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Caldeirão da Bolsa

O militar mais condecorado no Exército português

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: O militar mais condecorado no Exército português

por Opcard33 » 14/4/2025 15:29

Que tipo de condecoração mereciam estes 3 aqueles que mais brilhantemente defenderam as cores de Portugal ,


Nuno Álvares Pereira

Afonso de Albuquerque

João Carlos de Saldanha Oliveira e Daun, mais conhecido como Duque de Saldanha.

Nada nem ninguém pode um dia igual os seus feitos .
 
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Re: O militar mais condecorado no Exército português

por PMP69 » 14/4/2025 15:11

PIKAS Escreveu:É notório que os poucos portugueses que ostentam a Torre e Espada estão a ser destratados pela democracia, quer em vida, quer sobretudo na sua morte.


Devido ao 25 de Novembro, ficaram marcados pela classe política, nomeadamente pela esquerda e extrema esquerda, que chegou a levar à sua extinção em 1993. Mais recentemente, o Bloco de Esquerda voltou a pedir a extinção do Regimento de Comandos.

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Re: O militar mais condecorado no Exército português

por PIKAS » 14/4/2025 14:40

PMP69 Escreveu:PIKAS, não quero estar a cometer um erro, mas penso que a "Torre e Espada" que lhe é atribuida é Colectiva.
Sim, é coletiva e, sobretudo, foi-lhe atribuída pela participação na notável operação a Kumbamori, isto para lá da sua brilhante acção no batalhão de comandos africanos.
Mas sendo coletiva não diminui em nada o valor deste ilustre militar comando que, detentor dessa condecoração, deveria merecer bastante mais respeito, muito em especial por altura da sua morte. E sendo militar o que mais se deveria destacar é essa condecoração pelo que ela representa em feitos de coragem e heroísmo e não outras facetas, tal como escritor, contador de histórias e participante num movimento militar onde os que foram mais determinantes estão ostracizados, esquecidos ou morreram no mais completo esquecimento.
É notório que os poucos portugueses que ostentam a Torre e Espada estão a ser destratados pela democracia, quer em vida, quer sobretudo na sua morte.
Apesar de ser uma das tropas que mais Torre e Espada tem entre os seus militares, são poucos os " comandos " que detém essa condecoração.

Apesar de ter sido um sucesso, os Comandos tiveram 48 baixas.
Sim, é verdade. Mas esta operação eliminou e por muitos meses a pressão e ataques diários do PAIGC provindos no Senegal e que eram completamente insustentáveis, causadores de inúmeras baixas nas unidades de quadricula perto da fronteira.
Cumprimentos,
 
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Re: O militar mais condecorado no Exército português

por PMP69 » 14/4/2025 11:52

PIKAS, não quero estar a cometer um erro, mas penso que a "Torre e Espada" que lhe é atribuida é Colectiva.

Recentemente lí o romance "Angoche - Os fantasmas do império", que publicou sob o pseudónimo Carlos Vale Ferraz.

É um livro interessante, sendo que o desaparecimento do navio Angoche, continua a ser um dos grandes mistérios da nossa História.

Da grande geração do batalhão de Comandos da Guiné, sobra o Coronel Raul Folques (1 Torre e Espada e 3 Cruzes de Guerra), que comandou no final da guerra o Batalhão de Comandos (3 Companhias de Comandos Africanos e a 35ª e 38ª Companhias)

Na Guiné, deram-se das operações mais espectaculares da guerra, destantado-se a Operação "Ametista Real", montada pelo Gen. Almeida Bruno, tambés já falecido, dentro do Senegal, em Kumbamory, que foi conduzida por 3 Companhias de Comandos Africanos, comandadas pelo Raul Folques, Matos Gomes e António Ramos (Paraquedista).

Apesar de ter sido um sucesso, os Comandos tiveram 48 baixas.

Pedro
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Re: O militar mais condecorado no Exército português

por PIKAS » 13/4/2025 23:22

Caros,

Pela ordem natural da vida todos, mas mesmo todos, um dia morreremos. É assim e nada há a fazer, rico ou pobre, culto ou inculto, desconhecido ou herói lá chegará o nosso dia...
Agora chegou o dia do militar Carlos Matos Gomes, oficial comando condecorado com a Grã-cruz da Ordem Militar da Torre e Espada por relevantíssimas ações em combate na Guiné.
Importa ter em conta que a Torre e Espada é a mais alta condecoração portuguesa, poucas foram atribuídas apesar dos muitíssimos feitos notáveis em combate de muitos portugueses nos territórios das então colónias, e são poucos os vivos que a ostentam. E este homem ostentava-a por notáveis ações em combate na Guiné, no batalhão de comandos africanos, a melhor tropa portuguesa nos três teatros de guerra e, sobretudo, pela sua ação na Guiné, em 1973, na operação ametista real.
Então o que o presidente da república, chanceler das ordens, só lamenta:
Marcelo lembra “uma vida de intervenção cívica e pedagógica muito diversificada e intensa, sempre na defesa dos valores porque se batera há mais de cinco décadas”
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, lamentou hoje a morte do coronel Carlos Matos Gomes, militar de Abril, lembrando uma vida na defesa dos valores com que se debatera há mais de cinco décadas.
in: https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/m ... r-de-abril

Será que este presidente não reconheceu que se trata de alguém condecorado com a Torre e Espada? Será que está ciente que tal condecoração foi atribuída a apenas algumas - poucas - dezenas de militares portugueses que se bateram heroicamente em áfrica num universo de milhares e milhares de cidadãos portugueses?
A marinha portuguesa tem como divisa " A pátria honrai que a pátria vos contempla ". Um dia, perante uma de tantas injustiças da pátria, alguém disse: “ Se servistes à pátria que vos foi ingrata, vós fizestes o que devíeis, ela fez o que costuma ”.
Paz á alma deste grande Homem, corajoso militar e notável homem de cultura. Descanse em paz, Capitão, Mama Sumae, mama sumae.
Cumprimentos,
 
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Re: O militar mais condecorado no Exército português

por PMP69 » 1/4/2021 19:15

A Síria pediu ajuda, ou permitiu alguém sem ser a Rússia?

Mas concordo, devia ser a UE a intervir, até porque quando a França quer lá vamos nós.

Pedro
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Re: O militar mais condecorado no Exército português

por PIKAS » 1/4/2021 16:42

PMP69 Escreveu:
Opcard Escreveu:Hoje é notícia no Expresso que Portugal espera 2 anos para que Moçambique aceite a nossa ajuda ,estranho não é quem é o presidente ?


É inaceitável, já devia ter sido encostado à parede. Minimizou um grave problema, e agora perdeu o controlo.
Pedro
Pois é, Pedro. Moçambique é um país soberano e se alguém o pode encostar à parede terão que ser os moçambicanos e não qualquer entidade ou país estrangeiro.
Vamos lá ver se os moçambicanos o encostam à parede, ou não!!!
Penso, desde há muito, que Portugal não tem nada que se envolver, excepto no âmbito da ONU. Mas também penso que antes da ONU está a UEA logo na primeira linha. E Moçambique continua a dar sinais que dispensa apoio internacional, excepto em situações bilaterais pontuais.
Cumprimentos,

Um pormenor: antes de o ser o presidente foi ministro da defesa.
 
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Re: O militar mais condecorado no Exército português

por Opcard » 1/4/2021 11:38

Se a esquerda radical estiver no poder és escorraçado de todo o sítio, até de tua casa. :wink:


Li está tua frase e pensei numa notícia que li hoje , mas podia ser de ontem da da semana passada porque são muitos os casos não é preciso a esquerda radical
estar no poder :

“ Há sete meses, a casa de Jean-Philippe Victor, na cidade de Les Arcs (Var), está ocupada por uma dezena de cidadãos da Bósnia e Herzegovina.”

Ocupam as casas sempre com crianças conhecem as leis , os donos gastam milhares e milhares de euros em justiça , advogados ... no fim é melhor pagar a quem lhes ocupou a casa para se irem embora .
O código penal prevê mais prisão para o dono ,que para quem ocupa e rouba .

Uma das melhores fotos que vi casal de velhotes a dormir e comer no carro em frente da sua casa e os “ocupas” na varanda a jantar.
 
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Re: O militar mais condecorado no Exército português

por PMP69 » 1/4/2021 11:06

Opcard Escreveu:Hoje é notícia no Expresso que Portugal espera 2 anos para que Moçambique aceite a nossa ajuda ,estranho não é quem é o presidente ?


É inaceitável, já devia ter sido encostado à parede. Minimizou um grave problema, e agora perdeu o controlo.

Opcard Escreveu:Há exemplos de outras intervenções ver relações difíceis Mali/ França , Portugal vai sair novamente escorraçado de África .


Portugal já está militarmente presente no Mali.

https://tvi24.iol.pt/videos/sociedade/ministro-visita-tropas-portuguesas-no-mali-em-ambiente-de-alto-risco/5851610a0cf2058f25769b97

Se a esquerda radical estiver no poder és escorraçado de todo o sítio, até de tua casa. :wink:

Gostava de saber onde anda o pessoal do "Black Lives Matter", que passa a vida de joelhos. Hipocrisia ao mais alto nível.


Pedro
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Re: O militar mais condecorado no Exército português

por Opcard » 1/4/2021 10:35

Hoje é notícia no Expresso que Portugal espera 2 anos para que Moçambique aceite a nossa ajuda ,estranho não é quem é o presidente ?

Há exemplos de outras intervenções ver relações difíceis Mali/ França , Portugal vai sair novamente escorraçado de África .

Com a demografia explosiva que leva a miséria terreno fértil para a expansão do islamismo com as centenas de milhões dólares das monarquias do golf para a expansão da sua religião em África ( e também Europa) não pararam de fazer mesquitas e financiar madrassas umas das muitas notícias :
“ Os sauditas já destinam um milhão de dólares por ano apenas para a construção de novas madrassas na Tanzânia”

Se querem resolver o problema só há uma solução e é na origem , bombardearam quem dá o dinheiro .
 
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Re: O militar mais condecorado no Exército português

por PMP69 » 1/4/2021 9:53

Em 3 anos, temos cerca de 3.000 mortos e 700.000 refugiados (números difíceis de confirmar) e continua tudo a assobiar para o lado. O último ano foi particularmente desastroso para Cabo Delgado, e a perspectiva, é que piore ainda mais.

Temos um Filipe Nyusi (Presidente), que julga que consegue resolver o problema com o apoio russo, o que já se confirmou ser impossível, e temos uma comunidade internacional que continua a desvalorizar a situação.

Como vai viver Moçambique sem as receitas do gás natural e do carvão? Mais miséria, sobre a miséria já existente.

Uma parte da África Austral corre o risco de ser tornar num bastião do EI, e África não é a Siria, nem o Iraque.


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Re: O militar mais condecorado no Exército português

por Carrancho_ » 1/4/2021 0:39

PIKAS Escreveu:
PMP69 Escreveu:Ajudar na formação, instrução, apoio, logística ..... de forças especiais que combatam esses grupos, pressionar, via UE, a Tanzânia para dificultar a incursão via Rovuma...
Já lá estamos, já com bastante intensidade e ainda a ser reforçada.
ver aqui: https://www.dw.com/pt-002/portugal-prev ... a-56144941
Cumprimentos,


Ainda bem.

Também há outras formas de ajudar, a HELPO ONGD https://www.helpo.pt/ é uma delas.

https://www.youtube.com/watch?v=85wNSps ... rt_radio=1
Um abraço,

Carrancho
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Re: O militar mais condecorado no Exército português

por mario s carvaho » 30/3/2021 21:58

embora não pareça ter muito a ver com tema , ou talvez não...


quais as origens deste conflito?


depois das promessas do costume na altura da indepencia, o abandono das populações , as grandes areas de terrenos roubados para as explorações. as mortes de populações civis e todo um laissez faire laissez passer dos responsáveis, não querendo interferencia estrangeira e principalmente portugursa no local ( que alguns portugueses ainda conhecem muito bem) corrupção etc etc eu fico na dúvida,,, :

se tivesse que apoiar, quem apoiaria ? ...

https://www.dw.com/pt-002/mo%C3%A7ambiq ... a-41242985

Moçambique: Revolta e manipulação na origem dos ataques em Mocímboa da Praia
Analistas moçambicanos consideram que revolta de populações rurais e manipulação interna e externa podem ter levado a ataques armados à polícia em Mocímboa da Praia e de outros tumultos no país, no último mês.


Mosambik Mocímboa da Praia
Todo o cenário "faz parte de uma situação de crise social" em que "as populações rurais" de diferentes pontos "estão a responder, a atacar um Estado que elas pensam que não lhes está a servir", refere o historiador Yussuf Adam, pesquisador desde a década de 70 na província de Cabo Delgado.

O ataque a Mocímboa insere-se no mesmo quadro, defende, apesar das culpas apontadas por autoridades locais e população a uma "seita" islâmica radical que foi conquistando jovens da vila e os levou para a agressão.

Sem descartar essa radicalização, Yussuf Adam diz que "ainda hoje" faltam dados sobre como aconteceu, ao mesmo tempo que, a seguir aos ataques, se partiu para uma "generalização abusiva" sobre a existência de terroristas a partir de relatos conhecidos há anos de jovens muçulmanos que se reúnem com vestes e costumes próprios na região, mas sem atacar o Estado.

Centrar a discussão das causas dos ataques de 5 de outubro na radicalização islâmica é redutor, defende, numa região em que há vários pontos de atritos.

"Uma omelete de violência”

"Há os ovos todos para se ter uma omelete de violência" e "o que tem faltado imenso" tem sido "o diálogo", considera o historiador, porque "há muitas coisas que devem colocadas em cima da mesa e discutidas".

A zona vive de comércio e contrabando, pela costa e fronteiras terrestres, e há um ambiente de discussões regulares com as autoridades, por exemplo, por causa de subornos para passagem de mercadoria, aponta.

A região tem ainda um "problema sério" de posse de terra, sublinha o historiador, uma luta que está acima de questões religiosas ou étnicas -- há disputas mesmo entre macondes, uma das etnias locais, refere Yussuf Adam.

Mosambik Mocímboa da Praia
Rua em Mocímboa da Praia, na província de Cabo Delgado

De forma transversal, surgem as desigualdades na distribuição de riqueza, a par de dificuldades criadas com a crise -- que encerrou serrações, fonte de muito emprego na região, e adiou projetos, como os ligados ao gás, acrescenta.

No meio de tudo isto, "a sopa entornou-se porque, em vez de se responder a isto de forma não violenta e tentando criar condições de paz, de entender as pessoas e o que elas querem, partiu-se para uma repressão", refere, reconhecendo, no entanto, que a mais recente resposta armada, a 5 de outubro, pode ser em parte entendida face ao abate de agentes da autoridade.

Criar uma "guerra sem rosto”

A vulnerabilidade da população é terreno fértil para que se criem "pensamentos políticos radicalizados", ou seja, "uma rebelião em potência no seio de muitas pessoas naquelas comunidades", por não saírem da pobreza, enquanto veem outros (alguns deles estrangeiros) prosperar, refere Chapane Mutiua, investigador do Centro de Estudos Africanos da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), em Maputo, também conhecedor da província de Cabo Delgado.

O contexto já não é novo, mas Chapane argumenta que há uma ligação com o momento político atual que faz com que tenham surgido agora os confrontos -- e considera que há um mentor deste plano de radicalização que ainda não foi apanhado.

"Eu comparo o 11.º Congresso da Frelimo", que terminou a 2 de outubro, "com a queda do muro de Berlim, no contexto da guerra fria". Na altura, "com o fim das clivagens entre comunistas e capitalistas, procurou-se um novo inimigo".

Mosambik Treffen Nyusi und Dhlakama in Gorongosa
Filipe Nyusi e Afonso Dhlakama encontraram-se na Gorongosa, em agosto

Da mesma forma, o investigador entende que o reforço de Filipe Nyusi no partido, depois do congresso, abre caminho para a paz, sendo conhecida a sua aproximação a Afonso Dhlakama, líder da RENAMO, com vista à assinatura de um novo acordo. "Penso que há essa hipótese, de alguém de fora que pode estar a financiar este movimento [de confronto], mas também penso que haja alguém, cá dentro, que o queira receber".

O acesso do grupo que atacou Mocímboa da Praia a armas e a forma como os seus membros as sabiam manejar, aguçam a suspeita. "Há alguém com vontade de criar uma guerra sem rosto em Moçambique", um "novo inimigo", defende -- no seguimento de uma ideia que Filipe Nyusi já tinha aflorado nalguns discursos feitos este ano, quando pedia aos moçambicanos para estarem vigilantes.

Reforçar a confiança e melhorar as condições de vida

Porquê em Cabo Delgado? "Porque há lá uma grande quantidade de muçulmanos" vulneráveis, facilmente aliciáveis para 'recrutamento', atirando-lhes ao mesmo tempo o nome da Al-Shabab "porque há ali uma grande quantidade de mulçulmanos imigrantes da Somália" -- sendo Mocímboa da Praia escolhida porque é porta de entrada para "o novo 'eldorado'" de Moçambique, os projetos de gás natural.

"Assim que aquilo [ataque a Mocímboa] aconteceu, está chegado o momento de deixar de pensar que é apenas uma brincadeira entre muçulmanos e passar a procurar saber o que está a acontecer", com as forças de segurança a estabelecer confiança com as comunidades, em vez de passar à repressão, destaca.

Bildergalerie Pemba
Venda de peixe em Mocímboa da Praia

Primeiro, de uma forma geral, as autoridades devem "preocupar-se em criar melhores condições de vida, porque as pessoas estão vulneráveis e não é só em Mocímboa: em qualquer canto de Cabo Delgado é possível acontecer aquilo que aconteceu", basta alguém aparecer e fazer "a mudança de alvo" do descontentamento, conclui.

Os ataques de um grupo armado de aparente inspiração radical islâmica a posições da polícia no distrito de Mocímboa da Praia a 5 de outubro provocaram a morte de dois polícias e de 14 supostos atacantes, além de ferimentos noutros cinco polícias, de acordo com o balanço oficial. A vila ficou sitiada com todos os serviços encerrados durante dois dias, em que se ouviram tiroteios esporádicos, algo nunca visto desde os tempos de guerra.

Além daqueles números, outros quatro elementos das autoridades foram dados como mortos, segundo familiares, de acordo com fontes contactadas pela agência Lusa, numa emboscada ocorrida no dia 12, na mata em redor de Mocímboa, e em que terão morrido também sete agressores.

Outros tumultos com populares armados foram registados no último mês, noutros pontos do país, a maioria ligados ao mito dos "chupa-sangue", ladrões de sangue humano, agitações em que terão morrido pelo menos cinco civis em confrontos com a polícia.

Apelo à transparência

O historiador Yussuf Adam pede transparência e respeito pela lei nas detenções feitas após os ataques: "Não sabemos os nomes dos presos, nem temos nenhuma certeza" de que tenham tido "direito à sua defesa".

"Mesmo que sejam criminosos" terão de ser "condenados de acordo com a lei", que lhes garante um "tratamento correto". "É preciso mais transparência neste processo" e "as organizações de defesa dos direitos humanos já deviam estar no terreno", acrescenta.

Bildergalerie Pemba
Praia em Mocímboa da Praia

O historiador refere que, de acordo com os seus contactos, há detenções de muçulmanos a serem feitas por mera acusação, sem averiguações. Um dirigente de bairro em Mocímboa da Praia foi assassinado esta semana, anunciaram as autoridades locais, depois de surgirem suspeitas de que poderia ser um dos denunciantes, acrescenta o historiador.

Face ao cenário, Yussuf Adam alerta para o risco de se provocar uma onda de denúncias e detenções arbitrárias, que compara a "deitar gasolina decima de uma fogueira".

O investigador do Centro de Estudos Africanos da Universidade Eduardo Mondlane Chapane Mutíua diz à Lusa que existe a probabilidade de a detenção de inocentes "catalisar um estado latente de rebelião". "Aquilo que é preciso são pesquisas sérias, é preciso ir dialogar com as comunidades, que sabem o que está a acontecer, mas estão com medo" de falar, referiu.

O ministro da Justiça de Moçambique, Isac Chande, disse na quarta-feira (01.11), no Parlamento, que se encontram detidas 73 pessoas. Fonte da Procuradoria de Cabo Delgado tinha referido antes, na sexta-feira, que o número de pessoas interrogadas já ascendia a 107.

Mahamudo Amurane (DW/Nelson Carvalho Miguel)
MOÇAMBIQUE: ASSASSINATO DE FIGURAS INCÓMODAS É UMA MODA QUE VEIO PARA FICAR
Mahamudo Amurane: Silenciada uma voz contra corrupção e má governação
O edil da cidade de Nampula foi morto a tiros no dia 4 de outubro de 2017. Insurgia-se contra a má gestão da coisa pública e corrupção no seu Município. Foi eleito para o cargo de edil através do partido MDM. Embora mais de sessenta pessoas já estejam a ser ouvidas pela justiça não se conhecem os autores do crime.


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postei tudo porque , por experiencia, quando os assuntos não interessam .. desaparecem
 
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Re: O militar mais condecorado no Exército português

por Opcard » 30/3/2021 11:04

Repito há combates muito mais importantes a travar qui junto de nós , poderemos ter de defender as calçadas da rua os palácios os museus a nossa forma de vestir em sumo tudo o que somos , vejam esta notícia .

Quando o curso de música clássica já é colonial .


https://www.telegraph.co.uk/news/2021/0 ... rs-hoping/
 
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Re: O militar mais condecorado no Exército português

por mario s carvaho » 29/3/2021 15:12

EXACTO... CARO PEDRO ...E TODOS OS QUE SE PREOCUPAM ...

Os que abandonaram foram esses e os da extrema esquerda, os do PSD... e outros... os cobardes, os que tinham dinheiro e fugiam para ir viver para Paris com medo, os que desertavam e iam para Argel dizer o que se sabe...


SÃO ESSES QUE ABANDANORAM E se SERVIRAM ... DAS MORTES E DAS RIQUEZAS


SÃO ESSES QUE NOS GOVERNAM HOJE!!!

DEPOIS DE TEREM SACADO TUDO VÃO APOIAR QUEM?..

quem apoiam "aqui"?... não têm terra natal... não têm origens, não têm valores...são mercenários a soldo e cagados com um bichinho que nem veem .. um virus... sabem lá eles o que é capacidade , força e coragem!

os nossos filhos e netos vão como mercenários para defender os interesses desses cra´pulas



todos que aqui intervem , são de outra tempera, ( à excepção de 2 ou 3 infiltrados") têm razão ... resta a esperança de que o virus os faça sofrer mais do que uma " bala"... se é que ainda há justiça nestes mundos!


disclaimer ... tudo fiz para não intervir... mas não consegui ..faz parte da genese
 
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Re: O militar mais condecorado no Exército português

por PMP69 » 29/3/2021 14:42

Não leves a mal, mas não vou responder, ia ser desgastante, pois baseias-te numa ideia totalmente errada, a meu ver.

Não fomos corridos, muito pior, abandonámos, europeus e africanos (todos com nacionalidade portuguesa), à sua sorte.

Este nós, chama-se PCP, com a conivência do partido Socialista, metendo pelo meio a URSS/Cuba e os EUA.

Por fim, espero sinceramente que se faça algo por um povo que já sofreu tanto, e a quem devemos (moralmente) muito.

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Re: O militar mais condecorado no Exército português

por PIKAS » 29/3/2021 13:33

PMP69 Escreveu:Ajudar na formação, instrução, apoio, logística ..... de forças especiais que combatam esses grupos, pressionar, via UE, a Tanzânia para dificultar a incursão via Rovuma...
Já lá estamos, já com bastante intensidade e ainda a ser reforçada.
ver aqui: https://www.dw.com/pt-002/portugal-prev ... a-56144941
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Re: O militar mais condecorado no Exército português

por PIKAS » 29/3/2021 13:27

PMP69 Escreveu:Temos um conhecimento de África como poucos países europeus têm, tirando a França, não me lembro de outro.
Temos, quem? Quem tem/tinha está com 70 anos de idade ou já morreu. Há 45 anos que fomos corridos pelos africanos, saímos cheios de mazelas da pressa em correrem connosco ( diga-se descolonização ) e a lamber as feridas de uma guerra de 12 ou 13 anos.
A quase totalidade dos actuais residentes no país nunca foi a áfrica ( vá lá, talvez a Marrocos ou à Tunísia de outros tempos em férias ). As últimas 2 gerações de portugueses sabem lá se áfrica fica para o sul ou para norte do Portugal continental.
Moçambique tem provavelmente a maior reserva de gás natural de África (projecto que é participado pela Galp), tem uma barragem (Cabora Bassa) que abastece o país, a África do Sul e o Zimbabué, é o maior exportador africano de carvão, já foi e pode voltar a ser um dos maiores produtores de algodão ........ tem portos com excelentes condições naturais (Nacala, Beira, Maputo...).
Moçambique pode ter tudo isso e até bem mais mas para explorar e ganhar com isso está lá a Exxon, a Total, a Eni e já para não falar na expansão chinesa. Em tudo isto, quando alguma empresa portuguesa participa com 10% já é bem bom. As empresas portuguesas são pequenas e não conseguem aspirar a mais que posições regionais, quanto mais pensar em serem players globais, operarem a milhares de quilómetros.
Mais, não temos que ter relações estreitas com um país onde vivem cerca de 25.000 portugueses e empresas portuguesas têm forte presença?
Se olhares para a diáspora essa comunidade é pequena. Há n países com comunidades bem maiores e não é por isso que temos que ter relações estreitas.
Estuda bem a colonização portuguesa em Moçambique, pelo menos nos anos 50, 60 e 70 do século passado, e depressa chegas à conclusão que essa comunidade tinha vergonha de Portugal, das suas raízes, o seu modelo era a Rodésia e a África do Sul, não era Portugal.
O golpe militar de 25 de abril tem raízes profundas em 2 acontecimentos: O decreto-lei 353/73, de 13/6, que fixava as condições de acesso dos oficiais milicianos ao quadro permanente e, também, o repúdio do exército português na Beira e em Vila Pery, em janeiro de 1974 por parte dos colonos brancos. Portanto, se a mentalidade não mudou, put%4# que pari%$#
Não olhando para a parte comercial, continuo a achar que temos um dever moral, perante um povo que tanto nos deu e que abandonámos.
Abandonamos? fomos corridos e se não fugimos depressa era uma...
]Moçambique necessita de ajuda para resolver o grave problema que tem em Cabo Delgado, pois não tem capacidade para o fazer, e tem gasto fortunas com o Grupo Wagner, sem qualquer sucesso, bem pelo contrário.
Se necessita de ajuda - e acredito que sim - que active os mecanismos existentes na comunidade internacional para que essa ajuda apareça. E aí Portugal tem que fazer a sua parte.
Uma apoio conjunto e coordenado entre Portugal, França e a África do Sul, é o que Moçambique necessita urgentemente, sob pena da situação se espalhar.
Porquê França? A França tem quilos de problemas na áfrica francófona e está cada vez mais embrulhada. E a França nunca desceu para lá do meio de áfrica.
Cumprimentos,
Editado pela última vez por PIKAS em 29/3/2021 13:34, num total de 1 vez.
 
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Re: O militar mais condecorado no Exército português

por Opcard » 29/3/2021 13:25

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Re: O militar mais condecorado no Exército português

por Opcard » 29/3/2021 13:22

Muitos ainda não perceberam em que mundo estão , por ignorância ou falta de saber ver relatório saído faz 3 dias

« Rwanda : un rapport sur le rôle de la France dans le génocide des Tutsi « 

(pode-se ser acusado por ação mas tem por omissão mesmo que tenha uma dúzia de homens no terreno sem possibilidades de fazer frente mas se matassem os maus para defender os bons também seriam acuados )

É só não é a acusada de genocídio a França porque tinha um homem de esquerda nessa altura no poder François Mitterrand alguns dos 14 historiadores não esquecem a idiologia.
Rwanda nunca foi colónia da França os poucos militares que estavam no terreno são acusados .

Se Portugal estiver presente e houver uma matança mesmo que não tenham hipóteses de impedir como aconteceu no Rwanda , os nossos militares correm risco de julgamento no tributavam internacional , Portugal faz parte os USA não .
 
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Re: O militar mais condecorado no Exército português

por PMP69 » 29/3/2021 12:42

Ajudar na formação, instrução, apoio, logística ..... de forças especiais que combatam esses grupos, pressionar, via UE, a Tanzânia para dificultar a incursão via Rovuma...

O terrorismo é global, não é por estar na Ásia, ou em África, que não chega à Europa. Mais, a porta da Europa foi aberta com a deposição do Kadafi.

O custo? Provavelmente inferior ao que suportam agora com os chorudos contratos com o Grupo Wagner, ainda com a agravante de a Rússia ficar com influência na região. Neste momento, Portugal, Itália, França e África do Sul têm interesses económicos na região, pelo que, mais que não seja por isso, têm que os defender.

OS EUA, pós segunda grande guerra, não são exemplo para ninguém, muito menos em África, assim de repente lembro-me da Somália.


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Re: O militar mais condecorado no Exército português

por Opcard » 29/3/2021 12:06

PMP69 Escreveu:Aí está o nosso grande erro, se há sitio onde podemos ter presença e influência é em África, especialmente nos países a que estamos unidos à mais de 500 anos. Temos um conhecimento de África como poucos países europeus têm, tirando a França, não me lembro de outro.

Moçambique tem provavelmente a maior reserva de gás natural de África (projecto que é participado pela Galp), tem uma barragem (Cabora Bassa) que abastece o país, a África do Sul e o Zimbabué, é o maior exportador africano de carvão, já foi e pode voltar a ser um dos maiores produtores de algodão ........ tem portos com excelentes condições naturais (Nacala, Beira, Maputo...).

Mais, não temos que ter relações estreitas com um país onde vivem cerca de 25.000 portugueses e empresas portuguesas têm forte presença?

Não olhando para a parte comercial, continuo a achar que temos um dever moral, perante um povo que tanto nos deu e que abandonámos.

Moçambique necessita de ajuda para resolver o grave problema que tem em Cabo Delgado, pois não tem capacidade para o fazer, e tem gasto fortunas com o Grupo Wagner, sem qualquer sucesso, bem pelo contrário.

Uma apoio conjunto e coordenado entre Portugal, França e a África do Sul, é o que Moçambique necessita urgentemente, sob pena da situação se espalhar.

Opcard Escreveu:Há aqui gente no passado e defendem intervenções , era verdade no passado sim o ocidente tinha obrigações mas deixou de as ter , Moçambique tem gente e inteligência para o fazer, todos os países de África sao capazes basta ouvir os discursos .


Se o FMI ouvisse isso, tínhamos morrido à fome em 1977, 1983 e 2011 :wink:

Pedro


Quem paga ? Quanto tempo ficamos ? Qual o objectivo ganhar impossível eles tem demografia para dar morrer e vender.

Ninguém ganhará uma guerra contra povos com demografia islâmica , estamos no ocidente na civilização do filho único em que cada morte é uma enorme tragédia.e estas guerras são eternas .

Talvez fosse mais inteligente proteger a Europa ,temos território europeu perdido vem a caminho mais 600 mesquitas a maior em Estrasburgo , os nossos filhos não terão para onde ir , sempre lhes poderemos dar o livro de de Michel Houellebecq com o título a Submissão

Ver contas da intervenção no Afeganistão dos USA matérias e humanas são astronómicas a maior potência do mundo é derrotada pelos os talibãs.
 
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Re: O militar mais condecorado no Exército português

por PMP69 » 29/3/2021 11:06

Aí está o nosso grande erro, se há sitio onde podemos ter presença e influência é em África, especialmente nos países a que estamos unidos à mais de 500 anos. Temos um conhecimento de África como poucos países europeus têm, tirando a França, não me lembro de outro.

Moçambique tem provavelmente a maior reserva de gás natural de África (projecto que é participado pela Galp), tem uma barragem (Cabora Bassa) que abastece o país, a África do Sul e o Zimbabué, é o maior exportador africano de carvão, já foi e pode voltar a ser um dos maiores produtores de algodão ........ tem portos com excelentes condições naturais (Nacala, Beira, Maputo...).

Mais, não temos que ter relações estreitas com um país onde vivem cerca de 25.000 portugueses e empresas portuguesas têm forte presença?

Não olhando para a parte comercial, continuo a achar que temos um dever moral, perante um povo que tanto nos deu e que abandonámos.

Moçambique necessita de ajuda para resolver o grave problema que tem em Cabo Delgado, pois não tem capacidade para o fazer, e tem gasto fortunas com o Grupo Wagner, sem qualquer sucesso, bem pelo contrário.

Uma apoio conjunto e coordenado entre Portugal, França e a África do Sul, é o que Moçambique necessita urgentemente, sob pena da situação se espalhar.

Opcard Escreveu:Há aqui gente no passado e defendem intervenções , era verdade no passado sim o ocidente tinha obrigações mas deixou de as ter , Moçambique tem gente e inteligência para o fazer, todos os países de África sao capazes basta ouvir os discursos .


Se o FMI ouvisse isso, tínhamos morrido à fome em 1977, 1983 e 2011 :wink:

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Re: O militar mais condecorado no Exército português

por PIKAS » 29/3/2021 9:49

Carrancho_ Escreveu:Se Portugal ainda tem alguma força na política externa é precisamente pela forte ligação e proximidade que mantem com os países de língua Portuguesa.
Não. Se tem alguma força no cenário internacional é pelo facto de pertencer ao bloco europeu e/ou ter uma posição geográfica de charneira atlântica.
A política externa do nosso bloco geográfico pouco passa por áfrica, muito menos pela costa africana do lado de lá.
Cumprimentos,
 
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