Ainda o Santo Graal...

Pata, pensa bem...
Eu disse:
"Esta empresa (A) terá maiores lucros do que a outra (B) e a longo prazo, como tem mais lucros e maior disponibilidade, torna-se mais agressiva na publicidade, por exemplo, e aumenta as vendas."
Estamos a admitir que partimos de uma situação igual entre as 2 empresas: Mesmo nº de acções, vendas iguais, resultados iguais, idênticas cotações.
Agora vamos por partes.
Numa 1ª fase a empresa A tem maiores lucros do que a B. Mantêm-se iguais as vendas, nº de acções, cotações.
Nesta fase o PER da empresa A torna-se melhor do que o da empresa B enquanto que o PTS não variou.
O PER dá-nos indicações mais rápidas.
Numa 2ª fase intermédia é que teríamos, no exemplo dado, gastos com publicidade e, ainda, não teríamos o consequente ou previsível aumento de vendas.
Aqui nesta fase, podes dizer que o PER desta empresa A pode transitoriamente dar um negativo pois aumentaram custos mas não aumentaram as receitas. Mas essa indicação é apenas válida para a análise da empresa A ao longo do tempo.
Para a comparação entre as duas empresas estás-te a esquecer que na 1ª fase a empresa A já tinha ficado com um PER melhor do que a empresa B e que, mesmo com estes custos, é muito provavel que essa relação se mantenha.
E o PTS continua a não variar pois ambas continuam a vender o mesmo...
Passemos à 3ª fase em que aumentaram as vendas da empresa (A) em consequência dessa campanha publicitária (maiores custos).
Eu parto da hipótese que a campanha publicitária foi um êxito (maiores custos, maiores vendas, maior lucro) mas tu parece que estás a pensar que foi um fiasco com maiores custos, maiores vendas e menos lucro!!!
Nessa tua hipótese remota é claro que o PTS funcionava melhor...
Na minha hipótese, mais plausível, eu apenas afirmei que ambos os indicadores dão sinais positivos... mas se um dá sinais mais fortes ou não já é mais discutível.
A tua afirmação:
- não está correcta na fase 1.
- é incerto se está ou não correcta na fase 2.
- só está correcta na fase 3 se o aumento de vendas-aumento de custos, não originar também um aumento dos resultados
Para finalizar devo dizer que o exemplo em discussão é absolutamente teórico pois na realidade seria muito natural que o mercado tivesse valorizado a cotação da empresa (A) por causa dos melhores resultados.
Da subida da cotação, isoladamente, resultariam indicações no mesmo sentido e negativas tanto através do PER como através do PTS.
Misturar ainda, ao exemplo dado, a variação da factor “cotação” só complicaria os cálculos...
Bjs,
JAS
P.S. - Gostei muito da discussão mas... eu nunca usei o PER
nem me parece que venha a usar o PTS. 
Eu disse:
"Esta empresa (A) terá maiores lucros do que a outra (B) e a longo prazo, como tem mais lucros e maior disponibilidade, torna-se mais agressiva na publicidade, por exemplo, e aumenta as vendas."
Estamos a admitir que partimos de uma situação igual entre as 2 empresas: Mesmo nº de acções, vendas iguais, resultados iguais, idênticas cotações.
Agora vamos por partes.
Numa 1ª fase a empresa A tem maiores lucros do que a B. Mantêm-se iguais as vendas, nº de acções, cotações.
Nesta fase o PER da empresa A torna-se melhor do que o da empresa B enquanto que o PTS não variou.
O PER dá-nos indicações mais rápidas.
Numa 2ª fase intermédia é que teríamos, no exemplo dado, gastos com publicidade e, ainda, não teríamos o consequente ou previsível aumento de vendas.
Aqui nesta fase, podes dizer que o PER desta empresa A pode transitoriamente dar um negativo pois aumentaram custos mas não aumentaram as receitas. Mas essa indicação é apenas válida para a análise da empresa A ao longo do tempo.
Para a comparação entre as duas empresas estás-te a esquecer que na 1ª fase a empresa A já tinha ficado com um PER melhor do que a empresa B e que, mesmo com estes custos, é muito provavel que essa relação se mantenha.
E o PTS continua a não variar pois ambas continuam a vender o mesmo...
Passemos à 3ª fase em que aumentaram as vendas da empresa (A) em consequência dessa campanha publicitária (maiores custos).
Eu parto da hipótese que a campanha publicitária foi um êxito (maiores custos, maiores vendas, maior lucro) mas tu parece que estás a pensar que foi um fiasco com maiores custos, maiores vendas e menos lucro!!!
Nessa tua hipótese remota é claro que o PTS funcionava melhor...
Na minha hipótese, mais plausível, eu apenas afirmei que ambos os indicadores dão sinais positivos... mas se um dá sinais mais fortes ou não já é mais discutível.
A tua afirmação:
Pata-Hari Escreveu:...o efeito seria mais forte no PTS dado que o custos do investimento que provocou esse aumento de vendas não seria de forma alguma repercutido no indicador, enquanto que o seria no PER (porque os lucros sairiam reduzidos dos custos de publicidade..)
- não está correcta na fase 1.
- é incerto se está ou não correcta na fase 2.
- só está correcta na fase 3 se o aumento de vendas-aumento de custos, não originar também um aumento dos resultados
Para finalizar devo dizer que o exemplo em discussão é absolutamente teórico pois na realidade seria muito natural que o mercado tivesse valorizado a cotação da empresa (A) por causa dos melhores resultados.
Da subida da cotação, isoladamente, resultariam indicações no mesmo sentido e negativas tanto através do PER como através do PTS.
Misturar ainda, ao exemplo dado, a variação da factor “cotação” só complicaria os cálculos...
Bjs,
JAS
P.S. - Gostei muito da discussão mas... eu nunca usei o PER

