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Caldeirão da Bolsa

Conheça as propostas do FMI para cortar 4 mil milhões na des

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por richardj » 26/1/2013 14:35

relatório de conta da rtp em 2011 (não encontro mais actualizado)

http://img.rtp.pt/wportal/grupo/informa ... C_2011.pdf


receitas:

fundos publicos - 240 milhões dos quais: 89M por "indemnização compensatória" e 150M de taxa audiovisual da electricidade

receitas comerciais - 60M



gastos operacionais 306M:

custo de grelha - 105M

fornecimento de serviços - 47M

pessoal - 108M

amortizações, reservas e outros custos - 46M


perguntas:

como é que se justifica um canal de televisão receber mais dinheiro de indemnizações compensatórias do que as próprias receitas comerciais? As conferencias de impressão e as mensagens politicas estão muito caras, mesmo muito caras.

como é que se pode gastar tanto dinheiro em programas e não se consegue poupar nos custos com o pessoal? ou vise versa.

já agora olhem para está brincadeira das indemnizações compensatórias:


http://www.dgtf.pt/ResourcesUser/SEE/Do ... 9_2012.pdf
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por richardj » 25/1/2013 20:42

sobre a não privatização do grupo rtp tenho umas questões:


1) na vossa opinião, o que é o serviço publico?

2) tendo em conta 1, em que canais do grupo rtp verificam esse serviço?

3) através de que programas que existem no grupo rtp e não existem nos outros canais é feito o serviço publico?

4) existe algum tipo de programa do grupo rtp que nao existe nos outros canais privados?

5) o que são os funcionários do grupo rtp? FP? pertencem ao SEE? a maioria a contrato sem termo?
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por Opcard » 24/1/2013 12:17

Portugal registou um excedente de 0,9 mil milhões de euros no terceiro trimestre do ano passado, um valor com compara com um défice de 1,5 mil milhões de euros observado em igual período de 2011.

Balança de pagamentos da UE com excedente 28,8 mil milhões

24/01/2013

A segunda estimativa hoje divulgada pelo gabinete oficial de estatísticas da União Europeia (UE) indica ainda que a balança de pagamentos correntes da zona euro registou um excedente de 41 mil milhões de euros, acima dos 6,5 mil milhões de euros observados no terceiro trimestre de 2011.

Os números hoje divulgados pelo Eurostat são uma revisão em alta da primeira estimativa, divulgada a 7 de Dezembro, que apontava para um excedente de 28,4 mil milhões de euros na UE e de 26,1 mil milhões de euros na zona euro.

De acordo com o Eurostat, no terceiro trimestre do ano passado, a conta de operações correntes da UE a 27 registou um excedente com os Estados Unidos (34,1 mil milhões de euros), com a Suíça (15,1 mil milhões), com Hong Kong (7,8 mil milhões), com o Brasil (7,4 mil milhões), com o Canadá (5 mil milhões) e com a Índia (1,4 mil milhões).
Já com a China, com a Rússia e com o Japão foram registados défices de 30,1 mil milhões de euros, 6,7 mil milhões e 5,4 mil milhões, respectivamente.

Por Estado-membro, os excedentes mais elevados no terceiro trimestre de 2012 pertenceram à Alemanha (41,5 mil milhões de euros), à Holanda (12,6 mil milhões) e à Suécia (7,8 mil milhões), enquanto os maiores défices foram observados no Reino Unido (20,2 mil milhões), em França (8 mil milhões), na Polónia (3,4 mil milhões) e na Bélgica (2,8 mil milhões).

Portugal registou um excedente de 0,9 mil milhões de euros no terceiro trimestre do ano passado, um valor com compara com um défice de 1,5 mil milhões de euros observado em igual período de 2011.

No terceiro trimestre de 2012, os 27 países membros da União fizeram investimentos directos no exterior no valor de 55,3 mil milhões de euros, uma verba que compara com os 40,5 mil milhões verificados no mesmo período de 2011.
Já o investimento direto estrangeiro em solo europeu atingiu os 35,4 mil milhões de euros, contra 34,3 mil milhões no terceiro trimestre de 2011.
 
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por altrio » 24/1/2013 10:46

http://www.jornaldenegocios.pt/economia ... idade.html

São estas as pessoas que nos dão conselhos sobre como cortar na despesa?
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por Dom_Quixote » 22/1/2013 19:46

Adamhedge Escreveu:... esta encontrada a soluçao para poupar :roll:

é de um gajo ficar com os olhos em bico :?


:shock: :roll: :shock:

Não haverá por lá um samurai que lhe corte a cabeça só para garantir que não chega a velho?
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por Adam hedge » 22/1/2013 18:36

... esta encontrada a soluçao para poupar :roll:

é de um gajo ficar com os olhos em bico :?
Anexos
japao.PNG
japao.PNG (132.31 KiB) Visualizado 3158 vezes
Volta teu rosto sempre na direção do sol e então as sombras
ficarão para trás.

Lembra-te : se não tivesses lido e ouvido falar em aumento de capital tinhas entrado no bes... portanto...
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por rmachado » 22/1/2013 16:17

http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/aland ... -4071.html

Uma bela maneira de gastar dinheiro público...
 
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por A330-300 » 22/1/2013 8:30

País mais pobre,gente com menos dinheiro, serviços hospitalares piores e menor qualidade de vida em geral, qualquer dia a esperança média de vida do tuga volta a cair,ajudando assim o sistema .

Além disso ,li em algum lugar que com a taxa de natalidade a continuar como está , em 2040 seremos só 7,5 milhões.(se calhar de velhos).

Como também li em algum lugar que por volta de 2050 a maioria da população da europa será muçulmana ,a somar a uns que se converterão , seremos finalmente o Marrocos da Europa.Mas não serão tugas(neste momento à beira da extinção) nem marroquinos Vão ser tribos muçulmanas e africanas se vieram juntar aos que já estavam aqui quando liquidaram os últimos trabalhadores do SEF.

Acho que vai ser assim:

Por volta de 2045,2050 , mais ou menos , a grande maioria do povo português terá morrido , os muçulmanos e os manu vão estar por toda a parte ,em guerra por um lugar no parlamento,com a nossa dívida por pagar. Voltam as catanas e entram as bombas , matam uns tugas mais resistentes,os angolê que nos vão ter colonizado financeiramente até lá,a neta da Isabel dos Santos primeira ministra,farão escravos mais uns tugas e estarão em guerra com os arabecos. Para reconstruir o país virão os chinocas,cabelos de pé, construir aquilo que os outros destruíram.E de sobra , alguns foram para a Comporta plantar arroz que a cidade estava perigosa.

Só espero é que algum daqueles cientistas estrangeiros cromos,cabelo meio comprido,banho atrasado, magrinhos,barbudos e óculos redondinhos que andam pelo mundo em suas pesquisas anónimas se lembre de vir a Portugal antes da nossa extinção completa para tirar umas fotografias do nosso habitat e traga um frasco grande para por um dos últimos espécimens de tuga dentro do formol, e levá-lo para um qualquer museu de história natural para que as futuras gerações possam ver e saber de que se trata afinal essa espécie extinta que um dia habitou a terra chamado tuga sapiens.

A330
 
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por PJBM2 » 22/1/2013 3:15

Storgoff Escreveu:
MarcoAntonio Escreveu:
richardj Escreveu:pata, então, tentando ver do outro lado da mesa, porque razão alguém ade descontar para a SS se depois "a ideia" é receber o mesmo dinheiro 40 anos depois?. (noto que não foi o que aconteceu)


É suposto o sistema retornar aquilo que recebe, o que significa que em média o benefício deve ser igual à contribuição, feitas as correcções devidas como a inflação (e justo que o faça, uma vez que não o fazendo alguém - isto é, as gerações vindouras - tem de estar a pagar para outros receberem a mais).

Quanto à razão de existência, o sistema de segurança social é uma espécie de seguro social (como o próprio nome indica de resto). As pessoas descontarão (ou deveriam descontar) para a SS com a mesma perspectiva com que descontam para um seguro automóvel. O sistema assegura um retorno uma vez terminada a idade activa, independentemente do tempo que a pessoa viver (alguns não chegam a receber reforma, outros podem recebê-la durante 40 anos), assegura ainda um retorno em caso de doença, em caso de invalidez, etc, etc.

Basicamente, é para isto que serve a segurança social. Sem este mecanismo, mesmo considerando que ele devolve (deve devolver) aquilo que recebe, existiriam situações complicadas envolvendo invalidez, tempo de vida superior ao expectável, doença, desemprego, etc que colocariam as pessoas na miséria devido a um ou vários destes factores.




Os actuais sistemas de segurança social começaram a nascer por alturas da Grande Depressão, nomeadamente nos Estados Unidos, quando se começou a perceber a necessidade de um mecanismo de protecção ao desemprego, por exemplo.



Infelizmente, os sistemas foram sendo ou deturpados ou implementados de forma deficiente (em Portugal entendo que aconteceu as duas coisas). Ao ponto de se ter tornado um sugadouro onde a umas gerações é extorquido aquilo que insensatamente se resolveu dar a outras; ao ponto ainda de (não há muitos anos atrás) com frequência as pessoas se reformarem antecipadamente porque em termos líquidos ganhavam mais indo para casa do que continuando a trabalhar (estando ainda em idade considerada activa). E por aí fora!


O sistema de segurança social como esta pensado por cá e em muitos países, nomeadamente no que diz respeita às pensões, é um sistema de solidariedade intergeracional onde aqueles que mais ganham mais devem de contribuir.

No que diz respeito às pensões, no fundo é o processo ancestral onde os filhos ajudavam os pais na velhice, daí a necessidade de proles numerosas. Na actualidade este processo foi transferido para a gestão do estado garantindo que todos os filhos contribuem para ajudar todos os mais velhos, cabendo ao estado decidir como cobra os contributos aos mais novos e distribui os benefícios aos mais velhos.

A solidariedade intergeracional acaba em certa medida por ser a forma de o actual activo saldar as contas com os mais velhos.
Também estes contribuíram na sua vida activa para custear o actual activo no seu crescimento até à idade adulta

Dessa forma, todo o tipo de raciocínio que tenta estabelecer uma proporcionalidade directa entre aquilo que desconto e aquilo que devo receber na altura da reforma, deveria cair por terra.


Apesar do que disse, isso não impede que até certo ponto, quem mais descontou deva ter prioridade a uma melhor reforma quando a sua vez chegar mas tudo dentro de determinados limites que por um lado não impliquem uma proporcionalidade directa mas que por outro lado incentivem a contribuir quando se está no activo.

Alias, o maior contributo efectivo dos actuais activos para a sustentabilidade do sistema, não serão de certeza os seus descontos para a SS, já que estes servirão apenas para pagar os actuais pensionistas, mas sim a capacidade de renovar ou mesmo aumentar as novas gerações, seja pelo aumento da natalidade ou pela captação de jovens imigrantes para o país.


Em termos imediatos e práticos, acho que em primeiro lugar deveria haver um plafonamento das pensões publicas.

1500 a 2000€ máximo.

Não estou com isto a dizer que haja plafonamento nas contribuições antes pelo contrário.
Até pelo que disse anteriormente, não há uma ligação directa entre uma coisa e a outra.

Quem quisesse mais era porque na sua vida activa teria salarios elevados e aí teve perfeita capacidade de poupar para produtos financeiros ou outros activos que lhe possam valer na aposentação.

Acho um perfeito escandalo um pais completamente arruinado andar a pagar novas reformas principescas que a todo o mês caiem aos milhares na CGA e algumas também na SS, apesar de proporcionalmente bastante menos.
Queremos um estado social que garanta uma vida digna à generalidade dos pensionistas ou um que apenas garante luxos a uma minoria?
Sinceramente acho que como está neste momento é a propria negação do estado social.


Já agora para aqueles que possam discordar de mim pergunto.

Hoje um individuo que ganhe 4000€ por mês e fique desempregado quanto vai receber mensalmente de subsidio de desemprego na melhor das hipóteses?
Qualquer coisa como 1200€
Não houve aqui um plafonamento brutal?
Não só em valor como , para já não falar, em tempo?
E, se pensarmos bem é muito natural que este desempregado, fique bem mais desamparado do que um pensionista que fosse plafonado nestes moldes. Já que muito provavelmente tem à sua responsabilidade encargos familiares que um reformado é suposto já não ter.


A filosofia da solidareidade intergeracional é a que deve ser mantida e até reforçada.
Todos os que pensam que a solução estará num sistema de capitalização estão no fundo a negar por completo um sistema de solidariedade.
È o conhecido cada um por si e salve se quem puder.

È no fundo a negação dos próprios valores de civilização e o regresso à lei da selva.
Estilhaçar o cimento da coesão social é fácil.
Difícil é mantê-lo.
Se ele estilhaçar, teremos garantidamente um mundo mais perigoso que inevitavelmente se irá virar contra aqueles que achavam que a solução estava no cada um por si.


Este é também o meu entendimento sobre o que deveria ser um sistema justo de segurança social. E é o que a Suíça tem.
Eu acrescentaria que o plafonamento das pensões deveria ser indexado ao PIB. E a pensão mínima deveria garantir a subsistência do pensionista.
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por altrio » 22/1/2013 1:35

MarcoAntonio Escreveu:Penso que aqui neste espaço de tempo de cerca de 10 anos entre as duas análises, o que terá tido mais impacto terá sido a reformulação do cálculo das reformas/pensões (que agora atribui valores mais baixos para vencimentos - ou carreiras contributivas - equivalentes) bem como o aumento da idade média de reforma pelo menos nos trabalhadores do estado (que terá subido cerca de 2 anos entre uma altura e a outra; por sinal na SS o valor baixo um ano e tal e embora o universo seja maior, o montante médio tb é menor... confesso que não computei para ver o que é que tem mais impacto).

E estou em crer que já estão a estimar a continuação da subida da idade média ao longo dos próximos anos que deriva destas e doutras medidas ainda mais recentes que ou anulam a possibilidade (nuns casos) ou desincentivam (noutros) à reforma tão cedo quanto se vinha verificando.

Sem ter lido a análise, apenas a notícia, creio que serão estes os factores com mais impacto dado a matéria que está em causa...


Penso que foi em 2006 que foi inserido nos cálculos das pensões um factor de sustentabilidade, relacionado com a esperança de vida, que faz (se os cálculos estiverem bem feitos) com que o envelhecimento da população não tenha efeito na despesa pública.
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por Pata-Hari » 22/1/2013 0:11

Pode bem ser isso. Mas nota que isto é em 2050, o que significa que até lá morremos todos, mesmo os reformados aos 47 anos.... Isto é mesmo um dos exemplos do "no longo prazo estamos todos mortos". Teremos aqui toda uma geração, entre a nossa e a de quem está a começar a trabalhar que irão pagar duramente a situação presente. Partindo do principio que o estudo até está bem feito (coisa que ficamos sem saber porque o artigo tem apenas afirmações sem qualquer apoio de dados).
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por MarcoAntonio » 22/1/2013 0:05

Penso que aqui neste espaço de tempo de cerca de 10 anos entre as duas análises, o que terá tido mais impacto terá sido a reformulação do cálculo das reformas/pensões (que agora atribui valores mais baixos para vencimentos - ou carreiras contributivas - equivalentes) bem como o aumento da idade média de reforma pelo menos nos trabalhadores do estado (que terá subido cerca de 2 anos entre uma altura e a outra; por sinal na SS o valor baixo um ano e tal e embora o universo seja maior, o montante médio tb é menor... confesso que não computei para ver o que é que tem mais impacto).

E estou em crer que já estão a estimar a continuação da subida da idade média ao longo dos próximos anos que deriva destas e doutras medidas ainda mais recentes que ou anulam a possibilidade (nuns casos) ou desincentivam (noutros) à reforma tão cedo quanto se vinha verificando.

Sem ter lido a análise, apenas a notícia, creio que serão estes os factores com mais impacto dado a matéria que está em causa...
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FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por Pata-Hari » 21/1/2013 23:46

mas não entendo como nem porquê. E a parte da despesa vir a ser 0.2 do pib de 9.7% ainda me faz entender menos. Vamos matar os velhos com algum tipo de peste negra...?

(p.s. - só a ameaça de pestilentar os reformados diminuiria de imediato o número! passavam já todos os reformados-activos de volta ao activo, começando pelo PR :D)
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por MarcoAntonio » 21/1/2013 23:41

Pata-Hari Escreveu:Infelizmente a noticia não diz grande coisa para além do título, fiquei na mesma...


O que eu entendo da notícia é que a análise da Fitch aponta no sentido de que as reformas (já) realizadas até agora anulam o crescimento da despesa que (ainda) está/estava para vir (2010~2050).

É uma perspectiva assustadora, mas é o que eu leio da notícia...
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FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por Pata-Hari » 21/1/2013 23:37

Infelizmente a noticia não diz grande coisa para além do título, fiquei na mesma...
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por Laribau » 21/1/2013 19:54

Pata-Hari Escreveu:
O sistema de segurança social como esta pensado por cá e em muitos países, nomeadamente no que diz respeita às pensões, é um sistema de solidariedade intergeracional onde aqueles que mais ganham mais devem de contribuir


Em muitos países? olha que já não. Essa ideia era sustentada na ideia de que a população seria crescente e que o sistema era auto sustentável. À medida que se constatou que não era, os países alteraram isso.


Eu não sou (fui) muito "Socrático", mas a avaliar pela notícia em anexo, parece-me que a reforma do Vieira da Silva na SS até deu os seus frutos. Ao contrário do que se diz por aí ( com alguma desinformação à mistura...!) a demografia está até bem descontada no actual modelo. Desconfio sempre das agências de rating, mas entre um relatório FMI (encomendado) e a Fitch, tendo a acreditar mais na Fitch ( a não ser que tenha sido o Jerónimo de Sousa a encomendar o estudo da Fitch... :mrgreen: )

http://www.jornaldenegocios.pt/economia ... lacao.html
The sense of responsibility in the financial community for the community as a whole is not small. It is nearly nil. ..... So the wise in Wall Street are nearly always silent. The foolish thus have the field to themselves.

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por mais_um » 21/1/2013 11:21

Bom dia,

Um FDS horrivel, sem electricidade, net, TV, etc..

Deixo aqui um documento interessante:

http://www.imf.org/external/pubs/ft/scr/2013/cr1319.pdf

Há uma tradução parcial do mesmo em:

http://expresso.sapo.pt/os-4-cenarios-d ... al=f780642
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
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por A330-300 » 21/1/2013 6:15

Uma pessoa dessas não é muito afetada porque com um salário de 5000 euros juntou dinheiro de certeza.Interessante era saber quanto é que receberia alguém que ganhasse o salário mínimo.E quanto é o salário mínimo.

EM Portugal, se baixarem as pensões, com os salários que temos , de certeza que vamos ser uns velhos miseráveis ao fim da vida.Como é que alguém que ganha 1000 euros vai juntar dinheiro para ter algum no fim da vida?

Até, a custo concordo que haja um teto para a reforma , mas o mínimo teria que ser sempre um pouco mais alto do que o de lá.

Ah e tal , mas não é possível , porque se os salários são mais baixos , há menos aportes à SS. Entendo o argumento , mas isso só confirma que seremos um país de velhos miseráveis.Que contribuíram para a SS social a vida inteira e vão acabar nas mãos da assistência social.
 
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por Opcard » 20/1/2013 12:40

Ou temos um sistema insustentável ou um sustentável a escolha e nossa , eu já escrevi sobre o sistema de pensões dinamarquês , mas se já em 1879 os socialistas e sindicatos dinamarqueses aceitaram um conjunto de regras , que ainda hoje não são aceites no Sul da Europa.

Sim e dessa data um decisão dos sindicatos em vez de fazerem lutas inglórias contra os patrões em nome do socialismo . Optaram por em dialogo e retirarem o máximo dos benefícios possíveis e por essa decisão dos sindicatos dos países nórdicos com mais de 130 anos que todos ficaram a ganhar os patrões e empregados essa tradição mantém-se e no dialogo sem radicalismo que resolvem as suas crises.

So para relembrar o que escrevi a 17/11/21012:

Pensoes há solução sem levar o estado a falência

Falava a dias com um dinamarquês, dizia ele que os países do sul eram ricos pois pagavam pensões impossíveis no seu pais, ele aos 67 anos iria receber do seu estado menos de 700 euros mês , ganhando 5 000 euros como funcionário publico segundo ele num pais do sul teria sempre entre 3 000 a 4000 euros de pensao .

Amavelmente la me foi dado informaçao dobre o sistema de pensoes da Dinamarca

Que o novo sistema foi introduzido nos anos 90 tem 4 pilares :

- A pensão universal. recebe todo aquele que tenha vivido no país 40 anos, entre 15 e 65 anos 8 500 euros ano . Pode haver um complemento de pensão dependendo das circunstancias individuais , como viver só , ou um pensionistas com uma fortuna pessoal inferior a 9930 €
A pensão do Estado ainda é a principal fonte de renda para um número significativo de aposentados


- Pensão complementar financiado 2/3 por contribuições do empregador, limitado a 300 euros por ano, 1/3 pelo empregado a tempo inteiro O benefício anual desta na pensão pode ir até 3.100 euros. 90% dos dinamarqueses recebem


- Pensão complementar profissional 2/3 trabalhador 1/3 o patrão isto varia entre os 12% e os 18% do salário total ,isto não é considerando como encargo sociail é mais um prémio da empresa eles metem 100 euros e o trabalhador 200 .

- Pensão privada subscritos nas instituições financeiras.

O estranho é que 73% dos dinamarqueses tem uma sensação de segurança sobre as sua futuras pensões , contra 39% em média na UE
 
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por A330-300 » 20/1/2013 10:49

Uma eventual reforma na SS poderia começar por mudar o seu nome , já que o resultado final será um ou mais dos abaixo.

IS - Insegurança Social- Ninguém sabe se vai receber alguma coisa , quanto mais aquilo que pagou.

CSC - Caridade Social Compulsória - Do montante que pagamos ao longo da vida a maior parte vai para os outros.

DS - Dízimo Social- Este dízimo reduzirá todos ao perfeito estado social.Todos igualmente na miséria.Os que pagaram e os que são ajudados.

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por Pata-Hari » 19/1/2013 23:03

O sistema de segurança social como esta pensado por cá e em muitos países, nomeadamente no que diz respeita às pensões, é um sistema de solidariedade intergeracional onde aqueles que mais ganham mais devem de contribuir


Em muitos países? olha que já não. Essa ideia era sustentada na ideia de que a população seria crescente e que o sistema era auto sustentável. À medida que se constatou que não era, os países alteraram isso.
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por Storgoff » 19/1/2013 21:29

MarcoAntonio Escreveu:
richardj Escreveu:pata, então, tentando ver do outro lado da mesa, porque razão alguém ade descontar para a SS se depois "a ideia" é receber o mesmo dinheiro 40 anos depois?. (noto que não foi o que aconteceu)


É suposto o sistema retornar aquilo que recebe, o que significa que em média o benefício deve ser igual à contribuição, feitas as correcções devidas como a inflação (e justo que o faça, uma vez que não o fazendo alguém - isto é, as gerações vindouras - tem de estar a pagar para outros receberem a mais).

Quanto à razão de existência, o sistema de segurança social é uma espécie de seguro social (como o próprio nome indica de resto). As pessoas descontarão (ou deveriam descontar) para a SS com a mesma perspectiva com que descontam para um seguro automóvel. O sistema assegura um retorno uma vez terminada a idade activa, independentemente do tempo que a pessoa viver (alguns não chegam a receber reforma, outros podem recebê-la durante 40 anos), assegura ainda um retorno em caso de doença, em caso de invalidez, etc, etc.

Basicamente, é para isto que serve a segurança social. Sem este mecanismo, mesmo considerando que ele devolve (deve devolver) aquilo que recebe, existiriam situações complicadas envolvendo invalidez, tempo de vida superior ao expectável, doença, desemprego, etc que colocariam as pessoas na miséria devido a um ou vários destes factores.




Os actuais sistemas de segurança social começaram a nascer por alturas da Grande Depressão, nomeadamente nos Estados Unidos, quando se começou a perceber a necessidade de um mecanismo de protecção ao desemprego, por exemplo.



Infelizmente, os sistemas foram sendo ou deturpados ou implementados de forma deficiente (em Portugal entendo que aconteceu as duas coisas). Ao ponto de se ter tornado um sugadouro onde a umas gerações é extorquido aquilo que insensatamente se resolveu dar a outras; ao ponto ainda de (não há muitos anos atrás) com frequência as pessoas se reformarem antecipadamente porque em termos líquidos ganhavam mais indo para casa do que continuando a trabalhar (estando ainda em idade considerada activa). E por aí fora!


O sistema de segurança social como esta pensado por cá e em muitos países, nomeadamente no que diz respeita às pensões, é um sistema de solidariedade intergeracional onde aqueles que mais ganham mais devem de contribuir.

No que diz respeito às pensões, no fundo é o processo ancestral onde os filhos ajudavam os pais na velhice, daí a necessidade de proles numerosas. Na actualidade este processo foi transferido para a gestão do estado garantindo que todos os filhos contribuem para ajudar todos os mais velhos, cabendo ao estado decidir como cobra os contributos aos mais novos e distribui os benefícios aos mais velhos.

A solidariedade intergeracional acaba em certa medida por ser a forma de o actual activo saldar as contas com os mais velhos.
Também estes contribuíram na sua vida activa para custear o actual activo no seu crescimento até à idade adulta

Dessa forma, todo o tipo de raciocínio que tenta estabelecer uma proporcionalidade directa entre aquilo que desconto e aquilo que devo receber na altura da reforma, deveria cair por terra.


Apesar do que disse, isso não impede que até certo ponto, quem mais descontou deva ter prioridade a uma melhor reforma quando a sua vez chegar mas tudo dentro de determinados limites que por um lado não impliquem uma proporcionalidade directa mas que por outro lado incentivem a contribuir quando se está no activo.

Alias, o maior contributo efectivo dos actuais activos para a sustentabilidade do sistema, não serão de certeza os seus descontos para a SS, já que estes servirão apenas para pagar os actuais pensionistas, mas sim a capacidade de renovar ou mesmo aumentar as novas gerações, seja pelo aumento da natalidade ou pela captação de jovens imigrantes para o país.


Em termos imediatos e práticos, acho que em primeiro lugar deveria haver um plafonamento das pensões publicas.

1500 a 2000€ máximo.

Não estou com isto a dizer que haja plafonamento nas contribuições antes pelo contrário.
Até pelo que disse anteriormente, não há uma ligação directa entre uma coisa e a outra.

Quem quisesse mais era porque na sua vida activa teria salarios elevados e aí teve perfeita capacidade de poupar para produtos financeiros ou outros activos que lhe possam valer na aposentação.

Acho um perfeito escandalo um pais completamente arruinado andar a pagar novas reformas principescas que a todo o mês caiem aos milhares na CGA e algumas também na SS, apesar de proporcionalmente bastante menos.
Queremos um estado social que garanta uma vida digna à generalidade dos pensionistas ou um que apenas garante luxos a uma minoria?
Sinceramente acho que como está neste momento é a propria negação do estado social.


Já agora para aqueles que possam discordar de mim pergunto.

Hoje um individuo que ganhe 4000€ por mês e fique desempregado quanto vai receber mensalmente de subsidio de desemprego na melhor das hipóteses?
Qualquer coisa como 1200€
Não houve aqui um plafonamento brutal?
Não só em valor como , para já não falar, em tempo?
E, se pensarmos bem é muito natural que este desempregado, fique bem mais desamparado do que um pensionista que fosse plafonado nestes moldes. Já que muito provavelmente tem à sua responsabilidade encargos familiares que um reformado é suposto já não ter.


A filosofia da solidareidade intergeracional é a que deve ser mantida e até reforçada.
Todos os que pensam que a solução estará num sistema de capitalização estão no fundo a negar por completo um sistema de solidariedade.
È o conhecido cada um por si e salve se quem puder.

È no fundo a negação dos próprios valores de civilização e o regresso à lei da selva.
Estilhaçar o cimento da coesão social é fácil.
Difícil é mantê-lo.
Se ele estilhaçar, teremos garantidamente um mundo mais perigoso que inevitavelmente se irá virar contra aqueles que achavam que a solução estava no cada um por si.
 
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por Opcard » 19/1/2013 21:07

Madoff , para a sua actividade inspirou-se , no sistema de pensões de algum dos países europeus , que seguiram os princípios de Ponzi, o estranho e que ninguém vá preso e o pobre esteja condenado a 150 anos ,

Como sabemos nestes sistemas os últimos a chegar ficam de mãos a abanar .
 
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por richardj » 19/1/2013 20:37

outra argumentação poderá ser:

sou contribuinte, descontei para a SS e agora estou reformado. Ao longos dos anos entreguei dinheiro ao estado para que este agora mo devolva. Nesse sentido, sou credor do estado, o qual me vai pagando o que deve na reforma. Nesse sentido, qual é a moral para quebrar o contrato que tem comigo, credor, e não quebrar o contrato com credores internacionais (detentores de divida publica)?
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por richardj » 19/1/2013 20:09

e nesse sentido, devido ao facto de se verificar que os gastos em SS são superiores às receitas da SS, implanta-se uma reforma, a qual altera os benefícios face aos descontos. Essa alteração é apenas valida para aqueles que se reformem depois dessa alteração da lei, apesar de já terem descontados vários anos na perspectiva de determinada reforma.

Nesse sentido, porque é que a lei que se aplica para a reforma é a lei a quando da reforma e não a lei a quando do inicio dos descontos. Eu quero (tenho) começar a descontar para a SS hoje, sei que vou pagar uma determinada taxa, para ter determinadas garantias, porque é que a lei que se aplica é a lei a quando da minha reforma, se o "contracto social" foi feito 40 anos antes quando comecei a descontar?

Essa questão torna-se relevante no sentido de que uma geração rebentou com as contas da SS e forçou uma constante e permanente alteração da lei, resultando numa distorção significativa entre aquilo que uns descontaram e outros descontaram para a reforma que obtiveram.
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