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Caldeirão da Bolsa

Finanças & Fundos de Investimento

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: Finanças & Fundos de Investimento (baixo risco)

por Amiais » 12/12/2013 18:35

Ainda bem que estão todos com tantas certezas. Eu gosto sempre de ler e aprender mais e não gosto de aceitar coisas de forma dogmática.
"Não nego à partida uma ciência que desconheço" :wink:
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Re: Finanças & Fundos de Investimento (baixo risco)

por ruimat0 » 12/12/2013 18:27

Discussão?
Eu vejo uma imagem colocada pelo LTCM que mata qualquer teoria mirabolante dos piores e melhores 6 meses.
Conversa de gestão activa que conduz a maioria, a resultados inferiores.
É comprar alguns ETF e ir reforçando/rebalanceando "ad eternum". O resto é música.
 
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Re: Finanças & Fundos de Investimento (baixo risco)

por nelsonpt » 12/12/2013 18:25

nao li assim com aquela atençao o que colocaste File, mas eu prefiro seguir a estrategia do "buy and hold" \:D/ opçoes ;)
 
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Re: Finanças & Fundos de Investimento (baixo risco)

por Outlier » 12/12/2013 18:15

Amiais Escreveu:Este discussão entre o LTCM e o file112 é muito mais relevante para todos e para o tópico do que qq iteração com um user que desapareceu sem dar mais feedback.
Continuem!!! :clap:


@Amiais: Não vai haver discussão nehuma entre mim e o LTCM, porque eu apresento dados de estudos, incluindo de académicos de Research, que um profissional, bem sucedido, praticante de market timing, apresenta no livro que referenciei, e já fui rever se havia alguma gralha, inclusive de tradução, e o que reproduzi pelas minhas palavras confirma que não adulterei os dados contidos no livro; para além de apresentar as minhas ideias próprias.
Por outro lado, se querem a minha opinião pessoal, eu digo: Não sou fundamentalista da estratégia buy-and-hold nem seguiria a 100% uma estratégia de market timing, sou mais do tipo "blend" (mistura das duas estratégias).
Se a curva de distribuição dos retornos reais versus desvio padrão, segui-se o modelo da curva teórica de Gauss de uma distribuição normal, que assenta no pressuposto do trajeto aleatório da cotação dos preços das ações/obrigações ao longo do tempo; eu, teóricamente em termos de probabilidade estatística, estaria então 100% de acordo com a estratégia buy-and-hold, mas infelizmente os dados reais dos retornos ao longo do tempo não seguem o tal trajeto aleatório da curva de Gauss, como já foi demonstrado num post meu elaborado há cerca de 2 semanas.
O percurso aleatório assenta no pressuposto de que os retornos futuros não têm qualquer relação, e são completamente independentes, com os retornos passados.
Por outro lado, é obvio afirmar que se a curva dos retornos segui-se o trajeto aleatório da curva de Gauss, em termos de probalidade estatistica, a estratégia buy-and-hold se tornaria cada vez melhor à medida que aumenta o período de detenção dos ativos financeiros, ou seja, mais eficiente no longo prazo, isto porque cada vez tínhamos mais quantidade de amostra (maior nº de preços de dias de trading), porque o excesso de quantidade de amostra iria amortecer/diluir os dados negativos dos downsides. Se eu tiver um volume de uma amotra qualquer total de 100%, eu deixo de ter qualquer incerteza relativa e passo a ter uma certeza absoluta.

Abr,

file 112
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Re: Finanças & Fundos de Investimento (baixo risco)

por Amiais » 12/12/2013 16:34

Este discussão entre o LTCM e o file112 é muito mais relevante para todos e para o tópico do que qq iteração com um user que desapareceu sem dar mais feedback.
Continuem!!! :clap:
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Re: Finanças & Fundos de Investimento (baixo risco)

por LTCM » 12/12/2013 16:17

file 112 Escreveu:C – Estratégias de market timing dos “melhores 6 meses” e dos “piores 6 meses”.

Esta estratégia é das mais simples e permite bater a estratégia de buy-and-hold, estando fora do mercado de ações e obrigações por 6 meses e levar o respetivo capital para o mercado monetário. Isto significa que você está recebendo um melhor retorno ajustado ao risco, do seu capital investido.
O interessante é que você está a receber juros no mercado monetário, enquanto que a maioria ou a quase totalidade das carteiras, durante esse período de bear market, estão a perder dinheiro.
A estratégia sazonal de cobrir os “melhores 6 meses” tem as seguintes características de pressupostos:
- Há apenas dois sinais num ano, um de compra e outro de venda.
- O sinal de compra é perto de 1 de Novembro e o sinal de venda é próximo de 30 de Abril.
- A taxa anual de retornos excede a estratégia de buy-and-hold numa base de risco ajustado.
- A estratégia perde o peso nos bear markets, uma vez que não se investiu na suposta metade mais fraca do ano, mas em vez disso investiu-se nos meses mais fortes do ano.
- Esta estratégia fornece 50% menos risco que a de buy-and-hold.
- O tempo necessário para implementar a estratégia é mínimo.
Estes atributos devem aguçar o apetite da maioria dos investidores, porque todos os dados de pesquisa ao longo de um período de mais de 50 anos, suportam esta estratégia.
Muito poucas estratégias de timing simples têm um registo de longo prazo como tem a estratégia dos “melhores 6 meses”, desenvolvida em 1986 por Yale Hirsch. Doravante, vamos passar a designar esta estratégia pela sigla BSM (Best Six Months).
Hirsch, em 1987, publicou a 1ª edição de “Stock Trader`s Almanac”. Este almanaque foi atualizado ao longo dos anos pelo seu filho Jeff Hirsch, sendo atualizado anualmente na edição de cada ano. Além disso, sinais de compra e venda da estratégia BSM podem ser fornecidos em tempo real para os assinantes da sua Newsletter mensal “Stock Trader`s Almanac Investor”.
As regras de compra e venda da estratégia BSM são simples:
Investir no mercado de ações em 1 de Novembro de cada ano e depois vender em 30 se Abril do ano seguinte, e ir com este dinheiro para a capitalização num fundo monetário até ao próximo dia 1 de Novembro, quando novamente se investe nos fundos de ações.
Jeff Hirsch usou a estratégia BSM usando o índice DJIA (Dow Jones Industial Average) para correr o investimento neste índice e verificar qual seria a performance da estratégia BSM versus rendimento do índice. Os resultados obtidos foi que a estratégia BSM foi 12 vezes superior à buy-and-hold e 69 vezes superior usando a estratégia WSM (Worst Six Months) dos "piores 6 meses", no período de 1971 até ao final de 2001. A estratégia dos “piores 6 meses” é o contraste da dos “melhores 6 meses”. Por aqui se prova, mais uma vez, que o mais significativo para os retornos da nossa carteira não é tanto captar o máximo do upside mas sim evitar ou mitigar o downside do mercado que é demolidor para a cateira.
Ele constatou com estes resultados que há, claramente, sazonalidade no mercado de ações.


Imagem
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Re: Finanças & Fundos de Investimento (baixo risco)

por nelsonpt » 12/12/2013 16:10

ruimat0 Escreveu:Ó file 112 não tens vida própria? Acho que levas muita a sério estes mundos das internetes.
Isto é só para dar opiniões pessoais sobre investimentos nos tempos livres.

Deixa o utilizador Ramiro S fazer o que lhe apetece, mesmo que não concordes. Combinar encontros pessoalmente? Acho que andas enganado sobre o real propósito deste fórum.

nao adiciones mais água na fervura :-#
 
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Re: Finanças & Fundos de Investimento (baixo risco)

por ruimat0 » 12/12/2013 15:19

Ó file 112 não tens vida própria? Acho que levas muita a sério estes mundos das internetes.
Isto é só para dar opiniões pessoais sobre investimentos nos tempos livres.

Deixa o utilizador Ramiro S fazer o que lhe apetece, mesmo que não concordes. Combinar encontros pessoalmente? Acho que andas enganado sobre o real propósito deste fórum.
 
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Re: Finanças & Fundos de Investimento (baixo risco)

por Outlier » 12/12/2013 13:46

Boas,

Eu costumo responder a polémicas com trabalho, em termos qualitativos e quantitativos, e, se possivel, com alguma diferenciação.
Nunca vou ter a veleidade, como uma user deste tópico, de escrever "...espécie de paranóia um bocado doentia e de um extremismo com uma agressividade desnecessária." Sabem porquê? Porque nem mesmo um Nobel da Psiquiatria iria falar sobre paranóia doentia sem analisar pessoalmente o suposto doente.
Por outro lado, normalmente, tenho aprendido mais com os extremistas diferenciadores do que com as pessoas medianas do main stream. Em temos de retornos financeiros, também gosto muito mais das caudas gordas do extremo direito de uma curva de distribuição de retornos versus desvio padrão, em vez dos valores centrais à volta da média. Os gestores alfa são aqueles que conseguem evitar, especialmente, a captação das caudas gordas do extremo esquerdo (negativo) da curva de distribuição e captar também as caudas gordas do extremo direito (positivo), e não só captar os retornos medianos à volta da média na zona cental da distribuição.
Tenho a dizer que "pimenta no rabo do meu vizinho, para mim é refresco", mas para o vizinho aquilo deve arder um bocado. Cada um sabe "as dores de parto que está a sentir" e nem um médico masculino se deve pronunciar sobre essas dores, porque ele nunca pariu (é um termo técnico).
Por último, vou referir o suporte da minha hipótese de felling de achar que o user "Ramiro S" não ser, porventura, a pessoa que diz ser:
- Inicialmente, o mesmo não apresentava a imagem da orelha junto ao nome dele e depois apareceu. Vocês acham que um empresário bastante ocupado e de cabelos brancos se está a preocupar com orelhas, só para dar aquela ideia de "sou todo ouvidos"?
- Primeiro diz que é leigo e apresenta o ficheiro da carteira que lhe forneceu o seu FA, que não diz se é virtual ou real e qual é o banco, depois diz que é o BIG e que tem outras duas carteiras on-line,e, finalmente, diz que da carteira desenhada, com a minha participação, no BiG só lá têm um fundo dessa carteira e que não tem PIMCOs, quando o ficheiro inicial estava cheio de PIMCOs e eu não cortei todos os fundos desse ficheiro menos um. Eu coloco-lhe esta questão de impossibilidade matemática e ele de uma maneira dissimulada apresenta argumentos estúpidos de supostas hipóteses que ele coloca sem certezas, e que até uma criança de 10 anos consegue detetar tais incongruências do seu discurso.
Porque será que não chega a mensagem privada que lhe solicitei para nos podermos encontrar pesoalmente?

Abr,

file 112
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Re: Finanças & Fundos de Investimento (baixo risco)

por Outlier » 12/12/2013 12:37

Boas,

Estratégia de market timing versus estratégia de buy-and-hold, no investimento de ativos financeiros.

A minha exposição tem como referência-base o livro “ All about Market Timing” de Leslie N. Masonson, edição de 2004 da McGraw-Hill.

A – Argumentos prós e contras da estratégia buy-and-hold.

Segundo o autor, na ordem de 99% dos profissionais de Wall Street, incluindo escritores de newsletter e gestores de fundos de investimento, falam de maneira convincente sobre a sabedoria da estratégia de buy-and-hold. Apresentam inúmeros argumentos dos motivos desta estratégia ser superior à estratégia de market timing.
Mas a maioria dos seus argumentos, segundo o autor, carecem de detalhes suficientes ou factos de suporte das suas alegações.

A.1 – Argumentos dos defensores da estratégia de buy-and-hold e os respetivos contra-argumentos dos defensores da estratégia de market timing.

1. Ninguém pode prever o que o mercado vai fazer no futuro. Portanto, o melhor é comprar e manter as ações de boa qualidade ou um conjunto de fundos de investimento diversificados porque as boas empresas serão sempre preservadas no longo prazo.
Vamos agora apresentar o respetivo contra-argumento em que vou designá-lo por “1a.” em contra-ponto ao ponto 1, e doravante o acrescento da letra “a” ao nº do ponto significa o respetivo contra-argumento.

1a. É verdade que ninguém pode prever o trajeto futuro do mercado. Isso não significa que não se possa sair, temporariamente, e mantenha o seu capital investido 100% no período de tempo do mercado, desviando, nesse período temporário, o capital do mercado de ações para o monetário; quando se sabe com 100% de certeza de que os mercados de bear markets (mercados em baixa) irão ocorrer e tiram uma grande percentagem ou a totalidade dos nossos lucros, a cada 3 ou 4 anos. Assim, nesta situação, a estratégia buy-and-hold constitui uma atitude perdedora que só custa dinheiro e sofrimento.
É verdade que uma carteira diversificada irá amortecer o golpe dos mercados em baixa, mas nestes bear markets vamos ter ainda mais perdas na parte investida em ações.
A buy-and-hold teve retornos desastrosos mesmo para as 50 melhores ações da moda na década de 1970. Nesta década, a moda corrente então era investir nas 50 maiores empresas blue chip growth (empresas de grande capitalização bolsista do tipo/estilo growth), com a expetativa de que iriam continuar a oferecer aos investidores substanciais retornos dos seus investimentos. Por exemplo, aqueles que investiram na empresa Xerox, sob esta estratégia de buy-and-hold, viram desaparecer 72% do seu capital no bear market de 1973-1974, e levaram 24 anos para recuperar o seu capital.
Para se constatar o duplo discurso, entre o que falam e o que fazem, dos gestores de fundos de investimento, basta olhar para o que aconteceu com o turnover da carteira de ativos (significa o nº de ativos negociados ou o volume de negócios, num determinado período, como uma percentagem do total de ativos presentes na carteira) de fundos de investimentos que foi de cerca de 15% na década de 1950 até 1964, depois subiu para 48% no início de 1970, para 75% em 1983, 111% em 1987, depois caiu para 74% em 1993-1994, e subiu novamente para 90% em 2000 e 111% em Junho de 2002.
Isto prova claramente que estes gestores de fundos de investimento não praticaram a estratégia de buy-and-hold, mas de alguma forma encontraram adequados investimentos individuais para os seus clientes.
O discurso teórico dos gestores dos fundos de investimento é contra o markt timing, pois para garantir a continuidade do seu negócio devem desincentivar os seus clientes em tomaram decisões de vendas massivas dos seus fundos.
Com a implementação de estratégias de market timing e usando indicadores específicos de sentimento e de avaliação do mercado, o investidor pode avaliar com sucesso qual o timing do mercado e evitar a maior parte das tendências de baixa, ao mesmo tempo que deve apanhar a maior parte das tendências de subida.

2. Se você está fora do mercado e perdeu os melhores 10 ou 20 dias de negociação, em seguida, o retorno médio anual seria muito menor do que se permanecesse no mercado na estratégia de buy-and-hold. Portanto, você deve estar o tempo todo no mercado para que não perda os melhores períodos de tempo.

2a. O argumento de que você teria muito mais baixos retornos anuais se perdesse os melhores 10dias, 20dias, ou o que fosse de dias de trading de um ano, não é verdadeiro.
Lembre-se que os 10 melhores dias não são seguidos, mas ocorrem periodicamente ao longo do ano. Em 2º lugar, os que prestam essa informação raramente dizem o outro lado da moeda: que você teria tido um ainda maior rendimento anual se você tivesse perdido os piores 10, 20 ou 30 dias. E faltando os piores 10 dias, tem um muito melhor retorno total que no caso de ter perdido os melhores 10 dias.

3. Não há estratégias de market timing que funcionem consistentemente ou que batam a estratégia buy-and-hold de longo prazo.

3a. Claro que há estratégias de market timing que batem a buy-and-hold, a longo prazo. Mas isso não é discutido muito na imprensa escrita, na televisão ou na rádio, devido aos interesses em favor da buy-and-hold.
O autor apresenta 5 estratégias no seu livro (capítulos 7 a 11), que têm superado o buy-and-hold, e há muitos documentos escritos como seja o livro “ The Encyclopedia of Technical Indicators” de Robert Colby.
Uma estratégia simples de timing que bata a buy-and-hold é aquela que usa a média móvel num gráfico de preços, com cruzamentos de preços acima e abaixo da média móvel dando os sinais de compra e de venda.
Vamos examinar os resultados do investimento durante o período de 1929 a 1998. Se você tivesse usado a média móvel de 130 dias (6 meses de calendário) no índice S&P 500, e comprou este índice quando o preço cruzou acima da média móvel e vendeu quando o preço mergulhou para baixo da média móvel, você teria tido um ganho anual de 12.5% durante esse período de tempo. Compare agora isso com um retorno anual de 10.3%, para o mesmo período de tempo, da estratégia de buy-and-hold com dividendos reinvestidos.
Durante o período de 70 anos, a significativa diferença de 2.2% por ano, entre as duas estratégias, dá um resultado com uma diferença muito grande na rentabilidade total dos 70 anos, de quase 4 vezes mais (1.125^70 / 1.103^70 = 3.98).

4. O famoso Peter Lynch, que foi gestor do fundo Fidelity Magellan, disse um dia: Não há praticantes do market timing na lista da Forbes dos 400 mais ricos.

4a. É verdade que, provavelmente, não há praticantes de timing na lista Forbes 400. Mas, exceto em alguns poucos casos, essas pessoas não fizeram as suas vastas fortunas através, ou só, do mercado de ações. Eles fundaram ou desenvolveram empresas incipientes que cresceram e se transformaram em empresas-estrelas.
Eles têm uma grande fortuna, porque eles são os principais acionistas das suas próprias empresas: Malcolm Forbes na empresa Forbes, Bill Gates na Microsoft, John Templeton nos fundos Templeton, etc. Essas pessoas têm que comprar e manter as suas posições acionistas ou então correm o risco de perderem o controlo sobre essas empresas que possuem.
É curioso notar que quando Peter Lynch estava a gerir o fundo Magellan da Fidelity, o turnover da sua carteira em alguns dos seus melhores anos de performance dos retornos aproximou-se dos 300%, e isto não foi com certeza atingido a praticar buy-and-hold.

5. As pessoas que dependem em parte das suas poupanças e precisam de ter acesso a elas num futuro próximo, tais como aquelas que estão próximas da idade da reforma ou aquelas que necessitam de financiar a educação universitária dos seus filhos, devem estar, preferencialmente, fora das ações para assegurarem que os seus fundos vão estar lá quando precisarem deles.

5a. O argumento anterior de que você precisa de estar totalmente fora do mercado de ações quando você tem, no curto prazo, necessidade de fundos, não está inteiramente correto, pois você só quer estar fora do mercado quando começa ou está em andamento um bear market.
Hoje as pessoas vivem mais tempo, o que significa que correm mais o risco de consumirem o seu dinheiro, se ele não está a ser rentabilizado na sua plenitude, o que significa que elas devem manter aberta a oportunidade de alcançar a valorização do seu capital a partir das ações e fundos de investimento.

6. De acordo com alguns académicos teóricos, os preços das ações têm um trajeto aleatório e assim os movimentos dos preços futuros não podem ser previstos. Eles também argumentam sobre a hipótese do mercado eficiente, que é um outro lado da moeda, e afirmam que todas as informações sobre uma ação são imediatamente incorporadas no preço dessa ação, de modo que ninguém pode consistentemente bater o mercado a longo prazo, porque o preço da ação já tomou isso em conta.

6a. No meu post de 21/11/2013 às 17:16H da página 224 deste tópico, já foi lá demonstrado que o referido trajeto aleatório teórico do mercado de ações ou de obrigações não se verifica, conforme demonstram os dados reais do risco e dos retornos ao longo dos anos.
O percurso aleatório assenta no pressuposto de que os retornos futuros não têm qualquer relação, e são completamente independentes, com os retornos passados, condição esta que na realidade não se verifica no mercado de ações e obrigações, conforme é demonstrado pelo histórico dos retornos reais.
A Figura 2-4 do meu referido post, mostra que para o período de detenção de 1 ano, o risco real e o risco teórico do percurso aleatório (a tracejado) para as 3 classes de ativos são coincidentes graficamente; para o período de detenção de 2 anos, o risco real e o teórico para as ações é graficamente coincidente, mas para as obrigações e bills já se notam diferenças e estas diferenças vão-se acentuando, também para as ações, ao longo dos períodos de detenção superiores a mais de 2 anos. Por outro lado, ao contrário do que acontece com as obrigações e as bills, o risco real das ações desce sempre e acentua-se ao longo do tempo em relação ao risco teórico do trajeto aleatório.
Os dados mostram que a hipótese do percurso aleatório não pode ser considerada e que o risco das ações diminui muito mais rapidamente quando o período de detenção aumenta mais que o previsto. Esta é a prova da existência da reversão para a média dos retornos das ações.
O risco de ativos de renda fixa (obrigações, bills), por outro lado, não cai tão rapidamente como o previsto pela teoria do trajeto aleatório. Este declínio lento do desvio padrão dos retornos médios anuais no mercado de obrigações é uma evidência da aversão (não reversão) para a média dos retornos das obrigações. A aversão para a média significa que, uma vez que o retorno de um ativo desvia da sua média de longo prazo, há um aumento da chance de que ele irá desviar ainda mais, ao invés de voltar para os níveis mais normais. À medida que a inflação acelera, o processo vai-se tornando cumulativo, e os titulares de obrigações não têm nenhuma chance de compensar as perdas do seu poder de compra.
Os titulares de ações, uma vez que são titulares de ativos reais, raramente sofrem uma perda permanente devido à inflação.
Se aquelas duas hipóteses do trajeto aleatório e do “mercado eficiente” dos académicos teóricos fossem verdadeiras, ou seja, que ninguém pode consistentemente bater o mercado, então apenas uns poucos investidores com sorte poderiam realizar algum dinheiro no mercado. Claramente, há investidores que batem a estratégia de buy-and-hold, e até com menos risco.

B – Mais argumentos contra a estratégia de buy-and-hold.

Se o mercado de ações subisse em 80% do tempo, com correções de 5 a 10% ao longo do tempo, então, talvez, o buy-and-hold fizesse sentido. Mais adiante vão-se apresentar dados reais que falam por si.
Muitas pessoas acreditam que o tempo está do seu lado e aconteça o que acontecer no curto prazo, elas vão sair dele bem no longo prazo. Enquanto isso, é de relevar que o que você possa fazer no curto prazo, é muito importante para a sua performance a longo prazo.
Por exemplo, no ano de 2002 houve muitos casos de investidores individuais cujas carteiras caíram 50% ou mais, e eles tiveram que voltar ao trabalho ou adiar as suas reformas.
De acordo com James Stack, editor de “ InvesTech Market Analyst Newsletter” (Outubro de 1994), quanto mais perto um investidor está da sua reforma ou que necessita do seu capital, mais perigoso se torna manter a estratégia de buy-na-hold, porque com tal passividade em não atuar no mercado, se este tem uma queda forte, pode não haver tempo para recuperar. À medida que vamos envelhecendo, os graus de liberdade são cada vez menos.
A diversificação feita através de uma adequada alocação de ativos da carteira, como, por exemplo, com um peso de 60% em ações e de 40% em obrigações, pode ajudar a reduzir o risco do mercado. Em geral, tem-se menos risco com esta alocação do que quando estamos investidos em 100% de ações. Mas o cenário ideal é estar a 100% em ações durante os bull markets (mercados em alta), de modo a capturar os maiores retornos para a sua carteira.
Em contrapartida, devemos estar a 100% em cash/monetário ou em short bonds (obrigações com curtas maturidades e assim menos arriscadas no curto prazo) durante os bear markets (mercados em baixa).
Ao diluir a carteira com obrigações, estão-se a negar os ganhos extras das ações, mas em contra-partida estamos a ficar mais preparados para o suposto bear market que se aproxima.
Em termos ideais, o maior desafio de um investidor em enfrentar um bear market é, imediatamente antes do seu início, vender a totalidade das ações e as obrigações de médio e longo prazo, e passar o respetivo capital para cash/monetário. Controlar as perdas dos bear markets é a chave mestra do sucesso dos investimentos no mercado, que é muito mais importante que exponenciar os ganhos nos bull markets.
Lembre-se que, por exemplo, se tiver uma perda de 50% do seu capital num bear market, você depois tem de ter um ganho de 100% sobre o capital remanescente (o que fica após a perda) para recuperar essa mesma perda (imagine que tem 100€ e que tem uma perda de 50%, isto implica que fica com um capital remanescente de 50€, depois, a partir deste valor, para atingir novamente o valor de 100€, você tem de ter uma taxa de lucro de 100%).
Ou seja, temos que saber controlar as caudas gordas na zona extrema do lado esquerdo da curva teórica de Gauss (distribuição normal de um percurso aleatório), ou de uma distribuição real qualquer, isto é, na zona extrema da metade da área sob a curva com os valores inferiores à média, onde os devios padrão são muito ou extremamente negativos (2 a 4 desvios padrão negativos, relativamente ao valor médio da distribuição no centro da curva).
A chave do sucesso do market timing é saber quando entrar no mercado e quando sair. Em termos individuais de um investidor, todas as ações são ruins se ele tiver que as vender a um preço inferior ao de compra. Mesmo as melhores ações podem cair nos bear markets. Pelo menos 80% das ações caem nos bear markets.
A arte deste jogo é estar no mercado nos momentos certos e estar fora do mesmo nos momentos errados. A escolha ou a alocação correta dos ativos de uma carteira é uma questão importante mas é secundária em relação àquela arte principal do jogo, isto porque a maré alta vai levantar todos os barcos (ativos) e a maré vazante vai baixar todos os barcos independentemente da sua qualidade de construção (qualidade das ações/ativos). É claro que um barco de grande calado e com um passado histórico de segurança, ou uma grande empresa do tipo value, irá suportar melhor um mar de águas revoltas (bear market) do que uma pequena barcaça (empresa small cap) ou um barco grande mas com uma construção inovadora relativamente recente em que ainda não foi testado o seu comportamento em águas revoltas, mas no qual se tem uma presuntiva esperança de ser um barco campeão no futuro (empresa tipo growth).
A classe de um investidor ganhador não é tanto saber entrar no tempo certo mas mais saber sair no momento certo. A maior e fundamental estratégia que você deve adotar no mercado, é a estratégia de preservação do seu capital, pois, se o seu nível de perdas for bastante elevado, pode nunca mais conseguir recuperar as mesmas, e se o trambolhão for extremo, o mesmo pode pô-lo matematicamente fora do mercado. Matematicamente, zero a multiplicar por uma taxa infinita de rendimento dá sempre um resultado igual a zero. Da mesma forma podemos dizer que um valor remanescente de capital próximo de zero (após um hiper crash bolsista) vezes uma taxa posterior de rendimento infinito dará um resultado próximo de zero, ou seja, você não está financeiramente morto mas está moribundo e assim está na prática fora do mercado e com nenhuma esperança de voltar à vida.
A Tabela 2-1 seguinte, ilustra diferentes níveis percentuais de alocação de ações e de obrigações numa carteira, e os respetivos valores percentuais de retornos e de risco, relativos a períodos de 12 meses de rolamento consecutivo, para o período temporal de 1926 a Setembro de 2002 (72 anos). Assim, esta Tabela representa uma estratégia de de buy-and-hold nesse período de 72 anos.

Imagem

Conforme mostra a Tabela acima indicada, no caso de se ter investido 100% em ações durante o período de 72 anos (1926 a 2002), a cada período de 12 meses de rolamento consecutivo, o investimento produziu um retorno médio anual de 13% com um risco de 22%.
O risco é a variabilidade no retorno ao longo dos períodos de rolamento de 12 meses, durante o período de 76 anos. Neste caso, com um retorno de 13% e um desvio padrão/risco de 22%, isto significa que o retorno varia entre um máximo de 35% e um mínimo de – 9% (13% +/- 22%), mas isto no pressuposto teórico dos retornos seguirem o modelo da distribuição normal de Gauss e considerando um nível de confiança de cerca de 68% (certeza de 68% dos retornos estarem na gama de – 9% a 35%) que corresponde a 1 desvio padrão.
A área sob a curva de Gauss, à esquerda e à direita da média, correspondente à amplitude no eixo do “X” de 1 desvio padrão é de 68.2% (2 x 34.1%). Se essa amplitude for de 2 desvios padrão, então essa área será de cerca 95% (68.2% + (2 x 13.6%) = 95.4%). E se essa amplitude for de 3 desvios padrão, então a respetiva área será de cerca de 99.7% (95.4% + (2 x 2.1%) = 99.6%). Este facto é conhecido como a regra 68 – 95 – 99.7, ou a regra dos 3 sigmas (letra grega que designa o desvio parão).
Voltando novamente à Tabela 2-1 acima. No outro extremo da tabela, se fosse investido tudo (100%) em obrigações, o retorno baixava bastante para 5.8% enquanto que o risco apenas para 9%, e, como é sabido, o nível mínimo do risco da curva da “fronteira eficiente” (efficient frontier) de retornos versus risco não corresponde a uma alocação de 100% de obrigações, mas sim ao ponto mais à esquerda da curva na zona de infleção da mesma.
No caso dos resultados da referida Tabela, o risco mínimo corresponde a uma alocação à volta de uma composição de 10% de ações e 90% de obrigações.

C – Estratégias de market timing dos “melhores 6 meses” e dos “piores 6 meses”.

Esta estratégia é das mais simples e permite bater a estratégia de buy-and-hold, estando fora do mercado de ações e obrigações por 6 meses e levar o respetivo capital para o mercado monetário. Isto significa que você está recebendo um melhor retorno ajustado ao risco, do seu capital investido.
O interessante é que você está a receber juros no mercado monetário, enquanto que a maioria ou a quase totalidade das carteiras, durante esse período de bear market, estão a perder dinheiro.
A estratégia sazonal de cobrir os “melhores 6 meses” tem as seguintes características de pressupostos:
- Há apenas dois sinais num ano, um de compra e outro de venda.
- O sinal de compra é perto de 1 de Novembro e o sinal de venda é próximo de 30 de Abril.
- A taxa anual de retornos excede a estratégia de buy-and-hold numa base de risco ajustado.
- A estratégia perde o peso nos bear markets, uma vez que não se investiu na suposta metade mais fraca do ano, mas em vez disso investiu-se nos meses mais fortes do ano.
- Esta estratégia fornece 50% menos risco que a de buy-and-hold.
- O tempo necessário para implementar a estratégia é mínimo.
Estes atributos devem aguçar o apetite da maioria dos investidores, porque todos os dados de pesquisa ao longo de um período de mais de 50 anos, suportam esta estratégia.
Muito poucas estratégias de timing simples têm um registo de longo prazo como tem a estratégia dos “melhores 6 meses”, desenvolvida em 1986 por Yale Hirsch. Doravante, vamos passar a designar esta estratégia pela sigla BSM (Best Six Months).
Hirsch, em 1987, publicou a 1ª edição de “Stock Trader`s Almanac”. Este almanaque foi atualizado ao longo dos anos pelo seu filho Jeff Hirsch, sendo atualizado anualmente na edição de cada ano. Além disso, sinais de compra e venda da estratégia BSM podem ser fornecidos em tempo real para os assinantes da sua Newsletter mensal “Stock Trader`s Almanac Investor”.
As regras de compra e venda da estratégia BSM são simples:
Investir no mercado de ações em 1 de Novembro de cada ano e depois vender em 30 se Abril do ano seguinte, e ir com este dinheiro para a capitalização num fundo monetário até ao próximo dia 1 de Novembro, quando novamente se investe nos fundos de ações.
Jeff Hirsch usou a estratégia BSM usando o índice DJIA (Dow Jones Industial Average) para correr o investimento neste índice e verificar qual seria a performance da estratégia BSM versus rendimento do índice. Os resultados obtidos foi que a estratégia BSM foi 12 vezes superior à buy-and-hold e 69 vezes superior usando a estratégia WSM (Worst Six Months) dos "piores 6 meses", no período de 1971 até ao final de 2001. A estratégia dos “piores 6 meses” é o contraste da dos “melhores 6 meses”. Por aqui se prova, mais uma vez, que o mais significativo para os retornos da nossa carteira não é tanto captar o máximo do upside mas sim evitar ou mitigar o downside do mercado que é demolidor para a carteira.
Ele constatou com estes resultados que há, claramente, sazonalidade no mercado de ações.
O autor apresenta várias estratégias de timing, mas eu decidi apresentar estas duas estratégias – BSM e WSM – por terem boas performances e serem de simples implementação por inexperientes investidores. Não vale a pena complicar matematicamente um processo quando o mesmo não tem um comportamento aleatório ou outro qualquer perfeitamente definido. Não vale a pena apresentar dados de uma pesagem até às miligramas quando a balança só tem sensibilidade até às gramas, pois aí estamos a esquecer o princípio dos algarismos significativos e em vez disso estamos a ser “criativos” e a acrescentar coisas que não vemos.

D – Research de pesquisa adicional sobre “os melhores e os piores dias”.

Will Hepburn do “Cambridge Investment Researgh” efetuou uma pesquisa adicional sobre os “melhores e piores dias”. De acordo com os dados históricos da “Society of Allocators and Fund Timers” (SAAFTI), Hepburn analisou os melhores e os piores dias desde 1 de Abril de 1984 até 31 de Dezembro de 2001, estando os respetivos resultados contidos na Tabela 2-2 seguinte.

Imagem

Durante esse período de tempo, o índice S&P 500 ganhou uma média de 10.35%. Observando a referida Tabela, verifica-se que, claramente, estes resultados também demonstram que perder os piores dias é bastante preferível a perder os melhores dias, no sentido de melhorar todos os retornos anuais em causa.
Curiosamente, como se pode ver na última coluna da Tabela, mesmo faltando o conjunto dos melhores e piores dias, quaisquer dos resultados apresentados são todos superiores a 10.35% da estratégia buy-and-hold seguindo o índice S&P 500.

Abr,

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Re: Finanças & Fundos de Investimento (baixo risco)

por Midas » 12/12/2013 1:30

Manushe Escreveu:Os últimos posts estão carregados de uma espécie de paranóia um bocado doentia e de um extremismo com uma agressividade desnecessária.

Eu não sei quem vocês são.
Apenas sei quem eu sou (vou sabendo).
E é nessa qualidade que, sempre que o tempo me permite, me apetecer, e se tiver algo a dizer,
emito - ou não - a minha opinião.
Porque eu quis.

Meu caro Ramiro S,

digo-lhe o que costumo dizer a mim própria (impulsiva): a pressa é má conselheira!
Os conselhos que os outros me dão, para eles ultra confortáveis, podem, a mim, provocar-me calafrios (e vice-versa!).
Em suma, não se meta em atalhos que desconhece. Se seguir conselhos, faça-o com conhecimento de causa.
Ponha o dinheiro em stand-by, num fundo de liquidez ou a prazo, e estude. Comece por este tópico que foi por onde comecei. Vai ver que vai aprender muito. E coloque questões.
E depois decida. Se cometer erros, como são seus, vai aprender mais depressa com eles
e não perde tempo a recriminar segundos ou terceiros, que não lhe trará certamente o seu dinheiro de volta.

Fique bem!


Olha a Manu. :lol:
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Re: Finanças & Fundos de Investimento (baixo risco)

por Amiais » 11/12/2013 22:37

zekinha1 Escreveu:Não sei como se faz, mas não é possivel disponibilizar este documento de forma a poder ser transferido para o PC de cada um?
É que transferindo a imagem não se consegue depois ver bem. :oops:

Clica na imagem, abre noutra janela, depois se passares o rato por cima aparece uma lupa, clica e ficas com a imagem em tamanho grande.
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Re: Finanças & Fundos de Investimento (baixo risco)

por zekinha1 » 11/12/2013 22:24

Não sei como se faz, mas não é possivel disponibilizar este documento de forma a poder ser transferido para o PC de cada um?
É que transferindo a imagem não se consegue depois ver bem. :oops:
 
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Re: Finanças & Fundos de Investimento (baixo risco)

por visitanteO1 » 11/12/2013 16:57

Ramiro S Escreveu:Para memória futura, e com os meus agradecimentos ao amigo "file 112", partilho aqui a composição final da minha carteira. (Anexo)


Aqui fica, para a carteira apresentada.

Para o BGF Global High Yield e Invesco Pan European Equity, como não encontrei informação no site do BEST, considerei minimos de 1UP para abertura e reforços (observável na grande diferença no quadro "Min. Capital")
Anexos
Carteira - Carteira RamiroS-01.png
 
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Re: Finanças & Fundos de Investimento (baixo risco)

por chico_laranja » 11/12/2013 10:22

Manuche

Concordo contigo :clap:
Ao fim de semana o tempo é para o mercado dos afectos para com a cara metade e com os filhos .
Uma vez que o meu tempo disponível para o acompanhar o fórum é mínimo, se precisarem de algo da minha parte mandem PM que tento passar por cá.
Um abraço e bons investimentos.
 
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Re: Finanças & Fundos de Investimento (baixo risco)

por Manushe » 11/12/2013 9:25

Os últimos posts estão carregados de uma espécie de paranóia um bocado doentia e de um extremismo com uma agressividade desnecessária.

Eu não sei quem vocês são.
Apenas sei quem eu sou (vou sabendo).
E é nessa qualidade que, sempre que o tempo me permite, me apetecer, e se tiver algo a dizer,
emito - ou não - a minha opinião.
Porque eu quis.

Meu caro Ramiro S,

digo-lhe o que costumo dizer a mim própria (impulsiva): a pressa é má conselheira!
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Em suma, não se meta em atalhos que desconhece. Se seguir conselhos, faça-o com conhecimento de causa.
Ponha o dinheiro em stand-by, num fundo de liquidez ou a prazo, e estude. Comece por este tópico que foi por onde comecei. Vai ver que vai aprender muito. E coloque questões.
E depois decida. Se cometer erros, como são seus, vai aprender mais depressa com eles
e não perde tempo a recriminar segundos ou terceiros, que não lhe trará certamente o seu dinheiro de volta.

Fique bem!
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Re: Finanças & Fundos de Investimento (baixo risco)

por nelsonpt » 10/12/2013 19:40

File,

talvez sim, talvez não, nao te posso responder se ficaria chateado ou nao, porque vou assumir e partir do pressuposto que nao é brincadeira :pray:
 
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Re: Finanças & Fundos de Investimento (baixo risco)

por Outlier » 10/12/2013 19:33

nelsonpt Escreveu:I love when the off topic starts :clap:


@Nelsonpt: Companheiro não te incomodes que eu não vou criar mais ruído no tópico sobre este assunto, e dou o mesmo como encerrado, pois foi com esse objetivo que pedi ao "Ramiro S" o envio de uma mensagem privada para o assunto ser só entre nós os dois.
Mas se o companheiro estivesse a responder àquele user por volta das 3 horas da madrugada para desenhar a suposta carteira de ativos e se, porventura, se verificar que tal é uma brincadeira estúpida de muito mau gosto, você ficava também possesso ou não?

Abr,

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Re: Finanças & Fundos de Investimento (baixo risco)

por nelsonpt » 10/12/2013 17:22

I love when the off topic starts :clap:
 
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Re: Finanças & Fundos de Investimento (baixo risco)

por Outlier » 10/12/2013 15:46

@Ramiro S:
Dada a contradição do teu discurso, em particular, de te apresentares como leigo e eu atualmente achar que não és leigo nenhum, pois alteraste um fundo, e bem, do teu suposto FA que um simples leigo não faria, para além de que parte da tua escrita não é de leigo.
Assim sendo, e seguindo o meu felling coloco, neste momento, uma presuntiva hipótese de tu na realidade não seres, porventura, a pessoa que dizes ser, deixando-te um desafio: Manda-me uma MP (Mensagem Privada) da tua morada que eu tenho um amigo de um dos ramos da Polícia que mandava verificar no local se lá habita uma pessoa com o teu perfil, isto porque eu não gosto de trabalhar para aquecer nem caio uma 2ª vez no mesmo erro, para depois ir ver pessoalmente a tua cara e ver se, porventura, os teus cabelos brancos mudaram para preto, castanho ou louro, e se em vez de seres um homem maduro seres, porventura, um jovem estúpido que gosta de brincar com o fogo. Podes até viver em Bragança que eu vou de Lisboa até lá para ver a tua cara e, porventura, ver a tua coragem.
Se a minha hipótese presuntiva não se confirmar, não tenho que te pedir desculpa pois é uma hipótese e não uma afirmação e, por outro lado, o meu texto tem várias vezes a palavra "porventura" entre vírgulas.

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Re: Finanças & Fundos de Investimento (baixo risco)

por Pata-Hari » 10/12/2013 13:00

Ramiro S Escreveu:
Pata-Hari Escreveu:Estou chocada com "Como sabe, tenho já 2 carteiras de fundos em outros tantos bancos ("on-line"). Contudo, não fui eu que constituí as carteiras nem sou eu que faço a respetiva gestão. Foram os FA, exclusivamente, e são eles que, todos os meses, me telefonam, fazendo o balanço das carteiras e, esporadicamente, recomendam-me que substitua X por Y. Nem assino qualquer papel. As mudanças são feitas pelo telefone, simplesmente, com o meu OK." Isso do não assinar papeis não existe em dias de hoje. Já agora, corrijo o que disseste, os benefícios fiscais de um PPR/seguro de capitalização começam no quinto ano.

Outra questão: um fundo é já, per si, um modo de diversificação dentro de uma classe de activos (ou várias). Aplicar em certificados de aforro, não é diversificação.

Cara colega de forum, quanto à questão dos "papeis", se bem tenho presente, eles são substituídos pela gravação da chamada. Admito que, mais tarde, quando a ocasião se proporcionar, ocorra essa formalidade da assinatura dos "papeis", contudo em nada obstaculiza que as transações/operações se façam no momento do telefonema (com "data valor" desse dia ou dia seguinte). É precisamente esse procedimento que ocorre com os acertos nas carteiras de fundos.

Quanto aos PPR, o que me afirmaram no banco foi que o produto tinha uma "vantagem fiscal" em termos da tributação de IRS. Disseram-me que podia desmobilizar o produto ao fim do 1º ano, que pagaria "apenas" 21,5% ao invés dos habituais 28%. Na altura, li a legislação (art. 21º do EBF) e vi que, efetivamente, era assim. Mas se a senhora diz que é diferente...

Finalmente, quanto à "diversificação", aos meus olhos, colocar as minhas poupanças numa carteira de fundos internacionais ou em Certificados do Estado/Tesouro, NÃO é a mesma coisa. Daí ter usado a palavra "diversificar" (ou "diversificação", já não sei), quando me referia nestas possibilidades alternativas de aplicação do meu "pé de meia". Se o termo não é correto em termos técnicos, peço desculpa. Mas, na minha cabeça, estou a "diversificar" quando coloco uma parte das minhas poupanças em Aforro e outra parte de fundos.



Ramiro, A lei prevê 26.5% até 5 anos, 21.2 entre 5 e 8 e 10.6 a partir de 8. Ao contrário do que afirmas, não sou eu quem o diz, é a lei fiscal. Devo dizer-te que soa um bocadinho estranho em alguns contextos te afirmas ignorante e desresponsabilizas-te totalmente da gestão da tua carteira, noutros, sabes, concordaste, gravaste chamadas, leste legislação, dás detalhes muito precisos e exiges resultados. Soa estranho, sabes?
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Re: Finanças & Fundos de Investimento (baixo risco)

por Amiais » 10/12/2013 10:25

Estou a tentar reforçar a minha carteira na parte accionista onde neste momento tenho:

Threadneedle Global Equity Income Retail EUR Acc [GB00B1Z2NR59]
F&C European Small Cap A [LU0207432559]
Invesco Global Smaller Companies Equity Fund Class E Accumulation [LU0607512935]

UBS (Lux) Equity Fund - Infrastructure (EUR) P-acc [LU0366711900]

Invesco Global Income Real Estate Securities Fund E [LU0367026050]
Nordea-1 Global Real Estate Fund E EUR [LU0705260262]


procuro sugestões de fundos accionistas que complementem o que já possuo (ou reforço dos que possuo actualmente).

Alguns dos que tenho debaixo de olho:
Invesco Global Equity Income Fund Class E € Accumulation [LU0607513586]

Credit Suisse Equity Fund (Lux) USA Value B[LU0187731129]
Franklin US Opportunities N Acc [sem hedge LU0592650831]

Franklin European Growth N Acc € [LU0122612764]
Nordea-1 European Value Fund E EUR [LU0173768028]


A carteira não tem prazo para terminar.

Obrigado :D
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Re: Finanças & Fundos de Investimento (baixo risco)

por Ramiiro_Santiago » 10/12/2013 1:49

file 112 Escreveu:@Ramiro S: Aqui há qualquer coisa estranha em que "não bate a bota com a perdigota", a saber: Como é que só comercializam 1 fundo da carteira desenhada ontem, e não têm fundos PIMCO, quando no ficheiro que o teu FA do banco BIG te entregou tinha lá vários PIMCOs e eu dos fundos daquele ficheiro não eliminei todos menos um?
Quando me deres uma resposta a esta simples pergunta com uma objetividade matemática, eu estou disposto a continuar a ajudar-te, porque detesto deixar uma "obra" a meio ou inacabada, mas também detesto estar a trabalhar para aquecer, até porque, neste último processo, o corpo humano desperdiça cerca de 30% de energia.
file 112

O amigo "file 112" colocou as coisas de uma forma que ainda me deixa mais perplexo. Hoje tive uma tarde muito cansativa e frustrante a tratar daquele assunto no banco. Aborreci-me e isso estragou-me o resto do dia.

Quanto à questão que me coloca, como toda a sinceridade, não tenho uma explicação. Da primeira vez que eu estive no banco, na semana passada, o FA disse-me que gostaria de ver as minhas outras aplicações em fundos, para assim "diversificar" ou pelo menos não repetir fundos/áreas em que eu já tinha exposição. Da segunda vez que lá fui, levei, em papel, prints das duas carteiras que tenho em outros bancos. Vi que ele passou os nomes para uma folha de cálculo, mas depois, com a conversa, não liguei mais ao que ele fez. Certo, certo, é que, no final, foi aquela tabela que surgiu.
Será que os nomes que constavam da lista que ele me deu (que tinha os tais PIMCO) se referem a fundos que tenho nos outros bancos e a tabela expressa o peso que esses fundos (PIMCOs incluídos) devem ter no total das minhas aplicações em Fundos (que ficariam distribuídas pelos 3 bancos)? Muito sinceramente não sei.
Talvez eu tenha interpretado mal o que o moço que quis transmitir com aquele quadro...

Seja como for, eu tenho agora que avançar com a constituição da carteira e se o banco em causa não tem os fundos que eu pretendo, não me resta outra alternativa senão... procurar quem os tenha! Amanhã ligarei para outro banco onde tenha conta e tentarei concretizar a aplicação já definida.

Isto está a dar mais trabalho do que eu supunha, mas agora, mais calmo, não me deixarei vencer pela adversidade.
 
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Re: Finanças & Fundos de Investimento (baixo risco)

por Outlier » 10/12/2013 1:45

Pata-Hari Escreveu:Estou chocada com "Como sabe, tenho já 2 carteiras de fundos em outros tantos bancos ("on-line"). Contudo, não fui eu que constituí as carteiras nem sou eu que faço a respetiva gestão. Foram os FA, exclusivamente, e são eles que, todos os meses, me telefonam, fazendo o balanço das carteiras e, esporadicamente, recomendam-me que substitua X por Y. Nem assino qualquer papel. As mudanças são feitas pelo telefone, simplesmente, com o meu OK." Isso do não assinar papeis não existe em dias de hoje. Já agora, corrijo o que disseste, os benefícios fiscais de um PPR/seguro de capitalização começam no quinto ano.

Outra questão: um fundo é já, per si, um modo de diversificação dentro de uma classe de activos (ou várias). Aplicar em certificados de aforro, não é diversificação.


@Pata-Hari: Ora aqui está uma moderadora/administrador do fórum que não lhe escapou esta citação do "Ramiro S" e normalmente aparece quando isto começa ou parece começar a aquecer. Bom trabalho.

@Visitante01: Por favor, diz-me de que fórum conheces o Ramiro S para ir lá ver a interação que ele teve com esse fórum, para eu tentar deduzir quem é a pessoa com quem ando a interagir há 2 dias e a responder às 3 horas de madrugada, pois fiquei com a impressão que estava bastante ansioso em constituir a carteira de alocação de ativos, e daí ter interagido tão ativamente.

Abr,

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Re: Finanças & Fundos de Investimento (baixo risco)

por Ramiiro_Santiago » 10/12/2013 1:14

Pata-Hari Escreveu:Estou chocada com "Como sabe, tenho já 2 carteiras de fundos em outros tantos bancos ("on-line"). Contudo, não fui eu que constituí as carteiras nem sou eu que faço a respetiva gestão. Foram os FA, exclusivamente, e são eles que, todos os meses, me telefonam, fazendo o balanço das carteiras e, esporadicamente, recomendam-me que substitua X por Y. Nem assino qualquer papel. As mudanças são feitas pelo telefone, simplesmente, com o meu OK." Isso do não assinar papeis não existe em dias de hoje. Já agora, corrijo o que disseste, os benefícios fiscais de um PPR/seguro de capitalização começam no quinto ano.

Outra questão: um fundo é já, per si, um modo de diversificação dentro de uma classe de activos (ou várias). Aplicar em certificados de aforro, não é diversificação.

Cara colega de forum, quanto à questão dos "papeis", se bem tenho presente, eles são substituídos pela gravação da chamada. Admito que, mais tarde, quando a ocasião se proporcionar, ocorra essa formalidade da assinatura dos "papeis", contudo em nada obstaculiza que as transações/operações se façam no momento do telefonema (com "data valor" desse dia ou dia seguinte). É precisamente esse procedimento que ocorre com os acertos nas carteiras de fundos.

Quanto aos PPR, o que me afirmaram no banco foi que o produto tinha uma "vantagem fiscal" em termos da tributação de IRS. Disseram-me que podia desmobilizar o produto ao fim do 1º ano, que pagaria "apenas" 21,5% ao invés dos habituais 28%. Na altura, li a legislação (art. 21º do EBF) e vi que, efetivamente, era assim. Mas se a senhora diz que é diferente...

Finalmente, quanto à "diversificação", aos meus olhos, colocar as minhas poupanças numa carteira de fundos internacionais ou em Certificados do Estado/Tesouro, NÃO é a mesma coisa. Daí ter usado a palavra "diversificar" (ou "diversificação", já não sei), quando me referia nestas possibilidades alternativas de aplicação do meu "pé de meia". Se o termo não é correto em termos técnicos, peço desculpa. Mas, na minha cabeça, estou a "diversificar" quando coloco uma parte das minhas poupanças em Aforro e outra parte de fundos.
 
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