4/10/2021 1:25Boas,
Estou de volta, prometido é devido!

O SP500 encontra-se a 5% dos máximos e por este mesmo motivo foi altura de investir. O mais importante é seguir a estratégia! Felizmente quando entrar já não depende de mim, apenas o que comprar.
Abaixo apresento os pontos nos quais faria novas entradas consoante o quanto o SP500 estiver do seu máximo. O apetite ao risco para novas entradas diminui após cada investimento e sobe no fim de cada mês (demorando em média três meses a subir para o patamar de cima). Na eventualidade de chegar aos 27% de queda iria gradualmente converter a exposição ao ouro em ações.

Antes de entrar em mais detalhes na nova aquisição irei apresentar a evolução do portfólio desde o post inicial (10/07/2021). O primeiro net P/L da tabela remete para os retornos atuais. Nestes 3 meses os ganhos sobre o capital investido passaram de 17,3% para 18,1%, destacando-se 5 cotadas pela positiva (BCP, Russia, Alphabet, India e Sonae) e 2 pela negativa (China e minas de ouro).


Apesar de na última entrada estar com uma perda de 21,26% não considero uma situação fora do normal dado o sucedido nos últimos meses na China. Tendo o MCHI efetuado máximos em fevereiro nos 97,5$, pondero seriamente como próxima entrada um investimento na Tencent/Alibaba (50% em cada) via Hong Kong por forma a evitar o delisting risk nos EUA.
O que comprei? ETF na Nigéria representando atualmente 6,9% do capital investido. A entrada no NGE foi efetuada no passado de 1 de outubro nos 10,5$. O porquê da Nigéria? Pois bem, ainda não tinha exposição a África e não consegui ignorar o P/E de 6,77 e Dividend Yield de 7,3%... A comissão de gestão situa-se nos 0,89% apesar de apenas ter 20 holdings, destacando-se a seguinte decomposição do market cap por indústria: 41% finance, 19% minerais não energéticos (aparenta ser mais cimento

), 16% bens de consumo não duráveis, 8% cash e 15% outras indústrias.
Como podem ver este ETF situava-se nos 65$ no final de 2013 e atualmente apenas remete para 1/6 desse valor

No entanto, o dividendo manteve-se relativamente constante (deve ser considerado o valor ajustado devido ao reverse stock split de 4 por 1 em 2017).


Pois bem, este investimento é de longo prazo e baseia-se no Modelo de Solow-Swan. Havendo boas políticas é expetável que os países menos desenvolvidos cresçam economicamente a um ritmo superior. No entanto, a Nigéria vem de uma recessão, tendo alcançado o seu PIB mais elevado em 2014. Apesar de ter 20x mais população do que Portugal o seu PIB em $ apenas remete para o dobro.
As projeções do FMI apontam para uma taxa de crescimento real anual do PIB de 2,5% para os próximos 5 anos e um decréscimo da taxa de inflação durante esse mesmo período de 16% para 11%. O tema é se este crescimento é superior ao incremento populacional, no fim de contas é um país extremamente jovem e com taxas de natalidade extremamente elevadas (espera-se que a população passe de 200M a 800M entre 2020 e 2100).
O PIB per capita atual é de apenas 2k$ e ainda é uma economia extremamente dependente do petróleo. Não desconsidero o risco cambial e geopolítico existente neste investimento, no entanto a meu ver podem estar pela frente perspetivas de melhores tempos. Pelo menos não estou a comprar em 2013


Despeço-me com os seguintes 3 vídeos para quem quiser ficar a saber mais do país:
Nigeria - Future African Superpower: http://www.youtube.com/watch?v=uhq1d27NuYUNigeria's Overpopulation Problem: http://www.youtube.com/watch?v=zC4aYsYMFVAThe history of Nigeria explained in 6 minutes (3,000 Years of Nigerian history):
http://www.youtube.com/watch?v=fMmkmHUAAO0Abraço e sintam-se sempre à vontade para comentar,