Caldeirão da Bolsa

OT - Mário Soares, as asneiras...e que descanse em paz

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: OT - Mário Soares e as asneiras...

por Sr_SNiper » 22/11/2013 22:04

QuimPorta Escreveu:
"Mário Soares sempre foi uma pessoa de dar facadas no matrimónio. E o Palma Inácio sempre serviu de desculpa"
:shock:

Pesquisei "Palma Inácio" para tentar esclarecer o sentido desta frase, mas não encontrei grande coisa.
Alguém sabe dizer se o andar dele era normal?

Quem é o Palma Inácio?
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Re: OT - Mário Soares e as asneiras...

por Quimporta » 11/7/2013 17:29

"Mário Soares sempre foi uma pessoa de dar facadas no matrimónio. E o Palma Inácio sempre serviu de desculpa"
:shock:

Pesquisei "Palma Inácio" para tentar esclarecer o sentido desta frase, mas não encontrei grande coisa.
Alguém sabe dizer se o andar dele era normal?
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Re: OT - Mário Soares e as asneiras...

por lan » 11/7/2013 15:18

 
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Re: OT - Mário Soares e as asneiras...

por Quimporta » 11/7/2013 14:59

Mário Soares furioso com novo patriarca por não ter travado aplausos a Passos e Cavaco
09 Julho 2013, 09:39 por Jornal de Negócios | jng@negocios.pt

Líder histórico do PS escreve que a primeira missa de D. Manuel Clemente foi um “escândalo” e uma “vergonha inaceitável”. Mário Soares considera incompreensível que o novo patriarca tenha deixado que políticos presentes, entre os quais Passos Coelho e Cavaco Silva, fossem aplaudidos por, afirma, uma “claque de capangas”. Diz que receia regresso ao fascismo.

http://www.jornaldenegocios.pt/economia ... avaco.html


Eu achava que já tinha visto tudo quando o Doutor da viagem às Seychelles veio defender que, a exemplo da Argentina, Portugal podia não pagar a dívida.
Podia ao menos ter arranjado um exemplo qualquer que não tivesse acabado num “bank run”, e motins tais que obrigaram à declaração do estado de emergência.
Ou então não dava exemplo nenhum, que podia ser que passasse.

Desta vez o bombo foi o recém empossado Bispo de Lisboa, que ainda mal tinha aquecido a Mitra e já despromovido a acólito do poder fascista.
Se é mau que o poder Religioso se intrometa demasiado na Política (e “emitir opiniões” não é intrometer, é exercer um direito) é péssimo que o poder Temporal queira instrumentalizar o Clero para fins políticos.

Não sei se o nosso ex – presidente da República se deu conta da subtileza contida no disparate que desta vez lhe saiu pela boca, de que o que ele quis fazer foi o que mais se viu precisamente no fascismo.
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por C0rr3i4 » 3/5/2013 10:20

Pirou de vez...
jornaldenegocios.pt Escreveu:POLÍTICA
Soares compara legitimidade do Governo à de Hitler e Mussolini
03 Maio 2013, 10:03 por Jornal de Negócios Online | negocios@negocios.pt

O ex-presidente da República Mário Soares escreve esta sexta-feira num artigo de opinião, no jornal “Público”, que o Governo “anti-consticional” está a destruir o país, o Estado Social, e a democracia. Apesar de referir, que o Executivo liderado por Passos Coelho é "legítimo" por ter saído de eleições, refere que “Hitler e Mussolini também foram eleitos e isso não os impediu de produzir os estragos que são conhecidos”.
Referindo-se ao esperado corte nas despesas sociais, que Passos Coelho deverá anunciar, Mário Soares diz: "É de loucos. E há quem pense que este Governo, anti-constitucional, está a destruir o país, o Estado social e a democracia, como é evidente, é legítimo porque foi eleito. Esquecerá, essa luminária, que Hitler e Mussolini também foram eleitos e isso não os impediu de produzir os estragos que são conhecidos?"

O fundador do PS, num tom muito crítico, num texto intitulado “Dia do Trabalhador”, questiona o que pensará o primeiro-ministro e os restantes elementos do Governo quanto ao futuro, e responde com uma acusação. “Certamente julgam que vão poder fugir para o estrangeiro, porventura bem providos de dinheiro que amealharam, enquanto o tiraram ao povo?”

A atenção de Soares vai também para o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, que apelida de “Paulinho das Feiras”, a quem indaga: “Pensará que é tão ou mais responsável que os outros ministros do Governo a que pertence, que pode voltar a dar beijinhos às peixeiras e a fazer-lhes promessas? Julgará que as mulheres dos mercados e das feiras são parvas?”. O articulista defende ainda que a Portas falta coragem, e que se fica apenas pelas ameaças, que diz serem meras palavras.

A Passos Coelho cataloga de “demagogo”, que ignora a fome de milhares de homens e mulheres, “que são obrigados a ir buscar alimentos aos caixotes de lixo e outros a emigrarem....” Para Mário Soares, o primeiro-ministro ignora as pessoas, só sabe falar de dinheiro, e “mal”, e que já só diz coisas “contraditórias”, em que ninguém “de bom senso acredita”. “Será que sendo assim ainda algum responsável o pode respeitar ou sequer tomar a sério quanto ao que se diz?”

Para Mário Soares o único sustentáculo do Governo é o Presidente da República, e pede a Passos Coelho que “tenha vergonha” para que saia enquanto é tempo.
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Mário Soares: A Argentina e o Brasil não pagaram a dívida e

por rasatlab » 25/4/2013 21:00

 
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por PMACS » 23/4/2013 12:16

Achei que este texto ficava bem aqui, pois na Argentina não se passou nada...

Argentina e Euro: as tragédias que ninguém queria ver



O texto de hoje é da autoria de Andrés Malamud, cientista político e investigador do Instituto de Ciências Sociais. O Andrés era membro do governo da Argentina aquando do colapso de 2001.



A 26 de julho de 2001, pelas 21 horas de Buenos Aires, mandei um email que achei original a um amigo americano. Nele informava-o que o default (calote) da Argentina era inevitável e que apenas faltava saber o quando. Eu começava a ter essa conversa diariamente com os meus colegas de governo, mas eles gozavam comigo. "Por que é que gostas tanto de dizer default?", mimicavam. "É o som da palavra que te excita?", zombavam, acho que com carinho. Ninguém acreditava nessa possibilidade, nem no oficialismo nem na oposição. A Lei de Convertibilidade, que estabelecia que o governo daria um Dólar a todos os que entregassem um Peso, garantia a poupança dos argentinos e a estabilidade da economia. A 26 de julho de 2001, eu era assessor de gabinete no Ministério de Justiça e Direitos Humanos e o meu amigo era o politólogo dos EUA que melhor conhecia a Argentina. Por isso, ele era consultado frequentemente pelo Departamento de Estado, e eu suspeitava que também teria feito trabalhos para a CIA. Como analista, entenda-se. A sua resposta foi imediata e lapidar: "Conta-me algo que eu não saiba". E eu que achava que a minha era insider information!

O resto da história é conhecido. A 1 de dezembro, para deter uma corrida aos bancos que ameaçava todo o sistema financeiro, o governo decretou o corralito (restrição ao levantamento de depósitos). Mas numa economia com um alto grau de informalidade, sem dinheiro vivo não há transações - ou seja, falta comida no lar. Seguiram-se assaltos a supermercados, por vezes organizados e sempre aproveitados por fações opositoras, grupos anárquicos e delinquentes comuns. A repressão policial alimentou a violência, e a 20 de dezembro o governo demitiu-se entre gases lacrimogéneos e 30 mortos em enfrentamentos de rua. A 23 de dezembro, um governo provisório declarou o default perante uma ovação em pé do parlamento nacional. A 30 de dezembro, o governo provisório demitiu-se perante massivas manifestações populares contra a corrupção sob o lema "que vão todos (os políticos) embora, que não fique nenhum".

Em janeiro de 2002, um mês depois do corralito, um novo governo provisório decretou o fim da convertibilidade: a Argentina saía do dólar. A economia parou literalmente durante dois meses: as pessoas iam ao emprego e ficavam a olhar umas para as outras. No terceiro mês, boa parte delas resolveu o problema ficando sem emprego. A inflação disparou e a Argentina afundou. Um ano e poucos meses mais tarde, o governo voltou a cair por causa de mais duas mortes violentas. Os partidos políticos implodiram e o novo presidente foi eleito com apenas 22% dos votos.

Mas, no terceiro ano, o país saiu do inferno. Durante uma década, a Argentina passou a exportar mais do que importava, a arrecadar mais do que gastava, e passou a ter alguma estabilidade política. Há quem diga que agora os tempos de bonança estão para acabar, mas isso é outra história. A que aqui se contou é a que espera, quiçá, metade da Europa - e não apenas a Portugal. Meia Europa que continua a achar que pior não é possível e que a austeridade, ou então a resistência à austeridade, pode travar o colapso. Quando disse ao meu amigo americano que o euro não era para durar, ele manteve o discurso de então: "conta-me algo que eu não saiba".

http://expresso.sapo.pt/argentina-e-eur ... er=f802086
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por rmachado » 18/4/2013 14:01

Elias Escreveu:No site da fundação Mário Soares pode ler-se:

Na sua curta existência, a Fundação demonstrou cabalmente a competência de, com meios reduzidos, executar projectos complexos, de grande impacto social e de manifesto interesse público.


Considerando os milhões que a fundação já recebeu e que vai continuar a receber chego à conclusão que o senhor ex-presidente tem um sentido de humor refinado.


Elias, peço desculpa mas estás a "ver mal".
De facto o que a Fundação diz está correto embora falte uma parte no texto que deduzo tenha sido uma granha no site.

Penso que falta a parte "sem contar com a parte dada pelo Estado".
 
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por Elias » 18/4/2013 13:46

No site da fundação Mário Soares pode ler-se:

Na sua curta existência, a Fundação demonstrou cabalmente a competência de, com meios reduzidos, executar projectos complexos, de grande impacto social e de manifesto interesse público.


Considerando os milhões que a fundação já recebeu e que vai continuar a receber chego à conclusão que o senhor ex-presidente tem um sentido de humor refinado.
 
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por PMACS » 18/4/2013 11:46

Paulo Gaião.Quem é esta besta?!

Portugal pode não pagar a dívida e dar-se bem como a Argentina




A memória muitas vezes é curta e os credores não têm interesse em lembrá-la.

Em 2001, a Argentina anunciou que não pagava a sua dívida. Caiu o Carmo e a Trindade.

O historiador britânico Niall Ferguson lembra no livro A Ascensão do Dinheiro (editora Civilização, 2009) que "o spread subiu para 5500" (era de 664 em 2000) "e em Março de 2002 já excedia os 7000 pontos base".

O primeiro embate foi muito complicado. Na ótica dos credores a Argentina estava perdida para sempre.

Mas depois começaram a surgir os primeiros raios de sol argentinos.

Conta Ferguson: "Depois de uma ronda dolorosamente prolongada de negociações (existiam 152 variedades de papel envolvido, denominado em seis moedas diferentes e regido por oito jurisdições) a maioria dos cerca de quinhentos mil credores concordaram em aceitar novas obrigações com o valor de quase 35 cêntimos sobre o dólar -- uma das mais drásticas 'carecadas' da história do mercado das obrigações".

E continua: "O incumprimento da Argentina revelou-se tão bem sucedido (desde então que o crescimento económico subiu em flecha, enquanto os spreads das obrigações regressaram ao âmbito dos 300-500 pontos base) que muitos economistas ficaram a reflectir sobre o que leva qualquer devedor soberano a alguma vez cumprir os seus compromissos para com obrigacionistas estrangeiros".

A história está longe de acabar por se dever dinheiro e se entrar em incumprimento.

Mário Soares tem mais uma vez razão quando disse há uma semana: "Olhe-se a Argentina. A Argentina quando estava numa crise [financeira] disse: Nós não pagamos. Passou-se alguma coisa? Não, não se passou nada"

Esclarecimento: Esclarece-se que o post "Alemanha deve a Portugal 2,3 mil milhões de euros por indemnizações da I Guerra", publicado no passado dia 12 de abril de 2013, se limitou a referir números apurados pelo historiador Filipe Ribeiro de Meneses na sua obra publicada. Os argumentos expostos são da exclusiva responsabilidade do autor do blog, nada tendo a ver com o mesmo historiador.

http://expresso.sapo.pt/portugal-pode-n ... na=f801077
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por C0rr3i4 » 17/4/2013 17:51

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por pepi » 15/4/2013 20:49

Sou fã do Henrique Raposo! :clap:
 
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por jrnabolsa » 15/4/2013 19:34

ul Escreveu:D. Mário Soares I, o Inimputável
Henrique Raposo

O ocaso de Mário Soares está a ser uma espectáculo lamentável. Durante os anos Sócrates, Soares não se distinguiu dos demais capangas socráticos na defesa do chefe. Ante as trapalhadas e mentiras de Eng., o ex-Presidente usou a cassete dos Lellos desta vidinha.

Um pouco triste, não? Soares não se comportou como "pai da democracia" (uma contradição em termos, diga-se), mas como pai do PS. Não mostrou a dignidade do senador, mostrou os dentes do jotinha. Porquê? Para Soares, a democracia é o PS e o PS é a democracia; o PS é a única linha dinástica legítima nesta monarquia republicana chamada III República. Aliás, naquela cabeça, o regime é o ele mesmo, o regime é o próprio Soares, D. Soares I.

Esta presunção de superioridade dinástica subiu de tom após a subida ao poder do actual governo. Numa linguagem arruaceira, Soares tem sugerido um incremento da violência social. Qual miguelista invertido, Soares anda a sonhar há meses com várias Marias da Fonte. E, neste fim-de-semana, passou dos limites quando disse o seguinte sobre Cavaco: "por muito menos do que isto foi D. Carlos morto". Isto é a linguagem de taberna arsenalista, é uma linguagem vergonhosa para um ex-Presidente de uma democracia. Mas, claro, D. Soares I não se sente numa democracia onde ninguém está acima de crítica. D. Soares I julga que está no seu reino, a monarquia republicana onde todos lhe devem respeitinho.

Mas o pior é o silêncio dos média. Soares pode dizer o que quiser. Pode ter atitudes machistas perante eurodeputadas, pode lançar snoneira contra o homem de Boliqueime, pode gozar com os contribuintes quando o seu carro é multado, pode refazer à vontade a sua biografia , pode ser um mero apparatchik do PS, pode até acenar com violência política, pode tudo isto porque passa sempre entre os intervalos da chuva. Ele é o Rei, e o Rei, como se sabe, nunca se molha mesmo quando vai nu.

Enquanto esteve no poder, D. Soares nunca se molhou porque recebeu sempre um tratamento principesco nas redacções (Joaquim Vieira explica ). Agora, depois da reforma, é tratado como um ser inimputável. Ou seja, Mário Soares passou as últimas décadas numa redoma situada acima do bem e do mal.


Ler mais: http://expresso.sapo.pt/d-mario-soares- ... z2QYVcLPV3
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por Opcard » 15/4/2013 18:53

D. Mário Soares I, o Inimputável
Henrique Raposo

O ocaso de Mário Soares está a ser uma espectáculo lamentável. Durante os anos Sócrates, Soares não se distinguiu dos demais capangas socráticos na defesa do chefe. Ante as trapalhadas e mentiras de Eng., o ex-Presidente usou a cassete dos Lellos desta vidinha.

Um pouco triste, não? Soares não se comportou como "pai da democracia" (uma contradição em termos, diga-se), mas como pai do PS. Não mostrou a dignidade do senador, mostrou os dentes do jotinha. Porquê? Para Soares, a democracia é o PS e o PS é a democracia; o PS é a única linha dinástica legítima nesta monarquia republicana chamada III República. Aliás, naquela cabeça, o regime é o ele mesmo, o regime é o próprio Soares, D. Soares I.

Esta presunção de superioridade dinástica subiu de tom após a subida ao poder do actual governo. Numa linguagem arruaceira, Soares tem sugerido um incremento da violência social. Qual miguelista invertido, Soares anda a sonhar há meses com várias Marias da Fonte. E, neste fim-de-semana, passou dos limites quando disse o seguinte sobre Cavaco: "por muito menos do que isto foi D. Carlos morto". Isto é a linguagem de taberna arsenalista, é uma linguagem vergonhosa para um ex-Presidente de uma democracia. Mas, claro, D. Soares I não se sente numa democracia onde ninguém está acima de crítica. D. Soares I julga que está no seu reino, a monarquia republicana onde todos lhe devem respeitinho.

Mas o pior é o silêncio dos média. Soares pode dizer o que quiser. Pode ter atitudes machistas perante eurodeputadas, pode lançar snoneira contra o homem de Boliqueime, pode gozar com os contribuintes quando o seu carro é multado, pode refazer à vontade a sua biografia , pode ser um mero apparatchik do PS, pode até acenar com violência política, pode tudo isto porque passa sempre entre os intervalos da chuva. Ele é o Rei, e o Rei, como se sabe, nunca se molha mesmo quando vai nu.

Enquanto esteve no poder, D. Soares nunca se molhou porque recebeu sempre um tratamento principesco nas redacções (Joaquim Vieira explica ). Agora, depois da reforma, é tratado como um ser inimputável. Ou seja, Mário Soares passou as últimas décadas numa redoma situada acima do bem e do mal.


Ler mais: http://expresso.sapo.pt/d-mario-soares- ... z2QYVcLPV3
 
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por Elias » 14/4/2013 23:28

mais_um Escreveu:Mesmo admitindo que ele estava convencido que ia ganhar - e depois de verificar que não ganhou - a verdade é que bazou - bazou do lugar de deputado para o qual foi eleito. 8-) 8-) 8-)


Foi para não o acusarem de estar a viver à conta dos portugueses.... 8-) 8-) 8-)[/quote]

Pois é, mas agora aparece a mandar bitaites na TV, quando o lugar dele era a mandar bitaites no parlamento (afinal de contas foi esse o mandato que o povo lhe deu).
 
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por mais_um » 14/4/2013 23:26

Elias Escreveu:
mais_um Escreveu:Certo e ele só concorreu para nas discussões nos fóruns não usarem o argumento que ele fugiu ... 8-) 8-)


Mesmo admitindo que ele estava convencido que ia ganhar - e depois de verificar que não ganhou - a verdade é que bazou - bazou do lugar de deputado para o qual foi eleito. 8-) 8-) 8-)


Foi para não o acusarem de estar a viver à conta dos portugueses.... 8-) 8-) 8-)
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por Elias » 14/4/2013 23:22

mais_um Escreveu:Certo e ele só concorreu para nas discussões nos fóruns não usarem o argumento que ele fugiu ... 8-) 8-)


Mesmo admitindo que ele estava convencido que ia ganhar - e depois de verificar que não ganhou - a verdade é que bazou - bazou do lugar de deputado para o qual foi eleito. 8-) 8-) 8-)
Editado pela última vez por Elias em 14/4/2013 23:27, num total de 2 vezes.
 
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por mais_um » 14/4/2013 23:11

Elias Escreveu:
mais_um Escreveu:Só uma pequena correcção, que tu já a fizeste a outros no passado (mas agora deve ter-te passado..) , o Socras não deu à sola, foi corrido em eleições, por vontade dele, ele ainda era 1º ministro. :P


Tens toda a razão nesse aspecto... eu expliquei-me mal, pois quando eu escrevi "deu à sola" estava a aludir ao facto de se ter demitido (é verdade que se recandidatou, mas estou convencido que ele nessa altura tinha plena consciência que não tinha grandes hipóteses de ser reeleito)


Certo e ele só concorreu para nas discussões nos fóruns não usarem o argumento que ele fugiu ... 8-) 8-)
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por Elias » 14/4/2013 22:46

mais_um Escreveu:Só uma pequena correcção, que tu já a fizeste a outros no passado (mas agora deve ter-te passado..) , o Socras não deu à sola, foi corrido em eleições, por vontade dele, ele ainda era 1º ministro. :P


Tens toda a razão nesse aspecto... eu expliquei-me mal, pois quando eu escrevi "deu à sola" estava a aludir ao facto de se ter demitido (é verdade que se recandidatou, mas estou convencido que ele nessa altura tinha plena consciência que não tinha grandes hipóteses de ser reeleito)
 
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por mais_um » 14/4/2013 22:43

Elias Escreveu: A questão não é se o Socras era melhor ou pior, a questão era se havia guito (e com o Socras houve durante muito tempo, quando ele se apercebeu que o guito tinha acabado, deu à sola).



Só uma pequena correcção, que tu já a fizeste a outros no passado (mas agora deve ter-te passado..) , o Socras não deu à sola, foi corrido em eleições, por vontade dele, ele ainda era 1º ministro. :P
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por Opcard » 14/4/2013 19:14

Todas são úteis , nem queiras saber eu utilizo uma em Portugal, onde passam umas dezenas de carro por dia uma maravilha quando comparadas com as auto-estradas no centro da Europa onde sou confrontado com num trafico infernal pois em muitos casos estão acima dos 4 000 , carros hora .



Serra Lapa Escreveu:Em relação ao Pinhal Interior conheço perfeitamente o seu traçado e nada tem a ver com a triplicação das estruturas existententes.
Trata-se de uma obra bem necessária.

Só quem não passa entre Coimbra-Avelar, descomnhece o inferno quotidiano que era esse troço com camiões.
 
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por caracinha » 14/4/2013 18:54

uma coisa e certa todos os politicos fogem para FRANÇA para refugi-o uns patriotas outros não mas que França tem mais encanto la isso tem :mrgreen:
 
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por MarcoAntonio » 14/4/2013 18:15

Antes de mais nada, eu acho que já temos auto-estradas a mais para o binómio necessidades-capacidade. Temos vias a mais para a realidade que temos (mesmo que comparado com outros países até possamos não ter assim uma proporção tão alta de via em auto-estrada).

Francamente, sinto-me confrangido, incomodado mesmo, quando passo em tantos troços de auto-estrada que estão literalmente às moscas. Começo logo a deambular pelos impostos que pagamos, pela dívida em que Portugal está enterrado, pelas medidas de austeridade que nos impõe agora... enfim, entretanto ponho o rádio mais alto para conter a má disposição.


Em relação à dita "terceira auto-estrada Porto-Lisboa" só existem presentemente duas ligações por auto-estrada independentes entre si. E só continuariam a existir mesmo com os troços mencionados atrás. Estamos (e estariamos) longe de ter uma terceira ligação independente.

É preciso compreender que à medida que a rede vai evoluindo é possível estabelecer um número crescente de ligações alternativas não independentes para se chegar do ponto A ao ponto B e que, até, a certo ponto passa a ser possível estabelecer ligações independentes (mas absurdas) para se chegar do ponto A ao ponto B.


Seja como for, eu não aconselharia ninguém a "entrar" nesta discussão sem estar munido/acompanhado de um mapa. Eu quando pego num mapa, não vejo nenhuma terceira auto-estrada a ligar Porto e Lisboa e mesmo quando contabilizados os eventuais novos troços, eu só vejo novas alternativas em partes do trajecto mas que não fazem sentido nenhum utilizar se eu quero ir do Porto a Lisboa. Se eu estou em Coimbra ou perto, o que é que eu vou fazer à Marateca para depois voltar para trás por Setúbal e finalmente Lisboa que é onde eu supostamente pretendo ir?


Ora, um dia eventualmente até vai ser possível ir do Porto a Lisboa sempre em Auto-Estrada e pelo meio passar por Bragança, Viseu, Algarve e Setúbal.

Vai ser a quinquagésima auto-estrada Porto-Lisboa, ou à época, a também chamada "auto-estrada ultra-violeta".

8-)




Reitero que na minha opinião, já existem auto-estradas a mais para a nossa realidade (quanto mais com futuras construções).

Por isso, o debate sobre a construção de mais auto-estradas é legítimo. Em todo o caso, cada troço deve ser avaliado pela sua necessidade individual (e também pela nossa capacidade no momento para embarcar nesse investimento).

Isto é que é realmente o importante...
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FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por SERRA LAPA » 14/4/2013 18:06

Em relação ao Pinhal Interior conheço perfeitamente o seu traçado e nada tem a ver com a triplicação das estruturas existententes.
Trata-se de uma obra bem necessária.

Só quem não passa entre Coimbra-Avelar, descomnhece o inferno quotidiano que era esse troço com camiões.
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por Opcard » 14/4/2013 14:48

Em 2009 era a pergunta que portugueses responsáveis de que eu fazia parte faziam , sem resultado o Sócrates ganhou , há duas auto-estradas circulam 50,5 mil carros dia, a capacidade é de 150 mil e o Governo quer construir mais uma ...'

So uma nota como pela 3° são 370 Km , servia de desculpa pois assim já não era uma Lisboa Porto

"A concessão Auto-estradas do Centro e a Pinhal Interior fazem ou não uma nova Lisboa-Porto . Os especialistas dizem que sim, o Governo oficialmente diz que não. Mas dentro do Executivo e nos meios empresariais há quem olhe para este projecto como absurdo "



Pinhal Interior



Atribuída no início de 2010 à Ascendi Pinhal Interior – Estradas do Pinhal Interior, S.A., através de um concurso público, a nova subconcessão do Pinhal Interior, constitui um dos maiores projectos rodoviários desenvolvidos nos últimos anos em Portugal.

O contrato celebrado integra a concepção, projecto, construção, financiamento, exploração e conservação, por um período de 30 anos, sendo os seus principais eixos a A13/IC3 que liga Tomar a Coimbra e o IC8 ligando Pombal (A17/A1) a Vila Velha de Ródão (A23).

Esta subconcessão irá impactar positivamente a qualidade de vida de mais de 415 mil pessoas e reduzir os tempos de percurso em mais de 40% entre sedes de Concelho, favorecendo, de igual modo, a acessibilidade aos concelhos do Interior Centro, melhorando as deslocações Norte / Sul.
Estado

Extensão
(km)

Lanços

Construção
162.8 km

IC3 - Avelar Norte / Condeixa; IC3 - Condeixa / Coimbra (IP3-IC2); IC3 - Avelar Sul / Avelar Norte; IC3 - Variante a Tomar; IC8 - Proença-A-Nova / Perdigão (A23); EN236-1 - Variante do Troviscal; ER238 - Cernache do Bonjardim / Sertã (IC8); EN238 - Sertã / Oleiros; EN342 - Condeixa / Nó de Condeixa (IC3)

Requalificação
134.3 km

IC3 – Variante de Tomar; IC8 – Pombal / Ansião; IC8 – Pedrógão Grande / Sertã; EN2 – Sertã(IC8) / Vila de Rei; EN2 – Góis(EN342) / Portela do Vento(EN112); ER238 – Ferreira do Zêzere / Cernache do Bonjardim; ER347 – Penela / Castanheira de Pêra.

Exploração
223.2 km

A13/IC3 – Tomar / Atalaia; IC8 – Carriço / Pombal; IC8 – Ansião / Pedrogão Grande; IC8 – Sertã / Proença-a-Nova; EN2 – Vila de Rei / Abrantes(A23); EN110 – Variante de Avelar; EN112 – Portela do Vento / Pampilhosa da Serra; EN236 – Foz do Arouce / Lousã(EN342); EN236-1 – Castanheira de Pêra / Figueiró dos Vinhos; EN238 – Tomar(IC3) / Ferreira do Zêzere; EN342 – Miranda do Corvo(IC3) / Lousã; EN342-4 – Arganil / IC6; EN344 – Pampilhosa da Serra / Vale de Pereiras(EN351); EN351 – Isna de Oleiros / Proença-a-Nova(IC8); EN351 - Vale de Pereiras (EN344) / Proença-a-Nova (IC8).
Subconcessão Pinhal Interior em números:
Investimento total: 1.244 milhões de Euros
Extensão: 520.3 km
 
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