afinal, neste ano de eleições, fica muito bem fazer crer aos industriais que a América está do lado deles, contra o avanço dos produtos estrangeiros (mesmo sabendo-se que o Americano médio adora produtos importados). Para o Japão, era importante não ser alvo de críticas, apesar da constante intervenção unilateral nos câmbios, apoiando tudo o que ficasse escrito, mesmo que não seja para cumprir à risca (aqui a protecção ao sector exportador é efectiva, sob risco de nova recessão). A este propósito, mal acabou a cimeira dos G-7, o Japão reiterou a sua política de intervenção, fazendo letra morta da sua participação no comunicado final.
E para a Europa? O único problema da Europa em relação ao Forex, é o facto de pagar (quase) sózinha a factura do ajuste estrutural a que os EUA têm de se sujeitar. Se a China, outros asiáticos e alguns grandes emergentes não deixam as suas moedas cairem face ao USD, o Euro serve de tubo de escape para a pressão vendedora. Claro que a questão não é tão grave como parece, mas mais uma vez prevaleceu a política. Os dirigentes europeus têm um discurso em relação ao Forex para consumo interno, mas a realidade é diferente. Senão, seria até contraditório pedir aos EUA que tentassem corrigir os seus défices sem queda do dólar. O fardo político é maior do que o económico. Os dirigentes europeus vão assim iludir o "lobby" industrial alemão fazendo-o crer que tudo acabará bem. Se assim não fosse, um dia mais tarde, seriam também os sindicatos, oposições, etc... a contestarem os actuais dirigentes.
A única solução para a Europa num quadro de competição global passa por vários ajustes. Num quadro favorável (juros e inflação em baixa) há que fazer reformas internas, como a Alemanha já está a tentar elaborar ao nível laboral - portanto questões que interferem mais com a micro do que com a macro economia.
A verdade é que outros países estão a sofrer do mesmo mal, como o Reino Unido, Austrália ou a Nova Zelândia, por via dos seus "high yields", mas a zona Euro é a que mais faz "barulho" em torno desta questão. É mesmo uma questão política. Repare-se que mesmo hoje, o Euro ainda está longe dos máximos históricos de 1992 e a Libra Inglesa mais ainda dos máximos da década de setenta face ao USD. O mercado, salvo intervenções concertadas em contrário, saberá procurar as moedas que mais rendem e sobretudo saberá reconhecer quando se aproxima o próximo ciclo de quedas ou subidas de juros do país X e da moeda Y !! E isso fará sempre a diferença no mercado de câmbios flutuantes, sendo tudo o resto igual.
E que dizer da "volatilidade em excesso"?? Quando se diz ao mercado que algo não é desejável, a maior probabilidade que podemos antever é a do mercado fazer exactamente o contrário do solicitado. Também se pode ter volatilidade em excesso, sem que as cotações mudem muito, como se viu nas últimas duas semanas. Agora, quando por "volatilidade em excesso" se pretende verdadeiramente atribuir outro significado, sendo este "valorizações em excesso", as coisas podem-se complicar, em termos de análise.
Mais uma vez, temos de nos socorrer da história. Felizmente, neste caso, é uma história recente, já nos tempos do Euro "verdadeiro". Foi em Abril de 1999 que numa reunião semelhante, desta feita em Washington, se utilizou um discurso contra a volatilidade em excesso. Desta vez, a intenção era a oposta. O USD, que não parava de subir desde meados de 1995, continuava a sua saga sem dar sinais de abrandamento. Se em Janeiro de 1999 o EUR/USD cotava ainda a 1.17, nos finais de Abril já valia somente 1.06 !! Contra essa subida do dólar, os G-7 emitiram um comunicado muito semelhante ao de Boca Raton. Resultado!? Nada aconteceu a não ser mais subidas do USD, tendo rapidamente atingido a paridade com o Euro e, posteriormente, ainda se valorizou mais 15% no ano seguinte.
Não queremos afirmar que a história se repete, assim sem mais nem menos, ao ponto de no momento a mensagem da cimeira ser ignorada como o foi na época. Todavia, pode acontecer, há muitas possibilidades de virmos a assistir a movimentos de recuo no EUR/USD tão fortes quanto as subidas, resultando numa subida semestral ou anual menos intensa. Há que acreditar que o BCE pretende leves subidas e não 15 a 20% de valorização do Euro face ao dólar. Os próximos dias, após a poeira assentar, revelarão se o mercado repete 1999 ou dá ouvidos aos G-7. Têm a palavra os tubarões do Fx...
Uma última palavra para um factor que vai começar a pesar em breve, já que os mercados antecipam tudo e mais alguma coisa: as eleições americanas de Novembro. Aparentemente G. Bush terá um adversário à altura, o senador J. Kerry. Ainda não é muito certo dizer de qual deles o mercado gosta mais. Mas o que é certo é que o mercado não gosta de incertezas. E se as sondagens indicarem indecisão do eleitorado ao longo dos próximos tempos, certamente a "volatilidade" vai regressar.... e em força total !!
Vejamos agora os gráficos: o horário, lá em baixo, mostra que é normal um recuo após a forte subida de sexta-feira. No semanal e no diário confirma-se o regresso à tendência de alta no EUR/USD, com o par claramente acima da MME de 5 / 10 / 25 dias. Portanto agora, um bias entre o neutral/altista !! Temos que verificar o que acontece depois do mercado absorver (máximo 2 dias) as mensagens políticas do G-7 !! Do ponto de vista técnico e fundamental, as subidas iriam continuar após importante consolidação temporal. Mas a percepção do mercado pode mesmo mudar, como vimos lá atrás.
E o nosso ciclo semanal normal fica agora em:
1.24 - 1.2850, sendo o ponto pivot 1.26
O ciclo alargado está em:
1.23 - 1.29 (mais volátil)
Atenção a esta pequena actualização:
Resistências: 1.2720 / 1.2775 / 1.28 / 1.2850 / 1.2880 / 1.29 / 1.30
Suportes: 1.2650 / 1.26 / 1.2560 (decisivo) / 1.25 / 1.2470 / 1.2410 / 1.2350 / 1.2330
Quanto às posições abertas do Euro no IMM, contratos de futuros em Chicago, temos que referir o seguinte: os especuladores grandes aumentaram as posições curtas em Euro, enquanto os pequenos specs e os hedgers aumentaram as longas. Interessante será ver os números da próxima semana.
Longos Curtos
Large Speculators 25% 9%
Small Speculators 36% 23%
Industry Hedgers 39% 68%
Excelente semana a todos !! Óptimos negócios! Vamos ver o que acontece agora no Forex e nos mercados em geral.
Um grande abraço
djovarius
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