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Caldeirão da Bolsa

Sr. Presidência da República não fique indignado...

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Sabes o que foi o 25 de Abril?

por Micas30 » 28/4/2008 9:10

Sabes o que foi o regicídio? Onde stavam os Republicanos nessa altura, ups.
Vamos construir um futuro.
Eu Falo por mim estou farto de ver estes senhores sempre a falar no mesmo, 25 de Abril, bla bla, 25 de Abril.
Pareçem os gatos, que só ouvem bla bla WISKAS bla bla.
Está bem foi bom mas acabou.
Está na altura é de começar outra revolução. Como diz aqui um nosso amigo Forense "Isto está a precisar de uma revolução mas uma a sério" :mrgreen:
 
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por jimi » 26/4/2008 14:04

Dá muito jeito não mexer na máquina que engorda o Estado! Será que essa gente não vê que a grande abstenção nas eleições tem a ver com o descontentamento que há?

Se calhar o verdadeiro 25 de Abril ainda está para vir, eu sou de direita mas proponho que se Nacionalizem os bens dos politicos a bem do país! Se ser politico é contribuir para o bem comum, eles devem contribuir com os bens! Um mês do Paulo Teixeira Pinto chega e sobra para pagar as propinas do meu Doutoramento! :)

Quem concorda comigo?
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por charles » 26/4/2008 12:59

Mesmo.....mesmo...mesmo... a propósito disto tudo, passei agora na GALP e a sem chumbo 95 está a 1,484€ :evil: :shock: , não abasteci vou a outra bomba!

É caso para perguntar "e você onde estava no 25 de Abril" :?:

Exmo Sr. P.R. haja sentido de humor para levar isto na boa :mrgreen:, mas lá que é inaceitavel que não se mexa na formula de calculo do imposto sobre os combustiveis, lá isso é :!:
Cumpt

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por artista_ » 26/4/2008 10:50

asterisco7 Escreveu:O pior disto tudo nem é o roubo que foi este negócio, é o facto de não se fazer justiça.

Creio que é grave deixarmos passar isto assim. Não poderá ser feito mais nada, tribunal de contas, Srº Presidente, ...?

Porque quando já nem a justiça nos salva, apetece perguntar onde está a liberdade do 25 de abril? onde está o 25 de abril?


Isto já foi mais que falado aqui e em todo o lado, um dos maiores problemas da sociedade portuguesa (se não o maior?!) é o descrédito total na justiça... quando ela não funciona, emperra-se todos os sectores da sociedade, incluindo o económico!!

O que me parece é que a classe política nunca quis a justiça a funcionar conforme deve ser...todos sabemos a razão provável para que isso aconteça!
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por jimi » 26/4/2008 10:13

E não são empregos do tipo modelo e continente! São empregos em grandes empresas das quais alguns de nós têm acções!

Não tendo nada a ver com filhos de politicos, conto a minha experiencia com o BCP! Tinha algum patrimonio nesta instituição, conta ordenado, ppr, seguros, etc...fui pedir emprestimo para comprar casa e não é que o spred que queriam cobrar era o triplo do Santander? Até os entendo, porque não é fácil pagar 35000 euros p mês a um reformado com 40 e poucos anos! Até ao fim do ano quero cancelar a minha conta no BCP, nuestros ermanos conseguiram mais um cliente!
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por asterisco7 » 26/4/2008 10:12

O pior disto tudo nem é o roubo que foi este negócio, é o facto de não se fazer justiça.

Creio que é grave deixarmos passar isto assim. Não poderá ser feito mais nada, tribunal de contas, Srº Presidente, ...?

Porque quando já nem a justiça nos salva, apetece perguntar onde está a liberdade do 25 de abril? onde está o 25 de abril?


Já agora nos 500m ou melhor 450m já estarão contabilizados os custos de manutenção e suporte ao sistema?


Quanto ao estudo sobre os jovens.
O problema não está nos jovens não saberem quem fez o 25 de abril, esse é o resultado do problema:

a política não cativa os jovens, nem sequer pessoas da sociedade com provas dadas e com competência.

Deixo uma sugestão aos partido, se me permitem: abram-se à sociedade, façam jornadas, campanhas de sensibilização, recrutem jovens que mostrem valor nas empresas e nas nossas escolas e não apenas as pessoas do costume.
 
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por jm4330 » 26/4/2008 9:03

Sr. Presidente dos milhares de desempregados, que não conseguem arranjar emprego ao fim das suas licenciaturas, poderá V. exº. dizer quantos são, os desempregados, filhos dos politicos do nosso querido país. Poi eu digo-lhe Sr. prsidente. Não há, pois todos os filhos, netos dos polticos antes de irem para a faculdade já têm o seu emprego garantido.
Assim os jovens não querem saber do 25 de Abril de 1974.
O 25 de Abril de 1974, foi um milagre, que voc~es politicos transformaram em picos armadilhas etc para toda uma nação.
 
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por charles » 26/4/2008 2:26

Bolo eu limitei-me a transcrever o que a TVI tem no site,mas se queres a minha opinião, a explicação para essa poupança é que ao adjudicarem fizeram-no com menos com menos opcionais do que o que estava inicialmente proposto,-- ora se ambos estamos dentro do assunto orçamentos e adjudicações--isso não se traduz em nenhuma poupança,visto proporcionalmente à outra proposta-SIEMENS- tambem ai iria baixar, pelo que ouvi na peça a SIEMENS tinha uma proposta de metade do valor, tudo o resto é para entreter.
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por bolo » 26/4/2008 1:44

charles Escreveu:
LS Escreveu:Eu aqui perdi-me. De que é que estão a falar? Que dinheiro é esse?


Foi um negócio de cerca de 500 milhões de euros, que atravessou três governos até ser concluído já neste, com o então ministro da Administração Interna, António Costa.

Trata-se do SIRESP, o sistema de comunicações que António Costa teimou em comprar ao consórcio liderado pela Sociedade Lusa de Negócios, contra todos os pareceres e até mesmo havendo, pelo menos, uma oferta 200 milhões de euros mais barata.

Sobre o negócio foi feita uma investigação policial que se arrastou durante três anos.

Os prazos foram excedidos e o inquérito acabou por ser arquivado sem que o principal arguido tivesse sequer sido ouvido.

A TVI tentou ainda falar com o ex-ministro Daniel Sanches, que não se mostrou disponível para falar sobre este negócio onde teve um papel importante.

Vídeo disponível em breve

TVI


Charles,

Isto até pode ser tudo verdade, mas o homem Costa já veio dizer que "o negócio permitiu ao Estado poupar 50.000.000€. Isto é a verdade! O resto é tudo mentira!", portanto, está o assunto encerrado!

Depois disto, com esta pedalada, o assunto está pretenciosamente arrumado.

Para que precismos de investigadores e de juízes, quando este homem já disse o que era! Ou será preciso repetir?!

Eu também trabalho com orçamentos, estudos de viabilidade, aprovação de propostas e objectivos de custos unitários. E tenho que responder por eles. Tenho também sempre a margem para negociar, discutir orçamentos e encontrar o equilíbrio que pretendo, entre a qualidade que quero, e o preço que estou disposto a pagar e o preço que me apresentam.

Esta é uma matéria delicada! O busilis é estarmos a falar do dinheiro de todos nós e de sabermos como é decidico gastá-lo!

Depois, temo que hajam outros factores que concorrem para decisões detes tipo (só temo) e que se afastam dos 3 que acima referi: interesses, pressões, recados e coberturas, compensações, etc. Afinal, os €s são de todos e no limite não são de ninguém!

O dinheiro também é meu, também! Era!

tive em tempo uma bandazita de rap-metal, em que um dos versos de uma música era: "you're above the system, not above the law"!

já eramos muito à frente, mesmo chavalitos a pensar que eramos metal-stars! Que maravilha!
Acabei de me auto-promover a Principiante!
Aaahhgrrr,... os meus dedos não estalam!!!
TAMBÉM QUERO SER RICO! Por onde começo? Estou disposto a deixar de trabalhar!
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por charles » 26/4/2008 0:27

já em 14-11-2006


Polícia Judiciária faz buscas em consórcio que ganhou o SIRESP



Eduardo Dâmaso, Licínio Lima e Carlos Rodrigues Lima

O negócio de adjudicação do Sistema Integrado das Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP), uma rede de comunicações que irá ligar entre si os principais organismos de socorro do País, está envolto em polémica. A Polícia Judiciária (PJ) procedeu a buscas na semana passada na Sociedade Lusa de Negócios (SLN), a empresa que lidera o consórcio com que, a 3 de Julho passado, o Ministério da Administração Interna (MAI) assinou um contrato de 485 milhões de euros para a instalação daquele sistema. As autoridades suspeitam da prática dos crimes de corrupção e tráfico de influências neste caso.

O DN apurou que as buscas envolveram as restantes empresas do consórcio e que elas foram feitas no âmbito de um inquérito aberto há mais de um ano e dirigido em exclusivo por um magistrado, dos quadros de inspecção do Ministério Público, nomeado pelo ex-procurador-geral Souto Moura.

Esta iniciativa é explicada pelo facto de um dos eventuais arguidos no caso poder vir a ser o homem que viabilizou o concurso, Daniel Sanches, ex-ministro da Administração Interna e magistrado do Ministério Público que chegou a ser director do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP). Esta iniciativa do então ministro foi assumida depois de um parecer jurídico oral positivo do magistrado Mário Gomes Dias, auditor jurídico do MAI e eleito na semana passada para o cargo de vice-procurador-geral da República (PGR).

Ainda no tempo do Governo de Santana Lopes, o então ministro das Finanças, Bagão Félix, e o ministro da Administração Interna, Daniel Sanches, assinaram o contrato de adjudicação por cerca de 600 milhões de euros. Isto aconteceu três dias após as eleições legislativas de 20 de Fevereiro. Os ministros adjudicaram, por despacho conjunto, o contrato de "concepção, projecto, fornecimento, montagem, construção, gestão e manutenção do sistema integrado de tecnologia trunking digital das redes de emergência e segurança de Portugal ao consórcio composto pelas empresas Motorola, PTVentures, SLN, Datacomp - Sistemas de Informática e Esegur - Empresa de Segurança". É o que consta do despacho 219/2005, assinado a 23 de Fevereiro

Antes de integrar o Governo, Daniel Sanches era administrador da Pleiade, uma sub-holding da SLN - holding que controla o Banco Português de Negócios (BPN). Dias Loureiro , ex-ministro da Administração Interna de Cavaco Silva e actual deputado do PSD, é administrador não executivo da SLN, um grupo presidido por Oliveira e Costa, ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais de Cavaco Silva.

Na altura era Gomes Dias auditor jurídico no MAI - magistrado do Ministério Público que em Janeiro vai tomar posse como vice-procurador-geral da República, convidado por Pinto Monteiro, o actual PGR. Gomes Dias deu parecer positivo ao negócio, exarando em despacho que "a presente adjudicação se revela como acto de gestão corrente, em função da sua natureza imprescindível e inadiável, atendendo à imperiosa urgência de implementação, em tempo útil, do SIRESP".

O PS ganhou as eleições e António Costa assumiu a titularidade do MAI desconfiado dos contornos do negócio. Neste sentido, solicitou um parecer ao conselho consultivo da PGR e outros actos que levaram o Governo de José Sócrates a renegociar a adjudicação.

Através do seu parecer n.º 36/ 2005, votado em 28 de Abril de 2005, aquele conselho veio a concluir ser nulo o acto de adjudicação, por considerar que os seus autores, membros de um governo de gestão, em funções após a sua demissão, não seriam competentes para a prática do acto de adjudicação. Perante isto, o MAI declarou o negócio nulo.

A PGR, contudo, ressalvava que, à parte daquele pormenor, todo o negócio havia sido realizado segundo a lei em vigor. Neste sentido, António Costa manteve o acordo com o mesmo consórcio, mas este foi renegociado.

Assim, a 3 de Julho deste ano, foi assinado um novo contrato de adjudicação, desta vez por 485 455 000 euros , acrescido do IVA à taxa em vigor, repartida por 15 anos, com início em 2007. Mas, para a PJ, nem tudo está ainda claro.


http://dn.sapo.pt/2006/11/14/sociedade/ ... rcio_.html
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por charles » 26/4/2008 0:26

http://www.portugal.gov.pt/NR/rdonlyres ... pachos.pdf


http://www.portugal.gov.pt/Portal/Print ... A777F1D%7D

Resolução que redefine a instalação do SIRESP e adopta medidas para a sua concretização


2003-03-19
Resolução do Conselho de Ministros n.º 56/2003

A existência de várias entidades com atribuições no âmbito da emergência e segurança, tuteladas por diferentes ministérios, impõe, no domínio das comunicações, a utilização de uma rede nacional única em tecnologia trunking digital, partilhada, que permitirá, em caso de emergência, a centralização do comando e da coordenação das diversas forças e serviços de segurança.

A existência desta rede nacional permitirá, ainda, satisfazer, de forma eficiente, os requisitos operacionais daquelas forças e serviços, garantindo a qualidade, a fiabilidade e a segurança das comunicações, bem como a racionalidade dos meios e recursos existentes.

A Resolução do Conselho de Ministros n.º 26/2002, de 5 de Fevereiro, denominou o projecto e a rede nacional de emergência de SIRESP - Sistema Integrado das Redes de Emergência e Segurança de Portugal, definindo-o como um sistema único, baseado numa só infra-estrutura, nacional, partilhado, que deve assegurar a satisfação das necessidades de comunicações das forças e serviços de emergência e de segurança, satisfazendo a intercomunicação e a interoperabilidade entre aquelas forças e serviços e, em caso de emergência, permitir a centralização do comando e da coordenação.

Considerando que a configuração e a gestão das comunicações de emergência e segurança nacionais exigem sigilo e operacionalidade e atendendo à particular complexidade e especificidade da estruturação do próprio sistema face ao interesse público em presença, que envolve interesses essenciais de segurança do Estado Português, o Ministério da Administração Interna, através do Gabinete de Estudos e de Planeamento de Instalações (GEPI), desencadeou já, ao abrigo do disposto na alínea i) do n.º 1 e no n.º 2 do artigo 77.º do Decreto-Lei n.º 197/99, de 8 de Junho, o necessário procedimento para a contratação de uma assessoria jurídica e financeira que assegurará o acompanhamento do processo administrativo a adoptar para a contratação do fornecimento do SIRESP, bem como o modelo institucional adequado para a gestão daquele Sistema.

No actual quadro de contenção da despesa pública, torna-se necessária a redefinição das condições de instalação daquele Sistema de forma a assegurar a sua implementação em tempo útil.

Em consonância com o objectivo de implementar o SIRESP, define-se o modelo das entidades que asseguram a gestão e operacionalidade daquele Sistema.

Assim:

Nos termos da alínea g) do artigo 199.º da Constituição, o Conselho de Ministros resolve:

1 - Estabelecer que o Sistema Integrado das Redes de Emergência e Segurança de Portugal, adiante designado por SIRESP, é um sistema único, baseado numa só infra-estrutura de telecomunicações nacional, partilhado, que deve assegurar a satisfação das necessidades de comunicações das forças e serviços de emergência e de segurança, satisfazendo a intercomunicação e a interoperabilidade entre as diversas forças e serviços e, em caso de emergência, permitir a centralização do comando e da coordenação.

2 - Estabelecer que, sem prejuízo de outras que venham a ser identificadas, o SIRESP seja partilhado pelas seguintes entidades: associações humanitárias de bombeiros voluntários, Cruz Vermelha Portuguesa, Direcção-Geral das Florestas, Direcção-Geral dos Serviços Prisionais, Exército, Força Aérea Portuguesa, Guarda Nacional Republicana, Instituto da Conservação da Natureza, Inspecção-Geral das Actividades Económicas, Instituto Nacional de Emergência Médica, Instituto Nacional de Medicina Legal, Marinha, órgãos da Autoridade Marítima Nacional, Polícia Judiciária, Polícia de Segurança Pública, Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, Serviço de Informações de Segurança, Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil.

3 - Estabelecer que o SIRESP preveja as necessárias ligações ao Conselho Nacional de Planeamento Civil de Emergência, por forma a assegurar os meios de telecomunicações que, em situações de crise, anormalidade grave ou em tempo de guerra, garantam a indispensável articulação entre este órgão e os serviços de emergência e segurança.

4 - Estabelecer que ficam reservadas para a utilização do SIRESP as faixas de frequências 380 MHz-383 MHz/390 MHz-393 MHz, sendo, caso necessário, disponibilizadas as faixas de extensão 383 MHz-385 MHz/393 MHz-395 MHz.

5 - Determinar que até à implementação do SIRESP seja garantido o acesso às faixas afectas às comunicações de emergência e segurança, para o efeito reservadas pela Autoridade Nacional de Comunicações, ICP-ANACOM, às entidades referidas no n.º 2 que o requeiram e que, cumulativamente, utilizem tecnologia trunking digital e se comprometam a transferir a utilização do espectro, bem como a gestão e a utilização das estações e os equipamentos, nos termos que vierem a ser acordados entre as partes, para a entidade que vier a deter a infra-estrutura única do SIRESP. A consignação de frequências a essas entidades é efectuada mediante pedido devidamente fundamentado e está condicionada à disponibilidade de espectro.

6 - Adoptar, para a exploração e utilização do Sistema, o princípio do utilizador-pagador.

7 - Estabelecer que, tendo em conta a indispensável rentabilização das infra-estruturas de telecomunicações existentes que sejam tecnicamente compatíveis com o SIRESP, na fase de implementação do mesmo, o Ministério da Administração Interna deve acordar com as entidades detentoras dessas infra-estruturas os termos de utilização das que possam ser integradas no suporte do SIRESP.

8 - Estabelecer que toda a infra-estrutura tecnológica básica do SIRESP seja instalada de forma faseada, durante seis anos. Na primeira fase, a executar em 2003 e 2004, serão instaladas estações de base e toda a infra-estrutura básica correspondente às zonas urbanas e suburbanas das cidades de Lisboa, Porto, Braga, Guimarães, Coimbra, Aveiro, Leiria e Faro. Nas fases seguintes, a executar entre 2005 e 2008, será finalizada a cobertura dos distritos de Lisboa, Porto, Braga, Coimbra, Aveiro, Leiria e Faro, e instaladas, de acordo com o cenário de implementação a adoptar, as demais estações de base, bem como toda a infra-estrutura prevista nos restantes distritos do continente.

9 - Estabelecer que em paralelo com esta instalação, e em articulação com os Governos Regionais das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, seja elaborado um plano específico para instalar as estações de base e toda a infra-estrutura básica correspondente naquelas Regiões Autónomas.

10 - Fixar que os requisitos da cobertura radioeléctrica exigida para o SIRESP possibilitem as ligações a partir de equipamentos portáteis de 1 W em 95% dos lugares e 95% do tempo nas zonas urbanas, suburbanas, auto-estradas e itinerários principais e em 90% dos lugares e 95% do tempo nas zonas rurais e restantes vias de comunicação, penetração nos edifícios a 80% nas zonas urbanas e a 50% nas zonas rurais. Fixar que nas zonas rurais se tenha em conta a existência de instalações que justifiquem uma maior penetração de sinal.

11 - Definir que, dada a natureza dos serviços que o SIRESP irá apoiar (emergência e segurança), o Sistema tenha uma redundância dos elementos essenciais da rede que garanta uma disponibilidade operacional superior a 99,9%.

12 - Definir que o Sistema permita uma comunicação encriptada em toda a rede, assegure confidencialidade, obedeça às directivas europeias e acordos internacionais, garanta a interoperabilidade do Sistema e dos terminais e obedeça aos requisitos funcionais básicos de comunicações.

13 - Determinar a criação de um conselho de utilizadores, de carácter exclusivamente público, integrando representantes de todos os utilizadores da rede e presidido por um elemento a designar pelo Ministro da Administração Interna.

14 - Determinar que o Governo defina, em diploma próprio, o modelo da entidade a criar para a gestão e exploração do SIRESP, a sua articulação com o conselho de utilizadores, bem como a regulamentação deste conselho.

15 - Determinar que a aquisição, a instalação e a manutenção do SIRESP poderão ter por base uma parceria público-privada, a estabelecer nos termos e de acordo com as regras e procedimentos previstos na legislação aplicável nessa matéria, caso se verifiquem os requisitos necessários, e que funcionará de acordo com regras de gestão que visem o respectivo autofinanciamento.

16 - Atribuir ao Ministério da Administração Interna, em articulação com a Autoridade Nacional de Comunicações, ICP-ANACOM, a coordenação do processo conducente à implementação do SIRESP, bem como da migração tecnológica das redes existentes, sem prejuízo das competências atribuídas por lei a outras entidades.

17 - Revogar a Resolução do Conselho de Ministros n.º 26/2002, de 5 de Fevereiro.

Presidência do Conselho de Ministros, 19 de Março de 2003.
O Primeiro-Ministro, José Manuel Durão Barroso.
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por charles » 26/4/2008 0:20

LS Escreveu:Eu aqui perdi-me. De que é que estão a falar? Que dinheiro é esse?


Foi um negócio de cerca de 500 milhões de euros, que atravessou três governos até ser concluído já neste, com o então ministro da Administração Interna, António Costa.

Trata-se do SIRESP, o sistema de comunicações que António Costa teimou em comprar ao consórcio liderado pela Sociedade Lusa de Negócios, contra todos os pareceres e até mesmo havendo, pelo menos, uma oferta 200 milhões de euros mais barata.

Sobre o negócio foi feita uma investigação policial que se arrastou durante três anos.

Os prazos foram excedidos e o inquérito acabou por ser arquivado sem que o principal arguido tivesse sequer sido ouvido.

A TVI tentou ainda falar com o ex-ministro Daniel Sanches, que não se mostrou disponível para falar sobre este negócio onde teve um papel importante.

Vídeo disponível em breve



FONTE TVI
Editado pela última vez por charles em 26/4/2008 2:29, num total de 1 vez.
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por LS » 26/4/2008 0:12

Eu aqui perdi-me. De que é que estão a falar? Que dinheiro é esse?
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por artista_ » 25/4/2008 23:59

Bom eu não gosto de acusar ninguém sem provas, mas acho incrivel como é que pode haver tanta promiscuidade entre a política e os negócios de milhões... e o mais incrivel no meio disto tudo é que o tal sistema, que era para ter entrado em funcionamento antes do Euro 2004, ainda só está a funcionar em meia dúzia de distritos (ou conselhos, já nem sei)...

Mas mais uma vez eles virão dizer que foi tudo legal e que os interesses do estado foram defendidos... enfim o costume, fica tudo na mesma!

E conseguem eles colocar o povinhos uns contra os outros, porque isto está mau que aqueles ganham muito e alguns fogem ao fisco e... pois!!

Boa noite
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por jimi » 25/4/2008 22:56

Olha que 3...

Lobo Xavier - Vejam a Sabado da semana passada!

Mas ontem no jornal o crime também estava uma lista engraçada:

fernando nogueira
josé de oliveira e costa
rui machete
armando vara
paulo teixeira pinto
antónio vitorino
celeste cardona
josé silveira godinho
joão de deus pinheiro
elias da costa
ferreira do amaral
jorge coelho

Esta lista é para si Sr. Presidente da Republica!!!!!
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por charles » 25/4/2008 21:58

O que é curioso é que isto fica entre compadres, o efeito da força do corporativismo, na politica, deve ser onde tem o seu expoente máximo, os assuntos "quentes" passam de Ministro em Ministro de Sec. de Estado em Sec. de Estado, com ou sem mudanças de côr partidária , e nenhuma destas figuras dá um murro na mesa denunciando o que quer que seja, quando virmos as habituais inaugurações temos de ter presente que a obra devia ter custado metade do preço, e que quem construiu foi escolhido antecipadamente, por isso eu já defendi noutros tópicos acabe-se com concursos publicos, e publicações em diário da republica, quer para construir o que quer que seja quer para questões de empregabilidade, é tudo uma grande treta.


Haverá alguma proposta que sendo a melhor para o bolso do cidadão e para o estado em termos de custo beneficio, seja ela a vencer de forma justa, se não é assim este modelo de adjudicação está podre e esgotado!

P.S. Só por curiosidade e a propósito da reportgem e politica, o substituto de Jorge Coelho na quadratura do circulo é António Costa :roll:, a televisão tem uma grande força, e chega a ser uma rampa de lançamento e os politicos são astutos em ir andando por ai a participar neste genero de programas :!:
Editado pela última vez por charles em 26/4/2008 1:18, num total de 1 vez.
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por jimi » 25/4/2008 21:43

charles Escreveu:A reportagem sobre 500.000.000€...vi, isto tá tudo minado.


Ninguem faz nada? :evil: :evil: :evil: :evil:

Fiquei sem palavras...com o dinheiro dos nossos impostos? Somos 3º Mundo! E mais nada!
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por charles » 25/4/2008 21:38

A reportagem sobre 500.000.000€...vi, isto tá tudo minado.
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Penso que a TVI acabou de responder à minha questão!!!

por jimi » 25/4/2008 21:32

Penso que a TVI acabou de responder à minha questão!!! Viram?
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por charles » 25/4/2008 21:25

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Re: Sr. Presidência da República não fique indignado...

por ASR » 25/4/2008 21:21

jimi Escreveu:Quero Perguntar ao Sr. Presidente porque será que os jovens não querem saber nada disto e muito menos de politica?


hmm...

O caldeirão tem alguns ilustres visitantes, mas acho que o Sr. Presidente da República não costuma cá vir.

AR
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por The Mechanic » 25/4/2008 21:18

Há dois anos atrás escrevia eu isto, que merecia ser enviado ao Presidente ...

25 de ABRIL


" .. a propósito , onde estavas tu no 25 de Abril ? " apetece perguntar ...
" Estava no tabuleiro do lado direito , quase a chegar às portagens ..." apetece responder .



Isto porque , gajos como eu que passados 32 anos , tem agora menos ou por volta dessa idade , lembram-se lá ou sabem lá o que foi o 25 de Abril de 1974 ...?!

As pessoas que viveram no antigo regime , como os nossos pais e avós , vêm direito a um gajo e dizem " ... mas tu sabes lá como era o tempo do Salazar e aquilo antes do 25 de Abril ... " como se isso fosse o suficiente para que se fizesse luz nos nossos espíritos e nós automáticamente soubéssemos o que eram as agruras desses tempos !!!

Eu pra mim , perguntarem-me isso é o mesmo que perguntarem " ... mas tu sabes lá como era o tempo do D. Afonso III e aquilo com os Mouros cá ... " . E D. Afonso III conquistou 7 castelos !!
Ou " ... tu sabes lá como era o tempo do Tiranossauro Rex e aquilo antes da Idade do Gelo ... "

E não adianta explicar-lhes que , se um gajo não viveu o que eles viveram , não pode dar o valor que eles dão à data !!!
Um gajo até saber o que é fome , deixa metade no prato ...



O que é o 25 de Abril de 1974 para um jovem de 20 anos dos dias de hoje ?!

Se formos fazer um inquérito rua fora , a perguntar o que foi o 25 de Abril , vamos de certeza obter as respostas do seguinte calibre :


" Claro que sêi ! É a data que antecede o 26 de Abril de 1974 , mas ... !! ...PRECEDE !! ... o 23 de Abril de 1974 .. ! "

" Parece que era uma especie de festa que havia como aquela de Campomaior em que enfeitavam as ruas com flores , porque andavam todos com cravos nas mãos e mái não sêi quê ... "

" ...aaahhhhh ... foi um movimento de libertação Gay , acho eu ... havia até uma manifestação em que homens vestidos de soldados davam pulinhos com flores metidas em espingardas de brincar como simbolo fálico , não era ... ?! "

" ... acho que foi uma tentativa falhada de deslocar a data dos Santos Populares . As pessoas aderiram , mas estava muito frio e não voltaram a fazer , mantendo desde então as festas no 13 de Junho , que é mais quentinho ... É !! ...foi isso ... "

" ... sinceramente , tenho quase a certeza que foi o Benfica ou o Sporting ou o qué que foi , que foram Campeões Europeus de Futebol e o pessoal foi festejar para a Av. da Liberdade . "

" Veio cá o Papa e passou por Lisboa de caminho pra Fátima e foi dormir ao Porto e as pessoas gostaram muito . "

" ...ah ... foi um concerto no Pavilhão Atlantico não foi ?! Com o Sérgio Godinho e o Zeca Afonso ou lá o que era ... diz que já não havia bilhetes , senão eu tambem tinha ido ... c`a minha namrada ..."



Pais , Avós e Bisavós de Portugal !!
Mentalizem-se que os jovens de hoje não fazem , repito , não fazem puto de idéia o que foi o Movimento das Forças Armadas , a Revolução dos Cravos ou os Capitães de Abril !!

Tal como não sabem o que foi a Restauração da Independência em 1640 e pensam que foi um evento ligado ao Turismo e aos Restaurantes , à laia de uma boa Sardinhada nas docas de Portimão ...

Ou quem foi a Brites de Almeida em 1385 ( embora saibam que houve uma Padeira de Aljubarrota que batia nos Espanhóis , mas não sabem bem porquê ... ) .

São capazes de já ter visto uma imagem do Infante D. Henrique , mas sabem lá se o gajo gostava de barcos ?! Sabem é que pela imagem o individuo andava vestido de preto , inclusivé aquele chapéu de Mexicano que o gajo tinha na cabeça e , pralem do mais , tinha bigode , pelo que aquilo era chefe de algum culto satânico , de certeza .

Os jovens hoje não estão preocupados com essa coisas do 25 de Abril !!
Estão preocupados é com a falta de emprego , a gripe das aves e sobretudo com a subida do petróleo e como isso faz subir a gasolina e logo à noite pra ir à Discoteca lá vão ter de meter mais 10 Euros pra andar meia duzia de Km e isso sim !! é uma chatice ...




Os anos passam, o mundo gira , mas há tanta coisa que fica na mesma...



Um abraço ,

The Mechanic
" Os que hesitam , são atropelados pela retaguarda" - Stendhal
"É óptimo não se exercer qualquer profissão, pois um homem livre não deve viver para servir outro "
- Aristoteles

http://theflyingmechanic.blogspot.com/
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Sr. Presidência da República não fique indignado...

por jimi » 25/4/2008 20:55

e pense no PORQUÊ de tanta ignorancia ou antes mais numa de I DO NO CARE!

Antes de mais quero pedir desculpa aos Administradores do Fórum por puxar este assunto, mas os problemas de educação e cultura que se estão a verificar neste momento terão (ou já têm) um grande impacto na nossa economia.

Quero Perguntar ao Sr. Presidente porque será que os jovens não querem saber nada disto e muito menos de politica?

Eu com 28 anos e professor universitário com contrato desde sempre, posso dizer que por acaso até sabia as respostas do inquerito, mas efectivamente não quero saber de nada que tenha politica no meio!
JIMI
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