CEO do Pestana pede “regulação” para responder ao turismo de massa

[PXYC]

A esse ritmo teremos as casas existentes ( mais antigas, menos modernas, menos equipadas, mais degradadas ) a custar o mesmo que as novas?
É um paradoxo.

Se a antiguedade da construcção fosse o único factor para o preço..
Uma das coisas que mais se valoriza numa habitação, pelo menos nos centros urbanos, que são as zonas mais densamente povoadas e aquelas que mais contribuem para as estatísticas, é a localização. E as melhores localizações, até termos de novo um grande terremoto, estão ocupadas há muitos anos.

........
O número de vendas baixou, mas o preço de venda continua a subir.
E agora as tx juro vão voltar a baixar até 2%.
Conclusão: os preços não vão baixar.

[caldeirum]

Quais eram as estratégias dos diferentes partidos, durante a campanha, para lidar com este problema?
Como se soluciona esta situação com um crescimento da população de 40mil pessoas ao ano (oficial) - seja pela natalidade ou por via de imigração, e com uma economia dependente do turismo?

O PS não só falhou, como contribuiu activamente para este resultado. Agora é vez da direita.

Eu não consigo deslumbrar uma solução para este problema que agrade a todos. Estou p'ra ver.



Cump

[Garfield]

Boas,

Relembro a minha questão acerca da vossa opinião se o atual momento do ponto de vista de aquisição é apenas "horrible" para quem procura a sua primeira casa ou julgam que para quem já possui casa e pretende mudar-se é igualmente "horrible"?

Opiniões?

Boa Páscoa a todos.

BN
Garfield

[MarcoAntonio]

Renda mediana sobe 11,6% e tem o maior aumento anual desde 2020

As rendas continuaram a aumentar no quarto trimestre de 2023 e atingiram os 7,71 euros por metro quadrado. O número de novos contratos também aumentou mais de 4%.

[MarcoAntonio]

Investimento imobiliário caiu para metade em 2023

Dos 1.600 milhões de euros que entraram no capital dos imóveis, a hotelaria e o retalho asseguraram 40% e 35%, respetivamente. A queda resulta de investidores mais cautelosos, concluiu o estudo Property Handbook.

[caldeirum]

Dada a crise na habitação, são necessárias medidas especiais. Falta transparência no sector da construção, onde se repete como um mantra, "há falta de mão de obra". Uma das medidas deveria passar por reportar as margens de lucro. Se realmente é uma questão de custos com a mão de obra e inflação dos materiais de construção, não haverá qualquer argumento para não divulgar.


Seria um escândalo.

PS: Convém mencionar que é neste sector onde morrem mais trabalhadores anualmente. Ainda assim pagam uma miséria.

[MarcoAntonio]

Novo crédito financiou em média 69% do valor da casa em 2023, abaixo do ano anterior

O Banco de Portugal indica que a banca cumpriu, de forma global, as regras de concessão de crédito inscritas na medida macroprudencial em 2023.

[BearManBull]

Não há gente capaz ,os profissionais para a construção saídos das escolas profissionais no que toca a trabalho braçal é uma treta .

O paradoxo é que nunca se pagou tao mal e nunca foi tao caro o m2.

[MarcoAntonio]

Diferenças entre valor de uma renda e expectativa de quem procura chega aos 128 euros no Porto e 393 em Lisboa

A disparidade na cidade nortenha foi a que mais aumentou na Europa em relação ao ano passado, quando a diferença era de 19 euros. O estudo “Rent Gap Monitor” concluiu que a taxa de discrepância abrandou em 14 das 23 cidades europeias analisadas, o que reflete o travão na subida das rendas.

[caganixo7]

Para quem não viu:

https://sicnoticias.pt/programas/futuro ... o-03486c08

[Opcard]

Num mercados onde os preços aumentas com menos negócios diz bem da escassez , não há mão de obra .

Não há gente capaz ,os profissionais para a construção saídos das escolas profissionais no que toca a trabalho braçal é uma treta .

Será a solução .
“ ..alquimia acontece pela mistura de materiais saídos da gigantesca impressora, de cinco toneladas – o equivalente em peso a dois SUV e a um carro ligeiro. O engenho de robótica é desmontável, para ser transportado num contentor de camião até ao terreno onde vai nascer a casa. No local, lança por um orifício filamentos de uma pasta à base de cimento, agregados de pedra, água, areia e fibras, que depois de seca (entre cinco a oito horas) fica betão. Saem 20 cm de pasta por segundo, numa tira contínua com 5 cm de espessura e 3 cm de altura. Camada após camada, erguem-se as paredes. E ao fim de 20 horas fica feita a casa da tipologia mais corrente: T2 com 88 m2, para um agregado de três a cinco pessoas.
Já existe uma destas dimensões, protótipo, em Vilar de Pinheiro (Vila do Conde), que serve de cartão de visita da nova empresa de construção tecnológica do Porto, a Havelar (o nome deriva do verbo inglês “have”, ou seja, “ter”, com o substantivo “lar”). O preço rondará os €150.000 + IVA, porque o método de construção é 70% mais rápido e 60% mais automatizado do que o convencional. Rodrigo Vilas-Boas, sócio fundador da empresa e arquiteto do ateliê OODA, que desenhou a casa, diz à SÁBADO: “Tem conforto térmico e resistência acústica. A caixa de ar das paredes rugosas, de 30 cm, é preenchida com granulado de cortiça que permite um isolamento muito eficaz.”
Para monitorizar a performance da casa já impressa, uma equipa da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e do Instituto de Construção Sustentável, instalou sete sensores na casa. Recolhendo, assim, dados para melhorar ou manter parâmetros.



Três pessoas para construir
h A falta de mão de obra deixa de ser um problema. No caso da impressão em 3D, só são necessários três a cinco profissionais (arquitetos ou engenheiros das áreas de informática, mecânica, robótica e civil), consoante o tipo de casa: um deles trabalha no software, que dita à impressora como expelir a massa de betão das paredes; outro supervisiona a qualidade da impressão; e o terceiro controla a qualidade do material de construção, calibrando as quantidades dos componentes da mistura. As canalizações para a água e eletricidade são instaladas nos tetos e pavimentos, atravessando os ocos das paredes impressas. Mais duas ou três semanas bastam para montar a cozinha, WC pré-fabricadas, e está feito.
Antes de entrar para o mercado, a casa-modelo tem recebido visitas de investidores e fornecedores de materiais, que ficam “entusiasmados”, garante Rodrigo Vilas-Boas. Perspetiva a construção em larga escala, a pensar na classe média, no povoamento de zonas do interior e no tempo. “É necessário atuar de forma urgente,

[BearManBull]

Na vossa opinião a situação é "horrible" apenas para quem precisa de comprar a primeira casa, ou também para os que pretendam mudar de residência?

Para mim viola-se o direito fundamental da propriedade privada. É algo mais profundo do que se vê à superfície e um dos grandes catalisadores para se ter uma sociedade cada vez mais polarizada.

[Garfield]

Boas,

A esse ritmo teremos as casas existentes ( mais antigas, menos modernas, menos equipadas, mais degradadas ) a custar o mesmo que as novas?

É um paradoxo.

Na vossa opinião a situação é "horrible" apenas para quem precisa de comprar a primeira casa, ou também para os que pretendam mudar de residência?

Li recentemente que no caso de quem apenas pretende mudar de casa, apenas tem de lidar com o eventual diferencial, mas qual será a grandeza desse diferencial?


BN
Garfield

[MarcoAntonio]

Preços da habitação aumentaram 8,2% em 2023, com vendas a caírem 18,7%

Por categoria, os preços das habitações existentes aumentaram 8,7%, acima da taxa de variação observada nas habitações novas (6,6%).

[Garfield]

Boas,

Por acaso quando há uns dias me referi à questão da permanente cobrança de IMT em todas as transações de cada imóvel como um fator de inflaccionamento dos custos e respectivos preços de venda posteriores, ficou por referir a questão das comissões imobiliárias que têm exactamente o mesmo efeito e se encontram completamente desreguladas.

Tal como fizeram com as comissões bancárias das contas à ordem, era necessário regulamentar de alguma forma esta questão pois não há nenhuma lógica económica nesta montanha russo em permanente "loop" em cada transação de um imóvel.

E até porque os valores cobrados são claramente excessivos para o trabalho em causa. Estou convicto que o arquitecto ou o engenheiro responsáveis pelo desenho do imóvel e pela sua construção, na medida da responsabilidade e trabalho técnico desenvolvido seja remunerado com a grandeza que o trabalho do agente imobiliário.

A situação tem se tornado ainda mais grave pois as imobiliárias continuam a cobrar o mesmo que há anos atrás e no entanto graças às suas páginas na internet é lhes agora muito mais fácil fazer chegar a informação da desejada venda ao público alvo.

Naturalmente que o trabalho dos agentes imobiliários tem de ser remunerado na justa medida mas convenhamos que este negócio parece estar cartelizado pois as comissões cobradas são uma mina de ouro, embora apenas para os donos das imobiliárias pois os agentes propriamente ditos muitas vezes são remunerados de forma muito precária.

As comissões cobradas a um construtor que quer vender o seu prédio acabado de construir não podem ser as mesmas cobradas a um particular.

Imagino uma situação em que por exemplo um particular pudesse na venda de um imóvel que seja habitação própria e permanente pudesse ter um limite legal estabelecido para ser protegido de excessos e assim evitar-se um inflaccionamento dos preços futuros desse imóvel na transação seguinte.

Na banca ao nível das contas de serviços mínimos. não pode ser cobrado mais que 1% do IAS, mas no caso das comissões imobiliárias poderíamos estar a falar de um tecto nos 10% do valor anual do IAS, para os tais casos de habitação própria e permanente.

BN
Garfield

[BearManBull]

Goodbye, 6% commissions
For decades, Americans have paid a standard commission of around 6% when selling a home, split between the seller’s broker and the buyer’s broker. The National Association of Realtors and its 1.5 million agents say those fees are negotiable. But certain NAR rules have kept commissions significantly higher than in other countries, where they can average around 1% or 2%.

After the settlement, those commissions will be fully competitive, meaning brokers can advertise their rates to prospective sellers, and people can shop around for bargains.

Real estate commissions are expected to fall between 25% and 50% because of the new rules, according to TD Cowen Insights.

Não foram nem os democratas nem os republicanos a resolver o problema de uma total injustiça.

In a sweeping move expected to dramatically reduce the cost of buying and selling a home, the National Association of Realtors announced Friday a settlement with groups of homesellers, agreeing to end landmark antitrust lawsuits by paying $418 million in damages and eliminating rules on commissions.

The NAR, which represents more than 1 million Realtors, also agreed to put in place a set of new rules. One prohibits agents’ compensation from being included on listings placed on local centralized listing portals known as multiple listing services, which critics say led brokers to push more expensive properties on customers. Another ends requirements that brokers subscribe to multiple listing services — many of which are owned by NAR subsidiaries — where homes are given a wide viewing in a local market. Another new rule will require buyers’ brokers to enter into written agreements with their buyers.

The agreement effectively will destroy the current homebuying and selling business model, in which sellers pay both their broker and a buyer’s broker, which critics say have driven housing prices artificially higher.

[BearManBull]

Gostava era de saber de onde apareceu essa procura com capacidade de pagar hipotecas de 300.000-400.000 (em Lisboa o preço de uma barraca).

Em Portugal 99,9% dos trabalhadores por conta de outrem não tem dinheiro para pagar esse tipo de hipotecas.

Os proprietários nunca foram tão felizes, enriqueceram sem mover um dedo.

Interessante que as subidas de juros não tiveram praticamente nenhum efeito no mercado. Os preços continuam a subir. Antes fosse que o problema estivesse circunscrito a Portugal.

E o BCE/FED falam em descer juros...

Até na Rússia se consagra melhor o direito à propriedade privada.

[macau5m]

O problema da habitação está relacionado com a procura e a oferta.
Em 2019 comprei casa no concelho de Benavente, onde havia moradias para venda a rondar os 100.000€ a 120.000€.
Apartamentos t2 a rondar os 50.000/60.000€.
Recordo-me de ir ver uma moradia, quase nova, com piscina, garagem grande e com um grande terreno >1000m2 por menos de 140.000€ em Salvaterra de Magos.
Entretanto começou a vir imigração principalmente do Brasil e mais recentemente do sul da Ásia.
Qualquer casa que apareça no mercado é imediatamente comprada e quase todos os dias aparecem anúncios de pessoas a procurar quartos ou casas para alugar.
No mês passado alguém meteu um anuncio que desejava alugar uma casa oferecia pagar renda a rondar os 1100€ mensais.
Assim os preços quase triplicaram desde 2019.
Porque é que os governos não isentam de imposto o aluguer de um quarto ou uma casa, até um determinado valor e cobrar uma taxa progressiva acima do valor estipulado.
porque continuam a pedir Certificado Energético, será porque isso lhes dá €€€.
Deem condições aos pequenos proprietários e certamente vão aparecer muitas casas para o mercado.

[MarcoAntonio]

Preço das casas subiu 60% em cinco anos e mantém-se no pico

Agência de “rating” DBRS olhou para 18 países a nível global e concluiu que, desde 2018, o preço das casas em Portugal foi o que mais cresceu: a subida foi de 60%. Preços atingiram pico e lá se mantêm, acrescenta. E alerta para abrandamento do crescimento económico que já se sente.

[BearManBull]

O sector da construção - residual - sedeado nesses locais não vai para os sítios onde há procura pelos serviços deles (e onde pagam melhor) nem nada.

Acho que nao percebeste o que disse.

Nas cidades pequenas existe oferta superior à procura e mesmo assim os preços têm subido.

Até cidades que perderam população nas ultimas décadas têm boom no imobiliário.

Não percebi realmente. Peço desculpa.

No entanto nos locais em que a oferta é maior que a procura, a haver boom - que não sei se há - deve ser um pequeno crescimento e não propriamente grande disparo nos preços como em Lx, Porto, Aveiro, Algarves etc.

No site do Idealista há um barómetro para os preços.

No Distrito de Coimbra no census de 2021 verificou-se perda de população. No entanto o preço das casas desde 2019 aumentou mais de 400 euros/m2 ou seja mais de 40%.

https://www.idealista.pt/media/relatori ... a/coimbra/

[BearManBull]

"Pareceu-nos, no discurso de ontem de Luís Montenegro, que iria haver uma inversão da política que tem sido seguida nos últimos tempos e que tem trazido muitos prejuízos ao setor da Habitação", começou por dizer Luís Menezes Leitão.

[Garfield]

Boas,

E por falar no custo atual do dinheiro, e por me parecer enquadrado na temática, que conhecimento têm dos atuais "spreads" e taxas de juro praticados pela nossa banca?

No outro dia realizei uma simulação a taxa fixa e a taxa proposta estava completamente desfasada dos "swaps" para o mesmo prazo.

BN
Garfield

[Celsius-reloaded]

O sector da construção - residual - sedeado nesses locais não vai para os sítios onde há procura pelos serviços deles (e onde pagam melhor) nem nada.

Acho que nao percebeste o que disse.

Nas cidades pequenas existe oferta superior à procura e mesmo assim os preços têm subido.

Até cidades que perderam população nas ultimas décadas têm boom no imobiliário.

Não percebi realmente. Peço desculpa.

No entanto nos locais em que a oferta é maior que a procura, a haver boom - que não sei se há - deve ser um pequeno crescimento e não propriamente grande disparo nos preços como em Lx, Porto, Aveiro, Algarves etc.

[BearManBull]

O sector da construção - residual - sedeado nesses locais não vai para os sítios onde há procura pelos serviços deles (e onde pagam melhor) nem nada.

Acho que nao percebeste o que disse.

Nas cidades pequenas existe oferta superior à procura e mesmo assim os preços têm subido.

Até cidades que perderam população nas ultimas décadas têm boom no imobiliário.

[Celsius-reloaded]

Estamos claramente num suppliers/sellers market na area da construção. Não havendo medidas que alterem esse status quo dificilmente o problema da habitação é revertido.

Nas cidades pequenas isso não é de todo verdade.

E é nesse mercado que se pode verificar que não se trata de um problema exclusivo de oferta/procura.

Sim sim.

O sector da construção - residual - sedeado nesses locais não vai para os sítios onde há procura pelos serviços deles (e onde pagam melhor) nem nada.

Experimentem parar nas estações de serviço na A1 às sextas à tarde e digam o que vêem.