Viver de rendimentos
Re: Viver de rendimentos
Dr Tretas Escreveu:rg7803 Escreveu:Oh homem a "ford transit" é uma metáfora...
Uma ford transit é um azar dos grandes, um imprevisto significativo ao plano!
Aaahhh, uma metáfora...
Bom, "imprevistos significaticos ao plano" podem acontecer em qualquer situação, estando empregado também pode haver imprevistos (por exemplo, falência do empregador).
Desculpa a franqueza mas já vi que és limitado. E és limitado porque nem percebeste o que escrevi quando metaforizei com a "ford transit" nem aparentemente sabes o que seja uma metáfora. Para que não fiques ignorante na mesma, e com expressão asinina ao ler o que os outros escrevem, explico-te o que é uma e outra: uma metáfora é um género de comparação em que há a omissão duma particula comparativa (exemplo: "grande como o sol", isto é uma comparação; "a pata-hari é uma flor" isto é uma metáfora).
Quanto aos imprevistos só uma mente completamente iluminada podia chegar a essa conclusão: podem ocorrer em ambos os casos! Bravo! Experimenta saltar dum avião em altitude com e sem para-quedas. Garanto-te que entenderás rapidamente a diferença.
“Buy high, sell higher...”.
Re: Viver de rendimentos
Se gostas do teu emprego e não queres fazer outra coisa com a vida até aos 65 anos então continua, somos todos diferentes.
Não querer fazer outra coisa?
Então mas não é possível ter emprego e fazer tantas outras coisas?
Conheço pessoas que, por exemplo, o sonho delas é conhecer o mundo. Trabalham num país estrangeiro, ganham acima da média e não trabalham em companhias aéreas. Idade na casa dos 30s. Posso contar pelos dedos todos das mãos e dos pés (provavelmente ainda tenho de pedir mais alguns emprestados), os países que já foram nas férias (alguns repetidos). Alguns que me recordo muito rapidamente:
Brasil, Usa, índia, Cabo Verde, Turquia, México, Cuba, França, Espanha, uk, Moçambique , angola, recentemente ao dubai...
Quantos de nos já fez essa proeza (fora os que trabalham em companhias aéreas)? Seria possível fazer isso para um rapaz de 25anos, "reformado"e com 100k no bolso?Sem fazer uns trabalhitos de vez em quando (e mesmo assim...) , duvido. Só as passagens de avião para o outro lado do oceano....ole

Para mim por exemplo, já me contentava com areia branca, calor, palmeiras, água salgada, basicamente uma praia paradisiaca e umas meninas a servirem umas margaritas, canhas e essas tretas todas. Quando quiser conhecer um país, ligo o canal geografic. Embora não seja a mesma coisa, já dá para decidir o que me interessa visitar.
Re: Viver de rendimentos
Dr Tretas Escreveu:rg7803 Escreveu:Oh homem a "ford transit" é uma metáfora...
Uma ford transit é um azar dos grandes, um imprevisto significativo ao plano!
Aaahhh, uma metáfora...
Bom, "imprevistos significaticos ao plano" podem acontecer em qualquer situação, estando empregado também pode haver imprevistos (por exemplo, falência do empregador).
Nem em todos os países, na Venezuela as empresas estão proibidas de falir, porque é proibido despedir funcionários, aconteça o que acontecer.
Lose your opinion, not your money
Re: Viver de rendimentos
rg7803 Escreveu:Oh homem a "ford transit" é uma metáfora...
Uma ford transit é um azar dos grandes, um imprevisto significativo ao plano!
Aaahhh, uma metáfora...

Bom, "imprevistos significaticos ao plano" podem acontecer em qualquer situação, estando empregado também pode haver imprevistos (por exemplo, falência do empregador).
Re: Viver de rendimentos
Dr Tretas Escreveu:rg7803 Escreveu:...até vir a malvada da ford transit pela casa a dentro e arruinar os nossos planos mirificos, como dizia outro companheiro uns dias atrás...
Abraço e bom fim semana.
Não percebo este argumento da Ford Transit. Será que estar empregado diminui a probabilidade de sermos mutilados por carrinhas que entram pela casa dentro sem convite?![]()
Ora, ter emprego acarreta os seus próprios riscos específicos, como acidentes de trabalho e o risco de ser despedido. Obriga a uma competição pouco saudável com os colegas, que se traduz em stress e doenças coronárias.
E por outro lado, fazer um seguro de acidentes pessoais não é muito caro, custa menos de 0,1% anual sobre o capital da apólice, pelo que vi agora mesmo em simulações. Assim, para 500k€ só precisava de pagar 500 € por ano. Não é que o dinheiro me fosse dar grande prazer ficando tetraplégico, mas bom...
Oh homem a "ford transit" é uma metáfora...
Uma ford transit é um azar dos grandes, um imprevisto significativo ao plano!
“Buy high, sell higher...”.
Re: Viver de rendimentos
rg7803 Escreveu:...até vir a malvada da ford transit pela casa a dentro e arruinar os nossos planos mirificos, como dizia outro companheiro uns dias atrás...
Abraço e bom fim semana.
Não percebo este argumento da Ford Transit. Será que estar empregado diminui a probabilidade de sermos mutilados por carrinhas que entram pela casa dentro sem convite?

Ora, ter emprego acarreta os seus próprios riscos específicos, como acidentes de trabalho e o risco de ser despedido. Obriga a uma competição pouco saudável com os colegas, que se traduz em stress e doenças coronárias.
E por outro lado, fazer um seguro de acidentes pessoais não é muito caro, custa menos de 0,1% anual sobre o capital da apólice, pelo que vi agora mesmo em simulações. Assim, para 500k€ só precisava de pagar 500 € por ano. Não é que o dinheiro me fosse dar grande prazer ficando tetraplégico, mas bom...

Re: Viver de rendimentos
Se gostas do teu emprego e não queres fazer outra coisa com a vida até aos 65 anos então continua, somos todos diferentes.
Isso é incoerente com o título do tópico "viver de rendimentos".....
Re: Viver de rendimentos
rg7803 Escreveu:GrandeCapitalista Escreveu:Se colocas a fasquia em 1 ou 2 milhões quer dizer que não te queres reformar. A vida da muitas voltas mas no fim morres, se nao fizeste nada com o teu tempo e seguiste o bom senso da maioria podes arrepender-te de ter sido tão pouco arrojado. Quem quer muita segurança antes de avancar raramente faz coisas com a sua vida. Isto aplica-se não so a materia em discussão mas a tudo.
Mas o que é isso de ser arrojado!?
É viver num pardieiro (porque a renda é baixa ou foi herdado), jantar todas as noites sopa de nabiças (porque são muito nutritivas e estavam em promoção no "pingo roxo") e fazer férias na fonte da telha, porque sou preguiçoso?
Mete na cabeça um par de coisas:
-primeiro, nem toda a gente odeia o seu emprego, e dalguma forma sente que (com) a sua acção (nesse trabalho) faz deste mundo um lugar menos mau
-segundo, os critérios do que será uma "vida decente e aceitável" variam tanto quantas pessoas hà no mundo...
Eu, pessoalmente, se tivesse de fazer uma vida como o amigo metalizado preferia pendurar-me numa figueira...
Se gostas do teu emprego e não queres fazer outra coisa com a vida até aos 65 anos então continua, somos todos diferentes.
Re: Viver de rendimentos
Eu, pessoalmente, se tivesse de fazer uma vida como o amigo metalizado preferia pendurar-me numa figueira...
A questão é que tu estás a associar "qualidade de vida" àquilo que o dinheiro pode comprar. Sem dinheiro, não consegues ver alternativas, porque estás em default mode. É sobre isso que tenho estado a falar desde o início, alguns dos posts são escritos com o sentido de sensibilizar as pessoas para analisar as coisas de outra forma e repensar um pouco sobre alternativas.
Pessoalmente, não vejo o meu percurso como uma alternativa. Vejo como a única opção viável. Se o ritmo de consumo e exploração de recursos continua assim, como será o "Planeta Azul" daqui a umas décadas quando a população mundial já estiver duplicado? A sociedade precisa de evoluir, isso passa por abrandar o ritmo primeiro. One step back, two steps further.
Re: Viver de rendimentos
frugal Escreveu:zecatreca_1 Escreveu:Não sei se viram a reportagem da sic "caseiros, cultos e polivalentes ".
Achei piada .
Principalmente a parte da renda de 800euros mensais.
O indivíduo chega a falar em "auto reformar-se".
![]()
já deveriam ter trocado há mt tempo
gastaram muito por ano e puff
Fui ver esta história e há algo que me escapa pois as contas não me parecem bater certo.
O casal decidiu aos 40 anos abandonar tudo e ir para o Brasil, em jeito de "auto-reforma" e investiram num negócio. Até parece que as coisas por lá estavam a correr bem, dava para pagar as despesas mas decidiram voltar devido à insegurança em 2009. Em 2013 estão pré-falidos.
Assumindo que gastavam em média 3.000 Euros por mês (penso que até é exagerado mas...), pelas minhas contas este casal saiu do Brasil com, o quê, 200.000 Euros? Se o negócio lá dava para pagar as despesas então o valor das poupanças quando se auto-reformaram não havia de ser muito diferente...
Se o objectivo da "auto-reforma" era viver dos rendimentos, então penso que o erro crasso que cometeram foi terem parado de trabalhar demasiado cedo, pois ainda não tinham capital suficiente para o nível de vida que pretendiam e, na minha opinião, até mesmo para um nível de vida modesto.
Por outro lado, se com a "auto-reforma" pretendiam ser trabalhadores independentes, durante 9 anos correu bem mas ao terem voltado para Portugal e após 1/2 anos no máximo sem trabalho já deveriam ter antecipado este dia, provavelmente foram demasiado optimistas ao pensar que iriam conseguir arranjar algo. Ainda assim não os podemos culpar pelo desemprego, existem imensos casos de pessoas nesta faixa etária e de semelhante formação e experiência com bastante dificuldade em arranjar um trabalho, e esta situação de pré-falência mais tarde ou mais cedo ia acontecer tivessem eles muito ou pouco amealhado.
Cumps.
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Re: Viver de rendimentos
Elias Escreveu:Sr_SNiper Escreveu:Eu diria que o orçamento expande-se quase sempre para lá do orçamento...
Penso que querias escrever "para lá do rendimento", certo?
Esse fenómeno que descreves tornou-se mais frequente a partir do momento em que o acesso ao crédito passou a ser mais fácil.
Isto está relacionado (indirectamente) com o "Keynes effect"?
Wikipedia Escreveu:The Keynes effect is a term used in economics to describe a situation where a change in interest rates affects expenditure more than it affects savings.
As prices fall, a given nominal amount of money will become a larger real amount. As a result the interest rate will fall and investment demanded rises.
Fonte: Wikipedia, the free encyclopedia - Keynes effect
http://en.wikipedia.org/wiki/Keynes_effect
Fundos à la carte:
Finanças e investmentos
Finance and Investments
Finances et investissements
Finanzas y inversiones
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财务及投资作出
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Re: Viver de rendimentos
Sr_SNiper Escreveu:Eu diria que o orçamento expande-se quase sempre para lá do orçamento...
Penso que querias escrever "para lá do rendimento", certo?
Esse fenómeno que descreves tornou-se mais frequente a partir do momento em que o acesso ao crédito passou a ser mais fácil.
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Re: Viver de rendimentos
Elias Escreveu:frugal Escreveu:penso que as pessoas adequam os seus gastos aos seus ganhos e estão sempre individadas
Exacto. Há uma máxima que diz isso mesmo: "o orçamento expande-se até absorver todo o rendimento disponível".
Eu diria que o orçamento expande-se quase sempre para lá do orçamento...
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Re: Viver de rendimentos
frugal Escreveu:penso que as pessoas adequam os seus gastos aos seus ganhos e estão sempre individadas
Exacto. Há uma máxima que diz isso mesmo: "o orçamento expande-se até absorver todo o rendimento disponível".
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Re: Viver de rendimentos
GrandeCapitalista Escreveu:joaoventura Escreveu:GrandeCapitalista Escreveu:As pessoas não querem ser livres, tem medo
não vais convencer o pessoal
Boas,
sigo este tópico desde a sua criação, mas respondo apenas para dizer que neste fórum não vale a pena apelares a argumentos "emocionais". Aqui ninguém precisa de ser convencido!
Se querem partilhar informação, técnicas, dificuldades, etc., é tudo positivo e é o objectivo deste tópico e deste fórum. Agora, "evangelizar" e usar argumentos do tipo "sou mais santo que tu" servem apenas para desvirtuar tudo o que já foi dito nestas 20 e tal páginas..
Eu não quero convencer ninguem, antes pelo contrário. As maioria das pessoas gosta de ter uma segurança que sente que perde com demasiada liberdade. Não ha mal nisso, somos todos diferentes. Discutir informação não adianta quando as pessoas procuras obstaculos por não se conhecerem. Quantos aqui demitiam-se se tivessem 500 000 euros? Praticamente ninguem, porque tem medo. O medo é a coisa mais importante da nossa vida e raramente falamos dele, parece que nem existe.
normalmente quando se atinge 500k irias sentir que podes chegar a 1, 2M ... e não páras... penso que as pessoas adequam os seus gastos aos seus ganhos e estão sempre endividadas
cps
Editado pela última vez por frugal em 15/12/2013 9:33, num total de 1 vez.
Cumprimentos cordiais
☘️
☘️
Re: Viver de rendimentos
GrandeCapitalista Escreveu:Se colocas a fasquia em 1 ou 2 milhões quer dizer que não te queres reformar. A vida da muitas voltas mas no fim morres, se nao fizeste nada com o teu tempo e seguiste o bom senso da maioria podes arrepender-te de ter sido tão pouco arrojado. Quem quer muita segurança antes de avancar raramente faz coisas com a sua vida. Isto aplica-se não so a materia em discussão mas a tudo.
Mas o que é isso de ser arrojado!?
É viver num pardieiro (porque a renda é baixa ou foi herdado), jantar todas as noites sopa de nabiças (porque são muito nutritivas e estavam em promoção no "pingo roxo") e fazer férias na fonte da telha, porque sou preguiçoso?
Mete na cabeça um par de coisas:
-primeiro, nem toda a gente odeia o seu emprego, e dalguma forma sente que (com) a sua acção (nesse trabalho) faz deste mundo um lugar menos mau
-segundo, os critérios do que será uma "vida decente e aceitável" variam tanto quantas pessoas hà no mundo...
Eu, pessoalmente, se tivesse de fazer uma vida como o amigo metalizado preferia pendurar-me numa figueira...
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Re: Viver de rendimentos
Se colocas a fasquia em 1 ou 2 milhões quer dizer que não te queres reformar. A vida da muitas voltas mas no fim morres, se nao fizeste nada com o teu tempo e seguiste o bom senso da maioria podes arrepender-te de ter sido tão pouco arrojado. Quem quer muita segurança antes de avancar raramente faz coisas com a sua vida. Isto aplica-se não so a materia em discussão mas a tudo.
Re: Viver de rendimentos
GrandeCapitalista Escreveu:joaoventura Escreveu:GrandeCapitalista Escreveu:As pessoas não querem ser livres, tem medo
não vais convencer o pessoal
Boas,
sigo este tópico desde a sua criação, mas respondo apenas para dizer que neste fórum não vale a pena apelares a argumentos "emocionais". Aqui ninguém precisa de ser convencido!
Se querem partilhar informação, técnicas, dificuldades, etc., é tudo positivo e é o objectivo deste tópico e deste fórum. Agora, "evangelizar" e usar argumentos do tipo "sou mais santo que tu" servem apenas para desvirtuar tudo o que já foi dito nestas 20 e tal páginas..
Eu não quero convencer ninguem, antes pelo contrário. As maioria das pessoas gosta de ter uma segurança que sente que perde com demasiada liberdade. Não ha mal nisso, somos todos diferentes. Discutir informação não adianta quando as pessoas procuras obstaculos por não se conhecerem. Quantos aqui demitiam-se se tivessem 500 000 euros? Praticamente ninguem, porque tem medo. O medo é a coisa mais importante da nossa vida e raramente falamos dele, parece que nem existe.
Aí é que tu possivelmente te enganas. Possivelmente o numero variará de cabeça para cabeça (cada cabeça sua sentença...), porém o cerne da questão é mesmo aí. A maioria dos participantes deste forum têm algum grau de literatia financeira. Possivelmente se lhes colocassem à frente um numero simpatico, por exemplo 1M ou 2M etc, seguramente seguiriam essa via...
A questão é que para lá dalgum grau de literatia financeira as pessoas que frequentam este forum que estão nos 30 e muitos, quarentas, daí em diante já têm uma coisa que o amigo lá de cima ainda não tem fruto da sua idade/experiencia/maturidade: chama-se o "calo da vida", e saberem que a vida é como um carroussel que dá muitas voltas...
Daí não embarcarem em lirismos de reformas aos 25 anos, com meia duzia de patacos, ilusões de mercado (porque correu bem um par de anos), e cenários de amor e uma cabana. Sabes é que "comer couves e cenouras" é giro de vez em quando, agora fazer dieta integral de cenouras, está bem, escolhe outro...
Mas tal como achas que aqui "ninguem entende por que ninguem quer ser livre" eu acho que aos 25 também ninguem entende...até vir a malvada da ford transit pela casa a dentro e arruinar os nossos planos mirificos, como dizia outro companheiro uns dias atrás...
Abraço e bom fim semana.
“Buy high, sell higher...”.
Re: Viver de rendimentos
joaoventura Escreveu:GrandeCapitalista Escreveu:As pessoas não querem ser livres, tem medo
não vais convencer o pessoal
Boas,
sigo este tópico desde a sua criação, mas respondo apenas para dizer que neste fórum não vale a pena apelares a argumentos "emocionais". Aqui ninguém precisa de ser convencido!
Se querem partilhar informação, técnicas, dificuldades, etc., é tudo positivo e é o objectivo deste tópico e deste fórum. Agora, "evangelizar" e usar argumentos do tipo "sou mais santo que tu" servem apenas para desvirtuar tudo o que já foi dito nestas 20 e tal páginas..
Eu não quero convencer ninguem, antes pelo contrário. As maioria das pessoas gosta de ter uma segurança que sente que perde com demasiada liberdade. Não ha mal nisso, somos todos diferentes. Discutir informação não adianta quando as pessoas procuras obstaculos por não se conhecerem. Quantos aqui demitiam-se se tivessem 500 000 euros? Praticamente ninguem, porque tem medo. O medo é a coisa mais importante da nossa vida e raramente falamos dele, parece que nem existe.
Re: Viver de rendimentos
Dr Tretas Escreveu:Porque claro que eu me desloco de transportes públicos, como qualquer um que almeje a independência financeira.
Errado, há quem se desloque de bicicleta ou a pé

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Re: Viver de rendimentos
No entanto, é claro que a sociedade como um todo não pode ter apenas indivíduos a viver de rendimentos de capital; basta ver que a nossa sociedade actual já mal pode suportar aqueles que vivem de pensões de reforma.
Tem que haver sempre muitos ratinhos a correr nas suas rodinhas, a produzir bens e serviços, para que alguns poucos possam dar o passo da independência financeira.
ER é possível para alguns porque vivemos numa sociedade ultra-consumista, o que possibilita o crescimento tão elevado para as empresas, consequentemente, retornos altos para os acionistas.
Se vivessemos numa sociedade não consumista simplesmente não haveria a necessidade de ER, porque não seria necessário trabalhar 40 horas por semana. Menor consumo -> menor necessidade de produção -> menos trabalho. A verdade é que o mundo funciona de forma completamente oposta. Maior consumo -> maior necessidade de produção -> mais trabalho.
Um ER é um "outsider" no sentido em que vive numa sociedade ultra-consumista, mas não consume. Então, o excedente é utilizado para investir em empresas. As empresas com o seu capital, vão desenvolver novos produtos, posteriormente usam estratégias de manipulação (marketing) para incutir a necessidade de posse, assim asseguram que a roda continua a mexer e o CEO assegura que passa as férias no Hawai. Claro, os acionistas também são beneficiados.
Eu, como ER, tenho tanta responsabilidade do ponto de vista social como quem trabalha, em vez de trabalhar, providencio capital que uma vez investido criará mais postos de trabalho e irá manter a sociedade feliz com novos modelos de trituradoras e tostadeiras todos os meses. Por outro lado, como não consumo produtos supérfluos, sou menos responsável pela exploração de recursos naturais e problemas ecológicos.
Como é que a sociedade manobra os ratinhos para que estes se mantenham felizes na sua correria interminável?
Simples. Quantos VW Passat sairam nos últimos 5 anos com diferentes designs? E IPhones? Moda? Existe uma pressão constante para que se renove, isto é, mandar fora algo completamente funcional e comprar um produto que faz a mesma coisa mas com um design novo (roupa?). Inicialmente a pressão advém das empresas com estratégias de marketing, depois toda a sociedade, que estando num estado avançado de retardação, não é capaz de perceber o que se passa atrás das cortinas. Ter uma Passat nova é mais bem "visto" que uma Passat com um design ultrapassado, ainda que não seja necessário uma Passat nova, serve para provar à sociedade o quão bem sucedido se é. As chances de acasalamento costumam ser mais altas para esses. Faz-me lembrar os documentários da BBC Vida Selvagem, a parte dos rituais de acasalamento mais especificamente. http://www.youtube.com/watch?v=wCzZj21Gs4U
Eu também caí na "ratoeira", a certa altura achei que o meu Citroen AX de 95 não correspondia àquilo que eu representava, então fui gastar dinheiro em algo mais apropriado... Enfim... felizmente tomei consciência do tamanho da estupidez.
Re: Viver de rendimentos
Tenho seguido este tópico com interesse. Também eu já tenho considerado seriamente a hipótese da "reforma antecipada".
Por exemplo, eu partilho de muitas opiniões que já aqui foram dadas: por vezes a vida profissional faz-nos sentir como ratinhos que correm numa roda sem fim; nesta época de crise que fomenta uma competição muito mais intensa que em tempos de fartura, podemos até correr muito e não chegar a lado nenhum.
Como dizia a Rainha Vermelha à Alice:
“Now, here, you see, it takes all the running you can do, to keep in the same place. If you want to get somewhere else, you must run at least twice as fast as that!”
É apelativo pensar em acumular capital suficiente para poder viver dos seus rendimentos. No entanto, é claro que a sociedade como um todo não pode ter apenas indivíduos a viver de rendimentos de capital; basta ver que a nossa sociedade actual já mal pode suportar aqueles que vivem de pensões de reforma.
Tem que haver sempre muitos ratinhos a correr nas suas rodinhas, a produzir bens e serviços, para que alguns poucos possam dar o passo da independência financeira.
Ora, ao contrário do que muitas vezes se quer fazer passar, Portugal é um país com um nível de rendimento relativamente alto, em que muito mais gente poderia atingir este estado de independência do que aqueles que realmente o fazem. Em países mais ricos que o nosso, a coisa torna-se quase incompreensível. Como é que a sociedade manobra os ratinhos para que estes se mantenham felizes na sua correria interminável?
Durante uma época de crise, suponho que seja fácil; o emprego é um bem escasso, de modo que quem tem um já é levado a sentir-se melhor só por esse facto, e torna-se socialmente difícil deixar voluntariamente o seu posto de trabalho, a sua "segurança", principalmente para quem tem família.
Mas numa época de desafogo, o que impede uma pessoa (enfim, com um certo rendimento de classe média-alta) de decidir: "Vou reduzir radicalmente o meu custo de vida. Vou poupar 80% do meu rendimento. Ao fim de 10-15 anos tenho o suficiente para deixar de trabalhar".
É claro que este nível de poupança é difícil de atingir. Há mensalidades para tudo: a casa, o carro, o ginásio, o telemóvel, o colégio, a TV cabo, a água, a luz, etc., etc... Tudo está construído de forma a deixar o mínimo de rendimento disponível às pessoas, para as manter na "corrida".
E depois, as pessoas não tomam em conta certos aspectos do seu planeamento financeiro. Recentemente, um amigo meu comprou um carro novo. Fez todos os cálculos às despesas anuais e mensais, com o seguro, selo, manutenção, combustível, portagens, depreciação do veículo, etc. para estimar se podia suportar o abalo. Decidiu comprar a pronto para poupar nos juros, até. Posto isto, sabendo ele que eu sou um tipo ultra-poupado (forreta, dizem as más línguas
), decidiu mostrar-me os cálculos, orgulhoso.
"Falta-te uma coisa", disse eu.
"O quê? Está aqui tudo!", exclamou, incrédulo.
"Juros perdidos dos 15k que vais gastar. A 3%, dá 450€ por ano, ou seja quase 40€ por mês. Já dava pró passe.", concluí.
Porque claro que eu me desloco de transportes públicos, como qualquer um que almeje a independência financeira.
Por exemplo, eu partilho de muitas opiniões que já aqui foram dadas: por vezes a vida profissional faz-nos sentir como ratinhos que correm numa roda sem fim; nesta época de crise que fomenta uma competição muito mais intensa que em tempos de fartura, podemos até correr muito e não chegar a lado nenhum.
Como dizia a Rainha Vermelha à Alice:
“Now, here, you see, it takes all the running you can do, to keep in the same place. If you want to get somewhere else, you must run at least twice as fast as that!”
É apelativo pensar em acumular capital suficiente para poder viver dos seus rendimentos. No entanto, é claro que a sociedade como um todo não pode ter apenas indivíduos a viver de rendimentos de capital; basta ver que a nossa sociedade actual já mal pode suportar aqueles que vivem de pensões de reforma.
Tem que haver sempre muitos ratinhos a correr nas suas rodinhas, a produzir bens e serviços, para que alguns poucos possam dar o passo da independência financeira.
Ora, ao contrário do que muitas vezes se quer fazer passar, Portugal é um país com um nível de rendimento relativamente alto, em que muito mais gente poderia atingir este estado de independência do que aqueles que realmente o fazem. Em países mais ricos que o nosso, a coisa torna-se quase incompreensível. Como é que a sociedade manobra os ratinhos para que estes se mantenham felizes na sua correria interminável?
Durante uma época de crise, suponho que seja fácil; o emprego é um bem escasso, de modo que quem tem um já é levado a sentir-se melhor só por esse facto, e torna-se socialmente difícil deixar voluntariamente o seu posto de trabalho, a sua "segurança", principalmente para quem tem família.
Mas numa época de desafogo, o que impede uma pessoa (enfim, com um certo rendimento de classe média-alta) de decidir: "Vou reduzir radicalmente o meu custo de vida. Vou poupar 80% do meu rendimento. Ao fim de 10-15 anos tenho o suficiente para deixar de trabalhar".
É claro que este nível de poupança é difícil de atingir. Há mensalidades para tudo: a casa, o carro, o ginásio, o telemóvel, o colégio, a TV cabo, a água, a luz, etc., etc... Tudo está construído de forma a deixar o mínimo de rendimento disponível às pessoas, para as manter na "corrida".
E depois, as pessoas não tomam em conta certos aspectos do seu planeamento financeiro. Recentemente, um amigo meu comprou um carro novo. Fez todos os cálculos às despesas anuais e mensais, com o seguro, selo, manutenção, combustível, portagens, depreciação do veículo, etc. para estimar se podia suportar o abalo. Decidiu comprar a pronto para poupar nos juros, até. Posto isto, sabendo ele que eu sou um tipo ultra-poupado (forreta, dizem as más línguas

"Falta-te uma coisa", disse eu.
"O quê? Está aqui tudo!", exclamou, incrédulo.
"Juros perdidos dos 15k que vais gastar. A 3%, dá 450€ por ano, ou seja quase 40€ por mês. Já dava pró passe.", concluí.
Porque claro que eu me desloco de transportes públicos, como qualquer um que almeje a independência financeira.

Re: Viver de rendimentos
GrandeCapitalista Escreveu:As pessoas não querem ser livres, tem medo
não vais convencer o pessoal
Boas,
sigo este tópico desde a sua criação, mas respondo apenas para dizer que neste fórum não vale a pena apelares a argumentos "emocionais". Aqui ninguém precisa de ser convencido!
Se querem partilhar informação, técnicas, dificuldades, etc., é tudo positivo e é o objectivo deste tópico e deste fórum. Agora, "evangelizar" e usar argumentos do tipo "sou mais santo que tu" servem apenas para desvirtuar tudo o que já foi dito nestas 20 e tal páginas..
Re: Viver de rendimentos
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